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CoronaVirus, panico justificado...?

Espaço dedicado a todo o tipo de troca de impressões sobre os mercados financeiros e ao que possa condicionar o desempenho dos mesmos.

Re: CoronaVirus, panico justificado...?

por pepe7 » 15/1/2021 15:29

Infelizmente a realidade é esta...perante novas mutações do SARS-CoV-2, em pleno Verão, apesar de ser local húmido, mas é quente.
Os hospitais de Manaus sem oxigénio (por"falha")etc...:(

UE acompanha "atentamente" nova mutação brasileira do coronavírus
Esta mutação terá surgido na Amazónia, onde o número de internamentos por conta do vírus explodiu nas últimas semanas.


A mutação surgiu na Amazónia, onde o número de internamentos por conta do vírus explodiu nas últimas semanas, principalmente em Manaus, capital do estado brasileiro do Amazonas.

"A mutação surgiu na Amazónia, onde o número de internamentos por conta do vírus explodiu nas últimas semanas, principalmente em Manaus, capital do estado brasileiro do Amazonas."

https://www.tsf.pt/mundo/governo-dos-paises-baixos-demite-se-13235044.html?utm_source=push&utm_medium=mas&utm_term=13235044


As imagens e os apelos de Manaus, que desespera sem oxigénio
O ministro da Saúde brasileiro, Eduardo Pazuello, admitiu na quinta-feira que Manaus vive um colapso no atendimento de saúde.
https://www.noticiasaominuto.com/mundo/ ... m-oxigenio

https://www.rtp.pt/noticias/mundo/socie ... s_n1289617
https://www.dn.pt/internacional/com-mul ... 34596.html
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Re: CoronaVirus, panico justificado...?

por pepe7 » 15/1/2021 2:31

Uma boa noticia de forma a ajudar a atenuar esta Pandemia em tudo (esperemos n´ós), só mais para frente é que se vai perceber por quanto tempo vão estar presentes os anticorpos... :pray:
Mas tb grande parte deste profissionais já estiveram "expostos" ao vírus... :-k

Tem que se perceber que o processo de vacinação é complexo e gradual em vários sentidos e dependente da própria disponibilidade da vacina. O ideal era vacinar da noite para o dia...Se se comprovar que é eficaz e seguro. Tenho conhecimento através de amigo enfermeiro que na nossa zona do país já se está a vacinar em lares de Idosos, mas infelizmente para já é um processo gradual, que requerer vários cuidados em volta dela, não é assim tão simples..e algo que já foi falado. Era bom que daqui a algum tempo seja possível "acelerar" o processo de acordo com a sua disponibilidade, que é outro problema.
Depois, também falta saber qual é o verdadeiro impacto da vacina nos nossos idosos, quanto à sua eficácia...

Estudo do São João revela que 95 a 97% dos vacinados apresentam anticorpos
Investigação permitiu detetar que "95 a 97% das pessoas já produz anticorpos, pelo que se presume que tenha imunidade".


Entre 95 a 97% dos profissionais de saúde vacinados contra a Covid-19 no Hospital de São João, Porto, apresentaram, 15 dias após a primeira toma, anticorpos que conduzem à imunidade, revelou esta quinta-feira o diretor do serviço de patologia clínica.

"Não estamos a descrever nada que não fosse o antecipado, mas deixa-nos satisfeitos perceber que funcionou e dá confiança de que vale a pena vacinar. O processo de vacinação tem de correr o mais célere possível", disse Tiago Guimarães quando descrevia aos jornalistas um estudo que está a ser feito no Hospital de São João sobre a taxa de imunidade da vacina contra a Covid-19.

Dos 2125 médicos, enfermeiros, assistentes operacionais e técnicos de diagnóstico e terapêutica que tomaram a vacina a 27 de dezembro - data do arranque do Plano Nacional de Vacinação - cerca de quatro dezenas foram submetidos a testes serológicos que visam estudar a imunidade vacinal.


Tiago Guimarães frisou que estes testes são diferentes dos testes mais comuns, uma vez que esses mostram "genericamente os anticorpos produzidos após uma infeção", enquanto os usados no estudo medem "a capacidade de produzir anticorpos induzidos pela vacina".

Realizadas três colheitas - a primeira nos dias seguintes à toma da vacina, a segunda na semana seguinte e a terceira após 15 dias - o estudo permitiu detetar que "95 a 97% das pessoas já produz anticorpos, pelo que se presume que tenha imunidade".

"Praticamente todas as pessoas produziram anticorpos por efeito da vacina pelo menos após 15 dias. Na segunda colheita, 10 a 15% já tinham [anticorpos induzidos pela vacina]. O objetivo é ir percebendo em que tempo aparecem os anticorpos", explicou o especialista.

O diretor do serviço de patologia clínica do Centro Hospitalar e Universitário de São João (CHUSJ) admitiu que estes resultados "estão dentro do esperado e descrito" no que diz respeito à vacina administrada, a da farmacêutica Pfizer, mas "não sendo surpreendentes", são, frisou, "importantes".

"Não põe em causa a necessidade da segunda toma [sendo que a Agência Europeia do Medicamento recomenda a segunda toma a 21 a 42 dias após a primeira, ou seja três a seis semanas] mas dá-nos uma janela temporal para que a toma da segunda dose possa ser acertada", disse o diretor.

Tiago Guimarães também frisou o efeito de "confiança" que resultados de estudos como estes podem transmitir a uma população possivelmente indecisa quanto à vacinação.

Quanto a relatos de pessoas que tenham sido vacinadas, mas tenham ficado infetadas nos dias seguintes, o especialista admite a existência de "alguns casos detetados" do universo dos mais de 2 mil profissionais de saúde vacinados no primeiro dia, número que atualmente supera os 4.000 neste centro hospitalar do Porto.

"Ficaram positivas [à Covid-19] nos dias seguintes. São processos concomitantes: ou estariam a incubar [o novo coronavírus] no momento em que foram vacinadas ou estiveram expostos a seguir [à vacinação] e a produção dos anticorpos não é imediata", explicou.

A pandemia de Covid-19 provocou pelo menos 1.979.596 mortos resultantes de mais de 92,3 milhões de casos de infeção em todo o mundo, enquanto em Portugal morreram 8.384 pessoas dos 517.806 casos de infeção confirmados.
https://www.tsf.pt/portugal/sociedade/estudo-do-sao-joao-revela-que-95-a-97-dos-vacinados-apresentam-anticorpos-13232636.html
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Re: CoronaVirus, panico justificado...?

por mais_um » 15/1/2021 2:10

Acrescento que perante o que vi no Infarmed, não acredito no confinamento apenas de um mês, se correr bem serão 2 meses.
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Re: CoronaVirus, panico justificado...?

por mais_um » 15/1/2021 1:59

djovarius Escreveu:Boa noite,

Concordo com o Ulisses. Escolas deveriam ter fechado, sendo que só poderiam reabrir à medida que fossem testados os professores e os alunos ao longo dos primeiros dias.

Bom, pelos vistos, hoje tivemos n "festas" pré-confinamento (?), tivemos uma corrida às bombas de gasolina (?), eu limito-me a falar do que vi.
A gasolina é o novo papel higiénico :evil:
Bom, seja como for, a imunidade natural vai avançar bem mais rápida do que a das vacinas. Afinal, o Estado não está a conseguir vacinar 10 K por dia, mas está a conseguir identificar 10 k casos por dia. :roll: - fora os outros todos, que só serão identificados no painel serológico de Março.
Ou estou errado naquilo que eu afirmo? Estarei equivocado?

