Conheça toda verdade sobre BPN...
Claro que não
Mas a Ministra da Justiça diz que acabou a impunidade ...
Cito:
Domingo, 7 de agosto de 2011"Mira Amaral, o presidente do grupo BIC Portugal, que concretizou esta semana a compra do BPN ao Estado por 40 Milhões de Euros, convidou o Primeiro-Ministro Pedro Passos Coelho e a sua família para passar uma semana de férias na sua residência luxosa em Vale do Lobo. A notícia já gerou um coro de indignação entre todos os partidos à esquerda do PSD. O porta-voz do PS considerou inadmissível que após um negócio tão delicado como a venda do BPN – que ainda gera polémica devido à proposta do BIC ser aparentemente mais baixa do que outras apresentadas – o primeiro-ministro se coloque numa posição eticamente tão frágil. Diz Vitalino Canas que a intenção de Passos em aceitar o convite de Mira Amaral, ‘demonstra que o negócio do BPN tem de ser esclarecido junto dos portugueses sem deixar a mínima margem para dúvidas’ e que o grupo parlamentar do PS vai apresentar uma proposta para a instauração de uma comissão de inquérito a alegados favorecimentos ao BIC no concurso de venda do BPN.
Já os dirigentes do PCP e do BE assumiram uma posição mais radical. Da parte dos comunistas foi exigido que a venda do BPN seja desfeita. Já Francisco Louçã sugeriu em tom irónico, que Dias Loureiro se devia antecipar e convidar Mira Amaral e Passos para uma viagem de iate até às Ilhas Caimão, ‘destino que Dias Loureiro pelos vistos conhece tão bem’
Mas a Ministra da Justiça diz que acabou a impunidade ...
Cito:
Domingo, 7 de agosto de 2011"Mira Amaral, o presidente do grupo BIC Portugal, que concretizou esta semana a compra do BPN ao Estado por 40 Milhões de Euros, convidou o Primeiro-Ministro Pedro Passos Coelho e a sua família para passar uma semana de férias na sua residência luxosa em Vale do Lobo. A notícia já gerou um coro de indignação entre todos os partidos à esquerda do PSD. O porta-voz do PS considerou inadmissível que após um negócio tão delicado como a venda do BPN – que ainda gera polémica devido à proposta do BIC ser aparentemente mais baixa do que outras apresentadas – o primeiro-ministro se coloque numa posição eticamente tão frágil. Diz Vitalino Canas que a intenção de Passos em aceitar o convite de Mira Amaral, ‘demonstra que o negócio do BPN tem de ser esclarecido junto dos portugueses sem deixar a mínima margem para dúvidas’ e que o grupo parlamentar do PS vai apresentar uma proposta para a instauração de uma comissão de inquérito a alegados favorecimentos ao BIC no concurso de venda do BPN.
Já os dirigentes do PCP e do BE assumiram uma posição mais radical. Da parte dos comunistas foi exigido que a venda do BPN seja desfeita. Já Francisco Louçã sugeriu em tom irónico, que Dias Loureiro se devia antecipar e convidar Mira Amaral e Passos para uma viagem de iate até às Ilhas Caimão, ‘destino que Dias Loureiro pelos vistos conhece tão bem’
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o que me preocupa é que a comissão elabora o resultado d'um inquerito ao BPN em que apresenta como responsáveis a CGD e o anterior governo, num relatório da autoria do deputado social-democrata Duarte Pacheco
ok.
têm responsabilidades... e o BdP? e os antigos responsáveis do BPN?
- é claro que para o actual poder não é vantajoso criticar os anteriores responsáveis do BdP, afinal o sr Constâncio está no BCE e não é recomendado o PSD (governo) "cuspirem no prato onde comem"
- e aqueles srs que engordaram com os milhões que desapareceram, não merecem ser responsabilizados?
.....o Oliveira Costa, o Dias Loureiro, o Daniel Sanches, e os outros.
parece um relatório feito por medida com um único objectivo, lavar os verdadeiros responsáveis, que por mero acaso circulavam nos mesmos espaços.
assim não vamos lá
.
ok.
têm responsabilidades... e o BdP? e os antigos responsáveis do BPN?
- é claro que para o actual poder não é vantajoso criticar os anteriores responsáveis do BdP, afinal o sr Constâncio está no BCE e não é recomendado o PSD (governo) "cuspirem no prato onde comem"
- e aqueles srs que engordaram com os milhões que desapareceram, não merecem ser responsabilizados?
.....o Oliveira Costa, o Dias Loureiro, o Daniel Sanches, e os outros.
parece um relatório feito por medida com um único objectivo, lavar os verdadeiros responsáveis, que por mero acaso circulavam nos mesmos espaços.
assim não vamos lá
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Re: A face oculta do 'Monte Branco'
Razao_Pura Escreveu:Dá naúseas.
Infelizmente a mim não dá, pois não é nada que não esteja acostumado.
Este País é uma Republica das Bananas sem sombra de duvida.
" Richard's prowess and courage in battle earned him the nickname Coeur De Lion ("heart of the lion")"
Lion_Heart
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.Nacionalização do BPN custa 3,4 mil milhões aos contribuintes
A proposta de conclusões da Comissão Parlamentar de Inquérito sobre o Banco Português de Negócios (BPN) estima que o encargo líquido para os contribuintes será de 3,4 mil milhões de euros até Dezembro deste ano.
Este valor, que poderá aumentar ainda mais nos próximos anos - e que num plano meramente teórico até poderá atingir um limite de 6,5 mil milhões de euros -, consta no relatório de conclusões elaborado pelo deputado social-democrata Duarte Pacheco, à qual à agência Lusa teve acesso.
O relatório do deputado do PSD será nos próximos dias apreciado e votado pelos restantes deputados da Comissão Parlamentar de Inquérito sobre a nacionalização e reprivatização do BPN.
Segundo o cálculo apresentado aos prejuízos do banco, «até Dezembro de 2012, estima-se que o 'caso BPN' representará um encargo líquido de 3.405,2 milhões de euros para os contribuintes portugueses».
No entanto, os encargos deverão ainda crescer nos próximos anos, não sendo ainda possível quantificar o volume total dos prejuízos.
«O valor final só pode ser estimado quando o Estado alienar todos os activos que ainda estão na sua posse, podendo no limite atingir 6.509 milhões de euros mais juros e contingências», refere o documento.
No entanto, de acordo com Duarte Pacheco, estes 6,5 mil milhões euros só seriam atingidos, «se todo o activo assumisse um valor nulo, o que, objectivamente, é impossível, na medida em que activos reais (moedas, obras de arte, imóveis) têm sempre valor superior a zero, em qualquer circunstância».
No relatório de conclusões que Duarte Pacheco entregou já aos restantes deputados da comissão de inquérito constam também duras críticas à gestão do BPN enquanto esteve nacionalizado.
O desfecho do BPN «poderia ter sido outro, não fosse o desnorte estratégico do accionista Estado ao longo de dois anos e meio, o qual conduziu à perca de valor do banco e a uma gestão sem horizonte de médio prazo».
Lusa/SOL
Onde é que estão os ladroes?
.CDS diz que Justiça deve avaliar "sério prejuízo" dos contribuintes no BPN
Publicado hoje às 11:02
O vice-presidente do grupo parlamentar do CDS-PP disse, esta quarta-feira, que o BPN causou um "sério prejuízo" aos contribuintes devido à falta de supervisão e à má gestão pública, defendendo que as instâncias judiciais devem agora apurar responsabilidades.
Segundo João Almeida, a comissão parlamentar de inquérito ao processo de gestão e reprivatização do Banco Português de Negócios (BPN) - cujo relatório é hoje entregue aos deputados - mostrou que "há um prejuízo sério do ponto de vista de dinheiros públicos, um prejuízo sério para os contribuintes portugueses".
A proposta de relatório, da autoria do deputado social-democrata Duarte Pacheco, indica que o BPN já causou ao Estado um prejuízo de 3.500 milhões de euros, mas o 'buraco' final poderá ascender a 6.500 milhões.
Para o vice-presidente do grupo parlamentar dos populares, esse prejuízo resulta "de uma ausência de supervisão, numa primeira fase - que permitiu que a situação do BPN se degradasse quando ainda era um banco privado e causasse o buraco --, e de uma nacionalização que não acautelou como devia os interesses do Estado".
Além disso, acrescentou, a gestão pública do BPN não teve rumo, o que "fez com que o banco fosse perdendo valor e, portanto, perdesse a oportunidade que tinha de recuperar parte do que até esse momento já tinha sido empenhado".
