Sete momentos mais marcantes de Centeno no Banco de Portugal

[MarcoAntonio]

Já faltou mais para os oligarcas russos começarem a financiar a defesa militar e ajuda humanitária da Ucrânia:

The House passes a mostly symbolic bill urging Biden to sell seized Russian yachts to fund more Ukraine aid.

WASHINGTON — The House on Wednesday overwhelmingly passed a mostly symbolic bill urging President Biden to sell the frozen luxury assets of Russian oligarchs hit with sanctions and use the funds to provide additional military and humanitarian aid to Ukraine.

The legislation is nonbinding, but its 417-to-8 passage reflected a bipartisan desire on Capitol Hill for the president to take a more aggressive posture as the United States and European allies grapple with what to do with Russian assets seized in response to Moscow’s invasion of Ukraine.

NYT

[NirSup]

Jogada de Mestre

A Polónia estava a tomar medidas para prescindir do gás russo, mesmo antes do início da guerra na Ucrânia. E foi dos países que mais pressionou os restantes países europeus a fechar a torneira ao gás russo.
Tinha intenção de fechar totalmente a torneira ao gás russo até ao fim do corrente ano, quando expirava o contrato de fornecimento de gás com a Gazprom. Não era sua intenção renovar o contrato.
O gás russo será substituído por importações da Noruega através do oleoduto do Báltico. Também está a expandir a capacidade do seu terminal de GNL, em Swinoujscie, que é abastecido de GNL pelos EUA e pelo Catar.
Diz a Polónia que irá recorrer às vias legais ao seu alcance para reclamar uma indemnização legal (legal compensation) pela quebra do contrato pela Gazprom (incumprimento injustificado das cláusulas legais acordadas entre ambas as partes, de forma unilateral, pela Gazprom).
Dirão alguns: tudo bem, mas qual o tribunal que irá obrigar a Gasprom a pagar esta indemnização?
Em primeiro lugar é altamente provável existirem dívidas pendentes na conta-corrente do fornecimento de gás à Polónia pela Gazprom. Que não irão ser pagas, obviamente. E depois, há centenas de milhares de milhões de dólares e de euros da Rússia congelados em banco europeus e americanos.
Pode demorar anos, mas o dinheirinho um dia cá virá chegar, pensam os polacos. E a Polónia irá pedir à Russia uma indemnização milionária à conta da chantagem feita pela Rússia. Grande jogada!
By Nirvana

[MarcoAntonio]

Em particular, na Moldávia, as coisas têm-se agitado nos últimos dias, por causas digamos incertas. É possível que a Putin esteja à procura de uma "cheap win". Se ele se virar mesmo para ali, a Moldávia não tem meios para se defender e também não existe nem momentum nem condições para o ocidente ir em auxílio da Moldávia. Se está nos planos do Putin ou não, não arrisco. Os russos já fazem por que fique tudo bastante nebuloso.

Shots fired at village housing ammunition depot in Moldovan breakaway region

Shots were fired from Ukraine towards a village in the Moldovan breakaway region of Transnistria, according to the interior ministry of the unrecognised region.

In a statement, the ministry claimed that several drones had been detected flying over the village of Cobasna and they had come from Ukraine.

It said shots were later fired towards the border village from Ukrainian territory.

The interior ministry gave no further details, but said nobody had been hurt.

Transnistria's interior ministry cited "experts" as saying that Cobasna held the biggest ammunition depot in Europe.

It comes as Vadim Krasnoselsky, the self-styled president of the region, said tonight that reports he had announced a general mobilisation and prevented men of military age from leaving the region were "absurd lies" thought up by provocateurs.

"I officially declare that the leadership of the republic has not taken such decisions," he said in an online post.

On Wednesday, Ukrainian deputy defence minister Hanna Malyar accused Russia of being ready to use Transnistria as a bridgehead to move on Ukraine or the rest of Moldova.

Sky News

Não descarto, note-se bem, que a agitação esteja a ser causada pelos ucranianos. Francamente não sei, também.

