Em dia de reunião da Fed, Trump volta à carga e pede juros nos 2%

[PMP69]

Cempt, outra coisa que mencionaste, e de que se tem falado pouco, é onde vai buscar ucranianos para ocupar a administração central e local?

É sinal do desvaneio de Putin, a espaços dá semelhança aos delírios de Hitler.

Pedro

[PMP69]

A Ucrânia não está em condições de pedir o que quer. Está a perder a guerra e não sei até que ponto enviar armas aos Ucrânianos é positivo. A diferença de poder é enorme e só vai prolongar o sofrimento e destruição. Outra coisa seria se estivessem mais ou menos equilibrado. Nem de perto...
Quanto mais tempo passar, pior serão as condicoes para um cessar fogo.

Como sabes que está a perder a guerra?

Passaram 9 dias, e parece que o avanço russo é mais lento que um caracol.

Andamos à 4 dias a falar na caravana que nunca mais faz uns míseros 120 kms.

Há valores que não devemos entregar, muito menos a um lunático.

Pedro

Estive a falar com um ex-comandante das forças Portuguesas na Bósnia e Afeganistão que me explicou que acha perfeitamente normal a coluna estar ali praticamente parada, que seja composta em parte por reservistas e que aparentemente estão ali parados por falta de apoio (combustível/avaria). Ele diz que podem muito bem estar a cumprir com o que deles necessitam, ou seja, o que parece uma fragilidade ser apenas estratégia militar que muito possivelmente nem tem nada haver com uma falsa demonstração de fragilidade.

Está algo irritado com os comentários (civis) que se têm feito ao Major-General Agostinho da Costa que diz ser o que ele chama de "General de colh#& negro" como já não há e que é do melhor que Portugal tem. Por ser frio na análise estão a chamar-lhe de tudo, que é comuna, que é pró-russo, etc etc... quando o meu amigo diz que ele é precisamente o oposto disso tudo e que no futuro se ouvirmos as declarações que tem prestado vamos confirmar que ele tinha razão.

As viaturas que aparecem na tv, ainda à pouco deu imagens feitas pelos russos, mostram alguns blindados/tanques, camiões cisterna e camiões de lona que não transportam pessoal, mas provavelmente munições, comida, material de campanha.

Até porque uma coluna destas é vulnerável, muito mais parada ou em marcha lenta.

Acredito que não avance, por falta de homens na frente, pois quando lá chegar, vão ser necessários homens para fazer a sua segurança, e os meios que têm, nem para tentar entrar em Kiev chegam.


Pedro

[PMP69]

Cempt, outra coisa que mencionaste, e de que se tem falado pouco, é onde vai buscar ucranianos para ocupar a administração central e local?

É sinal do devaneio de Putin, a espaços dá semelhança aos delírios de Hitler.

Pedro

[Carrancho_]

A Ucrânia não está em condições de pedir o que quer. Está a perder a guerra e não sei até que ponto enviar armas aos Ucrânianos é positivo. A diferença de poder é enorme e só vai prolongar o sofrimento e destruição. Outra coisa seria se estivessem mais ou menos equilibrado. Nem de perto...
Quanto mais tempo passar, pior serão as condicoes para um cessar fogo.

Como sabes que está a perder a guerra?

Passaram 9 dias, e parece que o avanço russo é mais lento que um caracol.

Andamos à 4 dias a falar na caravana que nunca mais faz uns míseros 120 kms.

Há valores que não devemos entregar, muito menos a um lunático.

Pedro

Estive a falar com um ex-comandante das forças Portuguesas na Bósnia e Afeganistão que me explicou que acha perfeitamente normal a coluna estar ali praticamente parada, que seja composta em parte por reservistas e que aparentemente estão ali parados por falta de apoio (combustível/avaria). Ele diz que podem muito bem estar a cumprir com o que deles necessitam, ou seja, o que parece uma fragilidade ser apenas estratégia militar que muito possivelmente nem tem nada haver com uma falsa demonstração de fragilidade.

Está algo irritado com os comentários (civis) que se têm feito ao Major-General Agostinho da Costa que diz ser o que ele chama de "General de colh#& negro" como já não há e que é do melhor que Portugal tem. Por ser frio na análise estão a chamar-lhe de tudo, que é comuna, que é pró-russo, etc etc... quando o meu amigo diz que ele é precisamente o oposto disso tudo e que no futuro se ouvirmos as declarações que tem prestado vamos confirmar que ele tinha razão.

