Ucrânia vs Rússia - Escalada de tensão
Re: Ucrânia vs Rússia - Escalada de tensão
Voltando às afirmações de Trump, devia ter mencionado que os EUA têm 750 bases e 180.000 militares no exterior, incluindo em alguns países da Nato que não gastam 2% do PIB em defesa.

Pedro

Pedro
Re: Ucrânia vs Rússia - Escalada de tensão
Por falar em "manipular a informação"...
Descoberta “rede coordenada” para difundir propaganda russa na Europa e nos EUA
Por Executive Digest com Lusa 19:21, 12 Fev 2024
França revelou hoje um novo caso de ingerência digital da Rússia: uma rede “estruturada e coordenada” de ‘sites’ da Internet para difundir propaganda na Europa e nos Estados Unidos, quando se completam quase dois anos de guerra na Ucrânia.
Batizado como “Portal Kombat”, esta rede de 193 ‘sites foi descoberta ao fim de quatro meses de trabalho do Viginum, o organismo francês de combate a ingerências digitais estrangeiras, que divulgou um relatório sobre os achados.
Entre setembro e dezembro de 2023, o Viginum analisou a atividade dessa rede de “portais de informação” digital “com características semelhantes, que divulga conteúdos pró-russos destinados a um público internacional”.
Vários deles, pertencentes ao “ecossistema ‘pravda’” – ou ‘verdade’ em russo, o nome do antigo órgão do Partido Comunista Soviético -, são diretamente destinados aos “países ocidentais que apoiam a Ucrânia”, segundo o relatório do Viginum.
O ‘site’ destinado a Espanha chama-se pravda-es.com, ao passo que o destinado aos Estados Unidos e ao Reino Unido é pravda-en.com. A Alemanha, a Áustria e a Suíça têm o pravda-de.com, a Polónia o pravda-pl.com e a versão francesa é o pravda-fr.com.
Entre 23 de junho e 19 de setembro, estes cinco portais publicaram mais de 150.000 artigos, principalmente a partir de mensagens de personalidades russas ou pró-russas divulgadas nas redes sociais, de conteúdos de agências noticiosas russas ou de páginas de instituições ou atores locais, indicou o Viginum.
De acordo com o organismo francês, mais de 180 outros ‘sites’ com características gráficas semelhantes e que difundem conteúdos pró-russos, mas destinados a públicos russófonos ou ucranianos, estão digitalmente ligados aos portais ‘pravda’.
O principal objetivo do “Portal Kombat” parece ser legitimar a guerra da Rússia na Ucrânia, afirmou uma fonte diplomática aos jornalistas.
“Altamente ideológicos, estes conteúdos apresentam narrativas manifestamente inexatas ou enganadoras”, observou.
A 22 de janeiro, o pravda-fr.com publicou uma lista de 13 mercenários franceses que, segundo o site, “se encontravam em Kharkiv”, no nordeste da Ucrânia, no momento de um ataque russo ocorrido alguns dias antes, um ataque que “eliminou” cerca de 60 combatentes “a maioria dos quais cidadãos franceses” e feriu outros 20, segundo Moscovo.
Enquanto Paris denunciava “mais uma grosseira manipulação russa”, a agência de notícias francesa AFP conseguiu falar com três destes alegados “mercenários” – na realidade, três voluntários do Exército ucraniano, todos eles ainda vivos e de boa saúde. Um deles, que a AFP encontrou no sopé dos Alpes franceses, disse ter deixado a Ucrânia em setembro de 2023.
Hoje, o pravda-fr.com titulava: “‘Já chega!’: França apela para medidas radicais contra Zelensky”, quando tais declarações foram, de facto, emitidas por Florian Philippot, presidente de um pequeno partido de extrema-direita francês, e não vinculam de forma alguma Paris.
Apesar de terem montado um sistema considerado “elaborado”, as repercussões no debate público digital francófono continuam a ser moderadas.
“No entanto, tendo em conta a natureza das narrativas, os meios utilizados para as difundir e os objetivos perseguidos à escala europeia, o Viginum considera que estão preenchidos os requisitos de ingerência digital estrangeira, uma vez que alguns dos conteúdos podem atentar contra os interesses fundamentais da nação”, comentou a fonte diplomática.
“Esperamos uma aceleração das diversas ações russas, e até mesmo uma massificação”, comentou também uma fonte militar, perante as eleições que deverão realizar-se em mais de 70 países em 2024, incluindo nos Estados Unidos.
Os ‘sites’ do “Portal Kombat”, cujos nomes o Viginum fornece, podem, assim, funcionar como células “adormecidas” que podem ser ativadas a qualquer momento e abranger “um vasto leque de públicos com base na atualidade”.
Já tinham sido identificados grupos pró-russos pela Meta (empresa-mãe do Facebook, WhatsApp e Instagram) e pelas autoridades francesas por causa da sua campanha “Doppelgänger” que, desde 2022, consiste em usurpar a identidade visual (imagem gráfica) dos meios de comunicação social para difundir mensagens propagandísticas.
Desde setembro, outra campanha, denominada “Matriochka”, ou “bonecas russas”, interpela diretamente os meios de comunicação social para os incitar a verificar informações falsas. De acordo com especialistas, é a Rússia a realizar uma “manobra de diversão” para desgastar os verificadores de factos ocidentais.
A Rússia invadiu a Ucrânia a 24 de fevereiro de 2022, com o argumento de proteger as minorias separatistas pró-russas no leste e “desnazificar” o país vizinho, independente desde 1991, após a desagregação da antiga União Soviética, e que tem vindo a afastar-se do espaço de influência de Moscovo e a aproximar-se da Europa e do Ocidente.
A guerra na Ucrânia já provocou dezenas de milhares de mortos de ambos os lados, mas não conheceu avanços significativos no teatro de operações nos últimos meses, mantendo-se os dois beligerantes irredutíveis nas suas posições territoriais e sem abertura para cedências negociais.
As últimas semanas foram marcadas por ataques aéreos em grande escala da Rússia contra cidades e infraestruturas ucranianas, enquanto as forças de Kiev têm visado alvos em território russo próximos da fronteira e na península da Crimeia, ilegalmente anexada em 2014.
https://executivedigest.sapo.pt/noticias/descoberta-rede-coordenada-para-difundir-propaganda-russa-na-europa-e-nos-eua/
Abraço,
Pepe
Querer é poder.
Pepe
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Re: Ucrânia vs Rússia - Escalada de tensão
PMP69 Escreveu:A Europa começou a investir em defesa porque tem uma guerra às portas e desconfia que a Rússia não fica pela Ucrânia, especialmente a Polónia e Roménia, que têm investido muito em defesa nos últimos anos.
Ao ritmo que isto vai ainda vai toda a gente acabar a sonhar ser resgatado pelos russos.
Já aconteceu no passado, não me admira nada que volte a acontecer.
“It is not the strongest of the species that survives, nor the most intelligent, but rather the one most adaptable to change.”
― Leon C. Megginson
― Leon C. Megginson
Re: Ucrânia vs Rússia - Escalada de tensão
BearManBull Escreveu:A Alemanha, pela primeira vez desde a Guerra Fria, deu conta à Nato de um gasto em defesa de 2% do seu PIB para o ano em curso, num valor recorde de mais de 70 milhões de dólares. O anúncio segue-se às declarações de Trump
Trump sem ser presidente consegue fazer mais pela NATO do que Biden...
Ou não sabes do que falas, ou tentas manipular a informação.
Os 2% vêm da Cimeira de Gales em 2014, quando já se falava da Guerra na Ucrânia e do perigo da Rússia.
De 2017 a 2021, Trump realmente pressionou os parceiros da Nato a cumprirem essa meta, mas não conseguiu nada, e posso explicar-te porquê.
