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Caldeirão da Bolsa

Políticas para Portugal

Espaço dedicado a todo o tipo de troca de impressões sobre os mercados financeiros e ao que possa condicionar o desempenho dos mesmos.

Re: Políticas para Portugal

por previsor » 26/6/2025 11:42

Eu ainda acho possível que o Montenegro possa cair na tentação de provocar eleições antecipadas daqui a dois anos por causa da TAP, caso o PS com o novo líder mantenha a posição de não concordar com a privatização total. No entanto, historicamente é mais provável que o governo não caia no parlamento. Acho que nunca houve um caso de um primeiro ministro ter o governo derrubado duas vezes no parlamento. Por isso, acho mais provável que isso não aconteça. Se não conseguir privatizar totalmente nos próximos quatro anos, vai tentar depois.




Ontem à noite passei no Martim Moniz e um turista ao sair da praça viu-me e meteu conversa. Disse que havia muitos africanos lá. Na verdade, há mais asiáticos. Respondi que isso era mais naquela zona, e ele comentou apenas “políticas”. Não falámos mais sobre isso.

Mas pronto, vi um turista dinamarquês, alto e forte, um bocado constrangido a passar pelo Martim Moniz à noite e associou a presença de pessoas não brancas lá a políticas.

Aquela zona tem bastantes pessoas não brancas, ainda mais quando é há noite e há menos turistas. Quando fizerem o jardim aquilo fica com melhor aspecto. Durante as obras eles deixam de estar lá na praça.

As obras para o “Jardim do Mundo” no Martim Moniz estão previstas para começarem durante o ano de 2026, segundo a vereadora Joana Almeida . Espera-se que o projeto, vencedor em 2023, seja executado em 2026, com uma duração estimada de cerca de um ano .

Ou seja:
• Concursos e estudos até 2023/2024
• Projeto e licenciamento em 2025
• Obras em 2026, com duração aproximada de 12 meses

Portanto, a partir de início de 2026, o Martim Moniz deverá começar a transformar-se no tal jardim – e a intervenção deverá prolongar-se ao longo desse ano.
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Re: Políticas para Portugal

por Opcard33 » 26/6/2025 8:34

Aos 3 600 milhões , notícia da tarde mais 300 milhões para …

“ Rejeição de recurso da TAP entreabre a porta a indemnização para dois mil tripulantes”


“ O custo da TAP poderá aumentar para os contribuintes, elevando a conta para
3,6 mil milhões de euros. Os cálculos são avançados pelo ‘Eco’, que dá conta de mais uma fatura que o Estado poderá vir a pagar no valor de 177 milhões de euros.

KLM (Países Baixos)
• O Estado holandês emprestou cerca de 3,4 mil milhões de euros (em garantias e linhas de crédito).
• A KLM já reembolsou tudo até 2023.
• Não foi dinheiro a fundo perdido.



Air France (França)
• Recebeu cerca de 7 mil milhões de euros em apoio.
• Também já reembolsou a totalidade, com juros.
• O Estado francês continua com uma participação acionista, mas o objetivo era sempre recuperar.



Lufthansa (Alemanha)
• Recebeu um pacote de 9 mil milhões de euros do Estado alemão.
• A Lufthansa reembolsou tudo em tempo recorde (até 2022).
• O Estado ainda ganhou lucros ao vender a participação com mais-valias.



Iberia / Air Europa (Espanha)
• A Iberia e a Air Europa receberam empréstimos garantidos pelo Estado.
• As ajudas foram limitadas e reembolsáveis.
• Nada a fundo perdido.



TAP (Portugal)
• Cerca de 3,2 a 3,6 mil milhões de euros injetados diretamente.
• Não há expectativa de reembolso.
• O Estado nacionalizou 100% da empresa.
• Agora prepara-se para privatizar até 51%… mas o que se vai recuperar disto é uma incógnita.



Conclusão

Portugal é mesmo um caso atípico:
• Nos outros países, houve apoios grandes, mas foram reembolsados — alguns Estados ainda lucraram.
• Em Portugal, foi uma injeção a fundo perdido, com grande custo para o contribuinte e sem garantias de retorno.
Editado pela última vez por Opcard33 em 26/6/2025 18:26, num total de 1 vez.
 
