Mais-valias e dividendos -----> 26,5% (nova taxa)
Confesso que esperava um aumento superior nos impostos sobre os rendimentos de capitais. E não considero que a medida fosse injusta.
Vejamos, alguém que ganha 500€, sofreu um aumento de impostos de 64% que equivale a menos 7,8% do rendimento real(eu sei que é idêntico para todos os trabalhadores por conta de outrem , mas o impacto não é o mesmo). Quase de certeza é alguém que tem grandes dificuldades. Tem todos os cêntimos contados e de certeza que vai ter grandes dificuldades para suportar este aumento brutal de impostos.
Por isso poupar essas pessoas e em contrapartida aumentar mais o imposto sobre os rendimentos de capitais seria para mim mais equilibrado.
Reconheço a necessidade de corrigir os desequilíbrios existentes, mas ao contrario do que o Gasparzinho disse na SIC, não estão a proteger os mais desfavorecidos.
Há um conjunto de corporações/lobbies/pessoas que continua a ser protegida das dificuldades e é isso que me revolta.
Também é um erro não se deslumbrar uma luz ao fim do túnel, eu olho para a frente e só vejo tudo negro....e vejo que quem nos governa também não vê qualquer luz, anda às apalpadelas e limita-se a ter fé que a receita vai resultar um dia, não sabemos é quando. E até lá morremos todos.
Vejamos, alguém que ganha 500€, sofreu um aumento de impostos de 64% que equivale a menos 7,8% do rendimento real(eu sei que é idêntico para todos os trabalhadores por conta de outrem , mas o impacto não é o mesmo). Quase de certeza é alguém que tem grandes dificuldades. Tem todos os cêntimos contados e de certeza que vai ter grandes dificuldades para suportar este aumento brutal de impostos.
Por isso poupar essas pessoas e em contrapartida aumentar mais o imposto sobre os rendimentos de capitais seria para mim mais equilibrado.
Reconheço a necessidade de corrigir os desequilíbrios existentes, mas ao contrario do que o Gasparzinho disse na SIC, não estão a proteger os mais desfavorecidos.
Há um conjunto de corporações/lobbies/pessoas que continua a ser protegida das dificuldades e é isso que me revolta.
Também é um erro não se deslumbrar uma luz ao fim do túnel, eu olho para a frente e só vejo tudo negro....e vejo que quem nos governa também não vê qualquer luz, anda às apalpadelas e limita-se a ter fé que a receita vai resultar um dia, não sabemos é quando. E até lá morremos todos.
"Só duas coisas são infinitas, o universo e a estupidez humana. Mas no que respeita ao universo ainda não tenho a certeza" Einstein
“Com os actuais meios de acesso à informação, a ignorância não é uma fatalidade, mas uma escolha pessoal" Eu
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Sedeug Escreveu:Dom_Quixote Escreveu:Elias Escreveu:Por mim simplificava o regime fiscal todo.
Acabava com todos os impostos indirectos sobre o consumo e com quase todos os outros impostos da treta (IMI, I. Selo e quejandos). Acabava igualmente com a TSU.
Mantinha apenas IRS e IRC. Com taxas progressivas devidamente ajustadas. Era uma espécie de Imposto Único.
Por exemplo, quem paga 25% passava a pagar 50%, incluindo já a actual TSU mas depois os restantes 50% eram para gastar como entendesse sem pagar mais um euro que fosse ao Estado.
Ninguém quer, a começar pelos nossos políticos de estimação...
Maior simplificação é igual a maior transparência. Maior complicação é igual a maiores possibilidades de evasão, contestação até à prescrição, fraude e análogos...
Nesse caso só os residentes em Portugal pagariam impostos, certo?
Compensava ainda mais do que agora mudar a residência para Espanha.
E aqui entra a já muito falada harmonização fiscal na UE que ninguém deseja mas que é realmente necessária...
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Dom_Quixote Escreveu:Elias Escreveu:Por mim simplificava o regime fiscal todo.
Acabava com todos os impostos indirectos sobre o consumo e com quase todos os outros impostos da treta (IMI, I. Selo e quejandos). Acabava igualmente com a TSU.
Mantinha apenas IRS e IRC. Com taxas progressivas devidamente ajustadas. Era uma espécie de Imposto Único.
Por exemplo, quem paga 25% passava a pagar 50%, incluindo já a actual TSU mas depois os restantes 50% eram para gastar como entendesse sem pagar mais um euro que fosse ao Estado.
Ninguém quer, a começar pelos nossos políticos de estimação...
Maior simplificação é igual a maior transparência. Maior complicação é igual a maiores possibilidades de evasão, contestação até à prescrição, fraude e análogos...
