Caldeirão da Bolsa

Vítor Gaspar anuncia amanhã novas medidas de austeridade

Espaço dedicado a todo o tipo de troca de impressões sobre os mercados financeiros e ao que possa condicionar o desempenho dos mesmos.

por PT_Trader » 4/10/2012 11:16

rmachado Escreveu:Como diria um conterrâneo meu:

"E esta heim?"

http://expresso.sapo.pt/hollande-prepar ... os=f757856


A diferença é que lá a classe média começa nos €2.300 :lol:
 
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Re: Austeridade

por MiamiBlue » 4/10/2012 11:15

Blue Epsilon Escreveu:Mas vocês ainda acreditam que existem ideologias no PS ou PSD?

É indiferente! Foram governando nos últimos 30 e tal anos apenas em defesa dos seus interesses.
Tudo o resto é areia para os olhos.

A mim, isto hoje parece-me evidente!


Nem mais e o pior, é que os últimos Governos demonstram uma elevada incompetência.

O actual Governo então, anda completamente perdido, sem qualquer estratégia ou rumo. Uma Governação que é feita de cortes salariais e aumento de impostos e pouco mais.

Face às medidas apresentadas, daqui a um ano, vamos estar a ter a mesma discussão - medidas para compensar o défice 2013.

E como estará o País no final de 2013?
 
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por rmachado » 4/10/2012 11:10

Como diria um conterrâneo meu:

"E esta heim?"

http://expresso.sapo.pt/hollande-prepar ... os=f757856
 
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por vybz87 » 4/10/2012 10:59

salvacao Escreveu:caro vybz87, essa de um reformado começar a receber o 13º mês sem que tivesse até à data descontado nada para a segurança social, não percibi lá muito bem. Mas também nem tudo o que por aqui se escreve é para perceber. Sobre esta guerra contra os reformados sempre direi o seguinte:Eu descontei 53 anos para a segurança social,ou seja, eu descontei durante 5o anos porque os outros 3 anos estive na "tropa" mas os meu patrão da altura descontou na mesma pa a ss.
Qualquer um dos que por aqui se assanha contra os reformados precisará de trabalhar até por volta dos 75 anos para atingir os taisn 53 anos de descontos. para a maioria dos que por aqui anda começaram, se é que já começaram, depois do 30 anos, vejam lá até quando terão que trabalhar para terem o mesmo direito à reforma que tem a maioria dos reformados deste país. Os vossos reformados devem ser todos ex-governantes ou deputados para falarem assim.


meu caro salvacao:

é muito simples e está em português: a partir de 93, o actual PR DEU o 13.º mês a todos os reformados cuja base contributiva era inferior. ou seja, contribuíram sobre 12 vencimentos e passaram a auferir 13. e começou aí o verdadeiro descalabro. ele é o PAI DO MONSTRO
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Re: Austeridade

por Blue Epsilon » 4/10/2012 10:56

PT_Trader Escreveu:
migluso Escreveu:
Clinico Escreveu:Estou pasmado com estas novas medidas...


Tu, eu, o Duque e muitos de nós...

Eu só me vou pronunciar depois de ter mais dados (da última vez fiz um comentário precoce e depois arrependi-me...), nomeadamente os cortes previstos no lado da despesa e as reformas que eles pensam fazer de TODA a administração pública.

"Curiosamente, eu agora que observo a política de uma outra maneira, vejo os partidos mais à esquerda no Parlamento muito indignados com esta política, mas este Governo até parece que, fazendo isto, é o Governo mais esquerdista", diz o presidente do Instituto Superior de Economia e Gestão (ISEG) em entrevista à rádio Renascença.

Isto porque "retira rendimento às pessoas para o distribuir como entende e não dá liberdade às pessoas para terem as suas decisões de consumo".


http://www.jornaldenegocios.pt/home.php ... &id=582315


O PSD é um partido socialista disfarçado.



Mas vocês ainda acreditam que existem ideologias no PS ou PSD?

É indiferente! Foram governando nos últimos 30 e tal anos apenas em defesa dos seus interesses.
Tudo o resto é areia para os olhos.

