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Caldeirão da Bolsa

Mais-valias e dividendos -----> 26,5% (nova taxa)

Espaço dedicado a todo o tipo de troca de impressões sobre os mercados financeiros e ao que possa condicionar o desempenho dos mesmos.

por Triker » 11/9/2012 22:50

Boa noite a todos

Até 500€, de mais valia, continua a não ser taxado?
 
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por mais_um » 11/9/2012 22:39

Confesso que esperava um aumento superior nos impostos sobre os rendimentos de capitais. E não considero que a medida fosse injusta.

Vejamos, alguém que ganha 500€, sofreu um aumento de impostos de 64% que equivale a menos 7,8% do rendimento real(eu sei que é idêntico para todos os trabalhadores por conta de outrem , mas o impacto não é o mesmo). Quase de certeza é alguém que tem grandes dificuldades. Tem todos os cêntimos contados e de certeza que vai ter grandes dificuldades para suportar este aumento brutal de impostos.

Por isso poupar essas pessoas e em contrapartida aumentar mais o imposto sobre os rendimentos de capitais seria para mim mais equilibrado.

Reconheço a necessidade de corrigir os desequilíbrios existentes, mas ao contrario do que o Gasparzinho disse na SIC, não estão a proteger os mais desfavorecidos.

Há um conjunto de corporações/lobbies/pessoas que continua a ser protegida das dificuldades e é isso que me revolta.

Também é um erro não se deslumbrar uma luz ao fim do túnel, eu olho para a frente e só vejo tudo negro....e vejo que quem nos governa também não vê qualquer luz, anda às apalpadelas e limita-se a ter fé que a receita vai resultar um dia, não sabemos é quando. E até lá morremos todos.
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pois tá

por nunomig » 11/9/2012 22:03

Pois ele bem que estava na sic mas parecia meio perdido :mrgreen:
Deve ter sido da recepção apoteótica...
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por Elias » 11/9/2012 20:45

Gaspar em entrevista na SIC - agora
 
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Xissa !

por bboniek33 » 11/9/2012 20:15

E eu, que lhes chamava liberais, e agora assisto a este delibarado ataque ao patrimoonio privado ! :shock:

Portas teraa que ser Firme !!
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por Elias » 11/9/2012 20:03

Sedeug Escreveu:
Dom_Quixote Escreveu:
Elias Escreveu:Por mim simplificava o regime fiscal todo.

Acabava com todos os impostos indirectos sobre o consumo e com quase todos os outros impostos da treta (IMI, I. Selo e quejandos). Acabava igualmente com a TSU.

Mantinha apenas IRS e IRC. Com taxas progressivas devidamente ajustadas. Era uma espécie de Imposto Único.

Por exemplo, quem paga 25% passava a pagar 50%, incluindo já a actual TSU mas depois os restantes 50% eram para gastar como entendesse sem pagar mais um euro que fosse ao Estado.


Ninguém quer, a começar pelos nossos políticos de estimação...

Maior simplificação é igual a maior transparência. Maior complicação é igual a maiores possibilidades de evasão, contestação até à prescrição, fraude e análogos...



Nesse caso só os residentes em Portugal pagariam impostos, certo?

Compensava ainda mais do que agora mudar a residência para Espanha.


E aqui entra a já muito falada harmonização fiscal na UE que ninguém deseja mas que é realmente necessária...
 
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por Sedeug » 11/9/2012 19:59

Dom_Quixote Escreveu:
Elias Escreveu:Por mim simplificava o regime fiscal todo.

Acabava com todos os impostos indirectos sobre o consumo e com quase todos os outros impostos da treta (IMI, I. Selo e quejandos). Acabava igualmente com a TSU.

Mantinha apenas IRS e IRC. Com taxas progressivas devidamente ajustadas. Era uma espécie de Imposto Único.

Por exemplo, quem paga 25% passava a pagar 50%, incluindo já a actual TSU mas depois os restantes 50% eram para gastar como entendesse sem pagar mais um euro que fosse ao Estado.


Ninguém quer, a começar pelos nossos políticos de estimação...

Maior simplificação é igual a maior transparência. Maior complicação é igual a maiores possibilidades de evasão, contestação até à prescrição, fraude e análogos...



Nesse caso só os residentes em Portugal pagariam impostos, certo?

Compensava ainda mais do que agora mudar a residência para Espanha.
Cumprimentos

L. G.
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por Elias » 11/9/2012 19:59

Só agora reparei que daqui a bocado há bola.

Tá explicado porque é que a medida foi anunciada hoje :twisted:
 
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por SMALL1969 » 11/9/2012 19:58

luissm Escreveu:
SMALL1969 Escreveu:A questão é que englobando, provavelmente quem só vive de dividendos acabava por pagar menos que os 26,5%. E depois como não é fácil controlar (na prática) a titularidade destes rendimentos, o melhor é sacar a massa logo na ocorrência.

