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Caldeirão da Bolsa

Obrigações II

Espaço dedicado a todo o tipo de troca de impressões sobre os mercados financeiros e ao que possa condicionar o desempenho dos mesmos.

por mais_um » 28/6/2012 9:54

sqezer Escreveu:Julgo que estás a assumir que tudo o que é DP ou certificado poderá ser convertido em obrigações, e não é bem assim. DP para além de garantido pode-se transformar em disponibilidade já amanhã, obrigações não.


Estou a assumir que tudo é DP e certificados de aforro está disponivel de imediato, logo existe muito dinheiro disponivel para as emissões de obrigações, foi a tua questão, julgo eu.
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por Automech » 28/6/2012 9:49

Já agora:
Brisa aumenta para 225 milhões valor da emissão de dívida para o retalho

Um dúvida que me ocorreu: este tipo de anúncio sobre aumento do montante emitido é dado antes do período de irrevogabilidade das ordens, certo ? Caso contrário o investidor pode tomar uma decisão com base no rateio até ao momento e depois ser surpreendido por um montante superior.
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por Automech » 28/6/2012 9:46

tiagopt Escreveu:As obrigações da Brisa poderão ser um bom indicador, já que estão sobrepostas a obrigações de taxa superior.

Tiago, estás a falar da sobreposição com as da Sonae, certo ?

Assim de cabeça foram mesmo muitas emissões seguidas: EDP, Semapa, Zon, agora Brisa, Cimpor e Sonae, para não falar nas CLNs da EDP de 8% que andam por aí (pelo menos recebi informação do Best sobre isso).
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por Xiça » 28/6/2012 9:30

mais_um Escreveu:
sqezer Escreveu:Bom dia,
A minha questão é simples, acham que haverá fundos em Portugal para continuar a subsrever Obrigações de empresas nacionais a este ritmo?
A médio prazo o que poderá acontecer à cotação destas obrigações face ao reduzido número de compradores que existirão no mercado?

Obrigado.


Em relação aos fundos ainda há muito € disponivel, só em certificados de aforro estão 10 mil milhões de €. E em depositos nos bancos (particulares) existiam cerca de 110 mil milhões de € (dados de Abril).

Considerando os prazos das obrigações e o tipo de cliente que normalmente as subscreve, não me parece que exista essa situação.


Julgo que estás a assumir que tudo o que é DP ou certificado poderá ser convertido em obrigações, e não é bem assim. DP para além de garantido pode-se transformar em disponibilidade já amanhã, obrigações não.

Isso dos bancos aconselharem a subscrever o dobro do que se quer devia ser proibido e sancionado. Até pq se alguem subscrever o dobro e acabar por ficar com a conta a descoberto não me parece que o banco perdoe os juros do descoberto.
 
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por tiagopt2 » 28/6/2012 9:24

sqezer Escreveu:Bom dia,
A minha questão é simples, acham que haverá fundos em Portugal para continuar a subsrever Obrigações de empresas nacionais a este ritmo?
A médio prazo o que poderá acontecer à cotação destas obrigações face ao reduzido número de compradores que existirão no mercado?

Obrigado.


Boa pergunta... é algo em que tenho pensado, começa de facto a ser muito dinheiro e com emissoes muito proximas. É dificil saber até que ponto haverá procura, mas a procura apenas 1,5x superior à oferta na Zon pode ser ja um indicador de diminuição de procura.
As obrigações da Brisa poderão ser um bom indicador, já que estão sobrepostas a obrigações de taxa superior. O que pode acontecer se a procura cair drasticamente? Como os bancos aconselham a que se subscreva o dobro do desejado, pode haver quem se sinta forçado a vender, fazendo diminuir o preço emmercado. Ou pelo menos não sobe, pois toda a procura fica satisfeita na subscrição.
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por mais_um » 28/6/2012 9:23

sqezer Escreveu:Bom dia,
A minha questão é simples, acham que haverá fundos em Portugal para continuar a subsrever Obrigações de empresas nacionais a este ritmo?
A médio prazo o que poderá acontecer à cotação destas obrigações face ao reduzido número de compradores que existirão no mercado?

