A crise na RTP
Em Outubro do ano passado escrevi isto. Embora se tenham verificado pequenas alterações, o conteúdo continua actual.
E eu continuo sem perceber qual é exactamente a parte da grelha em que a RTP presta "serviço público".
E eu continuo sem perceber qual é exactamente a parte da grelha em que a RTP presta "serviço público".
Elias Escreveu:fooman,
Não sei o que entendes por "funciona" mas eu sinceramente olhando para as grelhas de programação não consigo ver qual o valor acrescentado de ter 3 canais.
Num dia útil típico a programação é esta:
Das 7 às 10 passa informação da manhã nos 3 canais.
Das 10 às 13 passa os programas parolos da manhã nos 3 canais (com Jorge Gabriel na RTP, Julia Pinheiro na SIC e Goucha na TVI).
Das 13 às 14 temos jornal da tarde nos 3 canais.
Das 14h15 às 15h30 temos telenovelas nos 3 canais.
Das 15h30 às 18h temos programas parolos da tarde nos 3 canais (com João Baião na RTP, Conceição Lino na SIC e Fátima Lopes na TVI).
Das 18 às 20 temos Portugal em Directo e depois o concurso do Mendes na RTP, enquanto os outros dois passam telenovelas.
Das 20 às 21h30 temos telejornais nos 3 canais.
Das 21h30 às 22h30 temos concursos nos 3 canais (Elo + Fraco, Peso Pesado e Casa dos Segredos).
Depois das 22h30 a RTP passa programas culturais ou de debate, enquanto que os outros dois passam logo para as telenovelas.
Depois da meia-noite os 3 canais começam a passar filmes ou séries estrangeiras.
As diferenças entre os canais são reduzidas ou inexistentes durante a maior parte do dia.
Face a esta situação eu pergunto: qual é exactamente o interesse de ter 3 canais generalistas? Qual o valor acrescentado que isso traz? E acima de tudo, qual é exactamente a parte do dia em que a RTP-1 presta serviço público?
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AutoMech Escreveu:@Elias, então e esta parte:
Borges, que coordena a equipa para o processo de privatizações, adiantou ainda que o Estado contribuirá com 140 milhões de euros (contribuição da taxa do audiovisual) anualmente para o novo operador manter o serviço público de televisão. "Vai custar ao Governo metade do que custou nos últimos anos", reforçou.
Faz favor envia as felicitações ao governo por esta solução permitir poupar uma pipa de massa.
Este tipo do setor privado afinal tem mais poder do que um elemento do governo...
Quanto à medida, mais uma PPP ou seja vamos pagar 140M€ continuando a pagar a taxa, se a coisa não correr bem, lá vai o dinheiro público salvar... esta gente não inspira confiança.
Alguém sabe dizer quais os orçamentos da TVI e SIC.
Como se ganha dinheiro na bolsa?!
-Devo usar STOP's
-A tendência é minha amiga
-Não posso transformar um lucro em perda
-Devo cortar as perdas e deixar correr os ganhos
-As ações podem subir/descer mais do que penso e mais rápido
-Cumprir as regras anteriores...
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Eu só espero é que o preço certo, os concursos do Malato, os programas do João Baião, as touradas, o novo concurso de culinária e os jogos das Champions continuem a ser considerados serviço público. São coisas essenciais para o país e justificam bem a taxa audiovisual.
No man is rich enough to buy back his past - Oscar Wilde
@Elias, então e esta parte:
Borges, que coordena a equipa para o processo de privatizações, adiantou ainda que o Estado contribuirá com 140 milhões de euros (contribuição da taxa do audiovisual) anualmente para o novo operador manter o serviço público de televisão. "Vai custar ao Governo metade do que custou nos últimos anos", reforçou.
Faz favor envia as felicitações ao governo por esta solução permitir poupar uma pipa de massa.
Borges, que coordena a equipa para o processo de privatizações, adiantou ainda que o Estado contribuirá com 140 milhões de euros (contribuição da taxa do audiovisual) anualmente para o novo operador manter o serviço público de televisão. "Vai custar ao Governo metade do que custou nos últimos anos", reforçou.
Faz favor envia as felicitações ao governo por esta solução permitir poupar uma pipa de massa.
No man is rich enough to buy back his past - Oscar Wilde
A RTP-2 é fechada porque é cara????