A desorientação total, infelizmente, não se compadece com estas pessoas que ocupam hoje os cargos maiores de órgãos de soberania. :-s

Abraço

dj


Dei-me ao trabalho de ver a reunião do Infarmed, não sei se o link ainda esta ´disponível, mas se está, aconselho vivamente a quem anda a dizer bitates sobre as decisões do governo, para mediante os dados apresentados pelos técnicos como é que decidiam, é um exercício interessante. Fica o desafio.

Sobre as escolas foi apresentado um estudo que aponta que a diferença entre deixar a funcionar como est´a agora, mandar o secundário para casa ou fechar tudo não tem um impacto significativo na propagação do COVID. É sempre melhor fechar tudo, isso é claro, mas estatisticamente as diferenças não parecem ser relevantes. agora há que ponderar todos os factores e tomar uma decisão.
Eu, perante a informação apresentada, manteria as escolas a funcionar.

Na Europa foi assim:

Covid-19: quais os países europeus que encerraram as escolas?

França não fechou escolas durante confinamento e conseguiu travar aumento de infeções. Alemanha sublinhou os riscos para a saúde e educação dos alunos, mas colocou um fim ao ensino presencial.

(...)
O consenso sobre a abertura ou o encerramento de escolas não é generalizado, nem em Portugal, nem na Europa, onde o medo de uma onda incontrolável de infeções pelo novo coronavírus no inverno levou um número crescente de governos a fechar escolas, rompendo com a consonância anterior de que o ensino presencial deveria ser a regra.

Em grande parte, os países europeus mantiveram as escolas abertas no outono passado, mesmo quando impuseram um segundo lockdown, encerrando bares, restaurantes, locais de lazer e lojas não essenciais.

O contraste surgiu após muitos países mudarem para o ensino à distância, apesar dos avisos de professores e especialistas de que isso iria provocar um agravamento das desigualdades educacionais e iria causar danos psicológicos e até nutricionais às crianças e adolescentes.
Reino Unido, a Irlanda, a Alemanha, a Dinamarca e algumas regiões do norte da Itália ordenaram que as escolas fechassem por várias semanas para tentar conter as infecções. Em alguns casos esses encerramentos foram prolongados a seguir às férias de Natal.

O aumento dos surtos de covid-19 também provocou o encerramento de escolas na Holanda, marcando uma reviravolta no discurso do governo sobre a prioridade de manter as escolas abertas, argumentando que não são locais de significativo risco.

Vários são os estudos que noticiam que o vírus é menos disseminado entre crianças. O último trabalho a ser desenvolvido nesta matéria provém da Islândia e demonstra que os menores de 15 anos têm metade da probabilidade de serem infetados, em comparação com adultos.

Com base no argumento de que as escolas são locais seguros, a França conseguiu conter significativamente a propagação do vírus durante o confinamento que impôs em novembro, apesar de manter todo o ensino presencial.

No outro lado do espectro está o Reino Unido que decretou que todas as escolas primárias e secundárias, na maior parte dos casos, teriam de aderir ao ensino remoto.

As únicas exceções são os filhos de trabalhadores essenciais e aqueles considerados vulneráveis, que estão autorizados a ir fisicamente à escola todos os dias. O governo esclareceu que estes casos incluem crianças sem acesso a um computador em casa ou a um lugar tranquilo para estudar.


Durante a primeira vaga da pandemia, dezenas de países fecharam as escolas, prejudicando a educação de quase 9 em cada 10 alunos, de acordo com dados da Unicef.

Os estudantes que vivem em países pobres foram afetados muito mais pelos confinamentos do que os colegas em países mais ricos, com acesso a portáteis e a internet rápida, alerta a agência da ONU. Porém, mesmo em alguns dos países mais ricos da Europa, o cancelamento do ensino presencial gera preocupação.

Investigadores alertaram que o encerramento prolongado das escolas irá agravar os problemas de saúde mental e colocará os alunos de famílias mais pobres em desvantagem. Num paper publicado em outubro, a RKI, a entidade científica responsável pelo aconselhamento do governo na luta contra a pandemia enfatizou que o país deveria tentar manter as escolas abertas custe o que custar. Um apelo na mesma linha de outros países da União Europeia.

Embora esta esperança esteja a começar a desvanecer, existem evidências de que estes confinamentos escolares vão ser diferentes dos registados na primavera.

Algumas regiões da Alemanha aproveitaram um furo na legislação que torna a frequência às aulas voluntária, o que significa que as crianças são fortemente incentivadas a ficar em casa, mas podem ir à escola se os pais não puderem trabalhar em casa.

A Dinamarca, que também registou aumento de casos nos últimos dias, disse que, por enquanto, excluirá apenas os alunos mais velhos do ensino presencial, mas que as medidas podem vir a ser reforçadas se as restrições não tiverem um impacto suficiente

https://tvi24.iol.pt/internacional/covi ... -os-alunos
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Re: CoronaVirus, panico justificado...?

por mais_um » 15/1/2021 1:45

artista_ Escreveu:
mais_um Escreveu:Discordo, por vezes (demasiadas na minha opinião) fazem-se juízos precipitados sem ter em conta todas as variáveis.
Como é fácil de verificar neste tópico e não só, somos mesmo muito bons a dizer mal e a apontar o dedo, muitas vezes sem motivo, só porque sim.


Mais_um, da mesma forma que este governo arrecadou os justos louros da primeira fase em que as coisas correram bem, ou significativamente melhor que no grupos dos países onde correu pior, agora têm de enfrentar as críticas quando as coisas estão a correr claramente pior do que a maioria dos outros países. Obviamente que todos temos de assumir responsabilidades no que está a acontecer, mas eles são os primeiros a ter de o fazer!


Não me recordo do o governo ter vindo a terreno dizer que os resultados da primeira vaga tenham sido seu mérito.
Como foi referido neste tópico várias vezes, na 1ª vaga tivemos medo (depois de ver o que se passava em Itália), disciplina e alguma sorte.
Na minha opinião, a grande diferença da primeira vaga para agora, é a disciplina, ou melhor a falta dela, ando na rua e vejo o que se passa.
O mês de Dezembro demonstrou que se tivéssemos tido uma abordagem como a Suécia tínhamos ficado desgraçados logo na primeira vaga.
Considero que o ponto em que o governo esteve bem na primeira vaga foi confinar contra a opinião dos especialista, o resto foi mais ou menos igual aos restantes países, não fizemos diferente, fizemos foi mais cedo.

Actualmente, compreendo que se tenha aligeirado no Natal, mas foi um erro, nós só cumprimos com medo, seja da morte, seja das multas. Qual responsabilidade....
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Re: CoronaVirus, panico justificado...?

por pepe7 » 15/1/2021 1:42

artista_ Escreveu:
Marco Martins Escreveu:Acho que a questão das escolas é uma questão económica!
Se as escolas fecharem , alguem vai ter de suportar um custo muito maior para se conseguirem ter os alunos em casa com um dos progenitores!


Quando se falou na hipótese de os alunos com mais de 12 anos (3º ciclo e secundário) ficarem em casa era exatamente porque eles podiam ficar sozinhos se fosse necessário... penso que era isso de que se falava!?


