Portugal Telecom - Tópico Geral
Razao_Pura Escreveu:Tão ou mais importante do que a questão da GS é a motivação dos accionistas que votaram a favor e que consequência é que a venda tem, terá ou teria para a PT.
Muito capital da PT está na mão de Bancos e outros accionistas que estão aflitos com falta de cash ou de resultados que se vejam em 2010, a venda da Vivo serviria para resolver o problema deles no curto prazo mas ia empenhar o futuro da PT, nomeadamente a rentabilização do investimento em capital intelectual feito na Vivo e os cash flows futuros que já se começavam a tornar uma realidade.
Isto já para além da questão de estarmos a ser tomados por lorpas pelos espanhois da Telefónica. Quando foi preciso fazer alianças para poderem entrar no Brasil pela mão dos portugueses, juntaram-se à PT muito mansos e compraram a VIVO a meias, que durante anos foi um buraco negro nas contas da PT. Após anos de sacrifício financeiro e investimento em I&D para tornar a VIVO uma empresa viável, começa finalmente a dar dividendos e as expectativas para o futuro próximo são muito boas. E a Telefónica agora já não precisa do parceiro que ajudou a pagar a factura quando chega à altura de colher os frutos. Está a tentar descartar a PT da parceira na VIVO para ficar sózinha a receber os lucros.
Acho muito bem que não tenham vendido e espero que não vendam. E só tenho pena que os accionistas da PT não tenham tintins para fazerem à Telefónica uma contra oferta para comprarem a parte deles na VIVO.
Isso sim é que era de Homem.
É nestas alturas que se percebe que em Portugal não há empresários nem investidores apenas tesoureiros.
Tenho dito.
R.P.
Estou completamente de acordo com estas palavras e com as do The Mechanic também...
Editado pela última vez por habanero04 em 2/7/2010 11:25, num total de 1 vez.
u3lk5 Escreveu:pocoyo Escreveu:
Olá, tenho mais ou menos a mesma ideia, mas entrando short.
Ao mesmo tempo penso que é melhor estar fora porque a qualquer momento pode ser anunciada uma OPA.
Vamos vendo!
Isso também eu, mas é preciso ter-los no sitio para entrar short. Imagina que entras curto e no dia seguinte a PT leva uma OPA. UI UI...
Uma boa maneira de entrar short é vender na resistencia as tuas acções e esperares que outros a shortem.

pocoyo Escreveu:Isto ainda vai fazer a PT subir e descer muitas vezes.
Agora vai a caminho dos 9€, até ao dia 8 deve chegar lá.
No dia 9 o estado diz que não aceita, a PT dá outro valente tombo, etc...
O importante é o grande quadrado e os dois rectangulos.
Sempre do lado longo, isto quem for como eu "medricas".
Olá, tenho mais ou menos a mesma ideia, mas entrando short.
Ao mesmo tempo penso que é melhor estar fora porque a qualquer momento pode ser anunciada uma OPA.
Vamos vendo!
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Isto ainda vai fazer a PT subir e descer muitas vezes.
Agora vai a caminho dos 9€, até ao dia 8 deve chegar lá.
No dia 9 o estado diz que não aceita, a PT dá outro valente tombo, etc...
O importante é o grande quadrado e os dois rectangulos.
Sempre do lado longo, isto quem for como eu "medricas".
Agora vai a caminho dos 9€, até ao dia 8 deve chegar lá.
No dia 9 o estado diz que não aceita, a PT dá outro valente tombo, etc...
O importante é o grande quadrado e os dois rectangulos.
Sempre do lado longo, isto quem for como eu "medricas".
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AlphaDraconisEP Escreveu:Quem explica isto a um leigo como eu que pensava que as 500 acções preferenciais eram a “golden share”.
Também sou leigo, mas uma pequena pesquisa devolveu isto.
O que é interessante notar é que o governo espanhol também detém uma Golden Share na telefónica. Seja como for pela descrição que ai está a Golden Share é uma acção de veto governamental. Assim sendo as 500 acções preferenciais são outra coisa.
