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Caldeirão da Bolsa

Obrigações II

Espaço dedicado a todo o tipo de troca de impressões sobre os mercados financeiros e ao que possa condicionar o desempenho dos mesmos.

por Sr_SNiper » 9/11/2012 2:02

Minsk Escreveu:
Sr_SNiper Escreveu:Acho estranho que o CHipre que está a arranjar dinheiro para não entrar em incumprimento num espaço de 50 dis ter obrigações com maturidade em 2013 a cotar 92%... toda a gente acredita que alguém vai dar a mão...


Exacto, a espectativa é essa. O FMI+UE estao la ate sabado para chegar a acordo sobre o resgate. Se conseguirem, entao no melhor cenário, seria confirmado na segunda-feira pelo eurogrupo, é nisso que o mercado está a contar (e eu mesmo acreditei qd comprei Chipre 2013 e 2020).

Isto nao acontecendo é de esperar uma descida de cotacao na proxima semana...

Curiosamente também comprei as de maturidade 2013 e 2020.
Quando compras-te e a que preço?
Só existem 3 maturidades no Chipre 2013, 2015 e 2020
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por jtavelar » 8/11/2012 19:55

Alguém me consegue confirmar que não existem obrigações de Chipre cuja maturidade seja inferior a Junho de 2013?
 
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por Minsk » 8/11/2012 18:13

Sr_SNiper Escreveu:Acho estranho que o CHipre que está a arranjar dinheiro para não entrar em incumprimento num espaço de 50 dis ter obrigações com maturidade em 2013 a cotar 92%... toda a gente acredita que alguém vai dar a mão...


Exacto, a espectativa é essa. O FMI+UE estao la ate sabado para chegar a acordo sobre o resgate. Se conseguirem, entao no melhor cenário, seria confirmado na segunda-feira pelo eurogrupo, é nisso que o mercado está a contar (e eu mesmo acreditei qd comprei Chipre 2013 e 2020).

Isto nao acontecendo é de esperar uma descida de cotacao na proxima semana...
 
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por Sr_SNiper » 8/11/2012 17:49

Acho estranho que o CHipre que está a arranjar dinheiro para não entrar em incumprimento num espaço de 50 dis ter obrigações com maturidade em 2013 a cotar 92%... toda a gente acredita que alguém vai dar a mão...
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por Sr_SNiper » 8/11/2012 17:28

Acabei por não solicitar informação relativamente a isso.
Os juros foram calculados como uma obrigação nacional, paguei na totalidade e recebi o IRS.
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por jtavelar » 8/11/2012 17:23

Sr_SNiper Escreveu:
jtavelar Escreveu:
Sr_SNiper Escreveu:
jtavelar Escreveu:
Sr_SNiper Escreveu:Coloquei 7,4% da minha carteira em Obrigações do Chipre 2020 e 4,2% da carteira em Chipre 2013. Comprei ontem e hoje respetivamente.
As OT´s de 2037 bombaram hoje fortemente... 8-)


Compraste as Chipre 2013 a quanto?

Comprei hoje a 93%


Por que site acompanhas as cotações e os COFs?

Eu acompanho por aqui
http://www.boerse-frankfurt.de/en/bonds ... 0432083227
e
http://www.boerse-berlin.com/index.php/ ... 0432083227

Mas não encontro um negocio a 93%.

Alguém consegue ver isto de uma forma lógica? Amanhã vou falar com a GB...


Sr_Sniper,

A GB esclareceu este assunto?

Quando compraste as obrigações chipre 2013 pagaste os juros corridos liquidos ou brutos?

Obrigado.
 
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OTs

por afcapitao » 8/11/2012 16:51

Texano Bill Escreveu:Olá a todos, eu sou mais um daqueles que arriscou em investir em obrigações portuguesas ao longo do último ano tendo feito uns trades interessantes. :P Apesar de acompanhar o caldeirão há algum tempo e ler as contribuições dos foristas neste tópico tenho ainda algumas dúvidas...

Li este artigo do Expresso em que eles estimam a probabilidade de incumprimento de Portugal em 40 %. Após pesquisar sobre este assunto fiquei com a ideia que estas probabilidades são calculadas a partir da cotação dos CDS.