Obrigado.


Em relação aos fundos ainda há muito € disponivel, só em certificados de aforro estão 10 mil milhões de €. E em depositos nos bancos (particulares) existiam cerca de 110 mil milhões de € (dados de Abril).

Considerando os prazos das obrigações e o tipo de cliente que normalmente as subscreve, não me parece que exista essa situação.
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por Xiça » 28/6/2012 9:11

Bom dia,
A minha questão é simples, acham que haverá fundos em Portugal para continuar a subsrever Obrigações de empresas nacionais a este ritmo?
A médio prazo o que poderá acontecer à cotação destas obrigações face ao reduzido número de compradores que existirão no mercado?

Obrigado.
 
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por matiasprt » 27/6/2012 10:45

Portugal Telecom Obrigações PT Taxa Fixa 2012/2016

O Conselho de Administração aprovou ainda o lançamento no mercado português, destinada ao público em geral, de uma Oferta Pública de Subscrição de Obrigações (“OPS”), denominada “Obrigações PT Taxa Fixa 2012/2016”. As obrigações têm um prazo de quatro anos, vencendo juros a uma taxa de juro fixa de 6,25% (Taxa Anual Nominal Bruta) ao ano, pagos semestralmente. O montante da oferta é de 250 milhões de euros, o qual poderá ser aumentado pela emitente durante o período da oferta.

O Conselho de Administração mantém-se confiante quanto à geração de cash flow da PT mas uma estratégia financeira mais prudente reduz substancialmente os riscos financeiros. A Empresa encontra-se agora refinanciada até ao final de 2015, reduzindo a alavancagem e tendo maior flexibilidade para continuar a investir no desenvolvimento do seu negócio.

 
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por ferreira10 » 26/6/2012 22:50

AutoMech Escreveu:Já agora fica aqui este que é igual ao do diagrama que o mais_um deixou, mas que indica também o capital social das empresas participadas (embora pouco fidedigno sempre pode dar uma ideia do indicador de grandeza das empresas):
www.parpublicasgps.com/file/grupo_2012.pdf

Diclaimer: tenho obrigações da Parpública (que são, de longe, o meu investimento mais arriscado dentro da categoria de renda fixa).



Fiquei impressionado com a rede de participações sob a alçada da Parpulia.Não tinha ideia.

O único "senão" que me causa alguma celeuma, é o modo como os dividendos, decorrentes da venda de activos são distribuídos pelo único accionista:o Estado.É que as mais valias resultantes da venda das participações detidas na EDP e na REN seriam suficientes para manter a Parpulia "num modo confortável" durante vários anos.De certo que não haverá uma descapitalização da empresa por via dessas transferências.Aliás, no texto que em baixo deixo, é dito que a alienação de activos é feita respeitando os legítimos interesses dos credores.Não percebi aquela parte em que é dito que os restantes activos são reenquadrados no accionista Estado através do tesouro.

De qualquer forma, caso a empresa necessite de ser capitalizada o Estado (único accionista) pode ser chamado a participar nessa capitalização,suponho eu.Os fluxos não devem ser só de saída. Tal como o faz relativamente à caixa geral de depósitos.


Dei uma volta à rubrica dos riscos e à estrutura e maturidade da divida da empresa.Gostei do que vi!Algum do risco está associado ao desenvolvimento da cotação de obrigações permutáveis da Galp.Não é por aqui que o gato iria às filhoses.

Um outro item que me causa alguma celeuma é a participação que tem na empresa Sagestamo.Pelo que percebi, esta empresa é financiada pela Parpulia para que possa comprar património do Estado.E depois a seguir, o que faz com esse património do Estado? Vende-o; recebe rendas dele?Estranha cosmética!Ou seja, engenharia financeira ao serviço do Estado, certamente!Enfim....

O aumento do preço da agua, embora muito impopular é uma mais valia para a empresa.De resto...amanhã já terei uma decisão...depois de concluir a leitura do relatório.

