Caldeirão da Bolsa

OT - Políticas para Portugal

Espaço dedicado a todo o tipo de troca de impressões sobre os mercados financeiros e ao que possa condicionar o desempenho dos mesmos.

Re: Políticas para Portugal

por Marco Martins » 7/6/2022 16:55

Como vejo os próximos tempos nas bolsas face a todo o impacto mundial da guerra Rússia/Ucrânia:

Houve um impacto inicial negativo nas bolsas, nas os medos de que a guerra se extendesse a outros países foi-se reduzindo e elas voltaram a recuperar!
Assim, os investidores, deixaram-se estar e compraram mais por estar barato!

Com a subida dos juros, e da inflação, tudo tenderá a subir e não voltará a baixar... pois o preço das coisas leva ao aumento dos vencimentos e depois dos vencimentos aumentados os preços também não descem, pois senão não daria para pagar os vencimentos!!!

Assim, os investidores que estavam dentro assim e mantiveram (apesar de apreensivos) e outros entraram devido a verem tudo valorizar!

Nos próximos tempos, a certa altura os preços altos da energia, alimentos e matérias primas provocarão uma queda no consumo, na produção e por conseguinte no fecho de empresas que empregam muita gente e são muito sensíveis ao preço da energia!!!
Os custos do aumento das taxas, para já será bom para os bancos, mas para quem tem empréstimos será mau, o que levará a um aumento de créditos mal parados... e por conseguinte novo impacto nos bancos.

Ou seja, a rápida variação dos ventos poderá não dar tempo à adaptação entre os vencimentos e os consumos e isso poderá provocar um temporal repentino....

Não sei qual o motivo do Musk referir o pessimismo para os próximos tempos, mas gostava de saber...
 
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Re: Políticas para Portugal

por J_Investidor » 3/6/2022 13:28

BearManBull Escreveu:A corrupção está enraizada em todos os níveis em Portugal.

Temos uma sociedade tipo chinesa que acredita que devemos controlar que o vizinho, mas para os detentores de poder imunidade total e servilismo.


Estou certo que tudo isto foi realizado com o método cientifico tuga que aplica a tudo que é decisão politica.

Chefes da PSP “assaltam” rendas low-cost de Lisboa

Sem concurso ou regulamento, a Montepio PSP de Lisboa tem atribuído T3 e T4 em zonas nobres da capital a menos de 550 euros aos membros dos próprios órgãos sociais da associação e a altas patentes da polícia. Ex-diretor nacional da PSP também teve direito a uma casa e recusa dizer se viveu lá.

...

Ou seja: enquanto todos os anos uma média de mil jovens polícias são colocados no Comando Metropolitano de Lisboa, tendo de enfrentar os elevados preços de habitação da capital, a associação Montepio PSP de Lisboa (sem relação com o banco ou associação mutualista com o nome Montepio) tem atribuído casas de renda livre a oficiais e altas patentes da PSP, sem concurso ou regulamento em vigor – mesmo quando não é o próprio agente que vai ocupar a casa.


https://www.sabado.pt/portugal/detalhe/ ... GDETOUTRAS


Mas depois vamos defender as 350 mil camaras de vigia big brother, controlo total social, ao estado tudo, do povo nada.

Boas, apenas uma info.
Nem todo o efetivo da PSP é sócio do montepio da PSP. É opcional. Não sei que percentagem de polícias são sócios do montepio, mas deverá ser uma minoria.

O que disse foi sobre o Montepio da PSP, não confundir com Serviços Sociais da PSP. São coisas independentes.
 
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Re: Políticas para Portugal

por Masterchief » 3/6/2022 12:23

Marco Martins Escreveu:https://www.jornaldenegocios.pt/economia/detalhe/portugal-sobe-ao-8-lugar-do-ranking-dos-que-mais-captam-investimento-na-europa

Depois de, em 2020, ter alcançado o feito de, pela primeira vez, entrar no 'top 10' das economias europeias que mais captam projetos de investimento direto estrangeiro, Portugal escalou duas posições no ano passado, ascendendo ao 8.º lugar do 'ranking' elaborado pela consultora EY.


Uma excelente notícia... pode ser que os ventos soprem no bom caminho...

Eu sinceramente já não acredito muito nestas noticias, para mim "plantadas" com óbvias intenções. E o JN começa a ser um bocado recorrente nesta questão. Imparcialidade jornalística é coisa que não existe em Portugal. Quando interessa procura-se um qualquer ranking ou estudo que encaixe na retórica que interessa a alguém.
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Re: Políticas para Portugal

por BearManBull » 3/6/2022 10:56

A corrupção está enraizada em todos os níveis em Portugal.

Temos uma sociedade tipo chinesa que acredita que devemos controlar que o vizinho, mas para os detentores de poder imunidade total e servilismo.


Estou certo que tudo isto foi realizado com o método cientifico tuga que aplica a tudo que é decisão politica.

Chefes da PSP “assaltam” rendas low-cost de Lisboa

Sem concurso ou regulamento, a Montepio PSP de Lisboa tem atribuído T3 e T4 em zonas nobres da capital a menos de 550 euros aos membros dos próprios órgãos sociais da associação e a altas patentes da polícia. Ex-diretor nacional da PSP também teve direito a uma casa e recusa dizer se viveu lá.

