Galp - Tópico Geral
Re: Galp - Tópico Geral
yaya Escreveu:
O projeto da refinaria de lítio foi-se.
No hidrogénio perderam 9M do PRR e dificilmente o projeto verá a luz do dia devido à falta de procura.
https://eco.sapo.pt/2025/11/21/galp-per ... idrogenio/
Quanto a renováveis desistiram de 24 projetos solares no Brasil.
https://canalsolar.com.br/galp-desiste- ... es-brasil/
Portanto o título da notícia tem a sua razão de ser.
Galp está a fazer “ambos os movimentos”, com perfil diversificado. A Galp está a equilibrar:
- de um lado, uma aposta de alto risco/alto retorno (upstream petróleo & gás — Namíbia, Brasil, etc.);
- do outro, um compromisso com transição energética, biocombustíveis, hidrogénio e renováveis, mais moderado, de longo prazo.
Esse tipo de portfólio “duplo” parece ser uma estratégia consciente: garantir cash-flow e valor no curto/médio prazo com upstream, enquanto prepara o futuro com fontes mais sustentáveis.
Re: Galp - Tópico Geral
PC05 Escreveu:yaya Escreveu:Goya777 Escreveu:J.f.vieira percebo o teu ponto, mas claramente grande negocio nao terá sido.
Que a Galp ia alienar parte, por nao ter capacidade (económica e operacional) para explorar o poço sozinha, já se sabia.
Eu nao tenho seguido a Galp nos ultimos tempos. Mas visto de hora parece ter alienado uma grande parte da descoberta do século por pouca coisa...
Em 2024
Galp põe as fichas todas na Namíbia e trava nas renováveis
https://www.jornaldenegocios.pt/empresa ... renovaveis
Se não tinha capacidade para explorar sozinha então porque puseram todas as fichas na Namíbia?
Falta de capacidade, ou de experiência e know-how?
Também em 2024
Galp cancela refinaria de lítio em Setúbal após abandono da Northvolt
A Galp desistiu do projeto de refinaria de lítio "Aurora" em Setúbal porque a sua parceira, a sueca Northvolt, abandonou o projeto, e a Galp não conseguiu encontrar outro parceiro, enfrentando desafios como a falta de apoio financeiro e a complexidade técnica, apesar de ter montado uma equipa qualificada e feito estudos. A decisão, comunicada em novembro de 2024, resultou no cancelamento da construção da refinaria que visava aproveitar o lítio nacional.
A Galp não colocou todas as fichas na Namíbia!Os investimentos mais relevantes da Galp hoje são:
- A expansão upstream (Brasil + Namíbia) — garante produção e receitas no médio prazo.
- A modernização em Sines (biocombustíveis + hidrogénio) — aposta no futuro energético e descarbonização.
- A expansão em renováveis e mobilidade elétrica — que pode colocar a Galp numa posição competitiva no mercado energético pós-fósseis.
O projeto da refinaria de lítio foi-se.
No hidrogénio perderam 9M do PRR e dificilmente o projeto verá a luz do dia devido à falta de procura.
https://eco.sapo.pt/2025/11/21/galp-per ... idrogenio/
Quanto a renováveis desistiram de 24 projetos solares no Brasil.
https://canalsolar.com.br/galp-desiste- ... es-brasil/
Portanto o título da notícia tem a sua razão de ser.
Re: Galp - Tópico Geral
https://markets.financialcontent.com/st ... -landscape
A notícia de que o mercado global de energia vive uma nova onda de consolidações e aquisições — com majors a reforçar upstream de forma selectiva — não é coincidência nem modismo. É sinal de interesses estratégicos. E nesse movimento, a Galp surge como um dos players melhor posicionados.
O sector está a ajustar-se: menos especulação sobre “petróleo barato” e mais foco em ativos de qualidade, escala, cash-flow sustentável, e execução disciplinada. Com a entrada da Total como operadora de Mopane, deixamos de ter uma promessa distante e abraçamos um projeto com credibilidade real — elevado perfil geológico, escala offshore, e capital para execução.
