Galp - Tópico Geral
Re: Galp - Tópico Geral
Eduardo R. Escreveu:J.f.vieira Escreveu:Eduardo R. Escreveu:Não têm saído grandes noticias sobre a Galp, e tu fazes 20 posts consecutivos que são basicamente múltiplas iterações da mesma ideia. Sim, já toda a gente está consciente do impacto do Bacalhau, da decisão iminente sobre Mopane, que existirá transição para o hidrogénio, etc. Mas até que saiam desenvolvimentos novos, não existe razão para a Galp ter uma performance diferente da Total, Shell, etc.
.............. ................. .............. ..............
Percebo perfeitamente o teu ponto, e até concordo que, neste momento, não há grandes novidades factuais sobre a Galp. Mas o mercado não se move apenas com notícias — move-se também com perceções, expectativas e reavaliações de valor.
Os meus posts têm precisamente esse objetivo: acompanhar a evolução da Galp numa perspetiva de médio e longo prazo, e não apenas reagir a “news flow”. Mesmo que não haja comunicados novos, há dinâmicas que continuam a evoluir — desde a consolidação dos projetos, à estratégia de capital, ao posicionamento da empresa face às grandes europeias.
A Galp não é nem a Total nem a Shell. Está numa fase de transformação mais profunda, com uma escala diferente, e isso abre espaço para desempenhos relativos distintos. Não espero fogos de artifício, mas acredito que o valor está lá — e que a consistência, mesmo sem novidades semanais, é o que faz a diferença a médio prazo.
E claro, tomo a nota sobre a repetição — tentarei ser mais sintético nas próximas intervenções. Mas a minha intenção é apenas partilhar a visão e manter o tópico vivo, num fórum onde por vezes a participação é escassa.
J.f.vieira
De acordo. Mas é por estar de acordo que é preciso esperar para ver o que acontece. A comparação entre Galp e as restantes tem a ver com a correlação com o Brent. Até novas notícias, nada muda.
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Eduardo R.,
Compreendo o teu ponto de vista, e tens razão quando dizes que, por agora, é preciso esperar por novos desenvolvimentos. Mas, pessoalmente, gosto de antecipar os movimentos e não entrar “a meio” ou depois de a valorização já ter acontecido.
É essa a diferença entre reagir às notícias e tentar posicionar-se antes delas. A Galp, neste momento, está numa fase em que o mercado ainda não está a precificar totalmente o impacto futuro dos seus projetos — e é precisamente nessas alturas que, a meu ver, surgem as melhores oportunidades.
Não espero subidas imediatas, que até podem acontecer, mas acredito que, a médio prazo, quem estiver posicionado antes das confirmações poderá colher os melhores frutos.
J.f.vieira
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Re: Galp - Tópico Geral
J.f.vieira Escreveu:Eduardo R. Escreveu:Não têm saído grandes noticias sobre a Galp, e tu fazes 20 posts consecutivos que são basicamente múltiplas iterações da mesma ideia. Sim, já toda a gente está consciente do impacto do Bacalhau, da decisão iminente sobre Mopane, que existirá transição para o hidrogénio, etc. Mas até que saiam desenvolvimentos novos, não existe razão para a Galp ter uma performance diferente da Total, Shell, etc.
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Percebo perfeitamente o teu ponto, e até concordo que, neste momento, não há grandes novidades factuais sobre a Galp. Mas o mercado não se move apenas com notícias — move-se também com perceções, expectativas e reavaliações de valor.
Os meus posts têm precisamente esse objetivo: acompanhar a evolução da Galp numa perspetiva de médio e longo prazo, e não apenas reagir a “news flow”. Mesmo que não haja comunicados novos, há dinâmicas que continuam a evoluir — desde a consolidação dos projetos, à estratégia de capital, ao posicionamento da empresa face às grandes europeias.
