Altri - Tópico Geral
Viva Esteves Martins,
Não te sei dizer. A notícia é sobre uma possibilidade de alguma capacidade ficar parada por algum tempo, mas ainda há poucas certezas sobre os efeitos.
É difícil de não estabelecer paralelo com o terramoto no Chile, mas o facto é que são realidades diferentes. No Chile, a capacidade desactivada temporariamente era essencialmente de pasta apenas, que depois era vendida no mercado externo. Neste caso, o mais grave parecer ser em capacidade integrada até ao papel.
De qualquer forma e se houver equivalente consumo de pasta (por exemplo se o papel que se deixe de produzir no Japão passe para outras unidades noutro local) - as unidades agora possivelmente temporariamente desactivadas não produzem e deixam mais espaço para outras. E na prefeitura de Myiagi, onde ocorreu o terramoto, há pelo menos 2 milhões de ton. de pasta de capacidade desactivada. Ou seja a oferta poderia cair e com isso o preço poderia subir.
Por exemplo um fabricante de papel na China passa a produzir mais papel para cobrir a falta no Japão. Para esse papel precisará de matéria prima extra - pasta (que não vem do Japão por causa do terramoto). Onde irá buscar a pasta que falta? ao mercado internacional. E assim pressiona o preço em alta.
É no entanto prematuro falar-se de consequências, até porque se desconhece ainda como estarão essas unidades afectadas,
Abraço!
Não te sei dizer. A notícia é sobre uma possibilidade de alguma capacidade ficar parada por algum tempo, mas ainda há poucas certezas sobre os efeitos.
É difícil de não estabelecer paralelo com o terramoto no Chile, mas o facto é que são realidades diferentes. No Chile, a capacidade desactivada temporariamente era essencialmente de pasta apenas, que depois era vendida no mercado externo. Neste caso, o mais grave parecer ser em capacidade integrada até ao papel.
De qualquer forma e se houver equivalente consumo de pasta (por exemplo se o papel que se deixe de produzir no Japão passe para outras unidades noutro local) - as unidades agora possivelmente temporariamente desactivadas não produzem e deixam mais espaço para outras. E na prefeitura de Myiagi, onde ocorreu o terramoto, há pelo menos 2 milhões de ton. de pasta de capacidade desactivada. Ou seja a oferta poderia cair e com isso o preço poderia subir.
Por exemplo um fabricante de papel na China passa a produzir mais papel para cobrir a falta no Japão. Para esse papel precisará de matéria prima extra - pasta (que não vem do Japão por causa do terramoto). Onde irá buscar a pasta que falta? ao mercado internacional. E assim pressiona o preço em alta.
É no entanto prematuro falar-se de consequências, até porque se desconhece ainda como estarão essas unidades afectadas,
Abraço!
Pedro Carriço
pdcarrico Escreveu:A propósito de um debate aqui sobre a utilidade da madeira como matéria prima para fabrico de pellets de biomassa, aqui fica a referência a projectos no Brasil da Suzano que usarão eucalipto para pellets.
Na realidade Portuguesa, onde a produção actual de eucalipto é limitada por baixa produtividade e extensão da floresta, e que não ultrapassa a necessidade que a indústria da pasta tem, a existência de alternativas ao escoamento de madeira é um risco a longo prazo para as celuloses. Para já ainda não se usa muito a madeira de eucalipto em pellets, mas no futuro ...
Aliás, e perante esta excassez potencial de matéria prima a prazo, seria interessante que os relatórios e contas da Portucel e Altri fossem mais claros em relação à quantidade dos inventários vivos de que dispõem (quantidade em m3 de madeira em pé a que corresponde o valor do activo biológico do balanço). Estou convencido de que esse dado seria absolutamente decisivo no investimento de longo prazo.
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Suzano discusses construction of $200 million pellets facility with Brazilian Alagoas state authorities
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SAO PAULO, March 11, 2011 (RISI) - Suzano Papel e Celulose has begun talks with Brazil's Alagoas state authorities about the construction of a $200 million pellets unit in the region. The company announced last year an $800 million project to build three pellets plants in northeastern Brazil, but until now locations have been not defined.
According to Alagoas' official news agency, state governor Teotonio Vilela met Suzano executives on Mar. 1 and discussed the possibility of siting one of those plants in the state as it has been investing in eucalyptus plantations in recent years.
Related stories:
According to the agency, Suzano said the company would need 30,000 ha of eucalyptus plantations to build a 1 million tonnes/yr pellets operation. "Other states, such as Maranhão, Piauí and Pernambuco, are competing with Alagoas to receive this mill," Suzano said.
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Cumprimentos caro Pedro Carriço.
Parece-te que esta tragédia no Japão pode influenciar o preço da pasta de papel e o papel, bem como a procura?
Se sim, positiva ou negativamente?
O meu obrigado desde já.
Abraço
Esteves Martins
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- Registado: 29/11/2007 3:09
- Localização: Mira
www.risiinfo.com Escreveu:<b>Japan hit by massive earthquake, tsunami; extent of damage to P&P industry unclear</b>
BRUSSELS, March 11, 2011 (RISI) - Japan was struck in succession by a major earthquake and tsunami on Friday, wreaking havoc on the country's northern coast. The extent of damage to Japan's pulp and paper industry is unclear, but Sendai, the epicenter of the 8.9-magnitude quake, lies in the Miyagi prefecture, where a number of pulp and paper operations are located.
There are some 16 pulp and paper mills on or near the coast of the most heavily affected region stretching from the Hokkaido prefecture in the north down to the Ibaraki prefecture just north of Tokyo. These mills produce approximately 5,650,000 tonnes of pulp annually and have some 6,826,000 tonnes of paper and board capacity.
Related stories:
The Miyagi prefecture itself is home to Nippon Paper's Ishinomaki and Iwanuma mills, which have an annual pulp capacity of 1,013,000 tonnes/yr and 956,000 tonnes/yr, respectively
While the situation on the ground remains unconfirmed, according to figures from RISI, the fallout from the disaster could affect nearly 20% of Japan's total integrated pulp capacity of 2.5 million tonnes, along with 145,000 metric tonnes of bleached softwood kraft (BSK) pulp capacity - some 55% of the country's BSK pulp capacity - and 100,000 metric tonnes of bleached hardwood kraft (BHK) pulp capacity, or 15% of total BHK market pulp production.
In terms of a global perspective, however, these figures amount to less than 1% of both BSK and BHK market pulp capacity and under 2% of total integrated pulp capacity.
- Anexos
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- PP Japao.JPG (54.98 KiB) Visualizado 10101 vezes
Pedro Carriço
A propósito de um debate aqui sobre a utilidade da madeira como matéria prima para fabrico de pellets de biomassa, aqui fica a referência a projectos no Brasil da Suzano que usarão eucalipto para pellets.
Na realidade Portuguesa, onde a produção actual de eucalipto é limitada por baixa produtividade e extensão da floresta, e que não ultrapassa a necessidade que a indústria da pasta tem, a existência de alternativas ao escoamento de madeira é um risco a longo prazo para as celuloses. Para já ainda não se usa muito a madeira de eucalipto em pellets, mas no futuro ...