Governo vai concessionar a RTP1 e fechar a RTP2
Alberto Teixeira
23/08/12 21:09
economico
António Borges adiantou hoje pormenores sobre a privatização da RTP. O canal 1 pode ser concessionado, enquanto o canal 2 deverá ser fechado.
António Borges revelou hoje em entrevista à TVI que o Governo tem a intenção de concessionar a RTP1 a um operador privado, mantendo o activo do canal na posse do Estado. Já a RTP 2 vai ser fechada por ser cara.
Borges, que coordena a equipa para o processo de privatizações, adiantou ainda que o Estado contribuirá com 140 milhões de euros (contribuição da taxa do audiovisual) anualmente para o novo operador manter o serviço público de televisão. "Vai custar ao Governo metade do que custou nos últimos anos", reforçou.
"Se o concessionário quiser pode despedir. Se entender que tem trabalhadores a mais, pode despedir", revelou também o consultor do Governo.
Segundo o semanário Sol, o contrato de concessão terá uma duração de 15 a 25 anos.
Sobre a RTP2, questionado se vai ser fechada, Borges respondeu: "Muito provavelmente. É um cenário quase inevitável porque tem custos enormes."
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Elias Escreveu:alexandre7ias Escreveu:Elias esta parte devia estar no tópico Siga o Roubo.![]()
![]()
Bem visto
AutoMech Escreveu::shock:
Como terás percebido, segundo a notícia a taxa audiovisual continuará a ser cobrada (leia-se "extorquida"), mas agora será entregue a um grupo privado. São 150 milhões 'limpos'.
Pois é, chama-se a isto vender ao desbarato.
Os chineses quando compraram a EDP, e mesmo sendo os chineses colegas de partido do Alexandre

Queriam o quê? Solidariedade?
lol
Por mim o que der mais que fique essa trampa toda.
Parabolic Escreveu:Mas isso são optimas noticias para a Impresa (SIC) e também para a Cofina.
Para a Impresa, porque tem sido penalizada pela eventual privatização da RTP que afinal já não vai acontecer. Por outro lado, o bolo da publicidade vai passar a ser dividido por 3 canais e não por 4 (fecho da RTP 2).
Para a Cofina também, porque provavelmente vão ficar com a concessão da RTP 1, aliada aos angolanos da Newshold (a Newshold tem 15% da Cofina).
HUm...penso que estás enganado, a RTP1 vai continuar a passar publicidade, não é privatizada mas e´concessionada. E a RTP2 já não passava publicidade (acho!).
"Só duas coisas são infinitas, o universo e a estupidez humana. Mas no que respeita ao universo ainda não tenho a certeza" Einstein
“Com os actuais meios de acesso à informação, a ignorância não é uma fatalidade, mas uma escolha pessoal" Eu
“Com os actuais meios de acesso à informação, a ignorância não é uma fatalidade, mas uma escolha pessoal" Eu
Mas isso são optimas noticias para a Impresa (SIC) e também para a Cofina.
Para a Impresa, porque tem sido penalizada pela eventual privatização da RTP que afinal já não vai acontecer. Por outro lado, o bolo da publicidade vai passar a ser dividido por 3 canais e não por 4 (fecho da RTP 2).
Para a Cofina também, porque provavelmente vão ficar com a concessão da RTP 1, aliada aos angolanos da Newshold (a Newshold tem 15% da Cofina).
Para a Impresa, porque tem sido penalizada pela eventual privatização da RTP que afinal já não vai acontecer. Por outro lado, o bolo da publicidade vai passar a ser dividido por 3 canais e não por 4 (fecho da RTP 2).
Para a Cofina também, porque provavelmente vão ficar com a concessão da RTP 1, aliada aos angolanos da Newshold (a Newshold tem 15% da Cofina).
alexandre7ias Escreveu:Elias esta parte devia estar no tópico Siga o Roubo.![]()
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Bem visto

AutoMech Escreveu::shock:
Como terás percebido, segundo a notícia a taxa audiovisual continuará a ser cobrada (leia-se "extorquida"), mas agora será entregue a um grupo privado. São 150 milhões 'limpos'.
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.Elias Escreveu:AutoMech Escreveu:E a taxa audiovisual...
Esta parte já está encaminhada:RTP: Governo deverá ceder a gestão e não vender
2012-08-23 20:12
O Governo já decidiu como vai resolver a questão da RTP: não será uma privatização mas sim uma concessão da gestão.