É por essa faixa etária artista, isto é alunos autossuficientes da qual se refere o Dr. Fernando Maltez , na minha opinião faz sentido, logo sou da mesma opinião e expus acima. Alias é a partir dessa idade (13/14) que os riscos de contágio aumentam entre os jovens, os níveis de contágio atual, especial tb entre jovem são bem superior e são totalmente diferente dos números de infectados aquando do inicio do ano letivo. Tenho ideia que as coisas tem corrido relativamente bem nas escolas, mas infelizmente os números neste momento são outros e os riscos passam a ser maiores, quando se vai entrar num confinamento para aplanar a curva mais à frente e se as coisas não correrem como se deseja, depois em vez de se ter "um mês" de confinamento, passa a ter mais....
Percebo que em alguns pontos confinar alunos a partir dessa idade não seja bom, bem pelo contrário, mas os riscos nesta altura são maiores, até pela nova variante, depois quanto mais confinamento pior...
Depois de casa à escola e vice versa é uma "caminho longo", nas pausas, etc..E se calhar daqui até no fim deste confinamento boa parte dos alunos passam em casa (em isolamento) e sem deixar de evitar contágio pelo "caminho"...Espero estar errado.
Mesmo ao fim-de-semana da parte da tarde vejo malta jovem, deduzo estudantes a entrar em Edifícios (apartamentos) em grupos de 7, 8..sem máscara...realmente isto do vírus é algo muito complexo para a sociedade em geral...

Na china, apesar de ser uma ditadura, as pessoas cumprem as regras (grande diferença) e quando se detecta um surto vai tudo (cidade inteira) para casa e corta-se o mal pela raiz e se calhar no fim disto tudo acabam por confinar menos, isto pelas noticias que vão circulando. "Aqui" é totalmente diferente. Mas claro que são contextos diferente, politico-sociais, culturais, etc...dai pela Europa fora e não só, o contágio não parar e a opção por confinar novamente, e este confinamento não é igual ao primeiro (menos restrições).


Carla Nunes, da Escola Nacional de Saúde Pública da Universidade Nova de Lisboa, explicou esta terça-feira que, entre os grupos que mais negam o risco de contrair a doença, estão os homens (28,6%), os jovens (44%) e as pessoas com menor escolaridade.

O uso de máscara é um dos indicadores "mais preocupantes". O "Sempre" perdeu espaço nas últimas duas semanas, e são mais homens, jovens e com menor escolaridade os grupos que mais facilitam neste cuidado.

Pessoas a dizer não ao uso da máscara quando estão num grupo de dez ou mais pessoas passaram de 25% para 60%, com destaque nos grupos até aos 25 anos.
https://www.tsf.pt/portugal/sociedade/muitos-portugueses-deixaram-a-mascara-de-parte-no-natal-e-ano-novo-13221007.html




Campo Maior fecha escolas para travar Covid-19
Mais de 400 alunos estão em isolamento profilático.


"Mais de 400 alunos de Campo Maior já se encontram em isolamento, segundo apurou a TSF, havendo ainda professores e pessoal não docente que também se encontram infetados, tendo levado a Comissão Municipal de Proteção Civil e o Gabinete de Crise - criado no âmbito da pandemia - a tomar a decisão de encerrar o Centro Escolar Comendador Rui Nabeiro e a Escola Secundária.

Os estabelecimentos já não abrem esta sexta-feira para os cerca de 1200 alunos de um total de 60 turmas, numa altura em que a vila alentejana regista um total de 174 casos ativos, com especial incidência no Agrupamento de Escolas.
O gabinete de crise justifica ainda a decisão com o facto das escolas estarem a funcionar a uma capacidade bastante reduzida. Segundo soube a TSF, há pais que perante os crescentes casos positivos de covid-19 - e também face ao frio que se tem feito sentir - optaram por não deixar os filhos irem à escola nestes últimos dias...."
https://www.tsf.pt/portugal/sociedade/campo-maior-fecha-escolas-para-travar-covid-19-13233275.html?utm_source=push&utm_medium=mas&utm_term=13233275
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Re: CoronaVirus, panico justificado...?

por mais_um » 15/1/2021 1:29

artista_ Escreveu:Eu não disse que estava a ser mal feito, disse apenas que quando foi anunciado que iriam ser formada a equipa que iria estabelecer executar o plano já a maioria dos paíeses tinham um plano há 2 ou 3 meses... e estavam as vacinas quase a chegar!


E? Perdeu-se alguma vacina? As vacinas estragaram-se? Do que me tenho apercebido, não se vacina mais porque não há vacinas disponíveis, seja aqui, seja noutros países da UE.
Confesso que não vejo qualquer drama, no eventual facto de termos planeado mais tarde que outros países. Neste ponto não vi até hoje uma critica sustentada, pelo visto o problema foi termos feito o planos mais tarde que os outros, não sabia que havia um prémio por apresentar um plano em primeiro lugar, apesar de as vacinas terem chegado aos paises da UE quase todas no mesmo dia, queres-me dizer que isto não é dizer mal gratuitamente?

artista_ Escreveu:Se leres o post anterior verificas facilmente que até estou mais inclinado para que continuem abertas... o que referi neste post é que andamos a correr atrás do prejuízo e que penso que o governo teria muita dificuldade em avançar agora para o ensino à distância no 3º Ciclo e secundário. Teria porque rapidamente se perceberia que está tudo igual ao que estava em março de 2020, há muitos alunos que não têm acesso à internet e não têm computador, por exemplo. Mas há outro dado, que me esqueci de referir antes, que é muito revelador. Na semana passada foi enviado para todas as escolas um inquérito obrigatório para todos os docentes, de preenchimento on-line até ao dia 18. O inquérito tem o nome de «check in» para um «Plano de Capacitação Digital dos Docentes», pretende definir em que grau se encontra cada professor para que lhes seja dada formação adequada.... vem pelo menos 4 meses atrasado, para ser simpático! A realidade é que este governo não tem as coisas preparadas, confiou na sorte, acreditou que nunca seria necessário voltarmos a um confinamento do género do de março de 2020... mas eles não têm de acreditar, tem de se preparar para qualquer cenário que venha a ocorrer!

Fica o e-mail dirigido aos diretores das escolas:

Exmo(a) Sr.(a) Diretor(a),

É com grande entusiasmo que informamos que está em curso o Plano de Capacitação Digital dos Docentes, promovido pela Direção-Geral da Educação, no qual estarão envolvidos todos os professores.

O processo inicia-se com uma autorreflexão por parte dos docentes, através do preenchimento do questionário de diagnóstico Check-In. Esta primeira etapa é fundamental para aferir o nível de proficiência digital dos docentes e lhes proporcionar a formação mais adequada, de forma a garantir o desenvolvimento das suas competências digitais.

Como sabemos, docentes com elevado nível de competência digital são capazes de aproveitar o potencial das tecnologias digitais para melhorar e inovar em educação. É inegável a capacidade dos docentes para utilizarem as tecnologias digitais, colocando-as ao serviço da melhoria do processo de ensino e de aprendizagem, bem como do trabalho colaborativo docente. A capacitação digital dos professores assume, pois, um papel central no desenvolvimento das organizações educativas, para que estas possam oferecer uma resposta eficaz aos desafios atuais.

Nesse sentido, vimos solicitar a V. Exa a sensibilização de todos os docentes quanto à pertinência do preenchimento do Check-In. Para dar início ao processo, até ao próximo dia 11 de janeiro de 2021, será enviado o código de respondente e o endereço do Check-In diretamente a cada docente.

Deixamos uma ligação para um pequeno vídeo sobre o Plano de Transição Digital:

https://www.youtube.com/watch?v=vCtyxb51eec


Engraçado, reparei agora que o video refere o dia 18 como data limite para o preenchimento do questionário, mas na carta enviada aos diretores a data limite é dia 11... por ser apenas um lapso!