Agora em meia dúzia de dias influência a Alemanha.

A Europa começou a investir em defesa porque tem uma guerra às portas e desconfia que a Rússia não fica pela Ucrânia, especialmente a Polónia e Roménia, que têm investido muito em defesa nos últimos anos.
Pedro
Re: Ucrânia vs Rússia - Escalada de tensão
A Alemanha, pela primeira vez desde a Guerra Fria, deu conta à Nato de um gasto em defesa de 2% do seu PIB para o ano em curso, num valor recorde de mais de 70 milhões de dólares. O anúncio segue-se às declarações de Trump
Trump sem ser presidente consegue fazer mais pela NATO do que Biden...
“It is not the strongest of the species that survives, nor the most intelligent, but rather the one most adaptable to change.”
― Leon C. Megginson
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Re: Ucrânia vs Rússia - Escalada de tensão
O incentivo de Trump a que os estados membros da NATO a que gastem mais em defesa?
Foi a Alemanha que estabeleceu e consolidou o poder de Putin e da oligarquia russa... ou seja na pratica foi a Alemanha que incentivou a Russia a invadir a Ucrânia...
Foi a Alemanha que estabeleceu e consolidou o poder de Putin e da oligarquia russa... ou seja na pratica foi a Alemanha que incentivou a Russia a invadir a Ucrânia...
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― Leon C. Megginson
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Re: Ucrânia vs Rússia - Escalada de tensão
Se não era, depois do incentivo de Trump passa a ser.
https://sicnoticias.pt/mundo/2024-02-14-NATO-critica-declaracoes-de-Trump-Compromete-a-seguranca-de-todos-88036f3a
O que aconteceria à Europa e em especial à Alemanha, se a Ucrânia perdesse a guerra? Durante a guerra dos Balcãs, só a Alemanha recebeu mais de 400.000 refugiados. A Ucrânia tem o dobro da população, que tinha a Jusgoslávia.
Pedro
https://sicnoticias.pt/mundo/2024-02-14-NATO-critica-declaracoes-de-Trump-Compromete-a-seguranca-de-todos-88036f3a
O que aconteceria à Europa e em especial à Alemanha, se a Ucrânia perdesse a guerra? Durante a guerra dos Balcãs, só a Alemanha recebeu mais de 400.000 refugiados. A Ucrânia tem o dobro da população, que tinha a Jusgoslávia.
Pedro
Re: Ucrânia vs Rússia - Escalada de tensão
pepe7 Escreveu:A guerra da Rússia na Ucrânia e as “ambições imperiais” de Vladimir Putin representam “uma grande ameaça”, alertou.
Isto é formidável, ainda me lembro do Biden dizer em Julho de 2023 "Putin has already lost the war".
Agora é uma ameça existencial aos países do ocidente. Genial, realmente genial.
Os outrora prestigiosos serviços de inteligencia ocidentais a declarem publicamente que Russia não tinha capacidade para combater. Agora veem contradizer o dito e afirmar que a Russia é uma ameça global. Isto numa altura que os alemães estão muito mais preocupados com a politica open borders da UE.
Esta gente não vai descansar até ver a Europa reduzida a escombros outra vez.
“It is not the strongest of the species that survives, nor the most intelligent, but rather the one most adaptable to change.”
― Leon C. Megginson
― Leon C. Megginson
Re: Ucrânia vs Rússia - Escalada de tensão
Mais um navio de desembarque (César Kunikov) da Frota do Mar Negro ao fundo.
https://twitter.com/Gerashchenko_en/status/1757677730345185295
Pedro
https://twitter.com/Gerashchenko_en/status/1757677730345185295
Pedro
Re: Ucrânia vs Rússia - Escalada de tensão
Chanceler alemão defende produção em “grande escala” de armamento na Europa
Por Executive Digest com Lusa 23:45, 12 Fev 2024
O chanceler alemão, Olaf Scholz, instou hoje os europeus a voltarem-se para a produção em massa da equipamento militar, favorecendo encomendas agrupadas e de longo prazo, e alertou para a ameaça duradoura representada pela Rússia.
O líder do Governo alemão marcou hoje presença na cerimónia de inauguração de uma nova fábrica do fabricante de armas Rheinmetall, no maior complexo industrial de defesa do país, em Untelüss, no norte da Alemanha.
A nova unidade deve produzir munições de artilharia de 155 milímetros a partir de 2025, visando gradualmente uma capacidade de 200 mil projéteis por ano.
Segundo Scholz, este é uma ‘chamada’ para os europeus, para que fortaleçam a base industrial de defesa do continente.
“Devemos (…) voltar-nos para a produção de armas em grande escala”, insistiu Olaf Scholz, lembrando que esta é uma “necessidade urgente”.
“Por mais dura que seja esta realidade, não vivemos tempos de paz”, sublinhou o chanceler alemão.
A guerra da Rússia na Ucrânia e as “ambições imperiais” de Vladimir Putin representam “uma grande ameaça”, alertou.
Nesta situação, “quem quer a paz deve conseguir dissuadir possíveis agressores”, defendeu o chefe do Governo na Alemanha.
Apesar dos milhares de milhões de euros em armas entregues à Ucrânia pelos países da União Europeia (UE) desde o início da invasão russa, estes ainda estão longe de ter alcançado capacidade suficiente para apoiar de forma sustentável o país e reconstituir as suas próprias reservas.
De acordo com Olaf Scholz, para resolver estes problemas é necessária uma cooperação industrial “mais estreita” entre os 27 Estados-membros.
“Uma defesa forte exige uma base industrial sólida. Isto acontecerá se nós, europeus, agruparmos as nossas encomendas, se unirmos os nossos recursos e assim dermos à indústria perspetivas para os próximos 10, 20 ou 30 anos”, sublinhou.
Scholz reconheceu ainda que a Alemanha tem sido um mau exemplo, porque a política de armamento “foi executada como se fosse uma questão de comprar um carro”, sem o planeamento a longo prazo que tem sido necessário para que as indústrias de defesa invistam. em capacidades adicionais.
A Rheinmetall pretende produzir, em todas as suas instalações na Europa, até 700 mil projéteis de artilharia por ano em 2025, em comparação com 400 a 500 mil este ano. Antes da guerra russa na Ucrânia, produzia apenas 70.000.
O maior fabricante de armas alemão “já tem uma capacidade superior à dos Estados Unidos” em termos de produção de munições de 155 milímetros, garantiu à agência France-Presse (AFP) Armin Papperger, chefe da Rheinmetall.
No futuro, “os Estados Unidos gostariam de produzir um milhão de munições por ano e a Europa dois a três milhões, graças a uma união entre parceiros europeus”, acrescentou.
Até ao final de março, os europeus terão fornecido apenas metade do milhão de munições prometidas à Ucrânia no ano passado.
https://executivedigest.sapo.pt/noticias/chanceler-alemao-defende-producao-em-grande-escala-de-armamento-na-europa/
Abraço,
Pepe
Querer é poder.
Pepe
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Re: Ucrânia vs Rússia - Escalada de tensão
Senado dos EUA aprova apoio de 88 mil milhões para Ucrânia, Israel e Taiwan
Lusa 13 Fevereiro, 2024, 12:52
O Senado dos EUA, liderado pelos Democratas, votou esta terça-feira a favor de um pacote de ajuda de 95,34 mil milhões de dólares (88,4 mil milhões de euros) para a Ucrânia, Israel e Taiwan.
De acordo com a agência de notícias AP, a lei foi votada durante a noite. Já o jornal da The Guardian descreve que a votação aconteceu antes do amanhecer e os legisladores ultrapassaram o limite de 60 votos para enviar a legislação à Câmara.
Esta decisão acontece no meio de dúvidas sobre o destino da legislação na Câmara dos Representantes controlada pelos Republicanos. Este pacote de ajudas esteve parado durante meses no Congresso.