...

Ou seja: enquanto todos os anos uma média de mil jovens polícias são colocados no Comando Metropolitano de Lisboa, tendo de enfrentar os elevados preços de habitação da capital, a associação Montepio PSP de Lisboa (sem relação com o banco ou associação mutualista com o nome Montepio) tem atribuído casas de renda livre a oficiais e altas patentes da PSP, sem concurso ou regulamento em vigor – mesmo quando não é o próprio agente que vai ocupar a casa.


https://www.sabado.pt/portugal/detalhe/ ... GDETOUTRAS


Mas depois vamos defender as 350 mil camaras de vigia big brother, controlo total social, ao estado tudo, do povo nada.
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Re: Políticas para Portugal

por Marco Martins » 2/6/2022 11:33

https://www.jornaldenegocios.pt/economia/detalhe/portugal-sobe-ao-8-lugar-do-ranking-dos-que-mais-captam-investimento-na-europa

Depois de, em 2020, ter alcançado o feito de, pela primeira vez, entrar no 'top 10' das economias europeias que mais captam projetos de investimento direto estrangeiro, Portugal escalou duas posições no ano passado, ascendendo ao 8.º lugar do 'ranking' elaborado pela consultora EY.


Uma excelente notícia... pode ser que os ventos soprem no bom caminho...
 
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Re: Políticas para Portugal

por Opcard » 1/6/2022 17:15

Muita ironia desconhecia-lhe esta faceta ,

“01 jun 2022, 00:21


“Faço parte de uma geração que se bateu contra uma maioria existente que, tantas vezes, se confundiu com um poder absoluto”
(Primeiro-Ministro António Costa no discurso de tomada de posse do XXIII Governo)

1 Senhor PRIMEIRO-MINISTRO: quero começar por lhe pedir desculpa pelo atraso com que o felicito publicamente pela conquista da maioria absoluta nas eleições de 30 de Janeiro. Foi uma vitória da sua pessoa como líder do PS. Somos agora colegas no que à conquista de maiorias absolutas diz respeito.

É certo que beneficiou dos erros do PSD e da benesse do PCP e do BE ao chumbarem o orçamento do Estado para 2022, mas ninguém lhe pode tirar o mérito. Como se recorda, também eu beneficiei de uma benesse na conquista da primeira maioria, em julho de 1987: a aprovação pela Assembleia da República da moção de censura ao governo apresentada pelo PRD.

Quanto à conquista da minha segunda maioria, tendo obtido 50,6% dos votos, talvez V. Exa. reconheça que se deveu à obra realizada pelo governo. Estou, aliás, convicto de que o senhor Primeiro-Ministro é capaz de fazer mais e melhor com a sua maioria absoluta e não tem qualquer razão para ter complexos.

Contudo, penso, modestamente, que no tempo das minhas maiorias absolutas foram dados alguns passos que abriram novas perspetivas à sua geração e que facilitam agora a tarefa do seu governo. Receio que, na excitação da tomada de posse, se tenha esquecido de que vários desses passos resultaram do diálogo e do consenso com o seu partido.

2 Como é sabido, depois de um forte combate eleitoral entre dois grandes partidos apodera-se do derrotado um certo ressentimento que o leva a fugir ao diálogo construtivo com o partido vencedor. Foi o que aconteceu com o PS nas três eleições legislativas que tiveram lugar durante o meu mandato como líder do PSD.

Foi, por isso, necessária muita persistência da parte dos meus governos para estabelecer alguns consensos importantes com o seu partido. Sublinho-os seguidamente apenas como estímulo para que o seu governo faça mais e melhor.

Destaco, em primeiro lugar, as revisões constitucionais de 1989 e de 1992 que acompanhei de perto e em que me envolvi diretamente. Na primeira, era líder do PS Vítor Constâncio e na segunda António Guterres.

Lembra-se certamente que a parte económica da Constituição que então vigorava não era compatível com o desafio da integração europeia. Mas já não sei se teve conhecimento da intensidade e da profundidade do diálogo entre os representantes do PS e do PSD tendo em vista alcançar o indispensável consenso.

Quando nos últimos anos observava o nível de crispação partidária e a rudeza da linguagem nos debates entre os responsáveis políticos na Assembleia da República, mais vinha à minha memória a cordialidade, a urbanidade e o respeito mútuo que sempre imperou nas minhas múltiplas reuniões com os líderes dos partidos da oposição (Vítor Constâncio, Jorge Sampaio, António Guterres, Adriano Moreira, Freitas do Amaral, Álvaro Cunhal, Carlos Carvalhas, Ramalho Eanes e Hermínio Martinho) e a dignidade e o sentido do interesse nacional que marcou a cerimónia em que eu e o líder do PS assinámos o histórico acordo político de revisão constitucional.

Recordo-lhe também que as posições do meu governo nas complexas negociações do Tratado de Maastricht tiveram o apoio do PS, fruto do diálogo permanente mantido com o seu líder.