Não sei se te deste ao trabalho de ver o video até ´ao fim, mas se viste e consideras que isto tem a ver com o COVID fico preocupado... formação a decorrer em 2021, 2022 e 2023, pensas mesmo que isto é por causa do COVID? sério?!?

E o titulo, também leste? de certeza? Plano de capacitação digital docente, integração das tecnologias em sala de aula.
A Transição digital nas Escolas faz parte do Plano de Ação para a Transição Digital, aprovado em conselho de ministros em 21 de Abril de 2020.

Deixo-te o link para o documento caso queiras compreender o contexto.
O Programa do XXII Governo Constitucional considera a transição digital um dos instrumentos essenciais da estratégia de desenvolvimento do país, em alinhamento com os objetivos políticos que irão nortear os investimentos da União Europeia no período de programação 2021 -2027, de acordo com o novo quadro da Política de Coesão

https://www.portugal2020.pt/sites/defau ... 0_2020.pdf
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Re: CoronaVirus, panico justificado...?

por djovarius » 15/1/2021 0:13

Boa noite,

Concordo com o Ulisses. Escolas deveriam ter fechado, sendo que só poderiam reabrir à medida que fossem testados os professores e os alunos ao longo dos primeiros dias.

Bom, pelos vistos, hoje tivemos n "festas" pré-confinamento (?), tivemos uma corrida às bombas de gasolina (?), eu limito-me a falar do que vi.
A gasolina é o novo papel higiénico :evil:
Bom, seja como for, a imunidade natural vai avançar bem mais rápida do que a das vacinas. Afinal, o Estado não está a conseguir vacinar 10 K por dia, mas está a conseguir identificar 10 k casos por dia. :roll: - fora os outros todos, que só serão identificados no painel serológico de Março.
Ou estou errado naquilo que eu afirmo? Estarei equivocado?

A desorientação total, infelizmente, não se compadece com estas pessoas que ocupam hoje os cargos maiores de órgãos de soberania. :-s

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Re: CoronaVirus, panico justificado...?

por artista_ » 14/1/2021 23:36

Marco Martins Escreveu:Acho que a questão das escolas é uma questão económica!
Se as escolas fecharem , alguem vai ter de suportar um custo muito maior para se conseguirem ter os alunos em casa com um dos progenitores!


Quando se falou na hipótese de os alunos com mais de 12 anos (3º ciclo e secundário) ficarem em casa era exatamente porque eles podiam ficar sozinhos se fosse necessário... penso que era isso de que se falava!?

Marco Martins Escreveu:Para além disso, embora não tenha decisão formada, o facto de muitos alunos ficarem em casa, seria um problema social, pois uma pequena parte não teria provavelmente o que comer (dado que muitos comem na escola), muitos não teriam acesso a computadores e internet...(o que hoje em dia não é aceitável, dado que se existem livros para todos, a internet e computador deveriam ser algo básico e universal).


Sim, esta é a parte que eu critiquei, em março fomos todos apanhados desprevenidos, nesta altura tudo devia estar já preparado para o ensino funcionar à distância se fosse necessário... como eventualmente será! Sendo certo que eu prefiro claramente continuar no ensino presencial... o que me pergunto é se os dados que eles têm indicam que é a melhor solução ou foi sobretudo uma opção política que pretende salvaguardar a posição do partido?! Tenho dúvidas, espero que eles estejam certos, quero que os números da pandemia baixem e quero continuar com o ensino presencial!
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Re: CoronaVirus, panico justificado...?

por artista_ » 14/1/2021 23:26

mais_um Escreveu:Discordo, por vezes (demasiadas na minha opinião) fazem-se juízos precipitados sem ter em conta todas as variáveis.
Como é fácil de verificar neste tópico e não só, somos mesmo muito bons a dizer mal e a apontar o dedo, muitas vezes sem motivo, só porque sim.


Mais_um, da mesma forma que este governo arrecadou os justos louros da primeira fase em que as coisas correram bem, ou significativamente melhor que no grupos dos países onde correu pior, agora têm de enfrentar as críticas quando as coisas estão a correr claramente pior do que a maioria dos outros países. Obviamente que todos temos de assumir responsabilidades no que está a acontecer, mas eles são os primeiros a ter de o fazer!
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Re: CoronaVirus, panico justificado...?

por artista_ » 14/1/2021 23:18

mais_um Escreveu:Discordo, por vezes (demasiadas na minha opinião) fazem-se juízos precipitados sem ter em conta todas as variáveis.
Como é fácil de verificar neste tópico e não só, somos mesmo muito bons a dizer mal e a apontar o dedo, muitas vezes sem motivo, só porque sim.


Não é o meu caso certamente, obviamente que posso estar enganado mas fundamento o que digo/escrevo.


mais_um Escreveu:Em relação ao plano de vacinação agradeço que expliques o que na tua opinião está a ser mal feito.


Eu não disse que estava a ser mal feito, disse apenas que quando foi anunciado que iriam ser formada a equipa que iria estabelecer executar o plano já a maioria dos paíeses tinham um plano há 2 ou 3 meses... e estavam as vacinas quase a chegar!


mais_um Escreveu:Em relação às escolas, parece-me que és defensor de também encerrarem mas mais uma vez diz-me o que pensas que deveria ter sido feito.


Se leres o post anterior verificas facilmente que até estou mais inclinado para que continuem abertas... o que referi neste post é que andamos a correr atrás do prejuízo e que penso que o governo teria muita dificuldade em avançar agora para o ensino à distância no 3º Ciclo e secundário. Teria porque rapidamente se perceberia que está tudo igual ao que estava em março de 2020, há muitos alunos que não têm acesso à internet e não têm computador, por exemplo. Mas há outro dado, que me esqueci de referir antes, que é muito revelador. Na semana passada foi enviado para todas as escolas um inquérito obrigatório para todos os docentes, de preenchimento on-line até ao dia 18. O inquérito tem o nome de «check in» para um «Plano de Capacitação Digital dos Docentes», pretende definir em que grau se encontra cada professor para que lhes seja dada formação adequada.... vem pelo menos 4 meses atrasado, para ser simpático! A realidade é que este governo não tem as coisas preparadas, confiou na sorte, acreditou que nunca seria necessário voltarmos a um confinamento do género do de março de 2020... mas eles não têm de acreditar, tem de se preparar para qualquer cenário que venha a ocorrer!

Fica o e-mail dirigido aos diretores das escolas:

Exmo(a) Sr.(a) Diretor(a),

É com grande entusiasmo que informamos que está em curso o Plano de Capacitação Digital dos Docentes, promovido pela Direção-Geral da Educação, no qual estarão envolvidos todos os professores.

O processo inicia-se com uma autorreflexão por parte dos docentes, através do preenchimento do questionário de diagnóstico Check-In. Esta primeira etapa é fundamental para aferir o nível de proficiência digital dos docentes e lhes proporcionar a formação mais adequada, de forma a garantir o desenvolvimento das suas competências digitais.

Como sabemos, docentes com elevado nível de competência digital são capazes de aproveitar o potencial das tecnologias digitais para melhorar e inovar em educação. É inegável a capacidade dos docentes para utilizarem as tecnologias digitais, colocando-as ao serviço da melhoria do processo de ensino e de aprendizagem, bem como do trabalho colaborativo docente. A capacitação digital dos professores assume, pois, um papel central no desenvolvimento das organizações educativas, para que estas possam oferecer uma resposta eficaz aos desafios atuais.

