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Caldeirão da Bolsa

Manifestação anti-troika dia 15 de Setembro

Espaço dedicado a todo o tipo de troca de impressões sobre os mercados financeiros e ao que possa condicionar o desempenho dos mesmos.

por alexandre7ias » 2/11/2012 18:38

"Que se Lixe a Troika" convoca manifestação contra a visita de Merkel

02-11-2012 | 17:31
O movimento "Que se Lixe a Troika" convocou uma manifestação para 12 de Novembro, em Lisboa, sob o lema "A Merkel Não Manda Aqui", para repudiar a presença em Portugal da chanceler alemã.

A concentração está marcada para as 16h00, no Largo do Calvário, seguindo o protesto para os jardins de Belém, frente à Presidência da República.

Os promotores da iniciativa defendem que a presença de Angela Merkel em Portugal, a 12 de Novembro, deve merecer "todo o repúdio" da sociedade, em particular num momento social e economicamente crítico como o que o país atravessa.

"Nas vésperas de uma greve geral internacional contra a austeridade e os governos que a implementam, diremos nas ruas à sua passagem: que se lixe a troika, a Merkel não manda aqui", lê-se num comunicado emitido esta sexta-feira.

Os autores do protesto sustentam que Merkel representa a Europa da austeridade nas mãos do poder financeiro, "a Europa dos directórios, do poder político não sufragado" e cada vez mais sujeita a instâncias internacionais que "promovem a destruição" das economias e sociedades vizinhas.

[artigo corrigido às 17h30]
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http://m.rr.sapo.pt/detalhe.aspx?midx=2 ... as.aspx%3f
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por alexandre7ias » 2/11/2012 16:40

A visita da velha senhora
Baptista Bastos


Um comovido alvoroço perpassa pelos sectores da direita, com a vinda a Portugal da senhora Merkel, que vem ver como "se passam as coisas."

Um comovido alvoroço perpassa pelos sectores da direita, com a vinda a Portugal da senhora Merkel, que vem ver como "se passam as coisas." Diz-se que se preparam manifestações adequadas aos níveis de ressentimento de pessoas e grupos. Há que reflectir, porém, que a velha senhora é, apenas, o factótum de uma política que se generalizou, e tem muito a ver com a queda do Muro e a subsequente ascensão do capitalismo em rédea solta. É curioso e trágico verificar que as previsões de Gunter Grass, tenaz opositor, entre outros, da "reunificação", por calcular os perigos daí advenientes, estejam a cumprir-se. Grass preocupava-se com a recomposição da "Grande Alemanha", atendendo às características de um povo historicamente ressentido.

A Alemanha do pós-guerra beneficiou do apoio norte-americano, mas também europeu, em larga medida sustentado, ideologicamente, pela "ameaça comunista." Há um livro, "EUA e União Soviética", do jornalista e historiador Guilherme Olympio, que relata a esquizofrenia do povo americano, habilmente inculcada e alimentada por técnicos de manipulação. Nesse período, coincidente com o da "caça às bruxas", do senador MacCarthy, o pavor instalado era de tal ordem que, praticamente, não havia casa, nos Estados Unidos, sem dispor de um abrigo antiatómico!

A esmagadora maioria das pessoas tem, da Alemanha, um preconceito de desconfiança e, simultaneamente, de respeito pela qualidade de um povo que cultiva o rigor e a disciplina - por vezes exagerados, seja dito em abono da verdade. Viajei, muitíssimas vezes, pelas duas Alemanhas, quando as havia. E devo confessar que lamento, profundamente, não saber alemão, apenas para ler Goethe no original. Os meus sentimentos, como os da minha geração, relativamente ao país e ao povo, foram sempre uma mistura de admiração e de preocupada simpatia. Li os grandes clássicos e os contemporâneos mais significativos, e tenho preocupado, em vão, saber mais do que as emoções revelam e as observações explicam. Difícil, reconheço-o.

A visita da senhora Merkel aviva esses sentimentos. No contexto actual, ela surge como uma espécie de pró-consulesa em inspecção a parcelas do império. A verdade é que assim é. E não deixo de ficar ainda mais apreensivo quando a imagem zelosa e subalterna de Pedro Passos Coelho surge, nos sinédrios europeus, acentuando a ideia de uma servidão inominável. Fico apreensivo e horrorizado.

Que vem fazer a Portugal a velha senhora alemã? Não se sabe. A imprensa e os meios diplomáticos são omissos. Viagem de cortesia, dizem, a para adoçar a pílula. Saberemos, alguma vez, o teor das conversações, ou se estas irão pautar-se por um diálogo entre iguais?

É preciso não esquecer de que a Alemanha, para sobreviver como grande potência económica, precisa dos chamados "países periféricos", definição cuja natureza e exactidão ignoro. Os governantes portugueses devem saber que Angela Merkel não age nem se comporta com ideias exclusivamente de seu. Ela representa ou simboliza, digamos assim, os grandes grupos económicos e os imensos interesses financeiros do seu país - e não apenas do seu país. Não mais nem menos do que isso.