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Re: Políticas para Portugal

por previsor » 25/6/2025 17:29

Vão provavelmente haver propostas de leis do governo que deverão ser provavelmente aprovadas no parlamento contra a vinda de imigrantes e contra a atribuição de nacionalidade que o presidente da república ou o tribunal constitucional vao dizer que são inconstitucionais.
Estão a ir longe demais para agradar as pessoas que votam no chega achando que isso faz com que elas mudem para os partidos do governo, mas isso vai demorar anos a acontecer
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Re: Políticas para Portugal

por previsor » 25/6/2025 0:30

IL quer que se inclua nacionalidade nos relatórios sobre criminalidade e estatísticas da Justiça
Projeto dos Liberais deu hoje entrada no Parlamento para "melhorar o debate público e combater a desinformação", mas também aumentar a transparência e a eficácia das políticas públicas.

https://www.sapo.pt/noticias/atualidade ... da-justica
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Re: Políticas para Portugal

por previsor » 24/6/2025 16:56

Este é o novo Ferrari da polícia portuguesa. Os detalhes do supercarro da PSP
A frota de carros especiais da PSP voltou a crescer. Este Ferrari 488 GTB vai juntar-se assim à companhia do BMW i8 e do Ford Mustang V8 da polícia portuguesa.
https://www.razaoautomovel.com/noticias ... guesa-psp/


O Ferrari 488 GTB foi apreendido por crimes fiscais e económicos.
• O carro foi apreendido em 2017 pela Autoridade Tributária e Aduaneira.
• Estava envolvido num processo relacionado com fraude fiscal e outros crimes económicos.
• Pertencia a uma empresa ou indivíduo alvo de investigação por evasão fiscal (informações detalhadas sobre o processo não foram divulgadas ao público).
• Ficou anos apreendido, até ser cedido à PSP em 2023, com autorização judicial, para fins institucionais e de sensibilização.



O que foi feito ao carro:
• Foi personalizado com as cores e logótipos da PSP, mas não teve alterações mecânicas.
• O custo foi praticamente zero para o Estado, exceto a transformação estética mínima.
• Está afeto à Divisão de Comunicação e Relações Públicas, usado em eventos, escolas, campanhas de segurança rodoviária e ações de proximidade.
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Re: Políticas para Portugal

por Masterchief » 21/6/2025 13:22

Achei uma piada imensa a esta noticia:

"Miranda Sarmento: Governo está a procurar despesa já existente para chegar aos 2% na defesa"
.
https://www.jornaldenegocios.pt/economia/detalhe/miranda-sarmento-governo-esta-a-procurar-despesa-ja-existente-para-chegar-aos-2-na-defesa

Os políticos atualmente, e desde há alguns anos para cá, não estão interessados em governar mas mais em "contabilizar" a economia.
"Mascarar" e "deturpar" as contas conforme a sua conveniência. Foi isto que o Costa fez, e é isto que o Montenegro vai fazer. António Costa 2.0. Talvez um "poucochinho" melhor mas não muito...

Não têm um visão estratégica para o país. Ou se têm, não têm coragem de a implementar. Mas olhando para o exemplo do Passos Coelho, quem vai arriscar? O povo tem aquilo que merece e escolhe.
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Re: Políticas para Portugal

por BearManBull » 20/6/2025 19:20

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Re: Políticas para Portugal

por BearManBull » 20/6/2025 19:10



Discurso líder do Vox (partido que os media consideram similar ao Chega em Espanha) no caso de corrupção que envolve os principais dirigentes do PSOE espanhol e a empresa Acciona (construtora com forte presença nas renováveis...).
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Re: Políticas para Portugal

por previsor » 20/6/2025 14:13

Talvez isto mostre que a maioria das pessoas que votam no Chega não o fazem por motivos ideológicos, embora essa leitura possa ser um pouco abusiva, pois só tem em conta uma sondagem e o Ventura acho que nem se vai candidatar a presidente da república.

