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Caldeirão da Bolsa

CoronaVirus, panico justificado...?

Espaço dedicado a todo o tipo de troca de impressões sobre os mercados financeiros e ao que possa condicionar o desempenho dos mesmos.

Re: CoronaVirus, panico justificado...?

por artista_ » 20/4/2020 14:11

miguellene Escreveu:
yggy Escreveu:
miguellene Escreveu:Depende muito do que chamas realidade.

https://datosmacro.expansion.com/demogr ... dad/espana

"Em 2018, 427.721 pessoas morreram na Espanha, 3.198 a mais que no ano anterior. Todos os dias ocorrem 1.172 mortes em média."

Não tens atuamente 10x mais que isto...

MiguelLené.


e de Gripe 15k num ano...eles em 2 meses ja vao em 21k todos em casa....


e ao fim de 10 meses serão 100k. Ao fim de 100 meses, 1milhao.
:lol:

medo medo medo irracional medo

Tenho mais receio do preço do crude a 10euros e não estou em Angola...


Tu lês sequer o que te escrevem, ou o teu problema é de capacidade de interpretação?! :roll: :roll: Primeiro dizes que não são 10x mais, o yggy mostrou-te que podem realmente ser 10x mais, e estão em confinamento.... e tu dás esta última resposta!? :wall: :wall: :wall: :wall:
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Re: CoronaVirus, panico justificado...?

por Raizes » 20/4/2020 13:59

excelente analise...

Antes de dizer histeria, pense na histerese

Os bons resultados que estamos a viver são o resultado do esforço — a que alguns agora chamam exagerado — de há umas semanas.
Tinha de acontecer. Após algumas semanas de confinamento que permitiram conseguir bons resultados de contenção à pandemia global do coronavírus, teríamos de chegar à fase em que se questiona se, afinal, isto não foi tudo um grande exagero.

O efeito é conhecido há mais de dois mil e quinhentos e aparece descrito na Bíblia, no Livro de Jonas, pelo que lhe chamo o “efeito de Jonas”. Diz Deus a Jonas: “Vai a Nínive e profetiza que se os ninivitas não mudarem de comportamento eu os destruirei”. E Jonas foge, por terra e por mar, até ir parar à famosa barriga da baleia, porque não quer profetizar, e explica porquê: porque se as suas profecias forem persuasivas, os ninivitas mudarão de comportamento e depois ao verem que Deus não os destrói, chamarão mentiroso a Jonas. Ainda assim, depois de vomitado pela baleia e esgotadas todas as fugas, Jonas lá vai a Nínive e profetizar. Acontece exatamente como ele previa: os ninivitas mudam de comportamento, Deus não os pune, Jonas passa por mentiroso, e fica furibundo com Deus. Vai daí, Jonas sai zangado da cidade e senta-se à sombra de uma árvore. Deus destrói a árvore e Jonas fica ainda mais furioso. Deus pergunta a Jonas se tem razão para ficar assim tão furioso com a morte de uma planta. Jonas responde que sim. E Deus responde-lhe: “tens pena de uma planta que não te custou a criar, e querias que eu não tivesse pena de uma cidade com cento e vinte mil pessoas?”.

Conhecendo a história ou não, não há cientista que não esteja consciente deste efeito. Nos últimos dias até já corriam pelas redes sociais imitações dos famosos gráficos da curva da pandemia em que se alertava que iríamos passar da fase “vamos todos morrer” para a fase “olha, não morremos todos, ficar em casa foi um exagero”. Essa reação estava prevista desde o início e, como bem explica o Livro de Jonas, não é o facto de os ninivitas poderem desconfiar da profecia depois de se terem salvado as suas vidas que nos deve impedir de fazer o que se deve fazer, que é salvar vidas. É registar a chegada deste momento inevitável, e seguir em frente.

Só há duas coisas que é preciso anotar antes de avançar

A primeira é a utilização a despropósito da palavra histeria. De forma típica, aqueles que, agora que se sentem mais seguros, criticam o “exagero” da quarentena, gostam de chamar os outros de histéricos.

Ora, não é por acaso que a palavra “histeria” é um insulto sexista e misógino. Histeria vem da palavra grega “hystera”, que quer dizer “útero”, e portanto “histérica” quereria dizer “uterina”. A ideia, muito divulgada no século XIX, é a de que implicitamente só as mulheres são nervosas, agitadas e descontroladas. Ora, tão exageradas são elas quanto eles, e tão exagerados são aqueles que achavam que íamos todos morrer quanto aqueles que acham que não valia a pena fazer nada contra isso. Histeria não é um bom termo para usar quando se fala de quem, tendo em conta os factos no terreno com o Covid-19, achou que sem vacina, tratamento ou teste universalmente disponível, nos restava para controlar a pandemia a única ferramenta eficaz que a história nos legou para quando as outras falham: a quarentena. Há ocasiões em que é melhor exagerar na precaução do que exagerar no descuido, e esta era — e ainda é! — uma dessas.