A solução foi avançada esta quinta-feira pelo jornal «Sol» e confirmada pela TVI como sendo a mais provável opção do Governo.
A RTP2 vai fechar e o Estado vai concessionar a gestão da RTP1. Será aberto um concurso para que os eventuais grupos interessados se candidatem.
Mas há restrições: o concessionário terá um contrato válido por 15 a 20 anos e deverá respeitar um contrato de concessão, uma espécie de caderno de encargos do serviço público.
Para além dessas obrigações, a empresa concessionária poderá explorar comercialmente a atividade televisiva.
Se fo esta a opção, o Governo poderá dizer que mantém a propriedade de uma empresa de televisão e o serviço público será assegurado.
O Governo prevê, com esta fórmula, eliminar todas as subvenções atribuídas atualmente à RTP.
O grupo privado que ficar com a concessão terá no entanto direito, pelas informações apuradas pela TVI, à receita da contribuição audiovisual (CAV), que é paga nas faturas da eletricidade.
São dois euros e meio por mês pagos na conta de cada cliente.
No total, em 2010, este valor ascendeu a 110 milhões de euros.
Há ainda dúvidas muito relevantes para clarificar: qual o destino das instalações, dos equipamentos e dos mais de 2 mil trabalhadores da empresa.
http://www.agenciafinanceira.iol.pt/emp ... -1728.html
Elias esta parte devia estar no tópico Siga o Roubo.



AutoMech Escreveu:E a taxa audiovisual...
Esta parte já está encaminhada:
RTP: Governo deverá ceder a gestão e não vender
2012-08-23 20:12
O Governo já decidiu como vai resolver a questão da RTP: não será uma privatização mas sim uma concessão da gestão.
A solução foi avançada esta quinta-feira pelo jornal «Sol» e confirmada pela TVI como sendo a mais provável opção do Governo.
A RTP2 vai fechar e o Estado vai concessionar a gestão da RTP1. Será aberto um concurso para que os eventuais grupos interessados se candidatem.
Mas há restrições: o concessionário terá um contrato válido por 15 a 20 anos e deverá respeitar um contrato de concessão, uma espécie de caderno de encargos do serviço público.
Para além dessas obrigações, a empresa concessionária poderá explorar comercialmente a atividade televisiva.
Se fo esta a opção, o Governo poderá dizer que mantém a propriedade de uma empresa de televisão e o serviço público será assegurado.
O Governo prevê, com esta fórmula, eliminar todas as subvenções atribuídas atualmente à RTP.
O grupo privado que ficar com a concessão terá no entanto direito, pelas informações apuradas pela TVI, à receita da contribuição audiovisual (CAV), que é paga nas faturas da eletricidade.
São dois euros e meio por mês pagos na conta de cada cliente.
No total, em 2010, este valor ascendeu a 110 milhões de euros.
Há ainda dúvidas muito relevantes para clarificar: qual o destino das instalações, dos equipamentos e dos mais de 2 mil trabalhadores da empresa.
http://www.agenciafinanceira.iol.pt/emp ... -1728.html
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Governo concessiona RTP1 e fecha RTP2
23 de Agosto, 2012
O Governo analisou quatro modelos alternativos de privatização da RTP e optou por uma solução inesperada: a concessão da gestão da RTP1 e o encerramento da RTP2. ©Miguel Silva/SOL
O primeiro-ministro e o ministro Miguel Relvas, que tutela a área da comunicação social, assessorados pela equipa coordenada por António Borges para o processo das privatizações, já decidiram: o Estado fará a concessão total do serviço público de televisão e rádio (RTP e RDP) a um operador privado, por um período de 15 a 25 anos, mantendo a propriedade pública da empresa – soube o SOL de fonte governamental.
Esta solução de privatização cumpre três objectivos do Governo: libertar o Orçamento do Estado dos elevados custos que o grupo RTP/RDP tem representado (em média dos últimos cinco anos, cerca de 240 milhões de euros anuais); garantir o cumprimento do serviço público de conteúdos, através de um contrato a assumir pelo concessionário privado que ganhar o concurso; e manter a propriedade pública da empresa.
Leia a notícia completa na edição impressa do SOL que amanhã está nas bancas.
http://sol.sapo.pt/inicio/Sociedade/Int ... t_id=57512
Se for verdade, resta saber o que fazer aos outros canais, tipo RTP informação, memória, açores, madeira, internacional, etc. E a taxa audiovisual...
