Caldeirão da Bolsa

Bancos que futuro...

Espaço dedicado a todo o tipo de troca de impressões sobre os mercados financeiros e ao que possa condicionar o desempenho dos mesmos.

por alexandre7ias » 26/8/2012 20:56

Mais uma ajuda aos bancos embora queiram fazer parecer o contrario...

Helena Pereira e Luís Gonçalves

A Comissão Europeia vai aplicar já este ano medidas para resolver o excessivo endividamento dos particulares, que ameaça a retoma na zona euro. Em Portugal, a dívida das famílias é quase 100% do PIB. Há 700 mil agregados que já não conseguem pagar os seus créditos e o tema é ‘prioritário’ para a troika.

A Comissão Europeia (CE) está a fazer um estudo sobre o sobre-endividamento das famílias de todos os países da União Europeia (UE) para, no final, propor novas medidas «para atenuar o seu impacto».

A informação é avançada pelo comissário John Dalli, responsável pela Saúde e Política dos Consumidores da CE, em resposta a uma pergunta do eurodeputado português Nuno Melo (CDS), a que o SOL teve acesso.

«A Comissão está ciente de que muitos agregados familiares enfrentam graves perturbações financeiras», escreveu o comissário, em documento de 18 de Julho, adiantando que está a realizar um estudo relativo ao sobre-endividamento das famílias, que «visa analisar as suas causas e consequências financeiras e listar acções para atenuar o seu impacto».

No final do ano, prevê que seja lançada uma consulta pública com base nos resultados preliminares, enquanto os resultados finais estarão disponíveis em 2013.

Dívidas fora dos tribunais

Sobre a situação portuguesa, Dalli realça que «o programa de ajustamento para Portugal prevê, nomeadamente, um regime-quadro para as instituições financeiras procederem à reestruturação extrajudicial de dívidas de agregados familiares, que deve ajudar as famílias em dificuldades financeiras».

O comissário não deixa, no entanto, de sublinhar que o endividamento das famílias não é uma novidade, ou seja, não é apenas culpa da aplicação do plano da troika. «Alguma investigação europeia confirma, por exemplo, que os incumprimentos nos pagamentos dos empréstimos dos cidadãos em Portugal aumentaram de 6,4% da população em 2008, para 8,6% em 2010», escreve.

E, sobre o momento que a UE atravessa – «tempos de austeridade», nas suas palavras –, Dalli apela aos Estados-membros, «sempre que possível, a procurar primeiramente ganhos de eficiência, antes de cortar em matéria de protecção social, e simultaneamente, quando inevitável, limitar o impacto negativo sobre a formação de capital humano».

O elevado endividamento das famílias portuguesas – um dos mais altos em toda a Europa só atrás da Irlanda, Chipre e Países Baixos –, foi dos primeiros pontos identificados pela troika quando se instalou em Portugal para desenhar o programa de assistência.

Portugueses endividados

A resolução do sobre-endividamento dos particulares ainda é considerada, após quatro avaliações dos credores externos, uma «prioridade-chave», lê-se nos relatórios mais recentes de avaliação a Portugal do FMI e Comissão Europeia.

Embora a dívida das famílias esteja a cair nos últimos meses, devido à restrição ao crédito feito pela banca e à menor procura de empréstimos por parte dos particulares com a subida do desemprego e queda do seu rendimento, os números continuam a ser preocupantes, sobretudo quando comparados com os restantes parceiros europeus.

Hoje, a dívida das famílias portuguesas equivale a 95% do PIB e a cerca de 120% do seu rendimento (em 2009, atingiu-se um máximo de 130%). Ou seja, os particulares estão quase tão endividados como o Estado (dívida de 115% do PIB) e os seus rendimentos não são suficientes para saldar os seus compromissos face à banca, no futuro. A média do endividamento das famílias na zona euro é de cerca de 70% do seu rendimento.

Com o agravamento da recessão e o desemprego com a crise do euro, os agregados familiares em Portugal começaram a ficar sem meios de conseguir honrar os compromissos assumidos perante os bancos (ver texto em cima).

Malparado sobe 30%

Segundo dados do Banco de Portugal, existem mais de 700 mil famílias portuguesas com créditos por pagar, seja empréstimos para habitação, seja para consumo.

Desde 2009, o peso do crédito mal parado já cresceu 30% e representa hoje 4% do crédito total. Contas feitas, dos 148 mil milhões de euros que os bancos emprestaram às famílias, cerca de seis mil milhões estão em risco de não serem pagos.

A situação é especialmente crítica no crédito ao consumo. O incumprimento neste segmento quase duplicou nos últimos três anos, e 11,5% dos empréstimos para o consumo estão em falta. Para resolver este problema, a troika quer avançar para um programa de renegociação das dívidas das famílias à banca.
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Fonte: SOL
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por alexandre7ias » 25/8/2012 17:02

Banco HSBC investigado por suspeitas de lavagem de dinheiro

HSBC (Foto: D.R.)
O banco está a ser investigado por suspeitas de lavagem de dinheiro para cartéis de droga mexicanos

As autoridades norte-americanas estão a investigar o banco HSBC por suspeitas de lavagem de dinheiro para cartéis de droga mexicanos e de transferências para bancos sauditas com ligações a terroristas, avançou hoje o "The New York Times".

Segundo o jornal, que cita fontes das autoridades federais não identificadas, o HSBC também está a ser investigado por suspeitas de transferências, através da sua subsidiária norte-americana, para países sujeitos a sanções, como o Irão, Sudão e Coreia do Norte.



Dinheiro Vivo | Lusa
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por Texano Bill » 13/8/2012 13:37

Diário Económico Escreveu:Cinco anos de escândalos na elite da banca mundial

Fraudes, escândalos, salários milionários e alguma impunidade. O Diário Económico relembra as principais figuras desde o início da crise.

"Existe uma certa diabolização da Banca". A frase é de Faria de Oliveira, em recente entrevista ao Diário Económico. A esta opinião poderíamos juntar a de Lloyd Blankfein, o todo-poderoso presidente da Goldman Sachs, que afirmou que "os banqueiros fazem o trabalho de Deus". O autor desta frase é um dos poucos sobreviventes de Wall Street à crise que começou a fazer vítimas, há cinco anos.

A questão da moral na banca pode parecer simplista, mas surge após a sucessão de casos em instituições que são, ou eram, vistas como pilares do sistema financeiro internacional. A Bear Stearns já não existe, a Merrill Lynch foi comprada; a Lehman ruiu com um estrondo que fez tremer todo o mundo; bancos foram nacionalizados em quase todos os principais mercados. Entre fraudes, má gestão ou apenas azar, há inúmeros exemplos de banqueiros no centro do turbilhão; alguns ajudaram a criá-lo, outros não o souberam combater.

