Caldeirão da Bolsa

BCP - Tópico Geral

Espaço dedicado a todo o tipo de troca de impressões sobre os mercados financeiros e ao que possa condicionar o desempenho dos mesmos.

por Marco Martins » 12/5/2012 14:26

Joca601 Escreveu:há pouco acrescentar... enquanto não for divulgado o processo de recapitalização do banco....pairam muitas questões em redor do bcp e muita especulação. o próprio Amado contribui com duvidas ao falar em geomotria do aumento de capital. o que é que ele quer dizer com geometria do AC?


Mas pelo adiamento de notícias concretas, parece-me que o BCP estará à espera da informação que já deveria ter vindo de Bruxelas sobre a recapitalização e ajudas à banca portuguesa pelo estado português...

Tudo indica que o estado entrará no BCP, mas esperemos que não seja como no Bankia espanhol, senão será mais um rombo para o estado e para as contas públicas...
 
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por OffTheRecord » 12/5/2012 13:36

Joca601 Escreveu:há pouco acrescentar... enquanto não for divulgado o processo de recapitalização do banco....pairam muitas questões em redor do bcp e muita especulação. o próprio Amado contribui com duvidas ao falar em geomotria do aumento de capital. o que é que ele quer dizer com geometria do AC?


Ele usa a palavra "geometria" com o significado de "conteúdo" ou "características". O que o Nuno Amado quer dizer é que o conteúdo ou as características do AC só poderão ser definidas depois de conhecida a portaria que define as regras do apoio do Estado aos bancos nos respectivos processos de capitalização para cumprir os limites de core tier one estabelecidos pela EBA.
 
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por Joca601 » 12/5/2012 12:51

há pouco acrescentar... enquanto não for divulgado o processo de recapitalização do banco....pairam muitas questões em redor do bcp e muita especulação. o próprio Amado contribui com duvidas ao falar em geomotria do aumento de capital. o que é que ele quer dizer com geometria do AC?
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Re: Pois é.................

por artista_ » 12/5/2012 2:14

ocart Escreveu:No BCP ninguem investe. Nem Chineses, Nem Angolanos, Nem Parceiros Europeus, Etc.Etc.............


Vai "investir" o estado... que remédio!
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por Storgoff » 12/5/2012 1:55

caracinha Escreveu:esta operação de redução do capital e que não esta muito bem explicada e que ja la meti 2 vezes guito :(



Pois de facto o BCP andou este tempo todo a reduzir o capital
:lol:

Mas agora o que vai acontecer é uma operação de aumento de capital.
:mrgreen: :mrgreen:


No fundo o BCP já foi uma grande estrela , muito brilhante.
Mas como as grandes estrelas quando acabam se transformam em buracos negros, também o BCP se transformou num voraz sorvedor de capital.
 
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por Las_Vegas » 12/5/2012 0:37

caracinha Escreveu:esta operação de redução do capital e que não esta muito bem explicada e que ja la meti 2 vezes guito :(


Então tens de arranjar um avatar como o meu ;)
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Pois é.................

por ocart » 12/5/2012 0:29

No BCP ninguem investe. Nem Chineses, Nem Angolanos, Nem Parceiros Europeus, Etc.Etc.............Quando apararecerá mais um boato para especular mais uns centimos????!!!!!
 
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por caracinha » 12/5/2012 0:27

esta operação de redução do capital e que não esta muito bem explicada e que ja la meti 2 vezes guito :(
 
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por Las_Vegas » 11/5/2012 23:51

Um dia inteiro sem ninguém piar... será um sinal Bull???
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por JCS » 10/5/2012 23:39

Barraca no JPM com derivativos. Vamos ver se sempre chega a afectar a banca mundial amanhã ou se passa ao lado.

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por ajpr3392 » 10/5/2012 21:30

dancar1981 Escreveu:Grande parte dos lucros devem-se à recompra de divida desvalorizada, isso não vai acontecer muito mais vezes.