Nesse caso só os residentes em Portugal pagariam impostos, certo?
Compensava ainda mais do que agora mudar a residência para Espanha.
Cumprimentos
L. G.
L. G.
luissm Escreveu:SMALL1969 Escreveu:A questão é que englobando, provavelmente quem só vive de dividendos acabava por pagar menos que os 26,5%. E depois como não é fácil controlar (na prática) a titularidade destes rendimentos, o melhor é sacar a massa logo na ocorrência.
Imagina uma conta com 3 titulares, quem é que declara o quê, as finanças dividiam os dividendos dos depósitos por 3, por quem fosse titular a cada momento ou titular no final do ano? E se eu incluisse vários familiares sem rendimentos na minha conta para salvar parte do IRS? Seria uma confusão.....especialmente encontrar familiares de confiança
É uma questão muito relevante sem dúvida. Gostava de obter uma opinião de algum especialista no fórum.
Em algumas contas, tenho os meus pais (reformados), juntamente comigo.
Para todos os efeitos o dinheiro é dos 3, inclusivé em caso de heranças. Significa que caso (e só no caso) de optares pelo englobamento IRS, cada um dos titulares teria que declarar 1/3 dos juros recebidos.
Só não sei se as finanças controlam isso no final do ano, ou no momento de cada juro corrido. Se tivesse que apostar diria que deve depender da comunicação do banco para as finanças.
Portanto é fácil, pergunta-se ao banco como é que faz.
Enquanto não se optar pelo englobamento também é fácil, paga-se à cabeça os 26,5% e pronto.
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AutoMech Escreveu:Elias, no IVA ainda apanhas algum do rendimento que não é declarado porque as pessoas têm de o gastar. No IRS não o apanhas mesmo. Pior que isso, aumentando as taxas no IRS incentivas a propensão para fugir porque conseguindo fugir aí já não é preciso preocupar-nos com nada. Agravavas a injustiça que já existe hoje entre trabalhadores e os outros que conseguem fugir logo na origem.
Concordo. É certo que a economia paralela vai disparar com estes impostos brutais.
Aliado à forte diminuição do poder de compra da população, provocará um efeito contrário ao desejado pelos "iluminados" que nos governam. A receita até poderá não aumentar assim tanto como isso.
Segue a tendência e não te armes em herói ao tentar contrariá-la.
Podes tentar, mas o Mercado é um monstro selvagem que provavelmente te irá engolir.
Podes tentar, mas o Mercado é um monstro selvagem que provavelmente te irá engolir.
Elias, no IVA ainda apanhas algum do rendimento que não é declarado porque as pessoas têm de o gastar. No IRS não o apanhas mesmo. Pior que isso, aumentando as taxas no IRS incentivas a propensão para fugir porque conseguindo fugir aí já não é preciso preocupar-nos com nada. Agravavas a injustiça que já existe hoje entre trabalhadores e os outros que conseguem fugir logo na origem.
No man is rich enough to buy back his past - Oscar Wilde
AutoMech Escreveu:Se continuássemos íamos entrar na parte da ideologia política e olha que nem nos países nórdicos, em que os rendimentos de trabalho (e em geral) são altamente taxados, isso de meter trabalho e mais valias juntas acontece.
Eu sei que não é misturado na maior parte dos países (nem sei se é em algum).
Em Portugal há uma mini-progressividade nas mais valias: até 500€, a taxa é 0%; a partir daí é 25% (ou 26,5%). Não seria má ideia aumentar aqui os escalões por forma a que quem recebe uns poucos milhares não pague o mesmo que quem ganha vários milhões.
It’s a recession when your neighbor loses his job; it’s a depression when you lose your own. — Harry S. Truman
If you're going through hell, keep going. - Winston Churchill
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Dom_Quixote Escreveu:Elias Escreveu:Por mim simplificava o regime fiscal todo.
Acabava com todos os impostos indirectos sobre o consumo e com quase todos os outros impostos da treta (IMI, I. Selo e quejandos). Acabava igualmente com a TSU.
Mantinha apenas IRS e IRC. Com taxas progressivas devidamente ajustadas. Era uma espécie de Imposto Único.
Por exemplo, quem paga 25% passava a pagar 50%, incluindo já a actual TSU mas depois os restantes 50% eram para gastar como entendesse sem pagar mais um euro que fosse ao Estado.
Ninguém quer, a começar pelos nossos políticos de estimação...
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E quem já paga 46%, quanto é que ia pagar?????

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Dom_Quixote Escreveu:
Ninguém quer, a começar pelos nossos políticos de estimação...