Tenho alguma curiosidade em ver como o Gouveia e Melo vai lidar com o Ventura quando for presidente, mas talvez seja muito institucional e não vá haver atrito, apesar de não apreciar a ideologia do Chega

Henrique Gouveia e Melo continua na liderança das presidenciais com 27,3%, mas perde 8,3 pontos face a março. Já Luís Marques Mendes sobe para 18,5%, consolidando a sua posição. André Ventura desce para 8,4% e é agora ultrapassado por António José Seguro

https://amp.expresso.pt/politica/eleico ... s-a185fd61
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Re: Políticas para Portugal

por previsor » 18/6/2025 21:44

Governo adia privatização total da TAP devido à oposição do Chega e do PS
Programa do Governo inclui "primeira fase” da privatização da TAP, o que, apurou o DN, passa pela venda de uma participação minoritária (até 49%). Chega e PS tornam inviável venda de 100% da TAP.

https://www.dn.pt/economia/governo-adia ... ga-e-do-ps


Se o PS mantiver a oposição à privatização total da TAP, pode ser esse o motivo de futuras eleições. Acho que seria preferível que o novo líder não se opusesse, até porque mesmo países socialistas como Espanha e Noruega já o fizeram há muito.
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Re: Políticas para Portugal

por previsor » 18/6/2025 17:19

PMP69 Escreveu:O Grupo 1143, nasceu no seio da Juventude Leonina (Sporting).

Há uns bons anos, no seio do futebol, ouvia-se muito bandas como os Guarda de Ferro e Lusitanoi.

Pedro


E o porta-voz ou líder do grupo é o Mário Machado. Antes de existir o Chega, era militante do PNR. Depois passou a dizer aos membros do grupo para votarem no Chega
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Re: Políticas para Portugal

por PMP69 » 18/6/2025 14:35

O Grupo 1143, nasceu no seio da Juventude Leonina (Sporting).

Há uns bons anos, no seio do futebol, ouvia-se muito bandas como os Guarda de Ferro e Lusitanoi.

Pedro
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Re: Políticas para Portugal

por previsor » 18/6/2025 12:51

Se o PCP não foi ilegalizado nos anos 70 e 80, o Chega também não vai ser. Desde que a polícia faça o seu trabalho, acho que está tudo bem. Acho que não há nenhum risco para a democracia. Continuo a achar que a probabilidade de chegarem ao governo é extremamente baixa.

Apesar disso, acho um bocado estranho a polícia só ter intervindo agora, depois de eles falarem em invadir a assembleia da república e de os deixarem armar-se. A PJ disse que anda a monitorizar o grupo há 4 anos. Nas imagens divulgadas do material apreendido, vê-se além das armas e explosivos, livros sobre Hitler e cartazes do grupo 1143.

As pessoas que agrediram o ator, ligadas a outro grupo Blood & Honour (Sangue e Honra) também tinham autocolantes de um grupo chamado Reconquista.

Por aqui da para ver que os diversos grupos que existem têm ligação
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Re: Políticas para Portugal

por Shimazaki_2 » 18/6/2025 10:50

Até agora o grande problema tem sido os outros partidos e não o chega, parece uma boa forma de desviar as atenções...
 
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Re: Políticas para Portugal

por Neftis » 18/6/2025 10:45

O Chega é um partido perigoso, insidioso e sonso, para não espantar a "caça" de incautos e ignorantes que se dizem fartos dos partidos tradicionais. Essa Rita Matias então é uma fanática. Em privado é muito pior do que o que parece em público, que já é suficientemente mau. Ainda ontem no Parlamento, quando foi acusado de querer mudar o regime, Ventura fez-se de parvo, como se o Chega fosse um partido como os outros, só porque os seus não comem criancinhas ao pequeno-almoço.

É o toca e foge. Às segundas, quartas e sextas o Chega não celebra o 25 de Abril, compara mal a Democracia com o Estado Novo, só há corrupção nos últimos 50 anos e o que o país precisa é da Quarta República. Às terças e quintas, o Chega é um partido responsável, disponível para fazer reformas e negociar. Se fosse jornalista, eu não largava o Ventura e não lhe perguntava outra coisa senão que reformas é que ele quer fazer. Sim, porque agora está na moda ser a favor de reformas, pois então, sejam claros. Que reformas é que o Ventura quer? Deixem de ser microfones ambulantes e confrontem esta gente!