Esta informação é verdadeira, assim como outras o poderiam ser:
- qual o impacto das imparidades na margem financeira? Sem estas qual seria o resultado?
- quais as operações que motivaram tais imparidades e qual o credito vincendo dessas operações qual é?
- qual o montante obtido com a alienação de imoveis?
- qual o contibuto da corretagem?
- Qual o contibuto da numismatica/medalistica?
Etc, Etc

Os resultados do sector financeiro tem várias origens. Neste trimestre as obrigações hipotecários foram um negócio relevante, amanha poderá ser outra area, ou não.? Não vejo onde está o problema aqui. Problema sério é a redução do produto bancário (fruto da conjuntura e das imposições da EBA pela desalavancagem) e em consequência a redução da margem financeira que, agravada pelo aumento das provisões + manutenção dos custos fixos, implica a insignificante rendibilidade do negócio. Tudo o resto são tretas e cada um agarra-se ao argumento que quer.

Positivo é a subidas dos depósitos com maior contibuto para o financiamento do Banco, a redução do GAP comercial e ao crescimento das operações exteriores. Quanto ao resto o que se esperava, milagres? Se não há negócio novo (crédito) e o que existe em carteira está a ser refinanciado a preços elevadissimos, se os depósitos não estão a dar dinheiro, se a corretagem não existe!
Poderiam escavar no Tagusparque, pode aparecer petroleo!

Está mau, mesmo muito mau mas, já me chateia é ver bater sempre nos mesmos argumentos. Gostava de ver esta minúcia noutros empresas de outros sectores, poderiamos encontar possibilidades de investimento interessante.
MC
 
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por Rags » 10/5/2012 15:25

Fica o g.a. do BCP com uma nova LTd, mais uma resistência, mais um obstáculo para pressionar a cotação :!:
Anexos
BCP 10-05-2012 diário.png
BCP 10-05-2012 diário.png (61.29 KiB) Visualizado 4934 vezes
Cumprimentos
Rags
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Re: 40 cêntimos

por artista_ » 10/5/2012 14:43

Jean Claude Trichet Escreveu:
Ulisses Pereira Escreveu:Porquê 40 e não 60 ou 80 ou 15 cêntimos?


Ver os meus postes anteriores e o PT do CaixaBI

Um resultado trimestral positivo de 40 milhões implica, no caso do BCP e de acordo com cálculos já postados, um valor por acção de entre os 22 e os 44 cêntimos.

Já sei que houve receitas não recorrentes, mas temos de partir de algum dado concreto.

Um abraço

JCT


Já vários te explicaram que essas contas que fizeste são completamente descabidas... não sei como alguém pode pensar que as cotações podem quadruplicar sem mais nem menos! :shock: :shock:
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por dancar1981 » 10/5/2012 13:55

Grande parte dos lucros devem-se à recompra de divida desvalorizada, isso não vai acontecer muito mais vezes.
 
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Re: 40 cêntimos

por Jean Claude Trichet » 10/5/2012 13:34

Jean Claude Trichet Escreveu:
Ulisses Pereira Escreveu:Porquê 40 e não 60 ou 80 ou 15 cêntimos?


Ver os meus postes anteriores e o PT do CaixaBI

Um resultado trimestral positivo de 40 milhões implica, no caso do BCP e de acordo com cálculos já postados, um valor por acção de entre os 22 e os 44 cêntimos.

Já sei que houve receitas não recorrentes, mas temos de partir de algum dado concreto.

Um abraço

JCT


Poderíamos efectivamente atingir os 60 ou os 80 cêntimos se o nosso CEO reduzisse significativamente os custos operacionais em 5 respectivamente 10%.

Ver os meus posts anteriores sobre esta matéria.

Um abraço

JCT. 8-) 8-) 8-)
 
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40 cêntimos

por Jean Claude Trichet » 10/5/2012 13:30

Ulisses Pereira Escreveu:Porquê 40 e não 60 ou 80 ou 15 cêntimos?


Ver os meus postes anteriores e o PT do CaixaBI

Um resultado trimestral positivo de 40 milhões implica, no caso do BCP e de acordo com cálculos já postados, um valor por acção de entre os 22 e os 44 cêntimos.

