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Caldeirão da Bolsa

Educação - Tópico Principal (II ou III ou XV...)

Espaço dedicado a todo o tipo de troca de impressões sobre os mercados financeiros e ao que possa condicionar o desempenho dos mesmos.

por altrio » 17/9/2012 8:04

mais_um Escreveu:O vencimento de uma educadora de infância no publico e no privado. Aqui é relativamente fácil porque cada sala tem uma educadora e uma auxiliar. Agora vê quanto tinha cada criança pagar só para cobrir o custo dos vencimentos do publico.


Não sei exactamente qual é o salário médio de uma educadora e de uma auxiliar, mas deverá rondar respectivamente os 24000€ e os 10000€ (se fossem pagos 14 meses). São 34000€ a serem pagos por 22.5 crianças (o número por sala varia entre 20 e 25). Isto dá cerca de 1500€ por criança. É bastante frequente no privado o total das mensalidades ficarem no dobro.

Claro que o privado tem que fazer lucro, e no público também há uma série de custos que não estão contabilizados, mas a conclusão de que o público é mais caro parece-me tudo menos óbvia.
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por altrio » 17/9/2012 7:57

Pata-Hari Escreveu:Altrio se o estado gasta o mesmo mas o privado tem melhores resultados, sim, passam-se os alunos todos para o privado. É isso que o mais_um está a provar.


Eu estava a argumentar de que o estado gasta menos.

E não sei como concluis que o privado tem melhores resultados.
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por Pata-Hari » 17/9/2012 7:40

artista Escreveu:E, já agora:

Horário de trabalho

O ano lectivo tem 190 dias. Para alem da componente lectiva, o trabalho do professor inclui o planeamento da instrução e trabalho pré e pós-aulas. Somam-se as tarefas de desenvolvimento interno da escola: cooperação com outros professores, ou parceiros como responsáveis pelos serviços de saúde e sociais, o conselho familiar local, policia, vida de negócios. Em virtude de uma reforma educativa de 1999, a avaliação dos alunos é complementada com actividades que estão relacionadas com a evolução da educação. O desenvolvimento dessas actividades é da responsabilidade dos educadores, das escolas e dos professores. Os professores não são obrigados a permanecer na escola quando não têm aulas ou outras actividades.
A maior parte do tempo de trabalho dos professores é ocupada com a componente lectiva. Nesse caso o número de aulas dadas varia entre as 15 e as 23 lições, em conformidade com a instituição e a disciplina. Cada lição dura 45 minutos o que perfaz um total de aproximadamente 11 a 17 horas de componente lectiva semanal. No caso do ensino vocacional, o número de lições dadas por semana varia entre as 20 e as 25, aproximadamente 15 a 19 horas. Alguns professores e a maior parte dos reitores têm um horário de trabalho igual ao praticado na função pública (8h-16h15) que se justifica devido à natureza das suas funções.


Em Portugal são 24 horas letivas... e ainda levas com as não letivas! E o ano letivo é muito mais pequeno!


Artista, é fantástico. São menos horas lectivas e ganham menos considerando o pib per capita. Qual será a diferença? não deveria ser por esse modelo que te deverias debater?

(O "ela a dar-lhe" não ajuda a tua argumentação)
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por Pata-Hari » 17/9/2012 7:35

altrio Escreveu:
mais_um Escreveu:O dinheiro pago aos privados tem que pagar as despesas e ainda dar lucro (e as instalações não são de borla).


Não acho que o Estado tenha de dar lucro aos privados. Só se justificaria subsidiar os privados se estes conseguissem fazer o mesmo com menos dinheiro, e ficassem com o diferencial como lucro. Agora receber mais, não.

mais_um Escreveu:Como já referi, directores de escolas publicas confidenciar-me que os privados tem menos custos que o publico, principalmente devido aos custos da mão de obra (tem principalmente professores contratados, que não estão nos escalões de topo de carreira, não tem professores com horários zero, etc...).


Não interessa para a discussão se os privados conseguem ter custos maiores ou menores - nem vou entrar por aí. O único ponto relevante é se o Estado gasta mais ou menos, por aluno, com o ensino privado.

mais_um Escreveu:Se fizeres um exercício com o ensino pré-escolar publico, comparando o privado com o publico facilmente verificarás que o custo no publico é superior ao privado.


Não é para mim totalmente claro o que estás a dizer. Estás a comparar exactamente o quê?