Ora, os bons resultados que estamos a viver são o resultado do esforço — a que alguns agora chamam exagerado — de há umas semanas. E essa é a segunda coisa a notar.

Esse resultado diferido tem também um nome em grego: histerese. Aparentemente, não tem uma origem comum na mesma palavra (hysteresis quer dizer “desfasamento” ou “atraso”) nem nada a ver com útero, o que é pena, porque a maneira mais simples de o explicar é através de um exemplo que tem tudo a ver com úteros. E esse exemplo é o seguinte: se um bebé nasce hoje, a explicação para tal não tem nada a ver com algo que se tenha feito hoje, mas antes com algo que se tenha feito há nove meses. Ao desfasamento entre causa e efeito chama-se histerese.

A histerese na infeção pelo novo coronavírus pode ir até duas semanas, e nas mortes por covid-19 será de cerca de outras três semanas adicionais. Juntando uma coisa e outra percebemos que se estamos agora a ter bons resultados, isso não tem a ver com algo que estejamos a fazer bem agora, mas antes com algo que fizemos bem há cerca de um mês, precisamente quando — de acordo com alguns — estávamos a ser “exagerados”. É pois à conta desse suposto “exagero” que agora temos os bons resultados que lhes permitem erradamente criticar o “exagero”.

Da mesma forma, se hoje estivermos a cometer erros — de confusão na mensagem, de relaxe nas precauções a tomar, de falta de civismo — não é hoje que vamos ver os resultados desses erros. Se tudo correr mal, é daqui a cerca de um mês que vamos todos pagar — alguns incomparavelmente mais do que outros — pelos erros que estejamos a cometer agora. Nessa altura, talvez alguns dos que agora proclamam o exagero das medidas venham então a declarar que afinal é preciso entrar em pânico.

Até lá, conviria que fossem menos prestes a fazer acusações de histeria e um pouco mais reflexivos a pensar que podemos estar apenas a beneficiar da histerese.
 
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Re: CoronaVirus, panico justificado...?

por yggy » 20/4/2020 13:34

miguellene Escreveu:
yggy Escreveu:
miguellene Escreveu:Depende muito do que chamas realidade.

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e ao fim de 10 meses serão 100k. Ao fim de 100 meses, 1milhao.
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medo medo medo irracional medo

Tenho mais receio do preço do crude a 10euros e não estou em Angola...

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Onde denotou medo na minha intervenção?

Enquanto que nos seus comentarios so vejo a desvalorizar a morte por 1 virus em que nada é parecido com a gripe.

Eu olho para os numeros e vejo que é pior que 1 gripe, é isso que estou a discutir...Parece que anda sempre a arranjar outras razões para desvalorizar os numeros...Quanto mais gente morrer menos gente haverá para consumir e isso levará o Oil a descer na mesma...
 
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Re: CoronaVirus, panico justificado...?

por yggy » 20/4/2020 13:22

miguellene Escreveu:
pepe7 Escreveu:
miguellene Escreveu:Nesta nova sociedade da informação, o que interessa é alimentar o medo. Creio que a cada 3 anos há uma razão nova para enorme receio. Gripes, pigs, brexits, coronas, etc,
Estamos a conseguir vencer o corona; espera lá: já pensaste numa segunda vaga; vai ainda matar mais gente! Que doideira, como se uma segunda vaga tenha mais facilidade que a primeira!
E se não vier uma segunda vaga: ui está tudo falido.

medo medo medo

MiguelLené.


Enfim...
"Precisavas" de ter presenciado nos locais mais críticos desta Pandemia...como Itália, Espanha, etc....para porventura teres a noção da realidade...e passar a ter algum medo...pois deves ser um "valente"... :roll: ou não...


Depende muito do que chamas realidade.

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Re: CoronaVirus, panico justificado...?

por Luís Silva » 20/4/2020 10:06

ACTUALIZAÇÃO
Eis os elementos publicados ontem, nos gráficos tratados por milhão de habitantes (pmh).
São indicadores históricos a ler com cuidado tendo em conta as limitações dos dados e dos comparativos entre os países face a diferentes critérios de contabilização.
Os dados publicados a 2, 3, 15 e 16 de Abril em França, 7 e 10 de Abril na Bélgica, 14 de Abril nos EUA (Nova Iorque) e 17 de Abril na China relativos a ocorrências anteriores figuram no dia da comunicação.

Óbitos diários pmh (escala linear)
Imagem

Total de óbitos pmh (escala logarítmica)
Imagem

Óbitos diários pmh média dos últimos 7 dias (escala linear)
Imagem

Óbitos diários pmh (escala linear)
Imagem

A Bélgica segue num planalto singular acima de 20 mortos pmh por dia. O nº de óbitos do dia 18/04 em Espanha foi revisto em baixa pelas autoridades espanholas. França, Itália e Espanha dão sinais de uma trajetória descendente sem, porém, atingir níveis inferiores a 6 mortos pmh por dia.