Imagina uma conta com 3 titulares, quem é que declara o quê, as finanças dividiam os dividendos dos depósitos por 3, por quem fosse titular a cada momento ou titular no final do ano? E se eu incluisse vários familiares sem rendimentos na minha conta para salvar parte do IRS? Seria uma confusão.....especialmente encontrar familiares de confiança :mrgreen:


É uma questão muito relevante sem dúvida. Gostava de obter uma opinião de algum especialista no fórum.

Em algumas contas, tenho os meus pais (reformados), juntamente comigo.


Para todos os efeitos o dinheiro é dos 3, inclusivé em caso de heranças. Significa que caso (e só no caso) de optares pelo englobamento IRS, cada um dos titulares teria que declarar 1/3 dos juros recebidos.
Só não sei se as finanças controlam isso no final do ano, ou no momento de cada juro corrido. Se tivesse que apostar diria que deve depender da comunicação do banco para as finanças.
Portanto é fácil, pergunta-se ao banco como é que faz.

Enquanto não se optar pelo englobamento também é fácil, paga-se à cabeça os 26,5% e pronto.
 
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por Valete » 11/9/2012 19:49

È capaz, são tantos os pecs que até se perde a noção dos autores.

Só espero que se mantenha a possibilidade de englobamento com outros rendimentos.
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por Elias » 11/9/2012 19:36

Valete Escreveu:Realmente. Não foi também este governo que já tinha passado de 10% para 20%?

Deixa de ser vantajoso investir em bolsa.


Acho que foi o anterior.
 
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por Blue Epsilon » 11/9/2012 19:14

AutoMech Escreveu:Elias, no IVA ainda apanhas algum do rendimento que não é declarado porque as pessoas têm de o gastar. No IRS não o apanhas mesmo. Pior que isso, aumentando as taxas no IRS incentivas a propensão para fugir porque conseguindo fugir aí já não é preciso preocupar-nos com nada. Agravavas a injustiça que já existe hoje entre trabalhadores e os outros que conseguem fugir logo na origem.



Concordo. É certo que a economia paralela vai disparar com estes impostos brutais.
Aliado à forte diminuição do poder de compra da população, provocará um efeito contrário ao desejado pelos "iluminados" que nos governam. A receita até poderá não aumentar assim tanto como isso.
Segue a tendência e não te armes em herói ao tentar contrariá-la.
Podes tentar, mas o Mercado é um monstro selvagem que provavelmente te irá engolir.
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por Valete » 11/9/2012 19:13

tugadaytrader Escreveu:
setas Escreveu:Mas ... ainda ficaram satisfeitos por não ter sido 30 ?:((



Quem é que esta satisfeito? :twisted:


Realmente. Não foi também este governo que já tinha passado de 10% para 20%?

Deixa de ser vantajoso investir em bolsa.
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por Elias » 11/9/2012 19:06

Eu sei.
Os impostos indirectos são um atestado à incapacidade do Estado em arrecadar o que lhe é devido.

Mas nesse caso podíamos defender o oposto: não há impostos sobre o rendimento e apenas sobre o consumo 8-)
 
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por Automech » 11/9/2012 18:59

Elias, no IVA ainda apanhas algum do rendimento que não é declarado porque as pessoas têm de o gastar. No IRS não o apanhas mesmo. Pior que isso, aumentando as taxas no IRS incentivas a propensão para fugir porque conseguindo fugir aí já não é preciso preocupar-nos com nada. Agravavas a injustiça que já existe hoje entre trabalhadores e os outros que conseguem fugir logo na origem.
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por Elias » 11/9/2012 18:54

Madofi Escreveu:E quem já paga 46%, quanto é que ia pagar????? :idea:


Provavelmente uns 70.

É muito?

Actualmente deve pagar mais do que isso...
 
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por altrio » 11/9/2012 18:46

AutoMech Escreveu:Se continuássemos íamos entrar na parte da ideologia política e olha que nem nos países nórdicos, em que os rendimentos de trabalho (e em geral) são altamente taxados, isso de meter trabalho e mais valias juntas acontece.


Eu sei que não é misturado na maior parte dos países (nem sei se é em algum).

Em Portugal há uma mini-progressividade nas mais valias: até 500€, a taxa é 0%; a partir daí é 25% (ou 26,5%). Não seria má ideia aumentar aqui os escalões por forma a que quem recebe uns poucos milhares não pague o mesmo que quem ganha vários milhões.
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por AmgMaia » 11/9/2012 18:45

Dom_Quixote Escreveu:
Elias Escreveu:Por mim simplificava o regime fiscal todo.

Acabava com todos os impostos indirectos sobre o consumo e com quase todos os outros impostos da treta (IMI, I. Selo e quejandos). Acabava igualmente com a TSU.

Mantinha apenas IRS e IRC. Com taxas progressivas devidamente ajustadas. Era uma espécie de Imposto Único.

