Off-topic, entrevista a António Lobo Antunes à revista Visão
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Pois é , esta entrevista não ofende ninguém, mas troquem os nome António Lobo Antunes por Jorge Nuno Pinto da Costa ou Miguel Sousa Tavares e onde está Benfica coloca-se Porto e onde está Porto coloca-se Benfica.
De certeza que a reacção é muito diferente, e depois não venham cá dizer que são patrioticos, e que só pq o senhor escreve bem e tem conhecimentos com pessoas ligadas ao poder, pode dizer uma bosteirada dessas que não tem mal.
Por sinal até sou do Sporting...........
cumprimentos
ofendido
De certeza que a reacção é muito diferente, e depois não venham cá dizer que são patrioticos, e que só pq o senhor escreve bem e tem conhecimentos com pessoas ligadas ao poder, pode dizer uma bosteirada dessas que não tem mal.
Por sinal até sou do Sporting...........
cumprimentos
ofendido
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ofendido
Didi...
... é isso mesmo, a intenção do autor era ridicularizar a guerra do Ultramar, não fazia sentido dar um tiro num benfiquista, como não faz sentido dar um tiro num irmão. Lobo Antunes não é eterno, e se agora acede a dar entrevistas, não é concerteza por dinheiro, mas tão só para abanar algumas consciências...
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Visitante
quem conhece a obra do homem, e foi acompanhando s entrevistas que deu no inicio da carreira de escritor, sabe bem que ele andou mesmo na frente de guerra.
quanto ao homem como escritor, já foi há uns anos bons acusado pelo José Luis Pacheco de plágio, julgo que o livro em causa era "Os cus de Judas" e o "Conversas na catedral" do Vargas Llosa
quanto ao homem como escritor, já foi há uns anos bons acusado pelo José Luis Pacheco de plágio, julgo que o livro em causa era "Os cus de Judas" e o "Conversas na catedral" do Vargas Llosa
Bom dia,
Este senhor sonha com *****. Em todos os romances que escreve inclui pelo menos um personagem que se borra.
Há um anos atrás dizia que não dava entrevistas porque não havia ninguém à altura para o entrevistar. Nessa altura gostava dele porque raramente ouvia falar do homem. De repente apareceram uma data de jornalistas competentíssimos porque o homem agora não pára de dar entrevistas. Enfim, o homem tem problemas graves e devia, pelo menos, consultar um colega para ver se ainda se pode fazer alguma coisa.
Este senhor sonha com *****. Em todos os romances que escreve inclui pelo menos um personagem que se borra.
Há um anos atrás dizia que não dava entrevistas porque não havia ninguém à altura para o entrevistar. Nessa altura gostava dele porque raramente ouvia falar do homem. De repente apareceram uma data de jornalistas competentíssimos porque o homem agora não pára de dar entrevistas. Enfim, o homem tem problemas graves e devia, pelo menos, consultar um colega para ver se ainda se pode fazer alguma coisa.
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- Registado: 1/4/2003 16:06
É uma pena ver arrivistas ignorantes insultar os portugueses que combateram no ultramar.
Essa de que todos os portugueses se borravam de medo no parece-me uma extrapolação completamente errada a partir de uma amostra extremamente reduzida de conhecidos pessoais do jaor.
Se isso é uma surpresa para ele, sempre lhe direi que nem todos os que lá andaram eram completos cobardes...
Talvez tenha de escolher melhor as pessoas com quem se informa?

Essa de que todos os portugueses se borravam de medo no parece-me uma extrapolação completamente errada a partir de uma amostra extremamente reduzida de conhecidos pessoais do jaor.
Se isso é uma surpresa para ele, sempre lhe direi que nem todos os que lá andaram eram completos cobardes...
Talvez tenha de escolher melhor as pessoas com quem se informa?
Earthlings? Bah!
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- Registado: 20/11/2003 11:37
Eu achei piada. E não sou do Benfica.
Quanto a algumas reacções mais violentas ao texto ... bem, cada um pode ter a sua opinião, mas daí a dizer que a entrevistadora o devia ter censurado contra a sua vontade, isso já é grave, e mostra que há quem, tendo a sua opinião, não se coibe de a tentar forçar aos outros.