Trisquel Escreveu:Venda da Vivo
Governo diz ter votado com as suas 500 acções preferenciais e rejeita ter usado a "golden share"
O Governo afirmou que não recorreu à “golden share” para vetar o negócio da compra da Vivo. Fonte governamental afirmou ao “Público” que a única coisa a que recorreu na assembleia-geral da PT foi às 500 acções especiais que detém na operadora. O Governo defende que as 500 acções especiauis "não constituem uma "golden share"".
--------------------------------------------------------------------------------
Jornal de Negócios Online
negocios@negocios.pt
O Governo afirmou que não recorreu à “golden share” para vetar o negócio da compra da Vivo. Fonte governamental afirmou ao “Público” que a única coisa a que recorreu na assembleia-geral da PT foi às 500 acções especiais que detém na operadora. O Governo defende que as 500 acções especiauis "não constituem uma 'golden share'".
O Executivo defende assim a posição tomada. O que foi feito foi uma votação com as acções que o Estado detém na PT, sendo que estes 500 títulos têm direitos especiais, consagrados nos estatutos da empresa. Não foi a "golden share". Esta é a defesa que o Estado apresenta para que a sua posição na AG da PT não seja considerada ilegal.
Segundo o mesmo jornal, a mesma fonte contraria o que afirmaram os responsáveis do BES e da Ongoing, dizendo que posição tomada pelo Executivo não fragiliza a PT, uma vez que “sem a Vivo, a PT estaria mais frágil e pequena e mais vulnerável a qualquer ofensiva”.
A polémica que teve inicio na AG da PT ainda está longe de um fim. O “Diário de Notícias” afirma na sua edição de hoje que Zapatero poderá vir a ser o mediador na “guerra” entre a Telefónica e o Governo português.
Apesar do chefe do governo espanhol não ter tomado uma posição clara sobre o negócio, José Luis Zapatero apelou para que a situação se resolva através do diálogo.
No entanto, Madrid sabe que esta questão não passará indiferente aos olhos de Buxelas. Ontem o ministro espanhol dos Assuntos Exteriores, Miguel Ângel, referiu que "Cada Governo assume a sua própria responsabilidade, existem normas, instituições e uma integração económica e financeira diferente na nova Europa". Com isto o responsável espanhol deixou claro que Madrid espera uma posição de Bruxelas contrária à tomada pelo Governo de José Sócrates.
Quem explica isto a um leigo como eu que pensava que as 500 acções preferenciais eram a “golden share”.
Vive uma vida de cada vez.
Venda da Vivo
Governo diz ter votado com as suas 500 acções preferenciais e rejeita ter usado a "golden share"
O Governo afirmou que não recorreu à “golden share” para vetar o negócio da compra da Vivo. Fonte governamental afirmou ao “Público” que a única coisa a que recorreu na assembleia-geral da PT foi às 500 acções especiais que detém na operadora. O Governo defende que as 500 acções especiauis "não constituem uma "golden share"".
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O Governo afirmou que não recorreu à “golden share” para vetar o negócio da compra da Vivo. Fonte governamental afirmou ao “Público” que a única coisa a que recorreu na assembleia-geral da PT foi às 500 acções especiais que detém na operadora. O Governo defende que as 500 acções especiauis "não constituem uma 'golden share'".
O Executivo defende assim a posição tomada. O que foi feito foi uma votação com as acções que o Estado detém na PT, sendo que estes 500 títulos têm direitos especiais, consagrados nos estatutos da empresa. Não foi a "golden share". Esta é a defesa que o Estado apresenta para que a sua posição na AG da PT não seja considerada ilegal.
Segundo o mesmo jornal, a mesma fonte contraria o que afirmaram os responsáveis do BES e da Ongoing, dizendo que posição tomada pelo Executivo não fragiliza a PT, uma vez que “sem a Vivo, a PT estaria mais frágil e pequena e mais vulnerável a qualquer ofensiva”.
A polémica que teve inicio na AG da PT ainda está longe de um fim. O “Diário de Notícias” afirma na sua edição de hoje que Zapatero poderá vir a ser o mediador na “guerra” entre a Telefónica e o Governo português.
Apesar do chefe do governo espanhol não ter tomado uma posição clara sobre o negócio, José Luis Zapatero apelou para que a situação se resolva através do diálogo.