Altrio se o estado gasta o mesmo mas o privado tem melhores resultados, sim, passam-se os alunos todos para o privado. É isso que o mais_um está a provar.

(eu tenho que ir trabalhar, não vai dar para responder a tudo agora)
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Re: Religião

por Pata-Hari » 17/9/2012 7:31

jarc Escreveu:É assustador como as pessoas têm uma visão tão romântica do Mundo. A Pata chega a ter fé de que os pobres suportarão tudo sem um dia irem à Escola privada buscar as mesas e as cadeiras para alimentar a lareira. Há cada religião...


ãh?
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por mais_um » 17/9/2012 0:43

artista Escreveu:
Eu não tenho dados, nem sei se os há?!


Há dados, vais aos rankings que os OCS publicam e começas a usas como filtro o campo "Concelho".

Depois quando aparece um privado vais ao site respectivo e verificas se são uma escola "normal" ou não.
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por artista_ » 17/9/2012 0:27

mais_um Escreveu:
artista Escreveu:
Esqueceste-te, diria que propositadamente, de falar na principal razão que te leva a pagar para ter os teus filhos no ensino privado, que é o dar-lhes acesso a um meio elitista, afastando-os dos mais perturbadores e complicados de gerir...

Mais uma vez estamos de acordo!

:mrgreen:

(atenção, não estou a criticar a Pata por essa opção).


Obviamente, eu também não critico a opção, o meu sobrinho está na pré e também está no privado... o que é altamente criticável é que ela apresente essa opção como se ela estivesse relacionada com a qualidade do sistema ensino público, esquecendo o principal motivo que a levou a tomar essa decisão!


mais_um Escreveu:
artista Escreveu:
eu tenho alguma curiosidade em perceber como é que funcionará a gestão privada em zonas sociais mais problemáticas... mas como disse sou defensor de que, pelo menos, sejam feitas mais algumas experiências nesse sentido!


Se utilizares os resultados como critério, verificarás que as privadas que não fazem selecção de alunos tem resultados semelhantes às publicas, por vezes inferiores, como é o caso das Caldas da Rainha.


Eu não tenho dados, nem sei se os há?! Mas parece-me que isso é mais ou menos óbvio... a Pata é que sem dados nenhuns anda a tirar as conclusões que lhe interesssam... eu diria que até lhe dá jeito não haver dados, assim até se torna mais difícil contra-argumentar, ela acha que sim e pronto! :roll:

mais_um Escreveu:
artista Escreveu:
Já agora, se os professores do público são tão bem pagos e têm tantas regalias, certamente os professores do privado são muito piores, ou não? De uma coisa tenho a certeza, os do público são mais qualificados, se são melhores ou não não sei...


No caso das Caldas da Rainha, os públicos são mais experientes. Os prof do privado são bem mais novos.
Mas dentro dos experientes também se apanha maus professores.


Eu conheço mal a situação, mas parece-me óbvio que se o público é tão bom para os professores (segundo a Pata) os mais qualificados estarão no público... o grande problema é que, desde há poucos anos para cá, o público passou a ser bem pior para os professores que o privado, eu já disse a vários amigos que me arrependo de não ter tentado um privado há uns anos atrás, mas a minha situação estava "aparentemente controlada" no público, e as promessas dos governantes eram a de passar os contratados para os quadros... afinal, não só não passaram, como nos estão a despedir sem qualquer regalia, indemnização... e este ano ainda foram a tempo de alterar as regras do subsídio de desemprego a tempo de deixar uns milhares em situação ainda mais complicada!

Grandes artistas!!? :mrgreen: E ainda conseguem ser os únicos trabalhadores do estado que, mesmo com os cortes dos subsídios, conseguiram este ano ganhar mais do que em 2011! :shock: :shock:

E esperavam que o pessoal comesse isto?!
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por mais_um » 17/9/2012 0:24

altrio Escreveu:
Não acho que o Estado tenha de dar lucro aos privados. Só se justificaria subsidiar os privados se estes conseguissem fazer o mesmo com menos dinheiro, e ficassem com o diferencial como lucro. Agora receber mais, não.


Obviamente que receber mais não, mas se eles funcionarem recebendo o mesmo significa que tem custos menores. Dai que a primeira proposta da Isabel era pagar menos do que custava ao Estado, foi quando caiu o Carmo e a Trindade....


altrio Escreveu:O único ponto relevante é se o Estado gasta mais ou menos, por aluno, com o ensino privado.


