Gato escaldado...
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Artista, ainda é cedo para falar. Como se pode ver aqui, o BCP, CGD, BES, fundo de pensões da PT, Fidelity compraram, e não me parece que gostem de perder dinheiro.
Já disse aqui que não acredito nesta empresa, isto é, na empresa tal como é actualmente e como é gerida, no entanto, surgiu-me a ideia de que com esta grande dispersão de capital as coisas poderão mudar a nível de gestão, e aí a conversa é outra.
Será que os institucionais que compraram agora têm algum trunfo na manga?
Já disse aqui que não acredito nesta empresa, isto é, na empresa tal como é actualmente e como é gerida, no entanto, surgiu-me a ideia de que com esta grande dispersão de capital as coisas poderão mudar a nível de gestão, e aí a conversa é outra.
Será que os institucionais que compraram agora têm algum trunfo na manga?
Cumprimentos,
Touro
Touro
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Artista,
O JAS já fez o favor de lhe responder. De facto, o que acontece é que os institucionais não vão começar a vender já, pelo contrário, vão segurá-la e até mesmo fazer algumas compras para abrir o apetite, atraindo compradores a quem depois vão vender.
Nos próximos tempos a cotação vai ser manipulada pelos que tomaram firme a operação. E julgo que o pequeno investidor deve estar atento porque pode surgir alguma oprtunidade de negócio de curto-prazo.
Tenho a ideia, como disse, que o cuidar da "criança" nos primeiros tempos faz parte do contrato assinado com as entidades colocadoras. Se alguém pudesse confirmar isto era interessante.
O JAS já fez o favor de lhe responder. De facto, o que acontece é que os institucionais não vão começar a vender já, pelo contrário, vão segurá-la e até mesmo fazer algumas compras para abrir o apetite, atraindo compradores a quem depois vão vender.
Nos próximos tempos a cotação vai ser manipulada pelos que tomaram firme a operação. E julgo que o pequeno investidor deve estar atento porque pode surgir alguma oprtunidade de negócio de curto-prazo.
Tenho a ideia, como disse, que o cuidar da "criança" nos primeiros tempos faz parte do contrato assinado com as entidades colocadoras. Se alguém pudesse confirmar isto era interessante.
Cumprimentos,
Touro
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So gostaria de saber, é como a TVI se aguenta com prejuizos constantes ao longo dos anos?
Será que está tudo à espera da retoma do mercado publicitário? ou pelo aumento da fatia do mesmo com a eliminação da 2?
A MC faz-me lembrar o FCP, que mesmo ganhando o taça UEFA e estando onde está na Champions leage, continua a registar prejuizos.
Isto só prova que em Portugal, certos mercados não têm dimensão suficiente para tantas empresas.
Será que está tudo à espera da retoma do mercado publicitário? ou pelo aumento da fatia do mesmo com a eliminação da 2?
A MC faz-me lembrar o FCP, que mesmo ganhando o taça UEFA e estando onde está na Champions leage, continua a registar prejuizos.
Isto só prova que em Portugal, certos mercados não têm dimensão suficiente para tantas empresas.
Todo o Homem tem um preço, nem que seja uma lata de atum
Media Capital
artista Escreveu:Caro Touro, pergunto-me como é que se pode fazer subir a cotação e ao mesmo tempo "sair"???
Simples. Fazem umas compras e ela sobe. A AT dá sinal de compra e eles saiem. Devagarinho para não espantar a caça.
JAS
Quanto ao autor do atigo, penso que é o mesmo já criticado por mim aqui há uns tempos atrás, quando se aventurou a avançar razões para a subida dos mercados, demonstrando não perceber nada de bolsa. Seja o mesmo ou não que escreveu este texto, o melhor era estar calado para não dizer asneiras
Quanto à OPV tenho algumas dúvidas relativamente ao comportamento próximo em bolsa das acções colocadas. Por um lado os funcionários e os pequenos não as quiseram, mas por outro os intitucionais compraram, o que poderá fazer com que o preço mexa para cima nos próximos dias, quanto mais não seja para eles sairem. A colocação a preços encostados ao mínimo pode ajudar.
