Novo Banco teve “um bom desfecho. O ministro das Finanças pensou bem”, diz Horta Osório

[JAS]

O capital do BPI é de € 760.000.000.
O último aumento de capital, reservado a accionistas, foi feito a € 1,75.
Nos últimos 365 dias a cotação variou entre um mínimo de 1,96 e um máximo de 2,89.
Este máximo corresponde ao fecho de 6ª feira.
A esta cotação o BPI "vale" cerca de 2.200 milhões de euros.

JAS

[Vic]

Se em tempos ouve um pré-acordo para fundir as marcas BES/BPI, pq não agora BCP/BPI.

Isto anda tudo muito sombrio

O Santander detem 10% do BPI.
O La CAixa detem 15% do BPI.
Há quem afirme que se a CGD vencer na compra do Atlantico, já há acordo com o BBVA, para alienar os 6.35% que a Caixa detem no BCP.

Não tera logica unirem-se para de uma certa forma poderem afastar a armada espanhola que já esta mesmo há porta???

O BBVA já afirmou que pretende reforçar em Portugal, só que bancos disponiveis não vejo muitos.

Há um disponivel o Finibanco, mas sera que eles se contentam com pouco???

Ainda a uns dias o Banco Popular comprou o Banco Nacional de Crédito Imobiliário.

[zé povinho]

desta nunca me tinha lembrado...

e o Ulrich o que pensará disto?

de qualquer forma, novas com o BCP só depois da venda da S&P, que nunca mais é anunciada.

[JAS]

Jas
Acreditas numa fusão BCP / BPI ????

Vocês estão convencidos que eu sou "conselheiro matrimonial"? (*1)
Fazem-me cada pergunta...

Possível diria que sim.
Se é viável já é mais complicado de responder.

1.- Dados do Problema
- Em termos de Capital Social o BCP é muito maior que o BPI. A nova entidade, resultante de uma fusão, seria composta por 81% do BCP e 19% do BPI.
- Em termos de Valorização Bolsista seria 73% BCP e 27% BPI.
- Em termos contabilísticos, que é a que interessa, as porporções devem ser também dessa ordem.

2.- Os Motivos Normalmente Invocados
A "defesa contra uma OPA" e o "interesse nacional" costumam ser as razões apontadas para a necessidade das concentrações em Portugal.
Sabemos que o primeiro motivo é verdade no caso do BPI. É rara a semana em que não lhe fazem uma OPA.
(a seguir é desmentido mas sempre anima o mercado...)
Sabemos que também é possível no caso do BCP mesmo com estatutos blindados.
Acontece que, neste caso, a entidade resultante da fusão seria quase tão opável como o BCP pois apenas seria 1,2 vezes maior. Pode ser "motivo invocado" mas, por si só, não parece que adiante muito.
Quanto ao interesse nacional, centro de decisão em território nacional ou coisas parecidas, é uma mania como outra qualquer... Os títulos são transaccionáveis e ninguém resiste a uma boa oferta.
Quem é o comprador interessa pouco se o preço fôr jeitoso.

3. O Possível Motivo Escondido
JG gosta de ser o maior banqueiro cá do sítio.
(Já é mas a CGD ainda faz alguma sombra)
O SS não gosta muito disso pelo que a convivência não parece possível. Mas anunciou que se vai embora brevemente.

4. A Oportunidade
Quando estiver a S&P vendida, o BCP folgado em liquidez, possívelmente com as acções valorizadas e um melhor rácio relativamente ao BPI...
A saída do SS pode ser a gota de água que desencadeie o processo.

5. A Fórmula
Uma OPA ao BPI sempre foi o que eu pensei que acontecesse mais cedo ou mais tarde.
Mas para isso torna-se necessário um novo Aumento de Capital.
(nada de especial, bastaria ser cerca de 70% do último...)
Apesar de nos ter habituado a um AC por ano, JG sabe que os últimos não correram bem e que tiveram consequências nefastas na cotação. Não vai arriscar nenhum em 2004 mesmo que o motivo seja bom.
Uma Fusão não necessita de cash, não é?
Só é preciso convercer o parceiro que, por todas as razões, "Millennium-bcp" soa melhor.
(E que as iniciais do BPI até já lá estão todas metidas...)

6. O Timing
Nunca antes do 2º Trimestre de 2004

7. Conclusões
É possível.
É viável.
Mas não arrisco dizer que é provável.

8. Consequências para o País
A D.Manuela vai ter que esperar e ter paciência.
A CGD ficará para 2005...

JAS

(*1)- O Soeirinho é que inventou esta...

[Ulisses Pereira]

Vic,

Não sendo a questão dirigida a mim, não resisto a meter a minha colherada no nosso Caldeirão.

Para mim, é completamente impensável o cenário de uma fusão BCP/BPI. Nas declarações que transcreveste ambos os presidentes colocam enfâse no domínio nacional nos bancos portugueses, mas não tocam no assunto do crescimento por fusões. Aliás, se bem reparares, ao longo dos últimos tempos o Eng. jardim Gonçalves tem dito que está completamente fora de hipótese tentar crescer no mercado nacional via fusões/aquisições.

Embora não o afirme explicitamente, fica nas entrelinhas de muitas entrevistas do Eng. Jardim Gonçalves que o esforço de crescimento do BCP no mercado interno (através de todas aquelas OPA`s que todos se recordam) talvez até tenha sido demasiado rápido.

Em suma, o mercado nacional já está demasiado concentrado e o BCP demasiado grande para ele, pelo que julgo praticamente impossível o cenário por ti colocado se verificar.

Um abraço,
Ulisses

[Vic]

Jas
Acreditas numa fusão BCP / BPI ????

Os presidentes do Banco BPI e do Banco Comercial Português (BCP) entendem que é um desafio essencial a manutenção do domínio nacional nos bancos portugueses.Para Jardim Gonçalves, presidente do BCP, o maior desafio da banca nacional, «é ser banca portuguesa».

Santos Silva partilha a mesma opinião. O presidente do Banco BPI afirmou, no II Fórum de BAnca do «Diário Económico», que «é crucial «a manutenção do domínio nacional, nas principais instituições financeiras portuguesas».

Para Jardim Gonçalves é importante que Portugal «seja um país prestigiado», para atrair investidores para o mercado e banca nacional. O presidente do BCP sublinhou ainda a importância da existência de Centros de Decisão Nacional. «Não podem existir centros de competência, sem centros de decisão nacional», porque se as empresas portuguesas não tiverem a capacidade de decisão, não terão capacidade para promover o desenvolvimento e a promoção, quer ao nível profissional quer ao nível de gestão.

Esta ideia surge no momento em que a soberania nacional precisa de ver o seu ego reforçado, disse Santos Silva.

Santos Silva refere que o principal desafio do BPI «é crescer numa conjuntura económica desfavorecida e num sector maduro».

Abraço