Obrigações II
Pata-Hari Escreveu:sim, mas a troika está a obrigar a medidas que estão a matar o doente da cura....
Eu não responsabilizo a Troika, mas sim quem nos governa, até porque eles também contribuíram para que a Troika fosse chamada. Os cortes estruturais na despesa onde é que estão?
Não podemos ter é o 1º ministro e o das finanças a dizerem à 2ª e 3ª feira que os portugueses decidiriam poupar e que por isso o défice deste ano é maior e à 4ª feira ter o Álvaro a dizer que os portugueses poupam pouco!! Parecem baratas tontas !!:wall:

Ministro da Economia diz que está mais preocupado com as baixas taxas de poupança e o elevado nível de desemprego no país.
http://economico.sapo.pt/noticias/inter ... 53027.html
organizem-se!!


"Só duas coisas são infinitas, o universo e a estupidez humana. Mas no que respeita ao universo ainda não tenho a certeza" Einstein
“Com os actuais meios de acesso à informação, a ignorância não é uma fatalidade, mas uma escolha pessoal" Eu
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Pata-Hari Escreveu:a compra das de 2013 foi a 102, mais_um.
Era o que eu esperava e o que faz sentido. Mas a informação do IGCP está incorrecta.
No entanto faço dois reparos, um é o facto de os bancos andarem a comprar OT2013 acima do par, com um YTM baixa, o motivo está à vista, já deviam ter esta operação combinada, desta forma conseguiram "vender" mais caro as OT2013.
O outro reparo é que o empréstimo da troika está a ser feito a uma taxa entre os 3,5 a 4% e a taxa de juro desta emissão foi ligeiramente superior a 5%. Mal por mal preferia ficar dependente da troika mais tempo e ter os empréstimos mais baratos.
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mmper Escreveu:Pata-Hari Escreveu:mmper, habitualmente as obrigações são transaccionadas em fora de bolsa (o verdadeiro mercado das obrigações não é via bolsa). ALgumas emissões estão admitidas na euronext e são negociaveis aí. Tal como já mencionei várias vezes, o que acontece várias vezes é que as instituições compram lotes, guardam em carteira e depois revendem aos clientes em fora de bolsa (devo dizer-te que rara, rara, muito raramente compro em bolsa, habitualmente as obrigações têm muito menos liquidez e os preços são piores).
Claro está que se o preçário for diferente, podes reclamar mas nem é óbvio para mim que tenhas feito pior negócio. Provavelmente terias comprado mais caro em bolsa (não verifiquei). Essa situação deve ser esclarecida com o teu banco. Se vires que em bolsa havia liquidez e preço, se a tua ordem era para ser dada em bolsa, podes sempre reclamar a comissão que te foi cobrada. Fala com eles e esclarece.
Desculpem repescar isto. Só para dizer que não tenho do que reclamar, visto que me foi enviada uma simulação antes, onde constavam esses 100€.
Aliás com esta explicação da Pata, relativa à compra e venda em tranches, tudo faz sentido. Apesar de concordar plenamento com quem diz que foi moralmente errado eles cobrarem comissão para venderem as OTs deles qd havia em bolsa sem comissão.
Enfim, move on. Hoje tenho obrigações no BIG e no Invest. GB poderá ser o próximo passo, apesar de terem o problema do mínimo de 6k (confirmam?), que para pequenos investidores como eu é um handicap.
Mais uma vez desculpem voltar a isto e obrigado pelas opiniões (incluindo tu Virtua, cuja explosão ajudou a esclarecer isto)
mmper, depende da instituição com quem trabalhas. A instituição com quem trabalho tem um preçário melhor para os fora de bolsa que para as operações em bolsa. Terias sempre que ver caso a caso e comparar tudo com cuidado.
VirtuaGod Escreveu: Não li tudo o que postaste mas a IGCP fez os cálculos com valores nominais foi? (ainda vi o quadro mas a estas horas já nem penso direito e nem percebi nada lol)
Sim actualizou com os valores nominais.
A tabela actualizada:
http://www.igcp.pt/fotos/editor2/2012/I ... Ts_ENG.pdf
Os valores pré-actualização:
http://www.igcp.pt/fotos/editor2/2012/E ... hmarks.xls
E claramente que foi tudo combinado, anunciar a operação e em menos de 24 horas realiza-la....
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mais_um Escreveu:Como já disse alguém está a mentir ou então quem faz os mapas do IGCP não sabe o que está a fazer:
http://www.rtp.pt/noticias/index.php?ar ... &visual=61
A noticia é clara, a taxa de juro é superior a 5%, logo o valor real da troca é inferior ao valor nominal já que a taxa do cupão das OT2015 é 3,..%
Não bate a bota com a perdigota ....
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Parece-me claro que a troca foi feita a valores de mercado e não a valores nominais (o que é correcto), mas assim sendo os montantes em divida de ambas as series estão mal.
Não sei se hei-de acreditar no Gaspar, na (in)competência da IGCP ou do "Regresso aos mercados por Portugal", isto é que foi o regresso? LOL
Provavelmente foi aos valores de mercado, provavelmente os bancos foram "forçados". Não li tudo o que postaste mas a IGCP fez os cálculos com valores nominais foi? (ainda vi o quadro mas a estas horas já nem penso direito e nem percebi nada lol)
Artigos e estudos: Página repositório dos meus estudos e análises que vou fazendo. Regularmente actualizada. É costume pelo menos mais um estudo por semana. Inclui a análise e acompanhamento das carteiras 4 e 8Fundos.
Portfolio Analyser: Ferramenta para backtests de Fundos e ETFs Europeus
"We don’t need a crystal ball to be successful investors. However, investing as if you have one is almost guaranteed to lead to sub-par results." The Irrelevant Investor
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Como já disse alguém está a mentir ou então quem faz os mapas do IGCP não sabe o que está a fazer:
http://www.rtp.pt/noticias/index.php?ar ... &visual=61
A noticia é clara, a taxa de juro é superior a 5%, logo o valor real da troca é inferior ao valor nominal já que a taxa do cupão das OT2015 é 3,..%
Não bate a bota com a perdigota ....
Parece-me claro que a troca foi feita a valores de mercado e não a valores nominais (o que é correcto), mas assim sendo os montantes em divida de ambas as series estão mal.
http://www.rtp.pt/noticias/index.php?ar ... &visual=61
A noticia é clara, a taxa de juro é superior a 5%, logo o valor real da troca é inferior ao valor nominal já que a taxa do cupão das OT2015 é 3,..%
Não bate a bota com a perdigota ....