A Galp não é nem a Total nem a Shell. Está numa fase de transformação mais profunda, com uma escala diferente, e isso abre espaço para desempenhos relativos distintos. Não espero fogos de artifício, mas acredito que o valor está lá — e que a consistência, mesmo sem novidades semanais, é o que faz a diferença a médio prazo.
E claro, tomo a nota sobre a repetição — tentarei ser mais sintético nas próximas intervenções. Mas a minha intenção é apenas partilhar a visão e manter o tópico vivo, num fórum onde por vezes a participação é escassa.
J.f.vieira
De acordo. Mas é por estar de acordo que é preciso esperar para ver o que acontece. A comparação entre Galp e as restantes tem a ver com a correlação com o Brent. Até novas notícias, nada muda.
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Re: Galp - Tópico Geral
JR63 Escreveu:A GALP está melhor posicionada do que estava há dez anos atrás.
Produz, refina, investiga novos produtos, outras cadeias de distribuição.
Vende produto final para todo o mundo.
Pode o consumo de gasolina e gasóleo aumentar para níveis em que o barril aumente consideravelmente, talvez não. Mas aqui conta as margens de refinação que aumentam, mesmo sem aumentar o preço por barril, como foi o caso da Galp.
Ninguém sabe quando a guerra acabar o que seguirá, mas temos uma certeza a seguir a uma paz a economia cresce.
A reconstrução da Ucrânia que vai demorar uma geração (25 anos), a reconstrução de Gaza.
As infraestruturas em toda a Europa.
Nos EUA faltam infraestruturas como pontes, comboios de alta velocidade. No futuro em tempos de paz há muito para fazer e não vai ser com eletricidade que se vão fazer essas obras.
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JR63,
Excelente visão — concordo plenamente com a tua leitura. A Galp está, de facto, muito mais bem posicionada do que há uma década. A empresa amadureceu, diversificou-se e aprendeu a operar com disciplina financeira e foco estratégico. Hoje, não é apenas uma petrolífera tradicional, é uma empresa integrada de energia, com capacidade de gerar valor tanto na produção como na refinação e na distribuição.
É verdade que o crescimento do consumo pode já não ser explosivo, mas as margens de refinação e a gestão eficiente continuam a sustentar bons resultados. E como referes, em períodos de reconstrução e expansão económica — como o que virá inevitavelmente após as atuais crises — a procura por energia, combustíveis e derivados continuará forte.
A transição energética vai avançar, mas de forma gradual. E, enquanto isso, empresas como a Galp, que têm a inteligência de equilibrar o presente e preparar o futuro, sairão reforçadas.
Boa análise, JR63 — subscrevo inteiramente.
J.f.vieira
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Re: Galp - Tópico Geral
[quote="NirSup"]Capri c'est fini....
Foi bom enquanto durou, mas acabou a festa, pá!
Há quem afirme que o pico do consumo de petróleo e combustíveis fósseis na Europa ocorreu em 2022 e que já entramos numa fase de declínio. E que o pico mundial do consumo de petróleo irá ocorrer, seguramente, antes de 2030.
A crise do setor segue dentro de momentos.
É inelutácel, é inevitável, por mais trampices que o Trampas tire da cartola (a última foram as sanções às duas maiores petrolíferas russas, quando começa a haver sinais claros de um excedente de petróleo no mundo).
Há sinais por todo o lado — uns claros, outros subtis — mas prefere-se o conforto da negação.
.................... ................. ...................
Respeito essa visão, mas não partilho do mesmo pessimismo.
A ideia de que o pico do consumo de petróleo já aconteceu tem sido repetida há mais de uma década — e, na prática, o consumo global continua a subir. Pode estar a estabilizar na Europa, sim, mas o resto do mundo (sobretudo Ásia, África e América do Sul) ainda está a crescer rapidamente. A transição energética é um processo real, mas está longe de ser linear ou rápida.
Além disso, o petróleo não é apenas combustível. É base para fertilizantes, plásticos, produtos químicos, transporte marítimo e aviação — setores para os quais as alternativas ainda não estão maduras. O mundo moderno continua estruturalmente dependente do crude.