No entanto, Madrid sabe que esta questão não passará indiferente aos olhos de Buxelas. Ontem o ministro espanhol dos Assuntos Exteriores, Miguel Ângel, referiu que "Cada Governo assume a sua própria responsabilidade, existem normas, instituições e uma integração económica e financeira diferente na nova Europa". Com isto o responsável espanhol deixou claro que Madrid espera uma posição de Bruxelas contrária à tomada pelo Governo de José Sócrates.
Governo diz ter votado com as suas 500 acções preferenciais e rejeita ter usado a "golden share"
O Governo afirmou que não recorreu à “golden share” para vetar o negócio da compra da Vivo. Fonte governamental afirmou ao “Público” que a única coisa a que recorreu na assembleia-geral da PT foi às 500 acções especiais que detém na operadora. O Governo defende que as 500 acções especiauis "não constituem uma "golden share"".
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O Governo afirmou que não recorreu à “golden share” para vetar o negócio da compra da Vivo. Fonte governamental afirmou ao “Público” que a única coisa a que recorreu na assembleia-geral da PT foi às 500 acções especiais que detém na operadora. O Governo defende que as 500 acções especiauis "não constituem uma 'golden share'".
O Executivo defende assim a posição tomada. O que foi feito foi uma votação com as acções que o Estado detém na PT, sendo que estes 500 títulos têm direitos especiais, consagrados nos estatutos da empresa. Não foi a "golden share". Esta é a defesa que o Estado apresenta para que a sua posição na AG da PT não seja considerada ilegal.
Segundo o mesmo jornal, a mesma fonte contraria o que afirmaram os responsáveis do BES e da Ongoing, dizendo que posição tomada pelo Executivo não fragiliza a PT, uma vez que “sem a Vivo, a PT estaria mais frágil e pequena e mais vulnerável a qualquer ofensiva”.
A polémica que teve inicio na AG da PT ainda está longe de um fim. O “Diário de Notícias” afirma na sua edição de hoje que Zapatero poderá vir a ser o mediador na “guerra” entre a Telefónica e o Governo português.
Apesar do chefe do governo espanhol não ter tomado uma posição clara sobre o negócio, José Luis Zapatero apelou para que a situação se resolva através do diálogo.
No entanto, Madrid sabe que esta questão não passará indiferente aos olhos de Buxelas. Ontem o ministro espanhol dos Assuntos Exteriores, Miguel Ângel, referiu que "Cada Governo assume a sua própria responsabilidade, existem normas, instituições e uma integração económica e financeira diferente na nova Europa". Com isto o responsável espanhol deixou claro que Madrid espera uma posição de Bruxelas contrária à tomada pelo Governo de José Sócrates.
Cumpts.
Trisquel
A divindade, o princípio e o fim, a eterna evolução, o movimento, a vibração e a perpétua aprendizagem.
Trisquel
A divindade, o princípio e o fim, a eterna evolução, o movimento, a vibração e a perpétua aprendizagem.
Re: O Estado esteve correcto.
kcc91 Escreveu:ANONIMO111 Escreveu:Deixo o meu ponto de vista:
Nao tenho acçoes da PT.
No entanto, penso que o Estado Portugues fez aquilo que sempre lhe disseram para fazer "NAO VENDER A VIVO".O Estadi Portugues esteve bem.
Nunca houvimos ninguem do Estado dizer que a venda da vivo amputava a PT, nunca ninguem do estado disse que a vivo nao tem preço, nunca houvimos dizer a ninguem do Estado que nao se deve vender a vivo que se compromete a PT, nao houvimos dizer ao Estado que a Telefonica fez isto ou aquilo, etc..etc..
Todos estes comentarios foram sempre ditos por quem conhece a PT e a vivo, pelos seus accionistas pelos seus Gestores,pelos seunhors jornalistas e analistas financeiros, foram sempre eles que transmitiram para a opiniao publica..nao se deve vender a VIVO.
E agora o Estado Portugues fez-lhe a vontade, nao aceitou o que sempre pediram ( nao vender a vivo ).
Agora todos dizem que o Estado errou?
Se queriam vender nao afirmavam ,nem transmitiam a ideia que nao se deveria vender...estavam silenciosos e negociavam o preço, assim era correcto.