“A Ucrânia está perigosamente com as reservas em baixo, se a América não enviar ajuda à Ucrânia com este projeto de lei de segurança nacional, [o Presidente russo Vladimir] Putin tem todas as hipóteses de ser bem-sucedido”, avisou, no domingo, o líder da maioria democrata no Senado, Chuck Schumer, conforme noticiou a agência francesa de notícias, a France-Presse (AFP).
O pacote inclui fundos para a luta de Israel contra o Hamas e para um aliado estratégico dos Estados Unidos, Taiwan, com cerca de 14 mil milhões de dólares, o equivalente a quase 13 mil milhões de euros.
A maior parte, de 60 mil milhões de dólares que correspondem a 55,6 mil milhões de euros, ajudará a Ucrânia a reabastecer os stocks de munições, armas e outras necessidades essenciais, numa altura em que o país entra no terceiro ano de guerra.https://f7td5.app.goo.gl/ekRtiA
Editado pela última vez por pepe7 em 13/2/2024 17:12, num total de 1 vez.
Abraço,
Pepe
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Re: Ucrânia vs Rússia - Escalada de tensão
Rússia e Ucrânia combatem no Sudão
Ukraine special forces capture Russian mercenaries in Sudan
Sources tell The National that Kyiv's troops have been used in African country to target Wagner Group operators
Thomas Harding author image
Thomas Harding
Feb 07, 2024
Listen In English
Listen in Arabic
Powered by automated translation
Ukrainian special forces are conducting operations against Russian mercenaries in Africa, security sources have confirmed to The National.
It is understood that specialist operators have flown from Kyiv for secret missions in Sudan that have ended in the deaths of soldiers from the Wagner Group.
A video released by the Kyiv Post, sourced from Ukraine military intelligence, shows a captured Russian prisoner being interrogated alongside two African soldiers.
All three are dressed in only their combat trousers with their hands bound, blindfolded and kneeling in a shallow trench while being questioned by an alleged Ukrainian in combat fatigues in a voice that is disguised.
READ MORE
Is war derailing the 'African century'?
Around them are dead bodies and equipment of other mercenaries somewhere in the bush in Sudan.
A mercenary states in Russian that he is from “PMC [private military company] Wagner” and arrived in Sudan with 100 other fighters from the Central African Republic with a mission to “to overthrow the local government”.
The two fighters say they were paid $1,000 each for the operation.
The video also shows alleged Ukrainians in combat fatigues using night vision goggles carrying specialist assault rifles and a soldier with the blue and gold Ukraine insignia on his shoulder.
Flourish logoA Flourish map
The footage appears to support claims that Russian mercenaries are being used to support Sudan’s Rapid Support Forces (RSF) who are making significant gains against the Sudanese Armed Forces (SAF) in the year-long civil war.
A military source closely connected to Ukrainian special forces told The National that it was not the first time its troops had operated abroad.
“A short while ago there was another mission when some blokes jumped on a plane and basically got rid of some Wagner guys in Africa and then flew back,” he said. “But the stuff they do out there they keep on very close hold.”
Tal Hagin, a leading open source intelligence analyst, said he believed the reports were legitimate as the Kyiv Post had previously had access to interview Russian POWs.
Video - Thomas Harding explained in 2023 the Wagner Group's influence in Africa
Wagner's influence in Africa
Wagner's influence in Africa
“This is an exclusive right that not many are privy to and tells me [the Kyiv Post] have exclusive access and good relations with the Ukrainian military.”
He added that video appeared authentic and the “interactions appear natural and not rehearsed”
“Given that Wagner wear their insignia on operations this further strengths the video’s authenticity,” he said.
However, a British security source said with the risks of detection or serious injury, he would “question the value of what Ukraine special forces are doing in Sudan”, but this “did not preclude that they are or have operated there”. “But there’s a lot more they could do in Ukraine that would actually help win the war,” he added.
Sudanese paramilitary Rapid Support Forces in the East Nile district of greater Khartoum in 2023. AFP
Sudanese paramilitary Rapid Support Forces in the East Nile district of greater Khartoum in 2023. AFP
There is a suggestion that Ukraine is expanding its fight against Russia beyond its borders to bring further pressure onto Moscow.
A variant of Ukrainian suicide drones, small quad-copters with a RPG warhead attached, are reported to have been used against the RSF.
Five months ago President Volodymyr Zelenskyy met Abdel Fattah Al Burhan, Sudan’s de facto leader and head of the army, at an airport in Ireland.
“We discussed our common security challenges, namely the activities of illegal armed groups financed by Russia,” President Zelenskyy said at the time.
Updated: February 07, 2024, 5:31 PM
UKRAINE
RUSSIA
SUDAN
WEEKEND EDITION
Young Chinese artists wait for the start of the opening ceremony of the Chinese New Year festivities at the Burj Park in Dubai, UAE, Saturday, Feb. 3, 2024. (The National / Shruti Jain)
SPECIAL REPORT
Painting the town red: Inside the UAE's thriving Chinese community
The blue-and-white homes of Imsouane in Morocco, pictured in 2016, before the mass demolition. Getty Images
Twenty-four hours to get out - why is Morocco flattening its surfers' paradise?
The 13th-century Fortress of Shali is typical of the traditional mud-brick structures found at Egypt's Siwa oasis. Photo: Ulrich Hollmann
Postcard from Siwa: Tourism boom drags Egypt's remote oasis city into modern age
Fraudulent phone calls and text messages have become common in the UAE, as Katy Gillett found. Antonie Robertson/The National
Lessons I've learnt from being scammed out of $5,000 on Christmas Eve
Using deep-learning algorithms that allow users to make choices in real time, the system has been tested on about 20 specific noises, including sirens, a baby’s cry and a dog’s bark. Andrew Buncombe / The National
The noise-cancelling headphones that can change the sound of the world
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Re: Ucrânia vs Rússia - Escalada de tensão
Efectuar rotações sem forças para o fazer,
Está-se a tentar passar a imagem que o Gen. Oleksandr Syrsky, foi o grande responsável peda defesa de Kiev, o que não é verdade, pois quem elaborou o Plano Estratégico e Táctico foi o Gen. Zaluzhnyi, ele "apenas" foi responsável pelo Plano Operacional.
https://www.defensenews.com/global/europe/2024/02/09/ukraines-new-army-chief-reveals-top-priorities/
Pedro
Está-se a tentar passar a imagem que o Gen. Oleksandr Syrsky, foi o grande responsável peda defesa de Kiev, o que não é verdade, pois quem elaborou o Plano Estratégico e Táctico foi o Gen. Zaluzhnyi, ele "apenas" foi responsável pelo Plano Operacional.
https://www.defensenews.com/global/europe/2024/02/09/ukraines-new-army-chief-reveals-top-priorities/
Pedro
Re: Ucrânia vs Rússia - Escalada de tensão
Opcard Escreveu:O drama do Ocidente é que será destruído por dentro os incidentes são tantos e diários que já nem são notícia
O trabalho de uma vida de cerca de mil cidadãos entregues num apertar de mãos. Nasces, cresces, trabalhas, passas desafios, dificuldades, morres e todo o trabalho da tua vida é entregue num esquema de corrupção. Num segundo o esforço de mil vidas atirado ao lixo. ISTO É A UE.
Von Der Leyen vows to strike €210-million migration deal with Mauritania
“It is not the strongest of the species that survives, nor the most intelligent, but rather the one most adaptable to change.”