Quanto à Galp, vejo uma empresa que se adaptou bem: manteve disciplina financeira, reforçou a sua posição em ativos estratégicos como Mopane e Bacalhau, e está a construir uma base sólida para o futuro. Não é uma companhia “presa ao passado”, é uma que está a preparar a próxima fase da energia.
Por isso, “Capri c’est fini”? Talvez para quem olha só para a Europa. Para mim, a festa ainda não acabou — apenas mudou de palco e a Galp ainda agora começou a tocar a próxima música.
J.f.vieira
Foi bom enquanto durou, mas acabou a festa, pá!
Há quem afirme que o pico do consumo de petróleo e combustíveis fósseis na Europa ocorreu em 2022 e que já entramos numa fase de declínio. E que o pico mundial do consumo de petróleo irá ocorrer, seguramente, antes de 2030.
A crise do setor segue dentro de momentos.
É inelutácel, é inevitável, por mais trampices que o Trampas tire da cartola (a última foram as sanções às duas maiores petrolíferas russas, quando começa a haver sinais claros de um excedente de petróleo no mundo).
Há sinais por todo o lado — uns claros, outros subtis — mas prefere-se o conforto da negação.
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Respeito essa visão, mas não partilho do mesmo pessimismo.
A ideia de que o pico do consumo de petróleo já aconteceu tem sido repetida há mais de uma década — e, na prática, o consumo global continua a subir. Pode estar a estabilizar na Europa, sim, mas o resto do mundo (sobretudo Ásia, África e América do Sul) ainda está a crescer rapidamente. A transição energética é um processo real, mas está longe de ser linear ou rápida.
Além disso, o petróleo não é apenas combustível. É base para fertilizantes, plásticos, produtos químicos, transporte marítimo e aviação — setores para os quais as alternativas ainda não estão maduras. O mundo moderno continua estruturalmente dependente do crude.
Quanto à Galp, vejo uma empresa que se adaptou bem: manteve disciplina financeira, reforçou a sua posição em ativos estratégicos como Mopane e Bacalhau, e está a construir uma base sólida para o futuro. Não é uma companhia “presa ao passado”, é uma que está a preparar a próxima fase da energia.
Por isso, “Capri c’est fini”? Talvez para quem olha só para a Europa. Para mim, a festa ainda não acabou — apenas mudou de palco e a Galp ainda agora começou a tocar a próxima música.
J.f.vieira
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Re: Galp - Tópico Geral
J.f.vieira Escreveu:Eduardo R. Escreveu:Não têm saído grandes noticias sobre a Galp, e tu fazes 20 posts consecutivos que são basicamente múltiplas iterações da mesma ideia. Sim, já toda a gente está consciente do impacto do Bacalhau, da decisão iminente sobre Mopane, que existirá transição para o hidrogénio, etc. Mas até que saiam desenvolvimentos novos, não existe razão para a Galp ter uma performance diferente da Total, Shell, etc.
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Percebo perfeitamente o teu ponto, e até concordo que, neste momento, não há grandes novidades factuais sobre a Galp. Mas o mercado não se move apenas com notícias — move-se também com perceções, expectativas e reavaliações de valor.
Os meus posts têm precisamente esse objetivo: acompanhar a evolução da Galp numa perspetiva de médio e longo prazo, e não apenas reagir a “news flow”. Mesmo que não haja comunicados novos, há dinâmicas que continuam a evoluir — desde a consolidação dos projetos, à estratégia de capital, ao posicionamento da empresa face às grandes europeias.
A Galp não é nem a Total nem a Shell. Está numa fase de transformação mais profunda, com uma escala diferente, e isso abre espaço para desempenhos relativos distintos. Não espero fogos de artifício, mas acredito que o valor está lá — e que a consistência, mesmo sem novidades semanais, é o que faz a diferença a médio prazo.
