Orçamento de Estado de 2012
Com uma queda do PIB de 2,8% (projecção em Out/Nov),desemprego nos 13,6% o défice previsto era de 4,5%.
Em fevereiro, a queda do PIB já vai em 3,3%, o desemprego já se situa nos 14%, e a projecção para o final do ano já vai em 14,5%, e sem mais medidas de austeridade, o défice previsto continua a ser de 4,5%!!!!
Devemos vir a ter o milagre da multiplicação, só pode!!!
P.S. E nem estamos a falar na queda da receita dos impostos..
Em fevereiro, a queda do PIB já vai em 3,3%, o desemprego já se situa nos 14%, e a projecção para o final do ano já vai em 14,5%, e sem mais medidas de austeridade, o défice previsto continua a ser de 4,5%!!!!
Devemos vir a ter o milagre da multiplicação, só pode!!!
P.S. E nem estamos a falar na queda da receita dos impostos..
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A-330 Escreveu:Não vejo porque há necessidade de destruir casas, prédios e cidades para se mudarem as mentalidades.A Polónia tem vindo a fazer isso sem destruir nada.A Austrália é o que é sem nunca ter sido necessário destruir nada. Os EUA a mesma coisa.
Esses países que citei não são o que são porque foram destruídos.Eles são o que são porque tem gente com outra mentalidade.
O fato de serem o que são hoje, mesmo depois de terem sido destruídos, é apenas o resultado da mentalidade da sua gente.Se não estariam na cepa torta até hoje.
Isso que vc diz são tudo desculpas para justificar a incompetência.E não é a viver do passado ou a arranjar desculpas que se vai lá.
A330
Concerteza A330, que não é a viver do passado que as coisas mudam para melhor.
Nem é meu objectivo arranjar desculpas para os nossos erros.
Mas a história das nações não é feita em meia duzia de anos e existem sempre muitos factores que por vezes justifam determinadas situações na história.
É certo que Portugal poderia estar melhor (disso não tenho dúvidas), mas também temos de ver a história de Portugal nos últimos anos.
Durante a ditadura Portugal voltou-se novamente para as colónias e não só fez muitos negócios com elas, mas também lá investiu muito.
No pós-25 de Abril, Portugal acolheu milhares de pessoas e esvaziou grande parte dos seus cofres para conseguir sobreviver a tão grande perda de rendimentos e negócios que eram as colónias (não digo com isto que não houve muitos a ganhar com a situação, mas de qualquer forma houve toda uma alteração social que aconteceu).
Desde o 25 de Abril até hoje, Portugal também tem evoluído muito e não me acredito que existam muitos países que tenham passado de uma ditadura para uma democracia juntamente com os gastos de guerras e as alterações sociais, em tão pouco espaço de tempo.
Não posso contudo justificar o facto de não fazermos mais, mas também temos de olhar para a história e tentar compreender um pouco porque não fizemos mais.
É certo que a Alemanha recuperou de 2 guerras, mas as duas guerras que provocou permitiram-lhe melhorar e evoluir muito a sua capacidade de inovação bélica e a sua capacidade de trabalhar por objectivos nacionais (por vezes há males que vêm por bem). Mas após essas duas guerras quanto foi que os Alemães tiveram realmente de pagar pelos estragos que cometeram nos outros países?
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Não vejo porque há necessidade de destruir casas, prédios e cidades para se mudarem as mentalidades.A Polónia tem vindo a fazer isso sem destruir nada.A Austrália é o que é sem nunca ter sido necessário destruir nada. Os EUA a mesma coisa.
Esses países que citei não são o que são porque foram destruídos.Eles são o que são porque tem gente com outra mentalidade.
O fato de serem o que são hoje, mesmo depois de terem sido destruídos, é apenas o resultado da mentalidade da sua gente.Se não estariam na cepa torta até hoje.
Isso que vc diz são tudo desculpas para justificar a incompetência.E não é a viver do passado ou a arranjar desculpas que se vai lá.
A330
Esses países que citei não são o que são porque foram destruídos.Eles são o que são porque tem gente com outra mentalidade.
O fato de serem o que são hoje, mesmo depois de terem sido destruídos, é apenas o resultado da mentalidade da sua gente.Se não estariam na cepa torta até hoje.
Isso que vc diz são tudo desculpas para justificar a incompetência.E não é a viver do passado ou a arranjar desculpas que se vai lá.
A330
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A-330 Escreveu:Não é com desculpas nem a viver do passado que chegamos a algum lado.
Portugal foi muito bom no passado e hoje não é nada. É uma Mongólia ou pouco mais.Só se houve falar mais em Portugal porque estamos na Europa e é um bom país para o turismo , com sol e mar.