Como já disse aqui, acredito que quem tomou firme a operação vai garantir a liquidez e até algumas subidas nos tempos mais próximos, no mínímo não a vai deixar cair (deve fazer parte do contrato). Quanto ao médio- e longo-prazo não acredito no papel.
Quanto à OPV tenho algumas dúvidas relativamente ao comportamento próximo em bolsa das acções colocadas. Por um lado os funcionários e os pequenos não as quiseram, mas por outro os intitucionais compraram, o que poderá fazer com que o preço mexa para cima nos próximos dias, quanto mais não seja para eles sairem. A colocação a preços encostados ao mínimo pode ajudar.
Como já disse aqui, acredito que quem tomou firme a operação vai garantir a liquidez e até algumas subidas nos tempos mais próximos, no mínímo não a vai deixar cair (deve fazer parte do contrato). Quanto ao médio- e longo-prazo não acredito no papel.
Cumprimentos,
Touro
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No curto prazo não tenho grande opinião.
No entanto uma coisa é certa: Quem acabou de pagar X pelas acções no IPO não deve estar decidido a vende-las, imediatamente, a perder dinheiro.
Talvez por isso, as acções constumam subir um bocadinho no curto prazo depois dos IPO.
Assim, a grande pergunta não é tanto o comportamento no muito curto prazo, mas antes o comportamento quando saírem (já em Abril) os resultados do 1º trimestre e, depois, quando continuarem a sair os seguintes...
No entanto uma coisa é certa: Quem acabou de pagar X pelas acções no IPO não deve estar decidido a vende-las, imediatamente, a perder dinheiro.
Talvez por isso, as acções constumam subir um bocadinho no curto prazo depois dos IPO.
Assim, a grande pergunta não é tanto o comportamento no muito curto prazo, mas antes o comportamento quando saírem (já em Abril) os resultados do 1º trimestre e, depois, quando continuarem a sair os seguintes...

Earthlings? Bah!
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Por causa dos fundamentais.
Mesmo nos tempos da bolha as empresas que realizavam IPOs apresentavam lucros (caso da PAD e da Impresa, para referir só duas) ou pelo menos perspectiva de crescimento muito forte dos negócios (PTM, etc.).
No caso da MC trata-se de um negócio tradicional, maduro, sem grandes (quase que diria que nem pequenas
) perspectivas de crescimento, e com prejuizos permanentes nos últimos 10 anos.
Isto augura alguma coisa de bom para o futuro?

Mesmo nos tempos da bolha as empresas que realizavam IPOs apresentavam lucros (caso da PAD e da Impresa, para referir só duas) ou pelo menos perspectiva de crescimento muito forte dos negócios (PTM, etc.).
No caso da MC trata-se de um negócio tradicional, maduro, sem grandes (quase que diria que nem pequenas

Isto augura alguma coisa de bom para o futuro?
Earthlings? Bah!
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O artigo parece-me extraordináriamente fraco.
(Daqueles que um mau jornalista económico escreve para despachar as suas obrigações de mais um dia...)
O pontos em que poderia "pegar" para ilustrar esta fraqueza geral são "mais que muitos" mas vou pegar apenas num:
Porquê? Do "discurso" do artigo percebe-se que a única razão na cabeça do jornalista é que agora o preço de colocação é 4.xx, ao invés de 10.xx...
Pobre diabo...
Bom, em termos de opinião pessoal eu acho que é quase inevitável que dê um escaldão (percentual) bem maior!
E seria já o 4º dado pela TVI... (Quem se lembra ainda das velhinhas católicas que meteram as suas reformas na "1ª TVI"? Alguém?
)
(Daqueles que um mau jornalista económico escreve para despachar as suas obrigações de mais um dia...)
O pontos em que poderia "pegar" para ilustrar esta fraqueza geral são "mais que muitos" mas vou pegar apenas num:
É quase impossível que a Media Capital provoque um “escaldão” daquela amplitude aos novos accionistas.