Aliás, e perante esta excassez potencial de matéria prima a prazo, seria interessante que os relatórios e contas da Portucel e Altri fossem mais claros em relação à quantidade dos inventários vivos de que dispõem (quantidade em m3 de madeira em pé a que corresponde o valor do activo biológico do balanço). Estou convencido de que esse dado seria absolutamente decisivo no investimento de longo prazo.
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Suzano discusses construction of $200 million pellets facility with Brazilian Alagoas state authorities
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SAO PAULO, March 11, 2011 (RISI) - Suzano Papel e Celulose has begun talks with Brazil's Alagoas state authorities about the construction of a $200 million pellets unit in the region. The company announced last year an $800 million project to build three pellets plants in northeastern Brazil, but until now locations have been not defined.
According to Alagoas' official news agency, state governor Teotonio Vilela met Suzano executives on Mar. 1 and discussed the possibility of siting one of those plants in the state as it has been investing in eucalyptus plantations in recent years.
Related stories:
According to the agency, Suzano said the company would need 30,000 ha of eucalyptus plantations to build a 1 million tonnes/yr pellets operation. "Other states, such as Maranhão, Piauí and Pernambuco, are competing with Alagoas to receive this mill," Suzano said.
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Na realidade Portuguesa, onde a produção actual de eucalipto é limitada por baixa produtividade e extensão da floresta, e que não ultrapassa a necessidade que a indústria da pasta tem, a existência de alternativas ao escoamento de madeira é um risco a longo prazo para as celuloses. Para já ainda não se usa muito a madeira de eucalipto em pellets, mas no futuro ...
Aliás, e perante esta excassez potencial de matéria prima a prazo, seria interessante que os relatórios e contas da Portucel e Altri fossem mais claros em relação à quantidade dos inventários vivos de que dispõem (quantidade em m3 de madeira em pé a que corresponde o valor do activo biológico do balanço). Estou convencido de que esse dado seria absolutamente decisivo no investimento de longo prazo.
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Suzano discusses construction of $200 million pellets facility with Brazilian Alagoas state authorities
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SAO PAULO, March 11, 2011 (RISI) - Suzano Papel e Celulose has begun talks with Brazil's Alagoas state authorities about the construction of a $200 million pellets unit in the region. The company announced last year an $800 million project to build three pellets plants in northeastern Brazil, but until now locations have been not defined.
According to Alagoas' official news agency, state governor Teotonio Vilela met Suzano executives on Mar. 1 and discussed the possibility of siting one of those plants in the state as it has been investing in eucalyptus plantations in recent years.
Related stories:
According to the agency, Suzano said the company would need 30,000 ha of eucalyptus plantations to build a 1 million tonnes/yr pellets operation. "Other states, such as Maranhão, Piauí and Pernambuco, are competing with Alagoas to receive this mill," Suzano said.
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Pedro Carriço
pdcarrico Escreveu:............
Possivelmente houve aqui um rendimento financeiro extra que deve ter a mesma origem dos outros custos (contratos de cobertura) - só que um conta a somar e outro a subtrair. O ebidta ter vindo mais baixo do que eu esperava só pode ter justificação em duas coisas - vendeu-se menos quantidade que o que se poderia produzir (as tais 220 mil toneladas) e ocorreram outros custos (os tais não recorrentes e que são os opostos ao tal rendimento extra - bastaria por exemplo fechar dois contratos - um com perda outro com ganho - o com perda saia em outros custos e influenciava negativamente o ebidta e o com ganho ia para proveitos financeiros e talvez tenha baralhado as contas aos tipos da caixa).
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Houve aqui uma imprecisão minha (involuntária) num raciocínio deste parágrafo. Na verdade dou a entender que se houvesse um ganho extraordinário num contrato de cobertura fechado antes do tempo, o valor seria registado em resultados financeiros, mas na verdade o registo é em "outros proveitos" que se juntam na conta de receitas e portanto influenciariam o ebidta.
Voltei a consultar o relatório de contas de 2009 para ter a certeza como eles lançaram contabilmente o ganho no fecho antecipado (em 2009) de um contrato de venda de 3500ton/mês com maturidade em 2011, e esse valor terá sido a principal componente do valor de 33,958 milhões de "outros proveitos" que participam nos proveitos operacionais.
Esta questão é muito técnica e talvez aborrecida e desinteressante e por isso pensei duas vezes antes de vos maçar com esta correcção. Mas há um ponto muito relevante e concerteza importante para qualquer pessoa que queira ver em perspectiva os fundamentais da empresa de uma forma ligeira:
Se não houvesse esta receita financeira (que não tem a ver com o core do negócio industrial), a receita de 2009 teria sido de apenas 276 milhões e não 309, e o ebidta teria sido 17 milhões em vez de 51 (e o prejuízo também teria sido muito pior). Por outro lado em 2010 houve outros custos (também ligados a efeitos de cobertura) de mais de 20 milhões de euros (que afectaram negativamente o ebidta de 2010 mas que não existiam em 2009).
Ou seja, sem estas operações teria-se passado de uma facturação de 276 para 500 (quase 100% de aumento) e de um ebidta de 17 para 180 (quase 10x mais). Quer isto dizer que a altri é efectivamente muitíssimo sensível ao nível de preços da commodity que produz. Enquanto o preço for alto é muito lucrativa e tem uma margem super-generosa mas não há prémio que não venha sem um risco ... e neste caso, o risco é o de os preços cairem.
Pedro Carriço
Caro Euroverde,
Pegar no histórico de uma empresa que mudou várias vezes nos últimos anos e esperar um padrão a partir de um dado histórico parece um pouco forçar a barra.
Mas supondo que efectivamente isso acontece, e também supondo que o capital próprio tem equivalência real com o valor de mercado dos activos da empresa deduzida aos passivos, diria então que na sua perspectiva, o lucro da empresa em 2011 seria de 24 milhões de euros (21,6%x110 milhões de cap.próprio).
Agora pensemos que uma unidade industrial pode ter um tempo de vida de 30/40/50 anos ou até mais. A própria celbi foi comprada aos Suecos/Finlandeses da Stora Enso e é uma unidade que foi montada nos anos 60/70. Mas por outro lado existe um custo fiscal (amortização) que permite poupar imposto do caixa gerado, e que reduz o lucro contábil mas que efectivamente não reduz o lucro financeiro. Isto é, o dinheiro será gerado e estará lá, e mesmo que não se distribua, estará disponível para novos projectos ou para redução da dívida.
Ora 24 milhões de lucro, 50 milhões de amortizações, e tiremos uns 15 milhões para capex na área industrial (que reformam e actualizam a empresa) (o capex em activos biológicos será usado como matéria prima e por isso tenderá a ser zero - umas vezes positivo, outras negativo). Ou seja a empresa efectivamente ficaria com mais 59 milhões de euros a mais neste ano. O que por acção significa pouco mais de 29 centimos por acção.
Não será necessariamente um dividendo, mas esse dinheiro estará na empresa e pode ser usado em projectos que dêem o mesmo retorno, ou então simplesmente para diminuir a dívida e assim aumentar o lucro futuro.
Agora esse valor, os tais 29cent, pode ser crescente. Para uma acção que vale 1,7, dá um retorno maior que 17%
Será que está assim tão cara uma acção que no pressuposto que sugere renda essa percentagem?
