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Caldeirão da Bolsa

Ucrânia vs Rússia - Escalada de tensão

Espaço dedicado a todo o tipo de troca de impressões sobre os mercados financeiros e ao que possa condicionar o desempenho dos mesmos.

Re: Ucrânia vs Rússia - Escalada de tensão

por MarcoAntonio » 14/9/2022 18:05

BearManBull Escreveu:PS: No meu browser tem de se clicar na imagem para ver a animação gif.


Aqui também, mas está a funcionar. Pena que só ainda mostre até ao dia 22 de Agosto...
Imagem

FLOP - Fundamental Laws Of Profit

1. Mais vale perder um ganho que ganhar uma perda, a menos que se cumpra a Segunda Lei.
2. A expectativa de ganho deve superar a expectativa de perda, onde a expectativa mede a
__.amplitude média do ganho/perda contra a respectiva probabilidade.
3. A Primeira Lei não é mesmo necessária mas com Três Leis isto fica definitivamente mais giro.
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Re: Ucrânia vs Rússia - Escalada de tensão

por BearManBull » 14/9/2022 17:50

Este mapa do FT é particularmente interessante e demonstra bem que apesar do que se diz os russos têm conseguido progredir no plano B quando procederam com os reagrupamentos.



A visual guide to the war

PS: No meu browser tem de se clicar na imagem para ver a animação gif.
Anexos
https___d6c748xw2pzm8.cloudfront.net_prod_57965ac0-22e5-11ed-ac1c-e7f696c78524-standard.gif
Mapa evolutivo 14_09
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Re: Ucrânia vs Rússia - Escalada de tensão

por BearManBull » 14/9/2022 17:43

Carrancho_ Escreveu:Se fosse por ti a Ucrânia tinha capitulado no dia 24 de fevereiro ou mesmo antes, hoje estávamos a discutir a Moldávia e a Geórgia.


Se fosse pela minha esta guerra nunca tinha acontecido.

Quem andou a financiar as ambições militares da Rússia e quem tem interesses em revitalizar esforços bélicos estão bem identificados.

Tanto a França/Bélgica (Yamal LNG) como a Alemanha (Nord Stream) continuaram a cooperar com a oligarquia russa despois do que se passou na Crimeia. Injectando milhões nas mãos de alguém que já se sabia perfeitamente ambicioso para iniciar campanhas de guerra em larga escala.

O sangue nem está nas minhas mãos nem na minha forma de pensar, nem sequer tenho direito de votar nas pessoas que tomam estas decisões, mas a conta para pagar lá aparece sempre.

Coitados é dos ucranianos (povo) que agora vão ficar nas mãos de quem os deixou na boca do lobo.
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Re: Ucrânia vs Rússia - Escalada de tensão

por PMP69 » 14/9/2022 12:46

pepe7 Escreveu:Pendente de confirmação :
"Retirada urgente." Secretas ucranianas garantem que russos estão a sair da Crimeia

Oficiais de inteligência, comandantes militares e representantes russos começaram uma "retirada urgente" da Crimeia, de acordo com os serviços de informação ucranianos.

Trata-se de uma "retirada urgente", de acordo com os serviços de informações ucranianos. Oficiais de inteligência, comandantes militares e representantes russos começaram a sair da Crimeia, juntamente com as suas famílias, avançam as secretas de Kiev.

De acordo com o The Guardian, que cita fontes dos serviços secretos ucranianos, a região começou a ser evacuada "rapidamente" e cidadãos russos estão "secretamente a tentar vender as suas casas e a retirar urgentemente os seus familiares da península" da Crimeia, anexada pela Rússia​​​​​​ ​em 2014.

"As ações bem-sucedidas dos defensores da Ucrânia forçam as chamadas autoridades da Crimeia temporariamente ocupada e do sul de nosso país a reinstalar urgentemente as suas famílias no território da federação russa", lê-se num comunicado dos serviços de inteligência do Ministério da Defesa da Ucrânia.

"Apesar das garantias dadas à população de que é seguro permanecer na península, representantes da administração de ocupação da Crimeia, funcionários do FSB [Serviço de Segurança Federal Russo] e comandantes de algumas unidades militares estão a tentar secretamente a vender as suas casas e a retirar com urgência os seus familiares da península", avançam os serviços de informação de Kiev.

A confirmar-se as informações divulgadas pelas secretas ucranianas, esta retirada surge na sequência da contraofensiva de Kiev.

Desde 6 de setembro que as forças ucranianas recapturaram mais de 300 povoações na região de Kharkiv, como resultado de uma operação ofensiva, na qual qual recuperaram 3800 quilómetros quadrados de território ocupado pela Rússia, informou a vice-ministra da Defesa da Ucrânia, Hanna Maliar.

"A libertação das localidades sob controlo dos invasores russos continua nas regiões de Kharkiv e Donetsk", no leste do país, anunciou o exército da Ucrânia.

Em toda linha de frente, "as forças ucranianas conseguiram expulsar o inimigo de mais de 20 localidades" em 24 horas, afirma um comunicado. "As tropas russas estão a abandonar de maneira apressada as suas posições e a fugir", acrescenta a nota.

A Ucrânia anunciou ter recuperado quase 3000 quilómetros quadrados do seu território, principalmente na região de Kharkiv, desde o início de setembro.

A Ucrânia reivindicou ainda a reconquista de 500 quilómetros quadrados em duas semanas de contraofensiva na região de Kherson (sul). Nesta região, "os ocupantes também abandonaram as suas posições em várias localidades", anunciou o exército ucraniano no domingo.

https://www.dn.pt/internacional/retirada-urgente-secretas-ucranianas-garantem-que-russos-estao-a-sair-da-crimeia-15161379.html





Se os ucranianos atravessarem o Dniepre, a Ponte da Crimeia no estreio de Kerch, fica ao alcance dos HIMARS, o que podia provocar o isolamento da Crimeia, face à Rússia.

Acrescentando que a Frota do Mar Negro eclipsou-se, os ucranianos têm destruído infraestruturas (ferroviárias e aeroportuárias) na Crimeia, o Regimento de Fuzileiros Navais da Frota do Mar Negro, está "preso" em Kherson .....

Não é descabido precaverem-se.

Pedro
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Re: Ucrânia vs Rússia - Escalada de tensão

por pepe7 » 14/9/2022 0:22

Pendente de confirmação :
"Retirada urgente." Secretas ucranianas garantem que russos estão a sair da Crimeia

Oficiais de inteligência, comandantes militares e representantes russos começaram uma "retirada urgente" da Crimeia, de acordo com os serviços de informação ucranianos.

Trata-se de uma "retirada urgente", de acordo com os serviços de informações ucranianos. Oficiais de inteligência, comandantes militares e representantes russos começaram a sair da Crimeia, juntamente com as suas famílias, avançam as secretas de Kiev.

De acordo com o The Guardian, que cita fontes dos serviços secretos ucranianos, a região começou a ser evacuada "rapidamente" e cidadãos russos estão "secretamente a tentar vender as suas casas e a retirar urgentemente os seus familiares da península" da Crimeia, anexada pela Rússia​​​​​​ ​em 2014.

"As ações bem-sucedidas dos defensores da Ucrânia forçam as chamadas autoridades da Crimeia temporariamente ocupada e do sul de nosso país a reinstalar urgentemente as suas famílias no território da federação russa", lê-se num comunicado dos serviços de inteligência do Ministério da Defesa da Ucrânia.

"Apesar das garantias dadas à população de que é seguro permanecer na península, representantes da administração de ocupação da Crimeia, funcionários do FSB [Serviço de Segurança Federal Russo] e comandantes de algumas unidades militares estão a tentar secretamente a vender as suas casas e a retirar com urgência os seus familiares da península", avançam os serviços de informação de Kiev.

A confirmar-se as informações divulgadas pelas secretas ucranianas, esta retirada surge na sequência da contraofensiva de Kiev.

Desde 6 de setembro que as forças ucranianas recapturaram mais de 300 povoações na região de Kharkiv, como resultado de uma operação ofensiva, na qual qual recuperaram 3800 quilómetros quadrados de território ocupado pela Rússia, informou a vice-ministra da Defesa da Ucrânia, Hanna Maliar.

"A libertação das localidades sob controlo dos invasores russos continua nas regiões de Kharkiv e Donetsk", no leste do país, anunciou o exército da Ucrânia.

Em toda linha de frente, "as forças ucranianas conseguiram expulsar o inimigo de mais de 20 localidades" em 24 horas, afirma um comunicado. "As tropas russas estão a abandonar de maneira apressada as suas posições e a fugir", acrescenta a nota.

A Ucrânia anunciou ter recuperado quase 3000 quilómetros quadrados do seu território, principalmente na região de Kharkiv, desde o início de setembro.

A Ucrânia reivindicou ainda a reconquista de 500 quilómetros quadrados em duas semanas de contraofensiva na região de Kherson (sul). Nesta região, "os ocupantes também abandonaram as suas posições em várias localidades", anunciou o exército ucraniano no domingo.

https://www.dn.pt/internacional/retirada-urgente-secretas-ucranianas-garantem-que-russos-estao-a-sair-da-crimeia-15161379.html


Abraço,
Pepe

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Re: Ucrânia vs Rússia - Escalada de tensão

por mais_um » 13/9/2022 23:48

Não se esfola um urso antes de o matar por isso não subestimem os russos, podem já não ter muitos dos seus misseis mais modernos mas ainda têm a capacidade de destruir muitas infra-estruturas civis, como por exemplo as centrais de aquecimento e provocar graves problemas à população ucraniana como ficou demonstrado recentemente com a destruição da central termo elétrica perto de Kharkiv que deixou grande parte do leste da Ucrânia sem eletricidade.

