Riqueza da casa cresce ao ritmo mais baixo desde 2016

[Adam hedge]

Não defendo a urss e nem o putin a quer como querem fazer crer os ocidentais.

caro tavaver então o srº não é ocidental? quer dizer de coraçao é todo anti ocidental,mas de corpo também?

[tava3]

Alguns destes post's são típicos de quem segue a propaganda americana como uma religião, cnn's, fox news e afins. Não sei se alguém se lembra daquelas imagens do vietname que ajudaram a acabar com a guerra, de crianças com a pele a descolar pelas bombas de napalm? Eles aprenderam bem a lição, agora não se vê imagens das vitimas dos milhares de bombardeamentos que já fizeram só nestas ultimas guerras. Só se sabe da porcaria que fazem quando alguém como o assange ou o snowden metem a boca no trombone. Não defendo a urss e nem o putin a quer como querem fazer crer os ocidentais. Uma situação de guerra fria é óptima para o negocio, mete os estados a financiar os privados do armamento, num país que gasta 600 000 000 000 de bucks em armamento em clima de paz, é fazer as contas se a coisa se complicar. Volto a dizer que não defendo a urss mas o capitalismo selvagem da-me náuseas, onde vale tudo até tirar olhos, é preciso um equilíbrio de forças para os problemas serem "negociados" e não acontecer mais circos como aquele que foi a guerra do iraque. Isto para não falar nas dezenas de milhares de milhões gastos em agitadores para fazer cair governos, no caso da ucrania já ouvi falar de 5 a 15 bi.

[Quimporta]

Cumpre-se este ano o centenário do início da 1ª Grande Guerra Mundial, lembram-se?

Lembras bem Atomez.
E sem querer ser dramático, também calha bem lembrar no que deram as anexações de territórios nos anos que se seguiram à 1ª Grande Depressão

Deixo aqui o gráfico do índice da bolsa de Moscovo (MICEX) e da Grazprom.
Crashes podem acontecer também nas bolsas do ocidente, e acontecerão certamente se o Putin ripostar com sanções sobre as empresas Europeias.
Mas serve para mostrar que anexar territórios aos vizinhos é um desporto caro, sobretudo para oligarcas.

[Ulrich]

A identidade e a noção de "Império Russo" ainda está na mente daquele povo.

O Putin apela e cavalga esse sentimento, que é partilhado com um orgulho histórico.

Só agora passados, quase , 20 anos da queda do bloco soviético , a Rússia está a conseguir

ter algum folego para fazer este tipo de manobras geo-estratégicas .

Não estou de acordo, nem contra.

Os USA fazem o mesmo, e é para o bem, a UE faz o mesmo e é para o bem...

Eu sou a favor de vários poderes, que possam ter força para não existir um só.

[atomez]

Não consigo perceber como é que alguém possa ser "simpatizante" da atual Rússia

Aquilo já não é a URSS, não defende o socialismo nem o comunismo nem o internacionalismo nem a libertação dos povos nem essas coisas do passado. Essa era acabou, mas pelo menos tinham algum tipo de sentido ideológico, de pretender algo de superior que, supostamente, seria para o bem e progresso da humanidade. Era uma grande tanga pela qual milhões e milhões de seres humanos sofreram e morreram para ainda por cima... dar o resultado que se viu.

A Rússia atual é um mero capitalismo de terceiro mundo, com uma economia do terceiro mundo baseada na exploração de matérias primas que são apropriadas por uma oligarquia de magnates que vivem à sombra do poder, ou melhor, do Putin. Enquanto o povinho em geral vive em condições miseráveis, sem segurança nem serviços mínimos e ainda tem que aturar os governantes oficiais e as máfias. Ao nível de uma Angola, Mianmar e tantos outros que ainda há por aí. A única coisa que os safa e lhes dá alguma projeção internacional é a indústria bélica que herdaram do antigo regime e vão conseguindo manter.