A Galp, com as suas operações existentes + a optionalidade offshore, representa
exatamente o perfil que os investidores com visão de médio/longo prazo procuram num mundo incerto: exposição a commodities + controle de risco + flexibilidade estratégica.
Se estás posicionado para dividendos ou ganhos rápidos, a volatilidade assusta. Mas se vês as coisas por alguns anos, este é um momento de submarino: comprar com risco contido e potencial elevado.
Em poucas palavras: o setor está a mudar, os “blue chips” do upstream focam-se em ativos reais e geradores de valor, e a Galp está alinhada com essa maré. Para mim, é um cenário que não promete fogos de artifício amanhã — mas estrutura uma subida consistente no futuro.
Quem entrar agora, com paciência, pode ganhar muito.
J.f.vieira
A notícia de que o mercado global de energia vive uma nova onda de consolidações e aquisições — com majors a reforçar upstream de forma selectiva — não é coincidência nem modismo. É sinal de interesses estratégicos. E nesse movimento, a Galp surge como um dos players melhor posicionados.
O sector está a ajustar-se: menos especulação sobre “petróleo barato” e mais foco em ativos de qualidade, escala, cash-flow sustentável, e execução disciplinada. Com a entrada da Total como operadora de Mopane, deixamos de ter uma promessa distante e abraçamos um projeto com credibilidade real — elevado perfil geológico, escala offshore, e capital para execução.
A Galp, com as suas operações existentes + a optionalidade offshore, representa
exatamente o perfil que os investidores com visão de médio/longo prazo procuram num mundo incerto: exposição a commodities + controle de risco + flexibilidade estratégica.
Se estás posicionado para dividendos ou ganhos rápidos, a volatilidade assusta. Mas se vês as coisas por alguns anos, este é um momento de submarino: comprar com risco contido e potencial elevado.
Em poucas palavras: o setor está a mudar, os “blue chips” do upstream focam-se em ativos reais e geradores de valor, e a Galp está alinhada com essa maré. Para mim, é um cenário que não promete fogos de artifício amanhã — mas estrutura uma subida consistente no futuro.
Quem entrar agora, com paciência, pode ganhar muito.
J.f.vieira
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Re: Galp - Tópico Geral
niceboy Escreveu:Uma dúvida que ainda não vi esclarecida:
- a GALP entregou 40%
- a Total vai fazer os investimentos iniciais todos 80%
- a GALP vai pagar a sua parte dos investimentos com 50% da sua parte dos cash flows futuros.
São 50% da sua parte dos cash flows futuros para sempre, ou 'apenas' até que liquide a sua parte do investimento?
Será ate liquidar a sua parte do investimento
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Re: Galp - Tópico Geral
niceboy Escreveu:Uma dúvida que ainda não vi esclarecida:
- a GALP entregou 40%
- a Total vai fazer os investimentos iniciais todos 80%
- a GALP vai pagar a sua parte dos investimentos com 50% da sua parte dos cash flows futuros.
São 50% da sua parte dos cash flows futuros para sempre, ou 'apenas' até que liquide a sua parte do investimento?
Penso que responde:
- Anexos
-
- galp3.jpg (37.03 KiB) Visualizado 465 vezes
Re: Galp - Tópico Geral
Uma dúvida que ainda não vi esclarecida:
- a GALP entregou 40%
- a Total vai fazer os investimentos iniciais todos 80%
- a GALP vai pagar a sua parte dos investimentos com 50% da sua parte dos cash flows futuros.
São 50% da sua parte dos cash flows futuros para sempre, ou 'apenas' até que liquide a sua parte do investimento?
- a GALP entregou 40%
- a Total vai fazer os investimentos iniciais todos 80%
- a GALP vai pagar a sua parte dos investimentos com 50% da sua parte dos cash flows futuros.
São 50% da sua parte dos cash flows futuros para sempre, ou 'apenas' até que liquide a sua parte do investimento?
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Re: Galp - Tópico Geral
Ainda há a questão da exploração do Gaz em Moçambique. Sozinha ou em parceria? Aí parece que a Total parou os investimentos desde 2021 , dizem que foi por razões de insegurança e não se sabe quando retorna o investimento. Talvez depois de 2029 diz o Chatgpt.