Na parte militar, vai ser complicado os russos substituírem as tropas perdidas mas a vantagem continua a ser russa, no papel pelo menos.

Apesar de estar sobre ataque há vários dias Lyman ainda não foi tomado pelos ucranianos, enquanto isso não acontecer diria que os ucranianos estão bastante limitados para recuperarem território no Oblast de Luhansk.

No sul há mais propaganda ucraniana do que evidências, continuo a duvidar de um rápido desfecho favorável aos ucranianos na zona mas posso estar enganado.
Ainda hoje as forças armadas ucranianas referiram que havia ataques russos em várias zonas do sul, não me parece que isso aconteça com tropas que estão a negociar a rendição, penso eu.
A grande vantagem dos ucranianos é o moral, estão a lutar pela sua terra, os russos não e isso faz toda a diferença e claro, o apoio da NATO.
"Só duas coisas são infinitas, o universo e a estupidez humana. Mas no que respeita ao universo ainda não tenho a certeza" Einstein
“Com os actuais meios de acesso à informação, a ignorância não é uma fatalidade, mas uma escolha pessoal" Eu
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Re: Ucrânia vs Rússia - Escalada de tensão

por pepe7 » 13/9/2022 23:19

Carrancho_ Escreveu:mas de armamento e equipamento. Se mandarem mais vão ter de os equipar à romanos, com lanças e sandálias.


O invasor aquando dos ditos "reagrupamentos " e não só....tem deixado muito pelo caminho...Um "bom" fornecedor de armamento à Ucrania.
Eles só sabem bombardear, bombardear e bombardear a torto e direito....sem dó, nem piedade... :( Será que esse armamento durará para sempre?
Também é verdade que os stocks de quem está a fornecer à Ucrania não são eterno (existem problemas em repor no médio prazo), mas pelo menos são mais sofisticados, e parece que os Ucranianos sabem e bem, utilizar com "algum" critério. Pelo que já ouvi e li, nem estão a receber todo o que foi prometido, para além do timing, pois se o fornecimento tivesse sido célere, quiça hoje, a situação fosse mais favorável à Ucrania.
Abraço,
Pepe

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Re: Ucrânia vs Rússia - Escalada de tensão

por Carrancho_ » 13/9/2022 23:16

Ao contrário do que já aqui se referiu, acho que o inverno que se aproxima vai ser mau para ambas as partes e deve estagnar a evolução no terreno. Talvez por isso é tão importante recuperar terreno na janela de tempo que resta. Nunca os ucranianos estiveram com o moral tão elevado como agora, em contraponto com o dos russos. Espero que não se torne num rolo compressor rápido demais que leve o Putin em desespero a cometer a loucura maior.
Um abraço,

Carrancho
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Re: Ucrânia vs Rússia - Escalada de tensão

por PMP69 » 13/9/2022 22:56

pepe7 Escreveu:
PMP69 Escreveu:Mas por outro lado corre um risco enorme, pois com o aproximar do inverno a probabilidade de ficarem com unidades isoladas, sem mobilidade e reabastecimentos é enorme.
Pedro


Também me parece que sim, mas isso tb pode acontecer com algumas unidades Ucranianas, pois a questão da mobilidade será um problema para ambos, etc; Espero que este povo heroico Ucraniano, no caso dos seus militares, consigam prevenir e proteger das implicações do inverno rigoroso que ai vem.
E, estando na sua terra da qual conhecem bem, tentar aproveitar dentro do que for possível, situações favoráveis em relação ao invasor no inverno.
Sinceramente, face ao inverno rigoroso na Ucrânia, com as chuvas e com as temperaturas a atingir os 20 e 30 graus negativos, penso que vamos ter um impasse nesta guerra infundada, até meados/finais de fevereiro.

A sensação tenho, após o inicio da dita "operação especial!", pela resposta dada pelos Ucranianos ás portas de Kiev e sem grandes recursos, e que já aqui o referi, se lhes derem armamento, equipamentos, etc; disse que acreditava neste povo, em prol da sua independência, pois os seus militares são um caso sério, parecem-me muito bons (corajosos, fortes, determinados, etc), e com moral, melhor ainda.

Um suposto sucesso do povo Ucraniano, do qual desejo, para além de repor a justiça perante o invasor e agressor....seria também de extrema importância para o Ocidente, etc; em vários sentidos, até para repor alguma paz, pois entregar o Mar Negro na região sul da Ucrânia, etc; seria um autêntico suicídio a médio e longo prazo para todos nós em diversos aspectos, a começar pela própria paz...

Deixo uma analise interessante (dento do referido no tópico) e o relato de um paraquedista russo à CNN no que toca à questão do frio, tal como, as condições gerais...

Análise: Ucrânia está expondo a podridão profunda na máquina de guerra russa

Liderança pobre e inflexível, moral azeda das tropas, logística inadequada e hardware prejudicado por problemas de manutenção ficaram evidentes desde os estágios iniciais da guerra

Para a Rússia, os números são catastróficos.

De quarta a domingo, as forças militares de Vladimir Putin viram pelo menos 338 peças de equipamento militar importante – de caças a tanques e caminhões – destruídos, danificados ou capturados, de acordo com números do site de inteligência de código aberto Oryx, enquanto as forças ucranianas avançavam. Território controlado pelos russos em uma ofensiva que os surpreendeu em sua velocidade e amplitude.

O principal comandante militar da Ucrânia afirmou no domingo (11) que mais de 3 mil km² de território foram retomados pelas forças de seu país desde o início de setembro. E para mais perspectiva, apenas “desde quarta-feira, a Ucrânia recapturou território pelo menos duas vezes o tamanho da Grande Londres”, disse o Ministério da Defesa britânico nesta segunda-feira (12).

Relatos ucranianos dizem que as tropas de Putin estão fugindo para o leste, para a fronteira russa, em qualquer transporte que possam encontrar, até mesmo levando carros da população civil nas áreas que capturaram desde o início da guerra em fevereiro.

Em seu rastro, eles deixam centenas de peças da máquina de guerra russa, que desde o início da chamada “operação militar especial” de Putin, não chegou nem perto de cumprir seu faturamento pré-guerra como uma das grandes potências do mundo.

Essas perdas russas são o acúmulo de uma infinidade de problemas existentes que agora estão colidindo frontalmente com um exército ucraniano que tem sido paciente, metódico e infundido com bilhões de dólares em equipamentos militares ocidentais que a Rússia não pode igualar. E sem uma intervenção drástica e potencialmente não convencional de Putin, as vitórias ucranianas provavelmente se acelerarão, dizem analistas.

Muitos dos problemas da Rússia – liderança pobre e inflexível, moral azeda das tropas, logística inadequada e hardware prejudicado por problemas de manutenção – ficaram evidentes desde os estágios iniciais da guerra, há mais de sete meses.

O núcleo oco dos militares russos – incluindo tanques que eram presas fáceis para tropas terrestres ucranianas e caminhões que não tinham os pneus certos para atravessar a paisagem da Ucrânia – foi rapidamente exposto por táticas inadequadas para a blitzkrieg que Putin havia planejado.

Lembra daquele comboio de 64 quilômetros que parou no caminho para a capital Kyiv e foi destruído por defensores ucranianos? À medida que o comboio parou, os relatórios filtraram que as tropas russas tinham problemas de moral significativos – alguns nem sabiam que estavam na Ucrânia ou, se sabiam, por que estavam lá. À medida que os combates se intensificavam, as forças ucranianas atacaram a liderança russa, matando generais e coronéis que deveriam reunir as forças russas. E os russos certamente precisavam de uma liderança mais forte para acreditar nos relatos das dificuldades das tropas.

Pavel Filatyev, um paraquedista russo que lutou contra a captura da cidade ucraniana de Kherson por seu exército no início da guerra, disse à CNN no mês passado que sua unidade não tinha nem o básico durante a operação. “Vários dias depois de cercarmos Kherson, muitos de nós não tínhamos comida, água ou sacos de dormir”, disse ele.

“Como estava muito frio à noite, não conseguíamos nem dormir.Nós encontrávamos algum lixo, alguns trapos, apenas para nos embrulhar para nos mantermos aquecidos.” E seus armamentos eram de qualidade inferior, disse ele. “Todas as nossas armas são da época do Afeganistão”, onde as forças russas lutaram de 1979 a 1989, disse ele.


O impacto das doações de armas ocidentais

Enquanto isso, armas ocidentais fluíram para a Ucrânia, entre eles poderosos sistemas avançados de artilharia como o HIMARS, ou Sistemas de Foguetes de Artilharia de Alta Mobilidade.

Os HIMARS com rodas oferecem o que o fabricante americano Lockheed Martion chama de “capacidade de atirar e fugir” – eles podem disparar foguetes altamente precisos em alvos a cerca de 70 a 80 quilômetros de distância e depois se mover rapidamente para evitar qualquer contra-ataque.

A Ucrânia os usou com efeito devastador nas linhas de suprimentos russas, depósitos de munição e postos de comando.

“As forças armadas da Ucrânia empregaram o HIMARS e outros sistemas ocidentais para atacar linhas de comunicação terrestres russas em Kharkiv e Kherson Oblasts, estabelecendo condições para o sucesso desta operação”, disse o Instituto para o Estudo da Guerra (ISW) em um post no blog no domingo.

O golpe aplicado pelo HIMARS ucraniano implantado nas linhas de suprimentos russas tem sido implacável, de acordo com analistas ocidentais.