A mim, isto hoje parece-me evidente!
Segue a tendência e não te armes em herói ao tentar contrariá-la.
Podes tentar, mas o Mercado é um monstro selvagem que provavelmente te irá engolir.
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Re: Austeridade

por PT_Trader » 4/10/2012 10:25

migluso Escreveu:
Clinico Escreveu:Estou pasmado com estas novas medidas...


Tu, eu, o Duque e muitos de nós...

Eu só me vou pronunciar depois de ter mais dados (da última vez fiz um comentário precoce e depois arrependi-me...), nomeadamente os cortes previstos no lado da despesa e as reformas que eles pensam fazer de TODA a administração pública.

"Curiosamente, eu agora que observo a política de uma outra maneira, vejo os partidos mais à esquerda no Parlamento muito indignados com esta política, mas este Governo até parece que, fazendo isto, é o Governo mais esquerdista", diz o presidente do Instituto Superior de Economia e Gestão (ISEG) em entrevista à rádio Renascença.

Isto porque "retira rendimento às pessoas para o distribuir como entende e não dá liberdade às pessoas para terem as suas decisões de consumo".


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por Krupper » 4/10/2012 10:06

MarcoAntonio Escreveu:Mas estou com dificuldade em digerir as novas medidas particularmente porque elas não parecem de todo "equivalentes" às anteriores, isto não está pelo menos à superfície a bater certo.

Vejamos bem:

a) na primeira versão o Estado contentava-se com 1.25% do Privado (os outros 5.75 dos 7% eram uma transferencia entre colaborador e empregador, diferença que alguns empregadores até disseram que "devolveriam" aos seus colaboradores), portanto para o OE o que interessava mesmo, o encaixe, era de 1.25%;

b) agora, de repente, já passam a ser precisos uma 3.6% (segundo o Vitor Gaspar), ou seja, entre uma versão e a outra o Estado veio buscar ao privado quase o triplo em sede de uma colecta que é equiparável (primeiro era em sede de SS, agora é em sede de IRS e o valor triplicou);

c) mas não só triplicou, surgem também mais uma série de impostos e subidas adicionais que não tinham sido anunciadas antes.


Há aqui uma diferença brutal, pelo menos à superfície, entre uma medida e a outra.


Assim à primeira vistas estás a esquecer-te que no salários dos funcionários públicos o estado pouparia 5% adicionais com a medida da TSU.
 
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Re: Austeridade

por migluso » 4/10/2012 9:22

Clinico Escreveu:Estou pasmado com estas novas medidas...


Tu, eu, o Duque e muitos de nós...

Eu só me vou pronunciar depois de ter mais dados (da última vez fiz um comentário precoce e depois arrependi-me...), nomeadamente os cortes previstos no lado da despesa e as reformas que eles pensam fazer de TODA a administração pública.

"Curiosamente, eu agora que observo a política de uma outra maneira, vejo os partidos mais à esquerda no Parlamento muito indignados com esta política, mas este Governo até parece que, fazendo isto, é o Governo mais esquerdista", diz o presidente do Instituto Superior de Economia e Gestão (ISEG) em entrevista à rádio Renascença.

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Austeridade

por Clinico » 4/10/2012 8:47

Estou pasmado com estas novas medidas, que na minha opinião vão tornar a classe média inviável, eu incluido!

Então se a taxa máxima é já a partir dos 80 mil, se juntarmos o imposto imobiliário e outros e o não poder descontar empréstimos para a casa, saúde, educação de filhos,etc, não esquecendo os impostos indirectos do IVA e gasolina etc, a classe média não é viável!

Nunca nenhum imposto diminuiu em Portugal de forma consistente e duradoura, portanto toda esta conversa é demagógica!

Já estou como o vice presidente da CGD...estou convencido que vou mesmo ter que me pirar...

Abraços
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por Lion_Heart » 4/10/2012 3:56

Estas medidas não me surpreenderam, alias penso que era o que todos estavam a espera.

Hoje em dia rico é quem trabalha e recebe um salário, classe média é quem esta no subs. de desemprego.