E não tenho dúvidas de que o sucesso do Chega tem contribuído para a degradação do discurso político, até para a falta de maneiras e de educação que passou a ser normal na sociedade, porque se normalizou no espaço público. O retrocesso civilizacional leva ao aparecimento e ascensão desta escumalha partidária, mas a sua normalização e aceitação achincalha e rebaixa tudo o resto. Por isso Portugal está um país cada vez mais violento, intolerante e mesquinho.

Muita atenção à quantidade de polícias e militares que são do Chega e de extrema-direita. Foram eles que fizeram do Chega o que é hoje. Por mim, esse partido era ilegalizado. Não quero saber se são muitos, se são poucos. São demais e não servem para nada.
 
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Re: Políticas para Portugal

por previsor » 17/6/2025 21:01

Manuel Matias, pai de Rita Matias, é um dos apoiantes do Grupo Armilar Lusitano.

O pai da deputada do Chega aparece como integrante do grupo do facebook do Armilar Lusitano que, segundo a CTMV, é um “grupo fechado e que só podem aceder aqueles que os líderes permitiram.
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Re: Políticas para Portugal

por previsor » 17/6/2025 12:42

Seis membros do Movimento Armilar Lusitano, um movimento de extrema-direita, foram detidos pela Polícia Judiciária (PJ) por crimes relacionados com atividades terroristas e discriminação, anunciou a autoridade, esta terça-feira.
O CM sabe que um dos detidos é um chefe da PSP em comissão de serviço na Polícia Municipal de Lisboa. Tem entre 40 e 45 anos e será presente a juíza esta terça-feira assim como os outros cinco elementos do grupo.

https://www.cmjornal.pt/portugal/amp/de ... criminacao
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Re: Políticas para Portugal

por Marco Martins » 16/6/2025 19:11

Quando se tira poder à polícia para intervir em n situações e quando se acusam os polícias por prenderem pessoas em flagrante delito, então criamos uma desculpabilização e desvirtualização de tudo o que é lei e regras!!!!
E isto começa logo nas escolas, onde um aluno insulta os professores sem que nada lhe aconteça ou possa acontecer!!!!

Uma sociedade organizada e respeitadora, faz-se, mas não é a partir da idade adulta que a sociedade é preparada...
 
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Re: Políticas para Portugal

por previsor » 16/6/2025 11:44

É o terceiro caso de violência de extrema-direita em quatro dias. Um elemento de um grupo neonazi agrediu um cidadão durante o dia, no centro histórico de Guimarães.

https://expresso.pt/sociedade/seguranca ... 1750006665

Homem agredido por neonazi em Guimarães era perseguido há um ano: "Esta malta sente-se impune"

https://sicnoticias.pt/pais/2025-06-16- ... 1750067461


Também mataram um tipo do Bangladesh, mas o motivo não parece ter sido racial. Assaltaram o espaço dele, ele foi atrás deles e um deles deu-lhe três tiros

Homem morto a tiro na própria mercearia no Feijó em Almada. Mulher e filhas menores assistiram a tudo
https://www.cmjornal.pt/portugal/amp/ho ... tiu-a-tudo
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Re: Políticas para Portugal

por Opcard33 » 16/6/2025 9:06

Um artigo de uma professora da universidade do Minho que me fez deixar de pensar nos mercados por momentos .

« A construção da nação foi uma condição necessária para o surgimento das democracias: não há democracia sem estado-nação porque não é possível tomar decisões com regras democráticas sem uma cultura amplamente partilhada. E essa cultura partilhada pressupõe uma série de elementos – como história, língua, costumes – que resultam de processos de sociabilidade natural.