A crise nascida do ‘subprime' começou por arrastar os bancos; isto espalhou-se à economia; o que obrigou a resgates públicos e ao reforço brutal do investimento estatal, para impedir uma recessão que veio a suceder de qualquer forma. Nesta altura, todas as vozes "falavam grosso" para a banca. Esta era a culpada da crise e estava a obrigar os Estados, isto é, os contribuintes, a endividar-se para salvar o sector. Até que a maré - o humor do mercado - mudou, e são os próprios Estados em risco. E, ironia do destino, dependentes dos bancos para se financiarem, nomeadamente nos leilões de dívida pública. A verdade é que todo esse alarido super-regulatório deixou poucas mudanças efectivas, e sobretudo não impediu que continuassem a suceder escândalos na banca, mesmo que já não relacionados com a crise do ‘subprime'.

No elenco ao lado, pode ver boa parte do filme da crise. Entre os protagonistas essenciais estão Dick "O Gorila" Fuld, em cujos braços morreu a Lehman; mas também actores mais recentes, como o presidente do Nomura, que curiosamente cresceu à custa da Lehman. E também Phil Purcell, o antigo CEO da Morgan Stanley que, em 2005, perdeu o emprego por recusar alavancar o banco para embarcar no aparente "almoço grátis" do ‘subprime'.


No centro do turbilhão...

Matt Ridley - Northern Rock
Juntamente com a saída dos funcionários da Lehman dos seus escritórios, as filas de clientes às portas do Northern Rock ficam como a grande imagem do início da crise. Em 2007, tornou-se a primeira vítima da exposição ao ‘subprime' norte-americano, tendo de receber assistência de liquidez de emergência do Banco de Inglaterra. No entanto, tal soube-se, e criou-se uma corrida aos depósitos - a primeira em mais de 100 anos em Inglaterra - que derrubou de vez o banco, que acabou por ser nacionalizado. Já este ano, foi comprado pela Virgin Money, de Richard Branson. À data da nacionalização, o Northern Rock tinha como ‘chairman' Matthew Ridley, que se demitiu em Outubro de 2007. Ridley não era apenas banqueiro: foi jornalista e é um escritor conceituado, sobretudo na área da Ciência.

Chuck Prince - Citigroup
Tornou-se CEO do Citigroup em 2003 e demitiu-se em Novembro de 2007, depois de inesperadamente o banco apresentar perdas no terceiro trimestre, devido às perdas associadas a investimentos como os CDS. Prince saiu do banco com cerca de 38 milhões de dólares de bónus e continua a ser consultor do Citigroup. Ficou ainda mais conhecido pela frase que utilizou para explicar o facto de o banco continuar a fazer negócios altamente alavancados à medida que a crise do ‘subprime' piorava : "Enquanto a música estiver a tocar, tens de te levantar e dançar". Para Prince, como para outros grande banqueiros, o problema foi quando a música acabou.

Stan O'Neal - Merrill Lynch
Tornou-se CEO da Merrill em 2003, depois de ter presidido à divisão de ‘private clients', onde levou adiante despedimentos massivos. Assim que chega ao poder da Merrill Lynch, O'Neal decide livrar-se da cultura de ‘job security', argumentando que isso promovia uma cultura de facilitismo e não de mérito. O'Neil deu maior dimensão às áreas de trading e foi um dos maiores subscritores de CDO colateralizados por crédito hipotecário. Quem questionasse o risco em que o banco estava a incorrer na altura era despedido ou colocado "na prateleira". Uma estratégia que deu origem a enormes bónus, até que em Agosto e Setembro de 2007 a Merrill Lynch anunciou perdas de oito mil milhões de dólares. À medida que a crise piorava O'Neil abordou o Wachovia Bank sobre uma possível fusão, mas sem obter primeiro a aprovação da administração da Merrill, o que levou à sua saída. O'Neil saiu com um pacote de compensação que incluía acções e opções da Merrill avaliadas em 161,5 milhões de dólares na altura. Em Janeiro de 2008, O'Neil foi nomeado para o conselho de administração da Alcoa. A Merrill Lynch foi vendida ao Bank of America, no período mais sensível da crise financeira.

Dick Fuld - Lehman Brothers
Era o CEO do Lehman desde 1994. Era conhecido como o Gorilla em Wall Street devido à sua veia competitiva, ao seu carácter irascível e a uma presença física que intimidava colaboradores e adversários. Esta característica ficou bem clara num vídeo interno do banco, acerca dos ‘short-sellers', no qual Richard Fuld arranca a seguinte frase: "Sou suave, sou adorável, mas o que eu quero mesmo fazer é esticar o braço, arrancar-lhes o coração e comê-lo antes que eles morram". A sua agressividade não se ficava pelo trato, e era adoptada também na forma de fazer negócios e nas apostas financeiras que o banco assumia. Até ao último momento, recusou-se a acreditar que a Reserva Federal fosse até ao fim e mantivesse a recusa em salvar a instituição a que presidia. O dia acabou por ficar como símbolo de que a crise também abatia os gigantes.

Jimmy Cayne - Bear Stearns
Foi o primeiro banco a cair pelas mãos do ‘subprime'. Estava fortemente investido em produtos derivados colateralizados por créditos de má qualidade. Os primeiros sinais do que aí vinha foram dados precisamente por dois fundos do Bear Stearns, ainda em 2007. Em Março de 2008 foi comprado pelo JP Morgan por dez dólares por acção (em Fevereiro de 2008 o banco cotava a 93 dólares por acção). A instituição suspendeu o pagamento de bónus aos seus colaboradores em 2007, mas antes de o fazer Jimmy Cayne recebeu mais de 87 milhões de dólares em dinheiro pelos seus esforços, de 2000 a 2006.

Fred Goodwin - Royal Bank of Scotland
Demitiu-se em Outubro de 2008, com efeito a partir de 31 de Janeiro de 2009. Precisamente um mês antes de o Royal Bank of Scotland apresentar perdas anuais de 24,1 mil milhões de libras, a maior perda anual na história empresarial do Reino Unido. O título de Cavaleiro (knighthood) atribuído em 2004 por "serviços ao sistema bancário" foi cancelado e anulado a 1 de Fevereiro de 2012. O que se compreende, tendo em atenção que a exposição do banco ao sector do ‘subprime' obrigou o Estado britânico a nacionalizar a instituição.

Ken Lewis - Bank of America
Tornou-se CEO, presidente e chairman do BoA em 2001 e saiu em Setembro de 2009. Em Setembro de 2008, e depois de ter recebido 86 mil milhões de dólares da Fed, Lewis escreveu aos seus accionistas dizendo que ele estava ao leme de "um dos mais fortes e mais estáveis bancos do mundo". No início de Janeiro o BoA comprou o Countrywide por 2,5 mil milhões de dólares, um negócio que foi caracterizado por alguns como o pior negócio na história da finança americana, já que o custo total viria a exceder os 40 mil milhões de dólares, devido às perdas do banco relacionadas com o subprime. No dia em que o Lehman Brothers declarou falência, Ken Lewis anunciou a compra do Merrill Lynch, por cerca de 50 mil milhões de dólares. Durante o ano seguinte multiplicaram-se as críticas em relação aos bónus milionários que o BoA continuava a pagar aos colaboradores do Merrill Lynch, ainda mais porque esse dinheiro tinha vindo da Fed.