“A artilharia ucraniana de longo alcance provavelmente está atingindo os cruzamentos do Dnipro (rio) com tanta frequência que a Rússia não pode realizar reparos em pontes rodoviárias danificadas”, disse o Ministério da Defesa do Reino Unido na segunda-feira (12).

Trent Telenko, ex-auditor de controle de qualidade da Agência de Gerenciamento de Contratos de Defesa dos EUA, que estudou a logística russa, disse que as forças ucranianas usaram foguetes de precisão disparados das baterias HIMARS para eliminar os principais depósitos de armas russos perto das linhas ferroviárias bem atrás das linhas de frente.

Isso significou que a Rússia teve que usar caminhões para dispersar peças de artilharia e munição para depósitos menores, dificultando a distribuição, disse Telenko.

Quando a Ucrânia começou sua ofensiva relâmpago, a Rússia não conseguiu trazer poder de fogo apropriado para deter o avanço ucraniano porque sua artilharia estava muito dispersa, disse ele. Mas o HIMARS e outros poderosos sistemas de artilharia ocidentais não devem receber todo o crédito, disse a ISW.

Eles foram combinados com fintas e engenhosidade ucraniana. Na semana passada, a Rússia redistribuiu forças para o sul para reforçar suas fileiras à frente de uma contraofensiva ucraniana na região de Kherson, de acordo com autoridades ucranianas e imagens de equipamentos passando pela Crimeia. Isso abriu a porta para as forças ucranianas mais ao norte.

“A longa discussão de Kyiv e o anúncio de uma operação contraofensiva direcionada a Kherson Oblast afastaram tropas russas substanciais dos setores em que as forças ucranianas realizaram ataques decisivos nos últimos dias”, disse o ISW.

Depois que essas forças russas se moveram, os militares ucranianos investigaram pontos fracos nas linhas russas, disse Mark Hertling, analista da CNN e ex-general do Exército dos EUA.

“O que eles conseguiram fazer foi realizar reconhecimento com uma pequena força para descobrir onde conduzir um avanço muito maior, empurrando tanques e artilharia pelos buracos na frente russa e depois entrando nas áreas traseiras russas”, disse Hertling.

Suprimentos para a Ucrânia para alimentar seu avanço

A rápida retirada russa permitiu à Ucrânia capturar armas, munições, combustível e suprimentos russos nessas áreas de retaguarda, disse Telenko, acrescentando que a adição de caminhões e trens ao inventário ucraniano permitirá que Kyiv “sobrecarregue” seus avanços.

Analistas também notaram a falta de apoio aéreo russo. Richard Hooker Jr., membro sênior não residente do Conselho do Atlântico, disse no mês passado que a Ucrânia montou uma força de sistemas antiaéreos mais antigos já em seu inventário com suprimentos de equipamentos americanos e alemães e “em grande parte marginalizou o poder aéreo russo”.

“A Ucrânia tem sido extremamente bem-sucedida em negar a supremacia aérea da Rússia com defesa aérea extremamente eficaz e uma estratégia de ‘negação aérea’”, escreveu Hooper no blog “Alerta Ucrânia” do Atlantic Council.

E os reveses russos são apenas combustível para ainda mais problemas à frente, uma espiral de derrotas que pode estar além da capacidade de Moscou de parar.

Mick Ryan, membro adjunto do Centro de Estudos Estratégicos e Internacionais e ex-general do Exército Australiano, chama isso de “fracasso em cascata” em um post no Twitter. “Cada perda e retirada no campo de batalha leva a mais fracassos”, disse ele.

À medida que as opções diminuem, também diminuirá o moral russo em apuros.

À medida que as forças em retirada recuam, elas trazem histórias de sua retirada com elas.

Será quase impossível para o Kremlin impedir que essas histórias se espalhem dentro de suas forças e até mesmo para seus parentes em casa.

O território que a Rússia capturou na Ucrânia ao longo de sete meses, ao custo de dezenas de milhares de baixas russas, foi perdido em uma semana. E os generais da Rússia aparentemente não têm resposta imediata.

Mesmo quando as forças de Putin avançavam, esses avanços eram lentos e desgastantes. E no início da guerra, os defensores da Ucrânia nunca fugiram como as tropas russas na semana passada.

“A confiança já limitada que as tropas desdobradas têm na liderança militar sênior da Rússia provavelmente se deteriorará ainda mais”, disse o Ministério da Defesa britânico na segunda-feira. O relatório do ministério disse que os ataques ucranianos tornaram difícil para a Rússia mover tropas substitutas para as linhas de frente.

Onde Moscou encontra substitutos?

A grande questão é se a Rússia tem novas tropas treinadas para seguir em frente.

Em julho, a CNN informou que o chamado havia sido feito em toda a Rússia para que mais de 30 mil voluntários se juntassem ao esforço de guerra na Ucrânia.

A atração eram grandes bônus em dinheiro e nenhuma experiência era necessária.

Mas Kateryna Stepanenko, pesquisadora russa do ISW, disse que esses novos recrutas provavelmente seriam de pouca ajuda no campo de batalha, pois não haveria tempo suficiente para treiná-los.

Por exemplo, treinar uma tripulação de tanque pode levar vários meses no mínimo e às vezes mais de um ano, dizem os especialistas.

“É improvável que o treinamento de curto prazo transforme voluntários sem experiência prévia em soldados eficazes em qualquer unidade”, disse Stepanenko. E essas mais de 300 peças de hardware russas destruídas, danificadas ou abandonadas no campo de batalha nos últimos dias também não serão fáceis de substituir.

A indústria russa foi prejudicada pelas sanções ocidentais.

Os depósitos de armas russos já foram invadidos para substituir as perdas anteriores. E embora um grande número de armas possa permanecer nesses depósitos, eles provavelmente são antigos e precisam de reparos ou reforma, disse Jakub Janovsky, analista militar que contribui para o blog Oryx.

“Na prática, as substituições costumam ser veículos muito mais antigos – provavelmente sofrem com problemas de confiabilidade e com menor eficácia em combate”, disse ele. Moscou mantém a capacidade de fabricação, mas carece dos melhores componentes para o que pode produzir, disse Janovsky.

“Devido às sanções, eles podem ter que substituir sensores e eletrônicos por alternativas inferiores – e a quantidade que podem produzir no curto prazo é uma fração do que estão perdendo. Essas perdas materiais… não são sustentáveis”, disse ele.

Então aproveite a Ucrânia, pelo menos no curto prazo. Mas Ryan, o ex-general australiano, continua cauteloso.

“É muito cedo para falar em termos excessivamente triunfantes. Os russos ainda têm capacidade de resposta. O sul e o leste ainda estão ocupados pelos russos. Os ucranianos conquistaram uma vitória significativa, mas ainda há uma guerra a ser vencida”, tuitou.

https://www.cnnbrasil.com.br/internacional/analise-ucrania-esta-expondo-a-podridao-profunda-na-maquina-de-guerra-russa/


Os russos tiveram perdas enormes na Finlândia, num inverno rigoroso, e podem voltar a tê-las aqui, pois as condições são muitos semelhantes.

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Re: Ucrânia vs Rússia - Escalada de tensão

por PMP69 » 13/9/2022 22:50

Carrancho_ Escreveu:
PMP69 Escreveu:Também me parece que esse é o plano de Putin, ainda hoje recusaram uma vez mais a mobilização geral.


Eles já reconheceram 50000 mortes no orçamento que as indemniza, mas não me parece que o problema seja falta de pessoal mas de armamento e equipamento. Se mandarem mais vão ter de os equipar à romanos, com lanças e sandálias.


São as duas, armamento não conseguem repor, e o que têm é inferior ao do ocidente. Os militares que estão a recrutar nos confins da Rússia, nem para polícias de trânsito serviam.

Há vários relatos que falam num rácio de 8 para 1.

Vale a pena ler, para se perceber o que se passou.

https://www.forte.jor.br/2022/09/13/algumas-consideracoes-estrategicas-sobre-a-ofensiva-ucraniana-em-kharkiv-izium/

Não sei se o mês de Setembro e o fututo não vão criar mossas em Moscovo.

Pedro
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Re: Ucrânia vs Rússia - Escalada de tensão

por Carrancho_ » 13/9/2022 22:49

BearManBull Escreveu:Tem de ser pragmático e ver resultados, existe muita propaganda, pessoalmente não acredito em boa parte do que é publicado nos media (no ano passado andava o BCE e FED a falar em inflação passageira, agora é hiperinflação sem fim á vista, só daí se vè a quantidade absurda de informação falsa que é transmitida por meios oficiais). Provavelmente sem o dinheiro e armamento ocidental a Ucrânia tinha realmente capitulado.

Facto os Russos controlam a zona critica para os objetivos de Putin e deve ser nisso que vão apostar todos os esforços, não tinha grande sentido estarem em confrontos e defender posições no norte.

Facto a Ucrânia tem as costas quentes pela NATO e a Rússia pode ter a fama que quiser mas é um país que tem um PIB comparável ao da Itália como é que iria ter o segundo exercito mundial... ainda para mais quando têm de gastar uma boa parte do orçamento no esforço nuclear.

Surpreende que a FA não tenha controlado o espaço aéreo, mas Rússia não tem porta aviões, os aviões têm de sair de bases russas e andar centenas de KM para chegar aos alvos...

A Rússia se nunca tivesse sido financiada pela Alemanha e cumplicies da UE no esforço de guerra nunca teria sequer sonhado meter-se nestes trabalhos.


