Obrigações II
tiagopt Escreveu:Elias Escreveu:Exacto.
Mas como referi, em vez dos 64 podes receber apenas 50 porque o rateio não é uniforme (às vezes quem pede na chamada segunda fase recebe apenas metade de quem pediu na 1ª fase).
Desconhecia esse factor. Isso explica muita coisa...
Normalmente no prospecto da oferta estão explicadas as condições do rateio.
Por exemplo nas obrigações da SEMAPA, a coisa funcionava assim: em caso de excesso de procura, davam-se 5 obrigações a cada interessado e o resto era distribuído por ordem de chegada.
Mas não sei se é sempre assim, daí a minha recomendação de ler bem as condições da oferta.
Eu sei que é chato ler letras miudinhas mas está lá tudo
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Elias Escreveu:Exacto.
Mas como referi, em vez dos 64 podes receber apenas 50 porque o rateio não é uniforme (às vezes quem pede na chamada segunda fase recebe apenas metade de quem pediu na 1ª fase).
Desconhecia esse factor. Isso explica muita coisa...
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tiagopt Escreveu:matiasprt Escreveu:Boas, uma pergunta se me permitem...
O rateio é algo que me deixa algumas duvidas sendo que uma delas é a seguinte. Quando se ultrapassada o numero de obrigações existentes numa emissão... ocorre o rateio, penso que terá sido o que aconteceu com a Brisa. Em que depois ao que percebi deu o valor de rateio a 0.641 ou algo desse genero, peço desculpa se os valores não estiverem correctos. Isto quer dizer que cada obrigação fica com o valor nominal de 641 euros? em vez dos 1000? Ou quer dizer que custam mil na mesma mas ficamos apenas com 64,1% de obrigação?
Obrigado
Segunda hipótese. Mas creio que a procura não foi tão elevada
No caso da Brisa, nenhuma das duas.
As obrigações tem um valor nominal e é por esse valor que são vendidas.
O rateio foi feito da seguinte forma:
Rateio
Caso a procura não exceda o número de Obrigações disponíveis, não haverá lugar a rateio, sendo a Oferta eficaz relativamente a todas as obrigações objeto de ordens de subscrição validamente emitidas.
Se o total de Obrigações solicitadas for superior ao número máximo de Obrigações disponíveis, proceder-se-á a rateio das mesmas, de acordo com a aplicação sucessiva, enquanto existirem Obrigações por atribuir, dos seguintes critérios:
•Atribuição de 5 Obrigações (ou do número de Obrigações solicitadas, no caso de este ser inferior a 5) a cada ordem de subscrição. No caso de o número de Obrigações disponíveis ser insuficiente para garantir esta atribuição, serão satisfeitas as ordens que primeiro tiverem dado entrada no sistema de centralização de ordens da Euronext Lisbon (estando, para este efeito, em igualdade de circunstâncias todas as ordens que entrarem num mesmo dia). Relativamente às ordens de subscrição que entrarem em sistema no dia em que for atingido e ultrapassado o montante máximo da emissão, serão sorteadas as ordens a serem satisfeitas;
•Atribuição das restantes Obrigações solicitadas em cada ordem de subscrição de acordo com a respetiva data em que deram entrada no sistema de centralização de ordens da Euronext Lisbon, sendo dada preferência às que primeiro tenham entrado (estando, para este efeito, em igualdade de circunstâncias todas as ordens que entrarem num mesmo dia). Relativamente às ordens de subscrição que entrarem em sistema no dia em que for atingido e ultrapassado o montante máximo da emissão, será atribuído um número de Obrigações adicional proporcional à quantidade solicitada na respetiva ordem de subscrição, e não satisfeita pela aplicação do critério anterior, em lotes de 1 obrigação, com arredondamento por defeito;
•Atribuição sucessiva de mais 1 Obrigação às ordens de subscrição que, após a aplicação dos critérios anteriores, mais próximo ficarem da atribuição de um lote adicional de Obrigações. No caso de o número de Obrigações disponíveis ser insuficiente para garantir esta atribuição, serão sorteadas as ordens a serem satisfeitas.
http://ind.millenniumbcp.pt/pt/Particul ... BRISA.aspx
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matiasprt Escreveu:Boas, uma pergunta se me permitem...