Robert Diamond - Barclays
Antes de se tornar CEO do Barclays, a 1 de Janeiro de 2011, Bob Diamond ocupou o cargo de CEO do Barclays Capital e foi o responsável pela compra e integração dos activos norte-americanos do falido Lehman Brothers. Bob Diamond foi muitas vezes criticado pelo elevado salário, 63 milhões de libras em 2010, e falta de humildade (foi mesmo criticado por responsáveis governamentais, devido ao seu estilo de vida dispendioso). Em 2011 recebeu um bónus de 6,5 milhões de libras, o maior entre os bancos britânicos. De saída do Barclays devido ao escândalo de manipulação da Libor, Diamond renunciou ao bónus de 20 milhões de libras, mas levou cerca de dois milhões de libras de indemnização.

Kenitchi Watanabe - Nomura
Era o CEO do Nomura desde 2008 e demitiu-se a 26 de Julho último. A sua demissão surge na sequência de uma investigação realizada pelo regulador japonês a vários bancos por suspeitas de ‘inside trading'. O Nomura foi um dos bancos visados, apontando o dedo a uma cultura demasiado orientada para o lucro e para a fraca formação dos funcionários em termos de regras de ‘inside trading'. Um estudo do comité interno de investigação do Nomura referia que num departamento, "o ambiente de trabalho parecia ser o de os funcionários estarem dispostos a tudo fazerem para atingirem os objectivos de vendas". É um dos últimos casos da banca, embora sem relação com o ‘subprime' ou a crise actual. Curiosamente, o Nomura comprou as actividades da Lehman na Europa e na Ásia para se tornar um ‘player' global.

Peter Sands - Standard Chartered
É o último capítulo nesta saga, e o único CEO que se mantém no lugar. As autoridades norte-americanas ameaçam retirar ao Standard Chartered a licença para operar em Nova Iorque, acusando o banco de ter colaborado na lavagem de dinheiro de bancos iranianos, num valor de até 250 mil milhões de dólares. Estes negócios com bancos do Irão violam sanções económicas decretadas pelos EUA. Em resposta, as acções do Standard sofreram fortes quedas, até Peter Sands ter saído em defesa da instituição. Mas não esteve só. O próprio Governador do Banco de Inglaterra Mervyn King veio lamentar não ter sido informado das investigações e a falta de cooperação das autoridades norte-americanas. Já Boris Johnson, o controverso presidente da câmara de Londres, acusou mesmo os EUA de estarem a ser "proteccionistas", atacando um centro financeiro rival por "inveja".


E os sobreviventes...

Lloyd Blankfein - Goldman Sachs
O homem que diz que os bancos fazem "o trabalho de Deus" é, provavelmente, o banqueiro mais poderoso do mundo ou pelo menos visto como tal. Para tal, bastava-lhe ser presidente e CEO da Goldman Sachs, o banco mais influente a nível mundial, por onde já passaram boa parte dos responsáveis políticos e financeiros em muitas partes do globo. Blankfein também teve de suportar perdas e escândalos mas, ao contrário da grande maioria dos concorrentes, manteve-se no lugar e saiu sempre por cima. Recentemente, viu a Goldman saltar para as páginas dos jornais quando um antigo funcionário denunciou publicamente a filosofia reinante no banco. O "Homem Goldman" é altamente competitivo, esbanja testosterona, está "queimado" ao fim de poucos anos de serviço para ser substituído por alguém mais jovem e mais determinado e, sobretudo, coloca os seus interesses e os do banco acima dos dos seus clientes. Blankfein lançou uma operação de charme para responder a estas acusações.

Jamie Dimon - JP Morgan
É o outro grande sobrevivente da crise. Mais, ganhou quota e dimensão enquanto outros definharam ou deixaram pura e simplesmente de existir. O JP Morgan recebeu dinheiros públicos ao abrigo do TARP, apesar de, depois disso, ter admitido que não precisava (as autoridades transferiram dinheiro para muitos bancos, para não mostrar ao público quais os que realmente estavam fragilizados). Sob a direcção de Dimon, o JP Morgan não só devolveu o dinheiro ao Estado como chegouà liderança do mercado financeiro norte-americano no que toca à emissão de cartões de crédito, valor de activos sob gestão e valor de mercado. Recentemente, anunciou uma perda de dois mil milhões de dólares, devido a uma estratégia "com falhas, fracamente revista, fracamente executada e fracamente monitorizada", nas palavras do próprio Dimon. De imediato, Paul Krugman veio publicamente criticar Dimon e o JP Morgan, por estar, de novo, a fazer apostas de risco. Krugman acusa ainda Dimon de ser o principal responsável pelo lóbi político contra mexidas na regulação do sector financeiro.

http://economico.sapo.pt/noticias/cinco ... 50081.html
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por fernandoinveste » 13/8/2012 11:42

Marco Martins Escreveu:Cada vez mais me parece que a banca em vez de estar a servir a população, está a explorar a população e quando as coisas lhes correm mal, colocam essa mesma população como responsável e pagante das suas dívidas.


Há tantos anos que é assim...
 
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por Marco Martins » 13/8/2012 11:26

Cada vez mais me parece que a banca em vez de estar a servir a população, está a explorar a população e quando as coisas lhes correm mal, colocam essa mesma população como responsável e pagante das suas dívidas.

Conheço situações de pessoas que estão a tentar comprar casa e o banco avalia se as pessoas estão como fiadoras de alguém e fazem as contas considerando que a pessoa terá o encargo de mensalidade dessa "fiação", quando numa situação de fiador a pessoa só deverá exercer essa obrigação quando todas as hipóteses de compromisso sejam efectuadas (nomeadamente a venda da casa pela pessoa que usufruiu do fiador).

Para além disso as pessoas possuem um empréstimo do carro de cerca de 10000€ e o banco requere que esse empréstimo seja abatido sendo pago 13000€ pela antecipação do abatimento!!!

Fico estupefato com a usurpação que os bancos fazem dos nossos dinheiros!!!
- vendem-nos dinheiro que não é deles e cobram-nos juros
- usam 90% do dinheiro que lhes depositamos
- vendem o nosso dinheiro a outros e cobram juros e ainda nos cobram juros por lhes emprestarmos o nosso dinheiro
- se abatemos o que pagamos, cobram-nos uma taxa exorbitante por pagarmos a nossa dívida

Para além disto tudo ainda temos nós que assumir os erros dos bancos?!?!

