Obrigações II
mmper Escreveu:Sr_SNiper Escreveu:Quando as obrigações estão acima do par, ou não estando, a maturidade é de 1 ou 2 anos e em ambos os casos a Yield é menor que um DP, então vendo.
As de 2016 estavam a 103%, ganhava mais dinheiro se as vendesse e colocasse o dinheiro num DP a prazo no Privatbank, que tem menos risco e mais remuneração.
Não concordo Sniper. Repara (e corrijam-me se estiver a ver mal as coisas):
A yield considera as mais (ou menos) valias, as comissões e o cupão. Para quem compra nesse momento.
Neste caso tinhas estas OT16 com um cupão de 6,4%, logo era isso que elas iam render-te ao ano até à maturidade, e não os 5 e tal de yield (não tens custos de compra nem as estás a comprar acima do par). Aliás, com o "teu" conceito de cupão real que se tem falado e com o qual concordo plenamente, estão a render-te muito mais que 6,4% ao ano.
Está a falhar-me alguma coisa neste raciocínio?
mais valias... se ele vendeu a 103% ganhou 3% agora... se as mantivesse até à maturidade receberia 100%
Como se ganha dinheiro na bolsa?!
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Sr_SNiper Escreveu:Quando as obrigações estão acima do par, ou não estando, a maturidade é de 1 ou 2 anos e em ambos os casos a Yield é menor que um DP, então vendo.
As de 2016 estavam a 103%, ganhava mais dinheiro se as vendesse e colocasse o dinheiro num DP a prazo no Privatbank, que tem menos risco e mais remuneração.
Não concordo Sniper. Repara (e corrijam-me se estiver a ver mal as coisas):
A yield considera as mais (ou menos) valias, as comissões e o cupão. Para quem compra nesse momento.
Neste caso tinhas estas OT16 com um cupão de 6,4%, logo era isso que elas iam render-te ao ano até à maturidade, e não os 5 e tal de yield (não tens custos de compra nem as estás a comprar acima do par). Aliás, com o "teu" conceito de cupão real que se tem falado e com o qual concordo plenamente, estão a render-te muito mais que 6,4% ao ano.
Está a falhar-me alguma coisa neste raciocínio?
Quando as obrigações estão acima do par, ou não estando, a maturidade é de 1 ou 2 anos e em ambos os casos a Yield é menor que um DP, então vendo.
As de 2016 estavam a 103%, ganhava mais dinheiro se as vendesse e colocasse o dinheiro num DP a prazo no Privatbank, que tem menos risco e mais remuneração.
Não faz sentido ter uma plicação com menor remuneração e maior risco.
O cupão real é IMO muito importante porque em não pensava que as OT´s 2016 por exemplo estivessem acima do par tao rapidamente.
Se tivesse atingido o par em 2015 por exemplo ficava contente na mesma e até lá andava a ganhar cupões de 6% ao ano.
Agora elas vão subindo por aí acima de gas, tenho que me adaptar e saltar para as próximas, mas sempre tendo em conta o cupão real, porque como disse a ideia nao é vender amanhã, mas se amanhã acordar e estiverem a cotar a 120% vendo logo ao melhor.
As de 2016 estavam a 103%, ganhava mais dinheiro se as vendesse e colocasse o dinheiro num DP a prazo no Privatbank, que tem menos risco e mais remuneração.
Não faz sentido ter uma plicação com menor remuneração e maior risco.
O cupão real é IMO muito importante porque em não pensava que as OT´s 2016 por exemplo estivessem acima do par tao rapidamente.
Se tivesse atingido o par em 2015 por exemplo ficava contente na mesma e até lá andava a ganhar cupões de 6% ao ano.
Agora elas vão subindo por aí acima de gas, tenho que me adaptar e saltar para as próximas, mas sempre tendo em conta o cupão real, porque como disse a ideia nao é vender amanhã, mas se amanhã acordar e estiverem a cotar a 120% vendo logo ao melhor.