[MarcoAntonio]

Mas uma coisa é a vontade, outra a capacidade de a concretizar.

Naturalmente. Estou convencido que a Rússia está agora no plano B ou C. Se calhar nem Putin sabe bem o que quer neste momento (uma vez que o que queria inicialmente, não conseguiu). Pessoalmente, não sei o que o Putin quer neste momento nem tão pouco o prazo temporal (pode querer algo até ao dia 9 de Maio, uma espécie de acordo que deixe as coisas meio congeladas mas que lhe permita declarar vitória para já; e depois ter outros planos para o futuro a médio/longo-prazo).

[Lusitanus]

Para mim é evidente a vontade de a Rússia ligar a Crimeia à Transnístria, tomando Odessa, e também é evidente que essa vontade não surgiu agora: existe desde o início da invasão russa da Ucrânia. Não foi agora que Putin, tendo chegado onde chegou, pensou: "Já agora, e se ligássemos a Crimeia à Transnístria?". já há muito tempo que ele tem essa vontade. Já há muito que isso foi "sonhado" no Kremlin.
Mas uma coisa é a vontade, outra a capacidade de a concretizar.

[NirSup]

Jogada de Mestre

A Polónia estava a tomar medidas para prescindir do gás russo, mesmo antes do início da guerra na Ucrânia. E foi dos países que mais pressionou os restantes países europeus a fechar a torneira ao gás russo.
Tinha intenção de fechar totalmente a torneira ao gás russo até ao fim do corrente ano, quando expirava o contrato de fornecimento de gás com a Gazprom. Não era sua intenção renovar o contrato.
O gás russo será substituído por importações da Noruega através do oleoduto do Báltico. Também está a expandir a capacidade do seu terminal de GNL, em Swinoujscie, o que é abastecido de GNL pelos EUA e pelo Catar.
Diz a Polónia que irá recorrer às vias legais ao seu alcance para reclamar uma indemnização legal (legal compensation) pela quebra do contrato pela Gazprom (incumprimento injustificado das cláusulas legais acordadas entre ambas as partes, de forma unilateral, pela Gazprom).
Dirão alguns: tudo bem, mas qual o tribunal que irá obrigar a Gasprom a pagar esta indemnização?
Em primeiro lugar é altamente provável existirem dívidas pendentes na conta-corrente do fornecimento de gás à Polónia pela Gazprom. Que não irão ser pagos, obviamente. E depois, há centenas de milhares de milhões de dólares e de euros da Rússia congelados em banco europeus e americanos.
Pode demorar anos, mas o dinheirinho um dia cá virá chegar, pensam os polacos. E a Polónia irá pedir à Russia uma indemnização milionária à conta da chantagem feita pela Rússia. Grande jogada!
By Nirvana

[MarcoAntonio]

O que foi noticiado foi que a ponte permitia a ligação de Odessa à Roménia. Sendo assim permitiria também o abastecimento alimentar e militar de Odessa a partir da Roménia.

E permite efectivamente. Mas é mais do que isso. A ponte não liga directamente à Roménia mas a toda a região ucraniana que fica a sul da Moldávia (que assim fica presa fácil da Rússia). Odessa é acessível pelo norte, via linhas interiores (e a Ucrânia continua a ter ligação com a Roménia, via fronteira a norte).

[MarcoAntonio]

Sobre o ainda incerto plano de evacuação de Mariupol:

We're working on Mariupol steelworks evacuation plan - UN chief

We've been reporting on the situation at the Azovstal steel works in Mariupol, where hundreds of injured soldiers and civilians are reportedly trapped inside and running out of supplies.

Much of Mariupol has been destroyed, and the Azovstal plant - a maze of tunnels and workshops - is the last part of the port city not under Russian control. Taking the entire Sea of Azov port is one of Moscow's key aims.

Speaking earlier to Portuguese media, UN Secretary General Antonio Guterres said work was continuing on a plan to evacuate hundreds of civilians from the steel plant.