Já sei que houve receitas não recorrentes, mas temos de partir de algum dado concreto.

Um abraço

JCT
 
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por dancar1981 » 10/5/2012 13:24

Se entra dinheiro do Estado, tem que existir possibilidade do estado mandar. Se chegar um privado ao BCP e quiser injectar dinheiro também quer mandar. Quando se defende o capitalismo também se defende a igualdade de tratamento, ou não? O Estado não pode ser só para por lá dinheiro. O Estado somos todos nós.
Essa conversa da divida do estado não é bem assim o Estado não deve dinheiro ao BCP, falas como se o Estado tivesse incumprido.
É inevitável a entrada do estado se o BCP não cumprir no fim do prazo do empréstimo que o estado vai fazer.
Se eu não pagar a ultima prestação da minha casa no fim dos 30 anos o BCP vem me buscar a casa.
Neste caso o Banco serve de garantia para o empréstimo, qual é o mal nisso? acho que os accionistas não devem ficar melindrados com isso. Um empréstimo a 3 anos sem interferência, passado esse prazo o Estado entra.
 
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Alternativa IV

por Jean Claude Trichet » 10/5/2012 13:23

Esqueci-me de mencionar uma alternativa de recurso.

O Hallo, o Joca e eu próprio fazemos uma OPA ao BCP e fica tudo resolvido!

:mrgreen: :mrgreen: :mrgreen:
Editado pela última vez por Jean Claude Trichet em 10/5/2012 13:35, num total de 1 vez.
 
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por Ulisses Pereira » 10/5/2012 13:22

Porquê 40 e não 60 ou 80 ou 15 cêntimos?
"Acreditar é possuir antes de ter..."

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Valor do BCP

por Jean Claude Trichet » 10/5/2012 13:18

Caros amigos

Antes de embarcar para Lisboa queria deixar um post optimista neste contexto adverso: se encontramos uma alternativa ao AC, o valor do título seria catapultado, no curto prazo, para pelo menos os 40 cêntimos.

Não era nada mau!

Um abraço

JCT

:shock: :shock: :shock:
 
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Re: Alternativas ao AC

por Jean Claude Trichet » 10/5/2012 13:11

OffTheRecord Escreveu:
Jean Claude Trichet Escreveu:Caros amigos

Parece-me que as necessidades de capitalização do banco no montante de 2,5 MM€ devem ser satisfeitas sem o recurso ao AC nem à entrada do estado como accionista pelos motivos já aqui debatidos.

Apresento uma terceira alternativa: o estado deve 4.456 M€ o que equivale a quase o dobro do que o banco precisa para atingir os ratios exigidos pela autoridade bancária europeia, 65% ou quase 3 MM€ têm uma maturidade inferior a dois anos. A minha proposta é a seguinte: nem o estado antecipa o pagamento nem o banco faz um aumento de capital. Bastaria utilizar um pouco de engenharia financeira, apresentando no relatório de contas estes três mil milhões como um activo.

Assim o estado não tocaria nos 12 mil milhões que a troika disponibilizou para este efeito nem o BCP teria de recorrer ao estado pagando juros elevadíssimos (7-8%) e poderíamos evitar um AC dos privados que poderá ter efeitos catastróficos no valor das nossas acções.

O AC não é absolutamente impossível de evitar.

Um abraço a todos.

JCT


JCT, esse teu raciocínio só seria 100% válido se o valor de mercado da dívida pública portuguesa fosse zero. O impacto nas necessidades de aumento de capital de uma eventual recompra da carteira de dívida pública do BCP por parte do Estado é apenas no valor da diferença entre a cotação de mercado das OT's e o respectivo valor de balanço no BCP.

Confesso que não tenho presente qual é o valor actual desta diferença. Mas exemplifiquemos:

- o BCP tem 4.4 mil milhões de dívida pública portuguesa, admitamos que adquirida ao par, em mercado primário;
- a menos-valia implícita na carteira de dívida publica ainda não provisionada pelo BCP é de 25% do valor dessa carteira (alguém no fórum tem informação sobre o valor correcto desta percentagem? seria interessante partilhar...);

Neste cenário, se o Estado liquidasse antecipadamente toda a dívida ao par, o impacto seria:

- as necessidades de capital adicional reduziam 25% x 4.4 mil milhões = 1.1 mil milhões;
- a liquidez do banco aumentava 4.4 mil milhões, podendo assim reduzir depósitos caros que tem no seu balanço e aumentar a carteira de crédito, potenciando lucros futuros.