Mais uma vez a fatia de leão para tentar equilibrar um coisa impossível (o deficit) é feita através do pato do costume.

Estes novos impostos, mais a subida da agua,luz, gás, IMI , resto impostos e etc. vai estourar com mais uns milhares de cidadãos e empresas.


E já se anda a aldrabar contas para o ano (troca da OT para 2015) , o que quer dizer que nem eles acreditam nestas medidas para combater o deficit.

Até agora o que segura os "mansos" é o sentimento que tem algo a perder (emprego, casa, carro , etc. , tanto deles como dos pais ) se isso se perde, acabou.
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por MarcoAntonio » 4/10/2012 3:33

A-330 Escreveu:
Você não viu a referencia aos 1500 euros , mas eu já vi.E fiz o meu comentário porque este valor foi novamente referido no post que citei.O meu post não foi para quem citou os 1500 euros , mas para o valor em si por já o ter visto várias vezes por aí.E também já vi várias vezes aqui no forum, gente a referir-se a uma pensão de 1500 euros como uma ótima pensão,etc.



Não foi nada disso que eu disse, eu não só já vi o valor referido como te expliquei porque é que é referido esse valor em particular com mais frequência. Se passaste por cima de algum dos posts ou leste na diagonal, o que será compreensível, talvez valha a pena dares uma vista de olhos de novo no que eu escrevi para não ficarmos coisas desnecessariamente.

O que eu disse sim é que não tinha memória de ver alguém tratar quem aufere 1500 euros como sendo rico pelo facto de auferir 1500 euros (ou mais) que foi o aspecto que tu trouxeste para a discussão.

Nem nos links que agora colocaste isso lá está (o que está lá está enquadrado com o que eu discuti acima, não com o que tu estás a trazer para a discussão).


A-330 Escreveu:
Os 1500 que referi tem a mesma relação que quando se fala em um salário de 3mil e tal euros líquidos enquadrarem a pessoa no escalão máximo de IRS.
Se um que ganha 3 mil e tal paga o mesmo que alguém que ganha 30 mil ou 40 ou 100 , presume-se que a barreira dos privilegiados começa nos 3mil e tal.



Continuas a insistir na mesma coisa. Há n barreiras, não há uma. Há barreiras que começam nos 485 euros (salário mínimo); há barreiras que começam nos 5xIAS (qq coisa à roda de 600 e tal euros); há barreiras que começam (ou começavam) nos 1100 euros e por aí fora.

Porque existem estas barreiras onde entram em vigor determinados critérios e como daqui saltas para o rico é que não consigo entender.

Pela mesma ordem de ideias poderás dizer que quem ganha mais do que o salário mínimo é tido como rico em Portugal porque uma das medidas de austeridade foi cobrar meio subsídio de natal acima desse valor (era o valor a partir do qual entrava a medida e sobre metade do diferencial acima desse valor).



Ah... e trata-me por tu por favor.
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2. A expectativa de ganho deve superar a expectativa de perda, onde a expectativa mede a
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por A330-300 » 4/10/2012 3:21

MarcoAntonio Escreveu:Em primeiro lugar eu não tenho visto (simplesmente não tenho memória, nunca vi pelo menos) ninguém tratar esses montantes como significando ser rico.

Em segundo lugar, na presente discussão, o que se está a discutir são valores de pensões o que convém salientar (a natureza dos rendimentos é relevante e só a partir daqui podiamos discutir durante várias páginas sobre o contributo que este sistema de segurança social está a dar para a situação em que nos encontramos e de como não estão todos os cidadãos a ser tratados da mesma forma... o que nada tem que ver com se ser "rico" ou não).

Em terceiro lugar, toda a discussão dá-se num contexto de medidas de austeridade a aplicar a A, a B e a C. Basicamente toda a gente está a ter cortes nos rendimentos, não apenas esses, e esses montantes são meramente o ponto onde se começam a aplicar determinadas medidas progressivas. Não é exclusivo desse valor nem é exclusivo das pensões. Assim de cabeça estou a lembrar-me de pelo menos mais dois ou três: os cortes integrais de subsídios começavam nos 1100 euros (e abaixo disso eram progressivos); o corte de meio subsidio de natal em 2011 era progressivo a partir do salário mínimo; as taxas de IRS tb são progressivos até já por natureza e no ambito das novas medidas tb foram ajustados de forma progressiva (para diferentes montantes).