Lembro-lhe ainda que, fruto do espírito de diálogo com a oposição, foram aprovadas com o voto favorável do PS a Lei de Bases do Sistema Educativo que aumentou a escolaridade obrigatória de 6 para 9 anos, a nova Lei das Finanças Locais, a Lei da Autonomia Universitária, a primeira Lei de Bases do Ambiente, a Lei do Mecenato Cultural, a Lei de Segurança Interna, os novos Códigos Penal e das Sociedades Comerciais, o Código do Procedimento Administrativo e a Lei de Bases dos Transportes Terrestres.

3 Quero também lembrar-lhe o intenso, profundo e frutuoso diálogo dos meus governos de maioria absoluta com os parceiros sociais. Foram assinados quatro acordos de concertação social e só não foram assinados mais dois porque o líder do seu partido coagiu e pressionou a UGT, como o líder da central sindical publicamente reconheceu.

Pelo que observei nos seis anos de governo da “geringonça”, V. Exa. considera certamente um exagero o meu entusiasmo e valorização do diálogo e da concertação social. Sendo meu desejo que faça mais e melhor, recordo que ela muito contribuiu, no tempo dos meus governos, para a redução da inflação, o aumento real dos salários e das pensões, a elevada taxa de crescimento da economia e para a aproximação do país ao nível médio de desenvolvimento da UE como nunca mais voltou a acontecer, como o atesta a informação internacional disponível. Acrescento apenas que, ao contrário do que V. Exa. recentemente referiu numa entrevista, não defendo a desregulação do mercado de trabalho. Leu mal o meu artigo.

4 Uma das reformas que gostaria de ter feito em consenso com o PS, e que foi uma das mais marcantes das minhas maiorias absolutas, foi a abertura da televisão à iniciativa privada e a liberalização da comunicação social. O PS, surpreendentemente e não sei com que intenções, revelou-se contra o fim da anacrónica situação em que o Estado português detinha o controlo total ou quase total de cinco jornais diários e de um jornal desportivo e em que, no sector da radiodifusão, só a Rádio Renascença lhe escapava. Espero que, hoje, V. Exa. reconheça que era um quadro redutor da liberdade de expressão e informação e atrofiador da sociedade civil.

Para o PS era então estranho que o governo quisesse afastar o Estado de um instrumento tão suscetível de influenciar a opinião pública e importante para a preservação do poder. O senhor Primeiro-Ministro sabe que nunca tive jeito ou apetência para a arte de sedução dos jornalistas e que, ainda hoje, muitos deles não gostam de mim, o que nada me incomoda. Esta é uma área em que V. Exa. é, e continuará a ser, muito melhor do que eu.


5 A reforma fiscal de 1989, que instituiu o IRS e o IRC, substituindo sete impostos sobre o rendimento então existentes, levada a cabo pelos meus governos, foi uma outra que gostaria de ter realizado em consenso com o PS. Apesar de ter sido preparada por uma comissão de reconhecida competência técnica e do intenso diálogo e de toda a informação disponibilizada às forças políticas e sociais, o PS decidiu agarrar-se à ideia falsa de que as pessoas iriam pagar mais impostos e ficar fora da reforma.

Sendo o atual sistema de impostos caracterizado pela iniquidade, ineficiência económica e pela brutalidade da sua carga para o nosso nível de desenvolvimento, estou certo de que V. Exa. atuará melhor do que eu no diálogo com os partidos e organizações sociais e deixará na história da fiscalidade portuguesa uma marca reformista que ultrapassará em muito a dos meus governos de maioria absoluta.

6 Imagino que, hoje, o senhor Primeiro-Ministro, tenha dificuldade em perceber porque é que o PS se opôs à aprovação, em 1987, da nova lei de gestão hospitalar, e, em 1990, da Lei de Bases da Saúde que abriu à iniciativa privada a prestação de cuidados de saúde e que se manteve em vigor durante 29 anos, resistindo a cinco governos do PS, seguramente por a considerar uma boa lei.

Face à deterioração da qualidade dos serviços prestados pelo Serviço Nacional de Saúde durante o tempo do governo da “geringonça”, estou certo de que ao seu governo de maioria absoluta não faltará a coragem para fazer mais e melhor do que foi feito pelos meus governos na área da saúde.

7 Em relação à reprivatização de 38 empresas públicas levada a cabo pelo meu governo de maioria absoluta, tendo 70% da receita obtida pelo Estado sido destinada à redução da dívida pública, que, em geral, contou com a oposição do seu partido, estou certo de que V. Exa., um europeísta, pensa, agora, “ainda bem que o fizeram”, embora, em público, lhe custe reconhecê-lo. São coisas da vida partidária.

Tratou-se de uma reforma estrutural da maior relevância, tornada possível pela eliminação do princípio da irreversibilidade das nacionalizações na revisão da Constituição de 1989.

Pressuponho, como é óbvio, que V. Exa. não esqueceu que, em resultado das nacionalizações de 1974 e 1975, o sector público empresarial português tinha uma grandeza sem paralelo na Europa comunitária e acumulava prejuízos gigantescos, um fardo enorme para consumidores e contribuintes e um obstáculo à recuperação económica.