Ao contrário da ilusão racionalista, não somos seres atomizados que escolhem racionalmente o espaço cultural a que querem pertencer: nós tornamo-nos indivíduos a partir de um espaço cultural. E o trabalho de Yasuko Minoura revela que há um espaço etário definido para a formação dessa identidade cultural, cujo momento crucial é entre os 9 e 14 anos. Isto significa que se uma criança for levada para um outro espaço cultural muito antes dos 14, ela adotará, tendencialmente e se integrada, os valores do novo espaço cultural; mas após aquele limite máximo, a identidade daquele que imigra será sempre, no máximo, dividida e quanto mais velhos ficamos, menos é possível que uma nova cultura se possa inscrever na nossa identidade.

Estas informações ajudam-nos a compreender o que faz de nós um português, um inglês ou um indiano: a imersão cultural naquele período-chave é fundamental e após aquele momento todas as outras culturas passam a ser vistas de fora – como sabemos falando com um adulto que viva em Portugal, mesmo que há muitos anos: pode sentir-se cada vez mais perto da cultura portuguesa, mas há um sentimento de alteridade que nunca é ultrapassável. Ou com os nossos emigrantes, que repetem a experiência em sentido inverso.

Nenhum documento escrito altera esta realidade. E embora a comunidade possa reconhecer, excecionalmente, a cidadania a alguém de fora, sabemos que se trata de um estatuto diferente.

A ideia de um universalismo português é poeticamente interessante e pode ter tido o seu momento histórico, mas é biologicamente errada e politicamente inútil perante os novos desafios: o que é universal é o facto de todos os homens se organizarem em comunidades morais, que se distinguem umas das outras, e se comprometerem dentro da sua comunidade moral sabendo que dela depende a sua sobrevivência. É por isso que nos dispomos a fazer sacrifícios por ela e sentimos uma elevação espiritual que resulta desse comprometimento coletivo: dentro de uma comunidade, tornamo-nos mais do que este corpo que envelhece e desaparecerá e isso põe-nos em contacto com algo superior.



No momento em que os paraquedistas desfilavam à frente do Presidente da República, a televisão mostrou um Marcelo emocionado. Muitos portugueses sentiram o mesmo. E as razões são biológicas: essas emoções de pertença a um grupo, ao nosso grupo, são espoletadas pelo uniforme semelhante, pelo movimento síncrono, pelas vozes a cantar em simultâneo. E não há nada de errado nisso, antes nos eleva porque deixamos de ser seres mesquinhos à procura de reconhecimento social na internet. O que há de errado é dizer à frente desses jovens, que estão dispostos a morrer pela Pátria, que não há quem possa dizer que é mais português. Eu não teria esse descaramento.
 
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Re: Políticas para Portugal

por BearManBull » 14/6/2025 13:58

Issas cunhagens são completamente distorcidas.

O Chega é um partido com um perfil extremamente socialista, tal como o PSD e inclusivamente a IL. Todos eles defendem um estado social forte.

O Chega a favor de pensões mais altas e faz constantemente campanha. Também não é contra RSI desde que seja para portugueses nativos.
Defende também nacionalização de empresas como a TAP. Alinhado com PCP, BE.
Também é critico do capitalismo novamente em linha com PCP, BE, Livre embora seja mais alinhado com taxar empresas do que trabalhadores exactamente como o PCP.

Então porque meter uns na extrema esquerda e outros na extrema direita? (quer dizer extrema esquerda nem existe na boca dos jornalistas, nem da generalidade dos portugueses...)

Porque o BE, Livre, PS são a favor de descriminação racial positiva para os não brancos e o Chega pelos brancos?

Honestamente parece-me que é o único critério que realmente os diferencia.

Vou mas é tocar viola que me limpa a alma que a politica é suja e para acéfalos oportunistas. Um dia sonho com uma IA que acabe com esses cargos que são a pior cara da humanidade.
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Re: Políticas para Portugal

por previsor » 14/6/2025 10:42

BearManBull Escreveu:Honestamente nem sei nem nunca entendi a diferença entre extrema direita e extrema esquerda (para quem usa essa classificação unidimensional altamente minimalista para espectros políticos)


Chamar partidos de extrema direita e extrema esquerda, centro, centro direita, centro esquerda, direita, esquerda, tem a ver com os grupos a que pertencem e onde se sentam nos parlamentos.