Nesse sentido, vimos solicitar a V. Exa a sensibilização de todos os docentes quanto à pertinência do preenchimento do Check-In. Para dar início ao processo, até ao próximo dia 11 de janeiro de 2021, será enviado o código de respondente e o endereço do Check-In diretamente a cada docente.

Deixamos uma ligação para um pequeno vídeo sobre o Plano de Transição Digital:

https://www.youtube.com/watch?v=vCtyxb51eec


Engraçado, reparei agora que o video refere o dia 18 como data limite para o preenchimento do questionário, mas na carta enviada aos diretores a data limite é dia 11... por ser apenas um lapso!
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Re: CoronaVirus, panico justificado...?

por mais_um » 14/1/2021 22:36

Para não ser só más noticias..

“Estava grávida e quando saí do coma da covid-19, a minha barriga tinha desaparecido. Fiquei desesperada”

Uma história única, rara e, sobretudo, positiva, e por isso, mais importante em tempos de más notícias. Elisângela desenvolveu uma forma muito grave de covid-19, estava grávida e às 27 semanas de gravidez foi internada, ligada a um ventilador e a uma máquina que substituiu os pulmões. Quase morreu, mas uma vasta equipa multidisciplinar do Hospital de Santa Maria salvou-a e ao filho. Esta semana, de partida do hospital com o seu bebé, Elisângela só quer deixar uma mensagem: “É possível vencer a doença. Não desistam”

"Avião sem asa, fogueira sem brasa, futebol sem bola, amor sem beijinho". Grávida sem barriga. "Porque é que tem de ser assim? Porquê?" Porque em outubro, Elisângela Neves, 31 anos, foi infetada com o vírus SARS CoV-2 e quase ia morrendo. Estava grávida, mas uma equipa alargada de médicos do Hospital de Santa Maria, em Lisboa, fez tudo para a salvar e ao seu bebé. Tiveram de realizar uma cesariana às 29 semanas de gestação, embora a mãe tivesse o tubo de um ventilador introduzido na traqueia e estivesse ligada a uma máquina que lhe substituía os pulmões. Os elevadores do hospital pararam e os corredores foram esvaziados para a maca de Elisângela passar. O pesadelo custou a acabar, mas já é memória. Um caso de estudo científico e, principalmente, uma história bonita para se ler em tempos negros da pandemia.

Era outubro, o frio aumentava e a máscara já devia ser mais do que uma rotina. Mas quando um amigo da família, com febre há três dias, pediu ao marido de Elisângela, Adalberto Neves, 33 anos, lhe levasse medicamentos, este não tardou. Voltou infetado, sem saber. Em casa, rapidamente o vírus alcançou a mulher grávida e a sogra. O filho, de cinco anos, escapou. Depois da febre dele chegar e partir, a alta de temperatura não deixou a mulher, que, preocupada, foi ao Hospital Beatriz Ângelo, em Loures. A unidade estava lotada, incapaz de a receber, voltou para casa, para regressar no dia a seguir. "Lembro-me de ter ido à casa de banho e não me recordo de mais nada. Só acordei 24 dias mais tarde e já não estava grávida, não tinha a minha barriga. Fiquei desesperada", conta-nos Elisângela, já em 2021.

O que ela não sabe foi que, entretanto, a transferiram de Loures para o Hospital de Santa Maria, onde uma equipa de intensivistas, obstetras, neonatologistas e anestesistas se reuniu para a salvar a ela e ao seu bebé, então um feto com 27 semanas. "O problema era complexo, aquele feto já tinha identidade jurídica, colocáva-nos uma questão ética", explica João Ribeiro, diretor dos Cuidados Intensivos do Santa Maria. Até porque o feto apresentava-se em boas condições, apesar da gravidade da situação materna. Desistir foi uma palavra excluída do dicionário da vasta equipa de cerca de 20 profissionais de saúde, que incluiu ainda enfermeiros, perfusionistas (especialistas no ECMO, equipamento de circulação extra corpórea que substituiu os pulmões de Elisângela, respirando por ela, porque nem o ventilador lhe bastava), assistentes operacionais.

Desistir, não, mas planear até o cenário mais negativo, em que mãe e filho morriam, sim. "Tudo foi ponderado", assumem os três médicos intensivistas que acompanharam a situação - Gustavo Jesus, Pedro Gaspar da Costa e José Trindade Nave. A grande dúvida no início era perceber se o ECMO, cuja cânula foi introduzida na virilha e no pescoço de Elisângela, seria suficiente, não só para oxigenar o corpo dela, como para garantir a oxigenação do bebé. "Este foi um caso particularmente desafiante, não devido à pandemia causada pelo SARS CoV-2, mas pela forma grave e refratária da doença nesta paciente e pela sua necessidade de um suporte adicional de ECMO, ainda por cima numa mulher que era jovem e estava grávida", resume Gustavo Jesus.


Inédito em tudo

Os três jovens médicos intensivistas, que se conhecem há 16 anos, desde os bancos do primeiro ano da faculdade, não tinham onde se amparar - "Na altura em que o caso chegou, não havia na literatura internacional outros exemplos de situações semelhantes", partilha José Trindade Nave. Os problemas eram imensos: Elisângela não pôde fazer uma tomografia, porque este exame, importante para avaliar a situação pulmonar, não é aconselhado a grávidas, nem todos os fármacos podiam ser-lhe administrados, porque poderiam causar malformações ao feto, e quer a doença, quer a ligação ao ECMO, dificultam a coagulação sanguínea. E ela nunca foi colocada de barriga para baixo, como muitos doentes infetados, devido à gravidez - "Foi extraordinariamente difícil e usámos a abordagem clássica, apenas com recurso à farmacologia para a qual havia evidência científica", assume Pedro Gaspar.

O agravamento da situação de Elisângela, que piorou antes de melhorar e que, entretanto, contraíra uma infeção bacteriana e desenvolvera pré-eclâmpsia, acelerou a decisão. O feto deu sinais de desconforto, a placenta poderia não estar a ser tão eficaz como deveria. Já não era possível esperar que ele amadurecesse no útero. Elisângela tinha os pulmões tomados (ver imagem). Sobrava-lhe uma pontinha superior, mas mesmo essa, estava doente. "A decisão foi consensual", garante José Trindade Nave.

A empatia que foi se estabelecendo com a equipa de profissionais de saúde foi enorme. "Vivemos a situação de forma muito intensa. Todos os dias, quando chegávamos ao serviço, a primeira pergunta era - Como está a mãe? E a segunda era - Vai nascer hoje?", partilham as médicas e enfermeiras de Neonatologia que acompanharam o caso. Até que foi a hora de tomar decisões fundamentais porque o agravamento do estado de Elisângela e do filho levou os médicos a ponderarem os efeitos da cesariana na situação materna e na capacidade de resistência do feto. E então foi quando Adalberto recebeu um telefonema determinante: "Temos de fazer a cesariana." Quando? "Daqui a duas horas." Tinha acabado de deixar o filho mais velho na escola e voltou para casa - "Fui orar com a minha sogra."