Bom, sinceramente, acho isto muito mau e quase me parece um contrato publico privado onde nós assumimos tudo o que é mau e os bancos apenas assumem o lucro!!!

Porque não se faz um referendo e se nacionalizam os bancos ou então se criam melhores condições para quem quer abater a sua dívida? (esta seria a melhor possibilidade.)
 
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por artista_ » 30/7/2012 22:39

Considerando o injetado no BPN e o que já está confirmado que será injetado nos outros bancos, já não estaremos longe dos 20 mil milhões... só a banca é responsável por cerca de 10% da dívida do estado Português, coisa pouca! E palpita-me que estamos longe do final da história!
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por alexandre7ias » 30/7/2012 22:33

Ricardo Salgado: "Os mercados estão descontrolados"

30.07.2012 - 16:58 Cristina Ferreira

Rui Gaudêncio

Ricardo Salgado apresentou resultados

“Ficámos todos [no BES] surpreendidos” com as buscas do Ministério Público ao BESI, no quadro das privatizações da EDP e da REN, contou hoje Ricardo Salgado, presidente do BES, durante a apresentação das contas semestrais do grupo, onde revelou lucros de 25,5 milhões de euros, uma queda de 85,7% face ao mesmo período anterior. O banqueiro disse estar confiante que Portugal regresse aos mercados já em 2013, pois há boas notícias do lado da consolidação orçamental e “temos o Ministro das Finanças mais rigoroso dos últimos anos”.

“Ficámos todos surpreendidos com o que aconteceu. A actividade do BESI e de todas as empresas do grupo sempre é pautada pelos mais estritos princípios éticos e profissionais e, por isso, acreditamos que é isso que se vai apurar no final das investigações. Vamos esperar” explicou Ricardo Salgado, instado a comentar as buscas do Ministério Publico à sede do BESI (a CGD e Parpública), por suspeita de irregularidades na venda/compra das acções que Estado detinha na EDP e na REN. “O Ministério Público tem todo o direito de fazer as suas investigações e terá tido razões para o fazer”, concluiu Salgado, que optou por não dar mais esclarecimentos sobre este tema.

“A carga fiscal do BES [101 milhões de euros] é absolutamente brutal”, notou Ricardo Salgado, cujo grupo apresentou, nos primeiros seis meses do ano, lucros de 25,5 milhões de euros, com a actividade em Portugal a gerar um prejuízo de 52,7 milhões de euros (em 2011 o valor foi positivo de 95,1 milhões de euros), uma deterioração sustentada, parcialmente, na “consolidação integral da BES Vida”, o que se regista pela primeira vez, e teve impacto nas contribuições fiscais do banco.

O banqueiro fez questão de lembrar que apesar dos mercados externos estarem fechados para o país e para a banca portuguesa se abriram para o BES, ainda que a título excepcional, o que se verificou no quadro do aumento de capital do grupo, de 1,01 mil milhões de euros, mas “voltaram logo a fechar-se”.

Salgado notou ainda que 60% da capitalização bolsista do mercado português está concentrada no BES, o que se deve, em parte, ao facto de ter sido o único dos bancos cotados a recusar a ajuda estatal, não tendo acedido à linha de 12 mil milhões de euros de capitalização pública. No final de Junho, o Core Tier 1 (rácio de solidez) do grupo BES ficou em 10,5 %, segundo as regras do Banco de Portugal que exige um mínimo de 10%, e em 9,9%, alinhado com os critérios da EBA (autoridade bancária europeia), que recomenda um valor acima de 9%.

Sobre o eventual regresso de Portugal aos mercados internacionais de financiamento em 2013, Salgado manifestou-se confiante, isto, a manter-se a actual dinâmica de consolidação das Finanças Públicas e a confirmar-se que o saldo da Balança de Transacções Correntes será positivo no final deste ano, repetindo o feito de 1943 (as exportações vão ultrapassar as importações). "A Irlanda já conseguiu aceder aos mercados externos de financiamento, apesar de ter um défice público de 10%”. “Há, portanto, boas notícias“. "Temos o ministro das Finanças mais rigoroso” dos últimos anos, observou.

“Os mercados estão descontrolados”, defendeu Ricardo Salgado, para quem “é fundamental” que a CMVM siga o exemplo dos supervisores espanhol e italiano e proíba o short selling [venda a descoberto], defendeu Ricardo Salgado, pois “quem actua no short selling [venda de um activo ou derivado que não possui, à espera que a cotação cai para o comprar] procura títulos com maior liquidez para reduzir as suas posições com o argumento do contágio da crise do euro”. “O capital está muito concentrado nas mãos de hedge fund e de private equity”, que são os grandes investidores, designadamente, de “divida soberana” e são eles “os verdadeiros manipuladores de mercado” e ao “atacarem um país” colocam pressão sobre os juros da divida [o preço a que um Estado se financia nos mercados]. Daí o conselho aos reguladores, como a CMVM, que devem “estar mais atentos”, embora reconheça ser uma tarefa “difícil” que exige “uma coordenação em termos internacionais”.

“Lamento que aqueles que apareceram tantas vezes [nos meses que antecederam o pedido de ajuda de Portugal à troika] a solicitar a intervenção externa, sejam os mesmos que aparecem agora a lamentar o peso dessa intervenção.” Agora, explicou, “só temos de cumprir as metas acordadas” no memorando “assinado por três partidos (PS/PSD/PP)” e “espero que haja boas notícias”, na próxima avaliação da troika Sobre a crise em Espanha, onde o BES opera através de um banco, o banqueiro confessou que “sempre me convenci que não havia resgate”, mas assim que “vi a Catalunha”, a região autonómica mais forte, “pedir ajuda a Madrid, “percebi que havia razão de preocupação.” Se o BCE não conseguir “com as suas medidas dominar a fera [baixar os juros da dívida espanhola], vai ser muito difícil evitar o resgate”.
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por alexandre7ias » 30/7/2012 22:30

30.JUL.2012  17:34
Bancos privados com prejuízos de 371 milhões no semestre

Entregar a casa ao banco dispensa-o de pagar o resto da sua dívida à instituição (Foto: Paulo Spranger)
A penalizar as contas da banca estiveram os prejuízos do BCP. Os quatro bancos privados nacionais perderam 2,04 milhões por dia no semestre

Já são conhecidas os resultados do primeiro semestre dos quatro bancos privados a atuar em Portugal. Contas feitas, BPI, BCP, Santander Totta e BES - que apresentou hoje as suas contas - fecharam os primeiros seis meses do ano com um saldo conjunto negativo: 371 milhões de euros.

O número compara com o lucro conjunto de 445 milhões de euros arrecadado em igual período do ano passado. Na prática, isto significa que os quatro bancos perderam 2,04 milhões por dia no primeiro semestre.