Porquê? Do "discurso" do artigo percebe-se que a única razão na cabeça do jornalista é que agora o preço de colocação é 4.xx, ao invés de 10.xx...
Pobre diabo...

Bom, em termos de opinião pessoal eu acho que é quase inevitável que dê um escaldão (percentual) bem maior!
E seria já o 4º dado pela TVI... (Quem se lembra ainda das velhinhas católicas que meteram as suas reformas na "1ª TVI"? Alguém?

Earthlings? Bah!
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Re: Gato escaldado...
TRSM Escreveu:E a isto os investidores mais pequenos disseram um “sim, mas...”.
Sim, querem estar presentes, porque os lugares mais confortáveis tomam-se quando o comboio arranca. Mas não com a exposição máxima. Nem a qualquer preço.
negocios-pt
Os investidores mais pequenos não disseram "sim" porque nem a totalidade das poucas acções subscreveram... muito menos tiveram alguma coisa a ver com o preço pois esse foi fixado pela procura institucional... embora nos últimos dias já se falasse que o preço poderia ficar perto do mínimo do intervalo definido os pequenos davam apenas ordem de subscrição sem preço, logo não sabiam a que preço iriam comprar, apenas sabiam que comprariam ao mesmo preço que os institucionais....
Gato escaldado...
Gato escaldado...
pferreira@mediafin.pt
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Por pouco que a Media Capital não era fintada pelos ataques terroristas de Madrid e pela alteração do “mood” dos investidores que se deu nessa altura. Mas acabou por correr tudo bem. E aí temos a primeira debutante em bolsa (tirando o caso especial da Gescartão), após um longuíssimo jejum de quatro anos. É verdade que esta colocação da Media Capital podia ter corrido melhor.
Por pouco que a Media Capital não era fintada pelos ataques terroristas de Madrid e pela alteração do “mood” dos investidores que se deu nessa altura. Mas acabou por correr tudo bem.
E aí temos a primeira debutante em bolsa (tirando o caso especial da Gescartão), após um longuíssimo jejum de quatro anos. É verdade que esta colocação da Media Capital podia ter corrido melhor. A tranche reservada aos pequenos investidores, já de si reduzida, acabou por ser colocada apenas em 40%.
E o preço da operação encostou ao limite inferior do intervalo proposto pelo emitente. Mas na hora decisiva lá estavam os investidores institucionais, mais batidos e com sangue mais frio, para “limpar” toda a oferta de acções.
O filme desta operação é, afinal, um digno retrato do sentimento que o mercado experimenta por estes dias. Houve o frenesi dos dois primeiros meses do ano. Os índices treparam 17% e começaram a aparecer sintomas típicos da entrada pouco selectiva no mercado: o importante é estar lá dentro.
Com o 11 deMarço os investidores foram chamados à terra e iniciou-se um saudável movimento de correcção que pode ainda não ter acabado. E agora volta a fazer-se contas, a olhar para os dados fundamentais das empresas, a não entrar a qualquer preço.
A operação do grupo de Paes do Amaral foi apanhada no contrapé destes movimentos. Foi aprovada e anunciada no fervilhar da subida e acabou por realizar-se já no fresco do refluxo. E a isto os investidores mais pequenos disseram um “sim, mas...”.
Sim, querem estar presentes, porque os lugares mais confortáveis tomam-se quando o comboio arranca. Mas não com a exposição máxima. Nem a qualquer preço.
Este comportamento avisado pode até nem ser o que melhor serve os interesses próprios de cada emitente, que quer para si a maior procura possível para os títulos que coloca no mercado.
Mas é, seguramente, o que melhor defende o interesse geral do mercado, que se quer mais sustentado e de longo prazo do que especulativo e para entrar de manhã e sair à tarde.
Não é preciso sair do sector dos media para ilustrar as diferenças. Há quase quatro anos, já no estertor da “bolha dotcom” a Impresa dispersou capital a 10,25 euros por acção e a procura dos particulares foi 50 vezes a oferta. Cinquenta vezes!