Gostaria de perguntar aos entendidos qual é o método/fórmula que se usa para estimar um valor a partir do outro.

http://expresso.sapo.pt/portugal-atinge ... ta=f765423

Quanto à possibilidade de Portugal incumprir, eu que ainda detenho OTs, não acredito actualmente que isso aconteça. Aqui vai a minha opinião pessoal :)
Comparemos com o caso da Grécia, antes do haircut, eles receberam 2 bailouts com valor superior ao de Portugal, tiveram imensas crises políticas que afastaram os investidores e mandaram abaixo a cotação das obrigações no mercado secundário, passaram imagem de país baldas para os mercados. E mesmo assim "só" lhes cortaram 50 % (havia previsões de Fevereiro deste ano que Portugal ia tb levar com um corte de 30 %).
E a Espanha ainda está no limite de pedir assistência, um incumprimento de Portugal poderia ser a gota de água... Talvez aconteça, mas agora não seria a melhor altura. E tecnicamente a cotação está a fazer higher highs e higher lows à meses.



Boa tarde Texano,

Antes de mais, partilho da tua opinião relativamente ao haircut. Quanto ao cálculo do risco, não sou experiente o sufiente para te responder, mas deixo-te a minha opinião sobre isso. Parece-me que a tentativa de quantificar todo o tipo de risco em probabilidades tem-se revelado sistematicamente pouco fidedigna. As variáveis são tantas que me tenho esforçado mais para ter bom senso na análise e menos na probabilidade.

Também possuo em carteira OTs 2021 e a minha ideia aproxima-se mais dos pontos de vista que coloquei ontem aqui no tópico.

Cumprimentos
 
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por Minsk » 8/11/2012 16:33

Texano Bill Escreveu:Olá a todos, eu sou mais um daqueles que arriscou em investir em obrigações portuguesas ao longo do último ano tendo feito uns trades interessantes. :P Apesar de acompanhar o caldeirão há algum tempo e ler as contribuições dos foristas neste tópico tenho ainda algumas dúvidas...

Li este artigo do Expresso em que eles estimam a probabilidade de incumprimento de Portugal em 40 %. Após pesquisar sobre este assunto fiquei com a ideia que estas probabilidades são calculadas a partir da cotação dos CDS.

Gostaria de perguntar aos entendidos qual é o método/fórmula que se usa para estimar um valor a partir do outro.

http://expresso.sapo.pt/portugal-atinge ... ta=f765423

Quanto à possibilidade de Portugal incumprir, eu que ainda detenho OTs, não acredito actualmente que isso aconteça. Aqui vai a minha opinião pessoal :)
Comparemos com o caso da Grécia, antes do haircut, eles receberam 2 bailouts com valor superior ao de Portugal, tiveram imensas crises políticas que afastaram os investidores e mandaram abaixo a cotação das obrigações no mercado secundário, passaram imagem de país baldas para os mercados. E mesmo assim "só" lhes cortaram 50 % (havia previsões de Fevereiro deste ano que Portugal ia tb levar com um corte de 30 %).
E a Espanha ainda está no limite de pedir assistência, um incumprimento de Portugal poderia ser a gota de água... Talvez aconteça, mas agora não seria a melhor altura. E tecnicamente a cotação está a fazer higher highs e higher lows à meses.


Espero que tenhas razão...

Há nos media muitos comentários a falar de re-estruturação e isso leva a receios e venda. Eu próprio ainda tenho OT's (6,4% 2016) e numa semana perderam 7%. Estou à espera da reunião do Eurogrupo no próximo 12 Novembro a ver se saiem umas decisões positivas (nomeadamente confirmação do bailout do Chipre) para ver se reestabelece confiança nos mercados.
 
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por Texano Bill » 8/11/2012 16:27

Olá a todos, eu sou mais um daqueles que arriscou em investir em obrigações portuguesas ao longo do último ano tendo feito uns trades interessantes. :P Apesar de acompanhar o caldeirão há algum tempo e ler as contribuições dos foristas neste tópico tenho ainda algumas dúvidas...

Li este artigo do Expresso em que eles estimam a probabilidade de incumprimento de Portugal em 40 %. Após pesquisar sobre este assunto fiquei com a ideia que estas probabilidades são calculadas a partir da cotação dos CDS.

