IRS desce de novo em setembro. Veja as simulações

[e-finance]

Caros conforistas caldeireiros, venho ao tópico do BES dizer mal desta sagrada famiglia. Tenho pena, é aborrecido porque foi casa que já me deu uns pataquitos a arrecadar e, naquilo que me toca, posso estar a ser muito ingrato. Logo eu que, ainda por cima, não gosto de cuspir na minha sopa nem de morder a mão que me alimentou.
Mas tem que ser.
Esta é uma questão que tenho que expor aqui neste Forum.
Por outro lado, também não gosto de ser insolente com quem está a perder… Ora, ser insolente com quem perde aqui não é o caso, uma vez que vou ser insolente com quem está a ganhar. É até mais fácil, porque não humilho ninguém e não corro o risco de me pedirem dinheiro emprestado.
Por outro lado, imagino que a acusação de ressabiamento deva abundar nas mentes, nas bocas e nas teclas de muitos confor(m?)istas.
Fica o aviso: se têm essa preparada para me atirar desenganem-se: no dia em que larguei os papéis do BES fui convidado para administrador de uma fundação. Aceitei e até já comprei um nariz de palhaço para ir oferecer chocolates a criancinhas doentes no Domingo de Páscoa. Só para verem a planta do menino que está aqui.
Portanto, preparem-se.

Deixei de ter participações no BES desde o início deste mês de Fevereiro. (Sim, sim, sei que se saísse agora poderia ter ganho mais uns patacos porque de então para cá a ação valorizou 15 cêntimos). Ainda não estou arrependido. Parece-me até que não estaria arrependido mesmo que a ação tivesse valorizado mais quinze euros…
Como deixei escrito e se pode ler neste tópico aí para trás, o meu maior problema não foi a guerra da famiglia. Também não foi só a má imprensa e a péssima comunicação do grupo. Nem tão só as guerras internas da rapaziada Espírito Santo. Amém. (Desculpem os mais religiosos, mas não resisti a esta boutardezita de mau gosto).
Tudo isto foi importante para que largasse a minha posição no BES. Mas não foi o mais determinante.
Vamos lá ao busílis (ou aos busílis…) desta questão.

1.- Detestei a falta de rigor na publicitação da data em que iriam ser apresentados os resultados do banco. Para além de não se saber ao certo a data em que estes números iriam ser apresentados até dois ou três dias antes de efetivamente ocorrerem, o próprio ‘site’ do BES manteve os informes incorretos depois de ultrapassada a data prevista numa primeira instância. Isto não é uma coisa que cause boa impressão.
Não é rigoroso e não estamos a falar de uma empresa a quem o rigor possa dizer pouco…
E não é só a imagem de desleixo e incompetência que são transmitidos! É pior que isso: é a certeza que o BES me deu do facto de não se importar minimamente comigo enquanto acionista.
Adivinho o sorriso sardónico de alguns leitores e até o dislate: ‘Pfff, grande acionista!...’
Pois precisamente! É esse o ponto. O que o BES provou é que para ele os pequenos acionistas não contam. Valem népia. Não são ninguém (se bem que também não sejam alguém..) São niente, zero, nada, personne, nobody, nessuno… E isso, caros amigos, acaba mal. Vão por mim.
A coisa porém não ficou por aqui.

2.- Desejosos de fazerem prova ao mundo a sua alegre e arrogante plenipotência; confundindo quiçá, a petulância da sua atitude com dinamismo, (às vezes acontece…), os brilhantes muchachos do BES ainda fizeram melhor: Para quebrar algum fastio da vida em gabinetes climatizados, alteraram a composição e a estrutura da sua holding (é bom não esquecer que o Grupo Espírito Santo é uma holding!...) e decidiram –que é como quem diz…-apresentá-la aos acionistas reunidos em assembleia como um facto consumado.
Cabe dizer nesta altura, que qualquer acionista tem a obrigação de saber que o órgão mais importante de uma S.A. é a sua assembleia de acionistas. Num estado de direito é assim.
Ora o BES não quer saber cá de Assembleias. Sempre são coisas à PREC e os rapazes passaram um mau bocado às mãos dos comunas, e tal…
Chegámos portanto ao ponto do vale tudo, menos tirar olhinhos.
(Aqui chegado, não sei se fiquei mais escandalizado com os esquemáticos Salgados e os insinuantes Ricciardis se com o silêncio dos acionistas.)
Mas a coisa ainda foi mais longe. A coisa chegou ao ponto de a recomposição acionista do grupo assentar numa cabeça criada à pressa (ou aparentemente à pressa) para a holding.