Neste momento ambas têm , em números redondos, um PER próximo de 11 e um Dividend yield nos 4%.
Neste momento ambas têm , em números redondos, um PER próximo de 11 e um Dividend yield nos 4%.
Editado pela última vez por Kiko_463 em 9/12/2025 23:43, num total de 2 vezes.
Re: Galp - Tópico Geral
Os barris do campo Venus devem entrar no portfólio da Galp mais cedo que os de Mopane:
O portfólio upstream da Galp passa a integrar barris da Orange Basin mais cedo do que antes — graças à entrada no campo Venus (PEL 56), que está mais adiantado e pode produzir já em 2029–2030.
Para Mopane, o acordo reduz risco e aumenta previsibilidade, mas não antecipa de forma significativa o cronograma (continua ~2030–2031)
- Anexos
-
- namibia.png (121.69 KiB) Visualizado 545 vezes
Re: Galp - Tópico Geral
Patolândia News
Pois não, trocaram valor por uma mão cheia de nada.
By Nirvana
Investor Tuga Escreveu:
“Não trocamos dinheiro à cabeça por valor” para a Galp na Namíbia
Pois não, trocaram valor por uma mão cheia de nada.
By Nirvana
It’s easy to make money in the stock market. What’s hard is choosing the winning horse. And only he wins the prize
Re: Galp - Tópico Geral
“Não trocamos dinheiro à cabeça por valor” para a Galp na Namíbia
Alguém consegue aceder e partilhar à noticia supra, sobre a entrevista à CEO da Galp sobre a operação anunciada hoje?
Alguém consegue aceder e partilhar à noticia supra, sobre a entrevista à CEO da Galp sobre a operação anunciada hoje?
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Re: Galp - Tópico Geral
https://jornaleconomico.sapo.pt/noticia ... a-namibia/
Muita gente ficou presa à ideia de que o “bom negócio” em Mopane teria de passar obrigatoriamente por cash imediato ou dividendo extraordinário. Eu percebo essa expectativa, mas não era isso que estava em jogo — e a própria Galp foi muito clara na entrevista: “não trocamos dinheiro à cabeça por valor para a Galp na Namíbia”.
E, honestamente, faz todo o sentido.
1. Mopane é demasiado grande para a Galp desenvolver sozinha
Este é o ponto-chave que muita gente parece ignorar. Mopane não é um projeto de mil milhões — é potencialmente um projeto de 10+ mil milhões ao longo da década.
E a Galp, sendo eficiente mas pequena à escala global, tinha dois caminhos:
assumir o risco total (insustentável);
ou trazer uma major que garanta viabilidade técnica e financeira.
A entrada da TotalEnergies como operadora é precisamente isso: redução de risco, clarificação de caminho e maior probabilidade de que Mopane seja realmente desenvolvido.
2. A Galp trocou “menos risco agora” por “mais valor depois”
O mercado pode não gostar — mas isto é gestão séria.
O que a Galp fez foi:
manter 40% de um ativo que continua gigantesco;
reduzir para metade o risco de CAPEX;
ganhar exposição a outros blocos estratégicos (incluindo Venus);
garantir que Mopane avança, em vez de ficar parado num power point.
Isto não é “vender barato”.
Isto é estruturar o projeto para garantir que existe valor para capturar.
3. A reação negativa em bolsa é técnica, emocional e imediatista
Caiu porque:
alguns investidores queriam o tal “cheque imediato”;
a redução de 80% para 40% é lida como “menos upside”;
o petróleo está fraco;
fundos algorítmicos ajustam NAV e vendem automaticamente.
Nada disto altera o essencial: Mopane continua a ser um dos ativos mais valiosos descobertos na última década — e a Galp ainda tem uma fatia enorme dele.
4. Isto até aumenta a probabilidade de interesse estratégico (Shell incluída)
Este ponto é importante:
a Total reforça posição na Namíbia;
a Shell precisa desesperadamente de reservas;
Mopane fica mais claro, mais estruturado e mais viável.
Se a Shell quiser reservar exposição significativa a Mopane, não tem outra porta de entrada a não ser a Galp.