A penalizar as contas do sector estiveram os resultados negativos apresentados pelo BCP, que foi o único entre os quatro a fechar o semestre com prejuízos de 544 milhões. Já o Santander Totta e BES registaram quebras de lucros, de 14% e 86%, respetivamente. O BPI foi o único a ver os resultados crescer, em 7,5% para os 85 milhões de euros.

A quebra da margem financeira e do crédito concedido penalizaram os resultados mas, sobretudo, o aumento das imparidades e das provisões para crédito.

A margem financeira, diferença entre os juros cobrados no crédito e os juros pagos nos depósitos, dos quatro bancos recuou 9,5% para os 1,8 mil milhões de euros no primeiro semestre, face aos quase 2 mil milhões homólogos. Já o crédito concedido a clientes recuou 3,5% nos primeiros seis meses, para os 178,8 mil milhões de euros, quando há um ano atrás este item tinha sido de 85 mil milhões.

As imparidades e provisões para crédito dispararam 66% para os 1,7 mil milhões, montante que compara com os homólogos mil milhões de euros.

Em sentido inverso, os depósitos cresceram 5,3%, atingindo os 124 mil milhões de euros, quando no primeiro semestre do ano passado tinham atingido os 118 mil milhões.
Tiago Figueiredo Silva
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por richardj » 28/7/2012 10:14

alexandre7ias Escreveu:
Esta tudo falido, onde para o dinheiro alguém sabe?


nos países em desenvolvimento obviamente. Quando cortam liquidez na Europa estão a investir na asia ou na america do sul etc.
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por Texano Bill » 28/7/2012 10:00

alexandre7ias Escreveu:Esta tudo falido, onde para o dinheiro alguém sabe?


Está nas mãos dos especuladores e short sellers :P [/demagogia mode off]
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por alexandre7ias » 28/7/2012 3:58

Banca
BES convoca AG para emitir 550 milhões com garantia estatal
Eudora Ribeiro 
27/07/12 17:05
O BES convocou uma assembleia-geral para pedir uma nova autorização aos accionistas para emitir mais obrigações ao abrigo da garantia do Estado.
O BES agendou uma assembleia-geral extraordinária para o próximo dia 28 de Agosto, pelas 10h30, com o objectivo de pedir aos accionistas que autorizem que o banco emita mais títulos de dívida ao abrigo do programa de garantias do Estado. Isto porque o BES já superou o montante máximo previamente autorizado pelos accionistas nos últimos meses, necessitando agora de uma nova 'luz verde'. 
Assim, o primeiro ponto da AG é "deliberar sobre a supressão do direito de preferência dos accionistas, caso o Conselho de Administração venha a deliberar um aumento de capital social com vista à incorporação de créditos do Estado português decorrentes do eventual accionamento da garantia relativa à emissão de obrigações não subordinadas no montante máximo de 550 milhões de euros". Ou seja, o banco pedirá aos accionistas que permitam uma nova emissão obrigacionista porque, em caso de incumprimento do banco junto dos credores, será o Estado a assumir essa responsabilidade, passando a ficar com parte do capital do banco, o que necessita da 'luz verde' prévia dos accionistas. 
Até agora o BES já emitiu dois mil milhões de euros em obrigações ao abrigo do mecanismo de garantia do Estado.
Para além da emissão obrigacionista, a assembleia-geral vai também discutir a venda da seguradora BES Vida e a nomeação de um novo vogal para o conselho de administração do banco, Milton Silva Vargas.
Na sessão de hoje, as acções do BES encerraram inalteradas nos 0,495 euros. 
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Esta tudo falido, onde para o dinheiro alguém sabe?
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por alexandre7ias » 17/7/2012 12:18

Maior banco da Europa
HSBC acusado de lavar dinheiro da Síria
Publicado hoje às 11:55
Leonor Mateus Ferreira, editada por Patrícia Viegas

HSBC, maior banco europeu
Foto: Reuters
O banco HSBC, o maior da Europa, lavou dinheiro dos cartéis de droga do México e de fundos suspeitos do Irão, Arábia Saudita, Ilhas Caimão e Síria, segundo um relatório divulgado hoje pelo Senado norte americano e citado pelos media internacionais.
O relatório informa que o banco atuou como intermediário financeiro para clientes que receberam recursos provenientes de negócios ilegais. "A cultura do HSBC foi altamente contaminada por muito tempo", afirmou o senador Carl Levin, presidente da Subcomissão Permanente de Investigações do Senado dos Estados Unidos, citado pelo jornal espanhol El Mundo.

O relatório encerra uma investigação de um ano, que incluiu a revisão de 1,4 milhões de documentos e entrevistas com 75 funcionários e reguladores bancários. Amanhã o banco britânico terá de enfrentar uma audiência parlamentar e explicar como o abuso foi autorizado.

O documento do Senado surge num momento difícil para o sistema financeiro britânico, muito afetado pela investigação em vários países sobre a manipulação de taxas de referência. No mês passado, o banco britânico Barclays concordou em pagar uma multa de 453 milhões de dólares no seguimento de uma investigação.

Thomas Curry, que assumiu a presidência do Gabinete de Controlo da Moeda norte americano há quatro meses, disse em comunicado, citado pelo El Mundo, que o cumprimento das normas contra a lavagem de dinheiro é a "chave dos esforços contra a atividade criminosa e terrorismo e o gabinete espera que os bancos tenham os seus programas vigentes para cumprir efetivamente essas leis".
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Adoro os tempos de crise...algumas verdades começam a aparecer!!!
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por alexandre7ias » 16/7/2012 21:16

As buscas foram já confirmadas pelo próprio Banco Espírito Santo Investimento (BESI), segundo o qual o Departamento Central de Investigação e Acção Penal (DCIAP) esteve na sede a fazer averiguações sobre processos de privatização, salientando que tudo correu dentro da normalidade.

"O BESI informa que foram realizadas averiguações pelo Departamento Central de Investigação e Acção Penal, à sede da sociedade, relativas a processos de privatização. As averiguações decorreram com toda a normalidade", lê-se no comunicado divulgado pelo banco liderado por José Maria Ricciardi.

No mesmo documento, o BESI sublinha que "prestou e continuará a prestar toda a colaboração na realização das mesmas".

De acordo com as ediçõs online do "Diário Económico" o DCIAP e a Polícia Judiciária (PJ) estiveram na última sexta-feira nas instalações do Caixa BI, onde apreenderam documentos também relacionados com processos de privatizações, acrescentando mais tarde que a Parpública também foi alvo de diligências por parte das autoridades.

Os jornais económicos referem que estas buscas estão relacionadas com as operações de privatização da EDP e da REN e que as diligências, que também envolverão, segundo uma das publicações, a Comissão do Mercado de Valores Mobiliários (CMVM), terão tido origem numa denúncia feita sobre indícios de tráfico de influências.