[MarcoAntonio]

O ocidente até pode fazer "acordos" com ele. Mas ninguém em seu perfeito juízo vai confiar nele daqui para a frente. E não vão aceitar nada que comprometa o futuro. Podem aceitar algo que seja circunstancial, para resolver algo no momento...

[mais_um]

E é isto que eu antevejo como a única saída airosa para todas as partes.

Que acham deste cenário, será que é verosímil e tem pernas para andar? Eu gostaria que sim, senão preparemo-nos para o pior, para a temível MAD (mutual assured destruction) que ninguém quer e deseja mas que continua como sombra aterrorizante a aparecer no horizonte como saída quase inevitável numa escalada aparentemente sem saídas para qualquer das partes!

Não sei se tem pernas para andar mas na próxima semana saberemos.
Mas estou com o Lusitanus, é uma saída que significa a derrota do Ocidente (o Putin consegue tudo o que queira antes da guerra e ainda tem uns bónus....), se se concretizar ´e a via verde para o Putin continuar a fazer das dele.

Acredito que haja um acordo entre a Russia e a Ucrania, (não sei até que ponto é que os ucranianos estão dispostos a resistir), mas negar a entrada da Finlândia e da Suécia na NATO e eliminar as sanções parece-me uma derrota clara para o Ocidente.

Para mim a Russia deve ser tratada como pária internacional até se tornar numa democracia, senão o crime compensa.

[MarcoAntonio]

Russia has 92% of pre-deployed troops in Ukraine - US

A senior US defence official has just briefed journalists on how the Pentagon sees the main developments on day nine of Russia's invasion into Ukraine.

Here are the main points:

-Russia has launched more than 500 missiles since the start of the invasion and 92% of Russia's pre-staged combat power is now inside Ukraine

- However, the airspace over Ukraine continues to be contested

- The main advance of Russian forces north of Kyiv are still about 25km (16 miles) outside the city

- Russian forces are about 10km from the city centres of Chernihiv and Kharkiv

- In the south, heavy fighting is still being observed in Kherson, which has reportedly fallen to Russian control - a claim US officials were not in a position to dispute

- There is now fighting inside Mykolaiv, to the north-east of Odessa

- The US does not assess Russians are in Mariupol - but Moscow does intend to surround Mariupol from north and from the coast.

- The assault on the Zaporizhzhya nuclear power plant demonstrates the “recklessness” of the Russian invasion, but there is no radioactive leakage so far from the plant, according to US assessments

BBC/Reuters

[Marco Martins]

Cempt, tinha pernas para andar, se Putin não tivesse passado o Dniepre, se não tivesse cometido ataques a civis e estruturas civis.

Acho que o Ocidente, incluindo a Ucrânia
estavam preparados para abrir mão da Crimeia e de parte do leste. À semelhança do que aconteceu na Geórgia.

Hoje, parece-me que não há negociações possíveis.

Pedro

Para o Putin um acordo de paz, e um ganho de terras será o melhor, pois aqueles que ainda estão neutros (como a China) não ficarão contra ele!
Dentro da Russia ele será visto como aquele que recuperou terras e ainda foi bom a deixar os Ucranianos com uma terra.
Para a Europa/USA será menos mal do que ele ocupar tudo.

Em relação às sanções se se mantiverem, ele tentará negociar a venda de gás e petróleo para promover uma parte da recuperação da Ucrânia...

Para a Europa/USA nao será bom o Putin continuar no poder, nem as sanções serem negociadas para se reduzirem....

[PMP69]

A Ucrânia não está em condições de pedir o que quer. Está a perder a guerra e não sei até que ponto enviar armas aos Ucrânianos é positivo. A diferença de poder é enorme e só vai prolongar o sofrimento e destruição. Outra coisa seria se estivessem mais ou menos equilibrado. Nem de perto...
Quanto mais tempo passar, pior serão as condicoes para um cessar fogo.

Como sabes que está a perder a guerra?

Passaram 9 dias, e parece que o avanço russo é mais lento que um caracol.