A subida do risco percebido pela Total e a estabilização do projeto tornam a Galp mais “comprável”, não menos.
5. Em investimentos de upstream profundo, quem quer retornos imediatos está no setor errado
A Galp não está a fazer negócios de curto prazo — está a fazer negócios de 20 anos.
E, sim, bons investimentos não são os que dão dinheiro amanhã, mas os que geram valor e free cash flow substancial no futuro, com risco controlado.
J.f.vieira
Muita gente ficou presa à ideia de que o “bom negócio” em Mopane teria de passar obrigatoriamente por cash imediato ou dividendo extraordinário. Eu percebo essa expectativa, mas não era isso que estava em jogo — e a própria Galp foi muito clara na entrevista: “não trocamos dinheiro à cabeça por valor para a Galp na Namíbia”.
E, honestamente, faz todo o sentido.
1. Mopane é demasiado grande para a Galp desenvolver sozinha
Este é o ponto-chave que muita gente parece ignorar. Mopane não é um projeto de mil milhões — é potencialmente um projeto de 10+ mil milhões ao longo da década.
E a Galp, sendo eficiente mas pequena à escala global, tinha dois caminhos:
assumir o risco total (insustentável);
ou trazer uma major que garanta viabilidade técnica e financeira.
A entrada da TotalEnergies como operadora é precisamente isso: redução de risco, clarificação de caminho e maior probabilidade de que Mopane seja realmente desenvolvido.
2. A Galp trocou “menos risco agora” por “mais valor depois”
O mercado pode não gostar — mas isto é gestão séria.
O que a Galp fez foi:
manter 40% de um ativo que continua gigantesco;
reduzir para metade o risco de CAPEX;
ganhar exposição a outros blocos estratégicos (incluindo Venus);
garantir que Mopane avança, em vez de ficar parado num power point.
Isto não é “vender barato”.
Isto é estruturar o projeto para garantir que existe valor para capturar.
3. A reação negativa em bolsa é técnica, emocional e imediatista
Caiu porque:
alguns investidores queriam o tal “cheque imediato”;
a redução de 80% para 40% é lida como “menos upside”;
o petróleo está fraco;
fundos algorítmicos ajustam NAV e vendem automaticamente.
Nada disto altera o essencial: Mopane continua a ser um dos ativos mais valiosos descobertos na última década — e a Galp ainda tem uma fatia enorme dele.
4. Isto até aumenta a probabilidade de interesse estratégico (Shell incluída)
Este ponto é importante:
a Total reforça posição na Namíbia;
a Shell precisa desesperadamente de reservas;
Mopane fica mais claro, mais estruturado e mais viável.
Se a Shell quiser reservar exposição significativa a Mopane, não tem outra porta de entrada a não ser a Galp.
A subida do risco percebido pela Total e a estabilização do projeto tornam a Galp mais “comprável”, não menos.
5. Em investimentos de upstream profundo, quem quer retornos imediatos está no setor errado
A Galp não está a fazer negócios de curto prazo — está a fazer negócios de 20 anos.
E, sim, bons investimentos não são os que dão dinheiro amanhã, mas os que geram valor e free cash flow substancial no futuro, com risco controlado.
J.f.vieira
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Re: Galp - Tópico Geral
Abade19 Escreveu:A Galp negoceia a valores historicamente altos. O que a sustentava, apesar do preço do petróleo, era este negócio.
Como o mercado não gostou mesmo nada, ajustou na proporção.
Resta saber qual o valor que os investidores vão considerar a partir de agora.
A Galp cotava perto 16.5€ (Abr24) quando foi confirmada a descoberta dos Blocos 2813A & 2814B (Mopane - testes de poço, logging, appraisal).
Atualmente está bem abaixo desse valor, até parece que perdeu tudo!
Re: Galp - Tópico Geral
A Galp negoceia a valores historicamente altos. O que a sustentava, apesar do preço do petróleo, era este negócio.
Como o mercado não gostou mesmo nada, ajustou na proporção.
Resta saber qual o valor que os investidores vão considerar a partir de agora.
Como o mercado não gostou mesmo nada, ajustou na proporção.