Quanto a algumas reacções mais violentas ao texto ... bem, cada um pode ter a sua opinião, mas daí a dizer que a entrevistadora o devia ter censurado contra a sua vontade, isso já é grave, e mostra que há quem, tendo a sua opinião, não se coibe de a tentar forçar aos outros.
- Mensagens: 3255
- Registado: 6/11/2002 19:27
A mim não me choca nada o que li...
...e parece que aos benfiquistas tb não...mas esses já andam a chocar há vários anos
. Qt ao amigo que interroga se os "vietecongs" tb/ ficavam a ouvir o relato??? bem essa tem muito mais nível que o do ex-futuro prémio nobel...
Abraço

Abraço
Todos os dias, devíamos ouvir um pouco de música (em vez do ruído dos mercados), ler um pouco de poesia (ex Djovarius), ver um quadro bonito (são tantos que alguns até nos passam ao lado) e, se possivel, dizer algumas palavras sensatas (de preferência no Caldeirão)
Goethe (adaptado por MMouse)
Goethe (adaptado por MMouse)
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- Registado: 19/12/2002 13:21
- Localização: Porto
okk
Off topic ou não, eu sou fã do Lobo Antunes e por isso também vou opinar.
Como portista que sou, não me senti minimamente atingida pelas palavras do Lobo Antunes.
De facto, a leitura qur faço das palavras dele é mais do estilo de ridicularizar a situação ( o Benfica era o "clube oficial do império português")e de mostrar a "ética" de uma guerra muito especial (mais não seja porque foi nossa e não dos americanos)e por outro lado, demonstrar que hoje em dia, provavelmente as guerras futubolisticas têm menos ética e geram muito mais violência do que a guerra de ultramar
Isto é a minha leitura, mas a vantagem do Lobo Antunes escritor é que consegue gerar várias leituras para as mesmas palavras, mas nunca deixa de ser polémico... agora não lhe peçam para ser politicamente correcto pois parece-me que não faz parte do seu modo de ser - dar uma entrevista em pleno estúdio de TV a fumar um cigarro numa época em que os maços de tabaco fazem campanha anti-tabagista é mesmo uma atitude de alguém muito especial.
Quanto à experiência dele na guerra de ultramar, pelo que já li dele, não foi propriamente sentado numa secretária num qualquer ministério, mas eu não estive lá... o que sei é que ou ele viu ou então tem uma grande imaginação
beijinhos
didi

Como portista que sou, não me senti minimamente atingida pelas palavras do Lobo Antunes.
De facto, a leitura qur faço das palavras dele é mais do estilo de ridicularizar a situação ( o Benfica era o "clube oficial do império português")e de mostrar a "ética" de uma guerra muito especial (mais não seja porque foi nossa e não dos americanos)e por outro lado, demonstrar que hoje em dia, provavelmente as guerras futubolisticas têm menos ética e geram muito mais violência do que a guerra de ultramar

Isto é a minha leitura, mas a vantagem do Lobo Antunes escritor é que consegue gerar várias leituras para as mesmas palavras, mas nunca deixa de ser polémico... agora não lhe peçam para ser politicamente correcto pois parece-me que não faz parte do seu modo de ser - dar uma entrevista em pleno estúdio de TV a fumar um cigarro numa época em que os maços de tabaco fazem campanha anti-tabagista é mesmo uma atitude de alguém muito especial.
Quanto à experiência dele na guerra de ultramar, pelo que já li dele, não foi propriamente sentado numa secretária num qualquer ministério, mas eu não estive lá... o que sei é que ou ele viu ou então tem uma grande imaginação

beijinhos
didi

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- Registado: 5/11/2002 1:49
- Localização: Porto
O efeito Selecção Nacional !!!
Tirando o ***** aqui, ***** ali ... até tem a sua piada.
Prefiro este tipo de humor, ao humor do mais que consagrado Herman José, venerado por meio mundo e que sinceramente para o meu tipo de telespectador, há mais de 10 anos que andaria a distribuir cafés à assistência dos concursos.
Dou mais valor a umas piadas como a anterior, do que a habitual nos "cómicos" da tv portuguesa.
Convenhamos, leiam por favor, uma 2ª vez, e secalhar em voz alta, deixem-se levar frase a frase e tirem nova conclusaõ.