Agora criticam o Estodo por nao deixar vender, burrice, uma burrice, foram os proprios que fizeram o lume que agora se queimaram.....Ainda que nao tenha ideia formada sobre a venda da vivo, mas concordo com o procedimento do Estado.
os accionistas e analistas diziam que nao se deve vender a VIVO para fazer subir a oferta e a sua capitalização. Desde inicio de maio o market cap da PT subiu 1,8 mil milhões de euros se não me engano. Se não esse valor foi outro mas também muito elevado.
Agora o Estado fez uma burrice, pois em vez da VIVO Telefonica pode lançar OPA sobre a PT em vez da VIVO mas ai fica com a VIVO tambem, ou seja, em vez de acrescentar 2 euros e tal por acção a PT fica para a telefonica.
Pais que tem bolsa não pode jogar desta forma, existem regras do mercado que devem ser seguidas e o Estado deve somente intervir para salvamento de empresas chave nacionais e não das suas participadas. Há alternativas à VIVO e Lula quer PT no Brasil.
A 1ª oferta de 5,7 mil milhões sobrevalorizava VIVO 1,4x com a 2ª subida para 7,15 a VIVO sai a um preço de ouro para os espanhois e uma oportunidade que PT poderá não voltar a ter.
Esperemos que o negocio se concretize, pois para que existem accionistas se eles não podem dirigir sua empresa, para alem daquela treta de tirarem votos alguns accionistas - accionista, independentemente dos seus interesses deve ter seus direitos de voto. É assim que funciona um estado capitalista, quando o estado decide tudo e dele tudo depende so me faz lembrar uma cosa - comunismo.
De acordo...se o estado Português não queria perder o poder sobre a PT, e percebo porquê, alguém tem que pagar as campanhas e afins, não tivessem privatizado. cumpts
Re: O Estado esteve correcto.
ANONIMO111 Escreveu:Deixo o meu ponto de vista:
Nao tenho acçoes da PT.
No entanto, penso que o Estado Portugues fez aquilo que sempre lhe disseram para fazer "NAO VENDER A VIVO".O Estadi Portugues esteve bem.
Nunca houvimos ninguem do Estado dizer que a venda da vivo amputava a PT, nunca ninguem do estado disse que a vivo nao tem preço, nunca houvimos dizer a ninguem do Estado que nao se deve vender a vivo que se compromete a PT, nao houvimos dizer ao Estado que a Telefonica fez isto ou aquilo, etc..etc..
Todos estes comentarios foram sempre ditos por quem conhece a PT e a vivo, pelos seus accionistas pelos seus Gestores,pelos seunhors jornalistas e analistas financeiros, foram sempre eles que transmitiram para a opiniao publica..nao se deve vender a VIVO.
E agora o Estado Portugues fez-lhe a vontade, nao aceitou o que sempre pediram ( nao vender a vivo ).
Agora todos dizem que o Estado errou?
Se queriam vender nao afirmavam ,nem transmitiam a ideia que nao se deveria vender...estavam silenciosos e negociavam o preço, assim era correcto.
Agora criticam o Estodo por nao deixar vender, burrice, uma burrice, foram os proprios que fizeram o lume que agora se queimaram.....Ainda que nao tenha ideia formada sobre a venda da vivo, mas concordo com o procedimento do Estado.
os accionistas e analistas diziam que nao se deve vender a VIVO para fazer subir a oferta e a sua capitalização. Desde inicio de maio o market cap da PT subiu 1,8 mil milhões de euros se não me engano. Se não esse valor foi outro mas também muito elevado.
Agora o Estado fez uma burrice, pois em vez da VIVO Telefonica pode lançar OPA sobre a PT em vez da VIVO mas ai fica com a VIVO tambem, ou seja, em vez de acrescentar 2 euros e tal por acção a PT fica para a telefonica.
Pais que tem bolsa não pode jogar desta forma, existem regras do mercado que devem ser seguidas e o Estado deve somente intervir para salvamento de empresas chave nacionais e não das suas participadas. Há alternativas à VIVO e Lula quer PT no Brasil.
A 1ª oferta de 5,7 mil milhões sobrevalorizava VIVO 1,4x com a 2ª subida para 7,15 a VIVO sai a um preço de ouro para os espanhois e uma oportunidade que PT poderá não voltar a ter.