Resta saber qual o valor que os investidores vão considerar a partir de agora.
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Re: Galp - Tópico Geral
yaya Escreveu:Goya777 Escreveu:J.f.vieira percebo o teu ponto, mas claramente grande negocio nao terá sido.
Que a Galp ia alienar parte, por nao ter capacidade (económica e operacional) para explorar o poço sozinha, já se sabia.
Eu nao tenho seguido a Galp nos ultimos tempos. Mas visto de hora parece ter alienado uma grande parte da descoberta do século por pouca coisa...
Em 2024
Galp põe as fichas todas na Namíbia e trava nas renováveis
https://www.jornaldenegocios.pt/empresa ... renovaveis
Se não tinha capacidade para explorar sozinha então porque puseram todas as fichas na Namíbia?
Falta de capacidade, ou de experiência e know-how?
Também em 2024
Galp cancela refinaria de lítio em Setúbal após abandono da Northvolt
A Galp desistiu do projeto de refinaria de lítio "Aurora" em Setúbal porque a sua parceira, a sueca Northvolt, abandonou o projeto, e a Galp não conseguiu encontrar outro parceiro, enfrentando desafios como a falta de apoio financeiro e a complexidade técnica, apesar de ter montado uma equipa qualificada e feito estudos. A decisão, comunicada em novembro de 2024, resultou no cancelamento da construção da refinaria que visava aproveitar o lítio nacional.
A Galp não colocou todas as fichas na Namíbia!
Os investimentos mais relevantes da Galp hoje são:
- A expansão upstream (Brasil + Namíbia) — garante produção e receitas no médio prazo.
- A modernização em Sines (biocombustíveis + hidrogénio) — aposta no futuro energético e descarbonização.
- A expansão em renováveis e mobilidade elétrica — que pode colocar a Galp numa posição competitiva no mercado energético pós-fósseis.
Re: Galp - Tópico Geral
Goya777 Escreveu:J.f.vieira percebo o teu ponto, mas claramente grande negocio nao terá sido.
Que a Galp ia alienar parte, por nao ter capacidade (económica e operacional) para explorar o poço sozinha, já se sabia.
Eu nao tenho seguido a Galp nos ultimos tempos. Mas visto de hora parece ter alienado uma grande parte da descoberta do século por pouca coisa...
Em 2024
Galp põe as fichas todas na Namíbia e trava nas renováveis
https://www.jornaldenegocios.pt/empresa ... renovaveis
Se não tinha capacidade para explorar sozinha então porque puseram todas as fichas na Namíbia?
Falta de capacidade, ou de experiência e know-how?
Também em 2024
Galp cancela refinaria de lítio em Setúbal após abandono da Northvolt
A Galp desistiu do projeto de refinaria de lítio "Aurora" em Setúbal porque a sua parceira, a sueca Northvolt, abandonou o projeto, e a Galp não conseguiu encontrar outro parceiro, enfrentando desafios como a falta de apoio financeiro e a complexidade técnica, apesar de ter montado uma equipa qualificada e feito estudos. A decisão, comunicada em novembro de 2024, resultou no cancelamento da construção da refinaria que visava aproveitar o lítio nacional.
nota: petróleo continua em queda
Re: Galp - Tópico Geral
a GALP não se endivida, porque vai pagar a sua parte com o cashflow do negocio, que só existirá claro daqui a varios anos. significa que vai ter este negócio a andar e ainda mantém espaço para endividar-se para novos negocios. é o único ponto positivo que vejo, mas é um grande ponto positivo, vamos continuar com os mesmos múltiplos sem necessidade de pedir dívida ou aumento capital, e com 40% destas reservas.
não justifica, para mim, uma caída de 15%.
estou curioso por saber qual a outra participação de 10% e quando/quanto cashflow é esperado.
não justifica, para mim, uma caída de 15%.
estou curioso por saber qual a outra participação de 10% e quando/quanto cashflow é esperado.
Re: Galp - Tópico Geral
Bom, eu do mercado de petróleo também percebo pouco.
Também comprei a um preço médio de 15,40 € porque a queda foi grande e acredito na empresa!