Esqueçam se lá diz benfica, sportem ou porto, vejam por favor, que o homem o que pretende dizer, é que afinal eram todos do mesmo clube, (a selecção nacional), prontos, se naõ gostam do vermelho
Prefiro este tipo de humor, ao humor do mais que consagrado Herman José, venerado por meio mundo e que sinceramente para o meu tipo de telespectador, há mais de 10 anos que andaria a distribuir cafés à assistência dos concursos.
Dou mais valor a umas piadas como a anterior, do que a habitual nos "cómicos" da tv portuguesa.
Convenhamos, leiam por favor, uma 2ª vez, e secalhar em voz alta, deixem-se levar frase a frase e tirem nova conclusaõ.
Esqueçam se lá diz benfica, sportem ou porto, vejam por favor, que o homem o que pretende dizer, é que afinal eram todos do mesmo clube, (a selecção nacional), prontos, se naõ gostam do vermelho
"A iliteracia do século XXI, não se refere àqueles que não sabem ler e escrever, mas àqueles que não sabem, aprender, desaprender e reaprender".
Alvin Toffler
Alvin Toffler
Especulação
Tal como na bolsa também os nossos escritores para serem notados especulam nos titulos . Foi assim com Saramago no "Evangelho"....e "Memorial" .É também com L.Antunes no "C.de Judas". Refletem a pseudo libertação (pelo menos na linguagem) de épocas de atrofia. Querem erguer a voz usando a linguagem da ralé. É o tipo de linguagem que hoje se usa nas nossas televisões e que tão "bons" frutos está a dar. É a linguagem do homem da "rua" e que nós não gostamos de ouvir, em especial, quando vamos com a familia. Não tiro o mérito ao escritor na conjugação do "verbo" a bom termo, mas penso que se pode dizer a mesma coisa sem usar a pelintrisse da obscenidade "criativa".
Dou mais valor a quem diz as coisas "sem dizer" a quem emite o "som" sem o pronunciar. Tenho muitas dúvidas sobre a veracidade de algumas situações que ele relata. Realço, "heroicamente" o espirito de corpo que existia e eu também vivi.
Sinto saudades daquela terra, despreso os maus momentos. É um chamamento à minha juventude e de muitos que comigo pisaram solo erguido pela "lama" ou pelo "júbilo" mas que deixou marcas que connosco vão para a cova. Quero aqui, levantar BEM ALTO, a relação excelente que existia na educação dessa juventude a que pertenci.Aqui estou contigo, Lobo Antunes
Dou mais valor a quem diz as coisas "sem dizer" a quem emite o "som" sem o pronunciar. Tenho muitas dúvidas sobre a veracidade de algumas situações que ele relata. Realço, "heroicamente" o espirito de corpo que existia e eu também vivi.
Sinto saudades daquela terra, despreso os maus momentos. É um chamamento à minha juventude e de muitos que comigo pisaram solo erguido pela "lama" ou pelo "júbilo" mas que deixou marcas que connosco vão para a cova. Quero aqui, levantar BEM ALTO, a relação excelente que existia na educação dessa juventude a que pertenci.Aqui estou contigo, Lobo Antunes
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Asa Delta
Pessoalmente não desgostei do excerto transcrito.
Achei interessante, não me ofende e até acredito que tenha o seu quê de verdade.
Quero-vos dizer que há cerca de um ano e meio estive na Guiné e os clubes mais importantes, aqueles dos quais o vulgar cidadão mais fala e cujos futebolistas são as maiores estrelas, eram curiosamente o Benfica e o Porto. Os clubes locais estavam depois. Ao domingo ouvia-se o relato na RDP.
O João Pinto é o Figo lá da zona.
Apoio e gostei do texto
Achei interessante, não me ofende e até acredito que tenha o seu quê de verdade.
Quero-vos dizer que há cerca de um ano e meio estive na Guiné e os clubes mais importantes, aqueles dos quais o vulgar cidadão mais fala e cujos futebolistas são as maiores estrelas, eram curiosamente o Benfica e o Porto. Os clubes locais estavam depois. Ao domingo ouvia-se o relato na RDP.
O João Pinto é o Figo lá da zona.
Apoio e gostei do texto
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PIKAS
Bem...
Eu não encontro nada de chocante na entrevista, pelo contrário é uma entrevista interessante, em que o escritor nos conta inumeras pequenas histórias do seu passado e episódios caricátos.