O alvoroço da direita tem muito a ver com servidão, com subalternidade cultural e económica que, historicamente, conduziu, por exemplo, os franceses a repugnantes abdicações morais. Basta lembrar o "colaboracionismo" de largas faixas da população, como de muitos e importantes intelectuais. Relembrar estes factos é pedagógico, para, sobretudo, não esquecermos que o fascismo está sempre presente, sob várias formas e disfarces, e que o "ovo da serpente" [Ingmar Bergman] nunca foi totalmente esmagado.


UM LIVRO DE EDMUNDO PERDIZ

Edmundo Perdiz foi meu camarada na Redacção do "Diário Popular." Sempre lhe apreciei a tenacidade de espírito, a grandeza de carácter e a urgência que sentia em dizer, em procurar o sentido das coisas e da vida. Trabalhou e estudou incansavelmente. E foi um jornalista invulgarmente probo e decente. Publicou, agora, pela Chiado Editora, um livro de narrativas, "Fogo Brando", que condensa parte das suas preocupações humanas, éticas e sociais. É um volume que fala de gente simples, de episódios da vida quotidiano, daqueles com os quais nos cruzamos, por vezes com indiferença. "Fogo Brando" é escrito com a volúpia de quem ama os arranhados e desfavorecidos, na linha de uma grande tradição novelística portuguesa.



b.bastos@netcabo.pt


Data:2012-11-02 12:11:00
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Fonte: Negócios

Ainda sobre este tema e esta visita: Já alguém sabe os custos desta visita de 6 horas?
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por alexandre7ias » 1/11/2012 22:09

Angela Merkel vai visitar Autoeuropa e abrir fórum económico
Lusa

Angela Merkel
Foto: Reuters
A chanceler alemã, que se desloca a Portugal no dia 12 de novembro, vai visitar com o primeiro-ministro português a sede da Autoeuropa e abrir um fórum económico no CCB, adiantou fonte oficial.
Naquela que é a primeira visita bilateral que a chefe do governo alemão realiza a Portugal, Angela Merkel vai reunir-se com o Presidente da República, Aníbal Cavaco Silva, e com o primeiro-ministro, Pedro Passos Coelho.

A seguir a estes encontros formais, que deverão ter lugar durante a manhã do dia 12 de novembro, Pedro Passos Coelho vai acompanhar Angela Merkel numa visita às instalações da Autoeuropa, em Palmela, disse fonte oficial.

Angela Merkel, que se fará acompanhar de uma comitiva de empresários alemães, e o primeiro-ministro português seguem depois para uma conferência de investidores, que terá lugar no Centro Cultural de Belém (CCB), em Lisboa.

A mesma fonte adiantou à Lusa que a visita oficial da chefe do governo alemão é vista, por ambos os governos, como uma manifestação de solidariedade, de confiança e de apoio, por parte da Alemanha, aos esforços de Portugal no cumprimento do programa de ajustamento assinado com a troika.

A deslocação de apenas algumas horas que a chefe do governo alemão realiza a Portugal é uma visita de alto risco e que já está a ser preparada ao mais alto nível pelas forças e serviços de segurança em Portugal.
.

Fonte: TSF
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por alexandre7ias » 1/11/2012 3:57

Lion_Heart Escreveu:Hmmmmm, nunca mais começa a festa.


Pode ser que isto ajude



FMI já está em Portugal a preparar reforma do Estado, revela Marques Mendes
31.10.2012 - 23h04 Luciano Alvarez

Mendes diz que a reforma só peca por tardia
O Governo está a preparar a reforma do Estado anunciada na passada semana por Passos Coelho com a ajuda de técnicos do Fundo Monetário Internacional (FMI) que já estão em Portugal e já tiverem reuniões com membros do Executivo, revelou nesta quarta-feira Marques Mendes.
No seu habitual comentário no programa Política Mesmo, na TVI24, Mendes afirmou que as reuniões dos técnicos do FMI tiveram lugar nos ministérios da Administração Interna e Defesa.

O ex-presidente do PSD afirmou ainda que a reforma vai passar por várias concessões a privados, dando como exemplos as florestas, centros de saúde e os transportes públicos, pela mobilidade especial da função pública e com mais pagamentos por parte dos portugueses na saúde e na educação.

Marques Mendes dá mesmo alguns números sobre os cortes na despesa que vão ser feitos com esta reforma do Estado. No total serão 4 mil milhões de euros: 500 milhões na defesa, justiça e segurança e 3.500 mil milhões na segurança social, saúde e educação.

O também Conselheiro de Estado de Cavaco Silva, afirmou também que o estudo da reforma que está já a ser feito será aprovado em 2013 e aplicado em 2014. Mendes até apontou datas: em Novembro (6ª avaliação) o Governo aponta à troika os princípios essenciais das reformas a fazer e em Fevereiro do próximo ano (7ª avaliação) o Executivo de Passos Coelho apresenta à troika o conjunto de medidas a adoptar.

Mendes tinha, porém, uma “grande crítica” a fazer a Passos: esta reforma chega com um ano de atraso. “O Governo andou a dormir na forma. (…) Se tivesse sido estudada em 2012, aplicava-se em 2013 e evitava-se o assalto fiscal que aí está”, acusou.