Agora voltemos atrás. Porque razão entenderemos que o lucro será 24 milhões? se a razão é histórica então também podemos fazer uma regressão nos preços da pasta e então a previsão dessa regressão apontaria para preços crescentes e sustentados acima de 800 dólares, que supõem um lucro superior aos tais 24 milhões.
O problema é que supôr um desenvolvimento a partir de um dado específico é uma simplificação demasiado grosseira para não dizer enganadora sobre o rumo que as coisas podem tomar.
De qualquer forma, cumprimento-o pelo esforço de entender o balanço e DR da empresa!

Pegar no histórico de uma empresa que mudou várias vezes nos últimos anos e esperar um padrão a partir de um dado histórico parece um pouco forçar a barra.
Mas supondo que efectivamente isso acontece, e também supondo que o capital próprio tem equivalência real com o valor de mercado dos activos da empresa deduzida aos passivos, diria então que na sua perspectiva, o lucro da empresa em 2011 seria de 24 milhões de euros (21,6%x110 milhões de cap.próprio).
Agora pensemos que uma unidade industrial pode ter um tempo de vida de 30/40/50 anos ou até mais. A própria celbi foi comprada aos Suecos/Finlandeses da Stora Enso e é uma unidade que foi montada nos anos 60/70. Mas por outro lado existe um custo fiscal (amortização) que permite poupar imposto do caixa gerado, e que reduz o lucro contábil mas que efectivamente não reduz o lucro financeiro. Isto é, o dinheiro será gerado e estará lá, e mesmo que não se distribua, estará disponível para novos projectos ou para redução da dívida.
Ora 24 milhões de lucro, 50 milhões de amortizações, e tiremos uns 15 milhões para capex na área industrial (que reformam e actualizam a empresa) (o capex em activos biológicos será usado como matéria prima e por isso tenderá a ser zero - umas vezes positivo, outras negativo). Ou seja a empresa efectivamente ficaria com mais 59 milhões de euros a mais neste ano. O que por acção significa pouco mais de 29 centimos por acção.
Não será necessariamente um dividendo, mas esse dinheiro estará na empresa e pode ser usado em projectos que dêem o mesmo retorno, ou então simplesmente para diminuir a dívida e assim aumentar o lucro futuro.
Agora esse valor, os tais 29cent, pode ser crescente. Para uma acção que vale 1,7, dá um retorno maior que 17%

Agora voltemos atrás. Porque razão entenderemos que o lucro será 24 milhões? se a razão é histórica então também podemos fazer uma regressão nos preços da pasta e então a previsão dessa regressão apontaria para preços crescentes e sustentados acima de 800 dólares, que supõem um lucro superior aos tais 24 milhões.
O problema é que supôr um desenvolvimento a partir de um dado específico é uma simplificação demasiado grosseira para não dizer enganadora sobre o rumo que as coisas podem tomar.
De qualquer forma, cumprimento-o pelo esforço de entender o balanço e DR da empresa!

Pedro Carriço
Boa noite
Proponho-me agora a discutir e partilhar uma forma de AF para a Altri.
É uma análise simples baseada em indicadores simples.
Desde o ano 2004 a Altri tem tido em média um crescimento do capital próprio de 10% ao ano.
O lucro que esse capital próprio produz tem sido em média de 21,6% ao ano.
Apenas em 2009 a Altri apresentou um prejuizo de 10,9 milhões de euros, os outro anos tem tido lucro e desde 2004 esse lucro tem tido crescimento de 26,7% ao ano.
Se pegarmos no capital próprio e dividirmos pelo nº de acções totais obtemos o capital próprio por acção que actualmente é 0,561 euros. A cotação actual de 1,665 está bastante acima do capital próprio ou seja 2,96 vezes.
0,561(1+0,1)^10= 1,455 de capital próprio daqui a 10 anos.
Mantendo o mesmo ROE de 21,6% obtemos de lucro a 10 anos 0,314 euros. Ou seja, quase o mesmo lucro por acção a que a empresa produz hoje.
Para uma empresa que tem crescimento de capital próprio de 10% ao ano, é razoável coloca-la a um PER de 10 anos o que daria 3,14 de cotação a 10 anos. Se o PBV se mantiver a 2,96x1,455= 4,3
Ou seja, daqui a 10 anos podemos verificar com algum grau de probabilidade que a empresa, mantemdo as mesmas caracteristicas deverá cotar entre 3,14 e 4,3
Agora, que está a comprar acções actualmente a 1,66 e quiser manter um investimento na Altri como o Buffett, terá na melhor das hipóteses uma taxa de rendibilidade de 6,5% a 10%
Logo a acção está cara.
Proponho-me agora a discutir e partilhar uma forma de AF para a Altri.
É uma análise simples baseada em indicadores simples.
Desde o ano 2004 a Altri tem tido em média um crescimento do capital próprio de 10% ao ano.
O lucro que esse capital próprio produz tem sido em média de 21,6% ao ano.
Apenas em 2009 a Altri apresentou um prejuizo de 10,9 milhões de euros, os outro anos tem tido lucro e desde 2004 esse lucro tem tido crescimento de 26,7% ao ano.
Se pegarmos no capital próprio e dividirmos pelo nº de acções totais obtemos o capital próprio por acção que actualmente é 0,561 euros. A cotação actual de 1,665 está bastante acima do capital próprio ou seja 2,96 vezes.
0,561(1+0,1)^10= 1,455 de capital próprio daqui a 10 anos.
Mantendo o mesmo ROE de 21,6% obtemos de lucro a 10 anos 0,314 euros. Ou seja, quase o mesmo lucro por acção a que a empresa produz hoje.
Para uma empresa que tem crescimento de capital próprio de 10% ao ano, é razoável coloca-la a um PER de 10 anos o que daria 3,14 de cotação a 10 anos. Se o PBV se mantiver a 2,96x1,455= 4,3
Ou seja, daqui a 10 anos podemos verificar com algum grau de probabilidade que a empresa, mantemdo as mesmas caracteristicas deverá cotar entre 3,14 e 4,3
Agora, que está a comprar acções actualmente a 1,66 e quiser manter um investimento na Altri como o Buffett, terá na melhor das hipóteses uma taxa de rendibilidade de 6,5% a 10%
Logo a acção está cara.
Analises tecnicas
Eu acho que tem muitas plantaformas que indicam os indicadores tecnicos mal porque ainda não rectificaram Stock split! Sera que eu a que estou enrado? Ex; no Montepio:
Análise Técnica *
Resistência 2: 1,7660
Resistência 1: 1,7280
Pivot Point: 1,7070
Suporte 1: 1,6690
Suporte 2: 1,6480
EMA14: 1,9413
EMA50: 2,6967 !!!!!!!!!!!!!!
EMA200: 3,5400 !!!!!!!!!!!!!!
RSI: 13,81 !!!!!!!!!!!!!!
MACD: -0,42 !!!!!!!!!!!!!!!
Trigger MACD: -0,41 !!!!!!!!!!!!!!!!!!
Há outras, como tambem o Jornal de negócios.
Quem é mais experiente que me diga se estou certo ou errado.
Análise Técnica *
Resistência 2: 1,7660
Resistência 1: 1,7280
Pivot Point: 1,7070
Suporte 1: 1,6690
Suporte 2: 1,6480
EMA14: 1,9413
EMA50: 2,6967 !!!!!!!!!!!!!!