No man is rich enough to buy back his past - Oscar Wilde
Grupo angolano cria empresa para comprar canal da RTP
23.08.2012 - 08:08 Por Maria Lopes
publico.pt
A Newshold, grupo angolano proprietário do semanário Sol, está a preparar a sua candidatura à privatização de uma frequência da RTP, tendo para isso criado uma nova empresa.
De acordo com fontes do mercado contactadas pelo PÚBLICO, a Newshold está mesmo já a contratar colaboradores para a elaboração do projecto.
Quem está a conduzir o processo dessa nova empresa é José Marquitos, que foi vice-presidente da RTP durante quatro anos e saiu em Janeiro, aquando da mudança de mandato e da redução da administração da estação pública de cinco para três elementos. Fora administrador do Sol em 2006 e 2007, e a sua contratação para director-geral para as empresas participadas foi confirmada pela Newshold ainda antes de Marquitos deixar a RTP.
Contactado pelo PÚBLICO, José Marquitos negou que esteja envolvido na preparação de candidatura do grupo de capitais angolanos à privatização de uma frequência da RTP. Admitiu que o grupo criou uma nova empresa, a Novo Conteúdo, uma espécie de intermediário entre os compradores e os vendedores de espaço publicitário em órgãos de comunicação social. Destina-se apenas a "conseguir mais eficiência em áreas como a publicidade e a distribuição para o jornal Sol", embora admita que "possa vir a ganhar massa crítica com outros títulos" e outros projectos. Porém, afirma desconhecer outros planos do accionista para a Novo Conteúdo, remetendo esclarecimentos para o administrador Mário Ramires - de quem, apesar de várias tentativas, não foi possível obter um comentário.
O objecto social da Novo Conteúdo é, no entanto, mais vasto. Além da prestação de serviços de marketing e planeamento publicitário, entre outras funções, a empresa dedica-se também à "consultoria e assessoria no desenvolvimento, implementação e acompanhamento de projectos de marketing, publicidade e comunicação". Criada em Dezembro de 2011, a empresa teve como presidente a advogada Ana Bruno - representante de investidores angolanos em 20 outras empresas, e na altura também presidente da Newshold -, que foi depois substituída por Sílvio Madaleno na sequência do caso de fraude fiscal e branqueamento de capitais conhecido como operação Monte Branco.
Além do Sol, a Newshold tem uma participação de cerca de 15% na Cofina, que edita o Correio da Manhã (CM), e uma participação residual de 1,7% na Impresa. A Cofina, que actualmente está a apostar no sector da televisão através do Correio da Manhã TV - canal generalista com forte componente informativa com lançamento em exclusivo no Meo previsto para o primeiro trimestre do próximo ano -, é o parceiro natural para a Newshold no dossier RTP. A Cofina não quis comentar o assunto.
O assunto RTP está neste momento a provocar um movimento de informações contraditórias no sector do audiovisual. Para uma parte, o cenário de candidatura de capitais angolanos - incluindo outras empresas além da Newshold - é ponto assente; para outra, a versão posta a circular é a de que ninguém de Angola estará interessado na RTP por causa das polémicas que daí poderão advir - haverá quem considere que as empresas angolanas serão mesmo inelegíveis neste processo -, e a teoria de que os 15% que a Newshold tem na Cofina poderão servir de alavancagem para uma candidatura conjunta à compra da RTP é pura especulação. O grupo do CM é o único dos grandes que não tem uma participação com peso na TV.
De olho na RTP estará também, indirectamente, a Ongoing. O negócio só seria exequível através da sua participada brasileira Ejesa, já que o grupo de Nuno Vasconcellos detém uma quota de 23% na Impresa, dona da SIC. Embora o mercado dos media atravesse uma crise, um activo retirado à RTP pode, ainda assim, ser interessante para redes internacionais como as brasileiras Bandeirantes ou Record, ou até a italiana Mediaset, que também tem canais de televisão em Espanha. Outra possibilidade é os candidatos excluídos do concurso para a atribuição do quinto canal - e que impugnaram em tribunal a decisão da Entidade Reguladora para a Comunicação Social - voltarem agora os seus interesses para a privatização de um canal da RTP. Embora o grupo de empresários que deu origem ao consórcio Telecinco seja uma hipótese mais afastada, não é de estranhar que a Zon Multimédia se coloque no início da corrida. A Zon tem como accionista de referência a filha do Presidente angolano, Isabel dos Santos (28,8%), mas estão também na lista de accionistas Joaquim Oliveira e a Ongoing, ambos com menos de 5%.O cenário actual no mercado é de expectativa: não se sabe qual a estratégia e o modelo a aplicar neste negócio de venda de uma frequência da RTP. Uma hipótese é que a venda de uma frequência possa ficar de algum modo ligada também à alienação de boa parte dos meios de produção - uma estratégia para ajudar a criar mais-valias no bem a alienar. Ou seja, quem comprasse a frequência - e não o canal de programação - ficaria com a parte técnica (excluindo a produção de informação, como a régie), tendo depois privilégios no fornecimento de programas aos canais remanescentes no serviço público. Outra ideia em cima da mesa é que o comprador da frequência e dos meios de produção possa ficar nas instalações da RTP mediante o pagamento de uma renda - uma receita segura para a empresa.