Também há inúmeros exemplos de países que começaram do nada e que hoje estão muito bem.EUA e Austrália.
Outros tantos foram destruídos na guerra e estão melhores que nós.Japão , e tantos países europeus.
A Polónia há uns anos fez o seu trabalhinho de casa , nomeadamente com uma extensa reforma da justiça e começou logo a progredir. Basta ver o Alexandre S.Santos a falar daquele país.
É nos assumindo,para o bem e para o mal que podemos progredir e não a inventar desculpas.
A330
Sem dúvida que ainda temos muito trabalho pela frente...
Mas é como tudo, por vezes é mais fácil construir tudo de novo quando se deita tudo abaixo do que quando se tenta alterar aquilo que já está contruído!!!
Por exemplo, extrapolando para a europa aquilo que aconteceu em Portugal com a destruição de Lisboa no terramoto. Lisboa recuperou bastante e neste momento é o centro mais importante de Portugal. O Porto e outras cidades, não foram destruídas mas no entanto também não tiveram a capacidade para evoluir tanto...
Vamos acreditar que neste momento as reformas a que nos estamos a sugeitar em Portugal sejam no curto prazo benéficas para todos e que Portugal passe a ser um país melhor...
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Não é com desculpas nem a viver do passado que chegamos a algum lado.
Portugal foi muito bom no passado e hoje não é nada. É uma Mongólia ou pouco mais.Só se houve falar mais em Portugal porque estamos na Europa e é um bom país para o turismo , com sol e mar.
Também há inúmeros exemplos de países que começaram do nada e que hoje estão muito bem.EUA e Austrália.
Outros tantos foram destruídos na guerra e estão melhores que nós.Japão , e tantos países europeus.
A Polónia há uns anos fez o seu trabalhinho de casa , nomeadamente com uma extensa reforma da justiça e começou logo a progredir. Basta ver o Alexandre S.Santos a falar daquele país.
É nos assumindo,para o bem e para o mal que podemos progredir e não a inventar desculpas.
A330
Portugal foi muito bom no passado e hoje não é nada. É uma Mongólia ou pouco mais.Só se houve falar mais em Portugal porque estamos na Europa e é um bom país para o turismo , com sol e mar.
Também há inúmeros exemplos de países que começaram do nada e que hoje estão muito bem.EUA e Austrália.
Outros tantos foram destruídos na guerra e estão melhores que nós.Japão , e tantos países europeus.
A Polónia há uns anos fez o seu trabalhinho de casa , nomeadamente com uma extensa reforma da justiça e começou logo a progredir. Basta ver o Alexandre S.Santos a falar daquele país.
É nos assumindo,para o bem e para o mal que podemos progredir e não a inventar desculpas.
A330
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A-330 Escreveu:Os alemães entraram em vários países para apenas se apoderarem das suas riquezas e usarem as pessoas apenas como instrumentos de trabalho.
Ah sim...E Portugal não trouxe ouro do Brasil , não? E só não escravizou os índios porque estes não serviam para o trabalho escravo.Por isso levou para lá os negros que se calhar eram todos portugueses e iam de férias.
Sim Portugal trouxe ouro do Brasil, mas nunca tentou dizimar raças. E por muitos erros que Portugal tenha feito nas ex-colonias, também lá deixou muita obra. E isso pode-se também ver em todos os cantos do mundo por onde Portugal passou.
A escravatura aconteceu numa época em que era normal haver escravos em todo o mundo mesmo entre brancos.
A-330 Escreveu:Mesmo assim, a europa deu 3 oportunidades à Alemanha para se levantar, e curiosamente das 3 vezes a Alemanha tenha conquistar a europa!!! É curioso!!
A queda do muro de Berlin foi uma decisão alemã que foi aplaudida pela Europa e pelo mundo. Não precisou da aprovação de ninguém.Não estavam na penúria.Eventualmente recorreram a empréstimos , mas por uma razão ompletamente diferente das nossas.
E não consta que a Alemanha precisasse derrubar o muro de Berlin para conquistar a Europa.
Não tentemos à viva força de argumentos vazios comparar-nos à Alemanha.
E das demais vezes , na primeira e segunda guerra a Alemanha foi ajudada por uma questão de guerra. A verdade é que reconstruiram o país e fizeram dele um grande país , ao passo que isto nunca saiu da cepa torta.
A330
A reunificação da Alemanha levantou muitas dúvidas sobre o eventual regresso do sonho Alemão em conquistar novamente a europa... mas mesmo assim a Europa deu o seu apoio.