Hoje a empresa de Balsemão vale um terço daquele preço, mas chegou a cotar a 1,5 euros. Experiências destas servem para pouco mais do que para afastar investidores do mercado. Agora os tempos são outros. E não são necessariamente piores.
É quase impossível que a Media Capital provoque um“escaldão” daquela amplitude aos novos accionistas. Mesmo que a avaliação tenha sido “esticada”, os danos colaterais serão mais limitados. E isso é positivo para a consolidação do mercado, que não se faz com investidores mal dispostos e divorciados das acções.
Ao recém chegado à bolsa cabe agora provar que merece a confiança dos que investiram. Chegar aos lucros em 2005, como prometido, é um passo decisivo para isso.
negocios-pt
pferreira@mediafin.pt
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Por pouco que a Media Capital não era fintada pelos ataques terroristas de Madrid e pela alteração do “mood” dos investidores que se deu nessa altura. Mas acabou por correr tudo bem. E aí temos a primeira debutante em bolsa (tirando o caso especial da Gescartão), após um longuíssimo jejum de quatro anos. É verdade que esta colocação da Media Capital podia ter corrido melhor.
Por pouco que a Media Capital não era fintada pelos ataques terroristas de Madrid e pela alteração do “mood” dos investidores que se deu nessa altura. Mas acabou por correr tudo bem.
E aí temos a primeira debutante em bolsa (tirando o caso especial da Gescartão), após um longuíssimo jejum de quatro anos. É verdade que esta colocação da Media Capital podia ter corrido melhor. A tranche reservada aos pequenos investidores, já de si reduzida, acabou por ser colocada apenas em 40%.
E o preço da operação encostou ao limite inferior do intervalo proposto pelo emitente. Mas na hora decisiva lá estavam os investidores institucionais, mais batidos e com sangue mais frio, para “limpar” toda a oferta de acções.
O filme desta operação é, afinal, um digno retrato do sentimento que o mercado experimenta por estes dias. Houve o frenesi dos dois primeiros meses do ano. Os índices treparam 17% e começaram a aparecer sintomas típicos da entrada pouco selectiva no mercado: o importante é estar lá dentro.
Com o 11 deMarço os investidores foram chamados à terra e iniciou-se um saudável movimento de correcção que pode ainda não ter acabado. E agora volta a fazer-se contas, a olhar para os dados fundamentais das empresas, a não entrar a qualquer preço.
A operação do grupo de Paes do Amaral foi apanhada no contrapé destes movimentos. Foi aprovada e anunciada no fervilhar da subida e acabou por realizar-se já no fresco do refluxo. E a isto os investidores mais pequenos disseram um “sim, mas...”.
Sim, querem estar presentes, porque os lugares mais confortáveis tomam-se quando o comboio arranca. Mas não com a exposição máxima. Nem a qualquer preço.
Este comportamento avisado pode até nem ser o que melhor serve os interesses próprios de cada emitente, que quer para si a maior procura possível para os títulos que coloca no mercado.
Mas é, seguramente, o que melhor defende o interesse geral do mercado, que se quer mais sustentado e de longo prazo do que especulativo e para entrar de manhã e sair à tarde.
Não é preciso sair do sector dos media para ilustrar as diferenças. Há quase quatro anos, já no estertor da “bolha dotcom” a Impresa dispersou capital a 10,25 euros por acção e a procura dos particulares foi 50 vezes a oferta. Cinquenta vezes!
Hoje a empresa de Balsemão vale um terço daquele preço, mas chegou a cotar a 1,5 euros. Experiências destas servem para pouco mais do que para afastar investidores do mercado. Agora os tempos são outros. E não são necessariamente piores.
É quase impossível que a Media Capital provoque um“escaldão” daquela amplitude aos novos accionistas. Mesmo que a avaliação tenha sido “esticada”, os danos colaterais serão mais limitados. E isso é positivo para a consolidação do mercado, que não se faz com investidores mal dispostos e divorciados das acções.
Ao recém chegado à bolsa cabe agora provar que merece a confiança dos que investiram. Chegar aos lucros em 2005, como prometido, é um passo decisivo para isso.
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