Isso é importante mas não é o único ponto relevante, se o privado tiver custos menores e isso tiver impacto no custo para o Estado, faz sentido mudar o sistema de ensino actual.


altrio Escreveu:Não é para mim totalmente claro o que estás a dizer. Estás a comparar exactamente o quê?


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por mais_um » 17/9/2012 0:11

artista Escreveu:
Esqueceste-te, diria que propositadamente, de falar na principal razão que te leva a pagar para ter os teus filhos no ensino privado, que é o dar-lhes acesso a um meio elitista, afastando-os dos mais perturbadores e complicados de gerir...

Mais uma vez estamos de acordo!

:mrgreen:

(atenção, não estou a criticar a Pata por essa opção)



artista Escreveu:
eu tenho alguma curiosidade em perceber como é que funcionará a gestão privada em zonas sociais mais problemáticas... mas como disse sou defensor de que, pelo menos, sejam feitas mais algumas experiências nesse sentido!


Se utilizares os resultados como critério, verificarás que as privadas que não fazem selecção de alunos tem resultados semelhantes às publicas, por vezes inferiores, como é o caso das Caldas da Rainha.

artista Escreveu:
Já agora, se os professores do público são tão bem pagos e têm tantas regalias, certamente os professores do privado são muito piores, ou não? De uma coisa tenho a certeza, os do público são mais qualificados, se são melhores ou não não sei...


No caso das Caldas da Rainha, os públicos são mais experientes. Os prof do privado são bem mais novos.
Mas dentro dos experientes também se apanha maus professores.
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Religião

por jarc » 17/9/2012 0:11

É assustador como as pessoas têm uma visão tão romântica do Mundo. A Pata chega a ter fé de que os pobres suportarão tudo sem um dia irem à Escola privada buscar as mesas e as cadeiras para alimentar a lareira. Há cada religião...
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por altrio » 17/9/2012 0:07

mais_um Escreveu:O dinheiro pago aos privados tem que pagar as despesas e ainda dar lucro (e as instalações não são de borla).


Não acho que o Estado tenha de dar lucro aos privados. Só se justificaria subsidiar os privados se estes conseguissem fazer o mesmo com menos dinheiro, e ficassem com o diferencial como lucro. Agora receber mais, não.

mais_um Escreveu:Como já referi, directores de escolas publicas confidenciar-me que os privados tem menos custos que o publico, principalmente devido aos custos da mão de obra (tem principalmente professores contratados, que não estão nos escalões de topo de carreira, não tem professores com horários zero, etc...).


Não interessa para a discussão se os privados conseguem ter custos maiores ou menores - nem vou entrar por aí. O único ponto relevante é se o Estado gasta mais ou menos, por aluno, com o ensino privado.

mais_um Escreveu:Se fizeres um exercício com o ensino pré-escolar publico, comparando o privado com o publico facilmente verificarás que o custo no publico é superior ao privado.


Não é para mim totalmente claro o que estás a dizer. Estás a comparar exactamente o quê?
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por mais_um » 16/9/2012 23:58

altrio Escreveu:
mais_um Escreveu:
altrio Escreveu:
Algumas são, outras não. E o Estado gasta menos com as turmas do ensino público do que com as do privado que subsidia.


Podes prova-lo ou é uma suposição?


Provar, com facturas, não. Posso dar algumas indicações, como esta:

http://www.dn.pt/inicio/portugal/interi ... id=1779018

E, além disso, o custo por turma não é comparável directamente, porque as turmas do ensino privado não têm a exigência de ter uma turma tão grande como no público. Por isso, por aluno, o custo do subsídio no privado é ainda maior. (Nunca percebi a idiotice de o subsídio ser feito por turma e não por aluno)

Além disso, o custo médio no público, para além da função educativa, ainda tem uma função social. Há, em zonas mais remotas, turmas ainda bastante pequenas, o que faz aumentar o custo médio, vários apoios a alunos com carência económica, e há grandes custos associados aos alunos com deficiência. Se comparássemos duas turmas semelhantes num sistema e noutro, a diferença de custos seria muito superior.

Eu arriscaria dizer que uma turma de 30 alunos no ensino básico/secundário no público não custa, em média, mais de 60000€, que contrastam com os 85000€ de subsídio aos privados (para menos alunos).


O dinheiro pago aos privados tem que pagar as despesas e ainda dar lucro (e as instalações não são de borla).

Mas uma coisa é o dinheiro que o Estado dá aos privados, outra é o custo que eles tem.