EMA200: 3,5400 !!!!!!!!!!!!!!
RSI: 13,81 !!!!!!!!!!!!!!
MACD: -0,42 !!!!!!!!!!!!!!!
Trigger MACD: -0,41 !!!!!!!!!!!!!!!!!!
Há outras, como tambem o Jornal de negócios.
Quem é mais experiente que me diga se estou certo ou errado.
- Mensagens: 596
- Registado: 31/5/2010 14:22
Situação da madeira
<b>A situação do preço e abastecimento da madeira em Portugal, da forma como eu a vejo.</b>
Existem cerca de 740 mil hectares de eucaliptal plantado em Portugal. O número é de 2005 e não é absolutamente rigoroso, nem sequer é muito conciso em relação ao tipo de propriedade - se é mais ou menos produtiva. Destes 740, haverá provavelmente uma boa parte improdutiva que decorreu da não replantação após incêndios e do abandono. Também ajudou como desincentivo a depreciação contínua por mais de uma década do preço da madeira à porta da fábrica. Em certas alturas porque a pasta e o papel se desvalorizaram e em outras porque as celuloses importavam um volume marginal para desequilibrar a procura interna e forçar a um preço mais baixo.
Parece-me, de alguns dados soltos que fui lendo, lícito admitir que haverão uns 600 mil hectares com produção mais eficiente, dos quais um pouco menos de 200 estarão na mão das celuloses (por contratos de arrendamento). A produtividade média em Portugal é muito baixa, quando comparada com o Brasil, ou o Chile, e até mesmo mais baixa que na Espanha. Diria que um valor que pode ser considerado apropriado é o de, por ano, cada hectare conseguir render cerca de 10m3. Fazendo as contas significam 6000 milhões de m3 de madeira de eucalipto produzido a cada ano.
Ora as celuloses podem fabricar até 2,2 milhões de toneladas de pasta (1,3 da portucel e 0,9 da altri), o que a um rácio de 2,75 dá uma necessidade de 6 050 milhões de m3 de madeira necessária. Valor quase igual ao produzido em Portugal! Uma parte pode vir de produção própria e outra comprada a silvicultores.
Parece-me do que li dos relatórios da Portucel que os inventários próprios têm baixado ao longo dos últimos 4/5 anos (desde 2006). Em quantidade deverão ter talvez 2/3 da madeira em pé que tinham em 2006, ou seja estão provavelmente mais dependentes de terceiros. A altri parece-me ter feito estratégia ao contrário, ie, usou pouca madeira de inventário próprio neste mesmo período, com excepção de uma quantidade em 2009 que até fez baixar os custos naquele ano (e tornou-o menos mau do que seria!). Ainda assim, e por força do aumento de capacidade recente tem uma natural dependência de fornecimento externo.
Agora olhando para a produção e procura, eles parecendo encaixar, não haveria problema, mas infelizmente não é bem assim. Na verdade e como as celuloses frequentemente importavam 5/10% da madeira que precisavam para negociar com melhores armas com os fornecedores, acabaram a criar um problema maior - alguns produtores largaram a terra e outros, de maior porte, agora exportam madeira!
Segundo um dado que me foi referido, cerca de 20% da madeira pode estar a ser exportada e isso cria um défice que só pode ser coberto ou com importações, ou com redução de produção ou então com aumento de preço da madeira nacional para se evitar a exportação. O problema para as celuloses é que o aumento não pode ser apenas para esses 20%, teria que ser para toda a madeira comprada.
É que exportar ou importar madeira é um verdadeiro contrasenso, uma vez que a pasta tem maior valor acrescentado e os custos de transporte, por exemplo do Brasil, devem ser tão altos quanto a própria madeira aqui! Para se ter uma ideia, 1m3 pode custar 50 euros mas o transporte do hemisfério sul pode custar tanto ou mais que isso.
Ou seja, agora as celuloses enfrentarão um dilema - como garantir o seu abastecimento de forma sustentada? Importando uma percentagem e daí forçando uma contenção de preços nacionais mas provocando um excasseamento da oferta, ou melhorando as condições com os produtores, evitando exportações de madeira. Nessa equação, os inventários próprios desempenharão um papel importante - quer na garantia de matéria prima quer no custo efectivo que sai nos resultados.
Outra coisa que pode ajudar as celuloses, e em particular a altri, é a versatilidade da celtejo que poderá usar pinho e produzir NBSK (que até é mais cara), mas a celtejo nem 10% representa da total capacidade produtiva de Portugal.
Por enquanto, as celuloses têm a "upper hand", o preço do papel está relativamente animado e as brands da Portucel vendem bem, e na altri, a pasta a bom preço permite escolher qualquer matéria prima, mesmo a mais cara (importada). Mas num cenário futuro, de maior competitividade e de preço mais baixo, as celuloses terão de seguir uma estratégia que lhes garanta o fornecimento sustentável.
Existem cerca de 740 mil hectares de eucaliptal plantado em Portugal. O número é de 2005 e não é absolutamente rigoroso, nem sequer é muito conciso em relação ao tipo de propriedade - se é mais ou menos produtiva. Destes 740, haverá provavelmente uma boa parte improdutiva que decorreu da não replantação após incêndios e do abandono. Também ajudou como desincentivo a depreciação contínua por mais de uma década do preço da madeira à porta da fábrica. Em certas alturas porque a pasta e o papel se desvalorizaram e em outras porque as celuloses importavam um volume marginal para desequilibrar a procura interna e forçar a um preço mais baixo.
Parece-me, de alguns dados soltos que fui lendo, lícito admitir que haverão uns 600 mil hectares com produção mais eficiente, dos quais um pouco menos de 200 estarão na mão das celuloses (por contratos de arrendamento). A produtividade média em Portugal é muito baixa, quando comparada com o Brasil, ou o Chile, e até mesmo mais baixa que na Espanha. Diria que um valor que pode ser considerado apropriado é o de, por ano, cada hectare conseguir render cerca de 10m3. Fazendo as contas significam 6000 milhões de m3 de madeira de eucalipto produzido a cada ano.
Ora as celuloses podem fabricar até 2,2 milhões de toneladas de pasta (1,3 da portucel e 0,9 da altri), o que a um rácio de 2,75 dá uma necessidade de 6 050 milhões de m3 de madeira necessária. Valor quase igual ao produzido em Portugal! Uma parte pode vir de produção própria e outra comprada a silvicultores.
Parece-me do que li dos relatórios da Portucel que os inventários próprios têm baixado ao longo dos últimos 4/5 anos (desde 2006). Em quantidade deverão ter talvez 2/3 da madeira em pé que tinham em 2006, ou seja estão provavelmente mais dependentes de terceiros. A altri parece-me ter feito estratégia ao contrário, ie, usou pouca madeira de inventário próprio neste mesmo período, com excepção de uma quantidade em 2009 que até fez baixar os custos naquele ano (e tornou-o menos mau do que seria!). Ainda assim, e por força do aumento de capacidade recente tem uma natural dependência de fornecimento externo.
Agora olhando para a produção e procura, eles parecendo encaixar, não haveria problema, mas infelizmente não é bem assim. Na verdade e como as celuloses frequentemente importavam 5/10% da madeira que precisavam para negociar com melhores armas com os fornecedores, acabaram a criar um problema maior - alguns produtores largaram a terra e outros, de maior porte, agora exportam madeira!
