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Caldeirão da Bolsa

PT - Uma outra abordagem

Espaço dedicado a todo o tipo de troca de impressões sobre os mercados financeiros e ao que possa condicionar o desempenho dos mesmos.

Caro Jotabil

por TimeOut » 20/1/2003 23:14

Evidentemente que a complexidade da estratégia mundial não cabe no espaço de um post (escravem-se livros sobre o tema).
No meu post procurava dar só as linhas mestras do meu raciocínio que me conduziu à convicção de que não haverá ataque ao Iraque.
Mantenho esta convicção apesar de entretanto ter aumentado substâncialmente o aparato bélico transportado para a região.
Mas... também vi hoje num jornal a primeira notícia sugerindo a hipótese de Saddam se exilar... e tornaram-se recentemente mais activas as vozes discordantes à ideia do ataque.

Fiquei na dúvida de qual o contendor que se opõe ao eixo NY-LONDRES na sua perspectiva: Rússia ou Alemanha ou França (China já não fica na Europa)? Pode esclarecer. No entanto, qualquer que ele seja o desequilibrio de forças em presença é arrasador.
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comentario

por jotabil » 20/1/2003 2:06

Afirma que:-Outra opinião mais ou menos consensual é a de que haverá um ataque ao Iraque.
Também em relação a esta questão é minha convicção que tal facto nunca virá a acontecer porque:
1-A maioria das pessoas pensam que ele terá lugar, sem existirem manifestações contra por parte da opinião pública;
2-Assim, a possibilidade de a desencadear está facilitada para os EUA
3-Tal facto é do conhecimento de Saddam que, não podendo resistir a um ataque, irá ceder a todas as imposições dos EUA e aguardar melhores oportunidades;
4-Um ataque ao Iraque para depor o regime teria custos em vidas americanas insuportáveis para Bush que veria a sua reeleição comprometida;
5-Assim, os EUA atingirão os seus objectivos simplesmente mantendo sobre o Iraque uma pressão forte (possível pela razão apontada em 1): desarmamento, levantamento das sanções, aumento da produção e exportação do petróleo, baixa do preço do mesmo.
6-Com o desarmamento do Iraque ficará facilitada a médio prazo a alteração do regime.

Mas os contendores .....que não define....mantêm-se desafiantes.....

O sadam .....ou o iraque....constiuem apenas um objectivo a atingir.

O que importa definir são os reais contendores.....e os interesses concorrentes... a inevitabilidade da guerra.....não é determinada....pelos árabes.....algures...na europa (terrestre)...são jogadas as cartadas para comtrapor às jogadas de londres-NYorque-washington...

Não se confundam os objectivos......com os antagonistas.....assim determina um bom plano estratégico.......não é como diz.......oxalá fosse assim tão simples.

Só se um dos contendores cedesse perante o outro.......o que não creio que suceda.....até porque um deles já se encontra com fortes interesses instalados na região....na qual se deve incluir o irão o iraque e a arábia saudita.......com a ocupação do iraque....as suas empresas....e as mais valias que retiravam daí....vão-se perder a breve prazo......é isso que torna inevitável a guerra....Não será guerra......porque um dos contendores não tem grandes forças....nem talvez nem deseje empregar as poucas que tem.....do que se trata é de uma demonstração de força dos USA-UK....essa ocupação do iraque....e naturalmente com aviso ao irão ...para saber que não deve negociar mais com a oropa....

O sadam...ainda não tem estatuto para ser um contendor.....anda tudo confundido.....perdoe



cumprimentos.
Se naufragares no meio do mar,toma desde logo, duas resoluções:- Uma primeira é manteres-te à tona; - Uma segunda é nadar para terra;
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por TimeOut » 19/1/2003 22:54

Exactamente no que se refere ao longo prazo.
O desenvolvimento da onda 4 em ABC em que estariamos a terminar a A (ainda) seria a hipótese mais correcta mas podemos já hoje realizar uma contagem ABC em que a C teria atingido 7,27 no dia 15/1 e a B em 6,29 em 27/12.
De qualquer modo não analiso em profundidade o curto prazo e os gráficos que coloquei no outro post destinavam-se exclusivamente a documentar a sua afirmação.
Sou um investidor de longo prazo, actualmente 90% cash e procurando O grande fundo :P
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por Fernando dos Aidos » 19/1/2003 22:30

Caro TimeOut,

Penso que tem razão em considerar que muitas contagens colocadas neste forum não obedecem às regras.