O antigo presidente do PSD acrescentou que, há um ano, o Governo tinha um enorme estado de graça e autoridade e hoje tem uma imagem já bastante degradada e a autoridade já não é a mesma.

Porém, concluiu, “antes tarde que nunca”. “Sem esta reforma o País não é nem competitivo nem sustentável.”
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Pobre povo!

http://m.publico.pt/Detail/1569619
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por Lion_Heart » 31/10/2012 20:39

Hmmmmm, nunca mais começa a festa.
" Richard's prowess and courage in battle earned him the nickname Coeur De Lion ("heart of the lion")"

Lion_Heart
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por alexandre7ias » 31/10/2012 20:31

Manifestantes derrubam todas as grades de proteção da AR
Publicado hoje às 15:33
Catarina Cruz e Nuno Miguel Ropio

Manifestantes concentrados junto à Assembleia da República derrubaram as grades de proteção das escadarias do Parlamento, lançaram pedras e outros objetos contra a polícia, obrigando a PSP a formar um cordão humano para proteger o edifício, naquele que foi o momento mais tenso dos protestos desta quarta-feira.
O grupo constituído por estivadores e indivíduos de movimentos da esquerda radical derrubaram todas as grades que servem de proteção ao Parlamento. Perante a investida, a polícia viu-se obrigada a formar um cordão humano, evitando que os manifestantes avançassem mais.

A polícia teve de alargar o perímetro de segurança e reforçou o número de elementos do Corpo de Intervenção, tendo ainda deslocado para o local elementos das equipas cinotécnicas formadas por agentes acompanhados por cães.

Pouco depois, juntaram sacos e um caixote do lixo e atearam fogo em frente à escadaria da Assembleia da República. Os manifestantes vão atirando cartazes e outros objetos para a fogueira. Alguns estão frente a frente com elementos do corpo de intervenção.

Já horas antes, munidos de "very light", um grupo de estivadores impediu a saída de muitos deputados da Assembleia da República, após a votação do OE 2013.

Os deputados tentaram abandonar o Parlamento pela porta lateral, como habitualmente. Porém, perante o protesto dos trabalhadores dos portos, foram obrigados a recuar e a percorrer vários corredores, para chegar à outra porta lateral.

No exterior, apercebendo-se da movimentação, o grupo de estivadores dividiu-se e travou de novo a intenção de saída dos políticos. Só com a ajuda do contigente da PSP se pôde então sair da Assembleia, sob fortes apupos dos estivadores.

Milhares manifestantes concentraram-se em frente à Assembleia da República, desde que o Orçamento de Estado de 2013 foi aprovado, pelas 15 horas, e foram vários os movimentos que protestaram contra a proposta orçamental. A CGTP já terminou o protesto ao final da tarde.

Junto à escadaria do Parlamento eram visíveis muitos elementos da organização do protesto do dia 15 de Setembro, "Que se lixe a Troika", da CNA (Confederação Nacional de Agricultores), dos Indignados, Precários Inflexíveis e manifestantes da CGTP, que incluíram a marcha da Função Pública.

"Estão a vender Portugal" ou "queremos um Governo que saiba governar" eram algumas das frases visíveis nos cartazes empunhados", secundados por canções de intervenção que saíam do sistema de som do movimento "Que se lixe a Troika".

Recorde-se que os partidos da coligação anteciparam a sessão de encerramento do debate do OE, assim como a respetiva a votação, evitando, assim, a coincidência com os protestos.

Arménio Carlos, secretário-geral da CGTP, acusou o governo de dar sinais de "desespero" ao antecipar a votação do OE. O líder da central sindical garante que os trabalhadores não baixarão os braços e que o "governo não irá resolver o problema com esta fuga em frente, porque o orçamento de Estado já provou que se trata de uma agressão".

Arménio Carlos frisou mesmo que a marcha da Função Pública não contou com menor adesão devido à votação antecipada.

Já Frederico Aleixo, um dos 29 elementos do movimento "Que se lixe a Troika", salientou que o "Governo mostrou ter receio de se ver confrontado com o descontentamento dos cidadãos, penalizados com medidas cegas".

Os deputados da Esquerda também se associaram aos protestos, fechando a marcha da Função Pública. Do Bloco de Esquerda, João Fazenda, Pedro Filipe Soares e Mariana Aiveca. Do PCP, Bernardino Soares, João Oliveira, António Filipe e Bruno Dias.

A acção de protesto da CGTP terminou um pouco antes das 18 horas e os manifestantes começaram a desmobilizar. Em frente à AR permanecem os outros movimentos que agendaram protestos para esta quarta-feira.
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http://m.jn.pt/m/newsArticle?contentId= ... related=no
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por EuroVerde » 31/10/2012 20:03

Volto a partilhar este video desta música do Rão Kyao e fazer ver às pessoas que não é preciso violência nem manifestações para sair da crise.

Sejam espancivos e vivam a vida. Agora com outros modelos, outros moldes.

Abraço a todos.

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por alexandre7ias » 31/10/2012 18:33

Deputados insultados à saída do Parlamento
Publicado hoje às 15:33
Catarina Cruz *

Munidos de "very light", um grupo de estivadores impediu a saída de muitos deputados da Assembleia da República, após a votação do OE 2013.
Os deputados tentaram abandonar o Parlamento pela porta lateral, como habitualmente. Porém, perante o protesto dos trabalhadores dos portos, foram obrigados a recuarem e a percorrerem vários corredores, para chegar à outra porta lateral.