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― Leon C. Megginson
Re: Ucrânia vs Rússia - Escalada de tensão
O drama do Ocidente é que será destruído por dentro os incidentes são tantos e diários que já nem são notícia , até lá o inferno há muito que alterei a minha forma de vida sempre de carro fico em hotel com garagem e restaurante ou seja em muitas cidades na Europa tenho medo .
a substituição do povo europeu será o nosso fim e não uma invasão de um inimigo , nós já ca temos dezenas de milhões de inimigos , quase todo eles tem ódio ao Ocidente .
Mesmo a Suíça este país que conheci no início dos anos 80 era o paraíso na terra .
“ O autor de uma tomada de reféns num comboio no oeste da Suíça na noite de quinta-feira, 8 de fevereiro, foi «mortalmente ferido» durante o assalto e as pessoas que ele segurava foram libertadas e salvas, disse a polícia. «O tomador de reféns seria um »«requerente de asilo»« iraniano de 32 anos que estava armado com um machado e uma faca e que falava farsi e inglês, disse o porta-voz da polícia cantonal de Vaud
a substituição do povo europeu será o nosso fim e não uma invasão de um inimigo , nós já ca temos dezenas de milhões de inimigos , quase todo eles tem ódio ao Ocidente .
Mesmo a Suíça este país que conheci no início dos anos 80 era o paraíso na terra .
“ O autor de uma tomada de reféns num comboio no oeste da Suíça na noite de quinta-feira, 8 de fevereiro, foi «mortalmente ferido» durante o assalto e as pessoas que ele segurava foram libertadas e salvas, disse a polícia. «O tomador de reféns seria um »«requerente de asilo»« iraniano de 32 anos que estava armado com um machado e uma faca e que falava farsi e inglês, disse o porta-voz da polícia cantonal de Vaud
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Re: Ucrânia vs Rússia - Escalada de tensão
Uma filosofia militar (Soviética) que pode resultar quando o número de forças é significativamente superior, o que não é o caso.
Posso estar enganado, mas é uma jogada extremamente periogosa de Volodymyr Zelensky.
Volto a repetir-me, ainda ontem ao ver as declarações de alguns civis ucranianos, parece que a guerra não é de todos os ucranianos, que tem que se travada pelos militares e voluntários. Há muito que deviam ter feito uma mobilização geral, e por muito que custe, tinha que ser feita na casa dos vinte e poucos anos.
https://twitter.com/Tatarigami_UA/status/1720814139600232737?ref_src=twsrc%5Etfw%7Ctwcamp%5Etweetembed%7Ctwterm%5E1755634532538077506%7Ctwgr%5Edcee0d486c0bb403a7ca52aec916880a2d3c96f5%7Ctwcon%5Es3_&ref_url=https%3A%2F%2Fwww.twz.com%2Fnews-features%2Fukraine-situation-report-zelensky-picks-new-top-commander
Pedro
Posso estar enganado, mas é uma jogada extremamente periogosa de Volodymyr Zelensky.
Volto a repetir-me, ainda ontem ao ver as declarações de alguns civis ucranianos, parece que a guerra não é de todos os ucranianos, que tem que se travada pelos militares e voluntários. Há muito que deviam ter feito uma mobilização geral, e por muito que custe, tinha que ser feita na casa dos vinte e poucos anos.
https://twitter.com/Tatarigami_UA/status/1720814139600232737?ref_src=twsrc%5Etfw%7Ctwcamp%5Etweetembed%7Ctwterm%5E1755634532538077506%7Ctwgr%5Edcee0d486c0bb403a7ca52aec916880a2d3c96f5%7Ctwcon%5Es3_&ref_url=https%3A%2F%2Fwww.twz.com%2Fnews-features%2Fukraine-situation-report-zelensky-picks-new-top-commander
Pedro
Re: Ucrânia vs Rússia - Escalada de tensão
Opcard Escreveu:Os outros povos tem culturas desgraçadamente impróprias , a Rússia é um povo eterno de escravos tal como chineses e os árabes, à servidão esta ligada à sua cultura, o que justifica regimes autoritários.
Não tenho essa visão dos russos. O problema não tem nada que ver com intelectos nem com ética mas na fé no sistema.
A crença no socialismo esteve em baixa durante gerações no ocidente porque bastava olhar para os USA para identificar a fonte da prosperidade estava na liberdade.
Os russos fizeram muitos milagres, mesmo com um regime comunista (que diga-se hoje em dia até não è tão diferente da UE excepto na violência). Conseguiram andar mano a mano com USA na viagem à lua. Isso prova bem que são um povo capaz.
O problema foi o mesmo que padecemos agora no ocidente a fé no socialismo, na igualdade, no coletivismo, na subversão. Foi isso que matou a Rússia e que continua a ressoar até aos dias de hoje. A UE é a nova Rússia e caminha a passos largos para abismo.
O socialismo consome, corrompe é nefasto gerador de corrupção e de ódio entre todos. É um sistema vil por natureza. É hipócrita. Assimétrico e divisor. Um fardo para os justos, um sorvedouro para os delinquentes.
Faz-me sempre lembrar as lendas dos cantos das sereias. O som divino era uma armadilha para o naufrágio.
Opcard Escreveu:O que o condutor de autocarro na Suécia diz é que pode viver bem com uma pequena profissão no Ocidente , é um desgraçado na Índia .mas o objectivo era fazer uma demonstração para comunistas , no Ocidente os de baixo tiram beneficio dos de cima , fora do Ocidente é o contrário .
Ambos os sistemas são maus. Ninguém tem de tirar nada a ninguém, todos devem ter as mesmas oportunidades e ser independentes. Alguém que produz 100kg de batatas não pode receber o mesmo tratamento de quem produz 1kg ou pior nada.
“It is not the strongest of the species that survives, nor the most intelligent, but rather the one most adaptable to change.”
― Leon C. Megginson
― Leon C. Megginson
Re: Ucrânia vs Rússia - Escalada de tensão
É o povo o problema dá o poder a quem lhe promete mordomias e guloseimas.
Há quem queira atirar o bebé com a água do banho apesar de tudo é com Ocidente e no Ocidente que quero viver tal como 95% dos seus habitantes criticar por criticar não resolve , tenho a noção da realidade viajo e vejo muito e tenho saudades do Ocidente que acreditava , mas mão é o bota abaixo que resolve .
Os Estados Unidos que devia ser baluarte do ocidente é o homem doente do campo Ocidental,,o declínio da esperança de vida americana uma anomalia nos países ricos e que se explica pela crise dos opiáceos ou pela epidemia da obesidade o excesso de peso dos americanos uma "perda de controle" dos indivíduos sobre si mesmos .
Os outros povos tem culturas desgraçadamente impróprias , a Rússia é um povo eterno de escravos tal como chineses e os árabes, à servidão esta ligada à sua cultura, o que justifica regimes autoritários.
O que o condutor de autocarro na Suécia diz é que pode viver bem com uma pequena profissão no Ocidente , é um desgraçado na Índia .mas o objectivo era fazer uma demonstração para comunistas , no Ocidente os de baixo tiram beneficio dos de cima , fora do Ocidente é o contrário .
Há quem queira atirar o bebé com a água do banho apesar de tudo é com Ocidente e no Ocidente que quero viver tal como 95% dos seus habitantes criticar por criticar não resolve , tenho a noção da realidade viajo e vejo muito e tenho saudades do Ocidente que acreditava , mas mão é o bota abaixo que resolve .
Os Estados Unidos que devia ser baluarte do ocidente é o homem doente do campo Ocidental,,o declínio da esperança de vida americana uma anomalia nos países ricos e que se explica pela crise dos opiáceos ou pela epidemia da obesidade o excesso de peso dos americanos uma "perda de controle" dos indivíduos sobre si mesmos .
Os outros povos tem culturas desgraçadamente impróprias , a Rússia é um povo eterno de escravos tal como chineses e os árabes, à servidão esta ligada à sua cultura, o que justifica regimes autoritários.