Com certeza que também não se esqueceu da importância da aprovação da nova Lei de Bases da Reforma Agrária que estabilizou o direito de propriedade e exploração da terra, sem o que a agricultura portuguesa não conseguiria adaptar-se aos mecanismos da Política Agrícola Comum (PAC). Lembra-se do coletivismo agrícola que imperava no Alentejo em que existiam 330 unidades coletivas de produção?

8 Dirá o senhor Primeiro-Ministro que a falta de apoio do PS a algumas das reformas se deveu à inabilidade ou à insuficiência de diálogo dos meus governos e a erros por mim cometidos. É provável que tenha alguma razão. Costumo dizer: “nobody is perfect”.

Sendo conhecida a sua vontade de fazer reformas e habilidade no diálogo com o maior partido da oposição no sentido de as concretizar, estou certo que, com o seu governo de maioria absoluta, tudo correrá na perfeição.

Nenhum partido, nenhuma organização sindical, empresarial, social, cultural ou ambiental se queixará de falta de diálogo e de abertura do governo para aceitar as suas propostas; as reformas que o país urgentemente necessita serão feitas em clima de toda a tranquilidade política e a decadência relativa do país em termos de desenvolvimento será revertida.

As revistas internacionais deixarão de classificar Portugal como “uma democracia com falhas” e os articulistas deixarão de acusar o seu governo de “bullying”, assédio ou asfixia da democracia e de que, para os socialistas, o Estado é deles.

Parafraseando a afirmação de V. Exa. no discurso de tomada de posse direi: “Faço parte de uma geração que se bateu contra a estatização da economia, a atrofia da sociedade civil e a queda do poder de compra dos portugueses e que se orgulha de ter contribuído para dar um passo significativo na aproximação do país ao nível médio de desenvolvimento da UE”.

Agora, retirado da vida política ativa mas preservando os meus direitos cívicos, estou certo de que, encerrada a fase da “geringonça”, o seu governo de maioria absoluta fará mais e melhor do que as maiorias de Cavaco Silva.”

https://observador.pt/opiniao/fazer-mai ... aco-silva/
 
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Re: Políticas para Portugal

por caldeirum » 1/6/2022 16:56

Mas alguma coisa mudou de fundo desde 2011? Não. Salários baixos, dependência do turismo, exportações baratas e imobiliário disparado. Receita bombástica e clássica.

Vamos ver quanto tempo passa até ao próximo resgate.
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Re: Políticas para Portugal

por Marco Martins » 1/6/2022 16:16

MarcoAntonio Escreveu:Marco, o valor que Portugal vai receber não são 2.2 mil milhões mas bastante mais (situa-se nas casa das dezenas de milhões, muito embora o montante total dependa do cumprimento de diversas metas/objectivos). O valor de 2.2 mil milhões eram um adiantamento apenas, ou pré-financiamento, e entretanto já terão sido aprovados mais valores, salvo erro. Já agora, não só o PIB cresceu nestes anos, também houve inflacção (ainda que moderada). Os números nem estavam assim tão maus até chegar o COVID, o que também não creio que faça grande sentido estar a ignorar (dos montantes que estás a falar, cerca de 25 a 30 mil milhões ocorreram no pós-covid, ou por outra, durante o período quente da pandemia). Portanto, não me parece que faça grande sentido estares a usar esse montante de 2.2 mil milhões (um montante incompleto) para comparações, até porque um dos motores por detrás da bazuca é precisamente a pandemia...

Não estou a defender que a evolução da dívida pública é boa ou coisa que o valha, apenas que te faltam aí alguns elementos no teu exercício.


https://eco.sapo.pt/2021/07/14/primeiro-tiro-da-bazuca-e-de-50-mil-milhoes-22-mil-milhoes-sao-para-portugal/

Sim, baseei-me no primeiro tiro da basuca (2,2mil) mas no final creio que rondará os 16mil milhões.

Mas pelo gráfico do link, desde 2015 até Março de 2020 (que foi quando chegaram os primeiros casos a Portugal) a dívida tinha crescido cerca de 15 mil milhões de 240mil até 255mil milhões!!!

Se em 5 anos cresceu 15mill isso quer dizer que em boas condições aumentou ao ritmo de 3 mil milhões/ano o que é mais do que a primeira tranche da bazuca!!

Ou seja, independentemente do valor total da bazuca o que teremos com a bazuca será um anulamento do aumento da nossa dívida, mas que assim que a bazuca termine, voltaremos à mesma linha de crescimento (em teoria é claro e dependendo da utilização da mesma)!!
Mas aqui entra sempre o factor esperança, com muitas variáveis para um futuro indefinido.
O que temos neste momento como realidade, é a situação do país tendo por base 7 anos e comparar o que temos com aquilo que os outros neste momento têm (pois também eles tiveram a mesma condicionante da pandemia).

Criticar em nada ajuda a resolver os problemas... mas devemos sempre questionar.

Mas também não digo que está tudo mal, pois existem coisas visivelmente melhores (é claro que existem muitas variáveis pelo caminho)... só não me parece é que estejamos a andar a uma velocidade correcta, que deverá ser questionada sobre o impacto que isso terá nos próximos tempos.
Existem muitas melhorias desde 2015 até hoje... resta saber é se não estarão suportadas em castelos de cartas.
 