Um desses episódios bastante caricato encontra-se no fim da entrevista e por essa razão resolvi transcrever e partilhar aqui neste espaço. Sabendo que o final poderia "incomodar" o espirito e pensamento de algumas pessoas, resolvi então, transcrever entrevista um pouco para trás do final, de forma que as pessoas possam saber e sentir o contexto da entrevista.
Da minha parte encarei o final da entrevista com bastante humor, irónico e corajoso tendo em conta o autor e a sua responsabilidade publica.
Não creio que devemos "sentir" á letra o que o escritor disse no final, penso que tal como afirmou o Comentador, veio ao de cima um pouco da sua veia literária com algum misto de ironia e malicia, somente isso....
Joar: Se tiver oportunidade de ler a entrevista completa vai entender que António Lobo Antunes sabem muito bem do que fala, relata-nos as suas experiências vividas na linha da frente da guerra em Angola. Eu, é que não podia transcrever a entrevista toda não é? - Mas olhe que até valia apena não fosse a trabalheira que dava!
Cumprimentos
Um desses episódios bastante caricato encontra-se no fim da entrevista e por essa razão resolvi transcrever e partilhar aqui neste espaço. Sabendo que o final poderia "incomodar" o espirito e pensamento de algumas pessoas, resolvi então, transcrever entrevista um pouco para trás do final, de forma que as pessoas possam saber e sentir o contexto da entrevista.
Da minha parte encarei o final da entrevista com bastante humor, irónico e corajoso tendo em conta o autor e a sua responsabilidade publica.
Não creio que devemos "sentir" á letra o que o escritor disse no final, penso que tal como afirmou o Comentador, veio ao de cima um pouco da sua veia literária com algum misto de ironia e malicia, somente isso....
Joar: Se tiver oportunidade de ler a entrevista completa vai entender que António Lobo Antunes sabem muito bem do que fala, relata-nos as suas experiências vividas na linha da frente da guerra em Angola. Eu, é que não podia transcrever a entrevista toda não é? - Mas olhe que até valia apena não fosse a trabalheira que dava!
Cumprimentos
Surfer
Jaor, não tinha visto essa "piada". Pronto... é de facto aquele humor que nos sai num momento mais infeliz.. sim... já percebi o choque.
Comentador, de facto saltei por cima da frase "infeliz"... mas acho que fazes a leitura correcta, no fundo é o discurso de um escritor em que a veia literária por vezes toma o de cima ao bom senso..
Comentador, de facto saltei por cima da frase "infeliz"... mas acho que fazes a leitura correcta, no fundo é o discurso de um escritor em que a veia literária por vezes toma o de cima ao bom senso..
Amiga Pata,
Como viu os nossos posts cruzaram-se.
Respondendo ao seu post, tenho a dizer o seguinte:
1. Há coisas de que se gosta ou não, gostos não se discutem. Há os que gostam de amarelo, outros de verde, etc.
2. Penso que tenho o sentido de humor normal como já tenho demonstrado, penso eu, em várias crónicas.
3. Já vivi momentos parecidos (não iguais) da guerra em África e posso dizer com conhecimento de causa que se pode contar aquilo de diversas maneiras, com as tonalidades variando também muito.
4. Veio nitidamente ao de cima, julgo eu, a veia literária do nosso escritor que até arranjou um grande final (para a entrevista). Eu no lugar dele não fazia isso!
5. Isto é o que eu penso, só o justifico porque é para si (I´m joking…) e acredito que a reacção vai variar de pessoa para pessoa.
Mas, para não dramatizar, deixe-me dizer de novo e sempre: mas que grande escritor!
Cumprimentos
Comentador
Como viu os nossos posts cruzaram-se.
Respondendo ao seu post, tenho a dizer o seguinte:
1. Há coisas de que se gosta ou não, gostos não se discutem. Há os que gostam de amarelo, outros de verde, etc.
2. Penso que tenho o sentido de humor normal como já tenho demonstrado, penso eu, em várias crónicas.
3. Já vivi momentos parecidos (não iguais) da guerra em África e posso dizer com conhecimento de causa que se pode contar aquilo de diversas maneiras, com as tonalidades variando também muito.
4. Veio nitidamente ao de cima, julgo eu, a veia literária do nosso escritor que até arranjou um grande final (para a entrevista). Eu no lugar dele não fazia isso!