Sinceramente, não percebo onde é que o teu comentário se enquadra em toda esta discussão uma vez que existirem escalões é o normal, esses não são os únicos a sofrer com as medidas nem pouco mais ou menos e ninguém os está a tragar por ricos (nem a esses nem a outros onde se começam a aplicar determinadas medidas, até alguns abaixo desses montantes).


Você não viu a referencia aos 1500 euros , mas eu já vi.E fiz o meu comentário porque este valor foi novamente referido no post que citei.O meu post não foi para quem citou os 1500 euros , mas para o valor em si por já o ter visto várias vezes por aí.E também já vi várias vezes aqui no forum, gente a referir-se a uma pensão de 1500 euros como uma ótima pensão,etc.

Os 1500 que referi tem a mesma relação que quando se fala em um salário de 3mil e tal euros líquidos enquadrarem a pessoa no escalão máximo de IRS.
Se um que ganha 3 mil e tal paga o mesmo que alguém que ganha 30 mil ou 40 ou 100 , presume-se que a barreira dos privilegiados começa nos 3mil e tal.

Apenas para exemplificar como existe a barreira dos 1500 euros como valor de referencia para a cobrança de impostos aos pensionistas, aqui vai o exemplo de dois artigos que o mencionam.

http://www.esquerda.net/artigo/%E2%80%9 ... abalho-e-c

http://isabe.ionline.pt/conteudo/1849-u ... rtugueses-

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por Lion_Heart » 4/10/2012 3:00

Aposto que daqui a um ano estamos aqui a discutir novas medidas porque o deficit continua em 7%. :shock:
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por MarcoAntonio » 4/10/2012 2:53

Ao estilo de post scriptum só para acrescentar que a medida de corte acima dos 1500 euros já tinha ocorrido para trabalhadores do estado no activo (não tinha ocorrido nem para trabalhadores do estado já reformados, não obstante terem rendimentos da mesma ordem de grandeza; nem tinha ocorrido para os restantes pensionistas com rendimentos semelhantes) e ainda que essa medida (que já foi aplicada há longo tempo a uns) estava desde a primeira vesão do memorandum para ser aplicada e foi sempre adiada até agora (no entretanto, pagaram outros).


Está bom de ver (até por isto) que isto nada tem que ver com ser rico ou não ser rico: outros já levaram com a cacetada antes, sejam ricos ou não sejam.
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por artista_ » 4/10/2012 2:52

A-330 Escreveu:
Atomez Escreveu:
MarcoAntonio Escreveu:Quem se referiu a uma pessoa que ganha 1500 euros como rico?

Isso é sempre relativo. Quem ganha mais que eu é rico, quem ganha menos que eu é pobre.


Em todos os lugares recentemente referem-se à barreira dos 1500 como aquela acima do qual começam a considerar uma reforma privilegiada e que deve ser cortada,etc., como se alguém que ganha 1500 euros não fosse mais um pobre coitado que ainda por cima descontou para aquilo e nem tem mais como ir buscar mais dinheiro , nem emigrando.

Insistindo na pergunta , quando se referem a esses valores , são líquidos ou ilíquidos?


Não tem nada a ver com isso, o que aconteceu é que em 2011 o governo decidiu cortar os salários aos trabalhadores do estado que têm vencimentos superiores a 1500 euros, cortou nos que estão no ativo, mas não cortou aos pensionistas, o valor vem daí... o valor é ilíquido mas entre os 1500 e os 2000 euros a redução era de 3,5%!

Já agora, eu não sei se 1500 euros é muito ou é pouco, certamente não é vencimento de rico, e ninguém disse que era. Ainda assim tenho quase a certeza que em Portugal é um vencimento bem acima da média (penso que a média dos ordenados em Portugal nem chega aos mil euros, mas posso estar enganado?!)!
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por MarcoAntonio » 4/10/2012 2:48

Em primeiro lugar eu não tenho visto (simplesmente não tenho memória, nunca vi pelo menos) ninguém tratar esses montantes como significando ser rico.