E claro, tomo a nota sobre a repetição — tentarei ser mais sintético nas próximas intervenções. Mas a minha intenção é apenas partilhar a visão e manter o tópico vivo, num fórum onde por vezes a participação é escassa.
J.f.vieira
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Eu não estou à espera que a Galp suba 300% ou 500%, nem vivo de ilusões. O que espero é que continue a gerar lucros consistentes, a pagar um bom dividendo e, a médio prazo, consiga dobrar o seu valor em bolsa. É uma perspetiva realista, não especulativa.
J.f.vieira
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Re: Galp - Tópico Geral
A GALP está melhor posicionada do que estava há dez anos atrás.
Produz, refina, investiga novos produtos, outras cadeias de distribuição.
Vende produto final para todo o mundo.
Pode o consumo de gasolina e gasóleo aumentar para níveis em que o barril aumente consideravelmente, talvez não. Mas aqui conta as margens de refinação que aumentam, mesmo sem aumentar o preço por barril, como foi o caso da Galp.
Ninguém sabe quando a guerra acabar o que seguirá, mas temos uma certeza a seguir a uma paz a economia cresce.
A reconstrução da Ucrânia que vai demorar uma geração (25 anos), a reconstrução de Gaza.
As infraestruturas em toda a Europa.
Nos EUA faltam infraestruturas como pontes, comboios de alta velocidade. No futuro em tempos de paz há muito para fazer e não vai ser com eletricidade que se vão fazer essas obras.
Produz, refina, investiga novos produtos, outras cadeias de distribuição.
Vende produto final para todo o mundo.
Pode o consumo de gasolina e gasóleo aumentar para níveis em que o barril aumente consideravelmente, talvez não. Mas aqui conta as margens de refinação que aumentam, mesmo sem aumentar o preço por barril, como foi o caso da Galp.
Ninguém sabe quando a guerra acabar o que seguirá, mas temos uma certeza a seguir a uma paz a economia cresce.
A reconstrução da Ucrânia que vai demorar uma geração (25 anos), a reconstrução de Gaza.
As infraestruturas em toda a Europa.
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- Registado: 11/4/2024 22:14
Re: Galp - Tópico Geral
Eduardo R. Escreveu:Não têm saído grandes noticias sobre a Galp, e tu fazes 20 posts consecutivos que são basicamente múltiplas iterações da mesma ideia. Sim, já toda a gente está consciente do impacto do Bacalhau, da decisão iminente sobre Mopane, que existirá transição para o hidrogénio, etc. Mas até que saiam desenvolvimentos novos, não existe razão para a Galp ter uma performance diferente da Total, Shell, etc.
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Percebo perfeitamente o teu ponto, e até concordo que, neste momento, não há grandes novidades factuais sobre a Galp. Mas o mercado não se move apenas com notícias — move-se também com perceções, expectativas e reavaliações de valor.
Os meus posts têm precisamente esse objetivo: acompanhar a evolução da Galp numa perspetiva de médio e longo prazo, e não apenas reagir a “news flow”. Mesmo que não haja comunicados novos, há dinâmicas que continuam a evoluir — desde a consolidação dos projetos, à estratégia de capital, ao posicionamento da empresa face às grandes europeias.
A Galp não é nem a Total nem a Shell. Está numa fase de transformação mais profunda, com uma escala diferente, e isso abre espaço para desempenhos relativos distintos. Não espero fogos de artifício, mas acredito que o valor está lá — e que a consistência, mesmo sem novidades semanais, é o que faz a diferença a médio prazo.
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J.f.vieira
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Re: Galp - Tópico Geral
Capri c'est fini....
Foi bom enquanto durou, mas acabou a festa, pá!
Há quem afirme que o pico do consumo de petróleo e combustíveis fósseis na Europa ocorreu em 2022 e que já entramos numa fase de declínio. E que o pico mundial do consumo de petróleo irá ocorrer, seguramente, antes de 2030.