Andamos à 4 dias a falar na caravana que nunca mais faz uns míseros 120 kms.

Há valores que não devemos entregar, muito menos a um lunático.

Pedro

[PMP69]

Cempt, tinha pernas para andar, se Putin não tivesse passado o Dniepre, se não tivesse cometido ataques a civis e estruturas civis.

Acho que o Ocidente, incluindo a Ucrânia
estavam preparados para abrir mão da Crimeia e de parte do leste. À semelhança do que aconteceu na Geórgia.

Hoje, parece-me que não há negociações possíveis.

Pedro

[caldeirum]

A Ucrânia não está em condições de pedir o que quer. Está a perder a guerra e não sei até que ponto enviar armas aos Ucrânianos é positivo. A diferença de poder é enorme e só vai prolongar o sofrimento e destruição. Outra coisa seria se estivessem mais ou menos equilibrado. Nem de perto...
Quanto mais tempo passar, pior serão as condicoes para um cessar fogo.

[Lusitanus]

A maioria dos pontos de vista aqui trocados são bastante interessantes mas acho que ainda ninguém, nem sequer os conceituados comentaristas nacionais e internacionais, chegaram ao único cenário onde é possível uma saída airosa para todas as partes, sabendo-se que à partida todos os atores parecem estar inflexíveis nas suas posições iniciais.

Daqui a pouco deixo ficar então o único cenário viável que antevejo para terminar com toda esta tragédia que aparentemente não tem saída.

Então é assim, cá vai o tal cenário sobre o qual ainda ninguém se pronunciou:

- A estratégia militar russa que poderá ir de encontro a uma das poucas saídas airosas para o Putin é esta:

A) O grande objetivo dos russos é o controlo da zona leste da Ucrânia, todo o Donbass incluído, mais a central nuclear que tomaram esta noite, que permitirá o fornecimento de energia às zonas que passarão para controlo russo, deixando apenas uma pequena língua de terra aos ucranianos no seu acesso ao mar na zona de Odessa.

B) Os russos terão também de tomar uma grande barragem a umas dezenas de quilómetros a norte da Crimeia, que permitirá o abastecimento de água a toda a Crimeia, um problema crónico bem conhecido na região e que se agravou nos últimos anos quando os ucranianos cortaram a ligação do abastecimento da dita barragem à Crimeia.

C) O cerco às grandes cidades ucranianas do norte é apenas uma enorme manobra de diversão que tem como objetivo principal distrair as unidades de combate ucranianas do foco principal dos russos que é o de impedir que os ucranianos enviem reforços para o leste. Esta manobra de cerco e ameaça de ataque aparente permitirá às forças russas a conquista dos objetivos territoriais no leste e sul duma forma muito mais facilitada.

D) A entrada nas cidades do norte não será objetivo nenhum porque:

- Os russos sabem que os custos em perdas humanas, militares e nos media seriam incomportavelmente tremendos e deixaria a esmagadora maioria do povo ucraniano totalmente contra os russos durante várias gerações.

- Além do mais, o que ganhariam os russos em vídeos de propaganda com os tanques alinhados frente às Câmaras das cidades conquistadas? A humilhação das populações locais e uma fotos nos media russos, a favor de Putin, com elogios e louvores, que durariam uns dias, ao grande líder e às gloriosas tropas de libertação da Federação Russa? E quem iriam colocar os russos nos lugares da administração das grandes cidades, que teriam de defender com custos muito elevados de terrorismo urbano permanente e com falhas gritantes de todas as infraestruturas e com falta de tudo em termos de alimentação, saúde, circulação, serviços, realojamentos, prisões, custos de reparação gigantescos, julgamentos sumários marciais, etc?

Quem seriam os infelizes candidatos à força ou os representantes da nova governação russa que iriam substituir os atuais ucranianos que lideram as Câmaras das grandes cidades "libertadas"? Nem uns loucos "putinistas" se candidatariam a esse lugar de mártires seguros onde o mais provável seria serem eliminados a curto prazo em qualquer esquina com uns balázios de ucranianos nacionalistas fanáticos e desesperados com as perdas obtidas.