No exterior, apercebendo-se da movimentação, o grupo de estivadores dividiu-se e travou de novo a intenção de saída dos políticos.

Só com a ajuda do contigente da PSP se pôde então sair da Assembleia, sob fortes apupos dos estivadores.

São já milhares manifestantes que se encontram em frente à Assembleia da República, desde que o Orçamento de Estado de 2013 foi aprovado, pelas 15 horas, e são vários os movimentos que protestam contra a proposta orçamental.

Junto a escadaria do Parlamento são visíveis muitos elementos da organização do protesto do dia 15 de Setembro, "Que se lixe a Troika", da CNA (Confederação Nacional de Agricultores), dos Indignados, Precários Inflexíveis e manifestantes da CGTP, que incluíram a marcha da Função Pública.

"Estão a vender Portugal" ou "queremos um Governo que saiba governar" são algumas das frases visíveis nos cartazes empunhados", secundados por canções de intervenção que saem do sistema de som do movimento "Que se lixe a Troika".

Recorde-se que os partidos da coligação anteciparam a sessão de encerramento do debate do OE, assim como a respetiva a votação, evitando, assim, a coincidência com os protestos.

Arménio Carlos, secretário-geral da CGTP, acusou o governo de dar sinais de "desespero" ao antecipar a votação do OE. O líder da central sindical garante que os trabalhadores não baixarão os braços e que o "governo não irá resolver o problema com esta fuga em frente, porque o orçamento de Estado já provou que se trata de uma agressão".

Arménio Carlos frisou mesmo que a marcha da Função Pública não contou com menor adesão devido à votação antecipada.

Já Frederico Aleixo, um dos 29 elementos do movimento "Que se lixe a Troika", salientou que o "Governo mostrou ter receio de se ver confrontado com o descontentamento dos cidadãos, penalizados com medidas cegas".
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http://m.jn.pt/m/newsArticle?contentId= ... related=no
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por alexandre7ias » 20/10/2012 11:36

Marcha contra a austeridade em Londres

Londres
Em Londres, é esperado esta manhã um milhão de pessoas na rua numa marcha contra a austeridade e por um futuro que funcione.
O protesto começa cerca das 11:00. Trata-se de uma manifestação contra a austeridade convocada por mais de 50 sindicatos.

Os organizadores esperam um milhão de pessoas, numa manifestação que vai atravessar Londres e acabar num comício no Hyde Park.

Centenas de portugueses, gregos, espanhóis e italianos residentes em Londres decidiram juntar-se ao protesto.

Ouvida pela TSF, Alexandra Pereira, uma das organizadoras, disse que é tempo de os ingleses perceberem que a austeridade também os está a afetar.
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por alexandre7ias » 18/10/2012 17:41

ul Escreveu:Segundo os últimos dados divulgados pela NATO, relativos a 2010 (comunicado PR/CP(2011)027 de 10MAR2011):



Gastos com a defesa em percentagem do PIB
Média dos países europeus da NATO: 1.7 % do PIB;

United States 5.4
Greece 2.9
United Kingdom 2.7
France 2.0
Albania 2.0
Poland 1.9
Turkey 1.9
Estonia 1.8
Bulgaria 1.7
Slovenia 1.6
Portugal 1.6
Norway 1.5
Canada 1.5
Croatia 1.5
Czech Republic 1.4
Germany 1.4
Denmark 1.4
Italy 1.4
Netherlands 1.4
Slovak Republic 1.3
Romania 1.3
Spain 1.1
Belgium 1.1
Hungary 1.1
Latvia 1.0
Lithuania 0.9
Luxembourg 0.5

Efectivo (militares e civis) em percentagem da população activa.
Média dos países europeus da NATO: 1.0; Média Total (Europa, EUA e Canadá): 1.1


Grèce 2.8
Turquie 2.1
Albanie 1.1
Etats-Unis 1.4
Bulgarie 1.1
Croatie 1.1
France 1.1
Norvège 1.0
Estonie 0.9
Italie 0.9
Portugal 0.9
Royaume-Uni 0.9
Danemark 0.8
Pologne 0.8
Roumanie 0.8
République slovaque 0.8
Slovénie 0.8
Belgique 0.7
Lituanie 0.7
Pays-Bas 0.7
Espagne 0.7
République tchèque 0.6
Allemagne 0.6
Hongrie 0.6
Lettonie 0.5
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Estudos com gastos com os políticos há ?
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por Opcard » 18/10/2012 16:49

Segundo os últimos dados divulgados pela NATO, relativos a 2010 (comunicado PR/CP(2011)027 de 10MAR2011):



Gastos com a defesa em percentagem do PIB
Média dos países europeus da NATO: 1.7 % do PIB;

United States 5.4
Greece 2.9
United Kingdom 2.7
France 2.0
Albania 2.0
Poland 1.9
Turkey 1.9
Estonia 1.8
Bulgaria 1.7
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Portugal 1.6
Norway 1.5
Canada 1.5
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Germany 1.4
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Romania 1.3
Spain 1.1
Belgium 1.1
Hungary 1.1
Latvia 1.0
Lithuania 0.9
Luxembourg 0.5