O rateio é algo que me deixa algumas duvidas sendo que uma delas é a seguinte. Quando se ultrapassada o numero de obrigações existentes numa emissão... ocorre o rateio, penso que terá sido o que aconteceu com a Brisa. Em que depois ao que percebi deu o valor de rateio a 0.641 ou algo desse genero, peço desculpa se os valores não estiverem correctos. Isto quer dizer que cada obrigação fica com o valor nominal de 641 euros? em vez dos 1000? Ou quer dizer que custam mil na mesma mas ficamos apenas com 64,1% de obrigação?
Obrigado
matiasprt,
Não é isso. As obrigações continuam a valer 1000. Mas se tiveres pedido 100 ficas apenas com 64.
Isto numa conta simples, normalmente os resultados não são bem estes porque há preferência a quem pediu mais cedo, mas basicamente havendo rateio ficas com menos obrigações do que aquelas que pediste.
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matiasprt Escreveu:Boas, uma pergunta se me permitem...
O rateio é algo que me deixa algumas duvidas sendo que uma delas é a seguinte. Quando se ultrapassada o numero de obrigações existentes numa emissão... ocorre o rateio, penso que terá sido o que aconteceu com a Brisa. Em que depois ao que percebi deu o valor de rateio a 0.641 ou algo desse genero, peço desculpa se os valores não estiverem correctos. Isto quer dizer que cada obrigação fica com o valor nominal de 641 euros? em vez dos 1000? Ou quer dizer que custam mil na mesma mas ficamos apenas com 64,1% de obrigação?
Obrigado
Segunda hipótese. Mas creio que a procura não foi tão elevada
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Boas, uma pergunta se me permitem...
O rateio é algo que me deixa algumas duvidas sendo que uma delas é a seguinte. Quando se ultrapassada o numero de obrigações existentes numa emissão... ocorre o rateio, penso que terá sido o que aconteceu com a Brisa. Em que depois ao que percebi deu o valor de rateio a 0.641 ou algo desse genero, peço desculpa se os valores não estiverem correctos. Isto quer dizer que cada obrigação fica com o valor nominal de 641 euros? em vez dos 1000? Ou quer dizer que custam mil na mesma mas ficamos apenas com 64,1% de obrigação?
Obrigado
O rateio é algo que me deixa algumas duvidas sendo que uma delas é a seguinte. Quando se ultrapassada o numero de obrigações existentes numa emissão... ocorre o rateio, penso que terá sido o que aconteceu com a Brisa. Em que depois ao que percebi deu o valor de rateio a 0.641 ou algo desse genero, peço desculpa se os valores não estiverem correctos. Isto quer dizer que cada obrigação fica com o valor nominal de 641 euros? em vez dos 1000? Ou quer dizer que custam mil na mesma mas ficamos apenas com 64,1% de obrigação?
Obrigado
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VirtuaGod Escreveu:tiagopt Escreveu:Onde é que vocês vêm em que "lei" se baseia a emissão? Isso é de facto um factor a ter em consideração...
Só me dão trabalho vocês...![]()
![]()
Na página 12 do Prospecto Base da emissão da Sonae SGPS, denominadas "Obrigações Continente 7% 2015" pode-se ler "Lei aplicável: Lei portuguesa.".
Por sua vez na página 6 sumário das obrigações da PT pode-se ler o que está na imagem em baixo. Ou seja as obrigações são de lei inglesa e a sua negociação será feita segunda lei portuguesa.
Impecavel

Muito obrigado, é algo a ter em atenção. No outro dia enviei um mail ao bpi a perguntar o que aconteceria às minhas obrigações se Portugal saisse do euro. Resposta deles: não podemos teorizar sobre cenários hipotéticos...
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Be Cool Escreveu:fundos

Artigos e estudos: Página repositório dos meus estudos e análises que vou fazendo. Regularmente actualizada. É costume pelo menos mais um estudo por semana. Inclui a análise e acompanhamento das carteiras 4 e 8Fundos.