Se fosse por ti a Ucrânia tinha capitulado no dia 24 de fevereiro ou mesmo antes, hoje estávamos a discutir a Moldávia e a Geórgia.
Um abraço,

Carrancho
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Re: Ucrânia vs Rússia - Escalada de tensão

por pepe7 » 13/9/2022 22:47

PMP69 Escreveu:Mas por outro lado corre um risco enorme, pois com o aproximar do inverno a probabilidade de ficarem com unidades isoladas, sem mobilidade e reabastecimentos é enorme.
Pedro


Também me parece que sim, mas isso tb pode acontecer com algumas unidades Ucranianas, pois a questão da mobilidade será um problema para ambos, etc; Espero que este povo heroico Ucraniano, no caso dos seus militares, consigam prevenir e proteger das implicações do inverno rigoroso que ai vem.
E, estando na sua terra da qual conhecem bem, tentar aproveitar dentro do que for possível, situações favoráveis em relação ao invasor no inverno.
Sinceramente, face ao inverno rigoroso na Ucrânia, com as chuvas e com as temperaturas a atingir os 20 e 30 graus negativos, penso que vamos ter um impasse nesta guerra infundada, até meados/finais de fevereiro.

A sensação tenho, após o inicio da dita "operação especial!", pela resposta dada pelos Ucranianos ás portas de Kiev e sem grandes recursos, e que já aqui o referi, se lhes derem armamento, equipamentos, etc; disse que acreditava neste povo, em prol da sua independência, pois os seus militares são um caso sério, parecem-me muito bons (corajosos, fortes, determinados, etc), e com moral, melhor ainda.

Um suposto sucesso do povo Ucraniano, do qual desejo, para além de repor a justiça perante o invasor e agressor....seria também de extrema importância para o Ocidente, etc; em vários sentidos, até para repor alguma paz, pois entregar o Mar Negro na região sul da Ucrânia, etc; seria um autêntico suicídio a médio e longo prazo para todos nós em diversos aspectos, a começar pela própria paz...

Deixo uma analise interessante (dento do referido no tópico) e o relato de um paraquedista russo à CNN no que toca à questão do frio, tal como, as condições gerais...

Análise: Ucrânia está expondo a podridão profunda na máquina de guerra russa

Liderança pobre e inflexível, moral azeda das tropas, logística inadequada e hardware prejudicado por problemas de manutenção ficaram evidentes desde os estágios iniciais da guerra

Para a Rússia, os números são catastróficos.

De quarta a domingo, as forças militares de Vladimir Putin viram pelo menos 338 peças de equipamento militar importante – de caças a tanques e caminhões – destruídos, danificados ou capturados, de acordo com números do site de inteligência de código aberto Oryx, enquanto as forças ucranianas avançavam. Território controlado pelos russos em uma ofensiva que os surpreendeu em sua velocidade e amplitude.

O principal comandante militar da Ucrânia afirmou no domingo (11) que mais de 3 mil km² de território foram retomados pelas forças de seu país desde o início de setembro. E para mais perspectiva, apenas “desde quarta-feira, a Ucrânia recapturou território pelo menos duas vezes o tamanho da Grande Londres”, disse o Ministério da Defesa britânico nesta segunda-feira (12).

Relatos ucranianos dizem que as tropas de Putin estão fugindo para o leste, para a fronteira russa, em qualquer transporte que possam encontrar, até mesmo levando carros da população civil nas áreas que capturaram desde o início da guerra em fevereiro.

Em seu rastro, eles deixam centenas de peças da máquina de guerra russa, que desde o início da chamada “operação militar especial” de Putin, não chegou nem perto de cumprir seu faturamento pré-guerra como uma das grandes potências do mundo.

Essas perdas russas são o acúmulo de uma infinidade de problemas existentes que agora estão colidindo frontalmente com um exército ucraniano que tem sido paciente, metódico e infundido com bilhões de dólares em equipamentos militares ocidentais que a Rússia não pode igualar. E sem uma intervenção drástica e potencialmente não convencional de Putin, as vitórias ucranianas provavelmente se acelerarão, dizem analistas.

Muitos dos problemas da Rússia – liderança pobre e inflexível, moral azeda das tropas, logística inadequada e hardware prejudicado por problemas de manutenção – ficaram evidentes desde os estágios iniciais da guerra, há mais de sete meses.

O núcleo oco dos militares russos – incluindo tanques que eram presas fáceis para tropas terrestres ucranianas e caminhões que não tinham os pneus certos para atravessar a paisagem da Ucrânia – foi rapidamente exposto por táticas inadequadas para a blitzkrieg que Putin havia planejado.

Lembra daquele comboio de 64 quilômetros que parou no caminho para a capital Kyiv e foi destruído por defensores ucranianos? À medida que o comboio parou, os relatórios filtraram que as tropas russas tinham problemas de moral significativos – alguns nem sabiam que estavam na Ucrânia ou, se sabiam, por que estavam lá. À medida que os combates se intensificavam, as forças ucranianas atacaram a liderança russa, matando generais e coronéis que deveriam reunir as forças russas. E os russos certamente precisavam de uma liderança mais forte para acreditar nos relatos das dificuldades das tropas.

Pavel Filatyev, um paraquedista russo que lutou contra a captura da cidade ucraniana de Kherson por seu exército no início da guerra, disse à CNN no mês passado que sua unidade não tinha nem o básico durante a operação. “Vários dias depois de cercarmos Kherson, muitos de nós não tínhamos comida, água ou sacos de dormir”, disse ele.

“Como estava muito frio à noite, não conseguíamos nem dormir.Nós encontrávamos algum lixo, alguns trapos, apenas para nos embrulhar para nos mantermos aquecidos.” E seus armamentos eram de qualidade inferior, disse ele. “Todas as nossas armas são da época do Afeganistão”, onde as forças russas lutaram de 1979 a 1989, disse ele.


O impacto das doações de armas ocidentais

Enquanto isso, armas ocidentais fluíram para a Ucrânia, entre eles poderosos sistemas avançados de artilharia como o HIMARS, ou Sistemas de Foguetes de Artilharia de Alta Mobilidade.

Os HIMARS com rodas oferecem o que o fabricante americano Lockheed Martion chama de “capacidade de atirar e fugir” – eles podem disparar foguetes altamente precisos em alvos a cerca de 70 a 80 quilômetros de distância e depois se mover rapidamente para evitar qualquer contra-ataque.

A Ucrânia os usou com efeito devastador nas linhas de suprimentos russas, depósitos de munição e postos de comando.

“As forças armadas da Ucrânia empregaram o HIMARS e outros sistemas ocidentais para atacar linhas de comunicação terrestres russas em Kharkiv e Kherson Oblasts, estabelecendo condições para o sucesso desta operação”, disse o Instituto para o Estudo da Guerra (ISW) em um post no blog no domingo.

O golpe aplicado pelo HIMARS ucraniano implantado nas linhas de suprimentos russas tem sido implacável, de acordo com analistas ocidentais.

“A artilharia ucraniana de longo alcance provavelmente está atingindo os cruzamentos do Dnipro (rio) com tanta frequência que a Rússia não pode realizar reparos em pontes rodoviárias danificadas”, disse o Ministério da Defesa do Reino Unido na segunda-feira (12).

Trent Telenko, ex-auditor de controle de qualidade da Agência de Gerenciamento de Contratos de Defesa dos EUA, que estudou a logística russa, disse que as forças ucranianas usaram foguetes de precisão disparados das baterias HIMARS para eliminar os principais depósitos de armas russos perto das linhas ferroviárias bem atrás das linhas de frente.

Isso significou que a Rússia teve que usar caminhões para dispersar peças de artilharia e munição para depósitos menores, dificultando a distribuição, disse Telenko.

Quando a Ucrânia começou sua ofensiva relâmpago, a Rússia não conseguiu trazer poder de fogo apropriado para deter o avanço ucraniano porque sua artilharia estava muito dispersa, disse ele. Mas o HIMARS e outros poderosos sistemas de artilharia ocidentais não devem receber todo o crédito, disse a ISW.

Eles foram combinados com fintas e engenhosidade ucraniana. Na semana passada, a Rússia redistribuiu forças para o sul para reforçar suas fileiras à frente de uma contraofensiva ucraniana na região de Kherson, de acordo com autoridades ucranianas e imagens de equipamentos passando pela Crimeia. Isso abriu a porta para as forças ucranianas mais ao norte.

“A longa discussão de Kyiv e o anúncio de uma operação contraofensiva direcionada a Kherson Oblast afastaram tropas russas substanciais dos setores em que as forças ucranianas realizaram ataques decisivos nos últimos dias”, disse o ISW.

Depois que essas forças russas se moveram, os militares ucranianos investigaram pontos fracos nas linhas russas, disse Mark Hertling, analista da CNN e ex-general do Exército dos EUA.

“O que eles conseguiram fazer foi realizar reconhecimento com uma pequena força para descobrir onde conduzir um avanço muito maior, empurrando tanques e artilharia pelos buracos na frente russa e depois entrando nas áreas traseiras russas”, disse Hertling.

Suprimentos para a Ucrânia para alimentar seu avanço

A rápida retirada russa permitiu à Ucrânia capturar armas, munições, combustível e suprimentos russos nessas áreas de retaguarda, disse Telenko, acrescentando que a adição de caminhões e trens ao inventário ucraniano permitirá que Kyiv “sobrecarregue” seus avanços.

Analistas também notaram a falta de apoio aéreo russo. Richard Hooker Jr., membro sênior não residente do Conselho do Atlântico, disse no mês passado que a Ucrânia montou uma força de sistemas antiaéreos mais antigos já em seu inventário com suprimentos de equipamentos americanos e alemães e “em grande parte marginalizou o poder aéreo russo”.