Esperemos que o negocio se concretize, pois para que existem accionistas se eles não podem dirigir sua empresa, para alem daquela treta de tirarem votos alguns accionistas - accionista, independentemente dos seus interesses deve ter seus direitos de voto. É assim que funciona um estado capitalista, quando o estado decide tudo e dele tudo depende so me faz lembrar uma cosa - comunismo.
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No lugar do outro
Não gosto especialmente do senhor mas o PPortas diz uma coisa interessante: o que faria o governo de Espanha se fosse a situação inversa? Pois, pois...
"MASTER RULE: STOP LOSS."
"Plan the trade, trade the plan. Don't let fear or greed get in the way."
"Plan the trade, trade the plan. Don't let fear or greed get in the way."
Para quem ainda não saiba, caso as golden shares sejam consideradas ilegais, ainda ter-se-á que esperar bastante tempo:
Tribunal Europeu de Justiça vai pronunciar-se sobre a "golden share" que o Governo português tem na operadora já no próximo dia 8 de Julho e caso esta seja considera ilegal o Executivo "poderá ter que a eliminar, no máximo, até Novembro deste ano".
O Sabadell refere ainda que "neste contexto a Telefónica pode esperar que a 'golden share' seja eliminada para voltar a lançar uma oferta no quarto trimestre, que, provavelmente, será aceite".
Eu estou aqui a pensar que daqui para a frente a cotação da PTC será sempre a subir, uma vez que parece mais do que claro que a participação na VIVO vai ser vendida à Telefónica.
Parece-me excelente altura para uma entrada! O pior é se todos estão a pensar como eu
Também posso estar a ver mal a coisa?
Parece-me excelente altura para uma entrada! O pior é se todos estão a pensar como eu

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pepi Escreveu:
Negar três vezes é atitude maldita. Pedro arrependeu-se e foi perdoado, mas será que o mercado o vai fazer ao Estado português?
____
João Duque, Professor Catedrático do ISEG
Vai perdoar sim, o mercado não fica com resentimentos, nem magoas apenas o lucro conta.
Vive uma vida de cada vez.
Elias Escreveu:AlphaDraconisEP Escreveu:Ele referiu o valor bolsista que teria que ser acrescido de 16-20% obrigatoriamente para poder realizar uma OPA.
Pois é, mas basta ver que ontem a PT caiu 10% de manhã para a tarde. Isso significa que o preço mínimo a oferecer flutuará em conformidade.
Bastará fazer descer a cotação mais 5% para reduzir o preço de uma eventual OPA, não?
Concordo com a ideologia Elias mas já hoje a PT sobe 1,91%, o que já aumentava o valor da OPA novamente e sem GS acredito que o valor da cotação iria subir ainda mais.
Vive uma vida de cada vez.
Faço agora minhas as palavras do Prof. João Duque:
http://economico.sapo.pt/noticias/nao-n ... 93426.html
Não, não e não!
01/07/10 00:02 | João Duque
Pedro, o apóstolo fundador, era a rocha de Cristo. Mas apesar disso também ele o negou três vezes. O primeiro-ministro José Sócrates levou o Estado a usar o pequeno lote de umas míseras 500 acções, a votar contra a vontade de 74% do capital da PT, invocando que "esta oferta não cobria os interesses da Vivo para a PT".
Já há umas semanas atrás, o primeiro-ministro José Sócrates havia ameaçado e parecia que, pelo menos à partida, a ideia "não" lhe parecia entusiasmante, uma vez que afirmou que se há ‘golden share' ela é para ser usada quando se achar conveniente.
Dias depois, a comunicação social dava conta que a Caixa Geral de Depósitos terá recebido indicações para "não" apoiar a proposta da Telefónica.
Agora, o representante do Estado, dando uso ao poder da ‘golden share', disse "não" à proposta da Telefónica.
Há vários regimes societários e que sugerem vários tipos de decisão colegial, de entre os quais destaco: o voto democrático usado nas cooperativas, e o voto com base em capital. O que distingue os primeiros dos segundos é haver ou não proporcionalidade de quota no peso do voto. Enquanto nos primeiros cada cabeça tem um voto, nos segundos, o voto depende do capital.
Em sociedades desenvolvidas e em que se cultiva o apreço pelos outros, entende-se que a votação maioritária define o interesse da organização, uma vez que afasta a possibilidade de uma minoria instrumentalizar o património colectivo para seu interesse.