A crise do setor segue dentro de momentos.
É inelutácel, é inevitável, por mais trampices que o Trampas tire da cartola (a última foram as sanções às duas maiores petrolíferas russas, quando começa a haver sinais claros de um excedente de petróleo no mundo).
Há sinais por todo o lado — uns claros, outros subtis — mas prefere-se o conforto da negação.
Evolução da cotação da Galp, desde 2007.
Palavras para quê?
By Nirvana
Foi bom enquanto durou, mas acabou a festa, pá!
Há quem afirme que o pico do consumo de petróleo e combustíveis fósseis na Europa ocorreu em 2022 e que já entramos numa fase de declínio. E que o pico mundial do consumo de petróleo irá ocorrer, seguramente, antes de 2030.
A crise do setor segue dentro de momentos.
É inelutácel, é inevitável, por mais trampices que o Trampas tire da cartola (a última foram as sanções às duas maiores petrolíferas russas, quando começa a haver sinais claros de um excedente de petróleo no mundo).
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Evolução da cotação da Galp, desde 2007.
Palavras para quê?
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Re: Galp - Tópico Geral
Não têm saído grandes noticias sobre a Galp, e tu fazes 20 posts consecutivos que são basicamente múltiplas iterações da mesma ideia. Sim, já toda a gente está consciente do impacto do Bacalhau, da decisão iminente sobre Mopane, que existirá transição para o hidrogénio, etc. Mas até que saiam desenvolvimentos novos, não existe razão para a Galp ter uma performance diferente da Total, Shell, etc.
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Re: Galp - Tópico Geral
Caros foristas,
Tenho vindo a partilhar aqui as minhas análises sobre a Galp, destacando oportunidades estratégicas, como o projeto Mopane na Namíbia e o campo Bacalhau no Brasil, assim como a solidez da empresa e o seu papel na segurança energética europeia. No entanto, noto que a participação e a troca de opiniões de outros membros têm sido muito limitadas.
Acredito que o debate e a partilha de ideias são essenciais para todos aprendermos e enriquecermos as nossas decisões de investimento. Sem essa interação, torna-se difícil manter a motivação para continuar a contribuir.
Por isso, até que haja mais participação e diálogo da comunidade, irei suspender temporariamente as minhas publicações sobre a Galp e outros temas. Espero que, no futuro, possamos retomar um debate mais ativo e proveitoso.
Obrigado a quem tem acompanhado e partilhado.
J.f.vieira
Tenho vindo a partilhar aqui as minhas análises sobre a Galp, destacando oportunidades estratégicas, como o projeto Mopane na Namíbia e o campo Bacalhau no Brasil, assim como a solidez da empresa e o seu papel na segurança energética europeia. No entanto, noto que a participação e a troca de opiniões de outros membros têm sido muito limitadas.
Acredito que o debate e a partilha de ideias são essenciais para todos aprendermos e enriquecermos as nossas decisões de investimento. Sem essa interação, torna-se difícil manter a motivação para continuar a contribuir.
Por isso, até que haja mais participação e diálogo da comunidade, irei suspender temporariamente as minhas publicações sobre a Galp e outros temas. Espero que, no futuro, possamos retomar um debate mais ativo e proveitoso.
Obrigado a quem tem acompanhado e partilhado.
J.f.vieira
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Re: Galp - Tópico Geral
Nos últimos anos, Warren Buffett — através da Berkshire Hathaway — tem reforçado fortemente a sua presença no setor do petróleo e gás, contrariando a tendência dominante de muitos investidores institucionais que migraram para as “energias verdes”.
A Berkshire detém hoje cerca de 28,8% da Occidental Petroleum (OXY), uma das maiores petrolíferas norte-americanas, e tem autorização para subir até 50% se decidir exercer essa opção. Além disso, Buffett possui warrants que lhe permitem comprar ainda mais ações a um preço fixado (~US$ 59,6), o que representa uma aposta estratégica de longo prazo.