Como já referi, directores de escolas publicas confidenciar-me que os privados tem menos custos que o publico, principalmente devido aos custos da mão de obra (tem principalmente professores contratados, que não estão nos escalões de topo de carreira, não tem professores com horários zero, etc...).

Se fizeres um exercício com o ensino pré-escolar publico, comparando o privado com o publico facilmente verificarás que o custo no publico é superior ao privado.

Sobre o estudo do ministério referido na noticia do DN, gostava de ter acesso ao mesmo.

É verdade, no publico também há turmas com menos alunos. A do meu filho(8º ano) tem 24 alunos e há mais duas turmas de 8º ano só com 21 alunos. As dos outros anos não verifiquei.
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por majomo » 16/9/2012 23:40

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Pata-Hari Escreveu: A insatisfação é total e os pais continuam na sua grande maioria a optar pelo privado quando o podem pagar (obviamente isso está a mudar à força).


Tens dados que provam a tua afirmação ou é baseado no que tu pensas?


Praticamente todas as pessoas que conheço e que têm putos, metem-nos no privado.


Eu é o oposto.... e no conselho onde vivo (Caldas da Rainha, a malta de "elite" coloca os filhos na publica e não na privada, e a privada até é paga pelo Estado.

Já agora onde vives e que grau de ensino estás a referir-te?


Vivo na Grande Lisboa. Estou a falar principalmente de miúdos que vão para a pré-primária e primária. A partir daí, a sensação que me dá, é que começam a passar para o público, sobretudo no secundário.

Escolas públicas até ao ensino básico na Grande Lisboa é muitas vezes sinónimo de confusões, miúdos mal educados, assaltos, etc...


Se o sistema fosse privatizado, o que aconteceria a esses alunos? Que ensino para eles?
Como se ganha dinheiro na bolsa?!
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-Devo cortar as perdas e deixar correr os ganhos
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por mais_um » 16/9/2012 23:35

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Vivo na Grande Lisboa. Estou a falar principalmente de miúdos que vão para a pré-primária e primária. A partir daí, a sensação que me dá, é que começam a passar para o público, sobretudo no secundário.

Escolas públicas até ao ensino básico na Grande Lisboa é muitas vezes sinónimo de confusões, miúdos mal educados, assaltos, etc...


Os meus amigos dssa área (grande Lisboa) e nesses graus de ensino (pré-primário e 1ºciclo)normalmente também optaram pelo privado, principalmente no pré-primário, no 1º ciclo dentro de Lisboa há escolas boas e com pouca confusão, cheguei a ser encarregado de educação de filhos de amigos meus para irem para uma determinada escola em Benfica.

Nesses graus de ensino e nas grandes áreas urbanas isso verifica-se, pelos motivos que referiste e ainda por outro, antigamente as escolas publicas do 1º ciclo não tinham os miúdos o dia completo, isso mudou no 1º governo do Sócrates e alterou os hábitos, nas Caldas os ATL fecharam quase todos.
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por altrio » 16/9/2012 23:18

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Pata-Hari Escreveu: A insatisfação é total e os pais continuam na sua grande maioria a optar pelo privado quando o podem pagar (obviamente isso está a mudar à força).


Tens dados que provam a tua afirmação ou é baseado no que tu pensas?


Praticamente todas as pessoas que conheço e que têm putos, metem-nos no privado.


Eu é o oposto.... e no conselho onde vivo (Caldas da Rainha, a malta de "elite" coloca os filhos na publica e não na privada, e a privada até é paga pelo Estado.

Já agora onde vives e que grau de ensino estás a referir-te?


Vivo na Grande Lisboa. Estou a falar principalmente de miúdos que vão para a pré-primária e primária. A partir daí, a sensação que me dá, é que começam a passar para o público, sobretudo no secundário.

Escolas públicas até ao ensino básico na Grande Lisboa é muitas vezes sinónimo de confusões, miúdos mal educados, assaltos, etc...


Sim, em Lisboa e no Porto, as escolas públicas têm problemas acrescidos, que não se vêem com tanta intensidade noutros pontos do país.

Como diz o mais_um, noutros sítios, é frequente as "elites" optarem pelo público.
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por altrio » 16/9/2012 23:13

mais_um Escreveu:
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Algumas são, outras não. E o Estado gasta menos com as turmas do ensino público do que com as do privado que subsidia.


Podes prova-lo ou é uma suposição?