“A Ucrânia tem sido extremamente bem-sucedida em negar a supremacia aérea da Rússia com defesa aérea extremamente eficaz e uma estratégia de ‘negação aérea’”, escreveu Hooper no blog “Alerta Ucrânia” do Atlantic Council.

E os reveses russos são apenas combustível para ainda mais problemas à frente, uma espiral de derrotas que pode estar além da capacidade de Moscou de parar.

Mick Ryan, membro adjunto do Centro de Estudos Estratégicos e Internacionais e ex-general do Exército Australiano, chama isso de “fracasso em cascata” em um post no Twitter. “Cada perda e retirada no campo de batalha leva a mais fracassos”, disse ele.

À medida que as opções diminuem, também diminuirá o moral russo em apuros.

À medida que as forças em retirada recuam, elas trazem histórias de sua retirada com elas.

Será quase impossível para o Kremlin impedir que essas histórias se espalhem dentro de suas forças e até mesmo para seus parentes em casa.

O território que a Rússia capturou na Ucrânia ao longo de sete meses, ao custo de dezenas de milhares de baixas russas, foi perdido em uma semana. E os generais da Rússia aparentemente não têm resposta imediata.

Mesmo quando as forças de Putin avançavam, esses avanços eram lentos e desgastantes. E no início da guerra, os defensores da Ucrânia nunca fugiram como as tropas russas na semana passada.

“A confiança já limitada que as tropas desdobradas têm na liderança militar sênior da Rússia provavelmente se deteriorará ainda mais”, disse o Ministério da Defesa britânico na segunda-feira. O relatório do ministério disse que os ataques ucranianos tornaram difícil para a Rússia mover tropas substitutas para as linhas de frente.

Onde Moscou encontra substitutos?

A grande questão é se a Rússia tem novas tropas treinadas para seguir em frente.

Em julho, a CNN informou que o chamado havia sido feito em toda a Rússia para que mais de 30 mil voluntários se juntassem ao esforço de guerra na Ucrânia.

A atração eram grandes bônus em dinheiro e nenhuma experiência era necessária.

Mas Kateryna Stepanenko, pesquisadora russa do ISW, disse que esses novos recrutas provavelmente seriam de pouca ajuda no campo de batalha, pois não haveria tempo suficiente para treiná-los.

Por exemplo, treinar uma tripulação de tanque pode levar vários meses no mínimo e às vezes mais de um ano, dizem os especialistas.

“É improvável que o treinamento de curto prazo transforme voluntários sem experiência prévia em soldados eficazes em qualquer unidade”, disse Stepanenko. E essas mais de 300 peças de hardware russas destruídas, danificadas ou abandonadas no campo de batalha nos últimos dias também não serão fáceis de substituir.

A indústria russa foi prejudicada pelas sanções ocidentais.

Os depósitos de armas russos já foram invadidos para substituir as perdas anteriores. E embora um grande número de armas possa permanecer nesses depósitos, eles provavelmente são antigos e precisam de reparos ou reforma, disse Jakub Janovsky, analista militar que contribui para o blog Oryx.

“Na prática, as substituições costumam ser veículos muito mais antigos – provavelmente sofrem com problemas de confiabilidade e com menor eficácia em combate”, disse ele. Moscou mantém a capacidade de fabricação, mas carece dos melhores componentes para o que pode produzir, disse Janovsky.

“Devido às sanções, eles podem ter que substituir sensores e eletrônicos por alternativas inferiores – e a quantidade que podem produzir no curto prazo é uma fração do que estão perdendo. Essas perdas materiais… não são sustentáveis”, disse ele.

Então aproveite a Ucrânia, pelo menos no curto prazo. Mas Ryan, o ex-general australiano, continua cauteloso.

“É muito cedo para falar em termos excessivamente triunfantes. Os russos ainda têm capacidade de resposta. O sul e o leste ainda estão ocupados pelos russos. Os ucranianos conquistaram uma vitória significativa, mas ainda há uma guerra a ser vencida”, tuitou.

https://www.cnnbrasil.com.br/internacional/analise-ucrania-esta-expondo-a-podridao-profunda-na-maquina-de-guerra-russa/
Abraço,
Pepe

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Re: Ucrânia vs Rússia - Escalada de tensão

por Carrancho_ » 13/9/2022 22:41

PMP69 Escreveu:Também me parece que esse é o plano de Putin, ainda hoje recusaram uma vez mais a mobilização geral.


Eles já reconheceram 50000 mortes no orçamento que as indemniza, mas não me parece que o problema seja falta de pessoal mas de armamento e equipamento. Se mandarem mais vão ter de os equipar à romanos, com lanças e sandálias.
Um abraço,

Carrancho
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Re: Ucrânia vs Rússia - Escalada de tensão

por PMP69 » 13/9/2022 21:06

https://news.yahoo.com/russian-units-near-kherson-negotiating-111100694.html?guccounter=1&guce_referrer=aHR0cHM6Ly93d3cuMTlmb3J0eWZpdmUuY29tLw&guce_referrer_sig=AQAAAEXhKOSHBSg_dEk2NOR3ajCoHbvE8feu6Vn2YGT8ufbLlPCoq_kRseXPmxgCQjgmWucBPooyKlMCPFtS4MbHTKbwD0hO_dN5uQetz9trOQ1WdCLqQnSMhMcr_L1SbKyZC2_FeYRh2LLgQ2aSSvdiuHTyyese97sI0V4UNWAGOrcc

Ao contrário do que se passou a norte e leste, com uma ofensiva diecta, a sul, deu-se uma ofensiva indirecta.

Kherso tem três anéis defensivos, com 3 regimentos, 2 dos quais do melhor que os russos têm, mas estão isolados. Não me parece possível retirarem, pois não existem pontes sobre o Dniepre.

Se a Ucrânia tomar Kherson e passar o Dniepre, pode isolar a Crimeia e abrir caminho para Mariupol.

Pedro
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Re: Ucrânia vs Rússia - Escalada de tensão

por PMP69 » 13/9/2022 21:05

https://news.yahoo.com/russian-units-near-kherson-negotiating-111100694.html?guccounter=1&guce_referrer=aHR0cHM6Ly93d3cuMTlmb3J0eWZpdmUuY29tLw&guce_referrer_sig=AQAAAEXhKOSHBSg_dEk2NOR3ajCoHbvE8feu6Vn2YGT8ufbLlPCoq_kRseXPmxgCQjgmWucBPooyKlMCPFtS4MbHTKbwD0hO_dN5uQetz9trOQ1WdCLqQnSMhMcr_L1SbKyZC2_FeYRh2LLgQ2aSSvdiuHTyyese97sI0V4UNWAGOrcc

Ao contrário do que se passou a norte e leste, com uma ofensiva diecta, a sul, deu-se uma ofensiva indirecta.

Kherso tem três anéis defensivos, com 3 regimentos, 2 dos quais do melhor que os russos têm, mas estao isolados. Não me parece possível retirarem, pois não existem pontes sobre o Dniepre.

Se a Ucrânia tomar Kherson e passar o Dniepre, pode isolar a Crimeia e abrir camiho para Mariupol.

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Re: Ucrânia vs Rússia - Escalada de tensão

por PMP69 » 13/9/2022 16:53

Também me parece que esse é o plano de Putin, ainda hoje recusaram uma vez mais a mobilização geral. Mas por outro lado corre um risco enorme, pois com o aproximar do inverno a probabilidade de ficarem com unidades isoladas, sem mobilidade e reabastecimentos é enorme.

Se o Ocidente resistir, e se mantiver unido, vai ser o descalabro das forças russas.

Ainda em relação à ofensiva ucraniana, e para se ter uma ideia da dimensão da força mobilizada, no Oblast de Kharkiv, estiveram envolvidas:

- 92ª Brigada Mecanizada (veículos de combate BTR-4E);
- 93ª Brigada Mecanizada (veículos de combate BMP);
- 80ª Brigada Aerotransportada (motorizada com BTR-80 APCs e Humvees);
- 25ª Brigadas de Assalto Aéreo (mecanizadas com veículos de combate BMD, BTR-3 e 4 e BTR-70);
- 3ª Brigada de Tanques de Reserva (tanques T-72).

Parte destas unidades, convergiram para sul/leste, onde se juntaram 103ª e 113ª Brigadas de Defesa Territorial, para tomarem Chkalovsk, Balakliya e Kupyansk, rumo a Izyum.

Os russos, com forças mal preparadas, desmotivadas, mal equipadas, algumas da República Popular de Lugansk, e com linhas defensivas frágeis ou inexistentes, foram surpreendidos pela dimensão da ofensiva e especialmente pela velocidade que conseguiram avançar, o que provocou a quebra da sua linha defensiva e deixou desprotegida a sua artilharia, e aí foi cada um por si, o salve-se quem puder.


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Re: Ucrânia vs Rússia - Escalada de tensão

por imauroxavier » 13/9/2022 16:15

caldeirum Escreveu:Exemplos do efeito da subida do preço e volume de gás na Europa vindo da Rússia. Um texto da bloomberg.
https://www.bloomberg.com/news/articles ... lling-over

From Beer to Tomatoes, Europe’s Energy Crisis Is Spilling Over

Ripple effects threaten Belgian brewer, German greenhouses
Widening fallout adds pressure on authorities to stem crunch

Tomato harvesting at one of Wittenberg Gemuese’s greenhouses.