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"We don’t need a crystal ball to be successful investors. However, investing as if you have one is almost guaranteed to lead to sub-par results." The Irrelevant Investor
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tiagopt Escreveu:Onde é que vocês vêm em que "lei" se baseia a emissão? Isso é de facto um factor a ter em consideração...
Só me dão trabalho vocês...



Na página 12 do Prospecto Base da emissão da Sonae SGPS, denominadas "Obrigações Continente 7% 2015" pode-se ler "Lei aplicável: Lei portuguesa.".
Por sua vez na página 6 sumário das obrigações da PT pode-se ler o que está na imagem em baixo. Ou seja as obrigações são de lei inglesa e a sua negociação será feita segunda lei portuguesa.
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mais_um Escreveu:Be Cool Escreveu:
Estive tentado a entrar nelas na quinta-feira passada, quando a YTM era superior a 12%. De repente, passou para os + 8,5% e comecei a ficar indeciso. Agora estou a procurar alternativas.
Tem havido uma procura substancial de obrigações portuguesas o que faz aumentar o preço, por vezes mesmo durante o dia. Comprei as da parpublica de 2014 e numa semana já valorizaram quase 4%.
Até estou a ponderar vender as OT2013, que comprei-as no fim do ano passado a +/-84% e agora estão a 99,7%, valor que eu pensei que só conseguisse para meados no ano que vem. Liguei hoje para o BIG e embora estejam com uma YTM de 5,7%, ainda tem procura e que a 98% em principio conseguiria vender. Mas realizar agora o capital, não sei se a um ano consigo melhor que 5,7%.
Para ponderar no fim de semana.
Pois, mas eu estou em ponderação há 9 dias (leia-se a perder dinheiro)


mais_um Escreveu:Tem havido uma procura substancial de obrigações portuguesas o que faz aumentar o preço, por vezes mesmo durante o dia. Comprei as da parpublica de 2014 e numa semana já valorizaram quase 4%.
Na sequência daqueles posts trocados também acabei por entrar na «parpublica de 2014». Apanhei a yield a 12,07%. E realmente, confirmo, que não obstante ter entrado à pouco tempo, a yield já está a 10,8%. Para já é um bom começo.Se isto correr bem, não obstante a quantidade investida ser pequena, conseguiria mesmo assim uma rentabilidade simpática.
“Successful trading is really very simple. Buy a stock at the right time and sell it at
the right time.”«Mel Raiman»
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mais_um Escreveu:Mas realizar agora o capital, não sei se a um ano consigo melhor que 5,7%.
Mas, a não ser que precises do capital daqui a um ano, podes fazer um rollover já a 2/3 anos e não a 1 ano e aí penso que consegues mais substituindo pela Sonae ou PT, por exemplo, no caso de querer diversificar a dívida pública.
Pena também que não saibas se há mais valias ou não na operação. Sempre são mais umas décimas a ter em conta nos cálculos.
No man is rich enough to buy back his past - Oscar Wilde
majomo Escreveu:Há de facto um crescendo de interesse nas obrigações...
mas, neste momento, quando comparamos as obrigações da sonae (e não do continente como a publicidade quer enganar) e a as da PT com as obrigações da república, para o mesmo prazo, as rentabilidades destas são superiores e parece-me que o risco não difere...
para além que as OT's têm bastante liquidez.
Concordo que o fator liquidez favorece as OT's, mas o risco destas é percepcionado pelos mercados como sendo superior. Acho que isso se deve ao facto de as OT's enfrentarem um risco duplo:
- podem ser alvo de reestruturação, à semelhança da Grécia;
- podem ser alvo desvalorização cambial, caso ocorra saída do euro.
Embora estes eventos, a terem lugar, afetem também as obrigações corporativas, a verdade é que as empresas poderão sobreviver a eles e conseguir pagar a sua dívida.
Be Cool Escreveu:
Estive tentado a entrar nelas na quinta-feira passada, quando a YTM era superior a 12%. De repente, passou para os + 8,5% e comecei a ficar indeciso. Agora estou a procurar alternativas.