" é um caso claro de uma péssima intervenção do Estado aos mais diversos níveis. O Estado falhou na supervisão, falhou na concretização da decisão política de nacionalizar e falhou na gestão pública do banco", sublinhou João Almeida.
Agora, considerou o deputado, o caso deve sair das mãos do parlamento e passar, eventualmente, para as instâncias judiciais.
"O Parlamento fez o seu papel, apurou valores, apurou factos, apurou responsáveis, naturalmente que outro tipo de responsabilidades têm de ser apuradas noutras instâncias", concluiu.
A proposta de conclusões da comissão de inquérito sobre o BPN diz que o Estado, durante a fase de nacionalização, foi responsável por "desnorte estratégico" e pela perda de valor do banco.
Esta crítica, referente ao período em que o banco esteve nacionalizado (entre janeiro de 2008 e início de 2012) e que atinge o último Governo PS, consta da proposta de relatório de conclusões da comissão de inquérito sobre a nacionalização e reprivatização do BPN.
Na proposta de relatório, critica-se também o Banco de Portugal, por ter permitido que o BPN se mantivesse em atividade com capitais próprios negativos ao longo de mais de três anos, mas é o Governo socialista de José Sócrates o mais visado.
Já na vigência do atual Governo da coligação PSD/CDS-PP, o BPN foi reprivatizado, através da venda ao angolano banco BIC.
Fonte: JN.
Que grande roubo este!
A face oculta do 'Monte Branco'
Dá naúseas.
Fonte: Revista Visão
Fonte: Revista Visão
Justiça
A face oculta do 'Monte Branco'
A VISÃO divulga oito histórias e enigmas sobre o ex-banqueiro suíço Michel Canals e as investigações à rede internacional de branqueamento de capitais e evasão fiscal. Pistas para entender alguns mistérios
Miguel Carvalho (Texto publicado na VISÃO 1019, de 13 de Setembro)
7:20 Terça, 18 de Setembro de 2012
Vai ser um dos folhetins mais mediáticos da rentrée judicial.
Mas continuará sem fim à vista, pelo menos por mais algum tempo. Desencadeada em maio, numa ação conjunta do Ministério Público, da GNR e da Inspeção Tributária de Braga, a denominada Operação Monte Branco levou à detenção do gestor suíço Michel Canals, antigo quadro da UBS, e de Nicolas Figueiredo e José Pinto, seus sócios na Akoya Asset Management, com sede em Genebra. Francisco Canas, alegado cúmplice do esquema de branqueamento de capitais e fraude fiscal através daquela sociedade gestora de fortunas, também foi preso. Ricardo Arcos, antigo financeiro da UBS em Lisboa, é outra das pontas. Detido e libertado sob caução, estava à frente da ArcoFinance, empresa suíça que utilizaria métodos idênticos aos da Akoya.
As notícias sobre o âmbito da investigação provocaram, desde logo, uma corrida sem freio à regularização tributária de capitais depositados no estrangeiro, originando uma receita fiscal de 259 milhões de euros. Admite-se, porém, que este é um dos casos com a cauda à vista e gato escondido... lá fora. "Nas últimas semanas entraram malas de dinheiro em Portugal.
Dinheiro que havia saído ilegalmente passou por cá, foi amnistiado, pagou imposto e voltou, quase todo, a sair. Sem cheiro nem mácula, uma limpeza", escreveu Pedro Santos Guerreiro, no Jornal de Negócios, considerando que a culpa ficará "arquivada no esquecimento do sistema" com a cumplicidade do Estado.
Os clientes de Canals seriam empresários, políticos, autarcas, futebolistas e, talvez em maior número, industriais habituados a desviar dinheiro dos balancetes das empresa para fins pessoais, soube a VISÃO.
A "especial complexidade" do processo Monte Branco levou, entretanto, o MP a enviar uma carta aos advogados dos cinco arguidos conhecidos informando-os da necessidade de prolongar as investigações por mais uns meses. As perícias relativas à documentação e ficheiros informáticos apreendidos em diversas buscas a escritórios de advogados constituem uma das razões. Mas há outras. A VISÃO compilou oito histórias que trazem alguma luz à face oculta deste processo e de alguns dos seus protagonistas.
1 - DUARTE LIMA, OS CHEQUES E AS CONTAS
Michel Canals foi o gestor de conta de Duarte Lima na UBS. Conhecem-se desde os anos 90, mas a relação não acabou aí.
Ouvido duas vezes pelo Ministério Público no âmbito das averiguações do caso Monte Branco, o advogado acusado em dois processos separados por um oceano (morte de Rosalina Ribeiro, no Brasil, e alegada fraude no caso BPN), falou das suas relações com a Akoya Asset Management, a sociedade gestora de fortunas, de Canals, que, a troco de uma comissão, abriu, pelo menos, uma conta no estrangeiro em nome do ex-deputado do PSD. Atualmente em prisão domiciliária, Lima terá admitido aos investigadores a entrega, através de interposta pessoa, de dois cheques relacionados com o crédito do BPN ao Fundo Homeland de 2 milhões de euros a Francisco Canas ("Zé das Medalhas"). Esse valor terá sido posteriormente aplicado no exterior, no âmbito dos esquemas da Akoya. Francisco Canas, dono de uma loja de troféus na Rua do Ouro, em Lisboa, é um dos elementos relacionado com a rede suíça de Canals e encontra-se detido preventivamente. Lima terá ainda consentiu o acesso do MP a contas bancárias em seu nome registadas no estrangeiro, permitindo assim à investigação ganhar um tempo que habitualmente se perde com cartas rogatórias, sem garantias de sucesso.
2 - OS ENCONTROS NO RITZ
O local preferido de Michel Canals para os seus encontros com clientes ou potenciais investidores era o Hotel Ritz, em Lisboa.
Duarte Lima e outros políticos iam lá.
Jogadores de futebol de topo idem. Pelo menos numa ocasião, também Alexandre Soares dos Santos foi visto em conversas com Canals, naquela unidade hoteleira de luxo. Segundo o presidente do Conselho de Administração do grupo Jerónimo Martins, os encontros ocorreram, sem sombra de pecado, no tempo em que o gestor ainda estava na banca suíça. "Conheci o senhor Michel Canals no final dos anos 90, no âmbito do relacionamento que o Grupo Jerónimo Martins manteve com a UBS, à semelhança, aliás, dos encontros periódicos que mantivemos e mantemos com diversos bancos de investimento internacionais que nos procuram", esclarece o dono da cadeia de supermercados Pingo Doce. Soares dos Santos, que não é visado nas investigações relacionadas com o gestor suíço, confirmou à VISÃO ter-se encontrado com Canals "várias vezes", mas nega qualquer relação pessoal ou do grupo a que preside com a Akoya. Segundo diz, as "reuniões regulares" com a UBS, via Canals, cessaram em meados da década passada.
3 - ANA BRUNO E O TELEFONEMA DE CANALS
Detido na manhã de 17 de maio num quarto de hotel, no Porto, Michel Canals terá tido autorização para efetuar um único telefonema. E esse foi para Ana Bruno.
"Fui, de facto, contactada pelo senhor Canals aquando da sua detenção em Portugal ", confirmou a própria à VISÃO. Dois elementos do seu escritório ter-se-ão então deslocado à unidade hoteleira da Invicta para conhecer os motivos da prisão do suíço e abandonado o local sem que se constituíssem advogados no processo, mas Ana Bruno desmente parcialmente a versão. "Não sabendo, à data do referido contacto, a razão do mesmo, interpretei-o como um pedido de auxílio vindo de um cidadão estrangeiro em vias de ser detido pela polícia para interrogatório judicial", refere, por escrito. Ana Bruno assume ter "indicado o nome de um colega de escritório para averiguar o que se passou. Daí a deslocação do mesmo ao Porto", explicou à VISÃO, recusando, porém, qualquer ligação da sua sociedade ao gestor suíço.
"Apesar dos contactos no dia da detenção, nem eu nem qualquer advogado do meu escritório alguma vez patrocinou o senhor Canals", refere. Uma dúvida permanece, porém: em que moldes, e com que justificação, Canals foi autorizado a telefonar para Ana Bruno no momento da detenção? Interrogado no dia seguinte por Carlos Alexandre, juiz de instrução criminal, Canals tinha a defendê-lo o advogado Nuno Casanova, do escritório Uría MenéndezProença de Carvalho, em representação de Godinho de Matos. Conhecido maçon, advogado de Armando Vara no Face Oculta e de Luís Horta e Costa no caso Portucale, Godinho de Matos também abandonou pouco depois a defesa de Canals por motivos que o colega Casanova se recusou a esclarecer à VISÃO. O gestor suíço, diga-se, é visado noutros processos, relacionados com o caso da Herança Feteira, conduzidos por Eduarda Proença de Carvalho, do mesmo escritório, em representação de vários herdeiros do milionário de Vieira de Leiria. Henrique Salinas, sócio da CCA (Carlos Cruz Advogados), é, desde junho, o advogado de Michel Canals.