Efectivo (militares e civis) em percentagem da população activa.
Média dos países europeus da NATO: 1.0; Média Total (Europa, EUA e Canadá): 1.1


Grèce 2.8
Turquie 2.1
Albanie 1.1
Etats-Unis 1.4
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por alexandre7ias » 18/10/2012 16:39


Protesto
Polícias propõem concentração em conjunto com os militares

18.10.2012 - 16:14 Nuno Sá Lourenço


A concentração dos militares está marcada para 10 de Novembro

Um conjunto de sindicatos da PSP (Polícia de Segurança Pública) propuseram esta quinta-feira associar-se à concentração de militares agendada para o próximo dia 10 de Novembro. A união numa acção de protesto, de forma oficial, assumida pelas entidades das duas áreas – Segurança e Defesa – representaria algo de inédito em Portugal.

A ideia foi transmitida aos representantes da Associação Nacional de Sargentos (ANS) e da Associação de Praças (AP), que foram convidados a estar presentes numa reunião com os sindicatos da PSP, na sede do Sindicato Unificado da PSP (SUP).

“Não me faz confusão nenhuma que aquelas forças estiverem todas juntas na rua. Parece-me a mim que o impacto seria completamente diferente”, disse Peixoto Rodrigues da SUP. A união de polícias e militares foi igualmente defendida por Hélder Andrade, do Sindicato de Oficiais de Polícia, que acrescentou mesmo ter toda a disponibilidade para acertar com as associações de militares a melhor forma de atingir o objectivo.

“Dêem-lhe a designação que quiserem, podem contar connosco”, disse aos representantes da ANS e da AP. Também Armando Ferreira, da SINAPOL (Sindicato Nacional da Polícia), considerou “importante” mostrar” de todas as formas possíveis” o descontentamento no sector.

Em resposta, os militares presentes assumiram a intenção de apresentar a proposta para consideração junto das respectivas associações. A concentração de 10 de Novembro foi decidida ontem num encontro de militares, convocado pela ANS, AP e pela AOFA (Associação de Oficiais das Forças Armadas).

Nas últimas acções de protesto dos militares, a proximidade de posições com as polícias foi manifestada de forma cautelosa, pela comparência das direcções de alguns sindicatos e pela comparência de forma individual de polícias.


© Público Comunicação Social SA
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por alexandre7ias » 17/10/2012 22:07

Publicado hoje às 21:20
Militares convocam manifestação para 10 de novembro

Militares
Foto: dr
Após duas horas de reunião, as associações de oficiais, sargentos e praças das Forças Armadas decidiram marcar uma concentração para 10 de novembro na Praça do Município, em Lisboa.
A concentração de 10 novembro, um sábado, está marcada para as 15h00 na Praça do Município, em Lisboa, depois os militares prometem seguir em desfile até aos Restauradores, que consideram símbolo da independência nacional.

A Associação de Oficiais das Forças Armadas (AOFA), a Associação Nacional de Sargentos (ANS) e a Associação de Praças (AP) foram mandatadas ainda para solicitar ao Presidente da República, na qualidade de Chefe Supremo das Forças Armadas, a fiscalização preventiva do Orçamento do Estado para 2013.

Estas decisões foram anunciadas no final de um encontro nacional de militares, em Lisboa, que durou cerca de duas horas.


http://m.tsf.pt/m/newsArticle?contentId=2836217&page=1
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por alexandre7ias » 17/10/2012 17:37

Detidos do "Cerco a São Bento" condenados a trabalho comunitário

17.10.2012 - 15:41 Marisa Soares

Foto: Nuno Ferreira Santos

Desacatos entre os manifestantes e a polícia provocaram 12 feridos

Os dois detidos na manifestação de segunda-feira em frente ao Parlamento, em Lisboa, foram condenados a cumprir trabalho comunitário e um deles terá ainda de pagar pelos danos provocados numa viatura policial.

Os detidos têm 22 e 33 anos e foram ouvidos na terça-feira pelo juiz do Tribunal de Pequena Instância Criminal de Lisboa, que decidiu suspender provisoriamente os dois processos por seis meses.

Ainda assim, condenou o primeiro a 80 horas de trabalho comunitário e ao pagamento dos danos provocados numa viatura policial, cujo valor ainda não foi avaliado. O de 33 anos terá de cumprir 60 horas de trabalho em prol da comunidade, segundo fonte da PSP.

Em comunicado, o Comando Metropolitano da PSP de Lisboa informou na terça-feira que os homens foram detidos por resistência, coacção e ameaças sobre um funcionário.

O protesto “Cerco a São Bento! Este não é o nosso orçamento” começou calmo mas no final da noite os ânimos exaltaram-se e a polícia carregou sobre os manifestantes. Além de duas pessoas detidas, dos confrontos resultaram 12 feridos – um dos detidos e 11 polícias – e vários danos materiais em carros policiais e civis.

A manifestação, organizada pela Plataforma 15 de Outubro e pelo Movimento dos Sem Emprego, tinha como objectivo contestar o Orçamento do Estado para o próximo ano, no dia em que o documento foi apresentado. Os manifestantes pediam também a demissão do Governo.