Casos diários pmh média dos últimos 7 dias (escala linear)
Imagem

Casos internados UCI pmh (escala linear)
Imagem

Casos activos pmh (escala linear)
Imagem

Casos recuperados em Portugal: apenas 3,0% dos casos totais.
Suíça, Áustria, Alemanha, Dinamarca e Rep. Checa terão passado o pico do actual surto (máximos de casos activos ocorridos a 31 de março, 3 de Abril, 6 de Abril e 10 de Abril e 13 de Abril respectivamente). Nos últimos dias, estes países evidenciam uma redução de novos casos para níveis diários abaixo de 30 novos casos pmh e estão antecipando e implementando levantamentos parciais do lockdownn.

Fonte: Worldometer
 
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Re: CoronaVirus, panico justificado...?

por RPedroG » 20/4/2020 9:48

Na Baviera acabou de ser decretado a partir da proxima semana o uso obrigatorio de mascara em transportes publicos e nas compras.
 
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Re: CoronaVirus, panico justificado...?

por pepe7 » 20/4/2020 0:33

"Plano de resgate pedido pelos media privados"
https://jpn.up.pt/2020/03/24/plano-de-r ... -privados/

https://www.meiosepublicidade.pt/2020/0 ... sanitaria/

"COVID-19: Estarão os media a falar demais?"

https://jpn.up.pt/2020/03/11/covid-19-e ... ar-demais/


COVID-19: Estarão os media a falar demais?
Por Mara Tribuna e Inês Pinto da Costa 18:00 - 11 Março, 20206410

Desde o aparecimento da COVID-19 que os meios de comunicação têm estado de olhos postos no surto. Em Portugal, há já quase 60 infetados. Até que ponto a busca excessiva por informação se pode tornar, também, num dos sintomas da doença? Segundo a Cision, só ontem foram divulgadas mais de quatro mil notícias sobre o coronavírus em Portugal.
Segundo a Cision, só esta terça-feira foram divulgadas mais de quatro mil notícias sobre o coronavírus em Portugal. FOTO: WIKIMEDIA
“Nos últimos tempos o interesse mediático à volta do vírus tem crescido de forma bastante exponencial”. Quem o diz é Uriel Oliveira, vice-presidente da Cision Portugal. A empresa que faz monitorização e análise dos media criou um painel relativo à COVID-19 que mostra, diariamente, a cobertura mediática global. De acordo com este painel, só esta terça-feira foram divulgadas mais de quatro mil notícias sobre o novo coronavírus em Portugal. Segundo Uriel Oliveira, “existe claramente uma tendência de crescimento”.

Também um grupo de investigadores do MediaLab ISCTE – Instituto Universitário de Lisboa reuniu num relatório a análise à presença do coronavírus nas notícias e nas redes sociais em Portugal, no primeiro mês de incidência do surto. O relatório aponta que “pelo menos até ao surgimento dos primeiros casos em Portugal, este foi um assunto que parece ter sido, sobretudo, promovido pela agenda dos media”. O tema começou a ser relevante para os meios de comunicação portugueses “a partir de meados de janeiro de 2020, mas cresceu fortemente na atenção mediática a partir do último terço desse mês, com as primeiras posições oficiais da Organização Mundial de Saúde (OMS) e da Direção-Geral da Saúde (DGS)”.

O relatório – intitulado “Informação e Desinformação sobre o Coronavírus nas Notícias e nas Redes Sociais em Portugal” – refere ainda que os exemplos que existem de desinformação surgem nos Estados Unidos e espalham-se, principalmente, em páginas de Facebook. Ainda assim, “as narrativas desinformativas internacionais não tiveram grande repercussão em Portugal até ao momento”, garante o estudo do MediaLab ISCTE. Mas até que ponto a busca excessiva por informação se pode tornar, também, num dos sintomas da doença?

Segundo Sandra Torres, professora de Psicologia da Saúde da Faculdade de Psicologia e Ciências da Educação da Universidade do Porto (FPCEUP), “há uma tendência por parte dos media em insistir um pouco mais em algumas informações que, normalmente, incorrem no risco de criar algum alarmismo”. Ainda assim, os meios de comunicação social têm um papel importante e muita da “informação que tem sido dada é fundamental, tendo em conta que muitos comportamentos, no que toca à prevenção individual, não são comportamentos que estejam enraizados na população”. Para Sandra Torres, o ideal seria encontrar um ponto de equilíbrio “entre informação que naturalmente assusta e informação que tranquiliza”.

“O receio de que não se esteja a contar tudo”
Joaquim Fidalgo, professor de jornalismo da Universidade do Minho, considera que é importante “ser-se rigoroso e falar-se a uma só voz, sobretudo no que toca a dados concretos”. “O que causa mais alarmismo é o receio de que não se esteja a contar tudo”, sustenta.