Segundo um dado que me foi referido, cerca de 20% da madeira pode estar a ser exportada e isso cria um défice que só pode ser coberto ou com importações, ou com redução de produção ou então com aumento de preço da madeira nacional para se evitar a exportação. O problema para as celuloses é que o aumento não pode ser apenas para esses 20%, teria que ser para toda a madeira comprada.
É que exportar ou importar madeira é um verdadeiro contrasenso, uma vez que a pasta tem maior valor acrescentado e os custos de transporte, por exemplo do Brasil, devem ser tão altos quanto a própria madeira aqui! Para se ter uma ideia, 1m3 pode custar 50 euros mas o transporte do hemisfério sul pode custar tanto ou mais que isso.
Ou seja, agora as celuloses enfrentarão um dilema - como garantir o seu abastecimento de forma sustentada? Importando uma percentagem e daí forçando uma contenção de preços nacionais mas provocando um excasseamento da oferta, ou melhorando as condições com os produtores, evitando exportações de madeira. Nessa equação, os inventários próprios desempenharão um papel importante - quer na garantia de matéria prima quer no custo efectivo que sai nos resultados.
Outra coisa que pode ajudar as celuloses, e em particular a altri, é a versatilidade da celtejo que poderá usar pinho e produzir NBSK (que até é mais cara), mas a celtejo nem 10% representa da total capacidade produtiva de Portugal.
Por enquanto, as celuloses têm a "upper hand", o preço do papel está relativamente animado e as brands da Portucel vendem bem, e na altri, a pasta a bom preço permite escolher qualquer matéria prima, mesmo a mais cara (importada). Mas num cenário futuro, de maior competitividade e de preço mais baixo, as celuloses terão de seguir uma estratégia que lhes garanta o fornecimento sustentável.
Pedro Carriço
ola
nao sei se os resultados foram bons, deixo isso para os especialistas do forum, mas a Altri foi shortada e agora esses senhores estão a cobrir essas vendas a descoberto.
Agora so resta esperar para ver se acção sobe + ou desce +, as avaliações da banca de investimento estamos habituados, eles sabem mais do que nós.
bons negócios.
vip480
nao sei se os resultados foram bons, deixo isso para os especialistas do forum, mas a Altri foi shortada e agora esses senhores estão a cobrir essas vendas a descoberto.
Agora so resta esperar para ver se acção sobe + ou desce +, as avaliações da banca de investimento estamos habituados, eles sabem mais do que nós.
bons negócios.
vip480
PequenoInvest Escreveu:"Resultados da Altri em linha com o esperado pelos analistas
A Altri divulgou ontem os seus resultados relativos a 2010, publicando lucros recorde. Na análise aos números, os bancos de investimento revelam que as contas ficaram, no geral, em linha com o esperado.
A companhia liderada por Paulo Fernandes (na foto) registou no ano passado um resultado líquido recorde de 62 milhões de euros, valor que compara com os 10,9 milhões de euros negativos de 2009. Também o EBITDA da companhia atingiu o valor mais elevado de sempre, de 161 milhões de euros, crescendo 212% face ao ano anterior.
Já as receitas atingiram os 507 milhões de euros, mais 63% do que no período homólogo.
“O EBITDA saiu em linha com as nossas estimativas, enquanto o resultado líquido foi superior ao esperado”, refere a nota diária do Caixa BI. O analista Carlos Jesus sublinha que “a lógica destes resultados, até à margem operacional, é explicada pela queda dos preços da pasta e o aumento dos custos”.
O banco de investimento, que confere às acções da Altri uma recomendação de “comprar” e um preço-alvo de 2,25 euros, destaca “a capacidade da empresa em termos de geração de caixa, estando a Altri numa posição cimeira entre os membros do PSI-20 quando ajustamos pelo preço da acção em mercado”.
Já o Espírito Santo Equity Research refere que as vendas do quatro trimestre ficaram em linha com o esperado, contudo, as vendas em volumes ficaram “ligeiramente acima” das previsões, o que significa que o “preço concretizado foi inferior ao que esperávamos”.
O analista João Pedro Mendes frisa que “o preço da Madeira continuou a sua tendência de subida desde que a nova fábrica da Altri, a Celci, iniciou a produção”.
Entre os aspectos positivos, o banco de investimento do BES destaca a redução da dívida líquida no quarto trimestre em 58 milhões de euros para 763,4 milhões de euros, ou para os 718 milhões de euros como anunciado pela empresa, o que não inclui empréstimos.
O mesmo banco de investimento recomenda “comprar” as acções da companhia, às quais confere um preço-alvo de 2,30 euros. João Pedro Mendes sublinha que “a avaliação é muito sensível às nossas estimativas a longo prazo (2013) para os preços da pasta de papel e da madeira”.
Ou seja, o mesmo especialista adianta que uma variação de 27 dólares por tonelada no preço da pasta de papel pode ter um impacto de 0,5 euros por acção na avaliação.
Já o Banif IB, que confere uma recomendação de “neutral” e um “target de 1,75 euros à companhia, atribui um impacto “neutral” aos resultados que ficaram “de um modo geral, em linha com as estimativas”. O banco de investimento adianta que “como esperado, os mais baixos preços da pasta e os custos mais elevados no trimestre penalizaram as margens”.
O Santander atribui um “rating” de “underweight” e um preço-alvo de 1,62 euros à Altri. O banco adianta que as receitas e lucros ficaram acima das previsões, mas o EBITDA ficou abaixo.
O mesmo banco de investimento adianta que um dos seus “maiores receios foi confirmado”, isto é, a subida nos custos da madeira, o que deverá continuar a penalizar as margens nos próximos trimestres. As perspectivas do Santander para a empresa em 2011 estão, de forma geral, em linha com o esperado para o sector.
Como aspectos positivos, a mesma fonte aponta a capacidade da empresa “em gerar um nível elevado de fluxo de caixa”.
As acções da cotada liderada por Paulo Fernandes, que também detém a Cofina que é proprietária de títulos como o Negócios, soma 0,83% para os 1,699 euros, depois de já ter chegado a valorizar mais de 3%."
http://www.jornaldenegocios.pt/home.php ... &id=472455
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"Resultados da Altri em linha com o esperado pelos analistas
A Altri divulgou ontem os seus resultados relativos a 2010, publicando lucros recorde. Na análise aos números, os bancos de investimento revelam que as contas ficaram, no geral, em linha com o esperado.
A companhia liderada por Paulo Fernandes (na foto) registou no ano passado um resultado líquido recorde de 62 milhões de euros, valor que compara com os 10,9 milhões de euros negativos de 2009. Também o EBITDA da companhia atingiu o valor mais elevado de sempre, de 161 milhões de euros, crescendo 212% face ao ano anterior.
Já as receitas atingiram os 507 milhões de euros, mais 63% do que no período homólogo.
“O EBITDA saiu em linha com as nossas estimativas, enquanto o resultado líquido foi superior ao esperado”, refere a nota diária do Caixa BI. O analista Carlos Jesus sublinha que “a lógica destes resultados, até à margem operacional, é explicada pela queda dos preços da pasta e o aumento dos custos”.