Deste modo, por si só essa solução não resolvia o problema de necessidade de capital do BCP (estimadas em 2.5 mil milhões). Mas estou de acordo que ajudaria a resolver em cerca de metade desse valor adicional.

Aliás, este tema demonstra o quanto está dependente o futuro do BCP da recuperação económica portuguesa e das contas públicas em particular. Actualmente apostar no BCP representa implicitamente uma aposta a favor do cenário em que Portugal e o Estado português conseguem sair do buraco em que se encontram.

Estou cada vez mais convencido que se Portugal conseguir recuperar no espaço de 3-5 anos, o acumular de acções do BCP aos preços ridículos a que cota hoje, pode criar alguns novos ricos nesse intervalo temporal.


Caro OnTheRecord

Consideras como inevitabilidades o AC e a interferência do Estado no maior banco privado português?

Deixa-me no entanto acrescentar o seguinte. O Estado já é, há muitos anos, accionista de referência do BCP através da CGD.

Quanto a mim a CGD devia ou ser privatizada ou fechar as suas posições no tecido empresarial privado. Esta promiscuidade entre os politiqueiros e os políticos de terceira categoria que governam Portugal é uma das causas do descalabro da cotação do nosso BCP.

É urgente encontrar alternativas ao AC e à interferência do Estado. Se o Nuno Amado não as encontrar, sempre pode vir aqui ao fórum despertar a inspiração de que tanto precisa.

Um abraço do aeroporto de Arlanda, Suécia.

JCT :mrgreen: :mrgreen: :mrgreen:
 
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Re: Alternativas ao AC

por OffTheRecord » 10/5/2012 11:26

Jean Claude Trichet Escreveu:Caros amigos

Parece-me que as necessidades de capitalização do banco no montante de 2,5 MM€ devem ser satisfeitas sem o recurso ao AC nem à entrada do estado como accionista pelos motivos já aqui debatidos.

Apresento uma terceira alternativa: o estado deve 4.456 M€ o que equivale a quase o dobro do que o banco precisa para atingir os ratios exigidos pela autoridade bancária europeia, 65% ou quase 3 MM€ têm uma maturidade inferior a dois anos. A minha proposta é a seguinte: nem o estado antecipa o pagamento nem o banco faz um aumento de capital. Bastaria utilizar um pouco de engenharia financeira, apresentando no relatório de contas estes três mil milhões como um activo.

Assim o estado não tocaria nos 12 mil milhões que a troika disponibilizou para este efeito nem o BCP teria de recorrer ao estado pagando juros elevadíssimos (7-8%) e poderíamos evitar um AC dos privados que poderá ter efeitos catastróficos no valor das nossas acções.

O AC não é absolutamente impossível de evitar.

Um abraço a todos.

JCT


JCT, esse teu raciocínio só seria 100% válido se o valor de mercado da dívida pública portuguesa fosse zero. O impacto nas necessidades de aumento de capital de uma eventual recompra da carteira de dívida pública do BCP por parte do Estado é apenas no valor da diferença entre a cotação de mercado das OT's e o respectivo valor de balanço no BCP.

Confesso que não tenho presente qual é o valor actual desta diferença. Mas exemplifiquemos:

- o BCP tem 4.4 mil milhões de dívida pública portuguesa, admitamos que adquirida ao par, em mercado primário;
- a menos-valia implícita na carteira de dívida publica ainda não provisionada pelo BCP é de 25% do valor dessa carteira (alguém no fórum tem informação sobre o valor correcto desta percentagem? seria interessante partilhar...);

Neste cenário, se o Estado liquidasse antecipadamente toda a dívida ao par, o impacto seria:

- as necessidades de capital adicional reduziam 25% x 4.4 mil milhões = 1.1 mil milhões;
- a liquidez do banco aumentava 4.4 mil milhões, podendo assim reduzir depósitos caros que tem no seu balanço e aumentar a carteira de crédito, potenciando lucros futuros.