Artigo parcial

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por agany » 10/7/2012 20:57

"Quanto mais falam em dificuldades, mais as pessoas levam dinheiro para outros sítios", alertou Fernando Teles no Parlamento.

O presidente do Banco BIC Angola disse também que "mesmo em Angola temos dificuldade em trazer depósitos para Portugal". E que são várias as pessoas que "estão a depositar dinheiro na Suíça e noutros sítios". DE
:mrgreen:
 
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por alexandre7ias » 9/7/2012 21:44

Membro do BCE diz que "sistema bancário português está sob pressão severa"
Publicado hoje às 18:25, actualizado às 21:01

No dia em que se soube que o financiamento dos bancos portugueses junto do BCE atingiu novos máximos, Peter Praet, responsável do BCE, admitiu que a banca está sob pressão, mas realçou que o ajustamento está em curso.
"O sistema bancário em Portugal está sob uma pressão severa e o Banco Central Europeu (BCE) está a fornecer liquidez aos bancos, que por seu turno, se estão a ajustar à situação", afirmou aos jornalistas Peter Praet, membro do comité executivo do Banco Central Europeu (BCE), à margem de um evento em Lisboa.

"É uma situação difícil e o setor bancário está a ajustar-se", reforçou o responsável, que se deslocou à capital portuguesa para participar na conferência "Tendências e desenvolvimento de reforma da regulamentação financeira na União Europeia (UE) e nos Estados Unidos da América (EUA)", promovida pela Faculdade de Direito de Lisboa, em parceria científica com o Banco de Portugal e o Instituto de Seguros de Portugal.

Os bancos portugueses já devem mais de 60 mil milhões de euros ao Banco Central Europeu, de acordo com os dados divulgados hoje pelo Banco de Portugal, voltando a marcar um novo máximo histórico.

Os bancos residentes em Portugal deviam no final de junho 60502 milhões de euros ao BCE, batendo o máximo histórico de há dois meses.

Peter Praet consideou ainda que o ritmo de implementação do programa de ajustamento em Portugal "é notável".

"Globalmente podemos dizer com satisfação que o que o programa está em andamento, apesar das grandes dificuldades causadas pelo ambiente que se vive na Europa. Mas o que vimos em Portugal até agora, no que diz respeito à implementação do programa, é notável", disse o responsável do BCE.

Artigo parcial

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Notável. Muito bom. :clap: :clap: :clap: :clap: :clap:
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por MisterBolsa » 9/7/2012 20:49

A situação dos bancos vai ser bastante complicada nos próximos anos. A situação da economia nos próximos tempos não vai ajudar. Menor lucros menor a valorização dos bancos.

Os aumentos de capital sucessivos vão diluir os lucros por acção o que não vai ajudar a subida das acções muito pelo contrário.

A recapitalização dos bancos com a ajuda do estado vai trazer custos acrescidos. Se os bancos poderem é pagar os empréstimos ao estado o mais depressa possível e ir comprando acções próprias no mercado pois a estes preços será bastante vantajoso no futuro para os accionistas.

Se a economia recuperar e o estado equilibrar as contas (o que é quase impossível nos próximos tempos); os investimentos accionistas e as obrigações do tesouro vão disparar e por arrasto o valor dos bancos.

Os bancos têm que tentar obter lucros no estrangeiro (o mais possível) em paises como a Polónia, Brasil, Angola, ... e esperar que não haja um arrefecimento da economia global.

Se estivesse á frente de um banco :lol: tentaria comprar pequenos bancos regionais por todo o mundo que não estivessem expostos a investimentos bolsistas nem obrigações estatais como é o caso do banco americano Southside Bancshares. O pior é que parece que não há capital para este tipo de investimentos. Em épocas em que a bolsa está mal estes bancos destacam-se dos demais. Lucros certos com pouco risco!!!

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por alexandre7ias » 9/7/2012 17:50

Dados do Banco de Portugal
Incumprimento das empresas leva crédito malparado a bater novo recorde

09.07.2012 - 12:37 Ana Rita Faria

Pedro Vilela

Mais de 8% do crédito concedido às empresas está malparado

Quase 6% dos empréstimos concedidos à economia estão em risco de incumprimento. Crédito malparado das famílias diminuiu em Maio, mas voltou a aumentar nas empresas.

De acordo com os dados do Banco de Portugal, hoje divulgados, o crédito malparado atingiu os 14.255 milhões de euros em Maio, mais 319 milhões do que no mês anterior. Isto significa que 5,7% dos empréstimos concedidos a famílias e empresas revelam-se de cobrança duvidosa – o valor mais alto desde que a instituição tem registo dos dados.

A contribuir para este aumento está o incumprimento das empresas. Aqui, havia no final de Maio 9.417 milhões de euros de crédito malparado, o equivalente a 8,5% do total de empréstimos concedidos. Também aqui o crédito de cobrança duvidosa está ao nível mais alto de sempre.

Já no caso das famílias, embora o malparado estivesse em níveis historicamente altos, diminuiu ligeiramente em Maio. Do total de 137.521 milhões concedidos a particulares, 4.838 milhões são de cobrança duvidosa, o correspondente a 3,5% do total. No mês anterior, o peso era de 3,6%.

O crédito ao consumo continua a ser aquele com maior peso dos empréstimos malparados (10,9% do total), enquanto no crédito à habitação 1,9% dos empréstimos estão em incumprimento.

Os dados do Banco de Portugal mostram também que o financiamento da banca à economia continua a reduzir-se, com particular impacto sobre as famílias. Em Maio, os bancos nacionais emprestaram 4.052 milhões de euros a famílias e empresas em Maio, menos 17% do que no período homólogo.


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Caro EuroVerde

por pepe7 » 9/7/2012 15:42

EuroVerde Escreveu:Os problemas de raíz do BCP estão longe de deixarem de o ser. Mas acredito que, daqui a 2 ou 3 anos, possa existir ou começar a haver uma luz ao fundo do túnel.

Não quero com isto dizer que durante estes 2 ou 3 anos não exista boas oportunidades tanto do lado curto ou longo, porque certamente elas aparecerão...


Caro EuroVerde,
As suas palavras para quem tem algumas acções do BCP com eu, são boas de ouvir, mas qual o fundamento que lhe faz acredita em tal?!
Mas que assim seja o que aqui escreve no comentário.
Abraço
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por alexandre7ias » 9/7/2012 13:23

Banca portuguesa já deve mais de 60 mil milhões de euros ao BCE e bate novo máximo histórico

Os bancos portugueses j á devem mais de 60 mil milhões de euros ao Banco Central Europeu, de acordo com os dados divulgados hoje pelo Banco de Portugal, voltando a marcar um novo máximo histórico.
De acordo com dados hoje divulgados, os bancos residentes em Portugal deviam no final de junho 60.502 milhões de euros ao BCE, batendo um máximo histórico de há dois meses.