Nós ocidentais somos tão beras e sacanas como eles? Talvez. Mas pelo menos já aprendemos, pelo menos nós europeus, que não podemos impôr a nossa vontade à porrada, é possível conseguir o que se pretende por meios pacíficos. Há por aí mais regiões que se separaram e tornaram independentes, como a Rep. Checa e a Eslováquia, Lituânia, Letónia, Estónia, até mesmo Timor Leste e outras que querem ser independentes - Catalunha, País Basco, Escócia - e provavelmente lá chegarão sem recorrer à guerra nem à guerrilha ou ao terrorismo.

Se o povo da Crimeia quer ser independente ou fazer parte da Rússia, pois que assim seja. Mas isso tem de ser negociado e acordado com todas as partes interessadas e reconhecido por todos. Pedir a um bando de mafiosos com armamento pesado que os venha "ajudar" é que não se pode permitir.

Porque senão seria regressar ao passado em que os europeus deram tristes exemplos ao mundo de como se massacram milhões de seres humanos.

Cumpre-se este ano o centenário do início da 1ª Grande Guerra Mundial, lembram-se?

[Limonov]

O partido Rússia Unida não é de esquerda, muito menos socialista e comunista.

Abraço,

[ghorez]

Só não percebo é como é que se defende um país (Rússia) que põe em prática uma ideologia (socialismo/comunismo) que já tem décadas de provas a espalhar a miséria, ignorância e fome por esse mundo fora. Em todo o lado onde metem as mãos é só miséria. Enfim...

[Quimporta]

A questão é que não pode haver só um que se ache policia no mundo

Achas então que se em vez de um tivermos dois polícias que ninguém chamou, estamos melhor ...

O teu ponto está ainda por explicitar, mas se o percebi parece-me demodé, TVVQ...
Na CW I a filiação de países por blocos ainda se entendia pelas diferenças ideológicas.
Nos dias que correm achar que a Rússia tem méritos morais face ao capitalismo selvagem do ocidente ou a prepotência dos EUA é o mesmo que babar-se pela miss setembro de 1963...
Certamente já tem celulite, regueifas, está comprometida e a Rússia já não defende a ditadura do proletariado.

[tava3]

A questão é que não pode haver só um que se ache policia no mundo, até porque ninguém lhes encomendou esse serviço. Quanto ao ditador é tipico, ditadores, terroristas, bandidos são todos os que nos fazem frente ou que embirram em não nos satisfazer os nossos caprichos, alguns passam de bestiais a bestas. Quanto ao povo ser feliz, na crimeia parece que ficaram felizes, não se pode acudir a todos, olha lá em israel que bem que eles vivem, já os vizinhos não podem dizer o mesmo, até um muro os separa. Muro? onde é que eu já vi isto?

[Quimporta]

Tu és um tipo curioso, TVVQ...

Achas mesmo que os excessos do acidente perdem brilho por aparecer mais um candidato a ditador a fazer frente aos EUA?
Se eu defendesse um modelo económico alternativo ao capitalismo ficaria contente que ele se afirmasse pelo bem estar que é capaz de trazer ao seu povo, e não pelo desmando que pode provocar nos outros.
Ou pegando nas tuas palavras, mais pela limpeza da casa e asseio dos filhos, que pelas peles de marta que vai comprar ao mar negro

[tava3]

Quem salvou a face com os misseis de cuba foi o kennedy, porque achas que ficou em segredo a retirada dos misseis da turquia? Voltando à conversa dos casais, desde o fim da urss que quem manda em casa é o marido(eua), manda, grita, bate no cão. Mas agora a mulher(russia) tambem ganha e quer e DEVE mandar também. Ela só meteu maquinão de guerra a arejar, tava tudo cheio de pó.

[Quimporta]

Oi TVVQ. estás em forma
Ainda bem que lhe meteste juízo na tola. Velhos amigos servem para isso
não quero exagerar na densidade de considerações geoestratégicas, mas a forma como o ocidente tem reagido está nitidamente a deixar espaço para a Rússia recuar sem perder a face, evitando a escalada em direcção a uma crise tipo "mísseis de cuba".