Relativamente às suas contagens, eu tinha inferido que tinha considerado o mínimo de 1/10/2002 como o final do "Bear market". Vejo agora que considera que estamos numa onda 4 de médio prazo que será feita em zig-zag (A-B-C em 5-3-5), estando nós agora a terminar a onda A.

Findo o zig-zag, deveremos então, segundo a sua contagem, ter uma onda impulsiva (5) para baixo, terminando abaixo do mínimo recente de 4.39. Isso terminará a onda A deste "Bear market". Depois deveremos ter uma subida (onda B) e uma subsequente descida (onda C) que dará por findo (só então) este "bear market".

Podia confirmar que é esta a sua visão da PT em termos de ondas?

Um abraço do

Fernando dos Aidos
PS - 2 perguntas: o que significa im? Que programa é esse que faz a contagem automática das ondas?
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por TimeOut » 19/1/2003 21:56

Caro Fernando
Não penso haver contradição entre os gráficos que coloquei. O que se encontra neste post é de longo prazo, tem inicio no final do bull (Março 2000), os que coloquei para documentar a sua afirmação noutro post são de curto prazo (analisam só o desenvolvimento da onda 4 desde Out 2002).
Qualquer gráficos de curto prazo não inviabiliza a contagem de longo prazo: do meu ponto de vista, desde 1/10/2002 encontramo-nos numa onda 4 e veremos desenvolver-se uma 5 que trará a cotação da PT significativamente para baixo.
Não concordo com algumas das contagens apresentadas (e o meu programa também me pareçe que não :wink: ) penso que não têm em conta muitas das regras (e são mesmo muitas) a que têm de obedeçer as contagens. Como não me considero entendido, abstive-me de comentar.
Em relação ao OBV a sua explicação é engenhosa e deita abaixo a minha ideia inicial de tirar algumas conclusões sobre a inversão da tendência descendente (em que de qualquer modo não acredito).
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On Balance Volume

por Fernando dos Aidos » 19/1/2003 17:26

Um comentário acerca do OBV. Conheço muito mal este indicador (o Marco António seria certamente mais indicado para responder) mas parece-me haver no gráfico 2 períodos: antes de 2000 (sempre abaixo da horizontal amarela inferior) e depois de 2000 (sempre acima dessa horizontal).

Em minha opinião, houve um factor importante que leva a este fenómeno, que é o número de acções disponíveis para negociação. A última fase de privatização da PT ocorreu no segundo semestre de 1999. Sendo assim, aumentou o número de acções negociáveis e o "Bull" que se seguiu encarregou-se de levar o OBV para níveis muito elevados.

Confesso que não tiro nenhuma conclusão do gráfico de longo prazo do OBV.

Um abraço

Fernando dos Aidos
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Elliott

por Fernando dos Aidos » 19/1/2003 17:07

Caro TimeOut,

Não pude deixar de notar uma contradição entre a contagem que coloca no post do Serenus e a que coloca aqui! Qual a contagem que lhe parece mais provável? Esta?

Este é um dos pontos curiosos das ondas de Elliott. Esta subida pode ser interpretada como uma onda 1 (contagem a amarelo do Sol Dado), uma 2 (contagem a branco do Sol Dado) ou uma 4 (sua contagem neste post).