4 - CANALS E RICARDO CASTRO SUBSTITUÍDOS
Apesar de estar detido há quase cinco meses em Portugal, só no dia 7 de agosto Canals foi afastado do cargo de administrador do fundo de investimento que vai gerir o novo aeroporto internacional de Berlim-Brandenburgo. O suíço foi substituído por Monika Reist, sua sócia na Akoya. A especialista em investimentos imobiliários, contudo, "não se encontra em posição de comentar quaisquer factos sob investigação em Portugal. Não está envolvida em quaisquer atividades ilegais e não gostaria de ver o seu nome associado a este caso", esclareceu à VISÃO Laurent Marie, advogado de Monika. Na administração do fundo mantém-se Ana Bruno.
Ricardo Castro, também ele arguido no âmbito do caso Monte Branco, só no dia 28 de agosto foi substituído na administração da Arcofinance, outra das sociedades sob investigação do MP, que atuaria com métodos idênticos à Akoya, de Canals. Ricardo foi detido a 23 de maio e saiu com uma caução de 300 mil euros.
5 - INVESTIDOR 'POTENTE' IMPÔS ANA BRUNO
Ertan Isen, gerente do grupo imobiliário Acron, na sucursal de Dusseldorf, foi, como ele próprio assume, o cérebro que concebeu o fundo de investimento que vai gerir o hotel do novo aeroporto internacional Berlim-Brandenburgo, cuja inauguração está prevista para o próximo ano, depois de sucessivos adiamentos. Para o conselho de administração do fundo foram escolhidos Ana Bruno e Michel Canals, tendo este sido afastado recentemente por causa das investigações em curso. Ana Bruno "foi imposta como administradora do fundo por um investidor potente", confirmou Ertan Isen à VISÃO, escusando-se, porém, a revelar a sua identidade. "Esse dado não é público, uma vez que não se trata de um fundo comercializável na bolsa de Berna nem em qualquer outra parte", esclareceu aquele responsável.
O Ministério Público estará nteressado em descobrir as ligações ao referido fundo e a circulação do dinheiro. Mas, adverte fonte do MP, "é cedo para tirar conclusões, a dimensão das investigações é imensa".
Este é, aliás, um dos casos de especial complexidade que poderá atrasar eventuais diligências, apesar dos pedidos de colaboração às autoridades suíças e alemãs. De qualquer forma, sabe a VISÃO, suspeita-se que terá sido a Akoya, de Michel Canals, a intermediar o investimento no hotel do novo aeroporto. Na sombra do mesmo estará um investidor angolano com ligações à banca, em Luanda, e a uma sociedade com sede nas Ilhas Virgens britânicas. "A natureza da minha relação com os investidores ligados ao aeroporto Berlim-Brandenburgo, a existir, é profissional e, como tal, não pode ser comentada", referiu Ana Bruno à VISÃO, acrescentando: "Uma das funções mais comuns aos advogados reputados em matéria de negócios é a da representação de clientes em órgãos sociais de empresas.
Isto acontece em todo o mundo e Portugal não é exceção. A carteira de clientes do escritório em que exerço advocacia não tem clientes de apenas uma nacionalidade", assinala.
A construção do novo aeroporto Berlim-Brandenburgo está envolta em polémica, configurando, segundo a revista Der Spiegel, "uma receita para o desastre". A inauguração foi adiada pela terceira vez em dois anos, com evidentes prejuízos para investidores, operadores aéreos e, possivelmente, para o erário público alemão.
Além de diversas batalhas legais que incluem queixas do operador do aeroporto à empresa de arquitetura começa a falar-se de uma megalomania de reduzida funcionalidade, onde até os testes aos sistemas de videovigilância e prevenção de incêndios falharam. O atraso na inauguração abriu um buraco orçamental e isso implica necessidades de novos financiamentos públicos que o Governo alemão poderá recusar. O Financial Times referiu-se a uma situação de "calamidade" e a um autêntico "pesadelo" para os políticos diretamente envolvidos na supervisão do projeto.
Os investidores do fundo a que está ligada Ana Bruno e a sócia da Akoya, Monika Reist, estão, porém, descansados, uma vez que os contratos preveem indemnizações, caso os planos para o aeroporto não se concretizem como previsto.
6 - OS SEGREDOS DO 'PRÉDIO DOS ANGOLANOS'
O Estoril Sol Residence, controverso projeto de luxo da orla marítima de Lisboa, tem andado nas bocas do mundo. No último ano, foi noticiado a abertura de um processo de branqueamento de capitais relacionado com a compra de cinco apartamentos naquele empreendimento por parte de Álvaro Sobrinho, presidente do BES-Angola. O visado, porém, já obteve vitórias no Tribunal de Relação, tendo sido ilibado, "por ora", da acusação de branqueamento de capitais e da suspeita de associação criminosa, e obtido o descongelamento das contas bancárias e a revogação do arresto das casas. "Ganhámos todos os recursos", sustenta Artur Marques, advogado de Sobrinho.
O Estoril-Sol poderá, contudo, ser uma das peças importantes para descodificar alguns aspetos menos claros do processo Monte Branco. Que complexo residencial é este, afinal? Segundo uma investigação do conhecido jornalista angolano Rafael Marques, os três blocos do polémico edifício constituem o símbolo "do novo-riquismo angolano". Com preços que oscilam entre um milhão e 5 milhões de euros, alguns dos apartamentos serão propriedade de várias figuras das elites de Luanda ou seus familiares.
Na lista de compradores divulgada por Rafael Marques no site Maka Angola aparecem, entre outros, o ministro Costa Neto e a filha, o general Hélder Dias Vieira "Kopelipa ", o ex-ministro das Finanças José Pedro de Morais e o banqueiro Álvaro Sobrinho, além dos seus irmãos Sílvio e Emanuel Madaleno. Este último substituiu recentemente Ana Bruno na administração da Newshold, dona do semanário Sol. A sociedade da advogada foi alvo de buscas e apreensões, no âmbito das investigações dos casos Estoril-Sol e Monte Branco.
7 - ANGOLANOS JÁ PAGARAM A ESCOM?
A ESCOM, antiga empresa da área não financeira do Grupo Espírito Santo, foi vendida, no final de 2010, a um grupo de investidores angolanos. O negócio englobou a alienação da participação do GES na construtora Opway Angola. Oficialmente, o GES não confirma que a compra tenha sido efetuada pela petrolífera estatal Sonangol, como é público, e escuda-se na confidencialidade das condições contratuais para recusar comentar a operação.
Ora, esta é precisamente uma das dúvidas que o MP está a tentar esclarecer, uma vez que, segundo as informações da VISÃO, os angolanos só terão pago cerca de 10% do valor acordado no negócio, que terá sido ligeiramente inferior a 500 milhões de euros. O GES garante, porém, que a ESCOM-entretanto visada, também, no caso dos submarinos -já não pertence ao grupo, remetendo eventuais explicações quanto aos objetivos da mesma para os seus novos órgãos sociais. Presidida por Hélder Bataglia, antigo sócio do GES na empresa e atual administrador do BES-Angola, a ESCOM terá estado associada à fundação da Akoya, de Canals. O GES desmente. Bataglia garantiu, em maio, à VISÃO, através do seu advogado Cunha Vaz, que canalizou aplicações financeiras através de Canals e da Akoya, mas apenas a título particular.
8 - RERT III, SEGREDOS DE UM PERDÃO
Taxar, lavar e voltar a dar: foi este o resultado do terceiro Regime Excecional de Regularização Tributária (RERT), a forma que permitiu ao Estado recuperar cerca de 259 milhões de euros em contas escondidas fora do País. O susto provocado pelo Monte Branco fez com que fortunas depositadas no estrangeiro fizessem escala em Portugal para serem taxadas a 7,5 por cento e voltassem a sair, "lavadinhas" e tudo.