O transporte daquela grávida em estado crítico para a sala de partos, associada à sala de reanimação dos recém-nascidos, foi essencial para o desfecho positivo do caso da criança. "Foi muito importante. Esta sala foi criada especificamente já no âmbito da pandemia e a sua utilização foi fundamental", explicam as médicas Paula Costa e Margarida Abrantes. Até lá chegar, contudo, foi necessária cerca de uma hora e meia de preparação, conta José Trindade Nave. E combinar com o segurança do hospital que teriam de ser retiradas todas as pessoas dos corredores por onde a maca iria passar e que os elevadores tinham de ficar com as portas abertas, à espera de serem usados. "A tensão era grande, mas fez-se tudo como o planeado", explica o médico. À chegada, desabafou com a enfermeira Diana Eustáquio, da Neonatologia: "Acho que não a vamos conseguir levar de volta para os Intensivos."


Cesariana de risco


"A doente estava muito instável e atravessava uma fase muito grave da doença, tinha uma sepsis e tendência a desenvolver hemorragias, o que nos exigia cuidados adicionais. Poderia ter acontecido o pior na mesa cirúrgica", explica Mónica Centeno, a obstetra que realizou a cesariana. A intervenção durou pouco mais de uma hora e foi acompanhada por oito pessoas, de várias especialidades.

Quando foi extraído do ventre da mãe o bebé pesava 1040 gramas e precisou de ser reanimado: afinal, nascera completamente sedado e curarizado (sem capacidade de reação muscular devido aos fármacos administrados à mãe para a manter quieta, suportando a ventilação invasiva e a ligação à ECMO). Também teve de ser entubado e ventilado, mas passadas 24 horas de ter nascido, começou a respirar sozinho. Ao fim de um dia de vida foi-lhe realizado um teste diagnóstico para saber se estava infetado e o resultado foi negativo. Mesmo assim, durante 48 horas permaneceu em isolamento. Com o segundo teste negativo, pôde juntar-se aos outros bebés prematuros da unidade.

esde o início em que foi acompanhado na Neonatologia, o bebé de Elisângela foi sendo fotografado, filmado e, sobretudo, acarinhado pela equipa médica e de enfermagem. Sem a mãe, ainda em coma e em situação crítica - "Ligávamos para os Cuidados Intensivos e a resposta era sempre a mesma: 'Está em risco de vida'" -, e sem o pai, foram elas que trataram da criança. A enfermeira Nádia Santos lembrou-se a certa altura de que se um vídeo com a imagem e, sobretudo, o som do bebé a chorar fosse colocado ao lado do ouvido de Elisângela, isso a pudesse ajudar a acordar. Fizeram-no, embora nada comprove que tenha alcançado aquela mãe para lá dos pesados medicamentos que a mantinham em coma. Durante o período em que esteve inconsciente, Elisângela recorda-se apenas de "ter viajado muito". Nestas viagens regressou à terra natal, São Tomé, e chegou a molhar-se na chuva da Amazónia, floresta que nunca visitou presencialmente, mas para onde a sua mente a levou durante o coma.

Regressar à consciência

Durante algumas semanas, a vida de Elisângela continuou em risco, até que lhe foi retirado o ventilador, depois desligaram-na do ECMO. Foi quando chegou À Neonatologia a novidade dos Cuidados Intensivos: "A mãe acordou!". À sua volta, Elisângela tinha fotografias do seu bebé, mas faltava-lhe algo fundamental: a barriga de grávida. Quando entrou em coma esta era parte da sua identidade; 24 dias depois, ao acordar, sentiu o vazio. "Fiquei desesperada sem a minha barriga. Não percebia o que se tinha passado." Aos poucos, as enfermeiras foram-lhe explicando o que se tinha ocorrido e, finalmente, as imagens da criança fizeram eco e Elisângela percebeu que o seu bebé estava bem. Contudo, precisou de esperar três semanas até poder visitar o filho pela primeira vez.

"Quando acordei, não tinha força muscular, nem me conseguia virar na cama, não conseguia falar. Foi muito difícil", conta agora. Um mês após a cesariana, Elisângela teve alta médica e ainda conseguiu ir para casa a tempo do Natal, como Adalberto pedira a Deus. "Não me vejo sem ela, estamos juntos há 20 anos, a alegria agora é imensa. Não sei explicar", diz o marido, entre sorrisos. Mas é este o ponto fundamental para o casal e Elisângela faz questão de afirmar: "Quero deixar uma mensagem. A covid é grave, mas não se pode desistir. Lutar contra a doença é meio caminho andado. Não é fácil, mas é possível."

Nesta segunda-feira, Elisângela, Adalberto e o pequeno bebé, agora com cerca de dois quilos, foram para casa. Daqui para a frente, a médica Paula Costa vai acompanhar o desenvolvimento do filho mais novo de Elisângela, como faz com todos os grandes prematuros. A história clínica dos dois será contada num artigo científico. E a equipa nunca mais vai esquecer que, durante a pandemia, com tanta morte à volta, aquela mãe e aquela criança representam uma mensagem positiva, um sinal de trabalho bem feito, resultado da articulação da vontade e da perícia de muitos profissionais de saúde. Tudo indica que nem mãe nem filho terão sequelas. Agora, é seguir em frente. O pior, naquele caso, parece ter ficado para trás.

https://expresso.pt/coronavirus/2021-01 ... com-video#
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Re: CoronaVirus, panico justificado...?

por mais_um » 14/1/2021 22:32

artista_ Escreveu:Ainda em relação às escolas, alguém disse ontem algo com que concordo. Este governo andou sempre a reboque dos acontecimentos, espera pelos outros para tomar decisões, vai a reboque dos acontecimentos. Na primeira vaga correu bem, tivémos a sorte de ter uma base de infetados relativamente pequena quando todos começaram a fechar e ficaram bem na foto. Mas não aprenderam nada, continuaram à espera que a sorte nos fosse favorável. Quando as vacinas estavam a chegar, já uma série de países tinham um plano de vacinação há uns meses, fomos nós, à pressa, construir um plano de vacinação. Agora, em relação às escolas, o governo não tinha realmente grande alternativa, se as fechasse ficaria mais do que visível que não prepararam nada para se mudar para o Ensino à distância, isso seria certamente visto como uma falha grave, não colocar a hipótese de um eventual regresso para esse tipo de ensino, no contexto atual, revelaria uma incompetência grande, algo que me parece terá pesado na decisão de manter as escolas abertas....



Discordo, por vezes (demasiadas na minha opinião) fazem-se juízos precipitados sem ter em conta todas as variáveis.
Como é fácil de verificar neste tópico e não só, somos mesmo muito bons a dizer mal e a apontar o dedo, muitas vezes sem motivo, só porque sim.
Em relação ao plano de vacinação agradeço que expliques o que na tua opinião está a ser mal feito.
Em relação às escolas, parece-me que és defensor de também encerrarem mas mais uma vez diz-me o que pensas que deveria ter sido feito.
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Re: CoronaVirus, panico justificado...?

por Marco Martins » 14/1/2021 19:01

artista_ Escreveu:Ainda em relação às escolas, alguém disse ontem algo com que concordo. Este governo andou sempre a reboque dos acontecimentos, espera pelos outros para tomar decisões, vai a reboque dos acontecimentos. Na primeira vaga correu bem, tivémos a sorte de ter uma base de infetados relativamente pequena quando todos começaram a fechar e ficaram bem na foto. Mas não aprenderam nada, continuaram à espera que a sorte nos fosse favorável. Quando as vacinas estavam a chegar, já uma série de países tinham um plano de vacinação há uns meses, fomos nós, à pressa, construir um plano de vacinação. Agora, em relação às escolas, o governo não tinha realmente grande alternativa, se as fechasse ficaria mais do que visível que não prepararam nada para se mudar para o Ensino à distância, isso seria certamente visto como uma falha grave, não colocar a hipótese de um eventual regresso para esse tipo de ensino, no contexto atual, revelaria uma incompetência grande, algo que me parece terá pesado na decisão de manter as escolas abertas....