Paralelamente, a Berkshire mantém uma participação relevante na Chevron (CVX), de cerca de 6% a 7% do capital total — um
investimento que ronda os US$ 17 mil milhões.
O que chama atenção é que Buffett não está apenas a apostar na extração de petróleo em si. A Berkshire também mostrou interesse no segmento petroquímico, avaliando a aquisição da OxyChem, unidade química da Occidental, num acordo de cerca de US$ 9,7 mil milhões.
Isto sinaliza uma visão mais ampla: o petróleo não é apenas combustível — é matéria-prima essencial para produtos químicos, plásticos, fertilizantes e milhares de aplicações industriais. Mesmo num mundo em transição energética, a procura por petroquímicos tende a crescer com o aumento do consumo global.
Buffett tem repetido, nas entrelinhas, uma mensagem simples:
“Enquanto o mundo precisar de energia e produtos derivados, as empresas eficientes e bem geridas neste setor continuarão a gerar valor.”
Aposta estrutural, não especulativa: Buffett vê petróleo e petroquímica como negócios resilientes a longo prazo.
Complementaridade: a combinação de extração (OXY, Chevron) com transformação química (OxyChem) cria uma cadeia de valor mais sólida.
Contracorrente: enquanto muitos investidores fugiram do setor fóssil, Buffett reforçou a posição — e beneficiou da recuperação das cotações e dos dividendos
robustos.
Se o maior investidor do mundo continua a ver valor no petróleo, talvez o “fim do petróleo” esteja mais distante do que se pensa.
As participações de Buffett mostram que ele não vê o petróleo como um ativo “em declínio”, mas sim como um pilar industrial que se transforma — agora com foco não apenas na energia, mas também nos produtos petroquímicos e industriais.
É uma visão que combina realismo económico com visão de longo prazo, e que muitos analistas começam a reconhecer como uma das apostas mais estratégicas da última década.
J.f.vieira
A Berkshire detém hoje cerca de 28,8% da Occidental Petroleum (OXY), uma das maiores petrolíferas norte-americanas, e tem autorização para subir até 50% se decidir exercer essa opção. Além disso, Buffett possui warrants que lhe permitem comprar ainda mais ações a um preço fixado (~US$ 59,6), o que representa uma aposta estratégica de longo prazo.
Paralelamente, a Berkshire mantém uma participação relevante na Chevron (CVX), de cerca de 6% a 7% do capital total — um
investimento que ronda os US$ 17 mil milhões.
O que chama atenção é que Buffett não está apenas a apostar na extração de petróleo em si. A Berkshire também mostrou interesse no segmento petroquímico, avaliando a aquisição da OxyChem, unidade química da Occidental, num acordo de cerca de US$ 9,7 mil milhões.
Isto sinaliza uma visão mais ampla: o petróleo não é apenas combustível — é matéria-prima essencial para produtos químicos, plásticos, fertilizantes e milhares de aplicações industriais. Mesmo num mundo em transição energética, a procura por petroquímicos tende a crescer com o aumento do consumo global.
Buffett tem repetido, nas entrelinhas, uma mensagem simples:
“Enquanto o mundo precisar de energia e produtos derivados, as empresas eficientes e bem geridas neste setor continuarão a gerar valor.”
Aposta estrutural, não especulativa: Buffett vê petróleo e petroquímica como negócios resilientes a longo prazo.
Complementaridade: a combinação de extração (OXY, Chevron) com transformação química (OxyChem) cria uma cadeia de valor mais sólida.
Contracorrente: enquanto muitos investidores fugiram do setor fóssil, Buffett reforçou a posição — e beneficiou da recuperação das cotações e dos dividendos
robustos.
Se o maior investidor do mundo continua a ver valor no petróleo, talvez o “fim do petróleo” esteja mais distante do que se pensa.