Parece-me claro que a troca foi feita a valores de mercado e não a valores nominais (o que é correcto), mas assim sendo os montantes em divida de ambas as series estão mal.
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pc05 Escreveu:Esta operação de troca de dívida foi certamente assegurada, quase na totalidade, pela banca portuguesa (que está carregada delas)! Banca e estado estão no mesmo barco ....
Com uns pozinhos do fundo de pensões do Estado e voliá, adiamento de dívida dum dia para o outro!
(provavelmente quando saiu a notícia nos media até se sabia +/- qual a % de OT2013 que iriam conseguir "trocar" por OT2015!!)
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mais_um Escreveu:Se a troca fosse efectuada desta forma prejudicaria quem tinha OT2013 e beneficiaria o Estado porque estava a vender OT2015 acima do valor de mercado.
[...]
O que levaria alguém a trocar as OT2013 abaixo da rentabilidade das OT2015?
[...]
Será só incompetência?![]()
Acho que algumas almas inocentes ainda não se apreceberam da promiscuidade entre o Estado e os bancos que se tem vindo a passar no que diz respeito dívida pública nesta crise. Tb podiamos acrescentar fundos de pensões...
O que é que levou quase 90% de quem tinha dívida pública Grega a aceitar "voluntariamente" o default/reestruturação?
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mais_um Escreveu:Em relação à troca de OT2013 por OT2015, há algo que não bate certo.
O que está anunciado no site do IGCP é uma troca directa de valor nominal da OT2013 por OT2015 (o valor não bate certo com o anunciado mas é próximo). Se a troca fosse efectuada desta forma prejudicaria quem tinha OT2013 e beneficiaria o Estado porque estava a vender OT2015 acima do valor de mercado.
O que levaria alguém a trocar as OT2013 abaixo da rentabilidade das OT2015?
Li hoje no Jornal de Negócios que a troca seria feita a valores de mercado e nesse caso a troca tem um incentivo. Assim faz sentido fazer a troca, mas se foi feito assim os valores em divida das duas series não batem certo.
Será só incompetência?![]()
http://www.igcp.pt/fotos/editor2/2012/I ... Ts_ENG.pdf
A menos que o Estado reembolse os investidores da diferença (uns 50 euros por cada obrigação - de 970 para 1020).
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Em relação à troca de OT2013 por OT2015, há algo que não bate certo.
O que está anunciado no site do IGCP é uma troca directa de valor nominal da OT2013 por OT2015 (o valor não bate certo com o anunciado mas é próximo). Se a troca fosse efectuada desta forma prejudicaria quem tinha OT2013 e beneficiaria o Estado porque estava a vender OT2015 acima do valor de mercado.
O que levaria alguém a trocar as OT2013 abaixo da rentabilidade das OT2015?
Li hoje no Jornal de Negócios que a troca seria feita a valores de mercado e nesse caso a troca tem um incentivo. Assim faz sentido fazer a troca, mas se foi feito assim os valores em divida das duas series não batem certo.
Será só incompetência?
http://www.igcp.pt/fotos/editor2/2012/I ... Ts_ENG.pdf
O que está anunciado no site do IGCP é uma troca directa de valor nominal da OT2013 por OT2015 (o valor não bate certo com o anunciado mas é próximo). Se a troca fosse efectuada desta forma prejudicaria quem tinha OT2013 e beneficiaria o Estado porque estava a vender OT2015 acima do valor de mercado.
O que levaria alguém a trocar as OT2013 abaixo da rentabilidade das OT2015?
Li hoje no Jornal de Negócios que a troca seria feita a valores de mercado e nesse caso a troca tem um incentivo. Assim faz sentido fazer a troca, mas se foi feito assim os valores em divida das duas series não batem certo.
Será só incompetência?