O que o condutor de autocarro na Suécia diz é que pode viver bem com uma pequena profissão no Ocidente , é um desgraçado na Índia .mas o objectivo era fazer uma demonstração para comunistas , no Ocidente os de baixo tiram beneficio dos de cima , fora do Ocidente é o contrário .
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Re: Ucrânia vs Rússia - Escalada de tensão
Ao contrário do Gen. Valerii Zaluzhnyi, o Gen. Oleksandr Syrskyi vem da escola militar Soviética e isso causa-lhe alguma impopularidade junto dos soldados, especialmente depois do que se passou na Batalha de Bakhmut.
Pedro
Pedro
Re: Ucrânia vs Rússia - Escalada de tensão
Há semanas que se falava no conflito entre Zelensky e Zaluzhny, apesar de ninguém o assumir publicamente.
Pessoalmente, acho uma péssima notícia para a Ucrânia, pois demonstrou a sua competência, especialmente na defesa de Kiev e Kharkiv, e é um homem muito respeitado pelos soldados.
Além do mais, não se troca o Comandante Chefe das Forças Armadas, quando estão a enfrentar inúmera dificuldades. especialmente em Advikva.
https://twitter.com/clashreport/status/1755624986180546635
Pedro
Pessoalmente, acho uma péssima notícia para a Ucrânia, pois demonstrou a sua competência, especialmente na defesa de Kiev e Kharkiv, e é um homem muito respeitado pelos soldados.
Além do mais, não se troca o Comandante Chefe das Forças Armadas, quando estão a enfrentar inúmera dificuldades. especialmente em Advikva.
https://twitter.com/clashreport/status/1755624986180546635
Pedro
Re: Ucrânia vs Rússia - Escalada de tensão
Faltou mencionar que o Irão, Iraque e Síria (xiitas) têm um projecto para construir um gasoduto do Irão até à Europa (Gasoduto Islâmico), via Iraque, Síria e Mediterrâneo, com cerca de 6.000 kms, para transportar o gás sírio e russo.
Pedro
Pedro
Re: Ucrânia vs Rússia - Escalada de tensão
BearManBull Escreveu:Errado. A Russia atacou a Ucrânia pela debilidade ocidental. Isso é um principio básico atacar sempre alguém que está numa posição enfraquecida é uma das leis da natureza (e da guerra). Um leão não ataca o gnu mais forte da manada procura os feridos, os velhos, ou as crias.
Concordo, especialmente a Alemanha, quer através da tentativa de dependência total da Rússia, quer do "aliciamento" de alguns politicos, como o Gerhard Schröder, que chegou a Presidente do Conselho de Administração da Rosneft.
Nao tivesse a Alemanha construído o NordStream2 e provavelmente essa guerra nunca teria acontecido.
Não foi a Alemanha que construiu o NordStream2, foi um consórcio composto pela Gazprom/Rússia com 50%, a Shell/RU Holanda, a Engie/França, a OMV/Autria, Uniper/Alemanha e a Wintershall/Alemanha, com 10% cada.
Basicamente, a Rússia tentou que a Europa ficasse dependente do seu gás natural, e o EUA tentaram que fosse o Catar a fornecer a Europa, e essa batalha deu-se na Síria, pois gasoduto precisa de atravessar a Síria, para chegar à Turquia/Europa.
Nisso, o teu amigo Trump foi o único a levantar a voz para esse problema e a combatê-lo.
Pedro
Re: Ucrânia vs Rússia - Escalada de tensão
Opcard Escreveu:Se a Rússia atacou a Ucrânia e a China está tão obcecada por Taiwan, é porque estas duas potências estão angustiadas com a presença de contra-modelos democráticos à sua porta…
Errado. A Russia atacou a Ucrânia pela debilidade ocidental. Isso é um principio básico atacar sempre alguém que está numa posição enfraquecida é uma das leis da natureza (e da guerra). Um leão não ataca o gnu mais forte da manada procura os feridos, os velhos, ou as crias.
Nao tivesse a Alemanha construído o NordStream2 e provavelmente essa guerra nunca teria acontecido.
Relativo a democracias vs ditaduras. Tanto o UAE como a Arabia Saudita têm sistemas ultra liberais na componente economia, o mundo ocidental devia seguir o exemplo. O conservadorismo desses países também assegura que não perdem a identidade, o meu grande contra é o problema do estado não ser laico.
Estou-me pouco borrifando para as democracias. nenhum, absolutamente nenhum líder ocidental tem valores que eu aprecie. Náo votaria em nenhum são todos hipócritas, falsos, corruptos, mesquinhos e em cada mudança aumentam ainda mais a concentração de poder e destroem os direitos individuais.
No outro dia falavas na injustiça de um condutor de autocarro na Suécia receber muito mais (em paridade) do que um na Índia. Tens aí a tua resposta porque querem vir para o ocidente. Porque o mérito deixou de ser critério.
“It is not the strongest of the species that survives, nor the most intelligent, but rather the one most adaptable to change.”
― Leon C. Megginson
― Leon C. Megginson
Re: Ucrânia vs Rússia - Escalada de tensão
Estão a saír livros i sobre o Ocidente …. ,mas há algo que aqui deixo que é uma resposta e é preciso calma nas considerações sobre o nosso mundo ocidental … menos de 5% dos ocidentais gostaria de ir viver para a China ou para a Rússia, mas meio mundo quer vir para o Ocidente .
« Se a Rússia atacou a Ucrânia e a China está tão obcecada por Taiwan, é porque estas duas potências estão angustiadas com a presença de contra-modelos democráticos à sua porta…
Thierry Wolton é óbvio. Putin atacou a Geórgia pela primeira vez em 2008, após o estabelecimento de um governo democrático por Mikheil Saakashvili. Em seguida, ele atacou a Ucrânia. Tanto a Ucrânia como Taiwan São países próximos, um da Rússia e outro da China, que têm a mesma cultura ortodoxa ou confucionista, mas que se tornaram democráticos. Moscou e Pequim não podem dizer que esses vizinhos pertencem a outro sistema de valores. Representam um perigo para estes regimes ditatoriais. A Ucrânia e Taiwan oferecem-lhes uma reflexão insuportável, embora precisem de um esmalte à sua volta para governar. A República Popular da China tentará, um dia ou outro, recuperar Taiwan, Como Moscovo está a tentar fazer pela Ucrânia. Aqueles que se iludem sobre a manutenção do status quo estão enganados. Xi Jinping não anunciou que a reunificação era "inevitável"?
Disseram-nos que Putin não tinha interesse em atacar a Ucrânia. Hoje, muitos especialistas destacam o custo econômico e militar para a China se ela for para a ofensiva contra Taiwan…
Temos de raciocinar como estes líderes raciocinam. Manter o poder por todos os meios possíveis é o mais importante para eles. Se a China entrar numa crise – que está a acontecer actualmente-e o sistema for abalado por uma sociedade descontente, então o regime pode optar por fugir para a frente atacando Taiwan, a fim de provocar um impulso nacionalista, o mais inflamável dos combustíveis ideológicos. Este cenário é possível. Uma "Hongkongização" de Taiwan, no entanto, é mais provável. Pequim nunca respeitou os acordos feitos com o Reino Unido, que previa um estatuto independente para Hong Kong até 2047. A China introduziu leis de segurança lá através de um governo de garupa. Toda a oposição é agora eliminada, na prisão ou no exílio. Xi Jinping provavelmente preferirá um cenário semelhante para Taiwan…
Mas Taiwan é independente, com uma população que reivindica cada vez mais a sua própria identidade…
O novo presidente, Lai Ching-te, não tem maioria. O Kuomintang, a favor da aproximação com a China, é o partido dominante. Poderia servir como um cavalo de Tróia para introduzir leis de segurança do tipo posto em prática em Hong Kong. Pequim irá, sem dúvida, favorecer um lento processo de fagocitose, a menos que a situação interna se deteriore ainda mais na China. Nesse momento, a aventura nacionalista pode ser tentadora.