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Re: Políticas para Portugal

por MarcoAntonio » 1/6/2022 15:56

Já agora, aqui fica o big picture em forma de gráfico:

Imagem
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FLOP - Fundamental Laws Of Profit

1. Mais vale perder um ganho que ganhar uma perda, a menos que se cumpra a Segunda Lei.
2. A expectativa de ganho deve superar a expectativa de perda, onde a expectativa mede a
__.amplitude média do ganho/perda contra a respectiva probabilidade.
3. A Primeira Lei não é mesmo necessária mas com Três Leis isto fica definitivamente mais giro.
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Re: Políticas para Portugal

por MarcoAntonio » 1/6/2022 15:51

BearManBull Escreveu:Sem ter a certeza se está melhor será muito marginalmente. Em termos técnicos tem vindo a fazer contantemente novos máximos sendo que em 2021 atingiu 139,1% :shock:


Sim, julgo que a melhoria foi marginal, se é que se pode falar de uma melhoria. Em 2015 a dívida publica andava pelos 130% do PIB. A PORDATA diz 131% (fontes: DGO/MF | BP | INE, INE, PORDATA).
Imagem

FLOP - Fundamental Laws Of Profit

1. Mais vale perder um ganho que ganhar uma perda, a menos que se cumpra a Segunda Lei.
2. A expectativa de ganho deve superar a expectativa de perda, onde a expectativa mede a
__.amplitude média do ganho/perda contra a respectiva probabilidade.
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Re: Políticas para Portugal

por MarcoAntonio » 1/6/2022 15:39

Marco, o valor que Portugal vai receber não são 2.2 mil milhões mas bastante mais (situa-se nas casa das dezenas de milhões, muito embora o montante total dependa do cumprimento de diversas metas/objectivos). O valor de 2.2 mil milhões eram um adiantamento apenas, ou pré-financiamento, e entretanto já terão sido aprovados mais valores, salvo erro. Já agora, não só o PIB cresceu nestes anos, também houve inflacção (ainda que moderada). Os números nem estavam assim tão maus até chegar o COVID, o que também não creio que faça grande sentido estar a ignorar (dos montantes que estás a falar, cerca de 25 a 30 mil milhões ocorreram no pós-covid, ou por outra, durante o período quente da pandemia). Portanto, não me parece que faça grande sentido estares a usar esse montante de 2.2 mil milhões (um montante incompleto) para comparações, até porque um dos motores por detrás da bazuca é precisamente a pandemia...

Não estou a defender que a evolução da dívida pública é boa ou coisa que o valha, apenas que te faltam aí alguns elementos no teu exercício.
Imagem

FLOP - Fundamental Laws Of Profit

1. Mais vale perder um ganho que ganhar uma perda, a menos que se cumpra a Segunda Lei.
2. A expectativa de ganho deve superar a expectativa de perda, onde a expectativa mede a
__.amplitude média do ganho/perda contra a respectiva probabilidade.
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Re: Políticas para Portugal

por BearManBull » 1/6/2022 15:27

Marco Martins Escreveu:É verdade que o rácio da dívida em relação ao PIB está melhor!!!


De certeza?

Olha que agora está em 127,5%!

https://bpstat.bportugal.pt/conteudos/noticias/1524/

Sem ter a certeza se está melhor será muito marginalmente. Em termos técnicos tem vindo a fazer contantemente novos máximos sendo que em 2021 atingiu 139,1% :shock:
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Re: Políticas para Portugal

por Marco Martins » 1/6/2022 15:02

https://www.jornaldenegocios.pt/economia/financas-publicas/detalhe/divida-publica-aumenta-para-279-mil-milhoes-nos-primeiros-quatro-meses-do-ano

A "elevada dívida externa, privada e pública num contexto de um crescimento baixo da produtividade" foi um dos desequilíbrios macroeconómicos identificados por Bruxelas nas recomendações de Primavera do Semestre Europeu.


Desde 2015 (240mil) até 2022 (280mil) só aumentamos a dívida pública em 40mil milhões de euros... em 7 anos tivemos o correspondente a 18 basucas do PRR (tendo em conta que Portugal receberia 2,2mil milhões)!!!!

É verdade que o rácio da dívida em relação ao PIB está melhor!!! Contudo tivemos 7 anos de juros baixos e negativos!!! Estou para ver como vai ser o crescimento da dívida bem como o crescimento da inflação, sem termos preparado o país para crescer tanto ou mais que a inflação!!!

Entendo que o objectivo seja como alguém em tempos disse "a dívida não é para ser paga, mas sim gerida!" e até certo ponto tem toda a razão... mas, acredito que isso só deva acontecer num contexto controlado onde qualquer variação externa não nos coloque numa situação delicada!

Qualquer um de nós (tirando os mais afortunados), necessita de ter dívidas ao longo da sua vida... contudo não pode esperar estar sempre no limite da sua capacidade de pagamentos e sempre esperançado num aumento do vencimento para poder assim pagar mais dívida que está a contrair!!
 