O banco de investimento, que confere às acções da Altri uma recomendação de “comprar” e um preço-alvo de 2,25 euros, destaca “a capacidade da empresa em termos de geração de caixa, estando a Altri numa posição cimeira entre os membros do PSI-20 quando ajustamos pelo preço da acção em mercado”.
Já o Espírito Santo Equity Research refere que as vendas do quatro trimestre ficaram em linha com o esperado, contudo, as vendas em volumes ficaram “ligeiramente acima” das previsões, o que significa que o “preço concretizado foi inferior ao que esperávamos”.
O analista João Pedro Mendes frisa que “o preço da Madeira continuou a sua tendência de subida desde que a nova fábrica da Altri, a Celci, iniciou a produção”.
Entre os aspectos positivos, o banco de investimento do BES destaca a redução da dívida líquida no quarto trimestre em 58 milhões de euros para 763,4 milhões de euros, ou para os 718 milhões de euros como anunciado pela empresa, o que não inclui empréstimos.
O mesmo banco de investimento recomenda “comprar” as acções da companhia, às quais confere um preço-alvo de 2,30 euros. João Pedro Mendes sublinha que “a avaliação é muito sensível às nossas estimativas a longo prazo (2013) para os preços da pasta de papel e da madeira”.
Ou seja, o mesmo especialista adianta que uma variação de 27 dólares por tonelada no preço da pasta de papel pode ter um impacto de 0,5 euros por acção na avaliação.
Já o Banif IB, que confere uma recomendação de “neutral” e um “target de 1,75 euros à companhia, atribui um impacto “neutral” aos resultados que ficaram “de um modo geral, em linha com as estimativas”. O banco de investimento adianta que “como esperado, os mais baixos preços da pasta e os custos mais elevados no trimestre penalizaram as margens”.
O Santander atribui um “rating” de “underweight” e um preço-alvo de 1,62 euros à Altri. O banco adianta que as receitas e lucros ficaram acima das previsões, mas o EBITDA ficou abaixo.
O mesmo banco de investimento adianta que um dos seus “maiores receios foi confirmado”, isto é, a subida nos custos da madeira, o que deverá continuar a penalizar as margens nos próximos trimestres. As perspectivas do Santander para a empresa em 2011 estão, de forma geral, em linha com o esperado para o sector.
Como aspectos positivos, a mesma fonte aponta a capacidade da empresa “em gerar um nível elevado de fluxo de caixa”.
As acções da cotada liderada por Paulo Fernandes, que também detém a Cofina que é proprietária de títulos como o Negócios, soma 0,83% para os 1,699 euros, depois de já ter chegado a valorizar mais de 3%."
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A Altri divulgou ontem os seus resultados relativos a 2010, publicando lucros recorde. Na análise aos números, os bancos de investimento revelam que as contas ficaram, no geral, em linha com o esperado.
A companhia liderada por Paulo Fernandes (na foto) registou no ano passado um resultado líquido recorde de 62 milhões de euros, valor que compara com os 10,9 milhões de euros negativos de 2009. Também o EBITDA da companhia atingiu o valor mais elevado de sempre, de 161 milhões de euros, crescendo 212% face ao ano anterior.
Já as receitas atingiram os 507 milhões de euros, mais 63% do que no período homólogo.
“O EBITDA saiu em linha com as nossas estimativas, enquanto o resultado líquido foi superior ao esperado”, refere a nota diária do Caixa BI. O analista Carlos Jesus sublinha que “a lógica destes resultados, até à margem operacional, é explicada pela queda dos preços da pasta e o aumento dos custos”.
O banco de investimento, que confere às acções da Altri uma recomendação de “comprar” e um preço-alvo de 2,25 euros, destaca “a capacidade da empresa em termos de geração de caixa, estando a Altri numa posição cimeira entre os membros do PSI-20 quando ajustamos pelo preço da acção em mercado”.
Já o Espírito Santo Equity Research refere que as vendas do quatro trimestre ficaram em linha com o esperado, contudo, as vendas em volumes ficaram “ligeiramente acima” das previsões, o que significa que o “preço concretizado foi inferior ao que esperávamos”.
O analista João Pedro Mendes frisa que “o preço da Madeira continuou a sua tendência de subida desde que a nova fábrica da Altri, a Celci, iniciou a produção”.
Entre os aspectos positivos, o banco de investimento do BES destaca a redução da dívida líquida no quarto trimestre em 58 milhões de euros para 763,4 milhões de euros, ou para os 718 milhões de euros como anunciado pela empresa, o que não inclui empréstimos.
O mesmo banco de investimento recomenda “comprar” as acções da companhia, às quais confere um preço-alvo de 2,30 euros. João Pedro Mendes sublinha que “a avaliação é muito sensível às nossas estimativas a longo prazo (2013) para os preços da pasta de papel e da madeira”.
Ou seja, o mesmo especialista adianta que uma variação de 27 dólares por tonelada no preço da pasta de papel pode ter um impacto de 0,5 euros por acção na avaliação.
Já o Banif IB, que confere uma recomendação de “neutral” e um “target de 1,75 euros à companhia, atribui um impacto “neutral” aos resultados que ficaram “de um modo geral, em linha com as estimativas”. O banco de investimento adianta que “como esperado, os mais baixos preços da pasta e os custos mais elevados no trimestre penalizaram as margens”.
O Santander atribui um “rating” de “underweight” e um preço-alvo de 1,62 euros à Altri. O banco adianta que as receitas e lucros ficaram acima das previsões, mas o EBITDA ficou abaixo.
O mesmo banco de investimento adianta que um dos seus “maiores receios foi confirmado”, isto é, a subida nos custos da madeira, o que deverá continuar a penalizar as margens nos próximos trimestres. As perspectivas do Santander para a empresa em 2011 estão, de forma geral, em linha com o esperado para o sector.
Como aspectos positivos, a mesma fonte aponta a capacidade da empresa “em gerar um nível elevado de fluxo de caixa”.
As acções da cotada liderada por Paulo Fernandes, que também detém a Cofina que é proprietária de títulos como o Negócios, soma 0,83% para os 1,699 euros, depois de já ter chegado a valorizar mais de 3%."
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pdcarrico Escreveu:Considerei que cairia até 800USD em 2012 e depois subiria 1% ao ano. Mas convém lembrar que essa avaliação foi feita com um câmbio muito mais favorável. Nessa altura o euro valia 1,2USD e eu creio que considerei uma cotação de 1,25. Naturalmente que um euro mais forte não ajuda a altri.
Pois, esse facto deve justificar em parte a actual cotação da ALTRI... até porque pelo que tenho lido do DJOVARIUS, o EUR está bullish!
Abraços
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pepi Escreveu:pdcarrico Escreveu:pepi Escreveu:Parabéns pdcarrico,
Gosto bastante das tuas análises! Continua a partilhá-las...
Já agora, a ALTRI refere alguma coisa no comunicado sobre a evolução dos preços da pasta de eucalipto?
Abraços,
Obrigado PepiSempre que tiver uma análise, partilhá-la-ei.
Eles esperam estabilidade de preços. Pelo menos é o que dizem no relatório.
E os preços forward do foex na CME indicam isso mesmo. Até há pouco esperava-se uma correcção até 700/750 dólares até 2012, actualmente a curva de preços está plana nos 800 e pouco até 2012.