Em março, os bancos portugueses já tinham batido um novo máximo histórico e batido pela primeira vez os 50 mil milhões de euros, atingindo os 56 mil milhões de euros, e em maio este valor atingiu os 58.704 milhões de euros.

Este aumento deve-se, em especial, ao acesso dos bancos portugueses às operações de refinanciamento com prazo alargado, sendo que foi precisamente no mês de março que o BCE realizou um segundo leilão para fornecer empréstimos aos bancos europeus com uma maturidade a três anos, onde acabou por ceder 529,5 mil milhões de euros.

Ainda assim, o valor desceu em menos de mil milhões para os 55.427 milhões de euros em abril, subindo depois para 58.704 milhões de euros, e em seguida para 60.502 molhões de euros.
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por alexandre7ias » 4/7/2012 22:29

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04.JUL.2012  18:53
Bancos vão poder aceder à ajuda de 6 mil milhões do Estado a partir desta semana

euro (Foto: D.R.)
Os bancos portugueses têm de exceder os objetivos de capital impostos pela Autoridade Bancária Europeia

Os bancos já podem, a partir desta semana, recorrer à ajuda do Estado, que chega aos 6 mil milhões, no seguimentos de uma portaria publicada na terça-feira à noite, e que estabelece as regras para essa ajuda.

As regras para a ajuda do Estado na recapitalização do BCP, BPI e CGD, no total de cerca de 6 mil milhões de euros, entraram em vigor na terça-feira, após a sua publicação em Diário da República.

Os bancos portugueses, incluindo os três que recorreram à ajuda estatal, têm de exceder os objetivos de capital impostos pela Autoridade Bancária Europeia , entre os quais um rácio de capital 'core tier 1' superior ao objetivo de 10% que foi fixado pelo Banco de Portugal para dezembro de 2012.

No caso do BCP, o Estado subscreveu 3 mil milhões de euros de instrumentos híbridos convertíveis (designados 'CoCos'), estando também em curso um aumento de capital de 500 milhões de euros que deverá estar concluído ao final de setembro de 2012.

No BPI, o Estado subscreveu 1,5 mil milhões de euros de 'CoCos', sendo que o banco liderado por Fernando Ulrich irá reforçar o capital em 200 milhões de euros (também até ao fim do mês de setembro), de forma a recomprar essa mesma quantia ao Estado, pelo que ficará com 1,3 mil milhões de euros em obrigações convertíveis.

Quanto à CGD, o Estado subscreveu 900 milhões de euros em 'CoCos' e, enquanto acionista único do banco público, fez um aumento de capital de 750 milhões de euros.

Refira-se que o BES realizou recentemente um aumento de capital de 1.010 milhões de euros, evitando assim o recurso ao apoio estatal, expressa na linha de recapitalização da banca de 12 mil milhões de euros lançada por altura da celebração do memorando de entendimento entre Portugal e a 'troika' (Comissão Europeia, Banco Central Europeu e Fundo Monetário Internacional).

No passado dia 29 de junho, o Ministério das Finanças já tinha informado que as operações de injeção de capital no BCP, no BPI e na CGD já tinham sido finalizadas.

"As instituições de crédito portuguesas encontram-se agora entre os bancos melhor capitalizados da Europa", lia-se no comunicado.



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por EuroVerde » 4/7/2012 17:37

Os problemas de raíz do BCP estão longe de deixarem de o ser. Mas acredito que, daqui a 2 ou 3 anos, possa existir ou começar a haver uma luz ao fundo do túnel.

Não quero com isto dizer que durante estes 2 ou 3 anos não exista boas oportunidades tanto do lado curto ou longo, porque certamente elas aparecerão...
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por alexandre7ias » 4/7/2012 15:37

Espanha vai investigar Rodrigo Rato e chefes do Bankia por fraude
33 cargos de topo do banco que foi nacionalizado vão ser investigados por burla, manipulação de contas e de mercado

O tribunal superior Espanhol, Audiencia Nacional, aceitou uma queixa interposta pelo partido União, Progresso e Democracia (UPyD) para investigar por fraude os dirigentes de topo do Bankia. Para já, são "imputados", mas poderão ser constituídos arguidos mais tarde.

De acordo com o juíz da instituição, Fernando Andreu, citado pelo El Pais, o presidente do Bankia, Rodrigo Rato, e os restantes 32 membros do conselho de administração, são citados na queixa como suspeitos de "burla, apropriação indevida, falsificação de contas anuais, administração fraudulenta e manipulação de mercado".

A queixa da UPyD vem juntar-se à do movimento cívico 15 de março (15M) que também avançou recentemente com uma iniciativa similar contra os gestores/banqueiros.

O Bankia, instituição que servia de conglomerado para as várias caixas de aforro regionais, foi recentemente nacionalizado, tendo custado aos contribuintes espanhóis um resgate de 23,5 mil milhões de euros e, eventualmente, precipitado o pedido de ajuda da banca como um todo aos credores externos, no valor de 100 mil milhões de euros.

Rodrigo Rato, um político espanhol ligado à direita (PP) que liderou o FMI antes de Dominique Strass-Kahn, juntamente com os outros 32 gestores poderão ser acusados de terem mascarado as contas do banco, lucrado com isso à custa de elevados prejuízos de acionistas e clientes.

Sob a gestão de rato, o Bankia foi lançado em Bolsa em 2010, com as ações a cotarem nos 3,75 euros cada. atualmente, valem quase quatro vezes menos, indica a Lusa.

Antes da nacionalização, o Bankia reportou um lucro de 309 milhões de euros em 2011, valor que depois foi corrigido para uma perda líquida de três mil milhões de euros. Este 'acerto' acabou por conduzir ao afastamento (despedimento) de Rato da liderança da instituição.Luís Reis Ribeiro
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por alexandre7ias » 3/7/2012 21:58

Ricardo Salgado admitiu hoje que o crescimento das insolvências das famílias e empresas representa "um problema sério" para a banca nacional.
O presidente do Conselho de Administração do Banco Espírito Santo (BES), Ricardo Salgado, admitiu hoje, em Ponta Delgada, Açores, que o crescimento das insolvências das famílias e empresas representa "um problema sério" para a banca nacional.
"As famílias passam por dificuldades extremas, o desemprego continua elevado. É, de facto, um problema sério para a banca", afirmou Ricardo Salgado, em declarações aos jornalistas no final de uma audiência com o vice-presidente do Governo dos Açores, Sérgio Ávila.

Para o presidente do BES, esta realidade vai obrigar os bancos a "procurar soluções" que atenuem as dificuldades que se perspectivam.

"Este não é o momento para os bancos apresentarem bons resultados, mas é o momento para os bancos reforçarem a sua situação financeira através do aprovisionamento e aumento de capital", defendeu.

Ricardo Salgado salientou que a banca atravessa um momento de consolidação da sua situação financeira, pelo que "não tem grandes alternativas para actuar de outra maneira".