23.08.2012 - 08:08 Por Maria Lopes
publico.pt
A Newshold, grupo angolano proprietário do semanário Sol, está a preparar a sua candidatura à privatização de uma frequência da RTP, tendo para isso criado uma nova empresa.
De acordo com fontes do mercado contactadas pelo PÚBLICO, a Newshold está mesmo já a contratar colaboradores para a elaboração do projecto.
Quem está a conduzir o processo dessa nova empresa é José Marquitos, que foi vice-presidente da RTP durante quatro anos e saiu em Janeiro, aquando da mudança de mandato e da redução da administração da estação pública de cinco para três elementos. Fora administrador do Sol em 2006 e 2007, e a sua contratação para director-geral para as empresas participadas foi confirmada pela Newshold ainda antes de Marquitos deixar a RTP.
Contactado pelo PÚBLICO, José Marquitos negou que esteja envolvido na preparação de candidatura do grupo de capitais angolanos à privatização de uma frequência da RTP. Admitiu que o grupo criou uma nova empresa, a Novo Conteúdo, uma espécie de intermediário entre os compradores e os vendedores de espaço publicitário em órgãos de comunicação social. Destina-se apenas a "conseguir mais eficiência em áreas como a publicidade e a distribuição para o jornal Sol", embora admita que "possa vir a ganhar massa crítica com outros títulos" e outros projectos. Porém, afirma desconhecer outros planos do accionista para a Novo Conteúdo, remetendo esclarecimentos para o administrador Mário Ramires - de quem, apesar de várias tentativas, não foi possível obter um comentário.
O objecto social da Novo Conteúdo é, no entanto, mais vasto. Além da prestação de serviços de marketing e planeamento publicitário, entre outras funções, a empresa dedica-se também à "consultoria e assessoria no desenvolvimento, implementação e acompanhamento de projectos de marketing, publicidade e comunicação". Criada em Dezembro de 2011, a empresa teve como presidente a advogada Ana Bruno - representante de investidores angolanos em 20 outras empresas, e na altura também presidente da Newshold -, que foi depois substituída por Sílvio Madaleno na sequência do caso de fraude fiscal e branqueamento de capitais conhecido como operação Monte Branco.
Além do Sol, a Newshold tem uma participação de cerca de 15% na Cofina, que edita o Correio da Manhã (CM), e uma participação residual de 1,7% na Impresa. A Cofina, que actualmente está a apostar no sector da televisão através do Correio da Manhã TV - canal generalista com forte componente informativa com lançamento em exclusivo no Meo previsto para o primeiro trimestre do próximo ano -, é o parceiro natural para a Newshold no dossier RTP. A Cofina não quis comentar o assunto.
O assunto RTP está neste momento a provocar um movimento de informações contraditórias no sector do audiovisual. Para uma parte, o cenário de candidatura de capitais angolanos - incluindo outras empresas além da Newshold - é ponto assente; para outra, a versão posta a circular é a de que ninguém de Angola estará interessado na RTP por causa das polémicas que daí poderão advir - haverá quem considere que as empresas angolanas serão mesmo inelegíveis neste processo -, e a teoria de que os 15% que a Newshold tem na Cofina poderão servir de alavancagem para uma candidatura conjunta à compra da RTP é pura especulação. O grupo do CM é o único dos grandes que não tem uma participação com peso na TV.