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Elias Escreveu:majomo Escreveu:Parece-me que ele anda atrás das duas coisas... como todos nós queremos.
Enquanto está dentro lá vai recebendo o seu "cupão real"... quando sobem as cotações da obrigação, já olha para as mais valias...
Correcto, embora o cupão (real ou nominal) só adquira alguma relevância quando deténs os títulos durante um período de tempo considerável.
Exato, contará enquanto ele tiver as OT... contudo à medida que sobem as cotações, das duas uma, ou olha para as mais valias ou então terá de considerar que o seu cupão real tem de ser ajustado à cotação.
Portanto, vai cair na yield...
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majomo Escreveu:Parece-me que ele anda atrás das duas coisas... como todos nós queremos.
Enquanto está dentro lá vai recebendo o seu "cupão real"... quando sobem as cotações da obrigação, já olha para as mais valias...
Correcto, embora o cupão (real ou nominal) só adquira alguma relevância quando deténs os títulos durante um período de tempo considerável.
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Elias Escreveu:Sr_SNiper Escreveu:Sr_SNiper Escreveu:Não vejo um interesse por aí além na REN.
Partindo do principio que não haverá um haircut das OT´s. quase todas dão um "cupão" superior às da REN, além de uma possível mais valia.
Venda das OT´s de 2016 a 103% ( compra a 93,25% ) e compra das OT´s de 2037. Já não compensava ter as de 2016.
Senhor SNiper,
Esclarece-me lá uma coisa: a menos que eu esteja a ver mal o filme tu andas mais atrás das mais-valias e não tanto atrás dos juros, não é?
Sendo assim, qual é para ti a relevância do cupão (seja ele nominal ou "real"?
Parece-me que ele anda atrás das duas coisas... como todos nós queremos.
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Koreano Escreveu:Sr_SNiper Escreveu:Sr_SNiper Escreveu:Não vejo um interesse por aí além na REN.
Partindo do principio que não haverá um haircut das OT´s. quase todas dão um "cupão" superior às da REN, além de uma possível mais valia.
Venda das OT´s de 2016 a 103% ( compra a 93,25% ) e compra das OT´s de 2037. Já não compensava ter as de 2016.
Foste buscar as minhas meninas...![]()
Que te corra tão bem como me está a correr a mim.
Também tenho essas OT's 2016, mas nao queria vender pq estou a usufruir do cupao de 6,4%. Comparado com qq deposito prazo actual é bem superior...
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Sr_SNiper Escreveu:Sr_SNiper Escreveu:Não vejo um interesse por aí além na REN.
Partindo do principio que não haverá um haircut das OT´s. quase todas dão um "cupão" superior às da REN, além de uma possível mais valia.
Venda das OT´s de 2016 a 103% ( compra a 93,25% ) e compra das OT´s de 2037. Já não compensava ter as de 2016.
Senhor SNiper,
Esclarece-me lá uma coisa: a menos que eu esteja a ver mal o filme tu andas mais atrás das mais-valias e não tanto atrás dos juros, não é?
Sendo assim, qual é para ti a relevância do cupão (seja ele nominal ou "real"?
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Sr_SNiper Escreveu:Sr_SNiper Escreveu:Não vejo um interesse por aí além na REN.
Partindo do principio que não haverá um haircut das OT´s. quase todas dão um "cupão" superior às da REN, além de uma possível mais valia.
Venda das OT´s de 2016 a 103% ( compra a 93,25% ) e compra das OT´s de 2037. Já não compensava ter as de 2016.
Foste buscar as minhas meninas...

Que te corra tão bem como me está a correr a mim.
Sr_SNiper Escreveu:Não vejo um interesse por aí além na REN.
Partindo do principio que não haverá um haircut das OT´s. quase todas dão um "cupão" superior às da REN, além de uma possível mais valia.