5. Isto é o que eu penso, só o justifico porque é para si (I´m joking…) e acredito que a reacção vai variar de pessoa para pessoa.
Mas, para não dramatizar, deixe-me dizer de novo e sempre: mas que grande escritor!
Cumprimentos
Comentador
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- Registado: 26/4/2003 23:30
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Bem D.Pata ....o que choca ??? é simples "..Eu até percebo que se dispare contra um sócio do Porto, mas agora contra um do Benfica?... "....e quanto há guerra ,esse srº comentou como a que pretende que se veja..medo???
Andou no mato....hummm..devia estar atrás de uma secretária...
Pelo que sei(alguma coisa),todos ,mas todos,não tinham medo....borravam-se....e é fácil..aqui neste espaço deve haver quem lá andou.
Eu felizmente não,mas durante muitos anos convivi,com quem lá andou e comandou homens,que embora,nunca tenham deixado mal Portugal...o medo da
MORTEéra uma constante.
Falar de guerra no Ultramar...é uma asneira ,e da grossa,pois o que se lá passou foi ...guerrilha...pura..e aí ,o amigo dos copos ,antes do jantar,pode muito bem dar um tiro depois do mesmo...isto é a REALIDADE da dita "guerra" .
Que houve muitos mortos..ou até a maioria, em acidentes fora de combate...houve...mas isso é resultado do MEDO....A LOUCURA....
Esse srº...não sabe do que fala.....
Fico por aqui......
Cmpts
Andou no mato....hummm..devia estar atrás de uma secretária...
Pelo que sei(alguma coisa),todos ,mas todos,não tinham medo....borravam-se....e é fácil..aqui neste espaço deve haver quem lá andou.
Eu felizmente não,mas durante muitos anos convivi,com quem lá andou e comandou homens,que embora,nunca tenham deixado mal Portugal...o medo da
MORTEéra uma constante.
Falar de guerra no Ultramar...é uma asneira ,e da grossa,pois o que se lá passou foi ...guerrilha...pura..e aí ,o amigo dos copos ,antes do jantar,pode muito bem dar um tiro depois do mesmo...isto é a REALIDADE da dita "guerra" .
Que houve muitos mortos..ou até a maioria, em acidentes fora de combate...houve...mas isso é resultado do MEDO....A LOUCURA....
Esse srº...não sabe do que fala.....
Fico por aqui......
Cmpts
grão a grão enche a galinha o papo
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Embora ninguém possa voltar atrás e fazer um novo começo, qualquer um pode começar agora e fazer um novo fim...
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Embora ninguém possa voltar atrás e fazer um novo começo, qualquer um pode começar agora e fazer um novo fim...
A guerra em Angola e no Vietname...
Será que se pode comparar a guerra de Angola ao Vietname ? ...será que os Vietecongues ficariam a ouvir o relato de futebol ?
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Inox
Ainda bem que somos todos diferentes e cada um ri daquilo que gosta. Nada contra, espírito aberto é que é preciso.
Agora não me venham com essa do politica/socialmente correcto. Eu só comentei o texto que o Surfer fez o favor de postar, nada mais, e espero que os outros façam o memsmo.
Mas digo de novo, grande escritor!
Abraço
Comentador
Agora não me venham com essa do politica/socialmente correcto. Eu só comentei o texto que o Surfer fez o favor de postar, nada mais, e espero que os outros façam o memsmo.
Mas digo de novo, grande escritor!
Abraço
Comentador
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- Registado: 26/4/2003 23:30
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Curioso, a mim também não me choca... explica-me, comentador, porque te choca a ti.
O que é de tão péssimo gosto? a mim parece-me uma forma de se fugir a um horror que é a guerra, uma escapatória de algum modo saudável, uma simulação de volta à vida "normal"... e a parte tãoooo humana de ambos os campos terem a mesma necessidade de algo de "normal", afinal somos todos feitos da mesma carne e osso.
O que é que choca...?
O que é de tão péssimo gosto? a mim parece-me uma forma de se fugir a um horror que é a guerra, uma escapatória de algum modo saudável, uma simulação de volta à vida "normal"... e a parte tãoooo humana de ambos os campos terem a mesma necessidade de algo de "normal", afinal somos todos feitos da mesma carne e osso.