De olho na RTP estará também, indirectamente, a Ongoing. O negócio só seria exequível através da sua participada brasileira Ejesa, já que o grupo de Nuno Vasconcellos detém uma quota de 23% na Impresa, dona da SIC. Embora o mercado dos media atravesse uma crise, um activo retirado à RTP pode, ainda assim, ser interessante para redes internacionais como as brasileiras Bandeirantes ou Record, ou até a italiana Mediaset, que também tem canais de televisão em Espanha. Outra possibilidade é os candidatos excluídos do concurso para a atribuição do quinto canal - e que impugnaram em tribunal a decisão da Entidade Reguladora para a Comunicação Social - voltarem agora os seus interesses para a privatização de um canal da RTP. Embora o grupo de empresários que deu origem ao consórcio Telecinco seja uma hipótese mais afastada, não é de estranhar que a Zon Multimédia se coloque no início da corrida. A Zon tem como accionista de referência a filha do Presidente angolano, Isabel dos Santos (28,8%), mas estão também na lista de accionistas Joaquim Oliveira e a Ongoing, ambos com menos de 5%.O cenário actual no mercado é de expectativa: não se sabe qual a estratégia e o modelo a aplicar neste negócio de venda de uma frequência da RTP. Uma hipótese é que a venda de uma frequência possa ficar de algum modo ligada também à alienação de boa parte dos meios de produção - uma estratégia para ajudar a criar mais-valias no bem a alienar. Ou seja, quem comprasse a frequência - e não o canal de programação - ficaria com a parte técnica (excluindo a produção de informação, como a régie), tendo depois privilégios no fornecimento de programas aos canais remanescentes no serviço público. Outra ideia em cima da mesa é que o comprador da frequência e dos meios de produção possa ficar nas instalações da RTP mediante o pagamento de uma renda - uma receita segura para a empresa.
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Jogos da Selecção Nacional transmitidos na RTP
23 Agosto 2012 | 09:33
Jornal de Negócios Online - negocios@negocios.pt
A estação pública comprou à Olivedesportos os direitos para a transmissão dos jogos de qualificação da Selecção Nacional de Futebol para o Mundial 2014. Os valores não são conhecidos.
A RTP já chegou a acordo com a Olivedesportos para transmitir em sinal aberto os jogos de apuramento para o Mundial de 2014, no Rio de Janeiro, da Selecção Nacional de Futebol.
A oficialização do negócio, segundo escreve esta quinta-feira o "Correio da Manhã", deve acontecer ainda hoje.
A RTP transmitirá, também, os jogos da equipa sub-21, que tenta o apuramento para o Europeu 2013 nesse escalão.
A primeira transmissão do apuramento para o Mundial 2014 vai acontecer a 7 de setembro, dia em que Portugal joga com o Luxemburgo. No dia 11, a selecção recebe o Azerbaijão.
A SIC e a TVI não foram a jogo para ficarem com os jogos da Selecção. O Mundial de Futebol de 2014 também já está garantido pela RTP.
23 Agosto 2012 | 09:33
Jornal de Negócios Online - negocios@negocios.pt
A estação pública comprou à Olivedesportos os direitos para a transmissão dos jogos de qualificação da Selecção Nacional de Futebol para o Mundial 2014. Os valores não são conhecidos.
A RTP já chegou a acordo com a Olivedesportos para transmitir em sinal aberto os jogos de apuramento para o Mundial de 2014, no Rio de Janeiro, da Selecção Nacional de Futebol.
A oficialização do negócio, segundo escreve esta quinta-feira o "Correio da Manhã", deve acontecer ainda hoje.
A RTP transmitirá, também, os jogos da equipa sub-21, que tenta o apuramento para o Europeu 2013 nesse escalão.
A primeira transmissão do apuramento para o Mundial 2014 vai acontecer a 7 de setembro, dia em que Portugal joga com o Luxemburgo. No dia 11, a selecção recebe o Azerbaijão.
A SIC e a TVI não foram a jogo para ficarem com os jogos da Selecção. O Mundial de Futebol de 2014 também já está garantido pela RTP.
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RTP assegura transmissão de jogos da I Liga nos canais internacionais e recusa revelar custos
18.08.2012 - 11:21 Por Lusa, PÚBLICO
A RTP garantiu os direitos de transmissão de um jogo de futebol por jornada nos canais internacionais RTP África e RTP Internacional, revelou fonte oficial da empresa.
O acordo com a Sport TV, empresa que detém os direitos dos jogos de futebol, ficou concluído na manhã de sexta-feira - dia em que arrancou do campeonato da I Liga -, mas não é válido para o território português.