3.- Eis-nos pois, nos braços peludos da Rio Forte. A espetacular e todo-poderosa RF (vou tratá-la assim para ser mais rápido de teclar, poupar a unha do indicador direito que já está lascada depois de se entalar três vezes entre as teclas e para poupar o meu estômago à úlcera nervosa que sinto arrimar-se-lhe com um ímpeto crescente).
A RF, como cabeça da holding, deterá certamente forte participação em todas as empresas do grupo. ‘É normal!’ - Dirá o sofredor leitor a quem as insónias e o barulho da vizinhança têm impedido de se ir deitar mais cedo.
- Não, não é normal! Cáspite! (isto sou eu já indignado). Não é normal que ainda não se saiba o que vale no BES cada uma das ações detidas pelos pequenos acionistas.

4.- Chega agora a hora da esquizofrenia. E isto, aviso já, é só o que o pobre leitor pode ver pelas entrelinhas do que escrevo. Pois bem, a hora da esquizofrenia começa quando não param as notícias de vendas de ações por parte de administradores do BES. Já tentei, aí para trás, justificar o facto com uma filha casadoira, um barco desportivo com um preço mesmo jeitoso, um filho que vai fazer o Erasmus, um investimento imobiliário…
Mas agora que estou esquizofrénico, apetece-me dizer que vendem porque sabem que se não as venderem agora, nunca mais se vêm livres do papéis. Posso prová-lo? Não, não posso… -digo-o humildemente e de cerviz baixa. Mas, em contrapartida, aposto que ninguém pode provar que as ações do BES vão voltar a representar a totalidade de um banco dinâmico e lucrativo. Pimba!
A coisa é muito simples: a confiança foi-se. Kaput. Bum!

5.- Dadas as circunstâncias, a única coisa certa é que nos últimos dez anos a cotação do BES apenas subiu por três vezes entre Fevereiro/Março e Outubro. E isso ocorreu em melhores tempos.
Até essa altura, se se perceber como funciona a nova holding, posso comprar uns papeizitos… Logo por azar, a Rio Forte não estará disponível para cotação no PSI 20!
É isso estranho?
Não. Já não estranho muita coisa daqueles lados…

À laia de moral da história, fiquem-se com este sábio 'boneco' do Quino:


Um abraço,
Raposo Tavares.

[RaposoTavares]

As_terix, obrigado pelo apreço que manifestaste pelo meu pobre post. Gostava de dizer mais uma vez que o busílis deste banco, para mim, não é o Salgado estar, ou não estar, ao comando do BES. (Repara que nem falei do prejuízo do banco neste post uma vez que me desfiz das posições que tinha antes de aparecerem os resultados. E para ser franco, todas as confusões e dislates que sucederam antes dos resultados fizeram-me desconfiar que o prejuízo ainda ia ser maior do que efectivamente acabou por ser publicado). O meu problema -dito de uma forma muito ligeira- é
1.- não haver um esquema claro das participações cruzadas no grupo,
2.- não estar prevista -ao contrário do que chegou a ser anunciado- a ida da nova cabeça da holding para a bolsa;
3.- desconfiar que o BES pode ser desvirtuado e desinvestido de poder numa holding com interesses internacionais nem sempre transparentes;
4.- não verificar uma preocupação de respeitar os seus acionistas por partes dos poderes deste grupo financeiro e, last but not the least,
5.- não deixar de ter presente, no meio de toda esta barafunda, que as ações do BES não têm um valor contabilistico atribuído face ao capital social do banco.