Gostaria de perguntar aos entendidos qual é o método/fórmula que se usa para estimar um valor a partir do outro.

http://expresso.sapo.pt/portugal-atinge ... ta=f765423

Quanto à possibilidade de Portugal incumprir, eu que ainda detenho OTs, não acredito actualmente que isso aconteça. Aqui vai a minha opinião pessoal :)
Comparemos com o caso da Grécia, antes do haircut, eles receberam 2 bailouts com valor superior ao de Portugal, tiveram imensas crises políticas que afastaram os investidores e mandaram abaixo a cotação das obrigações no mercado secundário, passaram imagem de país baldas para os mercados. E mesmo assim "só" lhes cortaram 50 % (havia previsões de Fevereiro deste ano que Portugal ia tb levar com um corte de 30 %).
E a Espanha ainda está no limite de pedir assistência, um incumprimento de Portugal poderia ser a gota de água... Talvez aconteça, mas agora não seria a melhor altura. E tecnicamente a cotação está a fazer higher highs e higher lows à meses.
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por mais_um » 8/11/2012 11:23

Dialmedia Escreveu:
Koreano Escreveu:
mais_um Escreveu:No entanto a CGD é uma empresa publica "especial" que pode trazer consequências graves para o nosso sistema bancário caso seja abrangida por uma eventual re-estruturação da divida.


Esse argumento, com o qual concordo e fundamenta a minha manutenção em carteira de OTs, é tão valido para a cgd como para o bes, o bpi, o ca ou o bcp. A exposição nacional à divida soberana é demasiado elevada para ponderar um haircut. Um haircut com dimensão arruma com a banca nacional ( e também fundos de pensões públicos e privados) num ápice, um haircut pequeno não favorece a sustentabilidade da dívida ao ponto de justificar um evento de credito.


Sublinho que este foi e continua também a ser o meu principal driver para investimento em dívida nacional. Creio que vamos ser vítimas do nosso próprio sucesso dado que, por não se justificar um haircut em Portugal, teremos que adoptar medidas de austeridade mais severas que poderiam ser evitadas com o haircut via redução dos encargos com juros e melhor solvabilidade das finanças públicas com redução de amortizações e reembolsos.

Um haircut em Portugal é muito pouco provável enquanto o Governo continuar a ser um bom aluno. Basicamente seria a machadada final para o FMI em como a austeridade não funciona com todo o impacto que isso iria ter noutros países, nomeadamente, na descredibilidade de qualquer plano de salvação em Espanha que é um problema de dimensão quase maior que Portugal, Grécia e Irlanda juntos.

Cumps.


Humm... espero que estejas certo mas considerando a situação actual nacional e internacional eu não meto dinheiro nisso, há limites para a austeridade e sem crescimento economico não consegues gerir a divida.
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por mais_um » 8/11/2012 11:19

Koreano Escreveu:Esse argumento, com o qual concordo e fundamenta a minha manutenção em carteira de OTs, é tão valido para a cgd como para o bes, o bpi, o ca ou o bcp. A exposição nacional à divida soberana é demasiado elevada para ponderar um haircut. Um haircut com dimensão arruma com a banca nacional ( e também fundos de pensões públicos e privados) num ápice, um haircut pequeno não favorece a sustentabilidade da dívida ao ponto de justificar um evento de credito.



As consequências de um haircut da nossa divida publica na nossa banca não são tão graves como pensas.

A noticia tem um ano mas não deve ser muito diferente até porque não tem existido emissões de divida de medio/longo prazo.

O BES calcula perder 100 milhões de euros se a dívida pública portuguesa for alvo de uma reestruturação, m mas o presidente do banco exclui esse cenário. Ricardo Salgado acredita que o acordo com a "troika" será cumprido, logo, não será necessário adoptar uma solução semelhante à que vai ser aplicada à Grécia. Actualmente, o BES só tem nas suas mãos títulos de dívida soberana portuguesa.Uma eventual decisão do Conselho Europeu de contabilizar as imparidades dos investimentos dos bancos europeus em dívida soberana pode, no limite, afetar negativamente o Banco Espírito Santo em 100 milhões de euros, indicou hoje o administrador financeiro do BES.

Segundo disse hoje Amílcar Morais Pires numa conferência de imprensa em Lisboa, se essa for a opção do Conselho Europeu da próxima quarta-feira, a menos-valia potencial do BES a uma contabilização do 'haircut' (a dívida soberana passa a ser avaliada nos balanços dos bancos em função do valor de mercado e não do valor de emissão) nos seus rácios de capital é de 100 milhões de euros.