Quando se diz que Portugal nunca saiu da cepa torta, esqueces-te que já tivemos meio mundo nas nossas mãos... mas se calhar por Portugal não subjugar os todos os povos como sendo raças inferiores e por não querer viver como único povo do mundo, talvez por isso nunca tenhamos conseguido ter muitas riquezas.
Sem dúvida que a Alemanha merece consideração pelo que conseguiram fazer após uma destruição, mas a postura deles perante os outros também deixa muito a desejar..
Os gregos que o digam que também foram roubados pelos nazis...
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Marco Martins Escreveu:A-330 Escreveu:Portugal já foi ajudado 2/3 vezes, mas a Alemanha também.. Curioso, não??
Quanto ao tema inicial, as politicas Alemãs, vamos ver onde a Europa vai parar... aguardemos..
Quer comparar os dois países , as circunstâncias e os resultados?
Um , aproveitou as ajudas tão bem que pode hoje ajudar os outros.E está a fazê-lo. Até aí nada a apontar.
O outro , pelo andar da carruagem vai continuar a precisar sempre de ajuda. Espero é que não percam a paciência connosco e nos mandem para a União Africana.
Acha curioso? Eu acho triste.
A330
Portugal já precisou de ajudas, mas na sua história de conquistas nunca dizimou os países que tentou conquistar, para além de que sempre priviligiou os negócios em detrimento do domínio.
Os alemães entraram em vários países para apenas se apoderarem das suas riquezas e usarem as pessoas apenas como instrumentos de trabalho.
Mesmo assim, a europa deu 3 oportunidades à Alemanha para se levantar, e curiosamente das 3 vezes a Alemanha tenha conquistar a europa!!! É curioso!!
1a vez após a primeira guerra
2a vez após a segunda guerra
3a vez após a queda do muro de berlin, onde a europa permitiu a reunificação da Alemanha
Como diz o ditado, à 3a é de vez!!!
Os alemães entraram em vários países para apenas se apoderarem das suas riquezas e usarem as pessoas apenas como instrumentos de trabalho.
Ah sim...E Portugal não trouxe ouro do Brasil , não? E só não escravizou os índios porque estes não serviam para o trabalho escravo.Por isso levou para lá os negros que se calhar eram todos portugueses e iam de férias.
Mesmo assim, a europa deu 3 oportunidades à Alemanha para se levantar, e curiosamente das 3 vezes a Alemanha tenha conquistar a europa!!! É curioso!!
A queda do muro de Berlin foi uma decisão alemã que foi aplaudida pela Europa e pelo mundo. Não precisou da aprovação de ninguém.Não estavam na penúria.Eventualmente recorreram a empréstimos , mas por uma razão ompletamente diferente das nossas.
E não consta que a Alemanha precisasse derrubar o muro de Berlin para conquistar a Europa.
Não tentemos à viva força de argumentos vazios comparar-nos à Alemanha.
E das demais vezes , na primeira e segunda guerra a Alemanha foi ajudada por uma questão de guerra. A verdade é que reconstruiram o país e fizeram dele um grande país , ao passo que isto nunca saiu da cepa torta.
A330
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A-330 Escreveu:Portugal já foi ajudado 2/3 vezes, mas a Alemanha também.. Curioso, não??
Quanto ao tema inicial, as politicas Alemãs, vamos ver onde a Europa vai parar... aguardemos..
Quer comparar os dois países , as circunstâncias e os resultados?
Um , aproveitou as ajudas tão bem que pode hoje ajudar os outros.E está a fazê-lo. Até aí nada a apontar.
O outro , pelo andar da carruagem vai continuar a precisar sempre de ajuda. Espero é que não percam a paciência connosco e nos mandem para a União Africana.
Acha curioso? Eu acho triste.
A330
Portugal já precisou de ajudas, mas na sua história de conquistas nunca dizimou os países que tentou conquistar, para além de que sempre priviligiou os negócios em detrimento do domínio.
Os alemães entraram em vários países para apenas se apoderarem das suas riquezas e usarem as pessoas apenas como instrumentos de trabalho.
Mesmo assim, a europa deu 3 oportunidades à Alemanha para se levantar, e curiosamente das 3 vezes a Alemanha tenha conquistar a europa!!! É curioso!!
1a vez após a primeira guerra
2a vez após a segunda guerra
3a vez após a queda do muro de berlin, onde a europa permitiu a reunificação da Alemanha
Como diz o ditado, à 3a é de vez!!!
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MiamiBlueHeart Escreveu:A-330 Escreveu:MiamiBlueHeart Escreveu:
As políticas da Sr.ª Merkel são fantásticas!!!
Realmente as políticas da Merkel são mesmo fantásticas.A Alemanha vai de vento em popa , desemprego a cair, exportações a aumentar e índice de aprovação interna de 69%.