Deve ser entendido que o comunismo nunca existiu no verdadeiro sentido da palavra. Depois de um tempo, o comunismo mundial, ninguém acredita nele
mais. Estes regimes estão sempre a evoluir para um nacional-comunismo, a brincar com o orgulho do povo e com a resistência a potências capitalistas externas. A China é um bom exemplo disso. Nós não medimos o quão terrivelmente a propaganda doméstica chinesa Antiocidental está se mostrando hoje. Quanto ao regime de Putin, que pretende voltar a ligar-se a um passado imperial, baseia-se num sentimento de vingança histórica (mas muito maior) contra os tratados desiguais que destruíram o país no século XIX.
Se, na sua opinião, o Ocidente tem uma grande responsabilidade na guerra na Ucrânia, não é por causa da extensão da NATO, como afirmam os soberanistas. Por quê?
Houve uma cegueira do Ocidente. As democracias não pensaram no que era um regime totalitário e nos efeitos que produz em termos de mentalidades, funcionamento político, economia, corrupção... Quando o bloco soviético entrou em colapso, não pensámos nisso. Além disso, assistimos como espectadores à libertação das populações por si mesmas, como na Polónia, na Checoslováquia ou na Hungria, por vezes até a abrandar o processo, por medo do vazio e da desordem. Não ajudámos realmente estes países a trilhar o caminho da democracia. Mas uma democracia não cai do céu, é uma cultura, um esforço. O pessoal político destes países anteriormente comunistas não foi purificado. Muitos membros da nomenklatura converteram-se, tanto na política como na economia. No entanto, é incrível que os partidos comunistas dos países de Leste tenham conseguido mudar os seus rótulos, tornando-se partidos socialistas e juntando-se à Segunda Internacional, sem que os socialistas os responsabilizassem. Isso é ainda mais louco porque historicamente os socialistas, como concorrentes ideológicos, sempre foram as primeiras vítimas dos comunistas.
Então lamenta a ausência de um verdadeiro trabalho de memória sobre o comunismo?
Nunca houve um acórdão ou um balanço. Devido aos seus danos materiais, psicológicos e económicos, o comunismo gerou a maior tragédia da história da humanidade. Não fizemos este trabalho de memória e também permitimos que os seus gestores se retreinassem. Os oligarcas que apareceram no Oriente não eram necessariamente comunistas, mas eram manipulados por quadros do partido ou pela máfia, muito presentes na herança Soviética. A corrupção sobreviveu, impedindo o estabelecimento de um estado de direito. A Ucrânia é hoje um país democrático, mas que continua a ser muito corrupto devido ao seu passado comunista. Foi na Rússia que a saída do comunismo foi a mais complicada. Os russos sofreram muito na década de 1990, especialmente com a inflação. Boris Yeltsin liberalizou o poder como nunca antes na história deste país, excepto que a Rússia não teve realmente qualquer ajuda ou conselho. As autoridades ofereceram acções às pessoas, que as venderam para se alimentarem a quem tinha dinheiro, à máfia e a ex-membros da nomenklatura que tinham anteriormente depositado o seu tesouro em bancos suíços. Deixámos que isto acontecesse, chegando ao ponto de considerar Putin como um Salvador, porque prometeu pôr ordem a este caos.
O segundo grande erro ocorreu depois de 11 de setembro de 2001, quando os americanos entraram em guerra contra o islamismo. Putin aproveitou a oportunidade para resolver um problema antigo: a Chechénia. Apresentou a sua cruzada como anti-islâmica, enquanto a Chechénia se encontra na encruzilhada de todos os gasodutos provenientes do Cáucaso e tratava-se de não deixar escapar este país estratégico. Fomos enganados. O mesmo fenómeno também se repetiu com a China. Os ataques em Xinjiang serviram de pretexto para Pequim ir à guerra contra uma população muçulmana
e trancar 1 milhão de pessoas, sob um longo silêncio ensurdecedor por parte dos ocidentais. Fomos surpreendidos quando o mundo pós-comunista regressou aos seus antigos tropismos.
"Xi Jinping, como todos os seus antecessores antes dele, reivindica o Marxismo-Leninismo, devemos acreditar", escreve. Será Que nos iludimos com o regime chinês?
A liderança chinesa, em particular Deng Xiaoping, observou cuidadosamente o colapso da União Soviética. Compreenderam que era necessário não abrir mão de uma migalha de poder, seduzindo os ocidentais a obter os meios essenciais para o seu desenvolvimento económico após décadas de hegemonia comunista. Pequim abriu primeiro zonas de comércio livre, depois toda uma parte da economia, mas mantendo um controlo absoluto sobre o processo. Qualquer empresário que tente emancipar – se pode ser deposto da noite para o dia-o caso da expulsão de Jack Ma da Alibaba é conhecido. Acreditámos numa liberalização do regime. Isso durou até que o objetivo Chinês fosse cumprido: tornar-se uma grande potência econômica e militar mundial. O apogeu desta empresa de sedução foi a Exposição Universal em Pequim, em 2010. Então Xi Jinping percebeu, quando chegou ao poder, que a expansão dos negócios capitalistas estava corrompendo o espírito comunista tanto no partido como fora dele. Ele apertou os parafusos. Assombrado pelo precedente de Gorbachev, Xi Jinping continua a reforçar o papel de liderança do partido e multiplica expurgos para manter todo o poder.
Hoje, a China voltou a uma lógica puramente comunista, com um totalitarismo e vigilância de alta intensidade facilitados por tecnologias digitais avançadas. A sorte do regime é que o povo chinês não quer reviver o drama do maoismo, traumatizado pela Revolução Cultural, durante a qual todos poderiam matar todos. Estão, portanto, dispostos a aceitar a tutela do partido, que lhes permitiu aumentar o seu nível de vida, em troca da renúncia a todos os seus direitos políticos.
Quão viável é a coligação entre a Rússia e a China? Embora esses países fossem ambos comunistas, seu entendimento, na década de 1950, foi breve…
O que cimenta uma coligação é um inimigo comum. Neste caso, o Ocidente. Tanto a China como a Rússia querem impor a sua nova ordem mundial. A situação actual é favorável para eles. O Ocidente concentra-se nas guerras, uma no coração da Europa e outra no Médio Oriente. Outras demandas estão se agrupando em torno de Moscou e Pequim, como as do Irã, uma potência Islâmica. A China, é verdade, está a tirar partido da Rússia. Sendo esta última embargada, as suas matérias-primas dirigem-se agora para leste, principalmente para a China e a Índia. A China tem pouco petróleo e depende muito dos corredores marítimos para o abastecimento, o que é uma fraqueza estratégica. A Rússia é um reservatório perfeito para ela. O que não significa que Putin também não se beneficie desta coligação, a Coreia do Norte pode servir como uma caixa preta para ele conseguir que as armas Chinesas sejam entregues. Por enquanto, a coligação está a trabalhar muito bem. Além disso, a China e a Rússia têm exigências semelhantes: garantir a sua proximidade no estrangeiro, Taiwan ou Ucrânia. Não há nada de oportuno nesta coligação, há uma verdadeira conjunção ideológica. Putin, formado pelo sistema comunista, e Xi Jinping têm software comum, muito mais do que com o regime islâmico em Teerão.