"O perdão fiscal do RERT III foi das coisas mais inauditas a que assisti", resume Carlos Pimenta, do Observatório de Economia e Gestão de Fraude da Faculdade de Economia do Porto. "É verdade que esses capitais foram taxados, mas que medidas foram tomadas para impedir que saíssem novamente, pela via legal e ilegal? No fundo, taxaram-se e lavaram-se fortunas que continuarão no exterior. Caso sejam detetadas, pagam menos do que o cidadão comum paga no IRS", explica Carlos Pimenta.
Trata-se, pois, "de uma verdadeira despenalização criminal. Quem coloca a fortuna lá fora continuará a fazê-lo porque compensa mesmo sendo apanhado.
É uma espécie de risco do negócio". Os custos, esses, são elevados do ponto de vista económico e criminal, mas "é sabido que, para os juristas, estas fraudes são sempre resolúveis", ironiza o catedrático de Economia
Trade the trend.
Ginásio do Estádio da Luz é do Estado e entrou no Revitalizar para se salvar
04 Setembro 2012 | 00:01
Rui Neves - ruineves@negocios.pt
João Carlos Malta - joaomalta@negocios.pt
O Wellness Spa Center, cuja maioria do capital é do banco Efisa e da Inovcapital, deve 1,7 milhões de euros. O Banif é o principal credor. Benfica tem créditos de 350 mil euros
O Wellness Spa Center (WSC) nasceu no âmbito do Euro 2004 e da construção do Estádio da Luz com o investimento maioritário da capital de risco do Estado, Inovcapital, e do banco Efisa, pertencente ao universo BPN, e que actualmente está sob gestão do veículo estatal Parparticipadas, criado para recuperar créditos ligados ao banco. Resultado: hoje 60% do capital do ginásio é actualmente propriedade do Estado. Em situação de pré-insolvência, o WSC deu entrada em Agosto a um processo de recuperação através do programa Revitalizar, no Tribunal de Comércio de Lisboa.
04 Setembro 2012 | 00:01
Rui Neves - ruineves@negocios.pt
João Carlos Malta - joaomalta@negocios.pt
O Wellness Spa Center, cuja maioria do capital é do banco Efisa e da Inovcapital, deve 1,7 milhões de euros. O Banif é o principal credor. Benfica tem créditos de 350 mil euros
O Wellness Spa Center (WSC) nasceu no âmbito do Euro 2004 e da construção do Estádio da Luz com o investimento maioritário da capital de risco do Estado, Inovcapital, e do banco Efisa, pertencente ao universo BPN, e que actualmente está sob gestão do veículo estatal Parparticipadas, criado para recuperar créditos ligados ao banco. Resultado: hoje 60% do capital do ginásio é actualmente propriedade do Estado. Em situação de pré-insolvência, o WSC deu entrada em Agosto a um processo de recuperação através do programa Revitalizar, no Tribunal de Comércio de Lisboa.
Cumpts.
Trisquel
A divindade, o princípio e o fim, a eterna evolução, o movimento, a vibração e a perpétua aprendizagem.
Trisquel
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Não há garantias que despesa com BPN não esteja a derrapar. UTAO está preocupada com juros. Estimativa oficial é de 323 milhões este ano
UTAO: Custo do BPN é incógnita total para o défice até agora
Vítor Gaspar, ministro das Finanças
D.R.
03/09/2012 | 14:20 | Dinheiro Vivo
O Governo ainda não inscreveu qualquer despesa em juros relativa às sociedades veículo do BPN, nem registou qualquer parcela do empréstimo de 1,1 mil milhões de euros que está previsto no Orçamento Retificativo.
Uma coisa é certa: o BPN vai agravar o défice que conta para a troika e o Eurostat.
De acordo com a Unidade Técnica de Apoio Orçamental (UTAO), na análise à execução orçamental da DGO até julho, inclusive, "decorridos sete meses, as sociedades veículo para a reestruturação do BPN (Parvalorem e Parups) continuam sem reportar a respetiva execução orçamental (a dotação destas entidades relativa a “juros e outros encargos” ascende a 323 milhões de euros)".
Este último valor corresponde ao défice estimado para este ano por conta do BPN, mas a DGO ainda não fez qualquer registo.
Na execução de agosto (relativa ao período de janeiro a julho), as Finanças limitaram-se a constatar que "Parups, S.A, Parvalorem, S.A e Tapada Nacional de Mafra" eram os "organismos em falta de reporte de execução orçamental em julho".
Os peritos da UTAO, que trabalham no Parlamento, observam assim que "a despesa com juros apresenta um reduzido grau de execução (33,2%) em resultado do padrão irregular de pagamentos e da ausência de reporte das sociedades veículo para a reestruturação do BPN".
E concluem que, fazendo "um ajustamento da despesa com juros em termos duodecimais, o défice das EPR [Empresas Públicas Reclassificadas, onde estão inseridos os dois referidos fundos do BPN] ascenderia, entre janeiro e julho, a 788,6 milhões de euros, consumindo cerca de dois terços [66,67%] do projetado para 2012, quando ainda faltam decorrer cinco meses". A execução normal em sete meses de um ano deveria ser de apenas 58,3%.
A UTAO estima ainda que o défice do primeiro semestre em contabilidade nacional oscilará entre 6,7% e 7,1% do PIB. Este intervalo "tem por objetivo incorporar o efeito por excesso e por defeito de ajustamentos que afetam o apuramento do saldo em contas nacionais". Um deles é, justamente, "o défice das dociedades veículo do BPN: Parvalorem e Parups".
Para além dos juros, a UTAO repara que o Estado ainda não acionou o empréstimo previsto para aquelas sociedades veículo. "Uma parte significativa da despesa prevista com ativos financeiros encontra-se ainda por executar". a linha de 1,1 mil milhões continua intacta em termos de execução orçamental.
O que andam aqui a fazer estes burros?? Não sabem nada!
http://www.dinheirovivo.pt/Economia/Art ... tml?page=0
.O Banco de Portugal publica hoje uma "Notificação de Acusação" no jornal Público informando que "deduziu acusação no processo de contraordenação acima identificado contra, entre outros, Luís Carlos de Oliveira Caprichoso".
Segundo o anúncio do supervisor bancário, a notificação através de um meio de comunicação social é feita depois de não ter "sido possível notificar o arguido na morada constante nos registos do Banco de Portugal, nem por via postal nem pessoalmente", neste caso com a ajuda da polícia que se terá deslocado à morada de Luís Caprichoso para o notificar pessoalmente da acusação.
O braço direito de Oliveira e Costa quando este era presidente do BPN tem agora 30 dias para juntar ao processo argumentos em sua defesa e meios de prova.
Em junho, foi conhecido que outro processo movido pelo Banco de Portugal a 23 arguidos relacionados com o BPN terminou com a acusação do regulador a 17, entre os quais se inclui Luís Caprichoso que, segundo a imprensa, foi condenado a pagar 900 mil euros e ficou inibido de trabalhar no setor durante 10 anos.
De acordo com o anúncio hoje publicado, datado de 30 de agosto (quinta-feira), Luís Caprichoso é acusado de ter cometido uma contraordenação prevista na alínea g) do artigo 211.º do Regime Geral das Instituições de Crédito e Sociedades Financeiras (RGICSF).
Este artigo refere-se a "falsificação da contabilidade e a inexistência de contabilidade organizada, bem como a inobservância de outras regras contabilísticas aplicáveis, determinadas por lei ou pelo Banco de Portugal, quando essa inobservância prejudique gravemente o conhecimento da situação patrimonial e financeira da entidade em causa".
Estas infrações, consideradas "especialmente graves", são punidas com uma coima entre 10 mil euros a cinco milhões de euros no caso de o condenado ser uma pessoa singular, caso de Luís Caprichoso.
O ex-administrador do banco está ainda a ser julgado em tribunal por crimes económicos graves, no âmbito do caso BPN.
O julgamento do processo BPN tem como principal arguido o antigo presidente José Oliveira e Costa, que está a ser julgado por abuso de confiança, burla qualificada, falsificação de documentos, branqueamento de capitais, infidelidade, fraude fiscal qualificada e aquisição ilícita de ações.
Este julgamento começou há quase dois anos, em dezembro de 2010.
Não seria melhor utilizar a RTP para este serviço público
Elias Escreveu:Lion_Heart Escreveu:Vamos la ver uma coisa. Quem tem Fundações em Portugal? E o ze povo? nao. sao politicos, intelectuais , camaras e etc.
http://www.fmleao.pt/home.php
Tem o nome de Leão mas trata de aves
"Inscreva-se no seminário nacional do programa de aves"

Cumpt
só existe um lado do mercado, nem é o da subida nem o da descida, é o lado certo
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Lion_Heart Escreveu:Vamos la ver uma coisa. Quem tem Fundações em Portugal? E o ze povo? nao. sao politicos, intelectuais , camaras e etc. Ou seja quem tem contactos com o Poder e vive dele.