O especialista defende ainda que “há uma certa dispersão e, em alguns casos, alguma pressa para se dizerem as coisas”, mas o rigor científico tem de estar sempre em cima da mesa. “É importante que se fale com especialistas. Eles vão regularmente explicando do ponto de vista médico como estão as coisas com fundamento científico”, explica Joaquim Fidalgo.

Isabel Trindade, vice-presidente da Ordem dos Psicólogos Portugueses, defende também a importância de ouvir fontes oficiais no sentido de obter informações exatas e de “não especular com a situação”. “Deve ser dada às pessoas toda a informação necessária, mas têm de ser fontes fidedignas, como é a Direção-Geral da Saúde e a Organização Mundial de Saúde, e as diferentes fontes devem dizer a mesma coisa”, remata.

O medo do desconhecido
“As pessoas estão alarmadas porque é uma situação em que não têm controlo”, refere Isabel Trindade. Da mesma forma, Sandra Torres também considera que a ausência de conhecimento cria alarmismo nas pessoas. “Sendo que não se conhece muito do comportamento do vírus e da forma como poderá evoluir – aliado ao facto de as pessoas perceberem que nem os próprios profissionais de saúde têm este conhecimento – gera ansiedade e preocupação”, afirma a professora da FPCEUP.

A par dos profissionais de saúde, também os media são confrontados com uma situação de impreparação, uma vez que se trata de um caso sem precedentes: “ninguém está preparado para uma coisa com estas proporções. Quando isto nos cai em cima com esta força e quando se cria este receio, é natural que haja confusão e nervosismo”, como acrescenta Joaquim Fidalgo.

Relembrar boas práticas de jornalismo
De forma a “incentivar padrões de boas práticas por parte dos órgãos de comunicação social”, a Entidade Reguladora para a Comunicação Social (ERC) lançou, a 4 de março, o “Guia de Boas Práticas na Cobertura Informativa de Doenças e Situações Epidémicas”. Entre algumas das normas recomendadas estão, por exemplo, o recurso privilegiado a fontes especializadas e oficiais de informação e o respeito pela privacidade dos doentes infetados.

Em declarações ao JPN, a ERC afirma que houve um apelo por parte do Conselho Regulador aos órgãos de comunicação social para uma “redobrada atenção dos mesmos em situações que possam causar alarme social”.

Joaquim Fidalgo reforça a importância daquele guia, embora ressalve que não há nenhuma novidade no plano: “são coisas que todos nós, jornalistas, sabemos”. Apesar disto, reconhece a necessidade de evocar de novo alguns trâmites, nomeadamente, no que toca à “garantia da privacidade” e ao “cuidado com o sensacionalismo”. “É importante recordar certas coisas que, no dia a dia, podemos achar que não são necessárias. Nestas alturas excecionais, é preciso ter uma atenção excecional”, explica.

“Informação boa e rigorosa nunca é contraproducente”
Para Joaquim Fidalgo, “informação boa e rigorosa nunca tem efeitos contraproducentes. Aliás, pelo contrário, é essencial”. Apesar disso, a ERC confirma ao JPN que “a cobertura do coronavírus se encontra entre os diversos temas sobre os quais tem recebido participações e que são alvo de apreciação”.

O vice-presidente da Cision Portugal, Uriel Oliveira, afirma que a atenção mediática contribui para uma maior atenção das populações para o surto. “Num caso como este, [o fenómeno noticioso] pode ser entendido de uma forma positiva e levar a que as pessoas tomem medidas e ações para se precaverem e para diminuírem o contágio”, conclui.

Artigo editado por Filipa Silva.
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Re: CoronaVirus, panico justificado...?

por Carrancho_ » 20/4/2020 0:13

miguellene Escreveu:Nesta nova sociedade da informação, o que interessa é alimentar o medo. Creio que a cada 3 anos há uma razão nova para enorme receio. Gripes, pigs, brexits, coronas, etc,
Estamos a conseguir vencer o corona; espera lá: já pensaste numa segunda vaga; vai ainda matar mais gente! Que doideira, como se uma segunda vaga tenha mais facilidade que a primeira!
E se não vier uma segunda vaga: ui está tudo falido.

medo medo medo

MiguelLené.


Então diz-nos lá a quem interessa esse medo? Será que há assim tantos beneficiados com esse medo ao ponto de os políticos de todo o mundo se renderem a esses interesses?
São os media? Estão a ganhar rios de dinheiro com isto é?
Um abraço,

Carrancho
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Re: CoronaVirus, panico justificado...?

por mais_um » 19/4/2020 23:36

Deixo aqui um estudo baseado no que aconteceu com a gripe espanhola, em 1918 que compara cidades nos EUA que implementaram medias restritivas com cidades que não implementaram medidas restritivas.