Tomato harvesting at one of Wittenberg Gemuese’s greenhouses.Photographer: Krisztian Bocsi/Bloomberg
By

Lyubov Pronina and

Petra Sorge
13 de setembro de 2022 às 10:28 WEST


The Belgian brewer of Delirium Tremens beer is facing a real risk of halting production for the first time in more than a century as Europe’s energy crisis creates unexpected ripple effects across the region.

From German tomatoes to Swedish bread, Russia’s squeeze on gas supplies is starting to hit sectors well beyond utilities and energy-intensive industries. The spillover on food and drink supplies will likely intensify as temperatures drop and households require heating, forcing businesses and consumers into tough decisions.

Brewery Huyghe, located in the Belgian village of Melle, considered shutting production because of a 13-fold surge in the price of liquid carbon-dioxide, which it uses to make beers bubbly. It’s hoping a court, which is expected to rule on Wednesday, will thwart its supplier’s force majeure.
Energy Crises May Force Belgian Brewer to Stop Production For The First Time in 106 Years
Alain De Laet.
Source: Milan Jaros/Bloomberg

“I have enough CO2 to last me until Tuesday,” Alain De Laet, owner of the family-run company, said by phone last week as he searched for a last-minute alternative. “I may need to stop production until I find a Plan B, which would be the first time since 1906.”

The European Union is trying to stem the crisis caused by Russia’s gas cuts, which last year supplied about 40% of the bloc’s demand for the fuel. Commission President Ursula von der Leyen on Wednesday is set to propose a mandatory target to cut power use -- a step toward rationing -- along with measures to funnel energy-company profits to struggling consumers.

Read more: Scale of Europe’s Energy Turmoil Exposed in Frenzied Crisis Week

The Belgian brewery’s woes were triggered by a chain of misfortunes that illustrate how interconnected Europe’s economy is. Norwegian fertilizer giant Yara International ASA halted ammonia output at a plant in the Netherlands. That in turn hit Huyghe’s supplier Nippon Gases, which demanded 3,350 euros ($3,398) a ton for CO2 instead of 250 euros previously.

“Currently running production based on gas in Europe is not profitable,” Tiffanie Stephani, Yara’s vice president of European government relations, said via email. “We continue to monitor the situation and adapt our production.”

Nippon declined to comment citing the ongoing court case.
Energy Crises May Force Belgian Brewer to Stop Production For The First Time in 106 Years
Operations at Brewery Huyghe in Melle, Belgium on Sept. 12.
Source: Milan Jaros/Bloomberg

Huyghe isn’t alone. Carlsberg A/S said it may need to “significantly reduce” or halt beer production in Poland due to a shortage of liquid CO2. A handful of other Belgian brewers are also affected by the issue, and concerns over contagion are growing.

“A couple of months ago, the industry worked like a Swiss watch,” said Krishan Maudgal, head of the Belgian Brewers Association. “Because of the new situation with rising gas prices, it has cascaded down the value chain.”

Ammonia, which is produced with natural gas, has been hard hit by the price surge sparked by Russia’s move to slash gas deliveries in retaliation over sanctions related to its invasion of Ukraine. A wave of shutdowns has left at least half of the region’s capacity offline, creating a crunch for fertilizer but also CO2 -- a byproduct of the process.

Read more: Eiffel Tower Lights to Turn Off Earlier to Lower Power Use

Carbon dioxide is a vital part of the food industry. It’s used to stun livestock for slaughter, as well as in packaging to extend shelf life and for dry ice to keep items frozen during transport.

British online grocery service Ocado Group Plc said on Tuesday that increased costs for things like dry ice and energy will likely weigh on profits in the fourth quarter, while shoppers tighten their purse strings. The combination signals how difficult it will be for companies to pass on higher expenses as households struggle to fulfill basic needs.
relates to From Beer to Tomatoes, Europe’s Energy Crisis Is Spilling Over
The SKW Piesteritz GmbH fertilizer plant rises over a Wittenberg Gemuese GmbH greenhouse in Wittenberg, Germany, on Sept. 9.
Photographer: Krisztian Bocsi/Bloomberg

For Wittenberg Gemuese GmbH, the disruption of ammonia production has also meant a loss of the heating and hot water needed to operate its greenhouses.

The German grower of tomatoes, strawberries and peppers relies on SKW Piesteritz GmbH for heat as well as CO2, but was left stranded when Germany’s biggest producer of ammonia and urea halted output last week.

“Without heating, nothing works here,” said Kevin van IJperen, manager of the facility, which is nearly three times as big as the Pentagon. “We were still lucky as the temperatures were mild in the last week. Had this happened later in the year, we would have had huge losses.”

The outage at SKW, which is in talks over a government bailout, poses other risks for Germany’s economy. The company covers about 40% of Germany’s demand for AdBlue, an additive used to make the exhaust of diesel vehicles less harmful. A shortage could force freight trucks off the road.

In Sweden, Pagen, one the country’s biggest bakeries, joined other food producers to warn about risks to food supply from surging energy costs and the risks of blackouts.

A one-second electricity disruption in June impacted Pagen’s production for four weeks, head of communications and sustainability Berith Apelgren told local media, adding that recurring outages would be “mind boggling.”

Back in Belgium, Prime Minister Alexander De Croo has warned that Europe’s economy risks a “full stop” from a domino effect caused by the energy crisis.

“That’s why I think that interventions in the gas market are the core thing,” he said in an interview. “If you do that right a lot of the other things are actually less important, because that’s the driving element.”


Estamos em Setembro. Continuo a achar que o pânico está do lado da Ucrânia e dos países a oeste. A Rússia só precisa de esperar pelo frio para que a Ucrânia capitule sem destruir mais infraestruturas. Espero estar enganado.


O "pânico" está dos dois lados, talvez seja melhor não esquecer que a "Europa está em Guerra", e se o preço a pagar for beber menos cerveja e comer menos tomates, compro. Vai ser caro, mas não me importo nada de pagar para estar longe da frente de batalha.
 
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Re: Ucrânia vs Rússia - Escalada de tensão

por caldeirum » 13/9/2022 15:44

Exemplos do efeito da subida do preço e volume de gás na Europa vindo da Rússia. Um texto da bloomberg.
https://www.bloomberg.com/news/articles ... lling-over

From Beer to Tomatoes, Europe’s Energy Crisis Is Spilling Over

Ripple effects threaten Belgian brewer, German greenhouses
Widening fallout adds pressure on authorities to stem crunch

Tomato harvesting at one of Wittenberg Gemuese’s greenhouses.

Tomato harvesting at one of Wittenberg Gemuese’s greenhouses.Photographer: Krisztian Bocsi/Bloomberg
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Lyubov Pronina and

Petra Sorge
13 de setembro de 2022 às 10:28 WEST


The Belgian brewer of Delirium Tremens beer is facing a real risk of halting production for the first time in more than a century as Europe’s energy crisis creates unexpected ripple effects across the region.

From German tomatoes to Swedish bread, Russia’s squeeze on gas supplies is starting to hit sectors well beyond utilities and energy-intensive industries. The spillover on food and drink supplies will likely intensify as temperatures drop and households require heating, forcing businesses and consumers into tough decisions.

Brewery Huyghe, located in the Belgian village of Melle, considered shutting production because of a 13-fold surge in the price of liquid carbon-dioxide, which it uses to make beers bubbly. It’s hoping a court, which is expected to rule on Wednesday, will thwart its supplier’s force majeure.
Energy Crises May Force Belgian Brewer to Stop Production For The First Time in 106 Years
Alain De Laet.
Source: Milan Jaros/Bloomberg

“I have enough CO2 to last me until Tuesday,” Alain De Laet, owner of the family-run company, said by phone last week as he searched for a last-minute alternative. “I may need to stop production until I find a Plan B, which would be the first time since 1906.”

The European Union is trying to stem the crisis caused by Russia’s gas cuts, which last year supplied about 40% of the bloc’s demand for the fuel. Commission President Ursula von der Leyen on Wednesday is set to propose a mandatory target to cut power use -- a step toward rationing -- along with measures to funnel energy-company profits to struggling consumers.

Read more: Scale of Europe’s Energy Turmoil Exposed in Frenzied Crisis Week

The Belgian brewery’s woes were triggered by a chain of misfortunes that illustrate how interconnected Europe’s economy is. Norwegian fertilizer giant Yara International ASA halted ammonia output at a plant in the Netherlands. That in turn hit Huyghe’s supplier Nippon Gases, which demanded 3,350 euros ($3,398) a ton for CO2 instead of 250 euros previously.

“Currently running production based on gas in Europe is not profitable,” Tiffanie Stephani, Yara’s vice president of European government relations, said via email. “We continue to monitor the situation and adapt our production.”

Nippon declined to comment citing the ongoing court case.
Energy Crises May Force Belgian Brewer to Stop Production For The First Time in 106 Years
Operations at Brewery Huyghe in Melle, Belgium on Sept. 12.
Source: Milan Jaros/Bloomberg

Huyghe isn’t alone. Carlsberg A/S said it may need to “significantly reduce” or halt beer production in Poland due to a shortage of liquid CO2. A handful of other Belgian brewers are also affected by the issue, and concerns over contagion are growing.

“A couple of months ago, the industry worked like a Swiss watch,” said Krishan Maudgal, head of the Belgian Brewers Association. “Because of the new situation with rising gas prices, it has cascaded down the value chain.”

Ammonia, which is produced with natural gas, has been hard hit by the price surge sparked by Russia’s move to slash gas deliveries in retaliation over sanctions related to its invasion of Ukraine. A wave of shutdowns has left at least half of the region’s capacity offline, creating a crunch for fertilizer but also CO2 -- a byproduct of the process.