Galba.- Não sei o que levou os 4 grupos a comprarem as ações do BES. Aposto que tu também não sabes.
Porém, não te esqueças que o que leva um fundo a comprar ações, não é necessariamente o mesmo que te motiva a ti. Por outro lado, nem sempre estes fundos compram as ações dando exactamente os mesmos passos que tu dás...

Tamgi.- Pois é... e se o Banco de Portugal não dá conta do recado, que conta daremos nós...

Flecha.- Para além do fim da turbulência, é bom que termine esta falta de transparência no grupo. Também eu gostava de voltar ao BES um dia. Mas só volto quando souber o que é que estou a comprar.

Um abraço,
Raposo Tavares

[mpfreitas]

despachei tudo na semana passada e só volto a entrar qd esta turbulência passar

Eu penso que estas "guerrinhas" vão acontecendo de vez em quando , nas empresas que têm uma forte componente familiar. Ainda há pouco tempo foi na Semapa.

Mas o que geralmente acontece, é que a tendência vai no sentido da pacificação. Não vejo aqui grandes problemas.

[verdeacordaesperança]

despachei tudo na semana passada e só volto a entrar qd esta turbulência passar

[amgi]

Os piores resultados do império bes tem sido acompanhados com preocupação pelo bdp e m.d.finanças.Foi feita uma auditoria por uma consultora internacional que aponta para a necessidade do bes ter de reconhecer mais imparidades e de precisar de mais capitais próprios,as conclusões concretas estão guardadas no segredo do bes, bdp e m.d. finanças, o governo esta a seguir os números com especial atenção.A crise profunda do banco esteve em discuçao na sexta feira de manha, o concelho superior do banco era para reunir na sede mas mudaram para local incerto.A juntar a tudo isto há ainda a conhecida guerra da sucessão.
Fonte sic jornal da noite de sexta feira.
Talvez aqui estejam algumas respostas para a venda de açoes por parte de alguns administradores do bes e dos sucessivos aumentos de recomendações e de price targets para os pequenos comprarem e os grandes venderem.

[GALBA]

Raposo , porque motivo os fundos internacionais , estão a reforçar posições ?

[sadark99]

Boas,

Pode-se nota a formação dum mini bullflag, em que a vela verde anterior serve de Flagpole. Um padrão já verificado em Janeiro/2014 e que poderá confirmar já segunda-feira. O único aspecto negativo é os casos do RSI e Stochastic estarem elevados, podendo limitar futuras subidas.

Cumprimentos,

Viegaspinto

O RSI até aos 100 tem muito por onde andar ...

[AS_terix]

Caros conforistas caldeireiros, venho ao tópico do BES dizer mal desta sagrada famiglia. Tenho pena, é aborrecido porque foi casa que já me deu uns pataquitos a arrecadar e, naquilo que me toca, posso estar a ser muito ingrato. Logo eu que, ainda por cima, não gosto de cuspir na minha sopa nem de morder a mão que me alimentou.
Mas tem que ser.
Esta é uma questão que tenho que expor aqui neste Forum.
Por outro lado, também não gosto de ser insolente com quem está a perder… Ora, ser insolente com quem perde aqui não é o caso, uma vez que vou ser insolente com quem está a ganhar. É até mais fácil, porque não humilho ninguém e não corro o risco de me pedirem dinheiro emprestado.
Por outro lado, imagino que a acusação de ressabiamento deva abundar nas mentes, nas bocas e nas teclas de muitos confor(m?)istas.
Fica o aviso: se têm essa preparada para me atirar desenganem-se: no dia em que larguei os papéis do BES fui convidado para administrador de uma fundação. Aceitei e até já comprei um nariz de palhaço para ir oferecer chocolates a criancinhas doentes no Domingo de Páscoa. Só para verem a planta do menino que está aqui.
Portanto, preparem-se.