Tem havido uma procura substancial de obrigações portuguesas o que faz aumentar o preço, por vezes mesmo durante o dia. Comprei as da parpublica de 2014 e numa semana já valorizaram quase 4%.
Até estou a ponderar vender as OT2013, que comprei-as no fim do ano passado a +/-84% e agora estão a 99,7%, valor que eu pensei que só conseguisse para meados no ano que vem. Liguei hoje para o BIG e embora estejam com uma YTM de 5,7%, ainda tem procura e que a 98% em principio conseguiria vender. Mas realizar agora o capital, não sei se a um ano consigo melhor que 5,7%.
Para ponderar no fim de semana.
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mais_um Escreveu:Be Cool Escreveu:Banesco Escreveu:Há algumas obrigações de empresas portuguesas como as da Parpública (PARPUB 4.191 10/15/14) e EDP (EDP Finance BV 3.75 06/22/15) que são consideradas como tendo emitente estrangeiro, pois a emissão foi feita, nestes casos, por intermédio de financeiras sediadas noutros países.
Assim, poder-se-ão considerar como um bom investimento no caso de Portugal abandonar o Euro? Ou caso isso aconteça, podem converter a moeda em que a emissão foi feita?
Acho esta questão bastante pertinente. É que hoje contactei o BIG Lisboa por telefone (o balcão de Coimbra estava fechado por ser feriado) para tentar esclarecer a seguinte questão:
- Por que razão as BCPPL FLOAT 06/13 estão com uma YTM de 8,4% e as BCPPL FLOAT 02/13 com uma YTM de 5,7%? (isto é, uma diferença de 2,7% para uma maturidade muito semelhante).
Remeteram o assunto para a sala de mercados e a resposta foi:
1 - o emitente não é português, o que implica agravamento fiscal.
2 - têm pouca liquidez (não percebi se também por ser emitente estrangeiro).
- Em relação ao primeiro ponto, eu argumentei que o cupão foi pago há pouco mais de 2 semanas, o que se traduz numa penalização fiscal insignificante para o comprador (concordaram comigo);
- Em relação ao segundo ponto, só poderei compreender se a emissão foi de montante reduzido, o que ignoro (não me lembrei de perguntar).
Acresce que, em termos comparativos, as EDP Finance BV, que também são de emitente estrangeiro, não evidenciam nenhuma penalização em termos de YTM face às outras EDP de emitente português.
Concluindo: não fiquei totalmente convencido. Agora até surge essa questão de haver uma vantagem potencial na aquisição destas ações, se acontecer a nossa saída do euro. Se alguém souber algo mais sobre o assunto, sou todo "ouvidos".
Uma importância significativa é o facto de no caso da emissão "estrangeira", pagas os juros corridos com IRS e recebes sem IRS, logo és penalizado em detrimento da emissão portuguesa em que pagas os juros corridos, deduzindo o IRS respectivo.
A emissão estrangeira são de 90 Milhões:
https://www.bigonline.pt/pdf/bonds/XS0169201851.pdf
A emissão portuguesa são de 500 milhões:
http://www.millenniumbcp.pt/multimedia/ ... 27607a.pdf
E os prazos também não são bem os mesmos, uma vence daqui a 7 meses e outra 11 meses.
Outro factor que influência bastante o valor é o dono actual.....![]()
Ok, então a liquidez é bastante diferente e explica quase tudo. Claro que as de Fevereiro, quem as tem chama-lhe suas

Mas a questão dos juros é irrelevante neste momento e o factor "proteção contra saída do euro" poderia trazer alguma vantagem relativa. Mas afinal não é bem assim.
Estive tentado a entrar nelas na quinta-feira passada, quando a YTM era superior a 12%. De repente, passou para os + 8,5% e comecei a ficar indeciso. Agora estou a procurar alternativas.
Be Cool Escreveu:Banesco Escreveu:Há algumas obrigações de empresas portuguesas como as da Parpública (PARPUB 4.191 10/15/14) e EDP (EDP Finance BV 3.75 06/22/15) que são consideradas como tendo emitente estrangeiro, pois a emissão foi feita, nestes casos, por intermédio de financeiras sediadas noutros países.