Maior simplificação é igual a maior transparência. Maior complicação é igual a maiores possibilidades de evasão, contestação até à prescrição, fraude e análogos...
É que é mesmo isso... infelizmente
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Elias Escreveu:Por mim simplificava o regime fiscal todo.
Acabava com todos os impostos indirectos sobre o consumo e com quase todos os outros impostos da treta (IMI, I. Selo e quejandos). Acabava igualmente com a TSU.
Mantinha apenas IRS e IRC. Com taxas progressivas devidamente ajustadas. Era uma espécie de Imposto Único.
Por exemplo, quem paga 25% passava a pagar 50%, incluindo já a actual TSU mas depois os restantes 50% eram para gastar como entendesse sem pagar mais um euro que fosse ao Estado.
Ninguém quer, a começar pelos nossos políticos de estimação...
Maior simplificação é igual a maior transparência. Maior complicação é igual a maiores possibilidades de evasão, contestação até à prescrição, fraude e análogos...
altrio Escreveu:Mas devia. Se, por exemplo, também pagasse 26,5%, isto correspondia a 888 milhões de euros para os cofres do estado. Já era uma boa ajuda.
(E o risco de se perder dinheiro é maior do que na bolsa, aliás, é quase certo)
Claro que devia. Para todos os efeitos é uma forma de economia paralela.
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Elias Escreveu:altrio Escreveu:Mas para mim, um euro é um euro, quer venha do trabalho, da bolsa, do euromilhões ou de uma gorjeta. Devia ser tratado da mesma forma, independentemente da proveniência. Quantos mais euros, maior deveria ser a taxa.
Pois é... mas o euromilhões continua a não pagar IRS.
Mas devia. Se, por exemplo, também pagasse 26,5%, isto correspondia a 888 milhões de euros para os cofres do estado. Já era uma boa ajuda.
(E o risco de se perder dinheiro é maior do que na bolsa, aliás, é quase certo)
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Acabava com todos os impostos indirectos sobre o consumo e com quase todos os outros impostos da treta (IMI, I. Selo e quejandos). Acabava igualmente com a TSU.
Mantinha apenas IRS e IRC. Com taxas progressivas devidamente ajustadas. Era uma espécie de Imposto Único.
Por exemplo, quem paga 25% passava a pagar 50%, incluindo já a actual TSU mas depois os restantes 50% eram para gastar como entendesse sem pagar mais um euro que fosse ao Estado.
Acabava com todos os impostos indirectos sobre o consumo e com quase todos os outros impostos da treta (IMI, I. Selo e quejandos). Acabava igualmente com a TSU.
Mantinha apenas IRS e IRC. Com taxas progressivas devidamente ajustadas. Era uma espécie de Imposto Único.
Por exemplo, quem paga 25% passava a pagar 50%, incluindo já a actual TSU mas depois os restantes 50% eram para gastar como entendesse sem pagar mais um euro que fosse ao Estado.
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altrio Escreveu:AutoMech Escreveu:Ora isto não tem comparação e não tendo comparação também não pode ser olhado fiscalmente da mesma forma IMO.
Eu percebo o teu ponto de vista e, como investidor, também agradeço taxas mais baixas e não entrego voluntariamente o restante.
Mas para mim, um euro é um euro, quer venha do trabalho, da bolsa, do euromilhões ou de uma gorjeta. Devia ser tratado da mesma forma, independentemente da proveniência. Quantos mais euros, maior deveria ser a taxa.
Respeito embora não concorde Altrio.
Se continuássemos íamos entrar na parte da ideologia política e olha que nem nos países nórdicos, em que os rendimentos de trabalho (e em geral) são altamente taxados, isso de meter trabalho e mais valias juntas acontece.
Há um estudo de 2010 (página 25 e 26) que mostra as várias realidades da zona euro.
- Anexos
-
estudo-sobre-mais-valias-mobiliarias-26-de-abril-de-2010.pdf
- (483.59 KiB) Transferido 123 Vezes
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altrio Escreveu:AutoMech Escreveu:Ora isto não tem comparação e não tendo comparação também não pode ser olhado fiscalmente da mesma forma IMO.
Eu percebo o teu ponto de vista e, como investidor, também agradeço taxas mais baixas e não entrego voluntariamente o restante.
Mas para mim, um euro é um euro, quer venha do trabalho, da bolsa, do euromilhões ou de uma gorjeta. Devia ser tratado da mesma forma, independentemente da proveniência. Quantos mais euros, maior deveria ser a taxa.
Altrio, para mim não. Há um euro da droga, um euro do investimento, um euro sacado á força por extorsão ou impostos, um euro ganho com trabalho, um euro ganho às custas de risco pessoal, etc. Os euros são todos diferentes.
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