Recorda-me... na avaliação que fizeste qual foi o preço que consideraste?
Considerei que cairia até 800USD em 2012 e depois subiria 1% ao ano. Mas convém lembrar que essa avaliação foi feita com um câmbio muito mais favorável. Nessa altura o euro valia 1,2USD e eu creio que considerei uma cotação de 1,25. Naturalmente que um euro mais forte não ajuda a altri.
Pedro Carriço
pdcarrico Escreveu:pepi Escreveu:Parabéns pdcarrico,
Gosto bastante das tuas análises! Continua a partilhá-las...
Já agora, a ALTRI refere alguma coisa no comunicado sobre a evolução dos preços da pasta de eucalipto?
Abraços,
Obrigado PepiSempre que tiver uma análise, partilhá-la-ei.
Eles esperam estabilidade de preços. Pelo menos é o que dizem no relatório.
E os preços forward do foex na CME indicam isso mesmo. Até há pouco esperava-se uma correcção até 700/750 dólares até 2012, actualmente a curva de preços está plana nos 800 e pouco até 2012.
Recorda-me... na avaliação que fizeste qual foi o preço que consideraste?
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pepi Escreveu:Parabéns pdcarrico,
Gosto bastante das tuas análises! Continua a partilhá-las...
Já agora, a ALTRI refere alguma coisa no comunicado sobre a evolução dos preços da pasta de eucalipto?
Abraços,
Obrigado Pepi

Eles esperam estabilidade de preços. Pelo menos é o que dizem no relatório.
E os preços forward do foex na CME indicam isso mesmo. Até há pouco esperava-se uma correcção até 700/750 dólares até 2012, actualmente a curva de preços está plana nos 800 e pouco até 2012.
Pedro Carriço
pdcarrico Escreveu:Tive a ler agora o resumo do R&C de 2010 e têm lá alguns pontos que esclarecem umas dúvidas que tinha.
Em relação à facturação, não venderam de facto um valor ao nível da capacidade instalada de produção. A capacidade instalada anual é de 900 mil toneladas (trimestral de 225), mas devido a paragens na celtejo e caima, a produção no trimestre caiu nas 205 mil toneladas. As vendas foram ligeiramente superiores (211 mil) mas ainda assim abaixo da capacidade instalada trimestral.
Efectivamente há um custo maior na madeira mas é devido a um volume maior de madeira importada. Foram quase 7 milhões de euros a mais (40 para 47). A madeira importada é caríssima (por causa dos custos de transporte), mas acho que as celuloses fazem isso para conseguir maior poder de negociação com os silvicultores nacionais. De qualquer maneira parece-me que a importação será apenas significativa no 4ºtrimestre, quando há poucos cortes em Portugal*.
Há também um custo anormalmente alto com o pessoal (+4 milhões de euros). Segundo se diz no relatório há custos de racionalização, não recorrentes ... provavelmente indemnizações de despedimentos. Com produção normalizada, eliminando estes custos não recorrentes e usando madeira nacional, o ebidta seria de facto acima dos 50 milhões de euros.
*Os cortes idealmente são feitos longe do inverno para que os rebentos cresçam o suficiente e possam vingar às geadas de inverno.
Parabéns pdcarrico,
Gosto bastante das tuas análises! Continua a partilhá-las...
Já agora, a ALTRI refere alguma coisa no comunicado sobre a evolução dos preços da pasta de eucalipto?
Abraços,
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Tive a ler agora o resumo do R&C de 2010 e têm lá alguns pontos que esclarecem umas dúvidas que tinha.
Em relação à facturação, não venderam de facto um valor ao nível da capacidade instalada de produção. A capacidade instalada anual é de 900 mil toneladas (trimestral de 225), mas devido a paragens na celtejo e caima, a produção no trimestre caiu nas 205 mil toneladas. As vendas foram ligeiramente superiores (211 mil) mas ainda assim abaixo da capacidade instalada trimestral.
Efectivamente há um custo maior na madeira mas é devido a um volume maior de madeira importada. Foram quase 7 milhões de euros a mais (40 para 47). A madeira importada é caríssima (por causa dos custos de transporte), mas acho que as celuloses fazem isso para conseguir maior poder de negociação com os silvicultores nacionais. De qualquer maneira parece-me que a importação será apenas significativa no 4ºtrimestre, quando há poucos cortes em Portugal*.
Há também um custo anormalmente alto com o pessoal (+4 milhões de euros). Segundo se diz no relatório há custos de racionalização, não recorrentes ... provavelmente indemnizações de despedimentos. Com produção normalizada, eliminando estes custos não recorrentes e usando madeira nacional, o ebidta seria de facto acima dos 50 milhões de euros.
*Os cortes idealmente são feitos longe do inverno para que os rebentos cresçam o suficiente e possam vingar às geadas de inverno.
Em relação à facturação, não venderam de facto um valor ao nível da capacidade instalada de produção. A capacidade instalada anual é de 900 mil toneladas (trimestral de 225), mas devido a paragens na celtejo e caima, a produção no trimestre caiu nas 205 mil toneladas. As vendas foram ligeiramente superiores (211 mil) mas ainda assim abaixo da capacidade instalada trimestral.
Efectivamente há um custo maior na madeira mas é devido a um volume maior de madeira importada. Foram quase 7 milhões de euros a mais (40 para 47). A madeira importada é caríssima (por causa dos custos de transporte), mas acho que as celuloses fazem isso para conseguir maior poder de negociação com os silvicultores nacionais. De qualquer maneira parece-me que a importação será apenas significativa no 4ºtrimestre, quando há poucos cortes em Portugal*.
Há também um custo anormalmente alto com o pessoal (+4 milhões de euros). Segundo se diz no relatório há custos de racionalização, não recorrentes ... provavelmente indemnizações de despedimentos. Com produção normalizada, eliminando estes custos não recorrentes e usando madeira nacional, o ebidta seria de facto acima dos 50 milhões de euros.
*Os cortes idealmente são feitos longe do inverno para que os rebentos cresçam o suficiente e possam vingar às geadas de inverno.
Pedro Carriço
Mares Escreveu:Eu disse "bons resultados" por causa desta notícia:
http://www.jornaldenegocios.pt/home.php ... &id=472295
Abraço!
Sim, essa notícia é o único dado objectivo até ao momento sobre os dados. Não há outro dado sobre os resultados. E tudo o que eu escrevi agora sobre os dados é justamente em cima do que está escrito nessa notícia.
Pedro Carriço
pdcarrico Escreveu:Mares Escreveu:Olá Pdcarrico,
pelo que entendi, os resultados pareçem ser bons.
Agora se ela vai arrancar ou não é outra estória. Não dá para entender como o mercado faz interpretação dos resultados...
Abraço,
Mares.
Olá Mares,
Não sei bem se os resultados foram bons. Na minha perspectiva pelo menos. Acho que o ebidta saiu pobre, mas talvez tenha sido pelos "outros custos" que são não recorrentes, mas acho que o lucro do 4ºtrimestre foi muito interessante tendo em conta o ebidta. A facturação no trimestre também saiu um pouco aquem do que eu esperava.