Foi de muita ajuda; era disto mesmo que precisava.Já tinha ido ao site deles mas somos bombardeados com tanta informação diariamente que às vezes nem sequer temos tempo de procurar estas coisas.Assim....pré-oferidas... são mais saborosos.LOL

BN
Anexos
Parpulia.png
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por Automech » 26/6/2012 21:58

mais_um Escreveu:Não consigo descortinar diferença do teu diagrama para o meu... deve ser da (tua) idade! :mrgreen: :mrgreen:


:lol:
www.parpublicasgps.com/files/part_parp_25052012.pdf
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por mais_um » 26/6/2012 21:55

AutoMech Escreveu:Já agora fica aqui este que é igual ao do diagrama que o mais_um deixou, mas que indica também o capital social das empresas participadas (embora pouco fidedigno sempre pode dar uma ideia do indicador de grandeza das empresas):
www.parpublicasgps.com/file/grupo_2012.pdf

Diclaimer: tenho obrigações da Parpública (que são, de longe, o meu investimento mais arriscado dentro da categoria de renda fixa).


Não consigo descortinar diferença do teu diagrama para o meu... deve ser da (tua) idade! :mrgreen: :mrgreen:

Disclaimer: tenho obrigações da parpublica 2014, OT de 2013 e de 2017.
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por Automech » 26/6/2012 21:50

Já agora fica aqui este que é igual ao do diagrama que o mais_um deixou, mas que indica também o capital social das empresas participadas (embora pouco fidedigno sempre pode dar uma ideia do indicador de grandeza das empresas):
www.parpublicasgps.com/file/grupo_2012.pdf

Diclaimer: tenho obrigações da Parpública (que são, de longe, o meu investimento mais arriscado dentro da categoria de renda fixa).
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por mais_um » 26/6/2012 21:46

ferreira10 Escreveu:
mais_um Escreveu:

Não sei se ajudei a esclarecer, mas tentei. :wink:


Ajudaste sim! Vou dar uma olhada ao relatório de contas, assim como ao diagrama das participações.Faltavam-me estes 2 elementos de modo a ter uma ideia mais esclarecida acerca da empresa.

Agradecido.

BN


Faltou esclarecer outra coisa, o valor que eu investi são alguns milhares de €, representa cerca de metade do que eu normalmente poupo por ano. Nunca investiria dezenas de milhares de € isto porque representaria muitos anos de poupanças e já tirava-me o sono.
Porque existe na realidade riscos que não são controlados por nós, como país.

Para cerca de 40% do meu capital tenho procurado investimentos de médio prazo (1 a 3 anos) com rentabilidades o mais elevadas possível, ponderando o risco.

Comprei OT de 2013 em Setembro do ano passado a cerca de 85%, hoje valem 99,5%, valor que eu pensava que só perto da maturidade é que chegavam, tenho uma valorização antes de impostos e sem considerar os juros de cerca de 17%, para mim é mto bom, que até estou a ponderar vendê-las já, só queria esclarecer a questão das mais-valias para tomar uma decisão final.

Também tenho as OT de 2017, em 5 meses estão a valorizar 27%. Mas estas já fazem parte do capital de "risco". :mrgreen:
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por ferreira10 » 26/6/2012 21:08

mais_um Escreveu:

Não sei se ajudei a esclarecer, mas tentei. :wink:


Ajudaste sim! Vou dar uma olhada ao relatório de contas, assim como ao diagrama das participações.Faltavam-me estes 2 elementos de modo a ter uma ideia mais esclarecida acerca da empresa.

Agradecido.

BN
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por mais_um » 26/6/2012 20:58

ferreira10 Escreveu:Viva mais_um:

Antes de mais, sejas bem vindo! Ainda não te tinha dados as boas vindas. :lol: Ai com uma frase tão patriota aqui da Batalha, a somar à competência que te reconheço a opinar acerca de obrigações, és um elemento imprescindível aqui no fórum.