Read more: Eiffel Tower Lights to Turn Off Earlier to Lower Power Use

Carbon dioxide is a vital part of the food industry. It’s used to stun livestock for slaughter, as well as in packaging to extend shelf life and for dry ice to keep items frozen during transport.

British online grocery service Ocado Group Plc said on Tuesday that increased costs for things like dry ice and energy will likely weigh on profits in the fourth quarter, while shoppers tighten their purse strings. The combination signals how difficult it will be for companies to pass on higher expenses as households struggle to fulfill basic needs.
relates to From Beer to Tomatoes, Europe’s Energy Crisis Is Spilling Over
The SKW Piesteritz GmbH fertilizer plant rises over a Wittenberg Gemuese GmbH greenhouse in Wittenberg, Germany, on Sept. 9.
Photographer: Krisztian Bocsi/Bloomberg

For Wittenberg Gemuese GmbH, the disruption of ammonia production has also meant a loss of the heating and hot water needed to operate its greenhouses.

The German grower of tomatoes, strawberries and peppers relies on SKW Piesteritz GmbH for heat as well as CO2, but was left stranded when Germany’s biggest producer of ammonia and urea halted output last week.

“Without heating, nothing works here,” said Kevin van IJperen, manager of the facility, which is nearly three times as big as the Pentagon. “We were still lucky as the temperatures were mild in the last week. Had this happened later in the year, we would have had huge losses.”

The outage at SKW, which is in talks over a government bailout, poses other risks for Germany’s economy. The company covers about 40% of Germany’s demand for AdBlue, an additive used to make the exhaust of diesel vehicles less harmful. A shortage could force freight trucks off the road.

In Sweden, Pagen, one the country’s biggest bakeries, joined other food producers to warn about risks to food supply from surging energy costs and the risks of blackouts.

A one-second electricity disruption in June impacted Pagen’s production for four weeks, head of communications and sustainability Berith Apelgren told local media, adding that recurring outages would be “mind boggling.”

Back in Belgium, Prime Minister Alexander De Croo has warned that Europe’s economy risks a “full stop” from a domino effect caused by the energy crisis.

“That’s why I think that interventions in the gas market are the core thing,” he said in an interview. “If you do that right a lot of the other things are actually less important, because that’s the driving element.”


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Re: Ucrânia vs Rússia - Escalada de tensão

por pepe7 » 13/9/2022 0:54

A retirada das tropas russas está a tirar força a Putin - e a contestação é cada vez maior

Figuras próximas do presidente russo já começam a mostrar descontentamento. Analistas entendem que o desgaste pode minar a figura que Vladimir Putin demorou 20 anos a construir


"...Já há pedidos de demissão
A coincidência de a retirada de Kharkiv ter acontecido na mesma altura em que decorreram eleições regionais na Rússia foi o rastilho para algo que já vinha a ser preparado.

Responsáveis de 18 distritos das cidades de Moscovo e São Petersburgo, as duas maiores do país, assinaram uma declaração pública em que exigem a demissão de Vladimir Putin. Até ao momento, segundo o jornal El Mundo, que teve acesso ao documento, 85 pessoas já assinaram a petição, sendo esperado que esse número aumente nas próximas horas.

Na semana passada a junta do distrito de Lomonosovksy, em Moscovo, já tinha exigido a demissão do presidente russo, sendo que os deputados do distrito de Smolny, em São Petersburgo, também pediram ao parlamento russo que acuse Vladimir Putin de traição para destituí-lo do cargo. Como motivo apresentaram as consequências da guerra no povo russo, mas também no exército, que dizem que o presidente está a “desacreditar”.
https://cnnportugal.iol.pt/guerra/ucrania/a-retirada-das-tropas-russas-esta-a-retirar-a-forca-a-putin-e-a-contestacao-e-cada-vez-maior/20220913/631f667f0cf2ea367d4dbfc3

Outro caso suspeito: corpo de aliado de Putin é encontrado no Mar do Japão

Outra figura importante da Rússia morreu de forma misteriosa: o jornal russo Komsomolskaya Pravda informou nesta segunda-feira (12) a morte de Ivan Pechorin, diretor-gerente da Corporação de Desenvolvimento do Ártico e Extremo Oriente, cargo para o qual foi indicado pelo presidente Vladimir Putin.

Segundo o jornal, Pechorin morreu ao cair de um barco perto da Ilha Russky, no Mar do Japão. O corpo do funcionário de 39 anos foi encontrado após mais de 24 horas de buscas.

Em comunicado, a corporação onde Pechorin trabalhava apontou que “a morte de Ivan é uma perda irreparável para amigos e colegas, uma grande perda para a corporação”. “Oferecemos nossas condolências sinceras à família e aos amigos”, acrescentou.

Poucos dias antes da sua morte, Pechorin havia participado do Fórum Econômico do Leste, organizado por Putin em Vladivostok.

Nos últimos meses, ao menos outros seis nomes importantes da Rússia morreram em circunstâncias suspeitas – o caso mais recente havia sido o de Ravil Maganov, presidente da segunda maior produtora de petróleo russa, Lukoil, que morreu “após cair de uma janela de um hospital” em Moscou no início do mês, segundo relatos. A Lukoil havia se posicionado contra a invasão russa à Ucrânia.
https://www.gazetadopovo.com.br/mundo/outro-caso-suspeito-corpo-de-aliado-de-putin-e-encontrado-no-mar-do-japao/?ref=comentarios-materia-cta
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Re: Ucrânia vs Rússia - Escalada de tensão

por mais_um » 11/9/2022 21:40

BearManBull Escreveu:Tem de ser pragmático e ver resultados, existe muita propaganda, pessoalmente não acredito em boa parte do que é publicado nos media (no ano passado andava o BCE e FED a falar em inflação passageira, agora é hiperinflação sem fim á vista, só daí se vè a quantidade absurda de informação falsa que é transmitida por meios oficiais). Provavelmente sem o dinheiro e armamento ocidental a Ucrânia tinha realmente capitulado.

Facto os Russos controlam a zona critica para os objetivos de Putin e deve ser nisso que vão apostar todos os esforços, não tinha grande sentido estarem em confrontos e defender posições no norte.

Facto a Ucrânia tem as costas quentes pela NATO e a Rússia pode ter a fama que quiser mas é um país que tem um PIB comparável ao da Itália como é que iria ter o segundo exercito mundial... ainda para mais quando têm de gastar uma boa parte do orçamento no esforço nuclear.

Surpreende que a FA não tenha controlado o espaço aéreo, mas Rússia não tem porta aviões, os aviões têm de sair de bases russas e andar centenas de KM para chegar aos alvos...

A Rússia se nunca tivesse sido financiada pela Alemanha e cumplicies da UE no esforço de guerra nunca teria sequer sonhado meter-se nestes trabalhos.


A distancia não é um problema, o espaço aéreo (e o território) da Bielorrússia tem sido utilizado desde 1º dia para atacar a Ucrânia.
Além disso os aviões russos têm um raio de ação significativo, mais de 1000 km, alguns mais de 3000 km.
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Re: Ucrânia vs Rússia - Escalada de tensão

por BearManBull » 11/9/2022 21:12

Tem de ser pragmático e ver resultados, existe muita propaganda, pessoalmente não acredito em boa parte do que é publicado nos media (no ano passado andava o BCE e FED a falar em inflação passageira, agora é hiperinflação sem fim á vista, só daí se vè a quantidade absurda de informação falsa que é transmitida por meios oficiais). Provavelmente sem o dinheiro e armamento ocidental a Ucrânia tinha realmente capitulado.

Facto os Russos controlam a zona critica para os objetivos de Putin e deve ser nisso que vão apostar todos os esforços, não tinha grande sentido estarem em confrontos e defender posições no norte.

Facto a Ucrânia tem as costas quentes pela NATO e a Rússia pode ter a fama que quiser mas é um país que tem um PIB comparável ao da Itália como é que iria ter o segundo exercito mundial... ainda para mais quando têm de gastar uma boa parte do orçamento no esforço nuclear.

Surpreende que a FA não tenha controlado o espaço aéreo, mas Rússia não tem porta aviões, os aviões têm de sair de bases russas e andar centenas de KM para chegar aos alvos...

A Rússia se nunca tivesse sido financiada pela Alemanha e cumplicies da UE no esforço de guerra nunca teria sequer sonhado meter-se nestes trabalhos.
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Re: Ucrânia vs Rússia - Escalada de tensão

por mais_um » 11/9/2022 20:29

PMP69 Escreveu:
mais_um Escreveu:
PMP69 Escreveu:
Retirar para reagrupar não é vergonha nenhuma, não é sempre em frente, a guerra é feita de avanços e recuos.

Pedro


Não concordo contigo, toda a "operação especial" é uma vergonha para as forças armadas russas, nem estou a pensar nos crimes de guerra, nem se há razão para a invasão.
O desempenho das forças armadas russas tem sido miserável, com ou sem recuos "estratégicos".
É a marinha, a força aérea e o exercito, não há nada que se aproveite.

Alguém lembre o Putin que já vão mais de 6 meses para algo que segundo ele demoraria 48 horas.



Estava a referir-me no geral, mas respeito qualquer homem que lute pelos homens que estão ao seu lado, mesmo estando do lado errado da história.

Apesar de não haverem guerras limpas, jamais defendo o que mencionas, na Ucrânia ou em qualquer outro lado.