O estudo está em avaliação pelos seu pares

Pandemics Depress the Economy, Public Health Interventions Do Not: Evidence from the 1918 Flu

Abstract

What are the economic consequences of an influenza pandemic? And given the pandemic, what are the economic costs and benefits of non-pharmaceutical interventions (NPI)? Using geographic variation in mortality during the 1918 Flu Pandemic in the U.S., we find that more exposed areas experience a sharp and persistent decline in economic activity. The estimates imply that the pandemic reduced manufacturing output by 18%. The downturn is driven by both supply and demand-side channels. Further, building on findings from the epidemiology literature establishing that NPIs decrease influenza mortality, we use variation in the timing and intensity of NPIs across U.S. cities to study their economic effects. We find that cities that intervened earlier and more aggressively do not perform worse and, if anything, grow faster after the pandemic is over. Our findings thus indicate that NPIs not only lower mortality; they may also mitigate the adverse economic consequences of a pandemic.


Conclusion
This paper examines the impact of 1918 Flu pandemic and resulting non-pharmaceutical
interventions on real economic activity. Using variation across U.S. states and cities, we
deliver two key messages. First, the pandemic leads to a sharp and persistent fall in real
economic activity. We find negative effects on manufacturing activity, the stock of durable
goods, and bank assets, which suggests that the pandemic depresses economic activity
through both supply and demand-side effects. Second, cities that implemented more rapid
and forceful non-pharmaceutical health interventions do not experience worse downturns.
In contrast, evidence on manufacturing activity and bank assets suggests that the economy
performed better in areas with more aggressive NPIs after the pandemic.
Altogether, our evidence implies that pandemics are highly disruptive for economic
activity. However, timely measures that mitigate the severity of the pandemic may also
reduce the severity of the persistent economic downturn. That is, NPIs can reduce mortality
while at the same time being economically beneficial.

When interpreting our findings, there are several important caveats to keep in mind.
First, our analysis is limited to data on 30 states and 43 to 66 cities. Second, data
on manufacturing activity is not available in all years, so we cannot carefully examine
pre-trends between 1914 and 1919 for the manufacturing activity outcomes. Third, the
economic environment toward the end of 1918 was unusual due to the end of WWI. Fourth,
our cross-regional analysis does not allow us to capture aggregate general equilibrium
effects.
Finally, while there are important economic lessons from the 1918 Flu for today’s
COVID-19 pandemic, we stress the limits of external validity. Estimates suggest that
1918 Flu was more deadly than COVID-19, especially for prime-age workers, which also
suggests more severe economic impacts of the 1918 Flu. The complex nature of modern
global supply chains, the larger role of services, and improvements in communication
technology are mechanisms we cannot capture in our analysis, but these are important
factors for understanding the macroeconomic effects of COVID-19.

https://papers.ssrn.com/sol3/papers.cfm ... id=3561560

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Re: CoronaVirus, panico justificado...?

por artista_ » 19/4/2020 22:58

miguellene Escreveu:Nesta nova sociedade da informação, o que interessa é alimentar o medo. Creio que a cada 3 anos há uma razão nova para enorme receio. Gripes, pigs, brexits, coronas, etc,
Estamos a conseguir vencer o corona; espera lá: já pensaste numa segunda vaga; vai ainda matar mais gente! Que doideira, como se uma segunda vaga tenha mais facilidade que a primeira!
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medo medo medo

MiguelLené.


Começo a pensar que o melhor mesmo é ignorar... tá tudo errado, os maiores especialistas do mundo, o Trump que foi obrigado a mudar radicalmente de opinião e culpar tudo e todos, estão todos enganados... eu aqui, atrás de um computador, leio meia dúzia de artigos, vejos uns videos no youtube, penso um bocado antes de me deitar, e percebo mais disto que eles todos juntos!! :wall: :wall: :wall: :wall: :wall:
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Re: CoronaVirus, panico justificado...?

por pepe7 » 19/4/2020 22:47

miguellene Escreveu:Nesta nova sociedade da informação, o que interessa é alimentar o medo. Creio que a cada 3 anos há uma razão nova para enorme receio. Gripes, pigs, brexits, coronas, etc,
Estamos a conseguir vencer o corona; espera lá: já pensaste numa segunda vaga; vai ainda matar mais gente! Que doideira, como se uma segunda vaga tenha mais facilidade que a primeira!
E se não vier uma segunda vaga: ui está tudo falido.

medo medo medo

MiguelLené.


Enfim...
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Re: CoronaVirus, panico justificado...?

por RPedroG » 19/4/2020 22:07

Numeros de hoje da Alemanha (dia ainda nao terminado e com as limitacoes conhecidas de ser fim de semana):
infectados: + 2 024 (total: 145 184)
óbitos: +135 (total: 4 586)
casos activos: - 576 (total 57 184)

o numero de casos activos manteve-se constante com cerca de 57 000 ao longo do fim de semana.
Amanha entram em vigor as primeiras medidas q permitem mais liberdade. Estou com curiosidade para ver a evolucao dos numeros la para o final de Abril/inico de Maio.

Em relacao aos EUA, parece q já abriram as praias, e há varias fotos e videos das praias cheias de gente. A situacao vai continuar critica. Nao aprendem.
 