"This is a very complicated operation," said Guterres, who has this evening arrived in Ukraine after meeting Vladimir Putin in Moscow yesterday. "Putin agreed in principle and it was agreed that the details would be discussed in the meetings that are currently taking place," he said.

"This operation is particularly delicate, because we are not dealing with people who are in their homes, or in public places to be evacuated, but people who are, let's say, inside a bunker in truly dramatic conditions," he said. "Our aim was to do this operation on Friday but naturally, the conditions must be in place for us to do that."

BBC

[Lusitanus]

O persistente ataque russo a Mykolaiv e a destruição recentei de uma ponte que ligava Odessa à Roménia, isolando, desse modo, mais Odessa, evidencia, no meu entender, a vontade russa de tomar Odessa e, assim, ligar a Crimeia à Transnístria.

A ponte não liga propriamente à Roménia mas ao "quase enclave" ucraniano a sul da Moldávia. A região praticamente não tem forças ucranianas ai estacionadas, tanto quanto eu sei, e pouco ou nada pode fazer por Odessa (com ou sem ponte). Aliás, sem ponte a Rússia perde um possível eixo de ataque a Odessa.

Se a Rússia quiser tomar esse território, a Moldávia fica extremamente fragilizada (note-se que a Moldávia tem um porto "interior", acessível via o Danúbio, cujo acesso depende em parte do controlo dessa região).



A tomada desse território permite à Rússia reforçar mais facilmente também as forças estacionadas na região separatista da Transnistria e esse é o objectivo aparente (o que depois pode ser utilizado ou para tomar a Moldávia ou criar mais um eixo de invasão à Ucrânia ou até, quem sabe, as duas coisas).

O que foi noticiado foi que a ponte permitia a ligação de Odessa à Roménia. Sendo assim permitiria também o abastecimento alimentar e militar de Odessa a partir da Roménia.

[MarcoAntonio]

O persistente ataque russo a Mykolaiv e a destruição recentei de uma ponte que ligava Odessa à Roménia, isolando, desse modo, mais Odessa, evidencia, no meu entender, a vontade russa de tomar Odessa e, assim, ligar a Crimeia à Transnístria.

A ponte não liga propriamente à Roménia mas ao "quase enclave" ucraniano a sul da Moldávia. A região praticamente não tem forças ucranianas ai estacionadas, tanto quanto eu sei, e pouco ou nada pode fazer por Odessa (com ou sem ponte). Aliás, sem ponte a Rússia perde um possível eixo de ataque a Odessa.

Se a Rússia quiser tomar esse território, a Moldávia fica extremamente fragilizada (note-se que a Moldávia tem um porto "interior", acessível via o Danúbio, cujo acesso depende em parte do controlo dessa região).



A tomada desse território permite à Rússia reforçar mais facilmente também as forças estacionadas na região separatista da Transnistria e esse é o objectivo aparente (o que depois pode ser utilizado ou para tomar a Moldávia ou criar mais um eixo de invasão à Ucrânia ou até, quem sabe, as duas coisas).

[Lusitanus]

O persistente ataque russo a Mykolaiv e a destruição recentei de uma ponte que ligava Odessa à Roménia, isolando, desse modo, mais Odessa, evidencia, no meu entender, a vontade russa de tomar Odessa e, assim, ligar a Crimeia à Transnístria.

[MarcoAntonio]

Comentário da Alemanha sobre um eventual corte do gás:

Germany could weather an immediate end to Russian gas, vice chancellor says.

After Russia cut off supplies of natural gas to Bulgaria and Poland on Wednesday, a top German official said the flow of Russian gas to Germany remained steady, while adding that the country could live off existing reserves until at least the winter.

“In order to get through the winter without Russian gas, further work at full speed is needed,” said the official, Robert Habeck, who is Germany’s economic minister and vice chancellor. He made the comments during a news conference at which he presented a new set of subsidies designed to help Germans offset higher energy costs.

