CTT impedidos de aumentar preços do serviço postal mais do que 12% ao ano

[Simon Templar]

Muito obrigado pelos vossos comentários. Mas queria ainda acrescentar uma situação.

Eu andei a ler um livro fantástico, chamado Pai Rico Pai Pobre, que realmente mudou a minha vida e me troce até aqui para junto do mundo do investimento.

E lá falava ( entre muitas outras coisas ) em proteger os nossos activos sobre o manto de uma sociedade anónima. Falava em que por estar numa sociedade anónima, o que acontecia era que os impostos era feitos apenas após os gastos.
Ou seja, imaginando q eu tinha uma entrada de 10 000 euros na sociedade, gastava ou investia 8 000 euros, e por tanto só pagaria impostos sobre os 2 000 euros restantes.

Agora pode acontecer duas coisas, ou eu li mal, ou isso é sobre a realidade americana e não sobre a nossa.

Podem comentar por favor?

[Fernando dos Aidos]

Eu não me quero deter demasiado neste assunto, mas não posso concordar com o Antunes. Se é feito mau uso dos dinheiros públicos, a solução não é deixar de pagar impostos, mas combater a corrupção.

É que se legitimarmos (branquearmos) uma acção ilegal, como é a fuga aos impostos, qualquer pessoa pode legitimar qualquer outras acção ilegal, e aí, deixamos de viver num estado de direito para passarmos a viver ao sabor da lei da selva.

Já usar os métodos que a lei nos concede para pagar o menos possível como, se bem entendi, faz o Ming, é perfeitamente correcto. Já agora, uma pergunta Ming: não tens o problema de pagar 35% das mais valias em vez de 10%?

Um abraço

Fernando dos Aidos

[Ming]

Bom, esses 10% são especialmente injustos.
Por exemplo: Pede-se um empréstimo para investir em acções. Se depois se tem algumas mais-valias não seria lógico subtrair-lhes os custos (os juros) para ver se houve de facto lucro?

Além disso, ao fazer este tipo de actividade (por exemplo com empréstimos à mistura) já se está beneficiar o estado, ao pagar diversos impostos, ao alinhar nas privatizações, ao melhorar o mecanismo de financiamento das actividades empresariais, etc.. Logo, para o estado, já é melhor deixar fazer este tipo de actividade (e meter ao bolso os impostos de selo, os que incidem sobre os lucros dos intermediários, etc.) do que andar a perseguir os malandros dos especuladores e a tentar fechar-lhes a tasca, não?

Podia continuar, mas isto iria conduzir a uma discussão política muito complexa, pelo que acho melhor ficar por aqui...

[mv76]

Até hoje sempre declarei as mais e menos valias. Para mim tem sido fácil porque utilizo o Bpi e eles lá indicam todos os dados para preencher correctamente os impressos das mais valias realizadas há mais ou menos de uma ano.

Mas deixo uma nota final: penso que pelo menos nos últimos 10 anos me enviam um postal para verem as minhas declarações de IRS. Têm visto essencialmente as despesas e a parte referente a benefícios fiscais. Até hoje não tive qualquer problema porque apresento tudo certo e normalmente até tenho de explicar aos funcionários das finanças como é que fiz a parte dos dividendos porque pouca gente apresenta e eles pouco percebem daquilo.

Mas uma coisa que me interessa dizer e tenho dita sempre na mesma repartição de finanças onde até conheço muita gente: porque será que me incomodam todos os anos? Dizem-me que é o computador. Mas será que ele é tão estúpido que escolhe sempre os mesmos e ainda por cima quem paga centenas de contos mensais essencialmente de rendimentos do trabalho?

[Pavel]

Para além de ser eticamente muito reprovável, dificilmente se continuará a viver neste regabofe de não declaração de mais-valias obtidas. Não sei exactamente qual o quadro actual, em termos legais e "práticos", mas parece-me um "comportamento de risco".

De resto, 10% não é tanto assim.

[Ming]

Bom, eu tambem nunca tinha declarado nada, e depois apertaram bastante comigo quanto ao IRS de 2000 (lembram-se da "reforma fiscal" do Pina Moura?).

O problema é que nesse ano as corretoras, bancos, etc. tiveram de entregar às finanças as relações dos negócios efectuados pelos clientes. Eu tinha os meus negócios em vários sítios, e só me chatearam com os que tinha feito na E-Deal.
Depois de matutar um bocado, descobri porquê: É que os outros intermediários eram muito grandes e entregaram listas com muitos milhares de clientes.
A administração fiscal ficou desanimada com o trabalho que ia ter e nem pegou nessas.
Como a lista da E-Deal era pequenina (à volta de 40 clientes) eles encheram-se de coragem, pegaram nessa lista e andaram a chatear toda a gente.
Moral da história: Lá tive de entregar (dois anos depois) uma declaração a indicar menos-valias. E depois ainda quizeram confirmar as contas...
Felizmente consegui convence-los que as contas reais eram demasiado complexas para serem verificadas de forma efectiva...

Mas isso eram outros tempos: Agora a "reforma fiscal" andou para trás e a bolsa está esquecida.
(Só é preciso rezar aos santinhos para que as vacas loucas não se lembrem de tentar ir aí mexer...)

De qualquer forma, por mim, resolví o problema constituindo uma empresa para investir, e tenho todas as contas certinhas...
É claro que PEC é um aborrecimento, mas em compensação recebo todos os anos uns agradáveis dinheiritos de devolução de IRS cobrado indevidamente sobre os dividendos...

[Antunes]

É curioso haver tantos posts sobre o que está certo e o que está errado em muitos assuntos (nomeadamente na política) e, neste assunto, haver tantas pessoas a assobiar para o lado...

Caro Simon Templar,

Neste assunto, como em todos, cada um faz o que a sua consciência lhe dita.

Agora, o que está eticamente correcto é declarar todas as mais valias e menos valias e pagar os impostos que são devidos. Dificilmente alguém poderá defender uma posição diferente de uma forma coerente.

Um abraço

Fernando dos Aidos

Caro Fernando,

O problema é que num país onde se transformam universidades em fundações e essas são detidas por familiares de governantes, pagar impostos não é nada fácil...

[Fernando dos Aidos]

É curioso haver tantos posts sobre o que está certo e o que está errado em muitos assuntos (nomeadamente na política) e, neste assunto, haver tantas pessoas a assobiar para o lado...

Caro Simon Templar,

Neste assunto, como em todos, cada um faz o que a sua consciência lhe dita.

Agora, o que está eticamente correcto é declarar todas as mais valias e menos valias e pagar os impostos que são devidos. Dificilmente alguém poderá defender uma posição diferente de uma forma coerente.

Um abraço

Fernando dos Aidos

[Simon Templar]

hehehe. Mas depois o fisco n vai estranhar qd eu estiver a conduzir um bmw e a ganhar apenas 120 contos mês?

Gostava de saber mais opiniões. Sei que é um assunto q ninguem gosta, mas se alguem tiver a coragem de falar nisto...

[P1]

10% sobre as mais valias declaradas, mas não te preocupes. 99% do pessoal não declara nada ou só declara menos valias.

[Simon Templar]

Olá amigos, já tenho feito esta pergunta várias vezes e ainda n consegui uma resposta.
Será que algum de vocês me pode ajudar?

Quanto é q temos q pagar de impostos sobre o valor investido, ou subre os lucros, em investimentos na bolsa ou em forex?