© Público Comunicação Social SA
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Trabalho comunitário é o que eles e outros milhares têm feito quando se manifestam!
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por alexandre7ias » 17/10/2012 13:43

Home » Economia

Crise
"Os militares estão em polvorosa, estão revoltados"
Económico
17/10/12 10:15
Associações do sector encontram-se hoje para definir formas de luta que tornem visível o mal estar entre os militares.
A Associação dos Oficiais das Forças Armadas admite que os militares estão revoltados com as medidas de austeridade que atingem o sector.
"Isto é uma afronta aos militares, isto já está a ultrapassar os limites em relação a todos e, no caso concreto dos militares, de uma forma que nos deixa em polvorosa e revoltados", afirmou Pereira Cracel, presidente da associação, em declarações à TSF.
Opinião semelhante tem a associação de sargentos, que espera por isso que a participação seja forte na reunião desta quarta-feira
"Acredito que umas largas centenas de militares ali estarão e com certeza que responderão não apenas a esta, mas a outras iniciativas que tenhamos eventualmente de tomar em mãos", afirmou o líder desta associação, citado pela rádio.
Sem querer adiantar que iniciativas serão tomadas, Lima Coelho explicou que se está a "ponderar e a discutir entre as várias associações" eventuais acções que demonstrem "o mal estar no seio dos profissionais militares".
As Associações dizem que entre 18% a 20% dos militares têm o seu salário penhorado por compromissos que tinham assumido e que, devido aos cortes salariais, deixaram de poder pagar.
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por alexandre7ias » 16/10/2012 16:49

Protesto
Silva Lopes admite participar em manif contra Merkel
Económico com Lusa
16/10/12 13:15
O economista disse hoje que estará presente nas manifestações quando estas visarem os políticos europeus.
Silva Lopes, que falava numa conferência sobre o Orçamento do Estado para 2013 organizada pelo Instituto de Direito Económico Financeiro e Fiscal da Faculdade de Direito de Lisboa, afirmou que não existe outra solução que não seja de austeridade para Portugal porque esta é imposta pelos políticos europeus.
"Compreendo que haja agora manifestações quase todos os dias, mas estas manifestações deviam ser contra a senhora Merkel e outros políticos da União Europeia que nos andam a por este garrote", afirmou o ex-ministro das Finanças.
Referindo-se às declarações da presidente do Fundo Monetário Internacional (FMI), Christine Lagarde, que admitiu que terá ido longe demais com a austeridade, Silva Lopes interpretou como um sinal aos dirigentes europeus.
"O que a senhora Lagarde estava a dizer é que é preciso menos austeridade na Europa e se houver menos austeridade na Europa haverá mais margem para Portugal, Espanha, Grécia, etc respirarem um pouco".
Para o economista, o Orçamento do Estado para 2013, apresentado na segunda-feira no Parlamento, representa as "limitações" impostas pela Europa: "Essa coisa de pensar que mandamos a 'troika' às urtigas não pode ser. E depois no dia seguinte quem nos empresta o dinheiro? E se negarmos a dívida, como vamos viver?", perguntou.
Silva Lopes afirmou que a austeridade "é dolorosa, é lamentável, mas só nos livramos dela se a Europa deixar de nos apertar tanto", rematando que quando houver manifestações contra as políticas de austeridade da Europa, lá estará.
A chanceler alemã fará uma visita a Portugal no dia 12 de Novembro.
.

Este pessoal da Esquerda....
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por alexandre7ias » 16/10/2012 16:40

RESTAURAÇÃO
Milhares protestam com tachos em frente ao Parlamento
DD 16 out 2012 - 14:50
Vários milhares de pessoas concentram-se neste momento em frente à Assembleia da República para exigir a redução do IVA na restauração de 23 para 6%. O protesto foi convocado pelo Movimento Nacional de Empresários da Restauração (MNER).

Criado há cerca de 2,5 meses, este movimento de âmbito nacional que conta com o apoio de várias associações do setor da restauração e de comerciantes pretende chamar a atenção do Governo PSD/CDS-PP liderado por Pedro Passos Coelho para o facto de que, se mantiver a atual taxa de IVA, conduzirá ao desemprego 100 mil pessoas e levará à falência 40 mil empresas.
“Este movimento surgiu porque era urgente que esta classe acordasse e porque queremos a baixa do IVA para seis por cento, até por uma questão de equidade no setor – já que os hotéis pagam seis por cento – e também porque se apenas descesse para 13 por cento, provavelmente não seria suficiente para impedir o encerramento de pelo menos 20 por cento dos restaurantes do país”, sublinhou o coordenador do movimento, o empresário José Pereira.
Neste momento – revelou -, “entre 30 e 35 por cento das empresas de restauração já não estão a pagar impostos ao Estado, porque não conseguem fazer face às despesas de funcionamento, pagar salários e ainda os impostos”.
Segundo José Pereira, este “é um setor vital para a economia do país, para o turismo: uma das três principais razões pelas quais os turistas visitam o país é a gastronomia, que é muito rica”.
Por isso, além do mais, frisou, a questão da subsistência do setor da restauração “é uma questão de preservação da nossa cultura: a nossa gastronomia tradicional tende a desaparecer”.
“A alternativa é tornarmo-nos clandestinos, porque não temos uma lei que nos defenda”, observou.
E passou a explicar, dando um exemplo: “Se um restaurante quiser fazer um bom arroz de cabidela e for buscar uma galinha caseira, criada com farelo e milho, e se a dona da galinha não estiver coletada, a ASAE [Autoridade de Segurança Alimentar e Económica] fecha o restaurante e a pessoa vai presa”.
.