He announced lower growth expectations for 2022, to 2.2 percent from 3.6 percent, mostly because of the increased cost in energy.

When Russia invaded Ukraine in February, Russian gas made up 55 percent of Germany’s gas imports, but that figure is now down to 35 percent, according to Mr. Habeck. He said that Germany’s dependency on Russian gas was harder to overcome than it was for oil or coal.

NYT


Ontem a Alemanha anunciou que estava a reduzir a dependência do petróleo russo mais rapidamente do que previamente anunciado.

[MarcoAntonio]

No entando a forma como vai e, aproximadamente, quando vai de vez em quando aparece nos meios de comunicação.

Mas isso é porque os jornalistas conseguem saber e da mesma forma que os jornalistas conseguem saber, também os russos conseguem. Além disso, têm os próprios meios militares (como imagens satélite).

Da mesma forma que o ocidente vai tendo conhecimento que equipamentos os russos estão a movimentar para a Ucrânia. É a mesma coisa: entre open source, espionagem e fontes de informação de carácter militar convencionais, vão sabendo, tanto de um lado como do outro.

Aliás, a esse propósito, esta noite voltaram a ocorrer explosões em depósitos/armazéns russos. Especula-se que os Ucranianos estão a utilizar mísseis balísticos para atingir alvos estratégicos na Rússia, mas (publicamente) não se sabe ao certo.

[MVP]

Só dá vontade de rir

[MarcoAntonio]

Polónia e a Bulgária têm as torneiras de gás fechadas antes do tempo.
Embora a Rússia possa ser seriamente afectada se não entrar dinheiro dos combustíveis, a Europa também não ficará melhor se não entrarem combustíveis!!

A meu ver, os problemas até poderão ter maior impacto na europa porque irão no imediato provocar conflitos internos onde cada qual certamente quererá salvaguardar a sua população e onde o fecho de fábricas levarão para a rua milhares de pessoas a protestar.

A Polónia disse ontem que já estava preparada para essa eventualidade, que tem reservas até ao fim do ano e que entretanto passa a receber gás da Noruega. A Bulgária está numa situação de maior dependência e terá de procurar alternativas (falam da possibilidade de LNG importado via Turquia e Grécia).

Falta também saber se este corte é mesmo para ficar (durante a manhã houve relatos conflituosos sobre se o corte estava em efeito ou não, para já parece que sim, mas não se pode excluir a hipótese de ser restabelecido, por exemplo se os países acordarem nas novas regras de pagamento).


Embora julgue que o objectivo da Rússia seja gerar discordia interna sobre o que fazer em relação à compra do gás (e por também alguma pressão sobre o fornecimento de armas), parece-me claro que a Rússia precisa tanto ou mais de vender a energia, quanto a Europa precisa de a comprar. Segundo o WSJ, a Rússia está a ter problemas para vender o petróleo também:

Russia Tried to Sell a Huge Slug of Oil. Nobody Wanted It.

Russia failed to sell a huge batch of oil, a sign that soon-to-be imposed sanctions against its state oil giant are playing havoc with the energy industry that undergirds its bruised economy.

Moscow maintained a brisk pace of energy exports in the two months after the invasion, bringing in revenue that Kyiv says funds the Kremlin war machine. Many U.S. allies left oil and gas shipments out of their harshest sanctions on Russia. Importers in India and elsewhere swooped in to buy cheap Russian barrels at a time of rocketing energy prices.

But exports hit a snag in recent days when Rosneft ROSN 2.86% Oil Co. struggled to find buyers for enough oil to fill a fleet of tankers, traders familiar with the sale said. The producer, in which the government owns a large minority stake, had invited companies to bid for the oil last week, according to traders and a document seen by The Wall Street Journal.

A Rosneft spokesman had no immediate comment.

WSJ

[Marco Martins]

O ocidente tanto tenta ser transparente, que dizem aonde está tudo!

O ocidente não informa onde está ou como são enviados os equipamentos.