Em resumo, os cercos às cidades são na minha opinião meras manobras de diversão, não haveria nada a ganhar por parte dos russos. O seu grande objetivo é apenas impedir o reforço ucraniano da frente leste e sul porque é aí que os russos querem ganhar terreno em termos definitivos.

Além do mais os custos de semanas e semanas a fio a destruir as grandes cidades iriam provocar um rombo monstruoso nas finanças russas à beira do colapso, que depois teriam de reconstruir em nome das novas autoridades obedientes a Moscovo todas as infraestruturas e edifícios destruídos, mas com o dinheiro de quem?!

E que dizer das repercussões internacionais duma Ucrânia totalmente destruída e com falta de tudo? O preço seria proibitivo e Putin pode ser um megalómano que quer entrar para a História como um novo imperador czarista da grande Rússia mas também não é idiota de todo, temos de lhe dar esse desconto em termos internos e externos, ao ponto de saber que tal cenário catastrófico teria como consequência direta e evidente saber que os russos seriam sempre olhados como párias malditos durante anos e anos pelo resto do mundo, exceto obviamente por pequenos ditadores que necessitam destes cenários para se irem aguentando pelo medo e terror até serem inevitavelmente depostos ou a sua história terminar de forma trágica (vide caso Ceausescu na Roménia soviética ou Mussolini e Hitler perante a derrota inevitável na Itália e Alemanha na 2. grande guerra mundial).


Chegados a estes objetivos militares, como terminar o conflito e tentar almejar uma saída onde todos possam cantar algumas vitórias?

Aqui vai,

1) A Ucrânia e a Rússia acordam um cessar-fogo permanente condicional onde a Ucrânia reivindica a retirada dos russos da sua invasão pelo norte, deixando as suas cidades e todo o território dessa zona, incluindo Chernobyl, em zona de administração das atuais autoridades ucranianas de Zelensky. A Ucrânia manterá igualmente o acesso ao mar através da sua maior cidade do sul em Odessa. Uma vitória moral dos ucranianos, uma vez que mantiveram as suas grandes cidades com muito suor, sangue e lágrimas, impedindo os russos de tocar nos seus grandes símbolos urbanos!

2) Em troca a Rússia será reconhecida como país soberano na Crimeia e irá partilhar com a nova República Popular de Donetsk a nova linha de costa que liga a Crimeia a essa zona, incluindo as cidades de Kherson e Mariopol. Os novos territórios abarcarão também as zonas da barragem de abastecimento de água à Crimeia e zona sul da Ucrânia e a central nuclear de Zaporizhzhia.

3) As novas repúblicas de Lugansk e Donetsk chegarão aos limites previstos pelos separatistas e totalmente dependentes dos russos, no fundo vão-se tornar umas mini-Bielorrússias.

4) O resto do território será a nova Ucrânia, governada por ucranianos e reconhecida pelos russos. Na condição porém de nunca aderir à Nato mas mantendo o seu armamento convencional e as suas autoridades eleitas, mesmo que não sejam neutrais ou pró-russas!

5) Não haverá reparações de guerra de parte a parte, a reivindicação das estruturas destruídas pelos russos durante a sua "operação especial militar" será compensada com o custo da destruição das estruturas atingidas pelos nacionalistas ucranianos nas novas repúblicas de Donetsk e Lugansk.

6) No acordo patrocinado pela Rússia e Ocidente, USA, EU e Nato, a Rússia deixará de reivindicar a retirada dos mísseis colocados nos restantes países do ex-Pacto de Vars´óvia, que lá continuarão a ser apontados para leste. A Suécia e a Finlândia tomarão o compromisso de não aderir formalmente à Nato, podendo contudo estabelecer pactos de garantias de defesa com a Nato em caso de eventual futura agressão, no fundo ficarão abrangidas pelo guarda-chuva defensivo da Nato apesar de não aderirem à Organização militar.

7) Como contrapartida das cedências no ponto anterior as potências ocidentais irão comprometer-se a levantar gradualmente as sanções impostas à Rússia até ao regresso definitivo da nova normalidade.


---


E é isto que eu antevejo como a única saída airosa para todas as partes.

Que acham deste cenário, será que é verosímil e tem pernas para andar? Eu gostaria que sim, senão preparemo-nos para o pior, para a temível MAD (mutual assured destruction) que ninguém quer e deseja mas que continua como sombra aterrorizante a aparecer no horizonte como saída quase inevitável numa escalada aparentemente sem saídas para qualquer das partes!