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Re: CoronaVirus, panico justificado...?

por yggy » 19/4/2020 21:58

Qualnhick Escreveu:A pandemia chega e parte, com confinamento e sem confinamento.
Veremos se, como foi explicado no video, na semana 19 nao estaremos livres desta pandemia. Na altura os politicos vao dizer que foi graças às medidas tomadas por eles ... vamos aguardar.

FB_IMG_1587329404197.jpg


Factos Veridictos e Historicos, onde se pôde tirar conclusões:

https://qz.com/1816060/a-chart-of-the-1 ... ing-works/
 
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Re: CoronaVirus, panico justificado...?

por Qualnhick » 19/4/2020 21:50

A pandemia chega e parte, com confinamento e sem confinamento.
Veremos se, como foi explicado no video, na semana 19 nao estaremos livres desta pandemia. Na altura os politicos vao dizer que foi graças às medidas tomadas por eles ... vamos aguardar.

FB_IMG_1587329404197.jpg
Editado pela última vez por Qualnhick em 19/4/2020 21:54, num total de 1 vez.
 
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Re: CoronaVirus, panico justificado...?

por Gaio Azul » 19/4/2020 18:55

artista_ Escreveu:
Gaio Azul Escreveu:Artista

Em relação ao turismo no estado de Idaho penso que estarás equivocado
Não é certamente tão popular como o estado de Utah no inverno mas até é bastante concurrido por exemplo pelos famosos.

https://www.google.com/amp/s/www.newyor ... nation/amp

Também é conhecida a migração recente e crescente para o estado de Idaho nomeadamente a partir do estado da Califórnia. As viagens entre os dois estados têm vindo a aumentar exponencialmente. Não te esqueças também das taxas altas na Califórnia que poderão afetar de forma inesperada esse estado a qualquer momento.


Sim referes-te a turismo de neve, eu nem pensei nisso porque nunca fui para a neve, tenho uma certa alergia ao frio (dizem-me que lá não se sente mas eu é que sei o que passei as duas únicas vezes que fui à Torre na Serra da Estrela. :D )...a calofórnia sim tem bastante turismo (em São Francisco disseram-me que era a cidade americana que tinha mais turistas, fiquei surpreendido que tenha mais que NY, mas comi) e até me surpreende um bocado que tenha tão poucos casos, tendo em conta o número de casos de NY por exemplo.


Não só turismo de neve (fria :D )
Também me estou a referir ao fato de os Californians migrarem para os estados vizinhos como o Nevada, o Idaho e Utah para viveram lá. Tem sido considerável nos últimos anos. Aliás, penso que os Californians não serão os únicos. Por isso, é provável que as taxas de contagiados mudem no futuro. Mas posso estar equivocado. E francamente preferia estar.

Fora do tópico: pareces viajado. Se voltares a esse estado, aproveita uns diazitos para esquiar. Esquiar num dia de sol no topo duma montanha é uma experiência inesquecível. E realmente não se sente o frio.
"Open-minded people don't care to be right, they care to understand. There's never a right or wrong answer. Everything is about understanding."

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Re: CoronaVirus, panico justificado...?

por mais_um » 19/4/2020 18:34

MarcoAntonio Escreveu:
ricardmag Escreveu:Ja não sei onde li mas para este tipo de doença a imunidade é atingida com 30 %.
Esta informação carece de confirmação.

No excerto parece estar a falar de Estocolmo.


Os números que costumam ser citados é na ordem de 60~70%. Porém, a taxa necessária para a dita imunidade de grupo depende da taxa de transmissibilidade, por isso pode ser atingida para % da população bastante mais baixas se se conseguir baixar ao mesmo tempo a taxa de transmissibilidade efectiva. Talvez seja nisso que se estão a basear: no facto, ou eventualidade, de estarem a ter taxas de transmissibilidade baixas localmente. Se efectivamente o virus se estiver a propagar com dificuldade na Suécia, seja lá por que razão for, então também não precisarão de uma percentagem muito alta de individuos imunes para atingirem a situação de imunidade de grupo.

Os tais 60%, por sua vez, dizem respeito a taxas de transmissibilidade estimadas da ordem de 2.5.



Considerando a politica de testes da Suécia, duvido muito do nº de infectados oficial, logo a taxa de transmissibilidade real deve ser superior, mas pronto, esperemos que a Suécia consiga ultrapassar o problema com o menor dano possível, mas se não conseguir, já sabemos que a culpa é dos imigrantes.
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Re: CoronaVirus, panico justificado...?

por artista_ » 19/4/2020 18:27

ricardmag Escreveu:
Um gajo lê tanta coisa que depois dá nisto. A tua explicação faz todo o sentido e deve ter sido isso que li.
No sábado a nossa ministra da saúde disse que a nossa está nos 0,9. Isto é bom não ?