Venda das OT´s de 2016 a 103% ( compra a 93,25% ) e compra das OT´s de 2037. Já não compensava ter as de 2016.
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Koreano Escreveu:AutoMech Escreveu:Sim, mas a yield anual presume que a cotação não oscila, daí ser um valor teórico. O risco é aquele que referes:
Não presume. É um valor fixo. Uma vez adquirida a obrigação, a yield anual é imutável até à maturidade.
Só depende da dinâmica da cotação antes de adquirires a obrigação.
Sim, não oscila. Quando digo presume é que ao fazer um investimento de 3 anos numa obrigação de maturidade a 6 anos, a yield anual é calculada assumindo que vendes daí a 3 anos ao mesmo preço que compraste, um pressuposto que comporta risco, obviamente.
Koreano Escreveu:Concordo.
Nesse horizonte temporal apenas em casos de risco muito elevado (e desconto muito elevado na compra da obrigação) faz sentido dar mais valor à yield anual do que à YTM. Não é nada frequente mas aconteceu ainda há pouco tempo com as obrigações gregas.
É verdade. Até com as nossas OTs.
No man is rich enough to buy back his past - Oscar Wilde
AutoMech Escreveu:Sim, mas a yield anual presume que a cotação não oscila, daí ser um valor teórico. O risco é aquele que referes:
Não presume. É um valor fixo. Uma vez adquirida a obrigação, a yield anual é imutável até à maturidade.
Só depende da dinâmica da cotação antes de adquirires a obrigação.
AutoMech Escreveu:Se era para ficar 6 anos provavelmente até tomaste a decisão errada ao não incluir outras alternativas logo de início porque aí a yield 'total' é que era a métrica correcta e não a yield 'anual'.
Eu não estou a dizer que não se deva calcular. Apenas estou a chamar a atenção que a yield anual pode induzir em erro.
É uma ferramenta, não é a única.

Partindo do princípio que não te enganas nos cálculos, o que pode te induzir em erro é o que vês na "bola de cristal".
AutoMech Escreveu:Sim, queria dizer que é irrelevante (ou quase) para investimentos em obrigações que tenham maturidade a 1/2 anos e seja esse o horizonte temporal do investimento.
Concordo.
Nesse horizonte temporal apenas em casos de risco muito elevado (e desconto muito elevado na compra da obrigação) faz sentido dar mais valor à yield anual do que à YTM. Não é nada frequente mas aconteceu ainda há pouco tempo com as obrigações gregas.
Koreano Escreveu:De forma diferente das acções, em que a previsão dos rendimentos não tem componente fixa a prazo - não sabemos nem a dinamica da cotação nem a dinamica do dividendo - nas obrigações (de taxa fixa) há uma componente de rendimento que está "garantida" à partida para o investimento.
Sim, mas a yield anual presume que a cotação não oscila, daí ser um valor teórico. O risco é aquele que referes:
Koreano Escreveu:Para além da componente fixa existe também a questão de, em caso de movimento desfavorável da cotação, podermos levar o investimento à maturidade.
Num caso desses transformas um investimento de curto prazo em longo prazo. Se olhaste para a yield anual para um investimento de 2 anos e e repente tens de a gramar a obrigação meia dúzia de anos, não é a mesma coisa.
Se era para ficar 6 anos provavelmente até tomaste a decisão errada ao não incluir outras alternativas logo de início porque aí a yield 'total' é que era a métrica correcta e não a yield 'anual'.
Eu não estou a dizer que não se deva calcular. Apenas estou a chamar a atenção que a yield anual pode induzir em erro.
Koreano Escreveu:É relevante para qualquer prazo que esteja dentro do intervalo do início de investimento e da maturidade da obrigação. O que torna este indicador mais ou menos relevante são as caracteristicas das obrigações em comparação.
Sim, queria dizer que é irrelevante (ou quase) para investimentos em obrigações que tenham maturidade a 1/2 anos e seja esse o horizonte temporal do investimento.