Fonte: Sapo
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por ferradura » 16/10/2012 9:31

Meus senhores, pelo que lei aqui em alguns comentários, o que vejo é muito copo de leite por aqui.

Existe muita gente que não tem nada, nem emprego nem dinheiro.
Mas pior, não tem esperança.
Como já disse noutros posts, irá em Portugal ser derramado muito sangue nas ruas, e o pior que poderá haver será uma luta de classes.
Penso até que alguns senhores que aqui postam, deveriam pensar duas vezes antes de escreveram, pois não fica bem ter discursos inflamados contra a corrente.
Não estamos numa democracia, antes a ditadura de Salazar, que era mais honesta.Estamos num momento politico que pode explodir a qualquer momento.

Por isso, peço aos moderadores deste forum que tal como a mim apagam, e bem alguns posts mais inflamados, também o façam a posts mais provocadores para quem está do lado dos desempregados.
 
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por jrnabolsa » 16/10/2012 8:24

finveste Escreveu:
jrnabolsa Escreveu:Com sindicalistas metidos nisto não ponho lá os pés...estava a pensar ir. :(


Podes sempre convocar uma manif e distribuir os convites, assim só vai quem tu queres, gente séria.
Queres alinhar nessa comigo, ou achas que não te enquadras bem nesse grupo de pessoas?
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por alexandre7ias » 16/10/2012 3:35


Manifestação
Polícia carrega sobre manifestantes na AR

15.10.2012 - 19:40 Nuno Sá Lourenço, Fabíola Maciel

Nuno Ferreira Santos

Foram queimados objectos em frente à escadaria do Parlamento

Cerca de 100 manifestantes subiram uma das ruas laterais da Assembleia da República, aproximando-se da porta da residência oficial do primeiro-ministro, nas traseiras do edifício, e acabando por ser alvo de uma carga policial. Onze pessoas ficaram feridas, das quais dez são agentes da PSP.

Para fazer face aos manifestantes que subiam a rua e já tinham derrubado um ecoponto, cerca de 20 a 30 polícias carregaram sobre o grupo. Segundo a TVI, 11 pessoas ficaram feridas: dez agentes da PSP e um manifestante, que foi transportado para o Hospital de S. José.

Em frente à escadaria do Parlamento, onde há protestos desde as 18h, foram atiradas garrafas aos polícias, lançados petardos e foi ateada uma fogueira, que cerca das 23h ainda ardia com alguns detritos.

Durante a tarde e parte da noite, centenas de pessoas protestaram frente ao Parlamento. Cerca das 21h, parte dos manifestantes desmobilizou, mas outros continuaram no local.

De cartazes em punho, os manifestantes gritaram "gatunos"e "é hora do Governo ir embora". A maioria dos cartazes apelava "demissão" do Governo e ao fim da influência da troika em Portugal.

Duas mulheres semi-nuas tentaram passar a barreira policial, sem sucesso. Outras pessoas solidarizaram-se com a iniciativa e começaram a despir as camisolas. Para dentro do perímetro policial foram arremessadas garrafas de vidro e cartões vermelhos, que simbolizam a vontade das pessoas em mandar o Governo para a rua. Muitos iam pedindo aos polícias que se juntassem a eles.

Cerca das 20h30, os manifestantes já tinham invadido até metade do jardim da fachada principal do Parlamento (excepto na escadaria, ocupada pelo corpo de intervenção da PSP). Nessa altura, fizeram um cordão humano e espalharam-se em torno do edifício, acabando por se concentrar sobretudo na entrada lateral da Assembleia da República, junto ao parque de estacionamento.

As pessoas que se encontravam ainda dentro do edifício foram aconselhadas a não sair, e ninguém foi autorizado a entrar.

Por essa hora, já tinham rebentado dezenas de petardos e tinham sido atiradas muitas garrafas de cervejas aos polícias. Carrinhas do corpo de intervenção da PSP foram chegando sucessivamente, com agentes e alguns cães "para manter a ordem pública". Alguns agentes filmavam a manifestação, apesar de a Comissão Nacional de Protecção de Dados considerar estas gravações ilegais.

A manifestação tinha começado calma por volta das 18h mas os ânimos foram-se exaltando com o passar do tempo e com a chegada de mais pessoas ao local. Por volta das 19h, o número de manifestantes não era suficiente para formar um cerco ao edifício, como pretendia a organização, mas já preenchia o espaço à frente da escadaria. Fonte da PSP disse ao PÚBLICO que estariam no local cerca de 1200 manifestantes, mas o número não é oficial.