Em segundo lugar, na presente discussão, o que se está a discutir são valores de pensões o que convém salientar (a natureza dos rendimentos é relevante e só a partir daqui podiamos discutir durante várias páginas sobre o contributo que este sistema de segurança social está a dar para a situação em que nos encontramos e de como não estão todos os cidadãos a ser tratados da mesma forma... o que nada tem que ver com se ser "rico" ou não).

Em terceiro lugar, toda a discussão dá-se num contexto de medidas de austeridade a aplicar a A, a B e a C. Basicamente toda a gente está a ter cortes nos rendimentos, não apenas esses, e esses montantes são meramente o ponto onde se começam a aplicar determinadas medidas progressivas. Não é exclusivo desse valor nem é exclusivo das pensões. Assim de cabeça estou a lembrar-me de pelo menos mais dois ou três: os cortes integrais de subsídios começavam nos 1100 euros (e abaixo disso eram progressivos); o corte de meio subsidio de natal em 2011 era progressivo a partir do salário mínimo; as taxas de IRS tb são progressivos até já por natureza e no ambito das novas medidas tb foram ajustados de forma progressiva (para diferentes montantes).



Sinceramente, não percebo onde é que o teu comentário se enquadra em toda esta discussão uma vez que existirem escalões é o normal, esses não são os únicos a sofrer com as medidas nem pouco mais ou menos e ninguém os está a tragar por ricos (nem a esses nem a outros onde se começam a aplicar determinadas medidas, até alguns abaixo desses montantes).
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por A330-300 » 4/10/2012 2:41

Atomez Escreveu:
MarcoAntonio Escreveu:Quem se referiu a uma pessoa que ganha 1500 euros como rico?

Isso é sempre relativo. Quem ganha mais que eu é rico, quem ganha menos que eu é pobre.


Em todos os lugares recentemente referem-se à barreira dos 1500 como aquela acima do qual começam a considerar uma reforma privilegiada e que deve ser cortada,etc., como se alguém que ganha 1500 euros não fosse mais um pobre coitado que ainda por cima descontou para aquilo e nem tem mais como ir buscar mais dinheiro , nem emigrando.

Insistindo na pergunta , quando se referem a esses valores , são líquidos ou ilíquidos?
 
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por artista_ » 4/10/2012 2:35

A-330 Escreveu:
artista Escreveu:
salvacao Escreveu:caro vybz87, essa de um reformado começar a receber o 13º mês sem que tivesse até à data descontado nada para a segurança social, não percibi lá muito bem. Mas também nem tudo o que por aqui se escreve é para perceber. Sobre esta guerra contra os reformados sempre direi o seguinte:Eu descontei 53 anos para a segurança social,ou seja, eu descontei durante 5o anos porque os outros 3 anos estive na "tropa" mas os meu patrão da altura descontou na mesma pa a ss.
Qualquer um dos que por aqui se assanha contra os reformados precisará de trabalhar até por volta dos 75 anos para atingir os taisn 53 anos de descontos. para a maioria dos que por aqui anda começaram, se é que já começaram, depois do 30 anos, vejam lá até quando terão que trabalhar para terem o mesmo direito à reforma que tem a maioria dos reformados deste país. Os vossos reformados devem ser todos ex-governantes ou deputados para falarem assim.


Há uma coisa que sinceramente não percebo. Imaginando-me eu reformado, com uma pensão de mais de 1500 euros, vendo o meu país na situação em que está, sabendo que atualmente as pessoas têm de trabalhar mais anos para se reformar, que em muitos casos lhes tão a exigir mais horas de trabalho, a dar menos regalias! Eu teria algum problema em que me tirassem os mesmos 5% que tiraram aos que estão no ativo?! :roll:

Eu até digo mais, se tivesse uma reforma de 1500 euros só me seriam descontados 3,5%, mas eu nem me importava que me tirassem 10%, 150 euros... essa do "assanha" não pega, pelo menos para mim, eu estou a ver aqui uma questão de igualdade apenas. Eu sei que cada caso será um caso diferente e é muito difícil comparar meter tudo no mesmo saco, tu descontaste 50 anos o meu pai, por exemplo, já estava reformado aos 41 (malhou 7 anos na guerra do Ultramar, não lhe invejo a sorte), ou melhor na reserva, o que foi dar no mesmo. E, como ele conheço muitas histórias...