Deixei de ter participações no BES desde o início deste mês de Fevereiro. (Sim, sim, sei que se saísse agora poderia ter ganho mais uns patacos porque de então para cá a ação valorizou 15 cêntimos). Ainda não estou arrependido. Parece-me até que não estaria arrependido mesmo que a ação tivesse valorizado mais quinze euros…
Como deixei escrito e se pode ler neste tópico aí para trás, o meu maior problema não foi a guerra da famiglia. Também não foi só a má imprensa e a péssima comunicação do grupo. Nem tão só as guerras internas da rapaziada Espírito Santo. Amém. (Desculpem os mais religiosos, mas não resisti a esta boutardezita de mau gosto).
Tudo isto foi importante para que largasse a minha posição no BES. Mas não foi o mais determinante.
Vamos lá ao busílis (ou aos busílis…) desta questão.

1.- Detestei a falta de rigor na publicitação da data em que iriam ser apresentados os resultados do banco. Para além de não se saber ao certo a data em que estes números iriam ser apresentados até dois ou três dias antes de efetivamente ocorrerem, o próprio ‘site’ do BES manteve os informes incorretos depois de ultrapassada a data prevista numa primeira instância. Isto não é uma coisa que cause boa impressão.
Não é rigoroso e não estamos a falar de uma empresa a quem o rigor possa dizer pouco…
E não é só a imagem de desleixo e incompetência que são transmitidos! É pior que isso: é a certeza que o BES me deu do facto de não se importar minimamente comigo enquanto acionista.
Adivinho o sorriso sardónico de alguns leitores e até o dislate: ‘Pfff, grande acionista!...’
Pois precisamente! É esse o ponto. O que o BES provou é que para ele os pequenos acionistas não contam. Valem népia. Não são ninguém (se bem que também não sejam alguém..) São niente, zero, nada, personne, nobody, nessuno… E isso, caros amigos, acaba mal. Vão por mim.
A coisa porém não ficou por aqui.

2.- Desejosos de fazerem prova ao mundo a sua alegre e arrogante plenipotência; confundindo quiçá, a petulância da sua atitude com dinamismo, (às vezes acontece…), os brilhantes muchachos do BES ainda fizeram melhor: Para quebrar algum fastio da vida em gabinetes climatizados, alteraram a composição e a estrutura da sua holding (é bom não esquecer que o Grupo Espírito Santo é uma holding!...) e decidiram –que é como quem diz…-apresentá-la aos acionistas reunidos em assembleia como um facto consumado.
Cabe dizer nesta altura, que qualquer acionista tem a obrigação de saber que o órgão mais importante de uma S.A. é a sua assembleia de acionistas. Num estado de direito é assim.
Ora o BES não quer saber cá de Assembleias. Sempre são coisas à PREC e os rapazes passaram um mau bocado às mãos dos comunas, e tal…
Chegámos portanto ao ponto do vale tudo, menos tirar olhinhos.
(Aqui chegado, não sei se fiquei mais escandalizado com os esquemáticos Salgados e os insinuantes Ricciardis se com o silêncio dos acionistas.)
Mas a coisa ainda foi mais longe. A coisa chegou ao ponto de a recomposição acionista do grupo assentar numa cabeça criada à pressa (ou aparentemente à pressa) para a holding.

3.- Eis-nos pois, nos braços peludos da Rio Forte. A espetacular e todo-poderosa RF (vou tratá-la assim para ser mais rápido de teclar, poupar a unha do indicador direito que já está lascada depois de se entalar três vezes entre as teclas e para poupar o meu estômago à úlcera nervosa que sinto arrimar-se-lhe com um ímpeto crescente).
A RF, como cabeça da holding, deterá certamente forte participação em todas as empresas do grupo. ‘É normal!’ - Dirá o sofredor leitor a quem as insónias e o barulho da vizinhança têm impedido de se ir deitar mais cedo.
- Não, não é normal! Cáspite! (isto sou eu já indignado). Não é normal que ainda não se saiba o que vale no BES cada uma das ações detidas pelos pequenos acionistas.