Logo e muito dificil cortar ai.
No caso BPN a Nacionalizaçao foi o maior mal que aconteceu a este País, foi Nacionalizada mais uma fraude e quase toda a gente aplaudiu.
Há um certo Zé Povo que também tem fundações, artistas, futebolistas, jet set etc.
No caso do BPN eu sempre achei que o banco devia ter falido, mas eles dizem que teria sido uma desgraça para o sistema financeiro Português, assim foi melhor, passamos a ter o FMI e quem se lixa somos nós, eu ainda gostava de saber de que forma foram utilizados os milhares de milhões injetados depois da nacionalização, fico com a sensação que mesmo nesta fase muita coisa pode ter acontecido

Cumpt
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Esta novela do BPN não vai ter culpados, o problema é que devem estar muitos envolvidos, para se apurar a verdade, ou melhor para se acusar os culpados, isso iria ter um efeito bola de neve e arrastar gente muito "importante" num efeito dominó, logo não vai dar em nada, seria um escandalo monumental, poria em causa a coesão nacional.
Cumpt
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Vamos la ver uma coisa. Quem tem Fundações em Portugal? E o ze povo? nao. sao politicos, intelectuais , camaras e etc. Ou seja quem tem contactos com o Poder e vive dele.
Logo e muito dificil cortar ai.
No caso BPN a Nacionalizaçao foi o maior mal que aconteceu a este País, foi Nacionalizada mais uma fraude e quase toda a gente aplaudiu.
Logo e muito dificil cortar ai.
No caso BPN a Nacionalizaçao foi o maior mal que aconteceu a este País, foi Nacionalizada mais uma fraude e quase toda a gente aplaudiu.
" Richard's prowess and courage in battle earned him the nickname Coeur De Lion ("heart of the lion")"
Lion_Heart
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Lion_Heart Escreveu:charles Escreveu:<iframe width="560" height="315" src="http://www.youtube.com/embed/PU7Aajs3sTQ" frameborder="0" allowfullscreen></iframe>
Se a culpa do BPN é so do Cavaco & associados porque foi Nacionalizado a toda a pressa pelo Jose Socrates e Teixeira dos Santos?
Esclarecimento:
Há teorias para todos os gostos, o video não é de minha autoria eu limitei-me a postá-lo, de resto já cheguei à conclusão que come tudo da mesma panela, à nossa conta, os nossos politicos no geral, não defendem o País, pura e simplesmente fazem leis que os favoreçam ou à sua comandita quando governam, pensando obviamente no pós governação.
Passos para minha grande desilusão, está simplesmente a cobrar mais impostos, as tais gorduras que ele falou que ia cortar, só começou a mexer nelas, quando o TC considerou os cortes nos SN e SF inconstitucionais, lamento que a par de todas as medidas de cobrança de mais impostos ele só tenha começado a mexer nas gorduras depois da decisão do TC, temo que a coisa fique por aqui, eu esperava sinceramente mais, esperava um choque anti corrupção e um choque anti lóbis, parece-me que andam a reboque dos acontecimentos e dos comentadores televisivos, que foram os que chamaram a atenção para a questão do roubo relacionado com as fundações.
Em relação ao caso BPN é inacreditável que não hajam ninguém preso, sim porque aquela coisa de prisão domiciliária de um unico ex gestor do banco é surreal, uma fraude de 5 mil milhões não tem só um nome.
Cumpt
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charles Escreveu:<iframe width="560" height="315" src="http://www.youtube.com/embed/PU7Aajs3sTQ" frameborder="0" allowfullscreen></iframe>
Se a culpa do BPN é so do Cavaco & associados porque foi Nacionalizado a toda a pressa pelo Jose Socrates e Teixeira dos Santos?
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Esta caro...
Elias Escreveu:Governo não consegue vender activos tóxicos dados como garantia ao BPN
08.08.2012 - 08:04 Por Cristina Ferreira
publico
O Governo não conseguiu atrair interessados para comprarem os activos tóxicos penhorados ao intermediário espanhol de origem libanesa, Abdul Rahman El-Assir, parceiro de Manuel Dias Loureiro em negócios que ajudaram a agravar o buraco do BPN.
Em causa estão propriedades situadas nos arredores de Madrid e que pertenciam a três sociedades de El-Assir devedoras do BPN: a La Granjila, a Miraflores e a Diesoto, associadas a um prejuízo para o Estado de 50 milhões de euros.
O PÚBLICO apurou que o leilão público, realizado em Madrid há uns meses, para vender os bens imobiliários penhorados a El-Assir, ficou deserto, o que tem inviabilizado a recuperação de pelo menos uma parte dos empréstimos que o libanês recebeu do BPN, impedindo o Estado de reduzir as imparidades [verbas em risco de não serem cobradas] que "parqueou" numa entidade criada para o efeito, a Parvalorem. Com a venda do BPN (nacionalizado em Novembro de 2008), transitaram para este veículo estatal todos os activos tóxicos do grupo, no valor de 2200 milhões de euros, e que incluem responsabilidades de cerca de 50 milhões assumidas por El-Assir e nunca liquidadas.
Querem vender tremoços ao preço do camarão, estão a espera de que?
Esse libanês não foi preso na Suiça?
Bull And Bear Markets
O jogo da especulação é o mais fascinante do mundo. Mas não é um jogo para os estúpidos, para os mentalmente preguiçosos, para aqueles com fraco balanço emocional e nem para os que querem ficar ricos rapidamente. Esses vão morrer pobres. Jesse Livermore
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Governo não consegue vender activos tóxicos dados como garantia ao BPN
08.08.2012 - 08:04 Por Cristina Ferreira
publico
O Governo não conseguiu atrair interessados para comprarem os activos tóxicos penhorados ao intermediário espanhol de origem libanesa, Abdul Rahman El-Assir, parceiro de Manuel Dias Loureiro em negócios que ajudaram a agravar o buraco do BPN.
Em causa estão propriedades situadas nos arredores de Madrid e que pertenciam a três sociedades de El-Assir devedoras do BPN: a La Granjila, a Miraflores e a Diesoto, associadas a um prejuízo para o Estado de 50 milhões de euros.
O PÚBLICO apurou que o leilão público, realizado em Madrid há uns meses, para vender os bens imobiliários penhorados a El-Assir, ficou deserto, o que tem inviabilizado a recuperação de pelo menos uma parte dos empréstimos que o libanês recebeu do BPN, impedindo o Estado de reduzir as imparidades [verbas em risco de não serem cobradas] que "parqueou" numa entidade criada para o efeito, a Parvalorem. Com a venda do BPN (nacionalizado em Novembro de 2008), transitaram para este veículo estatal todos os activos tóxicos do grupo, no valor de 2200 milhões de euros, e que incluem responsabilidades de cerca de 50 milhões assumidas por El-Assir e nunca liquidadas.
08.08.2012 - 08:04 Por Cristina Ferreira
publico
O Governo não conseguiu atrair interessados para comprarem os activos tóxicos penhorados ao intermediário espanhol de origem libanesa, Abdul Rahman El-Assir, parceiro de Manuel Dias Loureiro em negócios que ajudaram a agravar o buraco do BPN.
Em causa estão propriedades situadas nos arredores de Madrid e que pertenciam a três sociedades de El-Assir devedoras do BPN: a La Granjila, a Miraflores e a Diesoto, associadas a um prejuízo para o Estado de 50 milhões de euros.
O PÚBLICO apurou que o leilão público, realizado em Madrid há uns meses, para vender os bens imobiliários penhorados a El-Assir, ficou deserto, o que tem inviabilizado a recuperação de pelo menos uma parte dos empréstimos que o libanês recebeu do BPN, impedindo o Estado de reduzir as imparidades [verbas em risco de não serem cobradas] que "parqueou" numa entidade criada para o efeito, a Parvalorem. Com a venda do BPN (nacionalizado em Novembro de 2008), transitaram para este veículo estatal todos os activos tóxicos do grupo, no valor de 2200 milhões de euros, e que incluem responsabilidades de cerca de 50 milhões assumidas por El-Assir e nunca liquidadas.
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BPN: BE diz que por detrás do negócio estiveram «motivações políticas»
O Bloco de Esquerda considera que as respostas do primeiro-ministro à comissão parlamentar de inquérito do BPN confirmam que o banco foi vendido com as condições impostas pelo BIC e que por trás do negócio estiveram «motivações políticas».