Eu não consigo é perceber que se queixem por serem atingidos, toda a gente está a ser atingida, uns mais que outros, no meu caso até estou no grupo dos mais atingidos, o grupo dos que perdeu o emprego... por isso não me digas que ando aqui contra estes o contra aqueles, a minha opinião tem a ver com o que penso e não com o que me interessa, se queres contra-argumentar o que estou a defender força, mas não me venhas com "assanhas" que isso não é argumento nenhum!


Triste país onde nos referimos a uma pessoa que ganha 1500 euros como um rico.

Já agora esses 1500 euros a que se referem são líquidos ou ilíquidos? Só para eu ter noção da gravidade do problema...

A330


Mas quem disse que era rico? Faz lá um esforço para perceberes o que está em causa porque eu não estou para te fazer a papinha toda a explicar-te a coisa desde o início... se ao menos estivesses só fora de contexto, mas nem é só isso, eu não escrevi em lado nenhum, nem o dei entender, que alguém que ganha isso é rico!
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por artista_ » 4/10/2012 2:30

MarcoAntonio Escreveu:
a) na primeira versão o Estado contentava-se com 1.25% do Privado (os outros 5.75 dos 7% eram uma transferencia entre colaborador e empregador, diferença que alguns empregadores até disseram que "devolveriam" aos seus colaboradores), portanto para o OE o que interessava mesmo, o encaixe, era de 1.25%;

b) agora, de repente, já passam a ser precisos uma 3.6% (segundo o Vitor Gaspar), ou seja, entre uma versão e a outra o Estado veio buscar ao privado quase o triplo em sede de uma colecta que é equiparável (primeiro era em sede de SS, agora é em sede de IRS e o valor triplicou);


Posso estar enganado mas tenho ideia que no meio da conversa ele, de certa forma, justificou esse aumento com o facto de a não introdução das alterações na TSU provocar mais desemprego... não sei se é para rir ou para chorar, opto por rir, dizem que é o melhor remédio! :mrgreen: :mrgreen:
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por atomez » 4/10/2012 2:30

MarcoAntonio Escreveu:Quem se referiu a uma pessoa que ganha 1500 euros como rico?

Isso é sempre relativo. Quem ganha mais que eu é rico, quem ganha menos que eu é pobre.
As pessoas são tão ingénuas e tão agarradas aos seus interesses imediatos que um vigarista hábil consegue sempre que um grande número delas se deixe enganar.
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por MarcoAntonio » 4/10/2012 2:27

Quem se referiu a uma pessoa que ganha 1500 euros como rico?
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1. Mais vale perder um ganho que ganhar uma perda, a menos que se cumpra a Segunda Lei.
2. A expectativa de ganho deve superar a expectativa de perda, onde a expectativa mede a
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por A330-300 » 4/10/2012 2:22

artista Escreveu:
salvacao Escreveu:caro vybz87, essa de um reformado começar a receber o 13º mês sem que tivesse até à data descontado nada para a segurança social, não percibi lá muito bem. Mas também nem tudo o que por aqui se escreve é para perceber. Sobre esta guerra contra os reformados sempre direi o seguinte:Eu descontei 53 anos para a segurança social,ou seja, eu descontei durante 5o anos porque os outros 3 anos estive na "tropa" mas os meu patrão da altura descontou na mesma pa a ss.
Qualquer um dos que por aqui se assanha contra os reformados precisará de trabalhar até por volta dos 75 anos para atingir os taisn 53 anos de descontos. para a maioria dos que por aqui anda começaram, se é que já começaram, depois do 30 anos, vejam lá até quando terão que trabalhar para terem o mesmo direito à reforma que tem a maioria dos reformados deste país. Os vossos reformados devem ser todos ex-governantes ou deputados para falarem assim.