Parece-me que não são conhecidos todos os pormenores do negócio, nomeadamente: quanto valem as participações adquiridas em troca e de que forma as mesmas impactam nos resultados a curto e médio prazo da GALP? Estes 20% valem mais ou menos do que 20% de Mopane?
A mim também me parece que a GALP tentou reduzir o risco e potenciar o retorno a mais longo prazo, partilhando os custos e investimentos necessários com um parceiro com experiência e dimensão reconhecidas. É preferível ter 40% de um projeto com exploração viável ou 80% de um projeto que não pode ser explorado isoladamente (a curto/médio prazo pelo menos)?
De facto, para quem estava dentro se calhar preferia uma venda imediata, com impacto em dividendos extraordinários por exemplo.
A ver o que o mercado vai dizer nos próximos dias...
Também comprei a um preço médio de 15,40 € porque a queda foi grande e acredito na empresa!
Parece-me que não são conhecidos todos os pormenores do negócio, nomeadamente: quanto valem as participações adquiridas em troca e de que forma as mesmas impactam nos resultados a curto e médio prazo da GALP? Estes 20% valem mais ou menos do que 20% de Mopane?
A mim também me parece que a GALP tentou reduzir o risco e potenciar o retorno a mais longo prazo, partilhando os custos e investimentos necessários com um parceiro com experiência e dimensão reconhecidas. É preferível ter 40% de um projeto com exploração viável ou 80% de um projeto que não pode ser explorado isoladamente (a curto/médio prazo pelo menos)?
De facto, para quem estava dentro se calhar preferia uma venda imediata, com impacto em dividendos extraordinários por exemplo.
A ver o que o mercado vai dizer nos próximos dias...
Editado pela última vez por Investor Tuga em 9/12/2025 18:37, num total de 1 vez.
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Re: Galp - Tópico Geral
GamesOver Escreveu:Bouas,
Eu de petróleo não percebo nada, entrei porque estava com liquidez e comprar a preço de suposto desconto.
Pelo que li, havia 3 soluçoes
1 - Irrealizável, que era a Galp ir sozinha ou com a maioria da exploração investimento.
2 - Juntar-se a um parceiro com tecnologia e arcaboiço financeiro, foi o caso.
3 - Desfazer-se largamente da posição, ficando coxa no futuro, mas com um caixa maravilhoso (era o que os especuladores aguardavam, chicos espertos).
Aparentemente vou ter de ficar com o que comprei hoje a 15,40€, por medo. Pois não entrei mais cedo por aguardar uma correção à correção, o que estava a ocorrer na altura que comprei.
A empresa é boa, é controlada por gente competente, acredito que a via escolhida, é a que garante um futuro mais sólido para a empresa, vou esperar que me dê os 5%, já não este ano, mas no próximo.
Penso que seria de bom tom a Galp vir explicar o racional deste negócio, para que não hajam dúvidas no mercado.
É o mínimo que se pede depois de cair 15%...
Em princípio deve ser em linha com o que o Gamesover escreveu...
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Re: Galp - Tópico Geral
Diga-se o que se disser, a vela de hoje é pavorosa.
Dito isto, até pode ser que dè para ganhar uns euros com um ressalto depois do dia de hoje.
Dito isto, até pode ser que dè para ganhar uns euros com um ressalto depois do dia de hoje.
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Re: Galp - Tópico Geral
Bouas,
Eu de petróleo não percebo nada, entrei porque estava com liquidez e comprar a preço de suposto desconto.
Pelo que li, havia 3 soluçoes
1 - Irrealizável, que era a Galp ir sozinha ou com a maioria da exploração investimento.
2 - Juntar-se a um parceiro com tecnologia e arcaboiço financeiro, foi o caso.
3 - Desfazer-se largamente da posição, ficando coxa no futuro, mas com um caixa maravilhoso (era o que os especuladores aguardavam, chicos espertos).
Aparentemente vou ter de ficar com o que comprei hoje a 15,40€, por medo. Pois não entrei mais cedo por aguardar uma correção à correção, o que estava a ocorrer na altura que comprei.