Com o levantamento das sanções os russos diriam: "Valeu bem a pena, grande "negócio" que fizemos!".

[Flavc]

Na minha opinião uma excelente análise do Cempt. Contudo, embora possa resultar a curto prazo (alguns anos, enquanto o Putinhas tiver o poder) fica sempre um grande ressentimento anti-Putin e logo que ele desapareça (por qq motivo) há conflitos que podem voltar.

[MarcoAntonio]

https://www.facebook.com/Canalsergiotavaresnoticias/videos/2822883934671511/

Mantenham sempre esse espirito crítico em alerta!

Palmira, não vou estar aqui a analisar o video de 8 minutos, mas isto cheira a esturro também.

Logo no primeiro o jornalista diz "aparentemente" mas o influencer (ou lá quem é) todo entusiasmado diz que é uma "flagrante mentira". Quando o que está em causa é a credibilidade, este fulano perde a credibilidade logo ao fim de uns segundos.

A história do "ghost de kiev" está mal contada. E a situação final também parece ser uma fabricação completa, ver aqui:

https://www.thequint.com/news/webqoof/f ... fact-check

Esta história fabricada é de resto antiga como se pode ver aqui na Reuters:

https://www.reuters.com/article/factche ... SL1N2PP1W3


Portanto, não vou estar a verificar todos os episódios e a escalpelizar o video todo. Não obstante poderem existir erros e problemas jornalisticos, que existem, a credibilidade deste tipo está completamente de rastos.

[Cem pt]

A maioria dos pontos de vista aqui trocados são bastante interessantes mas acho que ainda ninguém, nem sequer os conceituados comentaristas nacionais e internacionais, chegaram ao único cenário onde é possível uma saída airosa para todas as partes, sabendo-se que à partida todos os atores parecem estar inflexíveis nas suas posições iniciais.

Daqui a pouco deixo ficar então o único cenário viável que antevejo para terminar com toda esta tragédia que aparentemente não tem saída.

Então é assim, cá vai o tal cenário sobre o qual ainda ninguém se pronunciou:

- A estratégia militar russa que poderá ir de encontro a uma das poucas saídas airosas para o Putin é esta:

A) O grande objetivo dos russos é o controlo da zona leste da Ucrânia, todo o Donbass incluído, mais a central nuclear que tomaram esta noite, que permitirá o fornecimento de energia às zonas que passarão para controlo russo, deixando apenas uma pequena língua de terra aos ucranianos no seu acesso ao mar na zona de Odessa.

B) Os russos terão também de tomar uma grande barragem a umas dezenas de quilómetros a norte da Crimeia, que permitirá o abastecimento de água a toda a Crimeia, um problema crónico bem conhecido na região e que se agravou nos últimos anos quando os ucranianos cortaram a ligação do abastecimento da dita barragem à Crimeia.

C) O cerco às grandes cidades ucranianas do norte é apenas uma enorme manobra de diversão que tem como objetivo principal distrair as unidades de combate ucranianas do foco principal dos russos que é o de impedir que os ucranianos enviem reforços para o leste. Esta manobra de cerco e ameaça de ataque aparente permitirá às forças russas a conquista dos objetivos territoriais no leste e sul duma forma muito mais facilitada.

D) A entrada nas cidades do norte não será objetivo nenhum porque:

- Os russos sabem que os custos em perdas humanas, militares e nos media seriam incomportavelmente tremendos e deixaria a esmagadora maioria do povo ucraniano totalmente contra os russos durante várias gerações.

- Além do mais, o que ganhariam os russos em vídeos de propaganda com os tanques alinhados frente às Câmaras das cidades conquistadas? A humilhação das populações locais e uma fotos nos media russos, a favor de Putin, com elogios e louvores, que durariam uns dias, ao grande líder e às gloriosas tropas de libertação da Federação Russa? E quem iriam colocar os russos nos lugares da administração das grandes cidades, que teriam de defender com custos muito elevados de terrorismo urbano permanente e com falhas gritantes de todas as infraestruturas e com falta de tudo em termos de alimentação, saúde, circulação, serviços, realojamentos, prisões, custos de reparação gigantescos, julgamentos sumários marciais, etc?