Assim, poder-se-ão considerar como um bom investimento no caso de Portugal abandonar o Euro? Ou caso isso aconteça, podem converter a moeda em que a emissão foi feita?
Acho esta questão bastante pertinente. É que hoje contactei o BIG Lisboa por telefone (o balcão de Coimbra estava fechado por ser feriado) para tentar esclarecer a seguinte questão:
- Por que razão as BCPPL FLOAT 06/13 estão com uma YTM de 8,4% e as BCPPL FLOAT 02/13 com uma YTM de 5,7%? (isto é, uma diferença de 2,7% para uma maturidade muito semelhante).
Remeteram o assunto para a sala de mercados e a resposta foi:
1 - o emitente não é português, o que implica agravamento fiscal.
2 - têm pouca liquidez (não percebi se também por ser emitente estrangeiro).
- Em relação ao primeiro ponto, eu argumentei que o cupão foi pago há pouco mais de 2 semanas, o que se traduz numa penalização fiscal insignificante para o comprador (concordaram comigo);
- Em relação ao segundo ponto, só poderei compreender se a emissão foi de montante reduzido, o que ignoro (não me lembrei de perguntar).
Acresce que, em termos comparativos, as EDP Finance BV, que também são de emitente estrangeiro, não evidenciam nenhuma penalização em termos de YTM face às outras EDP de emitente português.
Concluindo: não fiquei totalmente convencido. Agora até surge essa questão de haver uma vantagem potencial na aquisição destas ações, se acontecer a nossa saída do euro. Se alguém souber algo mais sobre o assunto, sou todo "ouvidos".
Uma importância significativa é o facto de no caso da emissão "estrangeira", pagas os juros corridos com IRS e recebes sem IRS, logo és penalizado em detrimento da emissão portuguesa em que pagas os juros corridos, deduzindo o IRS respectivo.
A emissão estrangeira são de 90 Milhões:
https://www.bigonline.pt/pdf/bonds/XS0169201851.pdf
A emissão portuguesa são de 500 milhões:
http://www.millenniumbcp.pt/multimedia/ ... 27607a.pdf
E os prazos também não são bem os mesmos, uma vence daqui a 7 meses e outra 11 meses.
Outro factor que influência bastante o valor é o dono actual.....


"Só duas coisas são infinitas, o universo e a estupidez humana. Mas no que respeita ao universo ainda não tenho a certeza" Einstein
“Com os actuais meios de acesso à informação, a ignorância não é uma fatalidade, mas uma escolha pessoal" Eu
“Com os actuais meios de acesso à informação, a ignorância não é uma fatalidade, mas uma escolha pessoal" Eu
Há de facto um crescendo de interesse nas obrigações...
mas, neste momento, quando comparamos as obrigações da sonae (e não do continente como a publicidade quer enganar) e a as da PT com as obrigações da república, para o mesmo prazo, as rentabilidades destas são superiores e parece-me que o risco não difere...
para além que as OT's têm bastante liquidez.
mas, neste momento, quando comparamos as obrigações da sonae (e não do continente como a publicidade quer enganar) e a as da PT com as obrigações da república, para o mesmo prazo, as rentabilidades destas são superiores e parece-me que o risco não difere...
para além que as OT's têm bastante liquidez.
Como se ganha dinheiro na bolsa?!
-Devo usar STOP's
-A tendência é minha amiga
-Não posso transformar um lucro em perda
-Devo cortar as perdas e deixar correr os ganhos
-As ações podem subir/descer mais do que penso e mais rápido
-Cumprir as regras anteriores...
-Devo usar STOP's
-A tendência é minha amiga
-Não posso transformar um lucro em perda
-Devo cortar as perdas e deixar correr os ganhos
-As ações podem subir/descer mais do que penso e mais rápido
-Cumprir as regras anteriores...
Banesco Escreveu:Há algumas obrigações de empresas portuguesas como as da Parpública (PARPUB 4.191 10/15/14) e EDP (EDP Finance BV 3.75 06/22/15) que são consideradas como tendo emitente estrangeiro, pois a emissão foi feita, nestes casos, por intermédio de financeiras sediadas noutros países.