Pedro

Não estou a referir soldados mas instituições. E não sou só eu que o digo, há russos apoiantes da invasão que têm a mesma opinião:
https://www.nytimes.com/2022/09/10/worl ... putin.html
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Re: Ucrânia vs Rússia - Escalada de tensão

por mais_um » 11/9/2022 20:01

BearManBull Escreveu:
mais_um Escreveu:Não concordo contigo, toda a "operação especial" é uma vergonha para as forças armadas russas


Nem de perto concordo. Enfim são chefiados por um bando de anormais, em certa medida como os do ocidente mas com um Putin que se atreveu sozinho a enfrentar a NATO - a maior organização militar de toda a historia. .

Tudo bem que quem anda no terreno são os militares Ucranianos, mas está por trás a toda a inteligência da NATO (em particular dos USA e UK) só isso é metade de uma guerra ganha. O facto de morrerem tantos generais demonstra o quão bem informados estão os militares na Ucrânia dos posicionamentos russos.

De resto a Rússia foi alimentada com informações falsas que invasão seria um passeio no parque, toda esta guerra parece completamente fabricada. Claro que o Putin é o invasor (e acima de tudo é o responsável final pela sangria) mas é um como tudo na vida é um yin yang.

Militarmente estamos a falar da Rússia que é um pois com 140-150M de habitantes contra a Ucrânia com 40-45M, sem qualquer ajuda já deveria ser à partida um combate bem disputado. Mas a Ucrânia não está nem de perto a lutar sozinha, tem suporte económico, de propaganda, de serviços de inteligência, de armamento, treino militar e inclusivamente de homens no terreno (supostamente freedom fighters).

Atendendo a todos estes factores pode-se considerar que o exercito russo militarmente tem tido uma performance medíocre mas longe de ser uma vergonha para uma campanha de invasão desta envergadura.


Medíocre ou vergonha neste contexto são conceitos subjetivos, quando estou a falar de vergonha não estou a acusar os soldados (estou a excluir os crimes de guerra) mas sim a instituição das forças armadas russas, considerando que é (ou era) a 2ª maior potencia militar na minha opinião não é aceitável que cerca de 40% dos blindados perdidos documentados se devam por problemas mecânicos (falta de manutenção) ou falta de combustível (problemas logísticos), isto não deriva de informação nem equipamento fornecido pela NATO.
Quando se perde um cruzador da maneira como se perdeu o Moska para um país sem marinha e sem aviação com capacidade de atacar navios daquela dimensão demonstra incompetência, quando muitas dezenas de soldados ficam gravemente doentes por comerem rações de combate estragadas não é por culpa da NATO.
Quando se tem 7x mais de meios aéreos, superioridade tecnológica e não se tem superioridade aérea ao fim de 1 mês de operações só pode significar incompetência ou aviões de papel.
Quando ao fim de 6 meses os comboios continuam a circular entre a fronteira ocidental e a frente de combate, num pais que é atravessado por vários rios grandes mas bombardeia-se escolas, mercados e casas de habitação não é por culpa da NATO.

Os oficiais superiores que morreram no inicio da guerra deveu-se ao facto de se terem exposto muito e estarem ao alcance de snipers e artilharia. Expuseram-se demasiado, actualmente apesar dos ucranianos disporem de meios com mais alcance nunca mais ouviste falar em oficiais superiores mortos.



BearManBull Escreveu:Por fim deixo uma nota que não acredito nem de perto que algum militar que seja morde-se o isco de acreditar num anuncio de uma movimentação. Claro que isto é propaganda básica para enaltecer a moral da Ucrânia e estupidificar os russos, a zona de contra ofensiva obviamente tinha de ser a que menos interesse militar tinha para os russos, começa-se pelo mais fácil, duvido muito é consigam ir mais além de Kherson que é a meia lua que mais interesse tem para os russos, nessa zona os confrontos devem ser de outra magnitude.


Acredita no que quiseres mas isso não altera o facto que os russos retiraram tropas do norte para o sul nas ultimas semanas, a história militar está repleta de episódios onde foram usados estratagema para enganar o adversário, este é apenas mais um.
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Re: Ucrânia vs Rússia - Escalada de tensão

por mais_um » 11/9/2022 19:12

O mapa publicado hoje pelo MoD russo mostra que todo o Oblast de Kharkiv foi abandonado pelos russos excepto a margem leste do rio Oskol (circulo a azul), onde não há cidades.
A grande incógnita é o que se passa em Lyman (circulo a vermelho), ontem havia imagens de forças ucranianas nos arredores, mas aparentemente os russos estão a tentar segurar a posição para permitir que parte das tropas que estão em fuga de Izyum possam chegar ao Oblast de Luhansk, penso que neste momento será o ponto mais quente da frente e a seguir com atenção.

A sul, no Oblast de Kherson, o MoD ucraniano informou que os russos retiraram de alguns pontos, sem grande significado em termos de território.
Tem passado nas redes sociais vídeos e fotos dos reforços que chegaram à região isto apesar das pontes e batelões para atravessar o Dniepre estarem a ser atacados pela artilharia ucraniana.

Penso que no sul a estratégia é continuar a "moer" os russos, para menos para já.
Anexos
InkedScreenshot 2022-09-11 at 18-45-29 Ukraine Interactive map - Ukraine Latest news on live map - liveuamap.com.jpg
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Re: Ucrânia vs Rússia - Escalada de tensão

por pepe7 » 11/9/2022 16:45

Ucrânia toma iniciativa contra a Rússia no 200º dia da guerra

As forças ucranianas obtiveram ganhos substanciais durante uma rápida contra-ofensiva em território controlado pela Rússia, quando a guerra de Vladimir Putin na Ucrânia entrou em seu 200º dia, segundo autoridades.

Em um discurso de sábado, 10 de setembro, o presidente ucraniano Volodymyr Zelensky disse que as forças haviam retomado 1.242 milhas de seu território.

Ele disse: “O movimento de nossos soldados em diferentes direções da frente continua. Até agora, como parte das ações ativas desde o início de setembro, cerca de 2.000 quilômetros de nosso território já foram liberados.

“Hoje em dia, o exército russo está mostrando o seu melhor – mostrando as costas. E, no final, é uma boa escolha para eles fugirem. Não haverá lugar para os ocupantes na Ucrânia.”

Soldados ucranianos montam um tanque em uma estrada na região de Donetsk em 13 de agosto de 2022, em meio à invasão militar russa da Ucrânia.
Getty
O presidente então agradeceu a vários regimentos por seus esforços “na direção de Kharkiv” e “por garantir a situação em Balakliya”.

A inteligência do Reino Unido também apoiou as alegações ucranianas de que o foco do país havia conseguido uma contra-ofensiva bem-sucedida.

O Ministério da Defesa do Reino Unido (MoD) disse em um domingo, 11 de setembro, comunicado no Twitter: “Nas últimas 24 horas, as forças ucranianas continuaram a obter ganhos significativos na região de Kharkiv. continua em torno das cidades estrategicamente importantes de Kupiansk e Izium.”

O ex-embaixador da Ucrânia na Áustria, Olexander Scherba, afirmou no domingo que a aldeia de Chkalovs’ke, a sudeste de Kharkiv, foi libertada.

Oleksiy Goncharenko, um membro do Parlamento da Ucrânia, afirmou que as forças penetraram mais profundamente no território controlado pela Rússia. Ele twittou: “Minhas fontes dizem que o ucraniano entrou no aeroporto de Donetsk. Mantenha os dedos cruzados”.

Fotos e vídeos foram amplamente compartilhados online que afirmam mostrar soldados ucranianos em cidades e vilarejos libertados que estavam sob ocupação russa.

A Rússia continua a deter vastas áreas do território ucraniano, incluindo a Crimeia, que foi anexada em 2014.

Moscou admitiu que suas forças se afastaram das áreas que a Ucrânia alegou ter libertado, mas descreveu isso como uma “realocação”.

Em uma atualização do Telegram de 10 de setembro, o Ministério da Defesa russo disse: “As tropas russas que operam perto de Balakleya e Izyum serão redistribuídas para reforço na direção de Donetsk, a fim de alcançar objetivos preestabelecidos de [the] operação militar especial.

“Com este propósito, o grupo de tropas Izyum-Balakleya foi transferido para a República Popular de Donetsk em 72 horas. Várias manobras enganosas e demonstrativas foram realizadas marcando [the] ação real das tropas dentro da referida operação.

“O inimigo esteve sob poderosos ataques de fogo com o envolvimento da aviação, tropas de mísseis e artilharia para evitar qualquer dano às tropas russas.”

Alegou ainda que 2.000 soldados ucranianos e estrangeiros, além de mais de “100 unidades” de equipamento blindado e artilharia, foram “eliminados” em 72 horas.

Newsweek entrou em contato com o Kremlin e Goncharenko para comentar.

O aparente sucesso da contra-ofensiva da Ucrânia ocorre em meio a fortes críticas à forma como a Rússia lidou com a invasão.

As forças russas foram descritas como tendo baixo moral e sofrido um grande número de baixas desde o início da guerra, há 200 dias.

O general aposentado do Exército dos EUA, Mark Hertling, disse na sexta-feira que o fracasso da Rússia em conter os avanços da Ucrânia essencialmente ajudou a Ucrânia a recuperar seu território.

Ele postou no Twitter: “Não se engane, a UA (Ucrânia) está executando uma manobra brilhante focada em objetivos de terreno para ‘ensacar’ os russos. Mas os russos os estão ajudando… fazendo muito pouco para combater”.
https://www.etcepop.com/ucrania-toma-iniciativa-contra-a-russia-no-200o-dia-da-guerra/
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