Relativamente ao BES, referiu que o banco conseguiu recapitalizar-se com os seus próprios meios, sem recorrer aos capitais do Estado, assegurando que "continua forte".

Ricardo Salgado participou hoje de manhã, em Ponta Delgada, numa reunião da Comissão Executiva Itinerante, que contou com a presença de administradores, quadros directivos e colaboradores do Grupo BES.

O BES dos Açores, que conta com 17 agências, possui 13 por cento da quota de mercado e um movimento financeiro anual que ultrapassa mil milhões de euros.
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por alexandre7ias » 2/7/2012 17:50

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02.JUL.2012  16:55
Governo do Chipre adquire controlo do segundo maior banco do país

Demetris Christofias (Foto: D.R.)
O governo cipriota já detém 84% do Laiki Bank, um banco que irá necessitar de 1800 milhões para cumprir requisitos de capital

O Governo do Chipre informou hoje que tomou o controlo do segundo maior banco do país, o Laiki Bank, ao comprar ações no valor de 1796 milhões de euros, passando a adquirir 84% da entidade.

No mês passado o executivo aprovou a recapitalização deste banco em 1800 milhões, para que a instituição possa cumprir os requisitos de capital impostos pela Autoridade Bancária Europeia (EBA). Esta ajuda representa 10% do PIB da ilha.

Segundo refere o ministro da economia cipriota, em comunicado, "o Governo está comprometido em assegurar a estabilidade do sector financeiro e trabalhará em estreita colaboração com a Comissão Europeia, Banco Central Europeu e Fundo Monetário Internacional, no desenho de um programa de assistência internacional".

A decisão de adquirir o controlo do segundo maior banco do país acontece no dia em que a Troika chega ao Chipre para rever as contas do sistema financeiro e da economia em geral.

O grupo é formado por 25 técnicos e começará amanhã o trabalho de revisão das contas cipriotas. Para o primeiro dia já estão marcadas reuniões com os representantes do Ministério das Finanças e do Banco Central do país para analisar as necessidades económicas do sector. O sector financeiro cipriota está bastante debilitado pela exposição à dívida grega e a títulos soberanos.

Só os principais bancos cipriotas requerem uma injeção de capital de 2300 milhões de euros, mas a agência Fitch prevê que todo o sector possa necessidade de até seis mil milhões de euros, cerca de 30% do PIB do país.
Exposição à Grécia supera todas as possibilidades
A situação do Chipre não está fácil e a culpada é a dívida grega. O valor da exposição foi hoje revelado pelo vice-presidente dos Assuntos Europeus e supera todas as expectativas: 23 mil milhões aos bancos gregos. Ainda assim o Governo do país acredita que um novo Governo na Grécia poderá resolver os problemas do sector financeiro e consequentemente os problemas do Chipre.

"Acreditamos que a situação grega vai melhorar e que a exposição do Chipre será menor", informou Mavroyiannis aos jornalistas. Segundo disse, os números da economia cipriota "não são catastróficos" porque apesar de ser impossível cumprir as metas do défice, os valores estão a ser corrigidos. "Não é a situação ideal", mas pode ser revertida, lembra o responsável.

O Governo do Chipre não quis dar mais detalhes em relação ao sistema financeiro, mas é do conhecimento geral que o pedido de resgate para o sector já foi solicitado e que a troika está no país para rever os números. O medo do Governo está nas medidas que possam ser exigidas em troca deste valor, como lembrou Mavroyiannis, ao dizer que nenhum Governo que estar submetido "a regras muito restritas".
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por alexandre7ias » 1/7/2012 3:47

La paz estival de Santander se vio alterada ayer por el revuelo levantado en torno a las preferentes de la banca. Una veintena de inversores protestaban con pancartas y bocinas frente al recinto de La Magdalena por el dinero perdido. Ya en el palacio, dos policías nacionales de uniforme montaban guardia para que no se produjera incidente alguno. Una estampa inusual en el ambiente de sosiego que suele presidir los actos de la Universidad Internacional Menéndez Pelayo (UIMP).
La sangre no llegó al río y al final no hubo incidentes destacables. Tanto Julio Segura, presidente de la CNMV, como José María Méndez, director general de la CECA, pudieron desarrollar sus ponencias en un seminario organizado por la APIE con plena normalidad. Eso sí, el tema de las preferentes afloró.
Segura informó de que el organismo que dirige ha abierto expediente a siete de las 18 entidades financieras que han emitido preferentes en los últimos años.
En mayo del año pasado año, había 22.500 millones de euros en estos títulos en circulación. Tras los canjes masivos por acciones o depósitos realizados por bancos y cajas, hoy quedan apenas 8.500 millones vivos. Este remanente, a juicio de Segura, "tiene una solución más complicada porque se trata de los títulos de entidades rescatadas por el Estado". En concreto, Bankia tiene 3.000 millones de preferentes repartidos entre particulares, Novagalicia 961 millones y Catalunya Caixa otros 500 millones.
Los siete expedientes abiertos por la CNMV afectan a la mitad de las emisiones vivas a mayo de 2011. Es decir a unos 11.250 millones de euros.
Julio Segura indicó que las preferentes son títulos regulados y supervisados. Recordó que los folletos de emisión "cumplen todas las exigencias exigidas para salir a la calle". Bajo esta premisa, "no hubo un problema de transparencia en el folleto de emisión".
Las irregularidades vinieron de otra parte: del proceso de comercialización por parte de las entidades. Al ser productos de inversión sofisticados, la norma exige que se realice un test de idoneidad al potencial inversor. Pero aunque el examen diera suspenso, adelantó Segura, "no se puede prohibir la venta de preferentes a un ahorrador si este insiste en su deseo de comprarlas con una declaración firmada donde reconoce estar al tanto de los riesgos".
El representante de la CNMV defendió la labor del organismo que ha dirigido durante los últimos cinco años. Rechazó que hubiera cometido negligencia alguna. "Es imposible tener un inspector en cada sucursal bancaria para vigilar la venta de preferentes", dijo. "La CNMV solo puede dar normas para su venta e imponer sanciones a quienes las incumpla". Julio Segura reconoció que "sin lugar a dudas hubo una mala comercialización de las preferentes" en una ponencia con sabor a epílogo, pues su mandato vence en unas semanas.
Las preferentes son deuda subordinada y perpetua. El 60% de las emisiones son anteriores a 2005 y el 40% posteriores a dicha fecha. Estos títulos se han convertido en causa de angustia entre los pequeños inversores a partir de mediados de 2011, cuando su valor de emisión dejó de corresponder con el de mercado. Muchos ahorradores argumentan que su banco o caja les vendió el producto como si se tratara de una imposición a plazo, sin alertarles de los riesgos de iliquidez y pérdida de valor que llevaba aparejado.
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