Apenas a comunidade de língua portuguesa fora de Portugal vai poder assistir a um jogo em directo por semana.
Segundo fonte oficial da RTP, é costume a estação pública ter direitos de transmissão de um jogo por jornada nas antenas internacionais.
Questionada sobre o valor do contrato, a mesma fonte escusou-se a adiantar esta informação.
Pela primeira vez, o campeonato da I Liga arrancou sem que qualquer operador de sinal aberto - RTP, SIC e TVI - tenha apresentando uma proposta à Sport TV para transmitir os jogos num destes canais.
Facto é que a Lei da Televisão e o despacho da lista dos acontecimentos que devem ser qualificados de interesse generalizado não obrigam os operadores de televisão portugueses a comprar os direitos de transmissão da primeira Liga de futebol.
De acordo com o despacho n.º 4214/2012 de 22 de Março, que torna pública a lista dos acontecimentos que devem ser qualificados de interesse generalizado do público, há um conjunto de acontecimentos relativos aos quais deve ser facultado o acesso “pelos adquirentes dos respectivos direitos exclusivos que emitam em regime de acesso condicionado ou sem cobertura nacional aos operadores interessados na sua transmissão televisiva que emitam por via hertziana terrestre com cobertura nacional e acesso não condicionado”.
Nesta lista inclui-se a transmissão de “um jogo por jornada do campeonato nacional de futebol da I Liga, envolvendo necessariamente uma das três equipas melhor classificadas nos campeonatos das últimas cinco épocas”.
Assim, a Sport TV, que adquiriu os direitos de transmissão da I Liga, tem de facultar o acesso aos operadores em sinal aberto (RTP, TVI e SIC) de um jogo por jornada e esse jogo tem de envolver uma das três equipas melhores classificadas nas últimas cinco épocas.
Mas a Lei da Televisão, no artigo sobre a aquisição de direitos exclusivos, diz que os operadores com acesso condicionado e com direitos exclusivos de transmissão de acontecimentos que sejam objecto de interesse generalizado público “ficam obrigados a facultar, em termos não discriminatórios e de acordo com as condições do mercado, o seu acesso a outro ou outros operadores interessados” de sinal aberto.
Ou seja, “nem o despacho, nem a Lei da Televisão obrigam à compra”, explicou à Lusa o vice-presidente da Entidade Reguladora para a Comunicação Social (ERC), Arons de Carvalho.
Os operadores com acesso condicionado, neste caso a Sport TV, “são obrigados a pôr os direitos no mercado”, o que foi feito, mas até à data sem qualquer proposta de compra.
Miguel Relvas, ministro adjunto e dos Assuntos Parlamentares, que tutela a RTP, foi bastante crítico, há duas épocas, quando a estação pública comprou os direitos de transmissão dos jogos da primeira liga de futebol numa altura em que o Governo era do PS.
18.08.2012 - 11:21 Por Lusa, PÚBLICO
A RTP garantiu os direitos de transmissão de um jogo de futebol por jornada nos canais internacionais RTP África e RTP Internacional, revelou fonte oficial da empresa.
O acordo com a Sport TV, empresa que detém os direitos dos jogos de futebol, ficou concluído na manhã de sexta-feira - dia em que arrancou do campeonato da I Liga -, mas não é válido para o território português.
Apenas a comunidade de língua portuguesa fora de Portugal vai poder assistir a um jogo em directo por semana.
Segundo fonte oficial da RTP, é costume a estação pública ter direitos de transmissão de um jogo por jornada nas antenas internacionais.
Questionada sobre o valor do contrato, a mesma fonte escusou-se a adiantar esta informação.
Pela primeira vez, o campeonato da I Liga arrancou sem que qualquer operador de sinal aberto - RTP, SIC e TVI - tenha apresentando uma proposta à Sport TV para transmitir os jogos num destes canais.
Facto é que a Lei da Televisão e o despacho da lista dos acontecimentos que devem ser qualificados de interesse generalizado não obrigam os operadores de televisão portugueses a comprar os direitos de transmissão da primeira Liga de futebol.
De acordo com o despacho n.º 4214/2012 de 22 de Março, que torna pública a lista dos acontecimentos que devem ser qualificados de interesse generalizado do público, há um conjunto de acontecimentos relativos aos quais deve ser facultado o acesso “pelos adquirentes dos respectivos direitos exclusivos que emitam em regime de acesso condicionado ou sem cobertura nacional aos operadores interessados na sua transmissão televisiva que emitam por via hertziana terrestre com cobertura nacional e acesso não condicionado”.