4.- Chega agora a hora da esquizofrenia. E isto, aviso já, é só o que o pobre leitor pode ver pelas entrelinhas do que escrevo. Pois bem, a hora da esquizofrenia começa quando não param as notícias de vendas de ações por parte de administradores do BES. Já tentei, aí para trás, justificar o facto com uma filha casadoira, um barco desportivo com um preço mesmo jeitoso, um filho que vai fazer o Erasmus, um investimento imobiliário…
Mas agora que estou esquizofrénico, apetece-me dizer que vendem porque sabem que se não as venderem agora, nunca mais se vêm livres do papéis. Posso prová-lo? Não, não posso… -digo-o humildemente e de cerviz baixa. Mas, em contrapartida, aposto que ninguém pode provar que as ações do BES vão voltar a representar a totalidade de um banco dinâmico e lucrativo. Pimba!
A coisa é muito simples: a confiança foi-se. Kaput. Bum!

5.- Dadas as circunstâncias, a única coisa certa é que nos últimos dez anos a cotação do BES apenas subiu por três vezes entre Fevereiro/Março e Outubro. E isso ocorreu em melhores tempos.
Até essa altura, se se perceber como funciona a nova holding, posso comprar uns papeizitos… Logo por azar, a Rio Forte não estará disponível para cotação no PSI 20!
É isso estranho?
Não. Já não estranho muita coisa daqueles lados…

À laia de moral da história, fiquem-se com este sábio 'boneco' do Quino:


Um abraço,
Raposo Tavares.

gosto Raposo, mas ainda, é cedo lá pró Verão, verão qualquer coisa e o Salgado, deve reformar-se !!! E aí !? ...bons negócios

[RaposoTavares]

Caros conforistas caldeireiros, venho ao tópico do BES dizer mal desta sagrada famiglia. Tenho pena, é aborrecido porque foi casa que já me deu uns pataquitos a arrecadar e, naquilo que me toca, posso estar a ser muito ingrato. Logo eu que, ainda por cima, não gosto de cuspir na minha sopa nem de morder a mão que me alimentou.
Mas tem que ser.
Esta é uma questão que tenho que expor aqui neste Forum.
Por outro lado, também não gosto de ser insolente com quem está a perder… Ora, ser insolente com quem perde aqui não é o caso, uma vez que vou ser insolente com quem está a ganhar. É até mais fácil, porque não humilho ninguém e não corro o risco de me pedirem dinheiro emprestado.
Por outro lado, imagino que a acusação de ressabiamento deva abundar nas mentes, nas bocas e nas teclas de muitos confor(m?)istas.
Fica o aviso: se têm essa preparada para me atirar desenganem-se: no dia em que larguei os papéis do BES fui convidado para administrador de uma fundação. Aceitei e até já comprei um nariz de palhaço para ir oferecer chocolates a criancinhas doentes no Domingo de Páscoa. Só para verem a planta do menino que está aqui.
Portanto, preparem-se.

Deixei de ter participações no BES desde o início deste mês de Fevereiro. (Sim, sim, sei que se saísse agora poderia ter ganho mais uns patacos porque de então para cá a ação valorizou 15 cêntimos). Ainda não estou arrependido. Parece-me até que não estaria arrependido mesmo que a ação tivesse valorizado mais quinze euros…
Como deixei escrito e se pode ler neste tópico aí para trás, o meu maior problema não foi a guerra da famiglia. Também não foi só a má imprensa e a péssima comunicação do grupo. Nem tão só as guerras internas da rapaziada Espírito Santo. Amém. (Desculpem os mais religiosos, mas não resisti a esta boutardezita de mau gosto).
Tudo isto foi importante para que largasse a minha posição no BES. Mas não foi o mais determinante.
Vamos lá ao busílis (ou aos busílis…) desta questão.

1.- Detestei a falta de rigor na publicitação da data em que iriam ser apresentados os resultados do banco. Para além de não se saber ao certo a data em que estes números iriam ser apresentados até dois ou três dias antes de efetivamente ocorrerem, o próprio ‘site’ do BES manteve os informes incorretos depois de ultrapassada a data prevista numa primeira instância. Isto não é uma coisa que cause boa impressão.
Não é rigoroso e não estamos a falar de uma empresa a quem o rigor possa dizer pouco…
E não é só a imagem de desleixo e incompetência que são transmitidos! É pior que isso: é a certeza que o BES me deu do facto de não se importar minimamente comigo enquanto acionista.
Adivinho o sorriso sardónico de alguns leitores e até o dislate: ‘Pfff, grande acionista!...’
Pois precisamente! É esse o ponto. O que o BES provou é que para ele os pequenos acionistas não contam. Valem népia. Não são ninguém (se bem que também não sejam alguém..) São niente, zero, nada, personne, nobody, nessuno… E isso, caros amigos, acaba mal. Vão por mim.
A coisa porém não ficou por aqui.