Agora assistimos à posição sui generis da vontade de um se impor à vontade da larga maioria, contada quer em termos de capital, de cabeças ou de qualquer outra métrica.
O argumento de que esta oferta não cobre os interesses da PT quando 74% do seu capital vota a favor, transforma os actuais accionistas da PT em crianças menores, irresponsáveis e incapazes de defenderem o seu interesse. Ou será que a PT não é dos seus accionistas? Será que a PT tem outros desígnios que nós desconfiamos, que nós antevemos, que nós acreditamos, mas que não conseguimos provar?
E agora pergunto eu, não seria muito mais útil à empresa, aos accionistas e ao mercado que o Estado tivesse anunciado a sua firme intenção de usar a ‘golden share' para destruir o negócio, logo após ter tomado a decisão, do que deixar passar o tempo, deixando criar instabilidade na empresa e no mercado, deixando os especuladores à rédea solta, e até evitando perdas de tempo e arraiais e cenas tristes de um país e de um Estado que não faz a mais pálida ideia do que é o capitalismo?
A menos que esta atitude sirva para convencer alguém do valor da ‘golden share'. No dia seguinte a esta decisão o mercado vai dizer quanto valeu esta decisão e quanto vale a ‘golden share': basta comparar a capitalização antes com a mesma depois desta decisão...
Negar três vezes é atitude maldita. Pedro arrependeu-se e foi perdoado, mas será que o mercado o vai fazer ao Estado português?
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João Duque, Professor Catedrático do ISEG
http://economico.sapo.pt/noticias/nao-n ... 93426.html
Não, não e não!
01/07/10 00:02 | João Duque
Pedro, o apóstolo fundador, era a rocha de Cristo. Mas apesar disso também ele o negou três vezes. O primeiro-ministro José Sócrates levou o Estado a usar o pequeno lote de umas míseras 500 acções, a votar contra a vontade de 74% do capital da PT, invocando que "esta oferta não cobria os interesses da Vivo para a PT".
Já há umas semanas atrás, o primeiro-ministro José Sócrates havia ameaçado e parecia que, pelo menos à partida, a ideia "não" lhe parecia entusiasmante, uma vez que afirmou que se há ‘golden share' ela é para ser usada quando se achar conveniente.
Dias depois, a comunicação social dava conta que a Caixa Geral de Depósitos terá recebido indicações para "não" apoiar a proposta da Telefónica.
Agora, o representante do Estado, dando uso ao poder da ‘golden share', disse "não" à proposta da Telefónica.
Há vários regimes societários e que sugerem vários tipos de decisão colegial, de entre os quais destaco: o voto democrático usado nas cooperativas, e o voto com base em capital. O que distingue os primeiros dos segundos é haver ou não proporcionalidade de quota no peso do voto. Enquanto nos primeiros cada cabeça tem um voto, nos segundos, o voto depende do capital.
Em sociedades desenvolvidas e em que se cultiva o apreço pelos outros, entende-se que a votação maioritária define o interesse da organização, uma vez que afasta a possibilidade de uma minoria instrumentalizar o património colectivo para seu interesse.
Agora assistimos à posição sui generis da vontade de um se impor à vontade da larga maioria, contada quer em termos de capital, de cabeças ou de qualquer outra métrica.
O argumento de que esta oferta não cobre os interesses da PT quando 74% do seu capital vota a favor, transforma os actuais accionistas da PT em crianças menores, irresponsáveis e incapazes de defenderem o seu interesse. Ou será que a PT não é dos seus accionistas? Será que a PT tem outros desígnios que nós desconfiamos, que nós antevemos, que nós acreditamos, mas que não conseguimos provar?
E agora pergunto eu, não seria muito mais útil à empresa, aos accionistas e ao mercado que o Estado tivesse anunciado a sua firme intenção de usar a ‘golden share' para destruir o negócio, logo após ter tomado a decisão, do que deixar passar o tempo, deixando criar instabilidade na empresa e no mercado, deixando os especuladores à rédea solta, e até evitando perdas de tempo e arraiais e cenas tristes de um país e de um Estado que não faz a mais pálida ideia do que é o capitalismo?