Nesta lista inclui-se a transmissão de “um jogo por jornada do campeonato nacional de futebol da I Liga, envolvendo necessariamente uma das três equipas melhor classificadas nos campeonatos das últimas cinco épocas”.
Assim, a Sport TV, que adquiriu os direitos de transmissão da I Liga, tem de facultar o acesso aos operadores em sinal aberto (RTP, TVI e SIC) de um jogo por jornada e esse jogo tem de envolver uma das três equipas melhores classificadas nas últimas cinco épocas.
Mas a Lei da Televisão, no artigo sobre a aquisição de direitos exclusivos, diz que os operadores com acesso condicionado e com direitos exclusivos de transmissão de acontecimentos que sejam objecto de interesse generalizado público “ficam obrigados a facultar, em termos não discriminatórios e de acordo com as condições do mercado, o seu acesso a outro ou outros operadores interessados” de sinal aberto.
Ou seja, “nem o despacho, nem a Lei da Televisão obrigam à compra”, explicou à Lusa o vice-presidente da Entidade Reguladora para a Comunicação Social (ERC), Arons de Carvalho.
Os operadores com acesso condicionado, neste caso a Sport TV, “são obrigados a pôr os direitos no mercado”, o que foi feito, mas até à data sem qualquer proposta de compra.
Miguel Relvas, ministro adjunto e dos Assuntos Parlamentares, que tutela a RTP, foi bastante crítico, há duas épocas, quando a estação pública comprou os direitos de transmissão dos jogos da primeira liga de futebol numa altura em que o Governo era do PS.
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Sou dos que pensam que aqueles que querem bons programas devem pagá-los: utilizador pagador. Não aceito que ter TV pública é equivalente a Estado social, quando há hoje tantas alternativas pivadas nacionais e estrangeiras.
Não quero os impostos a largarem € 400 milhões para uma TV pública, que sempre serviu interesses políticos e afins. Gostava de ver os FP´s a dizer que trocam um ordenado pelo fecho/venda da RTP.
Para mim entregá-la por € 1,00 já é uma melhor solução do que a atual.
O preço de venda de qualquer ativo nunca é ao valor real ou justo. Não sei como se chega a estes valores. Deve haver dezenas formas de os calcular e darão resultados diferentes.
O preço de venda é sempre o resultado das ofertas naquele momento. Compete ao vendedor verificar qual é a melhor alternativa, que pode ser aguardar por outra altura, todavia não garante que o resultado será melhor.
Não quero os impostos a largarem € 400 milhões para uma TV pública, que sempre serviu interesses políticos e afins. Gostava de ver os FP´s a dizer que trocam um ordenado pelo fecho/venda da RTP.
Para mim entregá-la por € 1,00 já é uma melhor solução do que a atual.
O preço de venda de qualquer ativo nunca é ao valor real ou justo. Não sei como se chega a estes valores. Deve haver dezenas formas de os calcular e darão resultados diferentes.
O preço de venda é sempre o resultado das ofertas naquele momento. Compete ao vendedor verificar qual é a melhor alternativa, que pode ser aguardar por outra altura, todavia não garante que o resultado será melhor.
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Banesco, sugiro inclusão da notícia no tópico da TDT:
http://caldeiraodebolsa.jornaldenegocio ... hlight=tdt
http://caldeiraodebolsa.jornaldenegocio ... hlight=tdt
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A RTP 2 é o único canal emitido em sinal aberto que tem uma programação realmente alternativa, e para melhor, em relação aos restantes. Penso que concordam comigo quando digo que Portugal ficaria mais pobre com a retirada da grelha de programação de programas como a Sociedade Civil, os numerosos documentários e as magazines de desporto de várias modalidades que não são falados nos outros canais.
E entretanto vem aí o 5º canal...
E entretanto vem aí o 5º canal...

Editado pela última vez por Visitante em 4/8/2012 17:20, num total de 1 vez.
Dom_Quixote Escreveu:Espero que o produto da alienação seja suficiente para pagar à BCG e à Accenture....
Estou curioso para, no estado actual das coisas, conhecer o adquirente.
Não esquecer que é da alçada do Relvas...
Há algum sítio onde se consiga apurar esses encargos?
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