No mesmo evento, Ricardo Salgado disse que "é essencial que se chegue a um acordo" na próxima cimeira de quarta-feira: "Ainda há opiniões diferentes mas estamos todos à espera de que haja um acordo. É fundamental que haja uma decisão sobre quanto vão ser os 'haircuts' e qual é o método a aplicar" na próxima quarta-feira, disse o presidente executivo do BES numa conferência de imprensa hoje em Lisboa.

O banco tem vindo a tomar decisões em matéria dos seus rácios de capital, disse o presidente do BES: "Tomámos as nossas medidas, em relação a uma primeira etapa das necessidades de recapitalização, através da conversão de dívida. Esta etapa deve permitir atingir os nove por cento [do 'core tier one' no final de 2011]. Mas depois terá que ser ajustada em função dos ajustamentos que vierem da 'troika' e dos testes de resistência que vierem a ser definidos."

"O BES está bem capitalizado", sublinhou Ricardo Salgado, "só que foram impostos novos níveis de capitalização, sublinhou. O conselho europeu do próximo dia 26 de outubro pode, neste contexto, acrescentar novos problemas. "Vamos aguardar", disse Ricardo Salgado. "Não temos exposição à dívida grega, irlandesa, espanhola, francesa, a não ser à dívida portuguesa. Portanto, o impacto que tivermos advirá daqilo que for aplicado à dívida [soberana] portuguesa", acrescentou.

Os 'haircuts' à dívida portuguesa, se vierem a ser decididos no próximo dia 26, ascenderiam a 35 por cento, se o momento do mercado para aferir o desconto fosse o atual, mas, esclareceu Amílcar Morais Pires, o "'mark to market' da carteira do BES é à volta de 100 milhões de euros negativo".

"Mais de 80 por cento da carteira são bilhetes do Tesouro 1/8com reembolsos de curto prazo 3/8. Não é expectável que o hair-cut seja uniforme ao longo das maturidades. E a realidade é que o mercado avalia 1/8as imparidades na carteira de dívida soberana do BES 3/8 a preços de mercado à volta dos 100 milhões de euros. [O BES] é talvez o banco europeu com menor impacto de um 'stress test' à dívida pública dos países da zona euro", acrescentou o CFO do BES.

O BES tem em carteira 3,3 mil milhões de euros em dívida soberana portuguesa, dos quais 3 mil milhões são dívida de curto prazo, com maturidade inferior a um ano. Por outro lado, também "não acredita que haja reestruturação da dívida portuguesa", afirmou Ricardo Salgado.

"Acreditamos que as medidas adotadas no Orçamento do Estado, e as medidas adicionais que eventualmente vierem a ser adotadas, deverão ser suficientes para atingir os objetivos assumidos com a 'troika'. Não acredito na reestruturação da dívida portuguesa", concluiu o banqueiro.

http://sicnoticias.sapo.pt/economia/article938020.ece
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por Dialmedia » 8/11/2012 10:51

Koreano Escreveu:
mais_um Escreveu:No entanto a CGD é uma empresa publica "especial" que pode trazer consequências graves para o nosso sistema bancário caso seja abrangida por uma eventual re-estruturação da divida.


Esse argumento, com o qual concordo e fundamenta a minha manutenção em carteira de OTs, é tão valido para a cgd como para o bes, o bpi, o ca ou o bcp. A exposição nacional à divida soberana é demasiado elevada para ponderar um haircut. Um haircut com dimensão arruma com a banca nacional ( e também fundos de pensões públicos e privados) num ápice, um haircut pequeno não favorece a sustentabilidade da dívida ao ponto de justificar um evento de credito.


Sublinho que este foi e continua também a ser o meu principal driver para investimento em dívida nacional. Creio que vamos ser vítimas do nosso próprio sucesso dado que, por não se justificar um haircut em Portugal, teremos que adoptar medidas de austeridade mais severas que poderiam ser evitadas com o haircut via redução dos encargos com juros e melhor solvabilidade das finanças públicas com redução de amortizações e reembolsos.

Um haircut em Portugal é muito pouco provável enquanto o Governo continuar a ser um bom aluno. Basicamente seria a machadada final para o FMI em como a austeridade não funciona com todo o impacto que isso iria ter noutros países, nomeadamente, na descredibilidade de qualquer plano de salvação em Espanha que é um problema de dimensão quase maior que Portugal, Grécia e Irlanda juntos.

Cumps.
 