Eu pessoalmente acho que existe uma generalização excessiva da extrema direita porque a comunicação social chama aos partidos dos dois grupos que se sentam na extrema direita do parlamento europeu de extrema direita em vez de chamar a apenas ao que se senta efetivamente na extrema direita. E também acho que a comunicação social devia chamar aos partidos do grupo que se sentam na extrema esquerda de extrema esquerda e raramente faz isso.

As duas coisas na minha opinao até favorecem os partidos de extrema direita como o chega porque faz parecer que a extrema direita é maior do que é na realidade e também cria injustiça e isso serve para se fazerem de vítimas, apesar de pertencerem a determinado grupo é opção dos partidos e de receberem dinheiro de empresários consoante o grupo a que pertencem.

Eu por acaso há um tempo coloquei uma questão sobre este tema a uma jornalista. Teve a ver com ter chamado ao partido da Meloni, que é o conservadores e reformistas europeus, de extrema direita. Ela respondeu:
Não sendo especialista nesta área, cinjo-me às classificações que são genericamente feitas por outros que acompanham a política europeia com maior proximidade e profundidade, sendo que o grupo de conservadores e reformistas europeus é descrito frequentemente como "hard-right".


Basicamente parece que copiam-se uns aos outros.

O ChatGPT tenta explicar um pouco melhor as duas coisas

Porque é que a comunicação social chama “extrema-direita” a todos os partidos mais à direita, mesmo quando há dois grupos distintos no Parlamento Europeu?

Contexto

Após as eleições europeias de junho de 2024, os partidos mais à direita do espectro político europeu estão divididos em dois grandes grupos políticos, ambos sentados na parte mais à direita do hemiciclo do Parlamento Europeu — mas com diferenças políticas relevantes entre si.



1. ECR – Conservadores e Reformistas Europeus
• É o grupo político europeu ao qual pertence o partido de Giorgia Meloni, Fratelli d’Italia.
• Reúne partidos conservadores nacionalistas, com discurso firme mas mais institucional.
• Têm uma linha política geralmente:
• Pró-ocidente e pró-NATO
• Críticos da UE, mas sem defender a saída (euro-realistas)
• Nacionalistas, mas com preocupação por respeitar regras democráticas e instituições



2. Patriotas pela Europa (Patriots for Europe) – novo grupo criado em 2024
• É o grupo onde se juntaram o partido de Marine Le Pen (Rassemblement National) e o Chega (Portugal), entre outros.
• Formado por partidos de direita mais dura e radical, muitos com histórico populista e anti-establishment.
• Têm uma linha política mais marcada por:
• Discurso forte contra imigração e multiculturalismo
• Euroceticismo intenso, com propostas de recentralizar poder nos Estados-nação
• Tensão com valores liberais e com os equilíbrios democráticos da UE



Então porquê é que os dois são muitas vezes chamados apenas de “extrema-direita”?

1. Simplificação mediática

A maioria dos órgãos de comunicação prefere usar um rótulo único e mais forte — “extrema-direita” — em vez de explicar as nuances entre os dois grupos.

2. Convenção espacial

Ambos se sentam na extrema direita do hemiciclo do Parlamento Europeu, o que reforça o uso simbólico do termo.

3. Posição ideológica dominante nos media

Grande parte da comunicação social tem uma sensibilidade mais progressista ou liberal, o que leva a uma visão pouco diferenciada sobre partidos que desafiam a ordem estabelecida da UE, especialmente à direita.



Problema dessa generalização
• Apaga as diferenças reais entre partidos com discursos moderados e os mais radicais.
• Faz com que partidos institucionalizados, como o de Meloni, sejam tratados da mesma forma que partidos com propostas anti-sistema.
• Dá força à narrativa de que os media estão contra “todos os que não são de esquerda”, alimentando a polarização.



Conclusão

Há hoje dois blocos principais na direita mais à direita da Europa: o da Meloni (ECR) e o da Le Pen e do Chega (Patriotas pela Europa). São diferentes em discurso, objetivos e grau de radicalismo. Mas a comunicação social, por simplificação ou orientação ideológica, tende a chamar “extrema-direita” a todos, o que empobrece o debate e confunde o eleitorado.