«O primeiro-ministro confirma que o Governo não tinha um plano B para o caso das negociações fracassarem. O Governo vendeu o BPN nas condições que o BIC impôs. O comprador fez um bom negócio, o vendedor um mau negócio. Quem ficou a perder foi o Estado português e os contribuintes», afirmou o deputado do BE, João Semedo, que integra a Comissão Parlamentar de Inquérito ao processo de nacionalização, gestão e alienação do BPN.
Por outro lado, sublinhou, «o primeiro-ministro confirma as motivações políticas deste negócio ao reconhecer ter solicitado os bons ofícios das autoridades angolanas para que a venda se concretizasse, perante um cenário de rotura negocial e a ausência de um plano B».
O presidente do banco BIC afirmou hoje que tem sérias dúvidas se a aquisição do Banco Português de Negócios (BPN) por 40 milhões de euros foi uma boa compra, sobretudo por causa da «chacota política».
Estas afirmações de Fernando Teles foram proferidas logo no início da sua audição na comissão de inquérito parlamentar sobre a nacionalização e reprivatização do BPN, após perguntas formuladas pelo deputado do PCP Honório Novo e que deram origem a uma discussão extremamente tensa.
«Julgam que fizemos um grande negócio, mas até hoje senhor deputado Honório Novo tenho dúvidas se o fizemos. Mesmo entre os accionistas, aquilo que vocês acham um grande negócio, também eles têm essas dúvidas. A vossa alternativa era não manter os postos de trabalho, deixar levar o banco à falência, como levaram com o BPP (Banco Privado Português) e como vão levar outros a seguir», disse.
Fernando Teles afirmou depois que não ficava aborrecido se outra instituição tivesse comprado o banco e que em Novembro passado, quando o Estado lhe apresentou «novas imposições» para a compra do BPN, fez as malas e voltou para Angola.
«A seguir, pediram-me para regressar à mesa das negociações, mas tenho consciência que o BPN foi perdendo valor por causa da chacota a nível político, por causa da chacota do dia a dia e da publicidade negativa que houve por parte de muita gente, incluindo deputados. Hoje mesmo tenho dúvidas se vai ser um bom negócio para o banco BIC, que tem uma situação boa em termos de balanço e que não precisa de se meter em aventuras», declarou, usando um tom de voz extremamente elevado.
Fernando Teles começou por surpreender os deputados da comissão de inquérito parlamentar ao acusá-los de «falta de respeito» por a sua audição ter começado com mais de uma hora de atraso, o que levou o presidente da comissão, o socialista Vitalino Canas, a referir que os deputados estão em audições desde as 9h30 horas.
Outro momento tenso aconteceu quando Fernando Teles se recusou a responder a Honório Novo se era habitual haver um só concorrente nestes processos de venda directa de banco alegando que o deputado comunista estava a fazer «insinuações».
«Se o senhor [deputado Honório Novo] tivesse arranjado um grupo e tivesse concorrido, já havia dois concorrentes», respondeu, o que levou o deputado comunista a salientar que neste processo havia quatro concorrentes e que apenas foi seleccionado um para a fase final, o banco BIC.
«É normal isto», insistiu Honório Novo, ouvindo então a seguinte resposta do presidente do banco BIC.
«O senhor sabe perfeitamente que só concorreram à segunda fase duas entidades e, pelo que me disseram, a outra não era credível. Epá, se o senhor está a insinuar seja o que for, da minha parte não sei o que lhe possa dizer», declarou Fernando Teles.
Mas Honório Novo reagiu de imediato: «Também não sei o que lhe hei de dizer, sabe. Não sei».
«A única coisa que lhe sei dizer é que havia quatro concorrentes e para a negociação final foi escolhido apenas um. Como o senhor [Fernando Teles] não quer comentar processos análogos a nível global, registo a ausência de resposta e passo à pergunta seguinte», afirmou.
Lusa/SOL
Libanês que apoiou Dias Loureiro em negócios do BPN foi detido na Suíça
08.07.2012 - 13:22 Cristina Ferreira
Foto: João Cortesão/AFP
O intermediário de origem libanesa, naturalizado espanhol, parceiro de Manuel Dias Loureiro no BPN em negócios polémicos, em Marrocos e Porto Rico, foi detido a 30 de Maio, em Genebra, na sequência de um mandado de prisão emitido por Paris por associação ao "caso Karachi". Com a interpelação de Abdul Rahman El-Assir, o procurador Jorge Rosário Teixeira fica, agora, em condições de pedir a colaboração das autoridades suíças para encontrar o rasto aos 30 milhões de euros que terão sido "extraviados".
Um inquérito judicial a decorrer em França acaba de associar El-Assir, referenciado internacionalmente como "traficante de armas", ao caso Karachi. Este processo deve o nome a um atentado com vítimas mortais que está relacionado com a venda de submarinos e fragatas francesas ao Paquistão e à Arábia Saudita e suspeitas de financiamento ilícito da campanha presidencial de Edouard Balladour [texto em anexo].
Abdul Rahman El-Assir não é desconhecido dos portugueses. O libanês é uma figura omnipresente nas investigações ao "caso BPN". Entre 1999 e 2004, aparece em vários negócios ruinosos, tendo beneficiado de empréstimos "tóxicos" de mais de 50 milhões de euros concedidos pelo BPN, instituição que acabou, no final de 2008, por ser nacionalizada. Desde aí e até à privatização, este ano, o Estado injectou no banco, directamente ou via CGD, cerca de cinco mil milhões de euros, parte a fundo perdido.
Três donos num só dia
Foi Manuel Dias Loureiro quem levou El-Assir para a esfera do grupo presidido por Oliveira Costa. O ex-ministro de Cavaco Silva entre 1991 e 1995 e ex-conselheiro de Estado até 2010 era, à época, accionista da SLN (dona do BPN) e tinha funções em órgãos sociais. Quando entrou no capital da SLN/BPN (aí integrando a Plêiade), Loureiro colocou em cima da mesa um dossier sensível: a venda da concessionária marroquina Redal, onde era gestor, e a compra, em 2001, pela SLN de sociedades em Porto Rico: a NewTech-NewTechnologies e a Biometrics Ingeneering. Ainda que as operações não tenham coincidido no tempo, os investigadores suspeitam que estão relacionadas. Oliveira Costa, em prisão domiciliária e a ser julgado por burla agravada, fraude fiscal e branqueamento de capitais, contou que "Dias Loureiro fez pressões para que os negócios de Porto Rico se concretizassem", caso contrário "El-Assir deixaria de fazer lobying em Marrocos para que a Redal fosse vendida à Vivendi [francesa]".
Com efeito, a Biometrics, sem qualquer actividade, viria a "mudar de mãos" três vezes no mesmo dia. A SLN pagou pela empresa 30 milhões de euros, depois vendeu-a por um dólar a um fundo do BPN, o Excellence Assets Fund, transacção validada por escrito por Dias Loureiro . De seguida, a Biometrics e o fundo foram adquiridos por uma imobiliária espanhola de El-Assir, a La Granjilla (que é devedora do BPN). O esquema não passou despercebido ao Ministério Público, que tem feito diligências ao mais alto nível para apurar o rasto dos 30 milhões que "desapareceram" do circuito.
Em declarações ao PÚBLICO o deputado do BE, João Semedo, um dos intervenientes na primeira comissão de inquérito ao BPN, não tem dúvidas: "A minha convicção é que 26 milhões de euros de empréstimos concedidos pelo BPN ao sr. El-Assir foram luvas pagas pelo BPN/Plêiade pelos préstimos prestados em Marrocos na venda da Redal à Vivendi." Para João Semedo, El-Assir "moveu influências, desbloqueou a venda e arranjou comprador. Em contrapartida recebeu, pelo menos, estes 28 milhões disfarçados de empréstimo." Terminou: "Recordo que foi o dr. Dias Loureiro que introduziu El-Assir no grupo SLN/BPN."
As duas sociedades do libanês beneficiaram ainda de múltiplos empréstimos concedidos pelo grupo. Um deles, de 14 milhões de euros, sem garantias reais, foi contraído no BPN Cayman e a verba, no final, foi desembocar no Excellence Assets Fund. Já o BPN financiou três imobiliárias espanholas, La Granjilla e Miraflores e Gran Soto, com 38 milhões de euros (verba que ascendeu, com juros, a 48 milhões). Nenhum dos créditos foi pago.