A menos que esta atitude sirva para convencer alguém do valor da ‘golden share'. No dia seguinte a esta decisão o mercado vai dizer quanto valeu esta decisão e quanto vale a ‘golden share': basta comparar a capitalização antes com a mesma depois desta decisão...
Negar três vezes é atitude maldita. Pedro arrependeu-se e foi perdoado, mas será que o mercado o vai fazer ao Estado português?
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AlphaDraconisEP Escreveu:Ele referiu o valor bolsista que teria que ser acrescido de 16-20% obrigatoriamente para poder realizar uma OPA.
Pois é, mas basta ver que ontem a PT caiu 10% de manhã para a tarde. Isso significa que o preço mínimo a oferecer flutuará em conformidade.
Bastará fazer descer a cotação mais 5% para reduzir o preço de uma eventual OPA, não?
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Elias Escreveu:AlphaDraconisEP Escreveu:Ainda ontem um analista na ETV aludia que o minimo seria 10 Mil Milhões ao preço actual das acções.
Pois, mas os analistas mandam os bitaites que lhes apetece.
Quem nos diz que a empresa vale isso?
Ele referiu o valor bolsista que teria que ser acrescido de 16-20% obrigatoriamente para poder realizar uma OPA.
BT
Vive uma vida de cada vez.
Tão ou mais importante do que a questão da GS é a motivação dos accionistas que votaram a favor e que consequência é que a venda tem, terá ou teria para a PT.
Muito capital da PT está na mão de Bancos e outros accionistas que estão aflitos com falta de cash ou de resultados que se vejam em 2010, a venda da Vivo serviria para resolver o problema deles no curto prazo mas ia empenhar o futuro da PT, nomeadamente a rentabilização do investimento em capital intelectual feito na Vivo e os cash flows futuros que já se começavam a tornar uma realidade.
Isto já para além da questão de estarmos a ser tomados por lorpas pelos espanhois da Telefónica. Quando foi preciso fazer alianças para poderem entrar no Brasil pela mão dos portugueses, juntaram-se à PT muito mansos e compraram a VIVO a meias, que durante anos foi um buraco negro nas contas da PT. Após anos de sacrifício financeiro e investimento em I&D para tornar a VIVO uma empresa viável, começa finalmente a dar dividendos e as expectativas para o futuro próximo são muito boas. E a Telefónica agora já não precisa do parceiro que ajudou a pagar a factura quando chega à altura de colher os frutos. Está a tentar descartar a PT da parceira na VIVO para ficar sózinha a receber os lucros.
Acho muito bem que não tenham vendido e espero que não vendam. E só tenho pena que os accionistas da PT não tenham tintins para fazerem à Telefónica uma contra oferta para comprarem a parte deles na VIVO.
Isso sim é que era de Homem.
É nestas alturas que se percebe que em Portugal não há empresários nem investidores apenas tesoureiros.
Tenho dito.
R.P.
Muito capital da PT está na mão de Bancos e outros accionistas que estão aflitos com falta de cash ou de resultados que se vejam em 2010, a venda da Vivo serviria para resolver o problema deles no curto prazo mas ia empenhar o futuro da PT, nomeadamente a rentabilização do investimento em capital intelectual feito na Vivo e os cash flows futuros que já se começavam a tornar uma realidade.
Isto já para além da questão de estarmos a ser tomados por lorpas pelos espanhois da Telefónica. Quando foi preciso fazer alianças para poderem entrar no Brasil pela mão dos portugueses, juntaram-se à PT muito mansos e compraram a VIVO a meias, que durante anos foi um buraco negro nas contas da PT. Após anos de sacrifício financeiro e investimento em I&D para tornar a VIVO uma empresa viável, começa finalmente a dar dividendos e as expectativas para o futuro próximo são muito boas. E a Telefónica agora já não precisa do parceiro que ajudou a pagar a factura quando chega à altura de colher os frutos. Está a tentar descartar a PT da parceira na VIVO para ficar sózinha a receber os lucros.
Acho muito bem que não tenham vendido e espero que não vendam. E só tenho pena que os accionistas da PT não tenham tintins para fazerem à Telefónica uma contra oferta para comprarem a parte deles na VIVO.
Isso sim é que era de Homem.
É nestas alturas que se percebe que em Portugal não há empresários nem investidores apenas tesoureiros.
Tenho dito.
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