Porque é que a comunicação social chama de extrema direita aos partidos de extrema direita e não chama de extrema esquerda aos partidos de extrema esquerda ?

Essa é uma pergunta legítima e relevante no debate sobre imparcialidade e enquadramento da comunicação social. A diferença de tratamento entre “extrema-direita” e “extrema-esquerda” tem várias explicações possíveis — algumas linguísticas, outras históricas, e outras ligadas à orientação editorial de muitos meios. Vamos por partes:



1. Normalização histórica da esquerda radical
• Após a Segunda Guerra Mundial e durante a Guerra Fria, o nazismo e o fascismo foram amplamente condenados e associados à extrema-direita, o que gerou uma forte carga negativa duradoura.
• Já a esquerda radical — apesar das atrocidades cometidas por regimes comunistas (ex: URSS, Camboja, Coreia do Norte) — muitas vezes foi romantizada em círculos académicos e culturais, especialmente na Europa Ocidental, como movimentos de libertação ou justiça social.
• Assim, parte da esquerda mais radical foi “absorvida” culturalmente como apenas uma forma mais intensa de progressismo, o que levou à relutância em usar o termo “extrema-esquerda”.



2. Orientação editorial de muitos meios de comunicação
• Muitos órgãos de comunicação social (especialmente públicos ou universitários) têm jornalistas e editores com inclinação ideológica moderada à esquerda, o que influencia a forma como os rótulos são aplicados.
• Há uma tendência a ver movimentos de direita radical como ameaças à democracia, enquanto os de esquerda radical são por vezes vistos como reações legítimas contra injustiças.



3. Impacto atual e perceção de ameaça
• Em vários países (como Brasil, EUA, França, Hungria, Itália), os partidos de direita radical ou extrema-direita ganharam protagonismo político real.
• A comunicação social usa o rótulo “extrema-direita” para alertar para posições percebidas como autoritárias, anti-imigração, ou populistas.
• Já a “extrema-esquerda” raramente chega ao poder e, quando o faz, tende a integrar coligações moderadas. Isso leva à perceção de menor risco imediato, mesmo que ideologicamente seja igualmente extrema.



4. Diferença semântica e estratégica
• O termo “extrema-direita” está mais cristalizado no discurso mediático e político como uma categoria identificável (ex: nacionalismo, autoritarismo, anti-globalismo).
• A “extrema-esquerda”, por outro lado, mistura várias correntes: comunismo, anarquismo, marxismo-leninismo, eco-socialismo, etc., e é muitas vezes diluída sob o rótulo genérico de “esquerda radical”.



5. Pressões e tabus culturais
• Em muitos países europeus, criticar abertamente a esquerda radical pode gerar acusações de elitismo, reacionarismo ou insensibilidade social.
• Já os partidos de direita radical ou extrema-direita muitas vezes assumem conscientemente esse rótulo ou reagem de forma combativa à sua aplicação — o que os torna alvos mais diretos.



Exemplo prático:
• Chega (Portugal): frequentemente rotulado de “extrema-direita”.
• Bloco de Esquerda ou PCP: raramente rotulados de “extrema-esquerda”, mesmo quando defendem nacionalizações, ruptura com a UE ou apoio a regimes autoritários de esquerda.



Conclusão:

A comunicação social não é neutra na forma como classifica os partidos. O uso (ou omissão) de rótulos como “extrema-direita” ou “extrema-esquerda” depende de uma combinação de fatores históricos, ideológicos, culturais e estratégicos.