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Re: Políticas para Portugal

por Marco Martins » 30/5/2022 12:51

Opcard Escreveu:Há 3 ou 4 obras maiores que explicam porque os países são ricos ou pobres em muitos casos são as pessoas que escolhem a pobreza .
As escolhas política/económicas contam um exemplo na Coreia o norte era mais rica que o sul , hoje a Coreia do Norte PIB per capita 600 dólares no Sul 32 000 .

De 1999 a 2023 a Irlanda cresce 370% Portugal 29,4% .

No expresso desta semana fonte Comissão europeia:

“Neste sentido, a crise pandémica não alterou muito a realidade da economia portuguesa. No balanço destas duas décadas de união económica e monetária, Portugal esteve quase sempre nos últimos lugares do crescimento. Façamos as contas ao período completo 1999-2023 (já com a previsão de Bruxelas para este ano e o próximo):

Portugal cresceu 29,3% e só bateu a Grécia (13,9%) e Itália (11,2%). No mesmo período, a Irlanda aumentou o seu PIB quase para o triplo (3,7 vezes) e outros oito países (Malta, Polónia, Lituânia, Roménia, Estónia, Letónia, Eslováquia e Luxemburgo) mais do que o duplicaram.


Desde a crise financeira as coisas não mudaram muito. Entre 2008 e 2023, a confirmarem-se as previsões de Bruxelas, o PIB avançará 9,9%. É o quinto mais baixo da lista.

O que explica esta diferença? Olhemos por momentos para a decomposição do crescimento entre capital, trabalho e produtividade com base na base de dados AMECO da Comissão Europeia. Portugal está perto do fim da tabela no emprego: em 2023 será 4% superior ao de 1998, a quinta subida mais baixa. Na produtividade sobe uns degraus: tem o décimo valor mais baixo (11,6%) longe do topo da tabela onde estão a Lituânia (93,2%) e a Irlanda (90,2%). E perde bastante no stock de capital que está ao nível de 2008: enquanto em Portugal o crescimento desde 1998 foi de 38,4% (o quarto mais baixo), na liderança do ranking estão a Estónia (254%) e a Lituania (186,5%”

http://leitor.expresso.pt/semanario/sem ... ir-de-2023


Enquanto Portugal apenas se quiser comparar com a média europeia e não tiver objectivos ambiciosos para estar no pelotão da frente em alguns sectores estratégicos (que depois farão tudo o resto ir atrás) então não avançaremos e o termo de comparação será sempre um resultado medíocre!
 
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Re: Políticas para Portugal

por Masterchief » 30/5/2022 12:11

Pensionistas recebem aumento extra (com retroativos) após aprovação do OE2022
Imagem
https://zap.aeiou.pt/pensionistas-aumento-extra-oe2022-481425
É isto que faz ganhar eleições por cá.


E depois isto para divulgar a "mensagem".
Costa investe num director de comunicação com “um objectivo ambicioso”
Imagem
https://zap.aeiou.pt/costa-investe-comunicacao-481271?fbclid=IwAR2qEGrG9Rhsvw75FOz5uA4J5qXj34Gc4J9YySXzbQhvaLbGl-yuOiystOs
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Re: Políticas para Portugal

por Opcard » 30/5/2022 11:11

Há 3 ou 4 obras maiores que explicam porque os países são ricos ou pobres em muitos casos são as pessoas que escolhem a pobreza .
As escolhas política/económicas contam um exemplo na Coreia o norte era mais rica que o sul , hoje a Coreia do Norte PIB per capita 600 dólares no Sul 32 000 .

De 1999 a 2023 a Irlanda cresce 370% Portugal 29,4% .

No expresso desta semana fonte Comissão europeia:

“Neste sentido, a crise pandémica não alterou muito a realidade da economia portuguesa. No balanço destas duas décadas de união económica e monetária, Portugal esteve quase sempre nos últimos lugares do crescimento. Façamos as contas ao período completo 1999-2023 (já com a previsão de Bruxelas para este ano e o próximo):

Portugal cresceu 29,3% e só bateu a Grécia (13,9%) e Itália (11,2%). No mesmo período, a Irlanda aumentou o seu PIB quase para o triplo (3,7 vezes) e outros oito países (Malta, Polónia, Lituânia, Roménia, Estónia, Letónia, Eslováquia e Luxemburgo) mais do que o duplicaram.


Desde a crise financeira as coisas não mudaram muito. Entre 2008 e 2023, a confirmarem-se as previsões de Bruxelas, o PIB avançará 9,9%. É o quinto mais baixo da lista.

O que explica esta diferença? Olhemos por momentos para a decomposição do crescimento entre capital, trabalho e produtividade com base na base de dados AMECO da Comissão Europeia. Portugal está perto do fim da tabela no emprego: em 2023 será 4% superior ao de 1998, a quinta subida mais baixa. Na produtividade sobe uns degraus: tem o décimo valor mais baixo (11,6%) longe do topo da tabela onde estão a Lituânia (93,2%) e a Irlanda (90,2%). E perde bastante no stock de capital que está ao nível de 2008: enquanto em Portugal o crescimento desde 1998 foi de 38,4% (o quarto mais baixo), na liderança do ranking estão a Estónia (254%) e a Lituania (186,5%”

http://leitor.expresso.pt/semanario/sem ... ir-de-2023
 
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Re: Políticas para Portugal

por Caramelo » 30/5/2022 10:20

A democracia do establishment é esta

Artigo de Fátima Bonifácio no Sol de hoje, em que descreve claramente o estado democrático a que chegamos, no que aos partidos diz respeito: uma perversão completa, em que o PCP é louvado como força democrática e o CHEGA é ostracizado como fassista ou pior que isso.