É claro que, daqui a 1 ou 2 anos, já saberemos que onda foi, mas nessa altura será tarde para a negociar :wink:

Um abraço

Fernando dos Aidos
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PT Análise e actualização

por TimeOut » 18/1/2003 22:27

Em relação à análise anterior a subida até aos valores alvo não se verificou tão rápidamente como eu previa... foi necessário o sentimento de um novo ano para se atingirem.
Efectivamente, após um ligeiro recuo, a PT melhorou a sua prestação frente ao PSI20, situação que se deve manter, a partir de agora, durante muito tempo.
Atingido o target, completar-se-á a onda 4 e iniciar-se-ão as descidas.
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Deixo uma pergunta para os entendidos do forúm:
Como interpretar o gráfico de OBV desde a entrada em bolsa da PT?
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Caro Gpinto

por TimeOut » 25/11/2002 11:43

Talvez não seja uma perspectiva tão diferente assim ... trata-se só, a meu ver, de uma onda 4 a que se seguirá uma 5 :wink:
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Caro Timeout

por Gpinto » 23/11/2002 19:42

Embora tendo uma perspectiva, como pode constatar nas minhas at's, diversa da sua, deixe-me felicitá-lo pela sua abordagem. É de facto interessante e poderá ser válida já que se baseia em pilares de forte sustento.

Um abraço e ...continue

:wink:
Todos os conteúdos deste post, são da minha responsabilidade, e são o meu entendimento do momento dos mercados. A serem tomados como exemplo, é da única responsabilidade de quem os segue.


Um grande abraço e bons n€gócios,

Gpinto
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por MozHawk » 23/11/2002 19:39

Caro TimeOut,

Bem-vindo a este espaço e obrigado por um primeiro post já de grande qualidade e que provocará desde já algum debate em torno dos pontos expostos.

Esperamos que continue a expõr os seus pontos de vista.

Quanto aos pontos que foram focados, sem em referir à PTC, devo dizer que é igualmente a minha convicção que não irá haver qualquer intervenção militar de grande monta no Iraque, como já pude defender no fórum há uns dias atrás. Mantenho essa convicção.

Um abraço,

MozHawk
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PT - Uma outra abordagem

por TimeOut » 23/11/2002 19:34

Ao estrear-me neste magnifico fórum não quero deixar de felicitar e louvar o esforço e dedicação revelados pela sua administração.
Sou leitor assíduo de alguns fóruns mas não é meu costume intervir, no entanto face à qualidade que este apresenta, senti-me tentado a dar a minha contribuição para debate.
Tenho, sensivelmente desde que a PT ultrapassou os 5 euros, a convicção que o mercado em geral e a PT em particular, surpreenderão a maioria dos intervenientes no caldeirão que, na generalidade dos casos, indicam uma inversão muito próxima ou já "amanhã".

Outra opinião mais ou menos consensual é a de que haverá um ataque ao Iraque.
Também em relação a esta questão é minha convicção que tal facto nunca virá a acontecer porque:
1-A maioria das pessoas pensam que ele terá lugar, sem existirem manifestações contra por parte da opinião pública;
2-Assim, a possibilidade de a desencadear está facilitada para os EUA
3-Tal facto é do conhecimento de Saddam que, não podendo resistir a um ataque, irá ceder a todas as imposições dos EUA e aguardar melhores oportunidades;
4-Um ataque ao Iraque para depor o regime teria custos em vidas americanas insuportáveis para Bush que veria a sua reeleição comprometida;
5-Assim, os EUA atingirão os seus objectivos simplesmente mantendo sobre o Iraque uma pressão forte (possível pela razão apontada em 1): desarmamento, levantamento das sanções, aumento da produção e exportação do petróleo, baixa do preço do mesmo.
6-Com o desarmamento do Iraque ficará facilitada a médio prazo a alteração do regime.

Regressando à PT, a minha convicção encontra-se defendida no gráfico que apresento. Considero provável que o PSI20 encerre o ano com uma perda entre 15-20%. A curva da PT, que perde actualmente quase 24%, passou recentemente e praticamente pela 1ª vez no ano, para cima da curva do PSI20. Historicamente a PT tem tido uma prestação superior ao PSI20 sobretudo não existindo razões fundamentais (da análise fundamental) que a debilitem (resultados 3º trimestre foram muito bons, a compra provável da rede fixa é um bom negócio, da OniWay idem).
Assim é minha convicção que a PT encerrará o ano a perder entre 13-18% tendo portanto um potencial de valorização entre 6-11% (cotação 7,13-7,47), valores que não são incompatíveis com a quebra da tendência descendente de LP em escala semi-logaritmica (ver gráfico).

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