Provar, com facturas, não. Posso dar algumas indicações, como esta:

http://www.dn.pt/inicio/portugal/interi ... id=1779018

E, além disso, o custo por turma não é comparável directamente, porque as turmas do ensino privado não têm a exigência de ter uma turma tão grande como no público. Por isso, por aluno, o custo do subsídio no privado é ainda maior. (Nunca percebi a idiotice de o subsídio ser feito por turma e não por aluno)

Além disso, o custo médio no público, para além da função educativa, ainda tem uma função social. Há, em zonas mais remotas, turmas ainda bastante pequenas, o que faz aumentar o custo médio, vários apoios a alunos com carência económica, e há grandes custos associados aos alunos com deficiência. Se comparássemos duas turmas semelhantes num sistema e noutro, a diferença de custos seria muito superior.

Eu arriscaria dizer que uma turma de 30 alunos no ensino básico/secundário no público não custa, em média, mais de 60000€, que contrastam com os 85000€ de subsídio aos privados (para menos alunos).
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por PT_Trader » 16/9/2012 23:11

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Pata-Hari Escreveu: A insatisfação é total e os pais continuam na sua grande maioria a optar pelo privado quando o podem pagar (obviamente isso está a mudar à força).


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por mais_um » 16/9/2012 23:02

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Pata-Hari Escreveu: A insatisfação é total e os pais continuam na sua grande maioria a optar pelo privado quando o podem pagar (obviamente isso está a mudar à força).


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por PT_Trader » 16/9/2012 22:58

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Pata-Hari Escreveu: A insatisfação é total e os pais continuam na sua grande maioria a optar pelo privado quando o podem pagar (obviamente isso está a mudar à força).


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por mais_um » 16/9/2012 22:56

Pata-Hari Escreveu: A insatisfação é total e os pais continuam na sua grande maioria a optar pelo privado quando o podem pagar (obviamente isso está a mudar à força).


Tens dados que provam a tua afirmação ou é baseado no que tu pensas?
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por mais_um » 16/9/2012 22:51

altrio Escreveu:
Algumas são, outras não. E o Estado gasta menos com as turmas do ensino público do que com as do privado que subsidia.


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por altrio » 16/9/2012 22:49

Pata-Hari Escreveu:O que digo é que é demasiado crucial tornar a educação o mais eficiente possível, é uma das medidas estruturais fundamentais e é mais que urgente.


Já concordei com isto, e penso que ninguém estará contra.

Pata-Hari Escreveu:Podemos ter progredido mas estamos longe de ser "bons" em valor absoluto. (por favor mete o estudo todo, gostava de o ver).


Não tenho aqui o estudo todo (é uma questão de procurar o documento completo na net). Mas, certamente não estaremos no top, como não estamos noutras coisas. Mas também duvido que estejamos pior.

Pata-Hari Escreveu:Não me é linear que dar o mesmo a todos seja tirar dos que não podem para dar aos que podem. As privadas também já são subsidiadas, possivelmente até seria uma poupança. Teríamos que olhar para os números.


Algumas são, outras não. E o Estado gasta menos com as turmas do ensino público do que com as do privado que subsidia.
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por artista_ » 16/9/2012 22:39

E, já agora:

Horário de trabalho

O ano lectivo tem 190 dias. Para alem da componente lectiva, o trabalho do professor inclui o planeamento da instrução e trabalho pré e pós-aulas. Somam-se as tarefas de desenvolvimento interno da escola: cooperação com outros professores, ou parceiros como responsáveis pelos serviços de saúde e sociais, o conselho familiar local, policia, vida de negócios. Em virtude de uma reforma educativa de 1999, a avaliação dos alunos é complementada com actividades que estão relacionadas com a evolução da educação. O desenvolvimento dessas actividades é da responsabilidade dos educadores, das escolas e dos professores. Os professores não são obrigados a permanecer na escola quando não têm aulas ou outras actividades.
A maior parte do tempo de trabalho dos professores é ocupada com a componente lectiva. Nesse caso o número de aulas dadas varia entre as 15 e as 23 lições, em conformidade com a instituição e a disciplina. Cada lição dura 45 minutos o que perfaz um total de aproximadamente 11 a 17 horas de componente lectiva semanal. No caso do ensino vocacional, o número de lições dadas por semana varia entre as 20 e as 25, aproximadamente 15 a 19 horas. Alguns professores e a maior parte dos reitores têm um horário de trabalho igual ao praticado na função pública (8h-16h15) que se justifica devido à natureza das suas funções.