2.- Desejosos de fazerem prova ao mundo a sua alegre e arrogante plenipotência; confundindo quiçá, a petulância da sua atitude com dinamismo, (às vezes acontece…), os brilhantes muchachos do BES ainda fizeram melhor: Para quebrar algum fastio da vida em gabinetes climatizados, alteraram a composição e a estrutura da sua holding (é bom não esquecer que o Grupo Espírito Santo é uma holding!...) e decidiram –que é como quem diz…-apresentá-la aos acionistas reunidos em assembleia como um facto consumado.
Cabe dizer nesta altura, que qualquer acionista tem a obrigação de saber que o órgão mais importante de uma S.A. é a sua assembleia de acionistas. Num estado de direito é assim.
Ora o BES não quer saber cá de Assembleias. Sempre são coisas à PREC e os rapazes passaram um mau bocado às mãos dos comunas, e tal…
Chegámos portanto ao ponto do vale tudo, menos tirar olhinhos.
(Aqui chegado, não sei se fiquei mais escandalizado com os esquemáticos Salgados e os insinuantes Ricciardis se com o silêncio dos acionistas.)
Mas a coisa ainda foi mais longe. A coisa chegou ao ponto de a recomposição acionista do grupo assentar numa cabeça criada à pressa (ou aparentemente à pressa) para a holding.

3.- Eis-nos pois, nos braços peludos da Rio Forte. A espetacular e todo-poderosa RF (vou tratá-la assim para ser mais rápido de teclar, poupar a unha do indicador direito que já está lascada depois de se entalar três vezes entre as teclas e para poupar o meu estômago à úlcera nervosa que sinto arrimar-se-lhe com um ímpeto crescente).
A RF, como cabeça da holding, deterá certamente forte participação em todas as empresas do grupo. ‘É normal!’ - Dirá o sofredor leitor a quem as insónias e o barulho da vizinhança têm impedido de se ir deitar mais cedo.
- Não, não é normal! Cáspite! (isto sou eu já indignado). Não é normal que ainda não se saiba o que vale no BES cada uma das ações detidas pelos pequenos acionistas.

4.- Chega agora a hora da esquizofrenia. E isto, aviso já, é só o que o pobre leitor pode ver pelas entrelinhas do que escrevo. Pois bem, a hora da esquizofrenia começa quando não param as notícias de vendas de ações por parte de administradores do BES. Já tentei, aí para trás, justificar o facto com uma filha casadoira, um barco desportivo com um preço mesmo jeitoso, um filho que vai fazer o Erasmus, um investimento imobiliário…
Mas agora que estou esquizofrénico, apetece-me dizer que vendem porque sabem que se não as venderem agora, nunca mais se vêm livres do papéis. Posso prová-lo? Não, não posso… -digo-o humildemente e de cerviz baixa. Mas, em contrapartida, aposto que ninguém pode provar que as ações do BES vão voltar a representar a totalidade de um banco dinâmico e lucrativo. Pimba!
A coisa é muito simples: a confiança foi-se. Kaput. Bum!

5.- Dadas as circunstâncias, a única coisa certa é que nos últimos dez anos a cotação do BES apenas subiu por três vezes entre Fevereiro/Março e Outubro. E isso ocorreu em melhores tempos.
Até essa altura, se se perceber como funciona a nova holding, posso comprar uns papeizitos… Logo por azar, a Rio Forte não estará disponível para cotação no PSI 20!
É isso estranho?
Não. Já não estranho muita coisa daqueles lados…

À laia de moral da história, fiquem-se com este sábio 'boneco' do Quino:


Um abraço,
Raposo Tavares.