Essa questão de não terem preparado nada para o ensino à distância é uma realidade!
 
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Re: CoronaVirus, panico justificado...?

por Marco Martins » 14/1/2021 19:00

artista_ Escreveu:
Ulisses Pereira Escreveu:Todos os alunos continuam na escola. Para mim, isto é surpreendente.


Também fiquei surpreendido, ontem tinha dado aulas e quase toda a gente (incluido pais e alunos) estava convencida que iamos para E@D. Ontem, depois de comunicada a decisão de não fechar as escolas comentei com alguns amigos, nunca me passou pela cabeça que chegaria o dia em ficaria contente por ser obrigado a trabalhar e os outros não.

Não tinha e não tenho uma opinião definida sobre o assunto, por um lado parece difícil pensar num lockdown com alguma efetividade mantendo as escolas abertas. Não é só o problema dos alunos estarem nas escolas todos juntos, é isso e todos os movimentos que as escolas geram, para os alunos irem e virem da escola, comerem, brincarem fora da escola quase sempre sem máscara, etc.... mas há um dado que me faz pensar que talvez eles tenham razão em manter as escolas abertas (não tendo eu todos os dados que os políticos devem ter para fundamentar as decisões). Acho que já escrevi aqui isto, nos casos de alunos com covid19 na minha escola, todos os colegas da turma e professores ficaram em isolamento e foram testados. Em 4 ou 5 turmas não houve um único caso de aluno, professor ou funcionário que tenha tido resultado positivo no teste. Eu devo ter tido Covid, estive uma semana a dar aulas na fase em que estaria com a carga viram mais alta, nenhum aluno ou colega meu foi contagiado por mim. Isto faz-me crer que nas escolas o nível de contágio será muito baixo... faltam-me obviamente muitos dados, sobre outras escolas e sobre o nível de contágio em transportes e outras situações que envolvem contactos com alunos quando estão em ensino presencial.


Acho que a questão das escolas é uma questão económica!
Se as escolas fecharem , alguem vai ter de suportar um custo muito maior para se conseguirem ter os alunos em casa com um dos progenitores!

Para além disso, embora não tenha decisão formada, o facto de muitos alunos ficarem em casa, seria um problema social, pois uma pequena parte não teria provavelmente o que comer (dado que muitos comem na escola), muitos não teriam acesso a computadores e internet...(o que hoje em dia não é aceitável, dado que se existem livros para todos, a internet e computador deveriam ser algo básico e universal).
 
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Re: CoronaVirus, panico justificado...?

por artista_ » 14/1/2021 19:00

Ainda em relação às escolas, alguém disse ontem algo com que concordo. Este governo andou sempre a reboque dos acontecimentos, espera pelos outros para tomar decisões, vai a reboque dos acontecimentos. Na primeira vaga correu bem, tivémos a sorte de ter uma base de infetados relativamente pequena quando todos começaram a fechar e ficaram bem na foto. Mas não aprenderam nada, continuaram à espera que a sorte nos fosse favorável. Quando as vacinas estavam a chegar, já uma série de países tinham um plano de vacinação há uns meses, fomos nós, à pressa, construir um plano de vacinação. Agora, em relação às escolas, o governo não tinha realmente grande alternativa, se as fechasse ficaria mais do que visível que não prepararam nada para se mudar para o Ensino à distância, isso seria certamente visto como uma falha grave, não colocar a hipótese de um eventual regresso para esse tipo de ensino, no contexto atual, revelaria uma incompetência grande, algo que me parece terá pesado na decisão de manter as escolas abertas....
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Re: CoronaVirus, panico justificado...?

por artista_ » 14/1/2021 18:44

Ulisses Pereira Escreveu:Todos os alunos continuam na escola. Para mim, isto é surpreendente.


Também fiquei surpreendido, ontem tinha dado aulas e quase toda a gente (incluido pais e alunos) estava convencida que iamos para E@D. Ontem, depois de comunicada a decisão de não fechar as escolas comentei com alguns amigos, nunca me passou pela cabeça que chegaria o dia em ficaria contente por ser obrigado a trabalhar e os outros não.

Não tinha e não tenho uma opinião definida sobre o assunto, por um lado parece difícil pensar num lockdown com alguma efetividade mantendo as escolas abertas. Não é só o problema dos alunos estarem nas escolas todos juntos, é isso e todos os movimentos que as escolas geram, para os alunos irem e virem da escola, comerem, brincarem fora da escola quase sempre sem máscara, etc.... mas há um dado que me faz pensar que talvez eles tenham razão em manter as escolas abertas (não tendo eu todos os dados que os políticos devem ter para fundamentar as decisões). Acho que já escrevi aqui isto, nos casos de alunos com covid19 na minha escola, todos os colegas da turma e professores ficaram em isolamento e foram testados. Em 4 ou 5 turmas não houve um único caso de aluno, professor ou funcionário que tenha tido resultado positivo no teste. Eu devo ter tido Covid, estive uma semana a dar aulas na fase em que estaria com a carga viram mais alta, nenhum aluno ou colega meu foi contagiado por mim. Isto faz-me crer que nas escolas o nível de contágio será muito baixo... faltam-me obviamente muitos dados, sobre outras escolas e sobre o nível de contágio em transportes e outras situações que envolvem contactos com alunos quando estão em ensino presencial.
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Re: CoronaVirus, panico justificado...?

por forza algarve » 14/1/2021 15:10

Muitos conhecidos meus estão sendo despedidos hoje.. E querem lhe dizer que é pelo bem deles?? pra preservar a saúde deles etc??Porque alguém não tem cama num hospital??
 
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Re: CoronaVirus, panico justificado...?

por freitax » 14/1/2021 11:27

Marco Martins Escreveu:
freitax Escreveu:
Marco Martins Escreveu:Em Março quando houve o maior confinamento os supermercados estavam abertos também durante a tarde nos fins de semana!
Agora como vai ser? Estarão novamente abertos ou terão na mesma de fechar as 13?
(considero uma estupidez o horário ser reduzido pois isso só promove uma aglomeração de pessoas)


Os supermercados neste novo confinamento passam a estar abertos em horário completo mesmo aos fins de semana.


Isso a acontecer, só vem dar razão a que os serviços/establecimentos com bens de primeira necessidade, que nunca deveriam ter estar confinados a um horário mais reduzido!! Isto só mostra o desgoverno das nossas medidas!!!

"Já dou razão ao ditado: preso por ter cão, preso por não ter!!!! :) "


E não percebo como é que o António Costa ainda diz que as medidas implementadas nos últimos fins de semana foram um sucesso...

m-m Escreveu:As escolas deveriam ter fechado por 2 semanas, nomeadamente porque estamos com uma vaga de frio e por isso é impossível cumprir com a regra da ventilação das salas de aula.

Em segundo lugar, olhando para os nº de contágios nota-se que o crescimento começa exatamente com o regresso às aulas. No entanto, os nº dizem que são raros os surtos em escolas. Isto explica-se pelo facto de a generalidade das infeções nas crianças passar despercebida, depois contagiam outras crianças e depois estas levam as infeções para casa infetando pais e avós.