Por exemplo, quem paga 25% passava a pagar 50%, incluindo já a actual TSU mas depois os restantes 50% eram para gastar como entendesse sem pagar mais um euro que fosse ao Estado.


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Maior simplificação é igual a maior transparência. Maior complicação é igual a maiores possibilidades de evasão, contestação até à prescrição, fraude e análogos...


E quem já paga 46%, quanto é que ia pagar????? :idea:
 
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por Elias » 11/9/2012 18:38

Dom_Quixote Escreveu:
Ninguém quer, a começar pelos nossos políticos de estimação...

Maior simplificação é igual a maior transparência. Maior complicação é igual a maiores possibilidades de evasão, contestação até à prescrição, fraude e análogos...


É que é mesmo isso... infelizmente
 
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por Dom_Quixote » 11/9/2012 18:36

Elias Escreveu:Por mim simplificava o regime fiscal todo.

Acabava com todos os impostos indirectos sobre o consumo e com quase todos os outros impostos da treta (IMI, I. Selo e quejandos). Acabava igualmente com a TSU.

Mantinha apenas IRS e IRC. Com taxas progressivas devidamente ajustadas. Era uma espécie de Imposto Único.

Por exemplo, quem paga 25% passava a pagar 50%, incluindo já a actual TSU mas depois os restantes 50% eram para gastar como entendesse sem pagar mais um euro que fosse ao Estado.


Ninguém quer, a começar pelos nossos políticos de estimação...

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por Elias » 11/9/2012 18:26

altrio Escreveu:Mas devia. Se, por exemplo, também pagasse 26,5%, isto correspondia a 888 milhões de euros para os cofres do estado. Já era uma boa ajuda.

(E o risco de se perder dinheiro é maior do que na bolsa, aliás, é quase certo)


Claro que devia. Para todos os efeitos é uma forma de economia paralela.
 
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por altrio » 11/9/2012 18:25

Elias Escreveu:
altrio Escreveu:Mas para mim, um euro é um euro, quer venha do trabalho, da bolsa, do euromilhões ou de uma gorjeta. Devia ser tratado da mesma forma, independentemente da proveniência. Quantos mais euros, maior deveria ser a taxa.


Pois é... mas o euromilhões continua a não pagar IRS.


Mas devia. Se, por exemplo, também pagasse 26,5%, isto correspondia a 888 milhões de euros para os cofres do estado. Já era uma boa ajuda.

(E o risco de se perder dinheiro é maior do que na bolsa, aliás, é quase certo)
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por Elias » 11/9/2012 18:24

Por mim simplificava o regime fiscal todo.

Acabava com todos os impostos indirectos sobre o consumo e com quase todos os outros impostos da treta (IMI, I. Selo e quejandos). Acabava igualmente com a TSU.

Mantinha apenas IRS e IRC. Com taxas progressivas devidamente ajustadas. Era uma espécie de Imposto Único.

Por exemplo, quem paga 25% passava a pagar 50%, incluindo já a actual TSU mas depois os restantes 50% eram para gastar como entendesse sem pagar mais um euro que fosse ao Estado.
 
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por Automech » 11/9/2012 18:16

altrio Escreveu:
AutoMech Escreveu:Ora isto não tem comparação e não tendo comparação também não pode ser olhado fiscalmente da mesma forma IMO.


Eu percebo o teu ponto de vista e, como investidor, também agradeço taxas mais baixas e não entrego voluntariamente o restante.

Mas para mim, um euro é um euro, quer venha do trabalho, da bolsa, do euromilhões ou de uma gorjeta. Devia ser tratado da mesma forma, independentemente da proveniência. Quantos mais euros, maior deveria ser a taxa.


Respeito embora não concorde Altrio.

Se continuássemos íamos entrar na parte da ideologia política e olha que nem nos países nórdicos, em que os rendimentos de trabalho (e em geral) são altamente taxados, isso de meter trabalho e mais valias juntas acontece.

Há um estudo de 2010 (página 25 e 26) que mostra as várias realidades da zona euro.
Anexos
estudo-sobre-mais-valias-mobiliarias-26-de-abril-de-2010.pdf
(483.59 KiB) Transferido 123 Vezes
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por Pata-Hari » 11/9/2012 18:10

altrio Escreveu:
AutoMech Escreveu:Ora isto não tem comparação e não tendo comparação também não pode ser olhado fiscalmente da mesma forma IMO.


Eu percebo o teu ponto de vista e, como investidor, também agradeço taxas mais baixas e não entrego voluntariamente o restante.

Mas para mim, um euro é um euro, quer venha do trabalho, da bolsa, do euromilhões ou de uma gorjeta. Devia ser tratado da mesma forma, independentemente da proveniência. Quantos mais euros, maior deveria ser a taxa.


Altrio, para mim não. Há um euro da droga, um euro do investimento, um euro sacado á força por extorsão ou impostos, um euro ganho com trabalho, um euro ganho às custas de risco pessoal, etc. Os euros são todos diferentes.
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