Esta situação perdura desde 1974, o que pode ser demonstrado através de inúmeros postais aqui colocados ao longo dos anos. É algo inacreditável, mas é assim. Resta dizer porquê e a meu ver tudo tem a ver com o partido socialista que tomou conta, desde as primeiras eleições de 1975, do discurso político dominante em Portugal.

https://portadaloja.blogspot.com/2022/0 ... -esta.html
Anexos
Sol 28 5 2022.JPG
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Re: Políticas para Portugal

por Marco Martins » 25/5/2022 18:16

https://eco.sapo.pt/2022/05/25/subsidio-de-desemprego-alargado-a-conjuge-de-quem-se-mude-para-o-interior/

Foi aprovada ainda a “criação de majorações no âmbito do programa «Emprego Interior +» para as situações em que haja um trabalhador que cesse vínculo laboral por necessidade de mudança de residência com intuito de acompanhar o cônjuge ou unido de facto que tenha celebrado contrato de trabalho, cujo local de trabalho se localize em territórios de baixa densidade”.


Propostas pomposas que depois esbarrarão num complexo de burocracias!!!

Será que o meu conjugue como professora pode concorrer para um território de baixa densidade?
Será que sendo admitida, o contrato poderá será por 1 ano ou até apenas ser de um mês se for em regime de substituição, o conjugue terá direito ao subsídio de desemprego por 2 anos ou apenas durante o período do trabalho precário do professor?!?!?

Gostava que tivessem coragem de fazer reformas sérias em vez de andarem a discutir o sexo dos anjos (não digo que não sejam pequenas coisas importantes.... mas as maiores discussões deveriam ser mais importantes)...
 
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Re: Políticas para Portugal

por Caramelo » 24/5/2022 21:32

O vídeo de Sérgio Sousa Pinto que está a dar que falar: "Entrámos mesmo no domínio do manicómio"

"Isto parece um país de crianças. Não se ouve alguém a dizer que é uma ideia estúpida e que o lugar dela é num cesto para papéis", começou por dizer Sérgio Sousa Pinto a propósito da proposta do Livre que visa a diminuição do limite de velocidade em Lisboa - nalguns casos para 30 km/h. "Vamos infernizar a nossa vida para redimir o planeta. Nós vivemos nos apanhados."

No programa "Contrapoder", o comentador falou sobre este tema a propósito da reportagem da CNN Portugal com a vereadora do Livre Patrícia Gonçalves. A vereadora seguiu à boleia de um carro com jornalistas para testar a velocidade prescrita na proposta do seu partido, tendo sido alvo de ultrapassagens da parte de bicicletas e de trotinetes e de uma apitadela no final.

https://cnnportugal.iol.pt/videos/o-vid ... 56cd25c1ca
 
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Re: Políticas para Portugal

por Marco Martins » 24/5/2022 16:09

BearManBull Escreveu:Um carro a 25km/h gasta menos do que a 50km/h? Faz a experiencia e vê. Estás a desprezar que a 25km/h passas no minimo o dobro do tempo em viagem...



Certo.
Não quis dizer que gasta menos a circular a 25km/h comparando com 50km/h !
O que quero dizer é que um carro gasta menos acelerar até 25km/h do que gastara até atingir os 50km/h.

Mas claro, os cálculos não serão simples... pois gastará menos até atingir 25km/h, mas depois andará mais tempo a gastar a 25km/h do que se fosse a 50km/h. Agora isso dependerá do número de para-arrancas que supostamente terá...
 
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Re: Políticas para Portugal

por BearManBull » 24/5/2022 15:17

Marco Martins Escreveu: Contudo, o que provoca maior consumo nas localidades é o para-arranca.


Isso foi o ponto que defendi, reduzindo a velocidade máxima vais aumentar o tempo que o sistema permanece saturado.
Imaginando que normalmente uma localidade tem o ponto de saturação com 1500 carros normalmente atingido às 19:30.

Se a 50km/h às 19:00 tiveres 1000 carros e as 19:30 tiveres 1500 carros se reduzires a velocidade máxima para 30km/h (sem alterar mais nada) o valor de 1500 vai passar a ser atingido às 19:15 (e.g.) porque muitos dos carros não tiveram tempo de sair do sistema porque o tempo de permanência minimo no sistema foi ampliado. É isto que custa muito a entrar na cabeça de quem foge da matemática como os políticos da verdade. Isto é um teorema se reduzes a velocidade máxima aumentas o tempo minimo possível para que um veiculo permaneça num sistema -> logo o sistema passa a estar saturado mais rapidamente quanto menor for a velocidade.