A empresa é boa, é controlada por gente competente, acredito que a via escolhida, é a que garante um futuro mais sólido para a empresa, vou esperar que me dê os 5%, já não este ano, mas no próximo.
Eu de petróleo não percebo nada, entrei porque estava com liquidez e comprar a preço de suposto desconto.
Pelo que li, havia 3 soluçoes
1 - Irrealizável, que era a Galp ir sozinha ou com a maioria da exploração investimento.
2 - Juntar-se a um parceiro com tecnologia e arcaboiço financeiro, foi o caso.
3 - Desfazer-se largamente da posição, ficando coxa no futuro, mas com um caixa maravilhoso (era o que os especuladores aguardavam, chicos espertos).
Aparentemente vou ter de ficar com o que comprei hoje a 15,40€, por medo. Pois não entrei mais cedo por aguardar uma correção à correção, o que estava a ocorrer na altura que comprei.
A empresa é boa, é controlada por gente competente, acredito que a via escolhida, é a que garante um futuro mais sólido para a empresa, vou esperar que me dê os 5%, já não este ano, mas no próximo.
Re: Galp - Tópico Geral
J.f.vieira percebo o teu ponto, mas claramente grande negocio nao terá sido.
Que a Galp ia alienar parte, por nao ter capacidade (económica e operacional) para explorar o poço sozinha, já se sabia.
Eu nao tenho seguido a Galp nos ultimos tempos. Mas visto de hora parece ter alienado uma grande parte da descoberta do século por pouca coisa...
Que a Galp ia alienar parte, por nao ter capacidade (económica e operacional) para explorar o poço sozinha, já se sabia.
Eu nao tenho seguido a Galp nos ultimos tempos. Mas visto de hora parece ter alienado uma grande parte da descoberta do século por pouca coisa...
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Re: Galp - Tópico Geral
Na realidade fica com 20% porque vai ter de dar 50% do cashflow dos 40% à total em troca de pagar metade do investimento proporcional à participação da GALP
Este acordo não faz sentido nenhum... E é muito estranho... Não sei se tiveram o melhor interesse dos accionistas em conta...
Deu 60% da participação por 0... Ficou com 20%...
Mais 10% em 2 outros locais que não faço ideia da dimensão...
Este acordo não faz sentido nenhum... E é muito estranho... Não sei se tiveram o melhor interesse dos accionistas em conta...
Deu 60% da participação por 0... Ficou com 20%...
Mais 10% em 2 outros locais que não faço ideia da dimensão...
J.f.vieira Escreveu:Pois!
Eu não vendi — e não vou vender tão cedo, porque acredito verdadeiramente na Galp.
Foi preciso cair para aparecer malta a comentar. Enfim…
A verdade é simples: o mercado reagiu à redução da participação em Mopane, mas o negócio em si continua a ser extremamente positivo. A TotalEnergies entra como operadora — provavelmente o parceiro mais competente para águas profundas — e a Galp mantém 40% de um dos ativos mais promissores da última década.
Sim, caiu. Mas caiu por razões técnicas e de curto prazo: ajustamento de expectativas, petróleo fraco e realização de lucros. Nada disto muda o valor estrutural que Mopane tem nem o reposicionamento estratégico da Galp.
Pelo contrário: agora que a Total assumiu 40%, a porta fica ainda mais aberta para um movimento da Shell. A Shell precisa de reservas, perdeu espaço para a Total e Mopane é demasiado grande para ignorar. Se quiser entrar neste ativo, a única forma é mesmo pela Galp — e isto só aumenta a probabilidade de movimentos estratégicos nos próximos meses.
Eu mantenho completamente a minha posição:
a Galp tem tudo para valer muito mais nos próximos anos.
E quem vendeu na queda… é a vida do mercado. Eu cá prefiro estar posicionado quando as notícias estruturais começam finalmente a alinhar.
J.f.vieira
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Re: Galp - Tópico Geral
No contexto actual, preferiria ter uma Exon a explorar Mopane com a Galp.
Duas empresas Europeias não é uma boa ideia. Um continente que militarmente aparenta ser fraco, não vai poder garantir os recursos fora dele.
Cumprimentos.