À dias referiste que tinhas obrigações da Parpulia.Dizias que era o investimento mais especulativo que detinhas em carteira.As yields da obrigações da Parpulia com data de maturidade em 2014-10-15, estão completamente desfasadas das yields soberanas Portuguesas com data de maturidade no mesmo ano.Suponho ser, sobretudo, o efeito comprador, exercido sobre as obrigações soberanas, mercê da maior visibilidade, aquele que faz com que a yields da divida soberana sejam menos «apelativas» (dependendo do ponto de vista, naturalmente). Afinal qual é o modelo de negócios da Parpulia? Suponho que se encarrega do sector empresarial do estado; privatizações e afins.Mas caso haja um «evento» na Parpulia não é certo que ele se estenda às obrigações soberanas? Fico com a ideia que o Estado acaba por ser o garante da divida da Parpulia.

Finalmente,qual o efeito das privatizações que se advinham para a Parpulia?Para todos os efeitos vai receber dinheiro; as empresas a privatizar, não dão dividendos à Parpulia.Excepto os CTTs.Que nem sequer sei se pertencem à esfera da Parpulia.Deves ter feito uma avaliação de risco antes de teres comprado as ditas obrigações.Certo?


Boas!

Não fui eu que disse isso, foi o Sr_SNiper! :mrgreen:

Sr_SNiper Escreveu:Iniciei-me nas Obrigações em Setembro de 2010 com as OT´s 2012.
Correu bem e continuei a investir uma fatia do meu pé de meia neste instrumento.
Neste momento tenho algumas em carteira, sendo que a mais especulativa tenho mesmo muito pouco investido lá ( Parpública 2014 )
Após perder a sensação que ia ficar rico em ações, decidi distruir o pé de meia por ações, obrigações e DP.


Na altura eu disse que estava a estudar o assunto, mas já comprei :wink:

Sobre a Parpublica tens aqui o ultimo relatório de contas:

http://www.parpublicasgps.com/files/Par ... as2011.pdf


E aqui tens um diagrama simplificado das participações:

http://www.parpublicasgps.com/file/grupo_2012.pdf

Risco? É superior ao do Tesouro, dai a diferença nas yields.

Certezas? a única que tenho é que todos nós um dia vamos morrer. :wink:

Aloquei capital que representa cerca de 8% dos meus investimos mobiliários, não me tira o sono (algo que aprendi com o Ulisses, é importante que os nossos investimentos não nos tirem o sono).

Neste momento é o meu investimento que considero que tem um risco maior, mas como o Estado quer regressar aos mercados em 2013 (considero menos provável que o consiga) não faz sentido não pagar o empréstimo da ParPubllica em 2014 e perder a credibilidade que tentou ganhar até essa altura.

Não sei se ajudei a esclarecer, mas tentei. :wink:
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por tiagopt2 » 26/6/2012 19:42

Azul10 Escreveu:É sobre o montante que quer adquirir.
Se for para comprar 20k é, por exemplo, 0.2%*20.000€ ao resultado acresce ainda 4% de IS.


Só para clarificar, 4% sobre a comissão de 0,2%
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por Pickbull » 26/6/2012 18:57

Obrigado.
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por Azul10 » 26/6/2012 18:27

É sobre o montante que quer adquirir.
Se for para comprar 20k é, por exemplo, 0.2%*20.000€ ao resultado acresce ainda 4% de IS.
 
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por Pickbull » 26/6/2012 18:21

Se fizer uma compra no mercado secundário com valor abaixo do par a comissão de compra (se for em percentagem) é sobre o valor nominal ou sobre o que efectivamente vou pagar?
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por mais_um » 26/6/2012 16:32

Esta é a declaração que os bancos são obrigados a entregar às finanças por cada contribuinte que faça as operações referidas.

http://www.portaldasfinancas.gov.pt/de/ ... AMod13.pdf

Claro que actualmente é enviado em formato electronico, em XML para ser mais preciso.
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por ferreira10 » 26/6/2012 16:30

Viva mais_um:

Antes de mais, sejas bem vindo! Ainda não te tinha dados as boas vindas. :lol: Ai com uma frase tão patriota aqui da Batalha, a somar à competência que te reconheço a opinar acerca de obrigações, és um elemento imprescindível aqui no fórum.