Sim, quanto menor melhor, essa taxa indica que cada pessoa infetada potencialmente contagia menos de uma outra pessoa... contagia quase o corpo todo menos os pés! :mrgreen: :mrgreen:
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Re: CoronaVirus, panico justificado...?

por artista_ » 19/4/2020 18:25

Gaio Azul Escreveu:Artista

Em relação ao turismo no estado de Idaho penso que estarás equivocado
Não é certamente tão popular como o estado de Utah no inverno mas até é bastante concurrido por exemplo pelos famosos.

https://www.google.com/amp/s/www.newyor ... nation/amp

Também é conhecida a migração recente e crescente para o estado de Idaho nomeadamente a partir do estado da Califórnia. As viagens entre os dois estados têm vindo a aumentar exponencialmente. Não te esqueças também das taxas altas na Califórnia que poderão afetar de forma inesperada esse estado a qualquer momento.


Sim referes-te a turismo de neve, eu nem pensei nisso porque nunca fui para a neve, tenho uma certa alergia ao frio (dizem-me que lá não se sente mas eu é que sei o que passei as duas únicas vezes que fui à Torre na Serra da Estrela. :D )...a calofórnia sim tem bastante turismo (em São Francisco disseram-me que era a cidade americana que tinha mais turistas, fiquei surpreendido que tenha mais que NY, mas comi) e até me surpreende um bocado que tenha tão poucos casos, tendo em conta o número de casos de NY por exemplo.
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Re: CoronaVirus, panico justificado...?

por MarcoAntonio » 19/4/2020 18:23

Sim, valores abaixo de 1 quer dizer que a epidemia se está a extinguir (naturalmente, estes valores são estimados).
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Re: CoronaVirus, panico justificado...?

por ricardmag » 19/4/2020 18:18

MarcoAntonio Escreveu:
ricardmag Escreveu:Ja não sei onde li mas para este tipo de doença a imunidade é atingida com 30 %.
Esta informação carece de confirmação.

No excerto parece estar a falar de Estocolmo.


Os números que costumam ser citados é na ordem de 60~70%. Porém, a taxa necessária para a dita imunidade de grupo depende da taxa de transmissibilidade, por isso pode ser atingida para % da população bastante mais baixas se se conseguir baixar ao mesmo tempo a taxa de transmissibilidade efectiva. Talvez seja nisso que se estão a basear: no facto, ou eventualidade, de estarem a ter taxas de transmissibilidade baixas localmente. Se efectivamente o virus se estiver a propagar com dificuldade na Suécia, seja lá por que razão for, então também não precisarão de uma percentagem muito alta de individuos imunes para atingirem a situação de imunidade de grupo.

Os tais 60%, por sua vez, dizem respeito a taxas de transmissibilidade estimadas da ordem de 2.5.


Um gajo lê tanta coisa que depois dá nisto. A tua explicação faz todo o sentido e deve ter sido isso que li.
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Re: CoronaVirus, panico justificado...?

por Gaio Azul » 19/4/2020 17:33

Artista

Em relação ao turismo no estado de Idaho penso que estarás equivocado
Não é certamente tão popular como o estado de Utah no inverno mas até é bastante concurrido por exemplo pelos famosos.

https://www.google.com/amp/s/www.newyor ... nation/amp

Também é conhecida a migração recente e crescente para o estado de Idaho nomeadamente a partir do estado da Califórnia. As viagens entre os dois estados têm vindo a aumentar exponencialmente. Não te esqueças também das taxas altas na Califórnia que poderão afetar de forma inesperada esse estado a qualquer momento.
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Re: CoronaVirus, panico justificado...?

por MarcoAntonio » 19/4/2020 17:22

ricardmag Escreveu:Ja não sei onde li mas para este tipo de doença a imunidade é atingida com 30 %.
Esta informação carece de confirmação.

No excerto parece estar a falar de Estocolmo.


Os números que costumam ser citados é na ordem de 60~70%. Porém, a taxa necessária para a dita imunidade de grupo depende da taxa de transmissibilidade, por isso pode ser atingida para % da população bastante mais baixas se se conseguir baixar ao mesmo tempo a taxa de transmissibilidade efectiva. Talvez seja nisso que se estão a basear: no facto, ou eventualidade, de estarem a ter taxas de transmissibilidade baixas localmente. Se efectivamente o virus se estiver a propagar com dificuldade na Suécia, seja lá por que razão for, então também não precisarão de uma percentagem muito alta de individuos imunes para atingirem a situação de imunidade de grupo.

Os tais 60%, por sua vez, dizem respeito a taxas de transmissibilidade estimadas da ordem de 2.5.
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1. Mais vale perder um ganho que ganhar uma perda, a menos que se cumpra a Segunda Lei.
2. A expectativa de ganho deve superar a expectativa de perda, onde a expectativa mede a
__.amplitude média do ganho/perda contra a respectiva probabilidade.
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Re: CoronaVirus, panico justificado...?

por ricardmag » 19/4/2020 17:16

Ja não sei onde li mas para este tipo de doença a imunidade é atingida com 30 %.
Esta informação carece de confirmação.