Ou isso ou então há eleições à porta na UE e nos EUA, e ... pera lá

[tava3]

Oi Quim.
Estive agora a falar com o putin e o gajo disse: granda m...., esqueci-me completamente das sanções económicas, é que nunca aconteceu uns lideres "dos maus" terem contas congeladas, posso começar de novo?
Achas mesmo que eles não pensaram nisso? Já agora, utilizar o dinheiro=poder como arma faz-me lembrar aqueles maridos que cortam os cartões às mulheres para as pressionar.

[Quimporta]

Há dias, no programa da Antena 1 "Esplendor de Portugal", surgiu discussão acesa a propósito da expressão "sexo forte", utilizada distraidamente por um comentador masculino.
Seguiu-se um ataque mortal da jornalista Espanhola do painel. Começou com uma pergunta venenosa:
- "Olha lá! A que propósito são vocês o sexo forte?!
- É evidente. Mesmo sendo tu mais nova, eu posso mesmo estrangular-te com as minhas próprias mãos, se quisesse "
- Pois, mas então o sexo forte somos nós porque eu se quiser POSSO FAZER-TE A VIDA NUM INFERNO SEM MEXER UM DEDO".

Vitória por KO, ao segundo assalto...

Estamos à beira de começar uma nova guerra fria.
Já toda a gente suspeita disso, e espero também que já haja gente suficiente que tenha percebido que este tipo de guerras não são ganhas por quem tem mais fibras nos bíceps, mas por quem tem melhores neurónios na cabeça.

Os primeiros movimentos desta COLD WAR II começaram com uma saída Russa, movimentando peões na Crimeia. Uma saída “à macho”, natural num Kremlin sem damas na política.

A resposta da escola clássica dos xadrezistas machos da Cold War I seria a de mandar peões para o leste da Europa, e permitir que o jogo siga num tabuleiro a preto e branco. Era o que teria acontecido se na presidência americana não estivesse o “metro sexual” do presidente Obama. Felizmente, digo eu, que a resposta está a ser pensada com a cabeça de cima e não com os canhões de baixo, e pode ser dada num tabuleiro muitíssimo mais colorido que o dos anos 50-60.

Não sei se chegará ao requinte da sugestão dada pelo guru que diz que o “mundo é plano”, (recomendo a leitura de mais um excelente artigo do NYT), mas a este tipo de abertura Russa não se responde “atacando peões com peões”. A abertura Russa contesta-se manietando os bispos, minando as torres, e esfomeando os cavalos.

A Rússia já não é um bloco ideológico fechado, dominado por militares. É uma economia exposta e dominada por oligarcas (bispos), que se apoderaram dos recursos naturais do país (torres) e que controlam os cavalos (povo) com pão e circos, como as Olimpíadas à ostentação de Sochi e periódicas acções militares menores para lá das fronteiras.

A resposta está a ser um gambito de medidas destinadas a afectar economia, que é grande mas não é grande coisa, e a sede de poder dos Russos.
Começou-se congelando visas e ativos de alguns "bispos". Uma jogada subtil e aparentemente tímida e inócua, mas os primeiros tempos dão por regra vantagem às brancas, que jogam primeiro.
É importante ganhar tempo até garantir formas de abastecer de gás a Ucrânia e outros países- como a Grécia e a própria Alemanha, a tempo do próximo inverno. O G8 entretanto voltou a G7, quando os pontos marcados nas crises da Síria e Irão mostravam já uma Rússia mais relevante.

O segundo passo da resposta será dado, nas palavras da Jornalista do “Esplendor de Portugal”, sem precisar mexer um dedo: minam-se as torres. A bolsa de Moscovo está a sofrer e a economia Russa é movida a gás. Sem essas torres de menagem para os oligarcas, as reais fontes de poder de darth Putin, não há outras que as substituam. Será um passo até deixar de haver recursos para suportar as espectativas atuais do Povo (ou os cavalos…), e demonstrações como as Pussy Riot podem facilmente tornar-se símbolos de resistências.

A partir daí a CWII está “controlada”. Não digo ganha porque quem vai à Cold War dá e leva.

Por cá já estou preparado para vender tudo o que tenho na bolsa, e acolher os ursos misha que chegarão com elevada probabilidade, caso as hostilidades frias se mantenham.