O relacionamento de El-Assir com o BPN é uma linha central do inquérito em curso e justifica que o Departamento Central de Investigação e Acção Penal (DCIAP). Dias Loureiro já foi constituído arguido com termo de identidade e residência, em processo autónomo. No outro megaprocesso ligado ao BPN, o Ministério Público constituiu mais 24 arguidos.
Contactado por telefone, pelo PÚBLICO, Pascal Maurer, advogado de El-Assir há mais de 15 anos, respondeu, cordialmente: "Pode enviar, mas não prometo que responda." As questões enviadas posteriormente para o seu email pessoal ficaram sem resposta.
Já Dias Loureiro, questionado pelo PÚBLICO, também por telefone, disse: "Não posso falar por estar sujeito ao segredo de justiça." O ex-ministro tem negado, por diversas vezes, ter cometido as alegadas ilicitudes de que está a ser investigado e garante mesmo que foi confrontado pelo DCIAP com documentos novos e que lhe são desconhecidos. O seu advogado, Daniel Proença de Carvalho, nunca respondeu aos contactos feitos.
O jornal Sol revelou que, nas buscas a casa de Dias Loureiro, o Ministério Público encontrou uma porta com acesso apenas através de uma casa de banho - que o ex-ministro alega tratar-se de "uma parte esconsa do escritório" - onde estavam documentos referentes aos negócios de Porto Rico e Marrocos considerados "relevantes para comprovar os crimes" pelos quais foi constituído arguido. O semanário menciona a apreensão de um livro com a sua actividade empresarial, "o qual o próprio Dias Loureiro dizia não saber onde se encontrava."
Amizade luso-libanesa
Ao contrário do que acontecera em 2005, Dias Loureiro afasta-se, agora, de El-Assir: "Não o vejo há anos, não tenho qualquer contacto com ele. Os contactos entre nós decorreram em 2000, 2001 e 2003 a propósito dos negócios de Porto Rico". Uma versão que contraria o que foi dito ao PÚBLICO, há sete anos, quer pelo libanês, quer pelo social-democrata [16/2/2005]. Loureiro alegou, então, ter "uma boa relação" com El-Assir "desde 2001", ano em que este o "ajudou a resolver um negócio em Marrocos". Foram apresentados, explicou, por "um cunhado dele [El-Assir], meu amigo e casado com a irmã da actual mulher" e desde 2001 têm "uma relação social", mas não profissional. E sobre as suspeitas que já, na altura, existiam sobre a actividade do amigo, disse: "Não tenho quaisquer razões para pensar mal dele. O seu círculo de amigos é gente respeitável, ele sempre me tratou bem, com amizade e respeito". "Ainda recentemente, ajudou um meu amigo a entrar em contacto com um médico em Inglaterra." E evocou que a última vez que os dois tinham falado "foi na passagem do ano" de 2004 para 2005. Em 2005, o próprio El-Assir confirmou ao PÚBLICO o bom entendimento com o social-democrata, "um grande e bom amigo", mas não parceiro de negócios.
Nos últimos meses, o DCIAP dirigiu às autoridades espanholas, que investigam El-Assir, cartas rogatórias a pedir vários elementos relacionados com o BPN, envolvendo quer contas bancárias do intermediário libanês, quer a natureza de entrada e saídas de verbas/comissões. Até Maio, as diligências não tiveram consequências. Espanha emitiu há dois anos um mandado internacional de prisão sobre o libanês por crimes fiscais, acusação que Pascal Meurer já contestou. Foi o juiz Baltazar Garzón que iniciou as investigações a El-Assir, mas acabou, entretanto, por ser afastado por autorizar indevidamente escutas a altos dirigentes do Partido Popular espanhol envolvidos no "caso Gürtel" (branqueamento de capitais).
O nome de El-Assir esteve em cima da mesa dos parlamentares portugueses logo na primeira Comissão de Inquérito ao BPN, tendo sido um dos mais abordados, em particular durante as audiências de Loureiro e Oliveira Costa. "Falámos na possibilidade de o chamar, nomeadamente o Bloco de Esquerda, o PCP e, admito, o CDS-PP, mas, na altura, os vários depoimentos recolhidos tornaram muito claro qual foi o papel de El-Assir: como se aproximou do BPN e que serviços prestou ao grupo. Ou seja, como levou o Governo marroquino a autorizar a venda da Redal à Vivendi", explicou João Semedo. E sublinha que os trabalhos da comissão "se aproximavam do fim e que por se tratar de um cidadão estrangeiro, e cuja residência era desconhecida, houve menos interesse". Mas El-Assir não tem estado escondido. Em 2004 mudou-se de armas e bagagens para Gstaad (Suíça).
Francisco Bandeira, presidente do BPN após a nacionalização, respondeu: "Investigou-se o que havia para investigar e enviaram-se os dados para o Ministério Público, que estará a fazer o seu trabalho." O PÚBLICO tentou em vão falar com o procurador responsável pelo processo.
O intermediário que foi diplomata
Abdul Rahman el-Assir nasceu a 26 de Abril de 1950, em Beirute. Tinha pouco mais de 20 anos quando exerceu funções de diplomata (adido cultural no Cairo), onde conheceu Samira Khashoggi, irmã do negociante de armas saudita Adman Khashoggi, e mãe de Dodi (namorado da princesa Diana), filho do magnata egípcio Mohamed al-Fayed. Aos 26 anos casou-se com Samira, passando a intermediar grandes negócios de armamento. Nove anos depois, casou-se com Maria Fernandez Longoria, filha de um ex-embaixador de Espanha no Cairo, e adquiriu nacionalidade espanhola.
O seu círculo de amigos é, por isso, poderoso. Um grupo onde figuram o rei Juan Carlos, parceiro de caçadas, e os ex-primeiros-ministros José Maria Aznar e Filipe Gonzalez. O libanês esteve no casamento de Alejandro Agag, genro de Aznar, e um ex-colaborador avençado do BPN. Em 2005, Dias Loureiro contou ao PÚBLICO que foi por intermédio de El-Assir que conheceu o ex-presidente dos EUA Bill Clinton, e o ex-presidente do Partido Democrata Terry Macauliffe. O social-democrata explicou que El-Assir "é amigo do rei de Espanha e do neto de Franco, com quem tenho estado". Uma amizade que levou o social-democrata a convidar El-Assir para "os casamentos das duas filhas". O nome de El-Assir tem surgido no coração de vários escândalos internacionais. O libanês é mencionado numa investigação liderada pelo ex-candidato presidencial John Kerry, então senador dos EUA, ao Banco de Crédito e Comércio Internacional (BCCI), com sede no Panamá, suspeito de ligações ao narcotráfico.
Libanês na investigação que atinge Nicolas Sarkozy
Abdul Rahman El-Assir esteve no coração de duas operações realizadas, nos anos 1990, a mando de Paris, ao intermediar a venda de submarinos ao Paquistão (Agosta) e de fragatas à Arábia Saudita (Sawari II), negócio de biliões de euros. O libanês surge também associado ao Affaire Karachi, pela voz de Ziad Takieddine, negociante de armamento. Tak, como é conhecido em França, que se movimentava nas elites políticas e empresariais, tornou-se um personagem não frequentável.
Em Outubro de 2011, El Assir foi colocado na lista dos suspeitos, com Paris a emitir um mandato de busca internacional. Oito meses depois, a 30 de Maio, ao início da manhã, quando pernoitava no hotel Beau-Rivage, em Genebra, foi interceptado pelo gabinete do procurador suíço, Jean-Bernard Schmid, acompanhado de polícias franceses e suíços. O advogado Pascal Meurer interveio, por telefone, classificando as buscas de "vexatórias", por ocorrerem 18 anos depois dos factos.
El-Assir prestou declarações nesse dia e a 11 de Junho. Van Ruymbeke, o juiz de instrução francês responsável pelo dossier, quer saber se os contratos Agosta e Sawari II deram origem, ou não, ao pagamento de retrocomissões a políticos franceses. Pascal Meurer já admitiu que o seu cliente distribuiu comissões por quem "tinha de distribuir", mas que nada sabe do "pagamento de retrocomissões a políticos franceses".
A história remonta a 1994. Mas as investigações só foram espoletadas oito anos depois, com o atentado suicida de Karachi, que vitimou 14 funcionários do Estado francês, que supervisionavam a construção dos submarinos vendidos a Islamabad. Na altura, as baterias voltaram-se para a Al-Qaeda. Em 2007, a versão inicial foi revista e deu lugar ao cenário da vingança, com duas teses: Takieddine contou que os paquistaneses a quem El-Assir não pagou as comissões devidas retaliaram; para o Libération, o atentado tem origem nos serviços secretos paquistaneses pelo facto de Paris ter vendido à Índia, em segredo, submarinos idênticos aos negociados com Islamabad.