Acresce ainda o facto de no pré-escolar e no 1º ciclo não ser obrigatório o uso de máscara, pelo que não encerrando estes graus de ensino, este confinamento terá um efeito muito limitado. Só me ocorre uma justificação para o Governo não decretar o fecho, poupar nos custos com os apoios aos pais com crianças até aos 12 anos.


Segundo a pediatra da minha filha, a transmissão de crianças pequenas para adultos é muito rara, o que normalmente acontece é contágio de pais para filhos em casa que depois transmitem na creche/escola a outras criançass.. vale o que vale.
 
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Re: CoronaVirus, panico justificado...?

por m-m » 14/1/2021 11:21

As escolas deveriam ter fechado por 2 semanas, nomeadamente porque estamos com uma vaga de frio e por isso é impossível cumprir com a regra da ventilação das salas de aula.

Em segundo lugar, olhando para os nº de contágios nota-se que o crescimento começa exatamente com o regresso às aulas. No entanto, os nº dizem que são raros os surtos em escolas. Isto explica-se pelo facto de a generalidade das infeções nas crianças passar despercebida, depois contagiam outras crianças e depois estas levam as infeções para casa infetando pais e avós.

Acresce ainda o facto de no pré-escolar e no 1º ciclo não ser obrigatório o uso de máscara, pelo que não encerrando estes graus de ensino, este confinamento terá um efeito muito limitado. Só me ocorre uma justificação para o Governo não decretar o fecho, poupar nos custos com os apoios aos pais com crianças até aos 12 anos.
 
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Re: CoronaVirus, panico justificado...?

por Marco Martins » 14/1/2021 11:13

freitax Escreveu:
Marco Martins Escreveu:Em Março quando houve o maior confinamento os supermercados estavam abertos também durante a tarde nos fins de semana!
Agora como vai ser? Estarão novamente abertos ou terão na mesma de fechar as 13?
(considero uma estupidez o horário ser reduzido pois isso só promove uma aglomeração de pessoas)


Os supermercados neste novo confinamento passam a estar abertos em horário completo mesmo aos fins de semana.


Isso a acontecer, só vem dar razão a que os serviços/establecimentos com bens de primeira necessidade, que nunca deveriam ter estar confinados a um horário mais reduzido!! Isto só mostra o desgoverno das nossas medidas!!!

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Re: CoronaVirus, panico justificado...?

por freitax » 14/1/2021 9:25

Marco Martins Escreveu:Em Março quando houve o maior confinamento os supermercados estavam abertos também durante a tarde nos fins de semana!
Agora como vai ser? Estarão novamente abertos ou terão na mesma de fechar as 13?
(considero uma estupidez o horário ser reduzido pois isso só promove uma aglomeração de pessoas)


Os supermercados neste novo confinamento passam a estar abertos em horário completo mesmo aos fins de semana.
 
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Re: CoronaVirus, panico justificado...?

por Marco Martins » 14/1/2021 9:06

Em Março quando houve o maior confinamento os supermercados estavam abertos também durante a tarde nos fins de semana!
Agora como vai ser? Estarão novamente abertos ou terão na mesma de fechar as 13?
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Re: CoronaVirus, panico justificado...?

por pepe7 » 14/1/2021 1:56

Apesar das diversas opiniões/divergências entre os especialistas quanto ao encerramento das escolas, sou da mesma opinião abaixo exposta, o número de contágios atual não são iguais aquando o inicio do ano letivo, temos uma nova variante com mais 60% a 70% de transmissão do que o vírus "antigo" (falta saber a percentagem atual existente em Portugal), incidência do contágio nessas faixas etárias, sendo grupos que negam o risco de contágio, negação ao uso de máscara, etc...
Escolas encerradas a alunos autos-suficientes, aulas à distância através das novas tecnologias, assim que os números permitissem com risco reduzido, regressavam.


Carla Nunes, da Escola Nacional de Saúde Pública da Universidade Nova de Lisboa, explicou esta terça-feira que, entre os grupos que mais negam o risco de contrair a doença, estão os homens (28,6%), os jovens (44%) e as pessoas com menor escolaridade.

O uso de máscara é um dos indicadores "mais preocupantes". O "Sempre" perdeu espaço nas últimas duas semanas, e são mais homens, jovens e com menor escolaridade os grupos que mais facilitam neste cuidado.

Pessoas a dizer não ao uso da máscara quando estão num grupo de dez ou mais pessoas passaram de 25% para 60%, com destaque nos grupos até aos 25 anos.
https://www.tsf.pt/portugal/sociedade/muitos-portugueses-deixaram-a-mascara-de-parte-no-natal-e-ano-novo-13221007.html


Encerramento das escolas "devia manter-se relativamente aos alunos autossuficientes"
Fernando Maltez defendeu, em declarações à TSF, que as medidas anunciadas esta quarta-feira pelo Governo já pecam por atraso.

O diretor do serviço de Infecciologia do Hospital Curry Cabral, Fernando Maltez, não concorda com a decisão do Governo, que esta quarta-feira decidiu não fechar as escolas portuguesas no âmbito do combate à Covid-19.

Em declarações à TSF, Fernando Maltez explica que o contágio é elevado, mas o problema não está dentro das escolas.
"Situa-se na mistura dos estudantes com uma população altamente infetada, onde a transmissão está muito enraizada", alerta o médico, que explica o percurso feito pelo vírus: os alunos "levam a infeção para dentro das escolas e transmitem ao staff, que por sua vez a vai transmitir nos seus domicílios, onde existem outras pessoas, que por sua vez vão transportar a infeção para outros locais".

Assim, Fernando Maltez defende que o encerramento das escolas "deveria manter-se relativamente aos alunos autossuficientes, capazes de estar em ensino à distância" e aponta que, perante a decisão do Governo, "o futuro dirá se irá ser necessário voltarmos a encerrar as escolas".

É já a partir das 00h00 de sexta-feira, 15 de dezembro, que os portugueses voltam a estar sujeitos ao dever geral de recolhimento domiciliário, uma opção que Fernando Maltez diz ser a única possível perante "estes números e esta pressão sobre o Serviço Nacional de Saúde".

"O novo confinamento era mandatório, obrigatório", sustenta o médico que deixa, ainda assim, críticas ao timing do executivo. "No meu ponto de vista, peca por vir com algum atraso. Não compreendo, por exemplo, se já vem com atraso, porque é que não para se iniciar às 00h00 de hoje, mas apenas no dia 15", esclarece.

Sobre a gravidade das medidas anunciadas, Fernando Maltez defende que estas "nunca poderiam ser menos intensas e rigorosas do que aquelas que se aplicaram em março e abril", até porque nessa altura "os números não se comparavam, nem de perto nem de longe, com os que estamos a viver atualmente".

Portugal ultrapassou esta quarta-feira os 500 mil casos de infeção com o novo coronavirus registados desde o início da pandemia, em março de 2020, segundo a Direção-Geral da Saúde (DGS).

De acordo com o boletim epidemiológico da DGS, com o registo de 10.556 novos casos nas últimas 24 horas, Portugal atingiu hoje os 507.108 casos confirmados de infeção com o novo coronavírus, que provoca a doença Covid-19.
https://www.tsf.pt/portugal/sociedade/encerramento-das-escolas-devia-manter-se-relativamente-aos-alunos-autossuficientes-13228168.html


Apesar de se ter outro conhecimento do virus (apesar de subsistir dúvidas...), com outras condições, as circunstâncias neste confinamento são diferentes em relação ao de março/abril, no número de infectados... :( ,alias já aqui mencionado e bem. É triste.
Abraço,
Pepe

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