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AutoMech Escreveu:OK, é um valor teórico para o qual se pode olhar por mera curiosidade (embora ache não tem qualquer utilidade quando se compraram alternativas de investimento).
A yield anual é uma ferramenta muito importante na avalição/comparação de risk/reward de investimentos em obrigações que não tenham intenção inicial de serem mantidos até à maturidade.
De forma diferente das acções, em que a previsão dos rendimentos não tem componente fixa a prazo - não sabemos nem a dinamica da cotação nem a dinamica do dividendo - nas obrigações (de taxa fixa) há uma componente de rendimento que está "garantida" à partida para o investimento.
Para além da componente fixa existe também a questão de, em caso de movimento desfavorável da cotação, podermos levar o investimento à maturidade.
AutoMech Escreveu:mais_um Escreveu:Para mim não é uma mera curiosidade, é importante para verificar se o rendimento é mais distribuido de uma forma anual ou mais no fim do prazo da obrigação.
Sim, para prazos acima de 1/2 anos é relevante (similar aos CTs em que o grosso dos juros era pago, salvo erro, a partir do 5º ano e depois no 10º ano). E também por causa do possível reinvestimento dos juros.
É relevante para qualquer prazo que esteja dentro do intervalo do início de investimento e da maturidade da obrigação. O que torna este indicador mais ou menos relevante são as caracteristicas das obrigações em comparação.
mais_um Escreveu:Para mim não é uma mera curiosidade, é importante para verificar se o rendimento é mais distribuido de uma forma anual ou mais no fim do prazo da obrigação.
Sim, para prazos acima de 1/2 anos é relevante (similar aos CTs em que o grosso dos juros era pago, salvo erro, a partir do 5º ano e depois no 10º ano). E também por causa do possível reinvestimento dos juros.
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AutoMech Escreveu:Ah, já percebi o que o Sniper fez. Basicamente calculou o cupão anual baseado no que investiu, como se a obrigação não oscilasse no preço.
OK, é um valor teórico para o qual se pode olhar por mera curiosidade (embora ache não tem qualquer utilidade quando se compraram alternativas de investimento).
Para mim não é uma mera curiosidade, é importante para verificar se o rendimento é mais distribuido de uma forma anual ou mais no fim do prazo da obrigação.
"Só duas coisas são infinitas, o universo e a estupidez humana. Mas no que respeita ao universo ainda não tenho a certeza" Einstein
“Com os actuais meios de acesso à informação, a ignorância não é uma fatalidade, mas uma escolha pessoal" Eu
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mais_um Escreveu:Elias Escreveu:
Esse valor a que chamas "cupão real" só o recebes se a obrigação valorizar até aos 100%. Isso pode acontecer ou não.
Estás enganado, o que Sniper chama de cupão "real" recebe todos os anos, só que a taxa do cupão nominal (sobre o valor nominal da obrigação) é alterada em função do valor a que compras a obrigação, como neste caso, estás a comprar a um valor inferior ao par, a taxa do cupão que realmente recebes é percentualmente superior à taxa de cupão nominal.
Exemplo: compras 100 Obrigação a 50% do valor nominal (neste exemplo vamos considerar 1), com um cupão de 10%. Ou seja recebes 10 € iliquidos, mas apenas investiste 50€, ou seja o que recebes anualmente é 20% do valor inevstido, na practica é essa taxa do cupão que recebes considerando o valor investido. No final do prazo da OT, recebes 100, ou seja tens + 50€ para distribuir pelo nº de anos para calculares a Yield da OT.
ok já percebim, é o valor do cupão definido percentualmente face ao valor efectivamente investido.
thanks
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Koreano Escreveu:O que ele está a chamar de cupão real é a yield anual.