Há uma coisa que sinceramente não percebo. Imaginando-me eu reformado, com uma pensão de mais de 1500 euros, vendo o meu país na situação em que está, sabendo que atualmente as pessoas têm de trabalhar mais anos para se reformar, que em muitos casos lhes tão a exigir mais horas de trabalho, a dar menos regalias! Eu teria algum problema em que me tirassem os mesmos 5% que tiraram aos que estão no ativo?! :roll:

Eu até digo mais, se tivesse uma reforma de 1500 euros só me seriam descontados 3,5%, mas eu nem me importava que me tirassem 10%, 150 euros... essa do "assanha" não pega, pelo menos para mim, eu estou a ver aqui uma questão de igualdade apenas. Eu sei que cada caso será um caso diferente e é muito difícil comparar meter tudo no mesmo saco, tu descontaste 50 anos o meu pai, por exemplo, já estava reformado aos 41 (malhou 7 anos na guerra do Ultramar, não lhe invejo a sorte), ou melhor na reserva, o que foi dar no mesmo. E, como ele conheço muitas histórias...

Eu não consigo é perceber que se queixem por serem atingidos, toda a gente está a ser atingida, uns mais que outros, no meu caso até estou no grupo dos mais atingidos, o grupo dos que perdeu o emprego... por isso não me digas que ando aqui contra estes o contra aqueles, a minha opinião tem a ver com o que penso e não com o que me interessa, se queres contra-argumentar o que estou a defender força, mas não me venhas com "assanhas" que isso não é argumento nenhum!


Triste país onde nos referimos a uma pessoa que ganha 1500 euros como um rico.

Já agora esses 1500 euros a que se referem são líquidos ou ilíquidos? Só para eu ter noção da gravidade do problema...

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por atomez » 4/10/2012 0:58

Ainda rasgo o cartão de sócio deste país e ponho-me a andar!
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por JMHP » 4/10/2012 0:46

MarcoAntonio Escreveu:Eu ainda não comentei muito as medidas anunciadas hoje dado que ainda aqui faltam elementos (nomeadamente as tais tabelas / actualização de escalões, etc) sendo que para já só temos as "médias" avançadas pelo Vitor Gaspar.


Mas estou com dificuldade em digerir as novas medidas particularmente porque elas não parecem de todo "equivalentes" às anteriores, isto não está pelo menos à superfície a bater certo.

Vejamos bem:

a) na primeira versão o Estado contentava-se com 1.25% do Privado (os outros 5.75 dos 7% eram uma transferencia entre colaborador e empregador, diferença que alguns empregadores até disseram que "devolveriam" aos seus colaboradores), portanto para o OE o que interessava mesmo, o encaixe, era de 1.25%;

b) agora, de repente, já passam a ser precisos uma 3.6% (segundo o Vitor Gaspar), ou seja, entre uma versão e a outra o Estado veio buscar ao privado quase o triplo em sede de uma colecta que é equiparável (primeiro era em sede de SS, agora é em sede de IRS e o valor triplicou);

c) mas não só triplicou, surgem também mais uma série de impostos e subidas adicionais que não tinham sido anunciadas antes.


Há aqui uma diferença brutal, pelo menos à superfície, entre uma medida e a outra.

A explicação ou parte dela poderá ser que o primeiro pacote laborou sempre sobre uma mentira: de que os FPs iam ficar iguais quando na verdade em média iam ficar pior (sendo que agora vão ficar ligeiramente melhor) o que terá acontecido porque nesta versão era ainda mais flagrante que o Governo não está nada a responder ao TC, está apenas a estender parte da austeridade que já tinha aplicado a uns agora a outros.


Lá fico à espera de dados concretos para além das médias para poder olhar para isto melhor.


Se bem me recordo para além da TSU já tinha sido anunciado aumentos no IRS e outros ajustamentos neste orçamento de 2013.