As participações de Buffett mostram que ele não vê o petróleo como um ativo “em declínio”, mas sim como um pilar industrial que se transforma — agora com foco não apenas na energia, mas também nos produtos petroquímicos e industriais.
É uma visão que combina realismo económico com visão de longo prazo, e que muitos analistas começam a reconhecer como uma das apostas mais estratégicas da última década.
J.f.vieira
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Re: Galp - Tópico Geral
Galp: uma peça chave para a segurança energética europeia
O cenário atual não é apenas conjuntural — é estrutural.
A Europa precisa de garantir o seu abastecimento energético sem depender de Moscovo, e as alternativas estáveis e confiáveis são limitadas.
É aqui que a Galp se destaca.
Com o projeto Mopane na Namíbia, reservas significativas, gestão disciplinada e balanço sólido, a empresa reúne as condições para fornecer uma parte da energia segura e estratégica à Europa.
Se o Ocidente não pode comprar à Rússia, vai precisar de fornecedores confiáveis — e a Galp tem potencial para ocupar uma parte de esse espaço.
É pequena o suficiente para estar subavaliada, mas grande o bastante para ser uma solução real no curto e médio prazo.
Num mundo em que a segurança energética voltou ao topo das prioridades,
a Galp pode tornar-se um ativo estratégico europeu indispensável.
J.f.vieira
O cenário atual não é apenas conjuntural — é estrutural.
A Europa precisa de garantir o seu abastecimento energético sem depender de Moscovo, e as alternativas estáveis e confiáveis são limitadas.
É aqui que a Galp se destaca.
Com o projeto Mopane na Namíbia, reservas significativas, gestão disciplinada e balanço sólido, a empresa reúne as condições para fornecer uma parte da energia segura e estratégica à Europa.
Se o Ocidente não pode comprar à Rússia, vai precisar de fornecedores confiáveis — e a Galp tem potencial para ocupar uma parte de esse espaço.
É pequena o suficiente para estar subavaliada, mas grande o bastante para ser uma solução real no curto e médio prazo.
Num mundo em que a segurança energética voltou ao topo das prioridades,
a Galp pode tornar-se um ativo estratégico europeu indispensável.
J.f.vieira
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Re: Galp - Tópico Geral
NirSup Escreveu:Aviso à Navegação
Quem te avisa teu amigo é. A História não se repete mas podemos e devemos retirar dela ensinamentos do passado.
Em 2020, o Brent (referência europeia do petróleo) caiu para cerca de 20 dólares por barril.
E o WTI (referência norte-americana) chegou mesmo, num dia histórico — 20 de abril de 2020 — a valores negativos (-37 dólares/barril) devido à falta total de capacidade de armazenamento nos EUA.
By Nirvana
.................. ...................... ....................
Caro NirSup,
Concordo contigo que 2020 foi um ano extraordinário e atípico — o colapso do preço do petróleo nessa altura esteve ligado a um evento extremo: a pandemia. A procura global evaporou-se, os tanques ficaram cheios e até vimos o WTI a cotar negativo. Foi um lembrete poderoso de que o mercado energético pode ser brutalmente volátil.
Mas o contexto actual é bem diferente.
Hoje, o que estamos a viver é quase o oposto:
há desconfiança geopolítica generalizada — guerras regionais, tensão entre grandes potências, e uma percepção crescente de que a defesa nacional e a segurança energética voltaram ao topo das prioridades. Cada país quer garantir autonomia, reservas estratégicas e fontes seguras de abastecimento. Isso reforça a procura por energia “de garantia” — petróleo, gás natural e nuclear — mesmo com a transição em curso.
Além disso, há um novo factor estrutural:
a Inteligência Artificial e a digitalização massiva estão a gerar uma procura energética explosiva. Os data centers, a computação em nuvem e o treino de modelos de IA precisam de energia constante e fiável, não apenas intermitente. E isso muda o equilíbrio — o mundo precisa de mais energia agora, não apenas de energia “verde” daqui a 20 anos.