Assim, poder-se-ão considerar como um bom investimento no caso de Portugal abandonar o Euro? Ou caso isso aconteça, podem converter a moeda em que a emissão foi feita?
Acho esta questão bastante pertinente. É que hoje contactei o BIG Lisboa por telefone (o balcão de Coimbra estava fechado por ser feriado) para tentar esclarecer a seguinte questão:
- Por que razão as BCPPL FLOAT 06/13 estão com uma YTM de 8,4% e as BCPPL FLOAT 02/13 com uma YTM de 5,7%? (isto é, uma diferença de 2,7% para uma maturidade muito semelhante).
Remeteram o assunto para a sala de mercados e a resposta foi:
1 - o emitente não é português, o que implica agravamento fiscal.
2 - têm pouca liquidez (não percebi se também por ser emitente estrangeiro).
- Em relação ao primeiro ponto, eu argumentei que o cupão foi pago há pouco mais de 2 semanas, o que se traduz numa penalização fiscal insignificante para o comprador (concordaram comigo);
- Em relação ao segundo ponto, só poderei compreender se a emissão foi de montante reduzido, o que ignoro (não me lembrei de perguntar).
Acresce que, em termos comparativos, as EDP Finance BV, que também são de emitente estrangeiro, não evidenciam nenhuma penalização em termos de YTM face às outras EDP de emitente português.
Concluindo: não fiquei totalmente convencido. Agora até surge essa questão de haver uma vantagem potencial na aquisição destas obrigações, se acontecer a nossa saída do euro. Se alguém souber algo mais sobre o assunto, sou todo "ouvidos".
Editado pela última vez por Be Cool em 4/7/2012 23:50, num total de 1 vez.
Re: Obrigaçoes da Brisa
Elias Escreveu:Jgreg Escreveu:Alguém sabe me confirmar, que para alguém que subscreveu as obrigações da Brisa, pode vender em mercado secundario (caso elas venham ser cotadas) em qualquer altura ou existe um periodo que temos que as manter?
Podes vender em qualquer altura.Jgreg Escreveu:E esse mercado secundario como funciona. A Brisa diz que eu vou receber 6,25% brutos anual com pagamento cada 6 meses, se vender, quem comprar como funciona, recebe o juro e paga mais ou menos sobre o montante inicial, dependendo se elas sobem ou descem? Obrigado.
Se venderes ao fim de 10 dias recebes os juros corridos por esses 10 dias. Quem te comprar as obrigações terá de pagar os juros dos 10 dias e ao fim de 6 meses recebe o cupão na totalidade.
Obrigado pela resposta Elias. È que meti nisto das obrigacões mas depois de ver todos os custos inerentes, á compra, á manutenção das obrigações( no meu caso o BCP) o que fica liquido é muito pouco, pois são muito poucas obrigações e os custos diluem-se pouco, estou a ponderar vender no mercado secundario.
zecatreca Escreveu:Obrigado a todos.
Estou tentado fazer meio meio, ou seja, metade para a SONAE e a outra para a PT.
O juro é bastante aliciante, sem dúvida.
Amanhã devo tratar desta situação mas, ainda assim, quero ver o que está descrito no "contrato" que me vão apresentar.
Cumprimentos
Viva Zeca, podes ir adiantando trabalho porque a documentação é a mesma em todos os IFs:
https://www.gobulling.com/ljc/col/publi ... inente.tea
http://www.bancobpi.pt/pagina.asp?s=1&f=3668&opt=f
O que convém veres são as comissões que te cobram e isso, sim, varia consoante a tua IF:
- Comissão de subscrição
- Comissão de pagamento de cupão (juros)
- Comissão de venda (antes da maturidade) ou comissão de reembolso (na maturidade)
- Além disto há o imposto de 4% de selo sobre a comissão de venda (se venderes antes da maturidade) ou o IVA sobre a comissão de pagamento de juros / comissão de reembolso na maturidade. Estes são iguais em todos os IFs.
- Pode ou não haver custódia de títulos
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