Quem seriam os infelizes candidatos à força ou os representantes da nova governação russa que iriam substituir os atuais ucranianos que lideram as Câmaras das grandes cidades "libertadas"? Nem uns loucos "putinistas" se candidatariam a esse lugar de mártires seguros onde o mais provável seria serem eliminados a curto prazo em qualquer esquina com uns balázios de ucranianos nacionalistas fanáticos e desesperados com as perdas obtidas.

Em resumo, os cercos às cidades são na minha opinião meras manobras de diversão, não haveria nada a ganhar por parte dos russos. O seu grande objetivo é apenas impedir o reforço ucraniano da frente leste e sul porque é aí que os russos querem ganhar terreno em termos definitivos.

Além do mais os custos de semanas e semanas a fio a destruir as grandes cidades iriam provocar um rombo monstruoso nas finanças russas à beira do colapso, que depois teriam de reconstruir em nome das novas autoridades obedientes a Moscovo todas as infraestruturas e edifícios destruídos, mas com o dinheiro de quem?!

E que dizer das repercussões internacionais duma Ucrânia totalmente destruída e com falta de tudo? O preço seria proibitivo e Putin pode ser um megalómano que quer entrar para a História como um novo imperador czarista da grande Rússia mas também não é idiota de todo, temos de lhe dar esse desconto em termos internos e externos, ao ponto de saber que tal cenário catastrófico teria como consequência direta e evidente saber que os russos seriam sempre olhados como párias malditos durante anos e anos pelo resto do mundo, exceto obviamente por pequenos ditadores que necessitam destes cenários para se irem aguentando pelo medo e terror até serem inevitavelmente depostos ou a sua história terminar de forma trágica (vide caso Ceausescu na Roménia soviética ou Mussolini e Hitler perante a derrota inevitável na Itália e Alemanha na 2. grande guerra mundial).


Chegados a estes objetivos militares, como terminar o conflito e tentar almejar uma saída onde todos possam cantar algumas vitórias?

Aqui vai,

1) A Ucrânia e a Rússia acordam um cessar-fogo permanente condicional onde a Ucrânia reivindica a retirada dos russos da sua invasão pelo norte, deixando as suas cidades e todo o território dessa zona, incluindo Chernobyl, em zona de administração das atuais autoridades ucranianas de Zelensky. A Ucrânia manterá igualmente o acesso ao mar através da sua maior cidade do sul em Odessa. Uma vitória moral dos ucranianos, uma vez que mantiveram as suas grandes cidades com muito suor, sangue e lágrimas, impedindo os russos de tocar nos seus grandes símbolos urbanos!

2) Em troca a Rússia será reconhecida como país soberano na Crimeia e irá partilhar com a nova República Popular de Donetsk a nova linha de costa que liga a Crimeia a essa zona, incluindo as cidades de Kherson e Mariopol. Os novos territórios abarcarão também as zonas da barragem de abastecimento de água à Crimeia e zona sul da Ucrânia e a central nuclear de Zaporizhzhia.

3) As novas repúblicas de Lugansk e Donetsk chegarão aos limites previstos pelos separatistas e totalmente dependentes dos russos, no fundo vão-se tornar umas mini-Bielorrússias.

4) O resto do território será a nova Ucrânia, governada por ucranianos e reconhecida pelos russos. Na condição porém de nunca aderir à Nato mas mantendo o seu armamento convencional e as suas autoridades eleitas, mesmo que não sejam neutrais ou pró-russas!

5) Não haverá reparações de guerra de parte a parte, a reivindicação das estruturas destruídas pelos russos durante a sua "operação especial militar" será compensada com o custo da destruição das estruturas atingidas pelos nacionalistas ucranianos nas novas repúblicas de Donetsk e Lugansk.

6) No acordo patrocinado pela Rússia e Ocidente, USA, EU e Nato, a Rússia deixará de reivindicar a retirada dos mísseis colocados nos restantes países do ex-Pacto de Vars´óvia, que lá continuarão a ser apontados para leste. A Suécia e a Finlândia tomarão o compromisso de não aderir formalmente à Nato, podendo contudo estabelecer pactos de garantias de defesa com a Nato em caso de eventual futura agressão, no fundo ficarão abrangidas pelo guarda-chuva defensivo da Nato apesar de não aderirem à Organização militar.