Até me parece uma designação boazinha, tendo em conta que o cupão é definido sobre um valor nominal, faz sentido - sem recorrer a estrangeirismos - chamar-lhe cupão real.
Parece-me que estão a confundir yields anuais com yields até à maturidade.
Abraço
nem mais! eu não diria melhor!

"Só duas coisas são infinitas, o universo e a estupidez humana. Mas no que respeita ao universo ainda não tenho a certeza" Einstein
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O que ele está a chamar de cupão real é a yield anual.
Até me parece uma designação boazinha
, tendo em conta que o cupão é definido sobre um valor nominal, faz sentido - sem recorrer a estrangeirismos - chamar-lhe cupão real.
Parece-me que estão a confundir yields anuais com yields até à maturidade.
Abraço
Até me parece uma designação boazinha

Parece-me que estão a confundir yields anuais com yields até à maturidade.
Abraço
Ah, já percebi o que o Sniper fez. Basicamente calculou o cupão anual baseado no que investiu, como se a obrigação não oscilasse no preço.
OK, é um valor teórico para o qual se pode olhar por mera curiosidade (embora ache não tem qualquer utilidade quando se compraram alternativas de investimento).
OK, é um valor teórico para o qual se pode olhar por mera curiosidade (embora ache não tem qualquer utilidade quando se compraram alternativas de investimento).
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Elias Escreveu:
Esse valor a que chamas "cupão real" só o recebes se a obrigação valorizar até aos 100%. Isso pode acontecer ou não.
Estás enganado, o que Sniper chama de cupão "real" recebe todos os anos, só que a taxa do cupão nominal (sobre o valor nominal da obrigação) é alterada em função do valor a que compras a obrigação, como neste caso, estás a comprar a um valor inferior ao par, a taxa do cupão que realmente recebes é percentualmente superior à taxa de cupão nominal.
Exemplo: compras 100 Obrigação a 50% do valor nominal (neste exemplo vamos considerar 1), com um cupão de 10%. Ou seja recebes 10 € iliquidos, mas apenas investiste 50€, ou seja o que recebes anualmente é 20% do valor inevstido, na practica é essa taxa do cupão que recebes considerando o valor investido. No final do prazo da OT, recebes 100, ou seja tens + 50€ para distribuir pelo nº de anos para calculares a Yield da OT.
"Só duas coisas são infinitas, o universo e a estupidez humana. Mas no que respeita ao universo ainda não tenho a certeza" Einstein
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Sr_SNiper Escreveu:Claro, mas o que o valor que escrevi em cupão real não é a yield. o "cupão real" foi o que quis dizer em cima.
Mas isso não é cupão nenhum.
Esse valor a que chamas "cupão real" só o recebes se a obrigação valorizar até aos 100%. Isso pode acontecer ou não.
Por outro lado referes que as OT de 2023 que pagam 6,26% (yield) são um bom investimento e dizes que as obrigações da REN que pagam 6,25% não são.
Estás a fazer tábua rasa do risco da OT a longo prazo. Isso para ti não é relevante? Ou por outra, por causa de 0,01% a mais e com um risco consideravelmente mais elevado tu preferes as OT 2023 em vez da REN?

Editado pela última vez por Elias em 11/9/2012 10:11, num total de 2 vezes.
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Pata-Hari Escreveu:O cupão é o que a obrigação te paga regularmente. A yield tem em conta que vais ter um ganho em preço no fim (depois pegas nesse ganho e divides pelo tempo que falta, para te dar um valor que apresentas "anualizado" e que corresponde ao teu ganho por ano, se fosse distribuído ao longo dos anos que faltam para o fim. Uma boa tradução para yield é "rendimento". A yield é o rendimento total que a tua obrigação te pagará e que é a soma do cupão (o juro que a empresa te prometeu pagar) e o ganho (ou perda) que terás no preço.
Claro, mas o que o valor que escrevi em cupão real não é a yield. o "cupão real" foi o que quis dizer em cima.
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