Sim é verdade, não informam aonde está.
No entando a forma como vai e, aproximadamente, quando vai de vez em quando aparece nos meios de comunicação.

[MarcoAntonio]

O ocidente tanto tenta ser transparente, que dizem aonde está tudo!

O ocidente não informa onde está ou como são enviados os equipamentos.

[Marco Martins]

https://cnnportugal.iol.pt/sines/energia-verde/polonia-e-bulgaria-deixam-de-receber-gas-russo-europa-vai-levar-por-tabela-mas-portugal-pode-fazer-parte-da-solucao/20220427/6268700d0cf2f9a86ea0b69e

Polónia e a Bulgária têm as torneiras de gás fechadas antes do tempo.
Embora a Rússia possa ser seriamente afectada se não entrar dinheiro dos combustíveis, a Europa também não ficará melhor se não entrarem combustíveis!!

A meu ver, os problemas até poderão ter maior impacto na europa porque irão no imediato provocar conflitos internos onde cada qual certamente quererá salvaguardar a sua população e onde o fecho de fábricas levarão para a rua milhares de pessoas a protestar.

[Marco Martins]

https://www.msn.com/pt-pt/noticias/ultimas/r%C3%BAssia-diz-ter-destru%C3%ADdo-arsenal-enviado-do-estrangeiro-para-a-ucr%C3%A2nia/ar-AAWDuiz?ocid=entnewsntp&cvid=a92ed923ede345b594ce76465c70b293

O ocidente tanto tenta ser transparente, que dizem aonde está tudo!

[Marco Martins]

O problema da ausência e dos preços dos combustíveis não é o ajustar... pois o homem por natureza adapta-se...
O problema maior são sempre os problemas que existirão durante e após esse tempo de ajuste.

Uma crise energética simplesmente leva a maior desemprego, maior precariedade e muitos problemas de estabilidade governativa promovendo governos mais estadistas, ditadores, controladores ou o que quer que seja... mas certamente diferentes dos actuais.
Por conseguinte se existirem concorrentes com acesso a preço muito mais baixo à energia, então simplesmente acabarão com os negocios que sobreviveram ao primeiro impacto no ocidente.

Se a China está como está em termos de exportação, imaginem o que aconteceria com os mercados abertos e com a china tendo acesso a recursos energéticos a preço de saldo!!!

[BearManBull]

Há dias, a Alemanha anunciou que planeava tornar-se independente do petróleo russo até ao fim do ano. Hoje, no mesmo dia que anunciam o primeiro material bélico pesado para a Ucrânia, dizem também que estão agora favoráveis a um embargo ao petróleo russo e que podem tornar-se independentes do petróleo russo mais cedo do que tinha sido anunciado:

Ankündigung des Wirtschaftsministers: In wenigen Tagen unabhängig von russischem Öl?

Germany aims to find alternative to Russian oil within days

Diz também que já reduziram a percentagem de cerca de 33 para 12% e que irão trabalhar numa solução para o remanescente ao longo dos próximos dias.

Este tipo de ação vai ter repercussões no curto prazo mas no longo prazo o grande efeito será o de redistribuir o fluxo do oil&gas.

O mercado é global e como tal o facto da Alemanha deixar de comprar à Russia para comprar a outro player não quer dizer que por exemplo a China não vá aumentar a cota de compra de oil&gas da Russia. Vai certamente demorar algum tempo para o mercado se reajustar disso não há duvidas.

Qual era a verdadeira solução? Acabar com o consumo de oil&gas que parece que ninguém está muito interessado em fazer. Nesse caso realmente o mercado global diminuía o consumo e os russos ficavam encurralados com um recurso sem valor de mercado. Para isso teria de se investir no nuclear, seria viável acabar quase por completo com dependência de combustíveis fosseis com uma quota energética na ordem dos 50% a derivar do nuclear. Mega infraestruturas de H2 nuclear produzido na Gronelândia seria uma boa opção para ter o minimo impacto em segurança e ambiental. Mas isso seria trabalho de gente honesta...