Marco Martins Escreveu:
Por exemplo, se o máximo na localidade for 50km/h o carro gastará x, mas se o máximo for 25km/h o carro gastará x menos qualquer coisa.
É claro que se não exisitirem para-arrancas, e se for possível dentro da localidade andar numa velocidade constante, então haverá vantagem em que a velocidade permitida seja mais alta (tendo a contrapartida de que haverá mais acidentes e possivelmente mais graves).


Um carro a 25km/h gasta menos do que a 50km/h? Faz a experiencia e vê. Estás a desprezar que a 25km/h passas no minimo o dobro do tempo em viagem...


Quanto a acidentes, certamente que haverá um nível de redução, mas longe dos 20% que promoviam no outro estudo... De resto a Alemanha tem menos acidentes que Portugal per capita e os limites de velocidade são MUITO superiores. Tem influencia, mas existem muitíssimos outros factores adicionais.
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Re: Políticas para Portugal

por Marco Martins » 24/5/2022 11:39

BearManBull Escreveu:
Marco Martins Escreveu:A velocidade nas Autoestradas e dentro das localidades até pode baixar para metade, que certamente isso reduz os consumos e acidentes


Podes tentar fazer Porto-Lisboa a 50 km/h ou 100 km/h e qual achas que vais gastar mais? (Com um carro do seculo XXI claro).

O consumo óptimo nos carros modernos deve andar na ordem dos 85-100 km/h. Mas também depende do tipo de carro, isso pode ser calculado individualmente, mas geralmente anda à volta desses valores.



Sim, um carro em andamento médio gastará menos do que estar no para-arranca e certamente existem valores "optimos" de consumo.
O que pretendi referir, foi que uma qualquer velocidade (tendo em conta os valores máximos de autoestrada ou localidades) se baixarem para metade, certamente provocarão uma redução nos consumos e nos acidentes.

Nos acidentes, haverá redução seguramente, porque haverá maior facilidade de travagem em tempo oportuno.
Nos consumos, tendo em conta o que dizes, poderá haver menores consumos se oscarro andar nesses valores (em auto estrada).
Nas localidades, certamente também haverá um valor médio de consumo que seja óptimo. Contudo, o que provoca maior consumo nas localidades é o para-arranca. Como normalmente a tendência será as pessoas andarem na velocidade máxima que a localidade/lei permite, será normal que quanto maior for a velocidade, maior seja o consuo para o condutor atingir essa mesma velocidade máxima permitida (pelas leis da física).
Por exemplo, se o máximo na localidade for 50km/h o carro gastará x, mas se o máximo for 25km/h o carro gastará x menos qualquer coisa.
É claro que se não exisitirem para-arrancas, e se for possível dentro da localidade andar numa velocidade constante, então haverá vantagem em que a velocidade permitida seja mais alta (tendo a contrapartida de que haverá mais acidentes e possivelmente mais graves).

Tudo bem que o contexto inicial sejam as localidades, mas a tua resposta em relação à velocidade óptima de consumo, acho que também se pode aplicar às localidades... embora é claro que seja mais complicado por não haver a possibilidade de um fluxo constante.
 
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Re: Políticas para Portugal

por Masterchief » 24/5/2022 10:35

Brisal com uma entidade interessada no refinanciamento
A concessionária da A17, em incumprimento desde 2012, assinou em março um acordo com credores sobre os princípios da nova operação de reestruturação.

https://www.jornaldenegocios.pt/empresas/detalhe/brisal-com-uma-entidade-interessada-no-refinanciamento
Mais uma bela obra socialista e do visionário Sócrates. Esta deve ser a autoestrada mais inútil do pais.
Depois o Cavaco é que ficou conhecido como o governo do betão. Pelo menos as autoestradas construidas pelos governos PSD eram necessárias e ainda hoje são uteis.
A gestão socialista é o maior cancro deste país Quando será que os Portugueses vão abrir os olhos?
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Re: Políticas para Portugal

por BearManBull » 24/5/2022 10:24

Carga fiscal sobre o trabalho sobe para 41,8% e passa para o top 10 da OCDE

Há mais de uma década o escalão máximo de IRS não sobe.

O Socialismo sempre a proteger as oligarquias e suprimir o progresso social.

PS: OCDE mais uma entidade parasita com agenda de espremer, controlar e escravizar.
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Re: Políticas para Portugal

por MarcoAntonio » 23/5/2022 16:37

Ups, sorry, estava no smartphone e julguei que o post era para mim. Parece que esta na altura de adquirir um ecran maior (ou, quem sabe, comprar uns oculos)...

:lol:


Quanto a' tirada do Livre, para quem me estou a borrifar, e' a dica para eu abrir alas e deixar o tópico para quem quer falar de politica.
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FLOP - Fundamental Laws Of Profit

1. Mais vale perder um ganho que ganhar uma perda, a menos que se cumpra a Segunda Lei.
2. A expectativa de ganho deve superar a expectativa de perda, onde a expectativa mede a
__.amplitude média do ganho/perda contra a respectiva probabilidade.
3. A Primeira Lei não é mesmo necessária mas com Três Leis isto fica definitivamente mais giro.
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