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Re: CoronaVirus, panico justificado...?

por artista_ » 19/4/2020 17:13

Pata-Hari Escreveu:
Opcard Escreveu:.

“ Já no próximo mês” (de maio) a Suécia poderá chegar a uma situação de “imunidade de grupo” no que diz respeito ao novo coronavírus, afirmou este domingo Anders Tegnell, o epidemiologista que é o “arquiteto” da resposta (relaxada) que o país escandinavo deu à Covid-19. A análise de Tegnell refere-se, em rigor, à capital Estocolmo, que foi e continua a ser o epicentro da pandemia no país, onde se registaram mais mortes (mas Tegnell diz que esses dados estão a ser inflacionados pelas vítimas entre os imigrantes vindos da Somália que, diz, não estão a ter a mesma atitude de civismo que os autóctones). ”


Agora perdi-me, se os suecos estão a atingir a imunidade de grupo, porquê que os imigrantes têm mais mortes? se os imigrantes não têm tanto civismo, o quê...? Não percebi. Parece-me haver alguma contradição.


Isso deve ter sido uma saída política à la Bolsonaro. Então eles têm 14 mil infetados de uma população de cerca de 11 milhões e já estão a chegar à imunidade de grupo?! Obviamente que sabemos que têm muito mais infetados do que esses 14 mil, mas para uns 7 milhões falta um bocadinho... e, só por algum milagre qualquer podiam chegar a 7 milhões de infetados só com 1500 mortos... se tiver alguma possibilidade de ser verdadeira essa afirmação, é estudar já o caso, por alguma razão os Suecos terão uma resistência/imunidade natural ao virus!
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Re: CoronaVirus, panico justificado...?

por artista_ » 19/4/2020 17:07

Gaio Azul Escreveu:Não sei se viste esta página. Podes clicar no estado que procurares e dirige-te-a à informação que solicitas. Foi publicado dia 7 de Abril. Obviamente que já alterou muita coisa.

https://www.nytimes.com/interactive/202 ... order.html


Não tinha visto ainda obrigado. Aparentemente estarei um pouco enganado, tinha a ideia de ter visto na CNN, que a ordem para ficar em casa ainda não tinha sido dada, em Utah, há cerca de 10 dias... ou foi há mais tempo que isso ou ouvi alguma coisa mal... ou a CNN estava enganada! A data que tem no site é de 1 de abril, e outros condados no dia anterior...

Gaio Azul Escreveu:Se me pedires a minha opinião, as tendências políticas também têm seu peso. Nos estados com tendência republicana, em geral, os americanos procuram se afastar de qualquer ajuda a muitos níveis.
São estados onde as casas são mais dispersas por tanto não há tanta proximidade física. Também pode ser que ainda estejam a caminho do pico.
Os hábitos sociais são muito diferentes e as curvas podem demorar mais tempo em se desenvolver.
As pessoas não vão às compras diariamente. Não vão ao café como na Europa. Gostam de comer fora mas aderiram ao takeaway de forma rápida.
As instituições religiosas também há muito que promovem sempre fazer reservas de comida e "auto-suficiência" e por isso, as pessoas limitam as viagens aos super mercados (além de existir muita ajuda intercomunitária).

Francamente, não sou especialista, há de tudo um pouco. Estas teorias não são científicas, são minhas observações e deduções.
Como já referi anteriormente, tiveram uns terremotos em escalas entre 5 e 6 (tenho a ideia que foi pior no estado de Idaho) e as organizações todas moveram rapidamente para avaliar a situação. Os americanos têm uma capacidade de organização e meios muito superiores à de muitos países. Talvez seja também isso um fator em relação propagação do vírus.
Mas peço desculpas por só ter especulações. Aoeu ver, um estudo a posteriori seria sem dúvidas muito interessante no caso de a propagação do vírus não ultrapassar muito.

Edit: esqueci me de outro aspeto importante. As pessoas infetadas de alto risco nesses estados também podem estar a ser transportadas para hospitais maiores onde já há melhores meios. Por exemplo, sei que os especialistas da saúde (médicos, enfermeiros, etc..) viajaram gratuitamente com a Delta e outros meios aéreos para os maiores hospitais americanos onde se concentram os tratamentos. Isso poderá afetar as taxas de alguma forma.


Também não serei nenhum especialista a analisar a situação, mas a ideia que tenho é mais ou menos a mesma que a tua, fui algumas vezes ao Idaho e aquilo é tudo muito disperso, até Boise é uma cidadezita com ruas largas e «meia dúzia» de edifícios mais altos, mas nada de especial... como dizes não há hábito de irem a cafés e ajuntamentos só para atividades desportivas, escolares ou rodeos, de resto cada um faz a sua vida... por outro lado também não são zonas com muitos turistas, pelo que isso também pode influenciar beneficamente a baixa taxa de contágio.
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