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por Elias » 8/11/2012 10:24

Koreano Escreveu:
mais_um Escreveu:No entanto a CGD é uma empresa publica "especial" que pode trazer consequências graves para o nosso sistema bancário caso seja abrangida por uma eventual re-estruturação da divida.


Esse argumento, com o qual concordo e fundamenta a minha manutenção em carteira de OTs, é tão valido para a cgd como para o bes, o bpi, o ca ou o bcp. A exposição nacional à divida soberana é demasiado elevada para ponderar um haircut. Um haircut com dimensão arruma com a banca nacional ( e também fundos de pensões públicos e privados) num ápice, um haircut pequeno não favorece a sustentabilidade da dívida ao ponto de justificar um evento de credito.


É muito vem visto este aspecto.
 
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por Koreano » 8/11/2012 7:33

mais_um Escreveu:No entanto a CGD é uma empresa publica "especial" que pode trazer consequências graves para o nosso sistema bancário caso seja abrangida por uma eventual re-estruturação da divida.


Esse argumento, com o qual concordo e fundamenta a minha manutenção em carteira de OTs, é tão valido para a cgd como para o bes, o bpi, o ca ou o bcp. A exposição nacional à divida soberana é demasiado elevada para ponderar um haircut. Um haircut com dimensão arruma com a banca nacional ( e também fundos de pensões públicos e privados) num ápice, um haircut pequeno não favorece a sustentabilidade da dívida ao ponto de justificar um evento de credito.
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por Sr_SNiper » 8/11/2012 1:53

O mercado já acreditou bem mais que o Chipre ia com o porcos...
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por Sr_SNiper » 8/11/2012 1:17

p__a Escreveu:
Sr_SNiper Escreveu:Atualização à rendibilidade da carteira de Obrigações referente ao dia 31 de Outubro


Like a boss!
Por aqui roça os 12% a 12 meses :oops: Sou um bocado pussy!

As posições com mais risco têm menos capital... Tive sorte, também. Nem de perto nem de longe penso que consigo fazer isto sempre...
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por p__a » 8/11/2012 1:11

Sr_SNiper Escreveu:Atualização à rendibilidade da carteira de Obrigações referente ao dia 31 de Outubro


Like a boss!
Por aqui roça os 12% a 12 meses :oops: Sou um bocado pussy!
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por Sr_SNiper » 8/11/2012 1:01

Dinheiro do Camboja, da Tanzânia, da Rússia, desde que entre lá guito, isso é que é importante
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por mais_um » 8/11/2012 0:32

Para o Sr_SNiper,

Banco da Tanzânia salva Chipre de bancarrota até final do ano

O Federal Bank of the Middle East, sediado naquele país africano, comprou 240 milhões de euros em títulos soberanos que venceram a 4 de novembro.


O governo cipriota conseguiu evitar uma bancarrota até final do ano. Segundo o jornal alemão "Die Welt", o Federal Bank of the Middle East (FBME) de um grupo libanês, um dos três maiores bancos da Tanzânia, adquiriu títulos cipriotas no valor de 240 milhões de euros que venceram a 4 de novembro, evitando, assim, um evento de crédito de incumprimento.

O mercado da dívida tem andado muito agitado com a situação de Chipre. O risco de incumprimento tem estado acima de 50% e o país esteve durante muitos meses no 2º lugar no "clube" dos 10 candidatos a uma bancarrota, segundo o ranking da CMA DataVision. Foi ultrapassado pela Argentina a 26 de outubro, e desceu para a 3ª posição.

O banco africano referido detém uma subsidiária em Nicósia, a FBME Cards Services, que processa todo o crédito internacional do grupo, e as operações de débito e de caixas automáticas de vários bancos europeus e do Médio Oriente. A oposição cipriota acusa o governo de autorizar, em troca pela operação de compra de dívida, uma licença para o banco operar comercialmente na ilha.

Aquele grupo bancário dispõe de subsidiárias no Líbano e na Rússia. A origem do grupo é o Federal Bank of Lebanon, criado em 1952 em Beirute. No entanto, a partir de 2003, a sede do grupo está na capital tanzaniana.