O que é que choca...?
Felizmente...
...Lobo Antunes não é politico, que mania as pessoas criticarem sempre aquilo que não é politico/socialmente correcto.
Eu pessoalmente gostei da "asneira"
Eu pessoalmente gostei da "asneira"
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Visitante
Não peço desculpa
Ia começar o post com 'peço desculpa mas...' mas resolvi fazer o contrário.
Sou do Sporting e não me senti. Achei das coisas mais engraçadas que li até hoje. Os soldados atrás dos abrigos a bombardear os turras com relatos do Benfica...e eles sentados a beber bujequas e a discutir a jogatana. Para mim é de ir às lágrimas.
Ainda me estou aqui a rir...
Boa Surfer
Abraços,
Sou do Sporting e não me senti. Achei das coisas mais engraçadas que li até hoje. Os soldados atrás dos abrigos a bombardear os turras com relatos do Benfica...e eles sentados a beber bujequas e a discutir a jogatana. Para mim é de ir às lágrimas.
Ainda me estou aqui a rir...
Boa Surfer
Abraços,
Abraço,
Dwer
There is a difference between knowing the path and walking the path
Dwer
There is a difference between knowing the path and walking the path
Lamentável...
Um só comentário:
Ou o Dr. Lobo Antunes sente o que diz ou quis fazer humor.
Lamentááááááável , seja qual for a escolha...
Dark
Ou o Dr. Lobo Antunes sente o que diz ou quis fazer humor.
Lamentááááááável , seja qual for a escolha...
Dark
Que grande escritor!
É realmente pena que pessoas com responsabilidades façam figuras destas, ele que é (concedamos, contrariadamente) uma figura pública.
Não há dúvida que o portuguesinho barato está em todo o lado, até num ex-futuro Prémio Nobel. E não me venham dizer, por favor, que ele tem um grande sentido de humor, que é preciso as pessoas perceberem.
Eu acho que as pessoas todas percebem. E acho também que o jornalista não tinha nada que obedecer e pôr esse trecho da entrevista, pois de anedotas de péssimo gosto estamos nós fartos. Prefiro o humor negro inglês.
Cumprimentos
Comentador
Nota: sou do Benfica, o que não tem rigorosamente nada a ver com o essencial da questão
Não há dúvida que o portuguesinho barato está em todo o lado, até num ex-futuro Prémio Nobel. E não me venham dizer, por favor, que ele tem um grande sentido de humor, que é preciso as pessoas perceberem.
Eu acho que as pessoas todas percebem. E acho também que o jornalista não tinha nada que obedecer e pôr esse trecho da entrevista, pois de anedotas de péssimo gosto estamos nós fartos. Prefiro o humor negro inglês.
Cumprimentos
Comentador
Nota: sou do Benfica, o que não tem rigorosamente nada a ver com o essencial da questão
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Off-topic, entrevista a António Lobo Antunes à revista Visão
Pequeno excerto retirado da entrevista a António Lobo Antunes à revista Visão...Termina de forma bastante cómica, vale a pena ler...
Visão: O medo era encarado como um sinal de fragilidade?
António L. Antunes: Borrar-se de medo? Cagar-se de medo? Tudo isto é real, não são figuras de retórica. Ele tinha as calças do camuflado encharcadas de *****. Casos destes, no entanto, não havia muitos. Todos tínhamos medo, mas os nossos soldados eram de facto extraordinários. Não eram como os americanos que estavam lá no Vietname e de dois em dois meses, tiravam uma semana de férias.
Em Angola nunca vi ninguém negar-se a ir para a mata. Quando o rapaz que tinha sido sorteado para conduzir o arrebenta-minas – a viatura, como então dizíamos, que ia à frente – vinha despedir-se de mim, fazia-o sem quaisquer dramatismos.
Ao principio ainda marcávamos os dias no calendário, mas a partir de certa altura a vida já não tinha grande valor. Uma das cruzes de guerra que tivemos foi o apontador de metralhadora, já ferido no pescoço, ter continuado a disparar para salvar os que estavam cá em baixo. Havia um espirito de corpo muito intenso. Lá eramos todos a mesma coisa. Estou a conseguir falar disto sem falar do horror...
V: Ainda sonha com a guerra?