7) Como contrapartida das cedências no ponto anterior as potências ocidentais irão comprometer-se a levantar gradualmente as sanções impostas à Rússia até ao regresso definitivo da nova normalidade.


---


E é isto que eu antevejo como a única saída airosa para todas as partes.

Que acham deste cenário, será que é verosímil e tem pernas para andar? Eu gostaria que sim, senão preparemo-nos para o pior, para a temível MAD (mutual assured destruction) que ninguém quer e deseja mas que continua como sombra aterrorizante a aparecer no horizonte como saída quase inevitável numa escalada aparentemente sem saídas para qualquer das partes!

[Marco Martins]

Marco, o que tu vês da China no exterior não é a China, é a fachada da China no exterior.

E, eventualmente, como se comportam os chineses quando saiem da China.

Repara bem como não falaste de nada que diga respeito à China propriamente dita...

Bom o que conheço da China é que a empresa onde trabalho tem relações com outras empresas chinesas e funcionários lá.
Em relação à Russia, um colega que fez negócio com uma empresa Russa, foi lá e até de moto 4 andou na proprieddade do empresário... tudo muito bonito... mas quando foi para pagarem, os portugueses ficaram sem receber...

Mas claro, isto são coisas isoladas que não descrevem todo o contexto de um país...

[Flavc]

HBule é por essas e por outras que embora eu reconheça a utilidade de um programa nos dias de hoje como o Polígrafo, tenho imensa pena que tenham de existir esse tipo de programas. Significa que ser jornalista (de alguns média) deixou de importar a procura de fontes credíveis nas notícias e alguns deixaram de ser pessoas confiáveis, o que é pena numa profissão em que os valores da ética e da procura da verdade deviam ser intocáveis. É um bocado a história da "má moeda" que expulsa a boa.

[MarcoAntonio]

Sim como se a CNN não fizesse o mesmo.

(...)

Como tudo, tem de se ver vários media e tentar encontrar um ponto de equilíbrio que é onde estará mais ou menos a verdade.

A CNN não era ali mencionada. A CNN também tem falhas que chegue e deixa bastante a desejar, embora não seja, na minha opinião, comparável à FOX por razões que eu posso enumerar (se bem que não acho que seja necessário ou particularmente útil ao tópico).

Eu não estou a defender que qualquer um dos canais deva deixar de existir. Na verdade, o meu ponto principal era dizer que não era comparável aos canais controlados pelo Estado na Rússia (mesmo considerando que a FOX é muito mazinha... e foi só da FOX que o caldeirum falou).

[BearManBull]

A FOX é muito má (inclui manipulações deliberadas, entre outras coisas)

Sim como se a CNN não fizesse o mesmo. Ainda ontem na noticia do navio incendiado, ao largo dos Açores, omitiram deliberadamente a carga dos EVs fazendo apenas referencia a carros a gasolina... Quem não os conhece que os compre.

A euronews outra que tal... é tudo verde, renovável e sustentável até dói de ver.

Como tudo, tem de se ver vários media e tentar encontrar um ponto de equilíbrio que é onde estará mais ou menos a verdade.

[Palmira287]

A FOX é muito má (inclui manipulações deliberadas, entre outras coisas) mas não é comparável. Além disso não são controlados pelo Estado como os média russos (o máximo que se pode dizer é que inclui um ou outro elemento que são completos propagandistas). Still, not the same...

Sou muito crítico da FOX, acho que presta um des-serviço a toda a gente, mas sou igualmente averso a falsas equivalências.

Atenção que até por cá também há desinformação, mesmo na estação de serviço público:

https://www.facebook.com/Canalsergiotavaresnoticias/videos/2822883934671511/

Mantenham sempre esse espirito crítico em alerta!

[BearManBull]

Se isto se resolver espero que pelo menos se retirem elações importantes:

Como é que criamos tanta dependeria energética da Russia?
Aqui no fórum sempre se falou disso como é que os nossos aclamados pseudo lideres nos colocaram numa situação destas?