Deste modo, por si só essa solução não resolvia o problema de necessidade de capital do BCP (estimadas em 2.5 mil milhões). Mas estou de acordo que ajudaria a resolver em cerca de metade desse valor adicional.

Aliás, este tema demonstra o quanto está dependente o futuro do BCP da recuperação económica portuguesa e das contas públicas em particular. Actualmente apostar no BCP representa implicitamente uma aposta a favor do cenário em que Portugal e o Estado português conseguem sair do buraco em que se encontram.

Estou cada vez mais convencido que se Portugal conseguir recuperar no espaço de 3-5 anos, o acumular de acções do BCP aos preços ridículos a que cota hoje, pode criar alguns novos ricos nesse intervalo temporal.
 
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Alternativas ao AC

por Jean Claude Trichet » 10/5/2012 10:45

Caros amigos

Parece-me que as necessidades de capitalização do banco no montante de 2,5 MM€ devem ser satisfeitas sem o recurso ao AC nem à entrada do estado como accionista pelos motivos já aqui debatidos.

Apresento uma terceira alternativa: o estado deve 4.456 M€ o que equivale a quase o dobro do que o banco precisa para atingir os ratios exigidos pela autoridade bancária europeia, 65% ou quase 3 MM€ têm uma maturidade inferior a dois anos. A minha proposta é a seguinte: nem o estado antecipa o pagamento nem o banco faz um aumento de capital. Bastaria utilizar um pouco de engenharia financeira, apresentando no relatório de contas estes três mil milhões como um activo.

Assim o estado não tocaria nos 12 mil milhões que a troika disponibilizou para este efeito nem o BCP teria de recorrer ao estado pagando juros elevadíssimos (7-8%) e poderíamos evitar um AC dos privados que poderá ter efeitos catastróficos no valor das nossas acções.

O AC não é absolutamente impossível de evitar.

Um abraço a todos.

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por paulop2009 » 10/5/2012 9:06

Não me recordo de se ter falado disto aqui no Forum.

De qualquer forma aqui fica - Assembleia geral do BCP adiada de 22 para 31/maio devido ao atraso na lei da recapitalização.


http://www.jornaldenegocios.pt/home.php?template=SHOWNEWS_V2&id=555275

A assembleia geral de accionistas do BCP voltou a ser adiada. A nova data está fixada para 31 de Maio. Em causa estarão as regras de recapitalização da banca, que ainda não estão definidas.

O BCP alterou a data da reunião de accionistas para o dia 31 de Maio, de acordo com um comunicado emitido para a Comissão do Mercado de valores Mobiliários (CMVM).

A data anterior era 22 de Maio e já se tratava de um adiamento. Inicialmente a AG estava agendada para o final de Abril.

Em causa estará o facto de ainda não ter sido publicada a legislação sobre a recapitalização da banca.

Ainda esta segunda-feira, Nuno Amado, durante a conferência de imprensa de apresentação de resultados do BCP do primeiro trimestre, disse que não se prevê que o Estado entre directamente no capital do banco. O apoio do Estado deverá ser feito essencialmente através de “CoCos” – títulos de dívida potencialmente convertíveis em acções (e que passa pela entrada do Estado).
 
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O Reino Ibérico

por Jean Claude Trichet » 10/5/2012 8:53

Austeridade
Pedro o Africano e Mariano o Galego deviam aplicar as medidas de austeridade neles próprios: redução dos salários dos deputados, redução de um terço no número de deputados, trocar a frota automóvel por carros mais de acordo com a situação económica da península e já agora, porque não, planear uma fusão ou merger fundando um reino ibérico para reduzir os custos operacionais.

Este negócio incluiria a fusão de BCP com o Santander com uma valorização subsequente do nosso titulo de ... Nem me atrevo a dizer... :mrgreen: :mrgreen: :mrgreen:

Um abraço

JCT
 
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