Parece-me que eu estava optimista e o mercado pessimista, e o resultado saiu no meio. Isto partindo do princípio de que a previsão da caixa era a do mercado. E se o valor de hoje tem em conta o que o mercado previa, então é natural que o mercado entenda os resultados como "bons". Em relação à diminuição da dívida líquida, acho que o valor foi melhor do que a melhor expectativa que pudesse existir.
Na parte da produção parece-me ter havido menor volume na celtejo e na caima - daí uma facturação um pouco menor que eu previa. Mas se na celtejo, esse volume menor existe em decorrência da preparação para produção de maior volume de pasta softwood, então até terá sido bom, porque a pasta softwood está muito mais valorizada hoje, contrariamente a tempos recentes onde a diferença não era tão evidente.
Agora os humores de mercado são naturalmente imprevisíveis..
![]()
Abraço!
Eu disse "bons resultados" por causa desta notícia:
http://www.jornaldenegocios.pt/home.php ... &id=472295
Abraço!
- A ganância dos outros poderá gerar-lhe lucros.
- A sua ganância poderá levá-lo à ruína.
- A sua ganância poderá levá-lo à ruína.
Mares Escreveu:Olá Pdcarrico,
pelo que entendi, os resultados pareçem ser bons.
Agora se ela vai arrancar ou não é outra estória. Não dá para entender como o mercado faz interpretação dos resultados...
Abraço,
Mares.
Olá Mares,
Não sei bem se os resultados foram bons. Na minha perspectiva pelo menos. Acho que o ebidta saiu pobre, mas talvez tenha sido pelos "outros custos" que são não recorrentes, mas acho que o lucro do 4ºtrimestre foi muito interessante tendo em conta o ebidta. A facturação no trimestre também saiu um pouco aquem do que eu esperava.
Parece-me que eu estava optimista e o mercado pessimista, e o resultado saiu no meio. Isto partindo do princípio de que a previsão da caixa era a do mercado. E se o valor de hoje tem em conta o que o mercado previa, então é natural que o mercado entenda os resultados como "bons". Em relação à diminuição da dívida líquida, acho que o valor foi melhor do que a melhor expectativa que pudesse existir.
Na parte da produção parece-me ter havido menor volume na celtejo e na caima - daí uma facturação um pouco menor que eu previa. Mas se na celtejo, esse volume menor existe em decorrência da preparação para produção de maior volume de pasta softwood, então até terá sido bom, porque a pasta softwood está muito mais valorizada hoje, contrariamente a tempos recentes onde a diferença não era tão evidente.
Agora os humores de mercado são naturalmente imprevisíveis..

Abraço!
Pedro Carriço
pdcarrico Escreveu:artista1939 Escreveu:É expectável que isto tenha impacto no valor da acção ou já terá sido incorporado?
Se calhar a resposta é: "Amanhã veremos!"
A minha expectativa é de que suba, mas talvez não seja uma subida muito consistente. Afinal de contas quando uma acção está meio letárgica, é difícil que se anime.
Mas se o mercado antecipava 55 e levou 62, então a acção está financeiramente 3,5 cent a desconto (7 milhões de euros divididos por 200 milhões de acções). Mas é importante perceber a natureza dos resultados - o que é que influenciou ao certo estes 14/15 milhões de lucro no trimestre?
Da minha parte só poderia concluir alguma coisa depois de um tempo a olhar para o relatório (que sendo anual) tem informação que não acaba mais ...
Abraço
Olá Pdcarrico,
pelo que entendi, os resultados pareçem ser bons.
Agora se ela vai arrancar ou não é outra estória. Não dá para entender como o mercado faz interpretação dos resultados...
Abraço,
Mares.
- A ganância dos outros poderá gerar-lhe lucros.
- A sua ganância poderá levá-lo à ruína.
- A sua ganância poderá levá-lo à ruína.
Outra coisa interessante para ver do relatório e que pode ter que ver com esta suposta diminuição no ritmo de produção neste 4º trimestre, é alguma explicação sobre o que se passou na celtejo e na caima. Juntas teriam capacidade instalada de 300 mil toneladas (75 para o trimestre).
No comunicado refere que a celtejo (cap de 190K ton/ano) terá feito algum mix de produção de pasta hardwood e softwood. Esta é aliás a única fábrica do grupo que permitirá essa flexibilidade. Havendo matéria prima, madeira de pinho, será muito oportuno aproveitar agora para produzir pasta softwood na celtejo. É que por força do encerramento de muita capacidade de produção mundial de pasta softwood e por muita apetência recente por pasta dissolving pulp, o gap entre pasta hardwood e softwood está muito grande face ao valor histórico. A pasta softwood já está perto de 100/150 dólares mais cara que a hardwood, com tendência para alargar, uma vez que os stocks de softwood estão muito mais baixos que os de hardwood.
Se 20% da produção da altri vier em softwood, naturalmente que a receita irá melhorar.
Hardwood - fibra curta (eucalipto)
Softwood - fibra longa (Pinho)
No comunicado refere que a celtejo (cap de 190K ton/ano) terá feito algum mix de produção de pasta hardwood e softwood. Esta é aliás a única fábrica do grupo que permitirá essa flexibilidade. Havendo matéria prima, madeira de pinho, será muito oportuno aproveitar agora para produzir pasta softwood na celtejo. É que por força do encerramento de muita capacidade de produção mundial de pasta softwood e por muita apetência recente por pasta dissolving pulp, o gap entre pasta hardwood e softwood está muito grande face ao valor histórico. A pasta softwood já está perto de 100/150 dólares mais cara que a hardwood, com tendência para alargar, uma vez que os stocks de softwood estão muito mais baixos que os de hardwood.
Se 20% da produção da altri vier em softwood, naturalmente que a receita irá melhorar.
Hardwood - fibra curta (eucalipto)
Softwood - fibra longa (Pinho)
Editado pela última vez por pdcarrico em 9/3/2011 22:48, num total de 1 vez.
Pedro Carriço
Também haveria a acrescentar mais uns 10/15 milhões na avaliação por um nível melhor que o esperado de dívida líquida. Ou seja talvez a dívida líquida melhorada contribua com mais uns 5 cents na cotação da acção.
Sendo que o valor da acção = Valor do Equity/nº de acções
Valor da empresa = Valor do Equity + Dívida líquida
Ou seja menor dívida líquida, maior o valor da acção.
Sendo que o valor da acção = Valor do Equity/nº de acções
Valor da empresa = Valor do Equity + Dívida líquida
Ou seja menor dívida líquida, maior o valor da acção.
Pedro Carriço
artista1939 Escreveu:É expectável que isto tenha impacto no valor da acção ou já terá sido incorporado?
Se calhar a resposta é: "Amanhã veremos!"
A minha expectativa é de que suba, mas talvez não seja uma subida muito consistente. Afinal de contas quando uma acção está meio letárgica, é difícil que se anime.
Mas se o mercado antecipava 55 e levou 62, então a acção está financeiramente 3,5 cent a desconto (7 milhões de euros divididos por 200 milhões de acções). Mas é importante perceber a natureza dos resultados - o que é que influenciou ao certo estes 14/15 milhões de lucro no trimestre?
Da minha parte só poderia concluir alguma coisa depois de um tempo a olhar para o relatório (que sendo anual) tem informação que não acaba mais ...
Abraço

Editado pela última vez por pdcarrico em 9/3/2011 21:16, num total de 1 vez.
Pedro Carriço
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