Como é que criamos tanta dependência de tudo na China?
Seria uma catástrofe impor sanções deste tipo à China, suponho que nem deixaríamos de ter acesso a coisas como medicamentos básicos, nisto agora se vê que Trump tinha muita razão em criticar talvez não na forma de agir.

Como é que simplesmente ignoramos um monstro imperialista a crescer?
Com tantas instituições diplomáticas como é que ninguém lançou alertas graves e se reagiu prontamente?

Como é que nos deixamos perder o rumo como sociedades dos direitos absolutos e agora estamos no rumo de ser subjugados por autocracias?
Como é que acedemos a todo o extremismo de propagandas radicais que corroeram a sociedade ocidental e agora estamos à merce de de dois regimes de tirania?

[MarcoAntonio]

A Russia vai respondendo às sanções como pode...

Russian Ministry Recommends Suspending Fertilizer Exports
By Alistair MacDonald


Russia could suspend exports of fertilizers, state news agency TASS reported, a move that would remove a large portion of global supply from the market.

The Ministry of Industry and Trade recommended suspending the export of fertilizers until normal transportation services in and out of Russia are resumed, TASS reported Friday. The ministry couldn’t immediately be reached for comment.

Such a move would likely stoke prices, potentially hurting farmers worldwide.

Fertilizers such as potash and nitrogen are largely moved through trains and ships. Those movements have been hit since Russia’s invasion of Ukraine as foreign shippers have steered clear of the region. For instance, several large shipping companies, including the world’s biggest container ship operators—A.P. Moller-Maersk A/S and Mediterranean Shipping Co.—have temporarily suspended services to Russian ports.

For fertilizers, "a situation is emerging where, due to sabotage of deliveries by a number of foreign logistics companies, farmers in Europe and other countries cannot receive the contracted volumes of fertilizers," TASS reported.

Russia was responsible for 18% of the potash market in 2017, according to the U.S. Geological Survey. Among other fertilizers, it also accounted for 20% of ammonia exports and 15% of Urea, according to Scotiabank.

The price of fertilizers has already soared over the past year. For instance, the price for anhydrous ammonia, a key fertilizer used for corn, hit a record high last month of $1,492 per ton.

Further price rises would add to inflationary pressures on farmers, who are already paying significantly higher prices for their fuel, weed-killing chemicals, crop seeds and seasonal labor.

--Kirk Maltais contributed to this article.

WSJ

[MarcoAntonio]

A FOX é muito má (inclui manipulações deliberadas, entre outras coisas) mas não é comparável. Além disso não são controlados pelo Estado como os média russos (o máximo que se pode dizer é que inclui um ou outro elemento que são completos propagandistas). Still, not the same...

Sou muito crítico da FOX, acho que presta um des-serviço a toda a gente, mas sou igualmente averso a falsas equivalências.

[caldeirum]

BBC temporarily suspends work of journalists in Russia


As we've been reporting all day, the lower chamber of the Russian parliament has approved a law that would impose jail sentences of up to 15 years for people spreading "fake" information.

A number of independent outlets in Russia have been shut down, or chosen to stop operating. International outlets the BBC and Deutsche Welle have been restricted.

Now the BBC director-general says the corporation is temporarily suspending the work of all BBC journalists in Russia, in response to the law.

“This legislation appears to criminalise the process of independent journalism," says director general Tim Davie.

"It leaves us no other option than to temporarily suspend the work of all BBC News journalists and their support staff within the Russian Federation while we assess the full implications of this unwelcome development.

“Our BBC News service in Russian will continue to operate from outside Russia.

“The safety of our staff is paramount and we are not prepared to expose them to the risk of criminal prosecution simply for doing their jobs. I’d like to pay tribute to all of them, for their bravery, determination and professionalism.

“We remain committed to making accurate, independent information available to audiences around the world, including the millions of Russians who use our news services.

"Our journalists in Ukraine and around the world will continue to report on the invasion of Ukraine.”

BBC

Os Russos vão ser alimentados com falsa informação tal como os americanos foram com a Fox.

ontem 0:00h

bem ataque a maior central nuclear da Europa

bem, desta vez safámo-nos

Quando vi a notícia esta manhã, pensei: "depois de tudo, vai ser assim"?

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ontem 0:00h

bem ataque a maior central nuclear da Europa

bem, desta vez safámo-nos