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Re: Políticas para Portugal

por MarcoAntonio » 14/6/2025 0:46

Bear, eu não vou entrar no debate. Estou-te a pedir que respeites os demais participantes, no respeito pelas regras do forum. É só isso.
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FLOP - Fundamental Laws Of Profit

1. Mais vale perder um ganho que ganhar uma perda, a menos que se cumpra a Segunda Lei.
2. A expectativa de ganho deve superar a expectativa de perda, onde a expectativa mede a
__.amplitude média do ganho/perda contra a respectiva probabilidade.
3. A Primeira Lei não é mesmo necessária mas com Três Leis isto fica definitivamente mais giro.
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Re: Políticas para Portugal

por BearManBull » 14/6/2025 0:44

MarcoAntonio Escreveu:Bear, baixa os níveis de agressividade. Hoje foram pelo menos dois posts a atacar pessoalmente outros participantes do forum (por sinal, e dado que acompanho diariamente este forum, lembro-me perfeitamente de tu teres ajuizado multiplas vezes sobre diferentes individuos meramente por terem sido acusados, precisamente neste espaço; porém, hoje neste tópico partes para o enxovalhanço a outro participante com base em tal). E noutro post chamas obtuso e calhau a outro participante por este ter apontado problemas com as promessas do Trump. O forum não é para isto. Discordar, sim. Apresentar diferentes opiniões e perspectivas, ok, o forum é para isso. Agora, para andar de tópico em tópico a enxovalhar e a atacar pessoalmente quem discorda de ti ou emite opiniões com as quais não concordas, não, o espaço não é para isso. Portanto, faz lá o favor de te conteres, eu prefiro não ter de remover posts.



Nada a fazer em Portugal falar de politica acaba sempre nestes modos porque 99% se movem por dogmas e clubismos.

E também é verdade que fiz muitas vezes juízos mas em condições diferentes e longe de estar sempre a tentar incidir na mesma tecla.

Honestamente nem sei nem nunca entendi a diferença entre extrema direita e extrema esquerda (para quem usa essa classificação unidimensional altamente minimalista para espectros políticos), ambos defendem regimes ditatoriais com um estado omnipresente. Mas prontos o individuo que vota no Chega extrema direita é um criminoso, racista, odioso. O individuo que vota BE, PCP, PAN, Livre é um amor de pessoa. :wall:
“It is not the strongest of the species that survives, nor the most intelligent, but rather the one most adaptable to change.”
― Leon C. Megginson
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Re: Políticas para Portugal

por previsor » 13/6/2025 21:32

Pois, eu acho que a votação do chega vai descer, mas o chega subir ou descer é irrelevante se ficar fora do governo. Eu acertei que o ps ia perder para a ad, pelo motivo do Costa se demitir. E também acertei quando a ad ganhou já quando o Montenegro era primeiro ministro . E continuo a achar que a Ad vai ganhar as próximas eleições, independentemente de quando elas forem, e desde que o Montenegro não se demita nem ele seja arguido ou acusado. Acho mais provável que ele esteja lá mais 2 mandatos como o Costa ou o Cavaco tiveram. Porque é isso que tem acontecido. Acho que ele vai sair quando se demitir como o Costa ou não se recandidar como o Cavaco fez. Mas mesmo que por absurdo o chega consiga ganhar eleições, sem majora absoluta só governa se o PSD quiser. E o PSD pode querer governar com o PS em vez de governar com o Chega. Independentemente da votação do chega, o segundo lugar não faz o chega ir para o governo. E mesmo o primeiro pode não ser suficiente. Mas acho improvável que consiga chegar ao primeiro.

Eu não acho o chega muito relevante. Só na última legislatura teve algumas propostas aprovadas suas porque a AD assim quis. Antes não teve nenhuma proposta sua aprovada no parlamento. A governação, os orçamentos, vão ser decididos entre psd e ps. O chega faz ruído, tem alguns adeptos fanáticos, mas importância prática tem muito pouca.

Para terminar, não sei quando vão ser as próximas eleições. Se o PS se abster nos orçamentos e se estiver nos orçamentos a privatização total da tap e a descida do IRC, acho que não há motivo para o governo não continuar até ao fim. Mas pouco tempo depois do resultado das últimas legislativas ouvi comentadores a falar que o Montenegro podia provocar novas eleições daqui a 2 anos para tentar de novo a maioria absoluta. Do lado da AD não parece haver medo do chega. Eu pessoalmente preferia que não brincassem às eleições pq custam milhões de euros e acho que é desrespeitoso para quem tem pouco dinheiro.
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