[BearManBull]

A mim passa a ideia de desentendimento na casa, pelo simples facto de a família se encontrar no meio de uma batalha pelo poder, se as coisas estivessem sanadas existiria uma estratégia conjunta e os administradores não fariam nada que pudesse beliscar a imagem do banco, principalmente numa altura destas.

Já se fala disso ao tempo (Novembro ) e o título continua a subir

[Viegaspinto]

Boas,

Pode-se nota a formação dum mini bullflag, em que a vela verde anterior serve de Flagpole. Um padrão já verificado em Janeiro/2014 e que poderá confirmar já segunda-feira. O único aspecto negativo é os casos do RSI e Stochastic estarem elevados, podendo limitar futuras subidas.

Cumprimentos,

Viegaspinto

[mcarvalho]

Quantos aqui , não compram e vendem'?

Não estou a defender o BES , por acaso agora até estou fora, mas isso não quer dizer nada ... ainda se fossem milhões!!!


Fizeram como muitos.. venderam em máximos e estão à espera que elas desçam , para voltar a comprar... do BES ou de outras!!como qualquer um...

ab

mcarvalho

ps. Muitas acções são o resultado de opções de compra ou seja prémios..

[Sergon]

.., pode simplemesmente estar a vender porque quer dar outro uso ao $$ ...
... uso aos dólares? ..., porquê dólares?... e não euros?

Bom isto porque o uso nas acções do bes não é bom? será?

[e-finance]

Pois, estas notícias são importantes mas também em Janeiro (ou Dezembro não tenho certeza) outros administradores venderam BES perto dos 1.20 e mesmo assim o mercado não deu muita importância pois foram acima 1.4

No entanto é informação importante para quem está dentro..

Só seria importante se souberes a causa da venda, pode simplemesmente estar a vender porque quer dar outro uso ao $$ ...

A mim passa a ideia de desentendimento na casa, pelo simples facto de a família se encontrar no meio de uma batalha pelo poder, se as coisas estivessem sanadas existiria uma estratégia conjunta e os administradores não fariam nada que pudesse beliscar a imagem do banco, principalmente numa altura destas.

[BearManBull]

Pois, estas notícias são importantes mas também em Janeiro (ou Dezembro não tenho certeza) outros administradores venderam BES perto dos 1.20 e mesmo assim o mercado não deu muita importância pois foram acima 1.4

No entanto é informação importante para quem está dentro..

Só seria importante se souberes a causa da venda, pode simplemesmente estar a vender porque quer dar outro uso ao $$ ...

[KSA1]

Pois, estas notícias são importantes mas também em Janeiro (ou Dezembro não tenho certeza) outros administradores venderam BES perto dos 1.20 e mesmo assim o mercado não deu muita importância pois foram acima 1.4

No entanto é informação importante para quem está dentro..

[mcarvalho]

Jornal de negocios

Administradores do BES vendem 155 mil acções e encaixam mais de 200 mil euros

21/02/2014

O administrador do Banco Espírito Santo (BES), Joaquim Aníbal Brito Freixial Goes, vendeu 120 mil acções do BES na passada terça-feira, dia 18 de Fevereiro, de acordo com o que foi comunicado pelo banco à Comissão de Mercado de Valores Mobiliários (CMVM).

O documento do regulador informa ainda que estes títulos foram vendidos “em sessão de bolsa” ao “preço médio de 1,39 euros”. Assim, o administrador do banco terá obtido um encaixe superior a 166 mil euros.

“Após as referidas transacções o dirigente passou a deter 31.204 acções do BES”, acrescenta o comunicado.

No mesmo dia, Jorge Alberto Carvalho Martins alienou, em bolsa, 35 mil acções do BES ao preço médio de 1,40 euros. Esta venda representa um encaixe de cerca de 49 mil euros. "Após as referidas transações o dirigente passou a deter 34.048 ações do BES", refere um outro comunicado do banco à CMVM.