Em seu último livro, Emmanuel Todd evoca a "derrota do Ocidente"…
A grande força das democracias ocidentais é a sua flexibilidade. Mudar de líder a cada quatro ou cinco anos, face a ditadores que mantêm os seus cargos durante vinte anos, pode parecer uma fraqueza, mas é também um trunfo na capacidade de adaptação às adversidades. Um país totalitário é rígido sob todos os pontos de vista, tanto em termos de liderança política como de ideologia. É por isso que, até agora, apesar de toda a hesitação e procrastinação que experimentaram, as democracias resistiram. Se houvesse um confronto global entre as ditaduras lideradas por Xi Jinping e Putin e as democracias liberais, estas teriam mais hipóteses de vencer.
Não são estes regimes autoritários muito mais fracos do que muitas vezes pensamos?
Sob Mao, Pequim falou de um" tigre de papel " sobre os Estados Unidos. Na minha opinião, o actual regime chinês é um dragão de papel. Este tipo de país totalitário não se baseia em qualquer apoio popular real. É um fenómeno de dominação total e não de aceitação. Ninguém tinha previsto o colapso da União Soviética, e ainda assim aconteceu. A China tem hoje enormes dificuldades: demográficas, com rápido envelhecimento, e económicas, com custos laborais crescentes, desemprego juvenil ou dívida ... Perceberão que ninguém aposta no facto de o PIB da China ultrapassar rapidamente o dos Estados Unidos. Estávamos convencidos disso na década de 2010.
A Rússia, por outro lado, encontra-se já em pleno declínio demográfico. Sua economia está sob o controle de predadores, os oligarcas, que bombeiam seus recursos naturais para se enriquecerem. A actual Moscovo certamente não se assemelha à Moscovo de 2000, há novos edifícios, mas, nas profundezas do Cáucaso, continua a ser miséria, com infra-estruturas que remontam à década de 1950. as pessoas não contam neste tipo de regime, é uma variável desprezível. O que importa é a manutenção da ordem para manter o poder, repito.
Por falta de futuro, Putin pondera o seu discurso sobre o passado. A Grande Guerra Patriótica é o único fato de glória que ele pode reivindicar no pesado registro do comunismo. E o que importa os 27 milhões de mortos durante a Segunda Guerra Mundial, devido ao imperialismo do regime estalinista e à sua total negligência da vida humana. Em França, quando perdemos um soldado, decoramo-lo com inválidos. Quando a Rússia perde 250.000 homens na Ucrânia, é um silêncio total. ✸
O retorno dos tempos bárbaros, de Thierry Wolton. Grasset, 221 pp., €18.50.
« Se a Rússia atacou a Ucrânia e a China está tão obcecada por Taiwan, é porque estas duas potências estão angustiadas com a presença de contra-modelos democráticos à sua porta…
Thierry Wolton é óbvio. Putin atacou a Geórgia pela primeira vez em 2008, após o estabelecimento de um governo democrático por Mikheil Saakashvili. Em seguida, ele atacou a Ucrânia. Tanto a Ucrânia como Taiwan São países próximos, um da Rússia e outro da China, que têm a mesma cultura ortodoxa ou confucionista, mas que se tornaram democráticos. Moscou e Pequim não podem dizer que esses vizinhos pertencem a outro sistema de valores. Representam um perigo para estes regimes ditatoriais. A Ucrânia e Taiwan oferecem-lhes uma reflexão insuportável, embora precisem de um esmalte à sua volta para governar. A República Popular da China tentará, um dia ou outro, recuperar Taiwan, Como Moscovo está a tentar fazer pela Ucrânia. Aqueles que se iludem sobre a manutenção do status quo estão enganados. Xi Jinping não anunciou que a reunificação era "inevitável"?
Disseram-nos que Putin não tinha interesse em atacar a Ucrânia. Hoje, muitos especialistas destacam o custo econômico e militar para a China se ela for para a ofensiva contra Taiwan…
Temos de raciocinar como estes líderes raciocinam. Manter o poder por todos os meios possíveis é o mais importante para eles. Se a China entrar numa crise – que está a acontecer actualmente-e o sistema for abalado por uma sociedade descontente, então o regime pode optar por fugir para a frente atacando Taiwan, a fim de provocar um impulso nacionalista, o mais inflamável dos combustíveis ideológicos. Este cenário é possível. Uma "Hongkongização" de Taiwan, no entanto, é mais provável. Pequim nunca respeitou os acordos feitos com o Reino Unido, que previa um estatuto independente para Hong Kong até 2047. A China introduziu leis de segurança lá através de um governo de garupa. Toda a oposição é agora eliminada, na prisão ou no exílio. Xi Jinping provavelmente preferirá um cenário semelhante para Taiwan…
Mas Taiwan é independente, com uma população que reivindica cada vez mais a sua própria identidade…
O novo presidente, Lai Ching-te, não tem maioria. O Kuomintang, a favor da aproximação com a China, é o partido dominante. Poderia servir como um cavalo de Tróia para introduzir leis de segurança do tipo posto em prática em Hong Kong. Pequim irá, sem dúvida, favorecer um lento processo de fagocitose, a menos que a situação interna se deteriore ainda mais na China. Nesse momento, a aventura nacionalista pode ser tentadora.
Deve ser entendido que o comunismo nunca existiu no verdadeiro sentido da palavra. Depois de um tempo, o comunismo mundial, ninguém acredita nele
mais. Estes regimes estão sempre a evoluir para um nacional-comunismo, a brincar com o orgulho do povo e com a resistência a potências capitalistas externas. A China é um bom exemplo disso. Nós não medimos o quão terrivelmente a propaganda doméstica chinesa Antiocidental está se mostrando hoje. Quanto ao regime de Putin, que pretende voltar a ligar-se a um passado imperial, baseia-se num sentimento de vingança histórica (mas muito maior) contra os tratados desiguais que destruíram o país no século XIX.
Se, na sua opinião, o Ocidente tem uma grande responsabilidade na guerra na Ucrânia, não é por causa da extensão da NATO, como afirmam os soberanistas. Por quê?
Houve uma cegueira do Ocidente. As democracias não pensaram no que era um regime totalitário e nos efeitos que produz em termos de mentalidades, funcionamento político, economia, corrupção... Quando o bloco soviético entrou em colapso, não pensámos nisso. Além disso, assistimos como espectadores à libertação das populações por si mesmas, como na Polónia, na Checoslováquia ou na Hungria, por vezes até a abrandar o processo, por medo do vazio e da desordem. Não ajudámos realmente estes países a trilhar o caminho da democracia. Mas uma democracia não cai do céu, é uma cultura, um esforço. O pessoal político destes países anteriormente comunistas não foi purificado. Muitos membros da nomenklatura converteram-se, tanto na política como na economia. No entanto, é incrível que os partidos comunistas dos países de Leste tenham conseguido mudar os seus rótulos, tornando-se partidos socialistas e juntando-se à Segunda Internacional, sem que os socialistas os responsabilizassem. Isso é ainda mais louco porque historicamente os socialistas, como concorrentes ideológicos, sempre foram as primeiras vítimas dos comunistas.
Então lamenta a ausência de um verdadeiro trabalho de memória sobre o comunismo?
Nunca houve um acórdão ou um balanço. Devido aos seus danos materiais, psicológicos e económicos, o comunismo gerou a maior tragédia da história da humanidade. Não fizemos este trabalho de memória e também permitimos que os seus gestores se retreinassem. Os oligarcas que apareceram no Oriente não eram necessariamente comunistas, mas eram manipulados por quadros do partido ou pela máfia, muito presentes na herança Soviética. A corrupção sobreviveu, impedindo o estabelecimento de um estado de direito. A Ucrânia é hoje um país democrático, mas que continua a ser muito corrupto devido ao seu passado comunista. Foi na Rússia que a saída do comunismo foi a mais complicada. Os russos sofreram muito na década de 1990, especialmente com a inflação. Boris Yeltsin liberalizou o poder como nunca antes na história deste país, excepto que a Rússia não teve realmente qualquer ajuda ou conselho. As autoridades ofereceram acções às pessoas, que as venderam para se alimentarem a quem tinha dinheiro, à máfia e a ex-membros da nomenklatura que tinham anteriormente depositado o seu tesouro em bancos suíços. Deixámos que isto acontecesse, chegando ao ponto de considerar Putin como um Salvador, porque prometeu pôr ordem a este caos.