Duas empresas Europeias não é uma boa ideia. Um continente que militarmente aparenta ser fraco, não vai poder garantir os recursos fora dele.
Cumprimentos.
"A Guerra é a continuação da política por outros meios"
Carl von Clausewitz 1780 -1831
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Re: Galp - Tópico Geral
Goya777 Escreveu:J.f.vieira Escreveu:Pois!
Eu não vendi — e não vou vender tão cedo, porque acredito verdadeiramente na Galp.
Foi preciso cair para aparecer malta a comentar. Enfim…
A verdade é simples: o mercado reagiu à redução da participação em Mopane, mas o negócio em si continua a ser extremamente positivo. A TotalEnergies entra como operadora — provavelmente o parceiro mais competente para águas profundas — e a Galp mantém 40% de um dos ativos mais promissores da última década.
Sim, caiu. Mas caiu por razões técnicas e de curto prazo: ajustamento de expectativas, petróleo fraco e realização de lucros. Nada disto muda o valor estrutural que Mopane tem nem o reposicionamento estratégico da Galp.
Pelo contrário: agora que a Total assumiu 40%, a porta fica ainda mais aberta para um movimento da Shell. A Shell precisa de reservas, perdeu espaço para a Total e Mopane é demasiado grande para ignorar. Se quiser entrar neste ativo, a única forma é mesmo pela Galp — e isto só aumenta a probabilidade de movimentos estratégicos nos próximos meses.
Eu mantenho completamente a minha posição:
a Galp tem tudo para valer muito mais nos próximos anos.
E quem vendeu na queda… é a vida do mercado. Eu cá prefiro estar posicionado quando as notícias estruturais começam finalmente a alinhar.
J.f.vieira
Quando as primeiras noticias do poço da namibia sairam falava-se que só isso valia o marketcap da Galp ou quase. E que ao vender uma participaçao ia encaixar uma bela maquia de cash, talvez até dividendo extraordinario
Finalmente anunciaram o negocio e cash imediato nao ha nada. Dividendo nepias.
Provavelmente a MLP até fizeram melhor escolha, mas a expectativa imediata era outra
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Goya777, percebo perfeitamente o teu ponto — muita gente estava à espera de um cheque imediato e até de um dividendo extraordinário. E sim, quando surgiram as primeiras notícias de Mopane, falou-se que o valor descoberto podia corresponder ao market cap da Galp. Mas é importante separar expectativa de realidade operacional.
O que a Galp fez aqui foi outra coisa: reduziu risco, viabilizou o desenvolvimento e garantiu que Mopane avança com a TotalEnergies, provavelmente o parceiro mais competente possível para águas ultraprofundas. Mopane é demasiado grande e demasiado caro para a Galp o levar sozinha — e isto não é uma opinião, é um facto económico.
Quanto ao cash imediato: não veio agora. Mas isso não significa que o negócio seja mau. Significa apenas que a estrutura escolhida não foi para “realizar já”, mas para maximizar o valor do ativo no tempo. E isto é onde muitos investidores se esquecem do básico:
fazer bons negócios não é só realizar dinheiro no imediato; é assegurar boas posições em ativos que vão gerar muito mais valor no futuro.
A Galp manteve 40% de um dos maiores projetos offshore da última década, agora com risco muito mais controlado e com uma major global a assumir CAPEX, engenharia, execução e responsabilidade operacional. Isto, para quem pensa a médio/longo prazo, é um upgrade gigantesco.
Além disso, convém lembrar outro ponto estratégico:
a entrada forte da Total aumenta a pressão sobre a Shell, que está atrás em substituição de reservas. Se quiser entrar em Mopane, só o pode fazer via Galp. E isso não diminui, aumenta a probabilidade de movimentos estratégicos nos próximos meses.
Em resumo:
Quem queria cash rápido desilude-se.
Quem percebe que valor se constrói ao longo do tempo vê isto como um passo necessário e bem calculado numa oportunidade transformacional.
Eu mantenho exatamente o que disse:
a Galp saiu deste negócio mais forte, menos exposta a risco e melhor posicionada para criar valor a sério nos próximos anos.
J.f.vieira
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