É por isso que investidores de longo prazo como o Warren Buffett estão a reforçar posições em empresas petroquímicas e de energia
tradicional (Exxon, Occidental, Chevron). Ele não está a negar a transição — está a reconhecer que, durante essa transição, quem tiver activos de produção eficientes e bem localizados vai continuar a gerar margens muito fortes.
A Galp encaixa-se perfeitamente nesse perfil:
tem um projecto transformacional (Mopane) com potencial enorme,
uma estrutura financeira sólida e baixa dívida,
e uma estratégia híbrida — usa o cash flow do petróleo e gás para financiar renováveis e biocombustíveis.
Assim, embora 2020 nos tenha lembrado o risco extremo, 2025 e os próximos anos estão a mostrar o regresso da energia como activo estratégico.
Por isso, continuo a preferir concentração com convicção — enquanto o cenário macro e os fundamentos sustentarem a tese.
J.f.vieira
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Re: Galp - Tópico Geral
Este excesso de petróleo faz-me lembrar outros tempos
Segundo as projeções The Limits to Growth de 1972, se o crescimento industrial e populacional continuasse sem restrições, o petróleo estaria em forte escassez ou praticamente esgotado no final do século XX ou início do XXI.
O que faltava mesmo era acesso e tecnologia e foi justamente aí que a inovação entrou, permitindo extrair petróleo de lugares antes inacessíveis.
Segundo as projeções The Limits to Growth de 1972, se o crescimento industrial e populacional continuasse sem restrições, o petróleo estaria em forte escassez ou praticamente esgotado no final do século XX ou início do XXI.
O que faltava mesmo era acesso e tecnologia e foi justamente aí que a inovação entrou, permitindo extrair petróleo de lugares antes inacessíveis.
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Re: Galp - Tópico Geral
NirSup Escreveu:Eduardo R. Escreveu:E o que se passou em 2020, NirSup?
IT'S THE ECONOMY, STUPID!
Em 2020, a oferta de petróleo no mercado era superior à procura. O mesmo que se passa, hoje (com muitos petroleiros no mar sem terem compradores para o petróleo).
Os grandes petroleiros estão a funcionar como armazenamento ambulante de petróleo.
By Nirvana
O facto do petróleo russo estar a ser vendido a preços muito abaixo dos preços do mercado oficial irá ter consequências.
E as consequências estão à vista com perspectivas de se agravarem no futuro.
By Nirvana
It’s easy to make money in the stock market. What’s hard is choosing the winning horse. And only he wins the prize
Re: Galp - Tópico Geral
Eduardo R. Escreveu:E o que se passou em 2020, NirSup?
IT'S THE ECONOMY, STUPID!
Em 2020, a oferta de petróleo no mercado era superior à procura. O mesmo que se passa, hoje (com muitos petroleiros no mar sem terem compradores para o petróleo).
Os grandes petroleiros estão a funcionar como armazenamento ambulante de petróleo.
By Nirvana
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Re: Galp - Tópico Geral
E o que se passou em 2020, NirSup?
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Re: Galp - Tópico Geral
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Quem te avisa teu amigo é. A História não se repete mas podemos e devemos retirar dela ensinamentos do passado.
Em 2020, o Brent (referência europeia do petróleo) caiu para cerca de 20 dólares por barril.
E o WTI (referência norte-americana) chegou mesmo, num dia histórico — 20 de abril de 2020 — a valores negativos (-37 dólares/barril) devido à falta total de capacidade de armazenamento nos EUA.
By Nirvana
Quem te avisa teu amigo é. A História não se repete mas podemos e devemos retirar dela ensinamentos do passado.
Em 2020, o Brent (referência europeia do petróleo) caiu para cerca de 20 dólares por barril.
E o WTI (referência norte-americana) chegou mesmo, num dia histórico — 20 de abril de 2020 — a valores negativos (-37 dólares/barril) devido à falta total de capacidade de armazenamento nos EUA.
By Nirvana
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