À dias referiste que tinhas obrigações da Parpulia.Dizias que era o investimento mais especulativo que detinhas em carteira.As yields da obrigações da Parpulia com data de maturidade em 2014-10-15, estão completamente desfasadas das yields soberanas Portuguesas com data de maturidade no mesmo ano.Suponho ser, sobretudo, o efeito comprador, exercido sobre as obrigações soberanas, mercê da maior visibilidade, aquele que faz com que a yields da divida soberana sejam menos «apelativas» (dependendo do ponto de vista, naturalmente). Afinal qual é o modelo de negócios da Parpulia? Suponho que se encarrega do sector empresarial do estado; privatizações e afins.Mas caso haja um «evento» na Parpulia não é certo que ele se estenda às obrigações soberanas? Fico com a ideia que o Estado acaba por ser o garante da divida da Parpulia.

Finalmente,qual o efeito das privatizações que se advinham para a Parpulia?Para todos os efeitos vai receber dinheiro; as empresas a privatizar, não dão dividendos à Parpulia.Excepto os CTTs.Que nem sequer sei se pertencem à esfera da Parpulia.Deves ter feito uma avaliação de risco antes de teres comprado as ditas obrigações.Certo?
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por mais_um » 26/6/2012 16:29

AutoMech Escreveu:As do costume:
http://www.bloomberg.com/quote/GSPG10YR:IND

As de Portugal são baseadas no secundário, não são ?
Se Espanha não tem secundário, como é que eles calcularão ?


Mas essa são obrigações do tesouro a 10 anos e tens a evolução que querias analisar.
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por mais_um » 26/6/2012 16:26

AutoMech Escreveu:As do costume:
http://www.bloomberg.com/quote/GSPG10YR:IND

As de Portugal são baseadas no secundário, não são ?
Se Espanha não tem secundário, como é que eles calcularão ?


Os espanhois são um bocado confusos.... :D

Tem letras de tesouro, equivalentes aos nossos bilhetes do tesouro, tem bonos com um prazo entre os 2 e 5 anos e para mais de 5 anos tem as obrigações do tesouro.

Esta é a cotação de ontem para toda a divida espanhola:

http://www.bde.es/webbde/es/secciones/i ... /b0101.txt



Quando falaste em bonos , erradamente associei aos nossos bilhetes do tesouro e esses nunca encontrei cotação no mercado secundário.
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por Automech » 26/6/2012 16:20

Elias, eu nos warrants diria que é mais claro (a favor de pagar mais valias).

CIRS
Artº 10 - número 1 alínea f)

Constituem mais-valias os ganhos obtidos que, não sendo considerados rendimentos empresariais e profissionais, de capitais ou prediais, resultem de:
(...)
f) Operações relativas a warrants autónomos, quer o warrant seja objecto de negócio de disposição anteriormente ao exercício ou quer seja exercido, neste último caso independentemente da forma de liquidação.


Artº 10 - número 4 alínea d)

O ganho sujeito a IRS é constituído:
(...)

d) Pelos rendimentos líquidos, apurados em cada ano, provenientes das operações referidas na alínea f) do n.º 1, os quais correspondem, no momento do exercício, à diferença positiva entre o preço de mercado do activo subjacente e o preço de exercício acrescido do prémio do warrant autónomo ou à diferença positiva entre o preço de exercício deduzido do prémio do warrant autónomo e o preço de mercado do activo subjacente, consoante se trate de warrant de compra ou warrant de venda.
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por Elias » 26/6/2012 16:06

Sr_SNiper Escreveu:
Elias Escreveu:É um pouco como os warrants que chegam à maturidade: não são vendidos e não constam da listagem de títulos alienados elaborado pelo banco no final de cada ano.

E são declarados como mais valias ou não?


Fica à consciência de cada um, nmho.
 
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