ALA: Às vezes tenho um pesadelo tremendo. Sonho que me estão a chamar para voltar para África. Tento explicar que já fui, argumentam que tenho que ir. E o sonho acaba aqui. Nunca sonhei com tiros ou com morteiradas. No meio daquilo tudo havia muito humor.
Havia um homem, o Bichezas, que cuidava do morteiro que estava ao pé da messe. Tínhamos mais medo dele do que do MPLA, porque o Bichezas disparava com o morteiro na vertical. Aquilo subia.... e toda a gente fugia.
Apesar de tudo, penso que guardávamos uma parte sã que nos permitia continuar a funcionar. Os que não conseguiam são aqueles que, agora, aparecem nas consultas. Ao mesmo tempo, havia coisas extraordinárias. Quando o Benfica jogava, púnhamos os altifalantes virados para a mata e, assim, não havia ataques.
V: Parava a guerra?
ALA: Parava a guerra. Até o MPLA era do Benfica. Era uma sensação ainda mais estranha porque não faz sentido estarmos zangados com pessoas que são do mesmo clube que nós. O Benfica foi, de facto, o melhor protector da guerra. E nada disto acontecia com os jogos do Porto e do Sporting, que coisa que aborrecia o capitão e alguns alferes mais bem nascidos. Eu até percebo que se dispare contra um sócio do Porto, mas agora contra um do Benfica?
V: Não vou por isso na entrevista...
ALA: Pode pôr. Pode pôr. Faz algum sentido dar um tiro num sócio do Benfica?
Visão, 27 de Novembro de 2003


Visão: O medo era encarado como um sinal de fragilidade?
António L. Antunes: Borrar-se de medo? Cagar-se de medo? Tudo isto é real, não são figuras de retórica. Ele tinha as calças do camuflado encharcadas de *****. Casos destes, no entanto, não havia muitos. Todos tínhamos medo, mas os nossos soldados eram de facto extraordinários. Não eram como os americanos que estavam lá no Vietname e de dois em dois meses, tiravam uma semana de férias.
Em Angola nunca vi ninguém negar-se a ir para a mata. Quando o rapaz que tinha sido sorteado para conduzir o arrebenta-minas – a viatura, como então dizíamos, que ia à frente – vinha despedir-se de mim, fazia-o sem quaisquer dramatismos.
Ao principio ainda marcávamos os dias no calendário, mas a partir de certa altura a vida já não tinha grande valor. Uma das cruzes de guerra que tivemos foi o apontador de metralhadora, já ferido no pescoço, ter continuado a disparar para salvar os que estavam cá em baixo. Havia um espirito de corpo muito intenso. Lá eramos todos a mesma coisa. Estou a conseguir falar disto sem falar do horror...
V: Ainda sonha com a guerra?
ALA: Às vezes tenho um pesadelo tremendo. Sonho que me estão a chamar para voltar para África. Tento explicar que já fui, argumentam que tenho que ir. E o sonho acaba aqui. Nunca sonhei com tiros ou com morteiradas. No meio daquilo tudo havia muito humor.
Havia um homem, o Bichezas, que cuidava do morteiro que estava ao pé da messe. Tínhamos mais medo dele do que do MPLA, porque o Bichezas disparava com o morteiro na vertical. Aquilo subia.... e toda a gente fugia.
Apesar de tudo, penso que guardávamos uma parte sã que nos permitia continuar a funcionar. Os que não conseguiam são aqueles que, agora, aparecem nas consultas. Ao mesmo tempo, havia coisas extraordinárias. Quando o Benfica jogava, púnhamos os altifalantes virados para a mata e, assim, não havia ataques.
V: Parava a guerra?
ALA: Parava a guerra. Até o MPLA era do Benfica. Era uma sensação ainda mais estranha porque não faz sentido estarmos zangados com pessoas que são do mesmo clube que nós. O Benfica foi, de facto, o melhor protector da guerra. E nada disto acontecia com os jogos do Porto e do Sporting, que coisa que aborrecia o capitão e alguns alferes mais bem nascidos. Eu até percebo que se dispare contra um sócio do Porto, mas agora contra um do Benfica?
V: Não vou por isso na entrevista...
ALA: Pode pôr. Pode pôr. Faz algum sentido dar um tiro num sócio do Benfica?
Visão, 27 de Novembro de 2003



Surfer
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