O ambiente tornou-se mais tenso quando um homem tentou retirar as vedações que impedem os manifestantes de chegar à escadaria da Assembleia da República. Nesse momento, outros manifestantes desviaram o homem do local e acalmaram-no. No entanto, pouco depois foram derrubadas várias grades e algumas pessoas conseguiram chegar ao jardim da Assembleia da República, onde foi montado um cordão policial.

As grades colocadas em torno do edifício foram transformadas numa espécie de "muro das lamentações ", onde os manifestantes puderam colocar a sua opinião. A multidão esteve a ser vigiada por centenas de polícias e elementos do Corpo de Intervenção da PSP, cuja equipa foi sendo reforçada com o passar das horas.

O ritmo das reivindicações foi acompanhado por um grupo de pessoas que tocavam bombos. Ao lado, um conjunto de manifestantes com cartões vermelhos na mão. Pouco depois das 19h havia ainda muitas pessoas a juntarem-se ao protesto.

Pouco depois de gritarem "invasão" em uníssono, os manifestantes cantaram em coro o Hino Nacional. Tiago Lima, membro da Plataforma 15 de Outubro, disse ao PÚBLICO que a manifestação "está a ser muito combativa". Questionado sobre a hora a que pretendiam terminar o protesto, respondeu: "Gostaríamos de ficar até o Governo se demitir".

A manifestação, intitulada "Cerco a S. Bento! Este não é o nosso Orçamento" foi convocada pelos movimentos 15 de Outubro e Sem Emprego para contestar as contas do Estado para o próximo ano e pedir a demissão do Governo. Na página criada para o efeito na rede social Facebook, mais de 3500 pessoas tinham aderido ao protesto.

A concentração segue-se a uma vigília do movimento dos indignados, que começou às 00h00.


Notícia actualizada às 00h45 de 16 de Outubro
© Público Comunicação Social SA
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por Lion_Heart » 16/10/2012 1:50

Ja temos fogo.
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por alexandre7ias » 15/10/2012 21:10

Manifestantes despem-se em frente ao Parlamento
Publicado hoje às 18:42
JN

Quatro manifestantes despiram-se esta noite em frente da Assembleia da República, durante o protesto "cerco do Parlamento". Outros atiraram ao chão algumas grades de proteção da escadaria do edifício e lançaram petardos, sob o olhar atento da polícia.
As barreiras de proteção foram atiradas ao chão no momento em que os manifestantes começaram a subir à volta do Parlamento para concretizar o "cerco".

Alguns manifestantes lançaram petardos e outros sentaram-se no espaço relvado lateral à escadaria da AR, sob o olhar atento de um forte contingente policial posicionado atrás das grades que delimitam todo o perímetro do edifício.

O "cerco" seguiu depois para a porta lateral da AR, que esteve temporariamente menos policiada. Neste local, foram lançadas algumas garrafas contra a polícia.

No centro da multidão foi colocada em jeito de monólito uma 'pen USB' gigante decorada com uma caveira e ossos, numa alusão ao Orçamento do Estado entregue hoje pelo Governo e contra o qual os manifestantes protestam.

Uma versão mais pequena desta 'pen' foi lançada com balões de hélio, num gesto aplaudido e assobiado por igual medida pelos manifestantes.

Entre eles está o estivador do Porto de Lisboa Mário Pereira, que disse à agência Lusa que o Governo se prepara para "tirar dois terços" do trabalho a sua classe profissional e por pessoas sem qualificações a desempenha-lo.

Por entre a multidão avistam-se faixas com mensagens como "Fora o Governo", "Troika e Governo - Rua" e cartazes com mensagens dirigidas aos executivo como "******" e "Orçamento Assassino".

No cimo de uma carrinha de caixa aberta há um palanque improvisado onde várias pessoas têm já feito ouvir o seu testemunho e onde a cantora lírica Ana Maria Pinto também já entoou uma canção para animar o protesto.

Pedro Rocha, dos Indignados de Lisboa, que estão desde sábado à noite em vigília frente a AR, disse à Lusa que o protesto de hoje, parte da ideia que tiveram os manifestantes espanhóis no início deste mês quando milhares de pessoas cercaram, de facto, o Congresso do Deputados em Madrid.

A iniciativa, acrescentou, assinala ao mesmo tempo um ano do Movimento 15 de Outubro, que, em 2011, acampou durante quase dois meses na Praça do Rossio em Lisboa, uma iniciativa repetida por em várias capitais mundiais.
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http://m.jn.pt/m/newsArticle?contentId= ... related=no
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por fernandoinveste » 15/10/2012 1:22

jrnabolsa Escreveu:Com sindicalistas metidos nisto não ponho lá os pés...estava a pensar ir. :(


Podes sempre convocar uma manif e distribuir os convites, assim só vai quem tu queres, gente séria.
 
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por fernandoinveste » 15/10/2012 1:20

jrnabolsa Escreveu:Tal como esperava, só maquinaria de esquerda.


Se calhar querias que a direita saísse para a rua quando está no poleiro.
 
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por fernandoinveste » 15/10/2012 1:17

Las_Vegas Escreveu:Actualmente o objectivo é prevenir a violência e destruição ou apanhar grupos violentos.


Estás enganado, temos o melhor povo do mundo.
 
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