http://www.igcp.pt/fotos/editor2/2012/I ... Ts_ENG.pdf
"Só duas coisas são infinitas, o universo e a estupidez humana. Mas no que respeita ao universo ainda não tenho a certeza" Einstein
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Bom, a coisa já fez baixar um bocadinhos as yields das OT....
Algumas perguntas que deixo para o ar:
Tendo em conta este aparente sucesso em emissão de dívida a médio prazo, que é amortizada para além do periodo de chapéu de chuva da Troika, estamos perante uma situação (boa) em que o governo deu garantias aos investidores de que não haverá um haircut, e portanto a desconfiança em relação à nossa capacidade de pagar a dívida acabou, ou perante uma situação (má), em que o governo deu garantias aos investidores que irá efectuar um haircut ainda antes da maturidade das OT2013 e que o mesmo será mais penalizador no caso de manterem nas mãos essas OT do que se as trocarem por novas de 2015?
Haverá um all-in amanhã no mercado secundário?
Será suspensa amanhã à 1ª hora a comercialização de títulos de dívida portuguesa e comunicado o haircut?
Algumas perguntas que deixo para o ar:
Tendo em conta este aparente sucesso em emissão de dívida a médio prazo, que é amortizada para além do periodo de chapéu de chuva da Troika, estamos perante uma situação (boa) em que o governo deu garantias aos investidores de que não haverá um haircut, e portanto a desconfiança em relação à nossa capacidade de pagar a dívida acabou, ou perante uma situação (má), em que o governo deu garantias aos investidores que irá efectuar um haircut ainda antes da maturidade das OT2013 e que o mesmo será mais penalizador no caso de manterem nas mãos essas OT do que se as trocarem por novas de 2015?
Haverá um all-in amanhã no mercado secundário?
Será suspensa amanhã à 1ª hora a comercialização de títulos de dívida portuguesa e comunicado o haircut?
Por falar em rigor....
Mas anda tudo a dormir?????
Edit: Entretanto já corrigiram.

A taxa de cupão da dívida a vencer em 2013 é de 3,35%, enquanto a taxa das obrigações com maturidade em 2015 é de 5,45%.
http://www.jornaldenegocios.pt/home.php ... &id=582039
Mas anda tudo a dormir?????



Edit: Entretanto já corrigiram.
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Elias Escreveu:mais_um Escreveu:Elias Escreveu:Outra coisa que (ainda) não percebi é isto: foi feita nova emissão de dívida em OT 2015, com condições iguais à que fora sido emitida anteriormente, para financiar esta troca, certo?
Correcto.
Obrigado e um grande bem-hajas pela tua pachorra de explicar estas cenas
Não há nada para agradecer.

Para verem o rigor com que estes assuntos são tratados, o IGCP publicou este mapa:
http://www.igcp.pt/fotos/editor2/2012/I ... Ts_ENG.pdf
Tem a actualização do valor da serie de OT2013, mas esqueceram-se de actualizar o valor da serie de OT2015!


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mais_um Escreveu:Elias Escreveu:Outra coisa que (ainda) não percebi é isto: foi feita nova emissão de dívida em OT 2015, com condições iguais à que fora sido emitida anteriormente, para financiar esta troca, certo?
Correcto.
Obrigado e um grande bem-hajas pela tua pachorra de explicar estas cenas

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Elias Escreveu:Outra coisa que (ainda) não percebi é isto: foi feita nova emissão de dívida em OT 2015, com condições iguais à que fora sido emitida anteriormente, para financiar esta troca, certo?
Correcto.
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