Recorde-se que o governo de Nicósia solicitou um resgate a Bruxelas em junho na expetativa de em novembro poder contar com um Memorando de Entendimento a ser aprovado até final do ano pelos restantes membros da zona euro.
Governo alemão confirma adiamento do resgate a Chipre

Contudo as negociações de tal resgate arrastam-se e dificilmente serão concluídas antes de 2013. Um porta-voz do ministro das Finanças alemão afirmou ontem que as discussões evoluem devagar e que a sua conclusão antes de 2013 será muito difícil. Na semana passada, aquando da conferência telefónica do Eurogrupo, o próprio ministro Wolfgang Schauble havia dito o mesmo, esvaziando as expetativas de que o assunto fosse resolvido na reunião do Eurogrupo de 12 de novembro e na cimeira europeia de 22 deste mês, ou mesmo em dezembro.

O balde de água gelada atirado pelos alemães, colocou Nicósia numa situação difícil, que, no entanto, aguarda a chegada de uma nova missão técnica, preparatória, da troika. Em julho, a primeira missão da troika apresentou um conjunto de propostas que foram rejeitadas pelo governo. Apenas no final de outubro, o governo de Nicósia enviou a sua contraproposta.

Numa coincidência, a revista alemã "Der Spiegel" publicou uma investigação apontando Chipre como uma base de "lavagem de dinheiro" da oligarquia russa, citando um relatório secreto da agência de espionagem alemã BND. A revista alemã aludia que um resgate da troika a Chipre poderá beneficiar sobretudo esta plataforma financeira da oligarquia russa que transfere o dinheiro para a ilha, onde cria empresas que depois reinvestem na Rússia. O imposto sobre os rendimentos das empresas (equivalente ao nosso IRC) é o mais baixo da União Europeia, com uma taxa de 10%, com exceções para as empresas de shipping, que estão isentas, e para as empresas de gestão de operações marítimas que são taxadas apenas a 4,5%.

Chipre também pediu a Moscovo um segundo empréstimo, de 5 mil milhões de euros, o dobro do primeiro empréstimo realizado em 2011. No entanto, os russos insistem em que uma eventual assistência financeira da sua parte terá de ser operacionalizada em cooperação com a União Europeia e não mais numa base bilateral. "Não penso que nas atuais circunstâncias, este tipo de problemas possam ser resolvidos numa base bilateral", afirmou à Euronews Igor Shuvalov, adjunto do primeiro-ministro Dmitry Medvedev, mudando assim as regras do jogo no relacionamento com o governo cipriota presidido por um comunista formado em Moscovo no Instituto de Ciências Sociais da Academia de Ciências da Rússia, ainda no tempo do regime soviético.

Chipre foi o 14º país da União Europeia a aderir em 2008 à moeda única.


http://expresso.sapo.pt/banco-da-tanzan ... no=f764906

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por mmper » 7/11/2012 21:39

Sr_SNiper Escreveu:Principalmente por causa das Obrigações do Chipre de 2020 e das OT´s de 2019 , 2023 e 2037, que sendo que as duas primeiras já fora vendidas e da SONAE que foi vendida a 105% sendo o seu capital investido nas do Chipre que por sua vez valorizou cerca de 6%


Como se estão a portar essas do Chipre?
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por Sr_SNiper » 7/11/2012 21:38

Principalmente por causa das Obrigações do Chipre de 2020 e das OT´s de 2019 , 2023 e 2037, que sendo que as duas primeiras já fora vendidas e da SONAE que foi vendida a 105% sendo o seu capital investido nas do Chipre que por sua vez valorizou cerca de 6%
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por Automech » 7/11/2012 21:35

Sniper, à conta de quais é que tiveste 6.19% no período ? Penso que seja no último mês, certo ?
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por mmper » 7/11/2012 21:26

Sr_SNiper Escreveu:Atualização à rendibilidade da carteira de Obrigações referente ao dia 31 de Outubro


Pronto, calaste-me... :roll:
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por Sr_SNiper » 7/11/2012 21:23

Atualização à rendibilidade da carteira de Obrigações referente ao dia 31 de Outubro
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por mmper » 7/11/2012 20:55

Sr_SNiper Escreveu:
andre.p Escreveu:Alguem tem opinião sobre estas?

Air Berlin.

http://www.boerse-frankfurt.de/en/bonds ... 000AB100C2

Já se falaram delas à uns 3 meses atrás, por acaso fui eu que vi e pedi a opinião na altura, estiveram quase na falência e as perspetivas também não são amadoras, na altura achei que o risco era demasiado elevado e não comprei


Se o Sniper achou arriscado, foge delas como o diabo da cruz!!! :D
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