O segundo grande erro ocorreu depois de 11 de setembro de 2001, quando os americanos entraram em guerra contra o islamismo. Putin aproveitou a oportunidade para resolver um problema antigo: a Chechénia. Apresentou a sua cruzada como anti-islâmica, enquanto a Chechénia se encontra na encruzilhada de todos os gasodutos provenientes do Cáucaso e tratava-se de não deixar escapar este país estratégico. Fomos enganados. O mesmo fenómeno também se repetiu com a China. Os ataques em Xinjiang serviram de pretexto para Pequim ir à guerra contra uma população muçulmana
e trancar 1 milhão de pessoas, sob um longo silêncio ensurdecedor por parte dos ocidentais. Fomos surpreendidos quando o mundo pós-comunista regressou aos seus antigos tropismos.
"Xi Jinping, como todos os seus antecessores antes dele, reivindica o Marxismo-Leninismo, devemos acreditar", escreve. Será Que nos iludimos com o regime chinês?
A liderança chinesa, em particular Deng Xiaoping, observou cuidadosamente o colapso da União Soviética. Compreenderam que era necessário não abrir mão de uma migalha de poder, seduzindo os ocidentais a obter os meios essenciais para o seu desenvolvimento económico após décadas de hegemonia comunista. Pequim abriu primeiro zonas de comércio livre, depois toda uma parte da economia, mas mantendo um controlo absoluto sobre o processo. Qualquer empresário que tente emancipar – se pode ser deposto da noite para o dia-o caso da expulsão de Jack Ma da Alibaba é conhecido. Acreditámos numa liberalização do regime. Isso durou até que o objetivo Chinês fosse cumprido: tornar-se uma grande potência econômica e militar mundial. O apogeu desta empresa de sedução foi a Exposição Universal em Pequim, em 2010. Então Xi Jinping percebeu, quando chegou ao poder, que a expansão dos negócios capitalistas estava corrompendo o espírito comunista tanto no partido como fora dele. Ele apertou os parafusos. Assombrado pelo precedente de Gorbachev, Xi Jinping continua a reforçar o papel de liderança do partido e multiplica expurgos para manter todo o poder.
Hoje, a China voltou a uma lógica puramente comunista, com um totalitarismo e vigilância de alta intensidade facilitados por tecnologias digitais avançadas. A sorte do regime é que o povo chinês não quer reviver o drama do maoismo, traumatizado pela Revolução Cultural, durante a qual todos poderiam matar todos. Estão, portanto, dispostos a aceitar a tutela do partido, que lhes permitiu aumentar o seu nível de vida, em troca da renúncia a todos os seus direitos políticos.
Quão viável é a coligação entre a Rússia e a China? Embora esses países fossem ambos comunistas, seu entendimento, na década de 1950, foi breve…
O que cimenta uma coligação é um inimigo comum. Neste caso, o Ocidente. Tanto a China como a Rússia querem impor a sua nova ordem mundial. A situação actual é favorável para eles. O Ocidente concentra-se nas guerras, uma no coração da Europa e outra no Médio Oriente. Outras demandas estão se agrupando em torno de Moscou e Pequim, como as do Irã, uma potência Islâmica. A China, é verdade, está a tirar partido da Rússia. Sendo esta última embargada, as suas matérias-primas dirigem-se agora para leste, principalmente para a China e a Índia. A China tem pouco petróleo e depende muito dos corredores marítimos para o abastecimento, o que é uma fraqueza estratégica. A Rússia é um reservatório perfeito para ela. O que não significa que Putin também não se beneficie desta coligação, a Coreia do Norte pode servir como uma caixa preta para ele conseguir que as armas Chinesas sejam entregues. Por enquanto, a coligação está a trabalhar muito bem. Além disso, a China e a Rússia têm exigências semelhantes: garantir a sua proximidade no estrangeiro, Taiwan ou Ucrânia. Não há nada de oportuno nesta coligação, há uma verdadeira conjunção ideológica. Putin, formado pelo sistema comunista, e Xi Jinping têm software comum, muito mais do que com o regime islâmico em Teerão.
Em seu último livro, Emmanuel Todd evoca a "derrota do Ocidente"…
A grande força das democracias ocidentais é a sua flexibilidade. Mudar de líder a cada quatro ou cinco anos, face a ditadores que mantêm os seus cargos durante vinte anos, pode parecer uma fraqueza, mas é também um trunfo na capacidade de adaptação às adversidades. Um país totalitário é rígido sob todos os pontos de vista, tanto em termos de liderança política como de ideologia. É por isso que, até agora, apesar de toda a hesitação e procrastinação que experimentaram, as democracias resistiram. Se houvesse um confronto global entre as ditaduras lideradas por Xi Jinping e Putin e as democracias liberais, estas teriam mais hipóteses de vencer.
Não são estes regimes autoritários muito mais fracos do que muitas vezes pensamos?
Sob Mao, Pequim falou de um" tigre de papel " sobre os Estados Unidos. Na minha opinião, o actual regime chinês é um dragão de papel. Este tipo de país totalitário não se baseia em qualquer apoio popular real. É um fenómeno de dominação total e não de aceitação. Ninguém tinha previsto o colapso da União Soviética, e ainda assim aconteceu. A China tem hoje enormes dificuldades: demográficas, com rápido envelhecimento, e económicas, com custos laborais crescentes, desemprego juvenil ou dívida ... Perceberão que ninguém aposta no facto de o PIB da China ultrapassar rapidamente o dos Estados Unidos. Estávamos convencidos disso na década de 2010.
A Rússia, por outro lado, encontra-se já em pleno declínio demográfico. Sua economia está sob o controle de predadores, os oligarcas, que bombeiam seus recursos naturais para se enriquecerem. A actual Moscovo certamente não se assemelha à Moscovo de 2000, há novos edifícios, mas, nas profundezas do Cáucaso, continua a ser miséria, com infra-estruturas que remontam à década de 1950. as pessoas não contam neste tipo de regime, é uma variável desprezível. O que importa é a manutenção da ordem para manter o poder, repito.
Por falta de futuro, Putin pondera o seu discurso sobre o passado. A Grande Guerra Patriótica é o único fato de glória que ele pode reivindicar no pesado registro do comunismo. E o que importa os 27 milhões de mortos durante a Segunda Guerra Mundial, devido ao imperialismo do regime estalinista e à sua total negligência da vida humana. Em França, quando perdemos um soldado, decoramo-lo com inválidos. Quando a Rússia perde 250.000 homens na Ucrânia, é um silêncio total. ✸
O retorno dos tempos bárbaros, de Thierry Wolton. Grasset, 221 pp., €18.50.
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Re: Ucrânia vs Rússia - Escalada de tensão
Os mísseis Storm Shadow / SCALP-EG, por norma, voam a uma altitude de 300 m, mas podem voar a altitudes abaixo dos 100 m, o que os permite fugir a alguns radares. Devido ao sistema de navegação, conseguem adaptar-se ao terreno.
Antes de atingirem o alvo, ganham altitude.
Os radares devem ser colocados o mais alto possível, para detectarem os voos a baixa altitude, daí se usarem AWACS (Airborne Warning and Control System).
https://twitter.com/Osinttechnical/status/1754897963820646729
Pedro
Antes de atingirem o alvo, ganham altitude.
Os radares devem ser colocados o mais alto possível, para detectarem os voos a baixa altitude, daí se usarem AWACS (Airborne Warning and Control System).
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Pedro
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