Em 1994, o ministro da Defesa de Edouard Balladur, François Léotard, impôs El Assir e Takieddine (que mediou a aproximação diplomática da França com a Líbia e nunca escondeu as boas ligações a Kadafi) como intermediários das negociações com Islamabad e Riade. Um negócio estimado em 5,2 mil milhões de francos. Há notícias de que El Assir cobrou 54 milhões de euros que repartiu "com o seu braço-direito", Tak; outras falam em 220 milhões.
Eleito presidente em 1995, Jacques Chirac descobriu que tinha sido montado pela equipa de Balladur um esquema de "retrocomissões" nos grandes negócios do Estado, através de intermediários e sociedades no Luxemburgo, o que o levou a suspender os contratos com o Paquistão e a Arábia Saudita. Charles Millon, ex-ministro de Chirac, confirmou a tese e mencionou pagamentos ilícitos a políticos próximos de Sarkozy (Claude Guéant, que foi seu ministro do Interior e do executivo de Balladour, e Thierry Gaubert).
Os familiares das vítimas de Karachi têm-se mobilizado para levar Balladur e Sarkozy a prestar declarações em tribunal na qualidade de testemunhas. Sem imunidade, Sarkozy foi alvo de buscas em casa e no escritório, desta vez por suspeita de financiamentos à sua campanha de 2008, por Liliane Bettencourt, dona da L"Óreal.
Nahhhh, eu não posso acreditar nesta noticia...
, então agora eu tenho de ajudar a pagar os créditos concedidos a estes fulanos???
Mas estes senhores governantes (e os anteriores...) estão a governar o quê? Deve ser algum país do faz de conta certamente!
A ser verdade, isto é vergonhoso, repugnante, nauseabundo, revoltante, inadmissível... para ser sincero, não conheço um adjectivo que se adeqúe a tamanha desfaçatez...
O que esses gaiatos que tomam este tipo de decisões mereciam, era de um bom par de estalos na cara que certamente lhes faltaram em criança; para aprenderem que isto é um país, e não uma coutada do papá onde se faz o que muito bem apetece, e se trata o povo como serviçais...
Com estes amigos no (des)governo, só nos resta rezar
... para não se partir para a violência...

Mas estes senhores governantes (e os anteriores...) estão a governar o quê? Deve ser algum país do faz de conta certamente!
A ser verdade, isto é vergonhoso, repugnante, nauseabundo, revoltante, inadmissível... para ser sincero, não conheço um adjectivo que se adeqúe a tamanha desfaçatez...
O que esses gaiatos que tomam este tipo de decisões mereciam, era de um bom par de estalos na cara que certamente lhes faltaram em criança; para aprenderem que isto é um país, e não uma coutada do papá onde se faz o que muito bem apetece, e se trata o povo como serviçais...
Com estes amigos no (des)governo, só nos resta rezar

O caminho para cima e o caminho para baixo, são um único caminho!
Banca
Estado assume créditos que o BPN deu a Duarte Lima e Vítor Baía
29 Junho 2012 | 10:41
Jornal de Negócios Online - negocios@negocios.pt
O Estado vai assumir os créditos que o BPN concedeu a Duarte Lima e a Vítor Baía. No caso do ex-deputado estará em causa um crédito de 44 milhões de euros dado pelo BPN ao Fundo Homeland e que levou à detenção do advogado. No caso do ex-guarda-redes trata-se de terrenos rústicos, contas a descoberto e livranças por pagar, no valor de quatro milhões de euros.
Segundo o DN, dos 2,5 mil milhões de crédito malparado retirado do BPN, 601,4 milhões de constam em quatro escrituras assinadas num cartório do Porto, em 2010, e três assinadas dias antes da venda do BPN ao BIC, contendo alguns créditos concedidos já depois da nacionalização.
No caso do ex-líder da bancada social-democrata, o caso remonta à aquisição de terrenos em Oeiras através da Homeland (fundo especial de investimento imobiliário), que levou à detenção de Duarte Lima. Os 35 terrenos adquiridos foram registados por um valor a rondar os 50 milhões de euros, mas uma avaliação posterior disse não valerem mais de 18 milhões de euros. Os terrenos foram avaliados com base com base no desenvolvimento de um projecto imobiliário destinado à habitação, serviços e equipamento, tendo a “desvalorização resultado do facto de parte dos terrenos estarem em Área de Reserva Agrícola Nacional”.
A aquisição dos terrenos, financiados através dos participantes do Fundo (um deles filho de Duarte Lima) e de um empréstimo bancário (não pago) levantou suspeitas à PJ. As suspeitas reforçaram-se quando uma das famílias que venderam os terrenos foi notificada para pagar 3,5 milhões de euros por uma propriedade que tinha sido vendida por 1,5 milhões de euros. Mais tarde, apareceu a justificação, os terrenos tinham sido escriturados por 20 milhões de euros através de um advogado com plenos poderes. Agora é o Estado que terá de recuperar o dinheiro, e o valor dos terrenos não chega para cobrir a dívida.
No caso de Vítor Baía, a empresa pública Paravalorem, um dos veículos criados para acomodar os activos do banco, assumiu a responsabilidade da cobrança de pelo menos, duas empresas do ramo imobiliário detidas pelo ex-jogador da selecção nacional. A Suderel- Gestão Imobiliária SA com uma conta descoberta de 33 mil euros, deve cerca de dois milhões de um empréstimo concedido há quatro anos. No caso da Cleal (gerida por um sócio de Baía, ao qual o ex-atleta moveu agora um processo por burla) deve agora 2,3 milhões por um crédito concedido em 2008.
Estado assume créditos que o BPN deu a Duarte Lima e Vítor Baía
29 Junho 2012 | 10:41
Jornal de Negócios Online - negocios@negocios.pt
O Estado vai assumir os créditos que o BPN concedeu a Duarte Lima e a Vítor Baía. No caso do ex-deputado estará em causa um crédito de 44 milhões de euros dado pelo BPN ao Fundo Homeland e que levou à detenção do advogado. No caso do ex-guarda-redes trata-se de terrenos rústicos, contas a descoberto e livranças por pagar, no valor de quatro milhões de euros.
Segundo o DN, dos 2,5 mil milhões de crédito malparado retirado do BPN, 601,4 milhões de constam em quatro escrituras assinadas num cartório do Porto, em 2010, e três assinadas dias antes da venda do BPN ao BIC, contendo alguns créditos concedidos já depois da nacionalização.
No caso do ex-líder da bancada social-democrata, o caso remonta à aquisição de terrenos em Oeiras através da Homeland (fundo especial de investimento imobiliário), que levou à detenção de Duarte Lima. Os 35 terrenos adquiridos foram registados por um valor a rondar os 50 milhões de euros, mas uma avaliação posterior disse não valerem mais de 18 milhões de euros. Os terrenos foram avaliados com base com base no desenvolvimento de um projecto imobiliário destinado à habitação, serviços e equipamento, tendo a “desvalorização resultado do facto de parte dos terrenos estarem em Área de Reserva Agrícola Nacional”.
A aquisição dos terrenos, financiados através dos participantes do Fundo (um deles filho de Duarte Lima) e de um empréstimo bancário (não pago) levantou suspeitas à PJ. As suspeitas reforçaram-se quando uma das famílias que venderam os terrenos foi notificada para pagar 3,5 milhões de euros por uma propriedade que tinha sido vendida por 1,5 milhões de euros. Mais tarde, apareceu a justificação, os terrenos tinham sido escriturados por 20 milhões de euros através de um advogado com plenos poderes. Agora é o Estado que terá de recuperar o dinheiro, e o valor dos terrenos não chega para cobrir a dívida.
No caso de Vítor Baía, a empresa pública Paravalorem, um dos veículos criados para acomodar os activos do banco, assumiu a responsabilidade da cobrança de pelo menos, duas empresas do ramo imobiliário detidas pelo ex-jogador da selecção nacional. A Suderel- Gestão Imobiliária SA com uma conta descoberta de 33 mil euros, deve cerca de dois milhões de um empréstimo concedido há quatro anos. No caso da Cleal (gerida por um sócio de Baía, ao qual o ex-atleta moveu agora um processo por burla) deve agora 2,3 milhões por um crédito concedido em 2008.
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A divindade, o princípio e o fim, a eterna evolução, o movimento, a vibração e a perpétua aprendizagem.
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