Joaquim Aníbal Brito Freixial Goes é administrador executivo do Banco Espírito Santo e o seu mandato termina em 2015, de acordo com a informação disponibilizada no site do banco. Segundo a mesma fonte, a 30 de Setembro de 2012 Joaquim Goes tinha 246.204 acções.

Jorge Alberto Carvalho Martins também desempenha funções de administrador executivo do BES e detinha, a 30 de Setembro de 2012, 144.058 acções do banco.

No passado dia 18 de Fevereiro, o administrador do BES, Pedro Mosqueira do Amaral, vendeu 92.500 acções segundo comunicado publicado junto da Comissão do Mercado de Valores Mobiliários (CMVM).

....................

venderam para ir ao Carnaval e venderam bem ... quem comprou é que não sei .. a ver vamos!

[e-finance]

Parece que a guerra familiar no BES continua, além da mossa causada pelos parentes, ainda se torna vitima de boato fácil. Já vendi, consegui um pequeno lucro. Assim não inspira confiança.

[António Pedro]

"O administrador do Banco Espírito Santo (BES), Joaquim Aníbal Brito Freixial Goes, vendeu 120 mil acções do BES na passada terça-feira, dia 18 de Fevereiro, ...“Após as referidas transacções o dirigente passou a deter 31.204 acções do BES”… Segundo a mesma fonte, a 30 de Setembro de 2012 Joaquim Goes tinha 246.204 acções…

…No mesmo dia, Jorge Alberto Carvalho Martins alienou, em bolsa, 35 mil acções do BES… "Após as referidas transações o dirigente passou a deter 34.048 ações do BES… Jorge Alberto Carvalho Martins... detinha, a 30 de Setembro de 2012, 144.058 acções do banco…"

Foram alienando desde 2012...!

[benni]

http://www.jornaldenegocios.pt/empresas ... accoes.htm


No comment...stops ativos

[mcarvalho]

.obrigado amigo


também continuo com a PT mas pouquinho ... é uma amante velhinha... foi para o Brasil , e já cá vem poucas vezes

noutras vou saltitando

ab

mcarvalho

[Adam hedge]

Caro Adam

se estiveres por aí , se já não mudaste de "dama".. podes , pf, postar o teu gráfico de 4H?

grande abraço


mcarvalho

bom dia caro mcarvalho

esta dama faz parte dos meus planos desde 2012 e é para continuar para futuro a PT é que me tem feito uns brindes... mais alguma coisa já sabe...

gráfico 1h 4h e semanal

[mcarvalho]

Caro Adam

se estiveres por aí , se já não mudaste de "dama".. podes , pf, postar o teu gráfico de 4H?

grande abraço


mcarvalho

[nmprc]

Fonte oficial do GES garantiu ao Económico que não está prevista reunião do Conselho Superior, ao contrário do que foi hoje noticiado.

Fonte oficial do Grupo Espírito Santo garantiu hoje ao Económico que não está prevista a realização amanhã de uma reunião do Conselho Superior onde estão representados os cinco ramos da família Espírito Santo.

Uma estação de televisão noticiou há minutos que este órgão de cúpula dos Espírito Santo iria reunir amanhã para deliberar sobre a situação actual do grupo.

O Conselho Superior é o órgão de controlo da Espírito Santo Control, holding de topo de todo o Grupo Espírito Santo (GES). A ES Control é detida em 88,4% pelos quatro ramos descendentes do fundador e por um quinto, liderado por Mário Mosqueira do Amaral, que é visto como fazendo parte da família.

O ramo liderado por Maria do Carmo Moniz Galvão Espírito Santo Silva é o que tem a maior participação na ES Control, com 19,37%, seguida pelo lado de José Manuel Ricardo Espírito Santo (18,53%). O ramo do Comandante Ricciardi (pai de José Maria Ricciardi, presidente do BESI) tem 17,84%, enquanto o de Ricardo Salgado controla 17,5% do capital. Por fim, Mosqueira do Amaral controla 15,57%.

http://economico.sapo.pt/noticias/grupo ... 87662.html

[mcarvalho]

A tendencia é de queda no curto prazo?

ab

mcarvalho