[pepe7]

Nível de radioatividade "anormal". UE alerta para perigo de nova catástrofe nuclear
Foi medido um nível de radioatividade "anormal" na central nuclear de Zaporijia, a maior da Europa.

A União Europeia (UE) alertou esta terça-feira para o perigo de uma nova catástrofe nuclear na Ucrânia devido à ofensiva russa e apelou a Moscovo para se abster de qualquer ação contra as instalações nucleares ucranianas.

"A agressão ilegal e injustificada da Rússia na Ucrânia coloca mais uma vez em risco a segurança nuclear no nosso continente", sustentaram, num comunicado conjunto, o chefe da diplomacia da UE, Josep Borrell, e a comissária europeia para a Energia, Kadri Simson.

As forças russas na Ucrânia controlam a central nuclear de Zaporijia, no sul do país e a maior da Europa, e que foi alvo de tiros de artilharia, no início da invasão de Moscovo, que originaram um incêndio e fizeram temer uma nova catástrofe nuclear, 36 anos após a de Chernobyl.

Nesta central, segundo declarações do responsável da Agência Internacional da Energia Atómica, Rafael Grossi, foi esta terça-feira medido um nível de radioatividade "anormal".

"O nível de radioatividade é, diria, anormal", declarou Grossi, sem adiantar valores, garantindo que a agência monitoriza Chernobyl quotidianamente.

A Ucrânia tem 15 reatores nucleares em quatro centrais elétricas em funcionamento, além de depósitos de resíduos, como é o caso da central de Chernobyl, que foi desativada depois do desastre de 1986.

Um reator de Chernobyl explodiu em 1986, contaminando grande parte da Europa, mas especialmente a Ucrânia, a Rússia e a Bielorrússia, que integravam a URSS. Denominada zona de exclusão, o território num raio de 30 quilómetros em redor da central ainda está fortemente contaminado e é proibido viver lá permanentemente.
https://www.tsf.pt/mundo/uniao-europeia-alerta-para-perigo-de-nova-catastrofe-nuclear-14800911.html

Ocupação russa de Chernobyl foi "muito, muito perigosa"
Os peritos devem "reparar sistemas de monitorização remota, que deixaram de transmitir dados para a sede" da agência, em Viena.

https://www.tsf.pt/mundo/ocupacao-russa-de-chernobyl-foi-muito-muito-perigosa-14800738.html

[MarcoAntonio]

Há dias, a Alemanha anunciou que planeava tornar-se independente do petróleo russo até ao fim do ano. Hoje, no mesmo dia que anunciam o primeiro material bélico pesado para a Ucrânia, dizem também que estão agora favoráveis a um embargo ao petróleo russo e que podem tornar-se independentes do petróleo russo mais cedo do que tinha sido anunciado:

Ankündigung des Wirtschaftsministers: In wenigen Tagen unabhängig von russischem Öl?

Germany aims to find alternative to Russian oil within days

Diz também que já reduziram a percentagem de cerca de 33 para 12% e que irão trabalhar numa solução para o remanescente ao longo dos próximos dias.

[MarcoAntonio]

Artigo da NBC sobre os dados (intel) que os Estados Unidos estão a partilhar com a Ucrânia:

U.S. intel helped Ukraine protect air defenses, shoot down Russian plane carrying hundreds of troops

[MarcoAntonio]

Russia says it will shut down a major natural gas pipeline to Poland, which gets more than 45 percent of its gas from Russia, according to the state-owned Polish energy company PGNiG. Poland is one of several European countries that has refused a demand by President Vladimir V. Putin of Russia that all energy bills be paid in rubles, not dollars as specified in their contracts, as he tries to bolster his beleaguered currency.

NYT

A Polónia terá reservas para remediar a situação, segundo outras notícias. Além disso, já tinha planeado substituir o gás russo por gás norueguês até ao final do ano.