Lembro-me também alguns meses atrás o PPC (de forma singela) e outras individualidades terem referido que o OE 2013 era onde ia ser "jogada a grande cartada", a saber então se Portugal iria aguentar o choque e o impacto de grandes medidas de austeridade desconhecidas então.

Esta expectativa era natural, até porque o ano de 2013 é o ano de regresso aos mercados e não foi coincidência que estas medidas são anunciadas logo a seguir depois do regresso com sucesso de Portugal ter regressado ao mercado de obrigações.

Comparativamente à TSU anunciada há duas semanas atrás, parece-me claramente que estas medidas são bastante mais duras para os portugueses e possivelmente aquele recuo na TSU tenha inflacionado o OE 2013. Teremos de esperar algum tempo até perceber se o governo deixou cair definitivamente a TSU ou se a Troika voltará a tocar na "ferida".




O ministro fez, em paralelo, um resgado elogio à qualidades profissionais de Borges, tendo igualmente frisado que preocupações que justificavam a proposta inicial de alterações à TSU se mantêm-se, assim como a convicção do Governo de que o modelo original era acertado.

"Era uma medida importante para assegurar mais competitividade e que teria impactos favoráveis sobre o emprego e o desemprego", disse Gaspar, ao reconhecer que "não teve condições de aplicação eficaz, uma vez que os agentes que deveriam ser os veículos dessa eficácia sinalizaram claramente que não tinham a intenção de seguir comportamentos que favoreceriam a aplicação da medida".

O problema do desemprego e da fraca competitividade persistem pelo que o governo vai agora "trabalhar de forma empenhada com os parceiros sociais" com vista a definir medidas "selectivas, dirigidas e eficazes", possivelmente mediante a modulação da TSU. "Em sede de concertação social muitas opções foram discutidas, é urgente agora desenhá-las e concretizá-las", apelou.


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por capbr » 4/10/2012 0:45

MarcoAntonio Escreveu:Eu ainda não comentei muito as medidas anunciadas hoje dado que ainda aqui faltam elementos (nomeadamente as tais tabelas / actualização de escalões, etc) sendo que para já só temos as "médias" avançadas pelo Vitor Gaspar.


Mas estou com dificuldade em digerir as novas medidas particularmente porque elas não parecem de todo "equivalentes" às anteriores, isto não está pelo menos à superfície a bater certo.

Vejamos bem:

a) na primeira versão o Estado contentava-se com 1.25% do Privado (os outros 5.75 dos 7% eram uma transferencia entre colaborador e empregador, diferença que alguns empregadores até disseram que "devolveriam" aos seus colaboradores), portanto para o OE o que interessava mesmo, o encaixe, era de 1.25%;

b) agora, de repente, já passam a ser precisos uma 3.6% (segundo o Vitor Gaspar), ou seja, entre uma versão e a outra o Estado veio buscar ao privado quase o triplo em sede de uma colecta que é equiparável (primeiro era em sede de SS, agora é em sede de IRS e o valor triplicou);

c) mas não só triplicou, surgem também mais uma série de impostos e subidas adicionais que não tinham sido anunciadas antes.


Há aqui uma diferença brutal, pelo menos à superfície, entre uma medida e a outra.

A explicação ou parte dela poderá ser que o primeiro pacote laborou sempre sobre uma mentira: de que os FPs iam ficar iguais quando na verdade em média iam ficar pior (sendo que agora vão ficar ligeiramente melhor) o que terá acontecido porque nesta versão era ainda mais flagrante que o Governo não está nada a responder ao TC, está apenas a estender parte da austeridade que já tinha aplicado a uns agora a outros.


Lá fico à espera de dados concretos para além das médias para poder olhar para isto melhor.



Marco aqui fica a minha opiniao as tuas duvidas!!

- O que nos estao agora a pedir é 4 ou 5 vezes mais do que o necessario para a reduçao do defice de 2012 para 2013!!?? é evidente que nada sera feito para cortar a serio nas gorduras, e este roubo ao contribuinte muito acima do necessario, serve obviamente para suportar os aumentos do lado da despesa que estao previsto nos contratos, nomeadamente nas PPP e rendas, simultaneamente o aumento da despesas da seg social via desemprego
 
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