Em Portugal são 24 horas letivas... e ainda levas com as não letivas! E o ano letivo é muito mais pequeno!
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por artista_ » 16/9/2012 22:36

Pata-Hari Escreveu:Majomo, era por aí que eu estava a evitar entrar: "Ali, professor para entrar em sala tem no mínimo mestrado e com a qualificação elevada veio a autonomia."

E sim, "Existe receita para isso? Por que a profissão de professor é a mais desejada pelos jovens, mesmo sem oferecer os salários mais altos da região? E aos melhores profissionais cabe a tarefa de trabalhar nas piores escolas."

Os ordenados vê do estudo da OCDE já publicados aqui. De adicionar que aparentemente os ordenados médios em portugal, depois dos cortes, começam a ser menos discrepantes.

A discussão da Finlândia é antiga e confesso que não tenho paciência para a voltar a repetir. Desculpa. Há centenas de posts acerca disso, artigos números, videos. Basta procurares. Há um longo thread chamado "why are finnish kids so smart?".


E ela a dar-lhe...

Sistema remuneratório

Os salários são acordados nacionalmente ao abrigo de um contrato colectivo para os trabalhadores estatais ou municipais do sector da educação, e que são acordados em intervalos de um a três anos. A posição do professor na tabela salarial é determinada consoante as suas responsabilidades e qualificações.
Na Finlândia, os municípios foram divididos em duas classes no que toca à sua capacidade financeira por relação ao custo de vida. Assim, os salários praticados nas grandes cidades e áreas remotas (classe um) são cerca de três por cento mais elevados que os restantes. Os anos de serviço na administração pública e a experiência de ensino proporcionam aumentos. Outras tarefas adicionais à docência são compensadas com uma subida no escalão salarial ou um bónus.
O salário base aumenta com os anos de serviço em cerca de cinco por cento, ao fim de dois, cinco, oito e 13 anos, quando o professor lecciona a tempo inteiro. Se um professor der mais aulas que as estipuladas no contrato colectivo para o sector da educação, recebe um pagamento suplementar. Uma aula extra por semana significa um aumento de três a quatro por cento do salário mensal. O contrato colectivo prevê ainda que o professor receba uma compensação para a maior parte das tarefas adicionais que lhe são atribuídas. Tais tarefas podem incluir a direcção da escola, a gestão da livraria da escola, fazer a manutenção do equipamento audiovisual, entre outros.
Em 2003, nos municípios com capacidade financeira classe dois, a mais comum, o salário inicial de um professor do ensino básico com grau académico superior e um horário de apenas o número obrigatório de horas (ver neste texto horário de trabalho), rondou os 1795 euros. Já o salário final de um professor, com o mesmo número de horas leccionadas, alcança os 2564 euros. No ensino secundário, e ainda nos municípios de capacidade financeira classe dois, o salário inicial, sem horas extras contabilizadas, ronda os 2043 euros; o salário final ascende a 2952 euros.
Os salários dos reitores varia consoante o tipo e tamanho da instituição entre 2500 a 3635 euros de salário inicial e entre 3289 e 4940 euros de salário final. Estes números podem ser maiores caso a instituição valorize financeiramente a obtenção graus académicos mais elevados: licenciatura ou doutoramento. Na prática, os salários dos reitores nunca começam pelo valor inicial, porque os professores eleitos para essa função geralmente já têm vasta experiência de trabalho.


Mais uma vez, o salário na Finlândia é, em média, mais baixo considerando o PIB per capita de cada país... isto antes dos cortes, e tendo em conta tudo o que já disse no comentário anterior!
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por majomo » 16/9/2012 22:33

Pata-Hari Escreveu:Majomo, era por aí que eu estava a evitar entrar: "Ali, professor para entrar em sala tem no mínimo mestrado e com a qualificação elevada veio a autonomia."

E sim, "Existe receita para isso? Por que a profissão de professor é a mais desejada pelos jovens, mesmo sem oferecer os salários mais altos da região? E aos melhores profissionais cabe a tarefa de trabalhar nas piores escolas."

Os ordenados vê do estudo da OCDE já publicados aqui. De adicionar que aparentemente os ordenados médios em portugal, depois dos cortes, começam a ser menos discrepantes.

A discussão da Finlândia é antiga e confesso que não tenho paciência para a voltar a repetir. Desculpa. Há centenas de posts acerca disso, artigos números, videos. Basta procurares. Há um longo thread chamado "why are finnish kids so smart?".


Se não queres voltar a discutir a finlândia...
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