Se nós , os gregos e outros tivéssemos tão bons políticos como tem a Alemanha , hoje não estaríamos como estamos.
Sabe aquelas pessoas de boas famílias , que tem pais com posses e querem dar do bom e do melhor e que não trabalham nem querem ,não estudam , passam o dia na rua com amigos sem fazer nada ,misturam drogas e atividades ilícitas à mistura e depois quando questionadas dizem que a culpa é dos outros?
Pois é , esse é o nosso país. Eles tiveram o país destruído há 50 anos, trabalharam e são o que são. Nós somos o vagabundo , ladrão , que ainda acha que a culpa é de quem trabalhou e fez pela vida.
Fomos ajudados pelo fundo europeu , para nos pormos à altura deles , roubamos tudo , agora que estamos aflitos continuamos a ser ajudados,e a culpa ainda é deles.
Sim porque além de sermos tudo o que escrevi acima , ainda somos mal agradecidos.
Na verdade nem sei se é ser mal agradecido ou se como os vagabundos temos aquele espiritozinho de xulo.Não admitimos , mas o que queríamos é continuar a receber dinheiro caído do céu para continuar a roubar e não fazer nenhum.
As pessoas convenientemente confundem ser ajudado com ser sustentado.
A330A330,
Quando se utiliza os termos..
Xulo??
Vagabundos??
Drogas??
Ladrão??
Bem, já não há muito a dizer.. Sabes que te estás a referir aos teus pais, avós, bisavós, irmãos, amigos..
Quem tem tanto ódio e demonstra tamanho rancor aos seus, já não ajuda, só destrói.
Não entendeu ou não quis entender que usei de uma metáfora para descrever a mentalidade reinante?
Mas se quer que lhe diga , mesmo na família tenho um caso de um primo que não quer nem nunca quis fazer nenhum.E do universo de amigos também me lembro de um que não gosta de trabalhar.E a ambos já lhes disse claramente.
Não pense que me atingiu com esse comentário.Apesar de não ter lugar no post que escrevi , posso lhe dizer que a auto-crítica é a melhor forma de melhorarmos. E não podemos ser condescendentes com familiares e amigos apenas porque os conhecemos , ou caímos no velho esquema de cunhas e compadrios que tanto mal tem feito a este país.
Está enganado quando diz que tenho ódio , etc. Não tenho ódio nenhum ,zero.Gosto muito do país.O que escrevi é apenas uma constatação dos fatos.Portugal e os portugueses têm efectivamente imensos defeitos e cometeram gravíssimos erros, alguns deles ilegais, verdadíssima.
Bom , afinal aqui parece que já concorda comigo. Excluindo os seus parentes e amigos , que claro , são todos perfeitos e acima de qualquer crítica.Portugal perdeu imensas oportunidades, muito dinheiro que lhe foi oferecido, verdade..
Mas Portugal é vitima dos seus erros mas também dos erros dos outros. Esquecer as contingências externas recentes é no mínimo curioso.
Quase toda a Europa está em crise.Alguns 20 países. Mas só dois estão à beira da bancarrota.Portanto , as contingências externas não são uma desculpa.Uma coisa é estar em crise , outra é estar falido.
Além disso , apesar do empenho que fomos OBRIGADOS a demonstrar , ou a ser bons alunos , como agora gostam de dizer ,é apenas o mínimo que nos foi imposto para emprestar o dinheiro.
A mentalidade chico esperta continua.Basta ver que o aperto ao contribuinte é alto , mas o estado pouco ou nada tem feito para acabar com as suas mordomias e benesses.
E pouco ou nada tem feito para garantir que isso aconteça no futuro. Basta ver que a reforma da justiça nem começou e quando quiseram há pouco tempo criminalizar o enriquecimento ilícito , houve logo um grande partido inteiro (PS) que votou contra.
Com relação aos escândalos financeiros que ocorreram ,escutas telefónicas , etc , nada nem ninguém foi ou será investigado.Ficam naquela lenga lenga , a fingir que fazem alguma coisa , até que prescreva e pronto.
Ou seja , não somos bons alunos.Tivemos foi que fazer umas coisas que a Troika nos obrigou para emprestar o dinheiro - e graças a Deus que não pediu mais reformas ESTRUTURAIS , se não era uma chatice- e agora ainda estamos aqui armados em vítimas e a por a culpa nos outros.Portugal já foi ajudado 2/3 vezes, mas a Alemanha também.. Curioso, não??
Quanto ao tema inicial, as politicas Alemãs, vamos ver onde a Europa vai parar... aguardemos..
Quer comparar os dois países , as circunstâncias e os resultados?
Um , aproveitou as ajudas tão bem que pode hoje ajudar os outros.E está a fazê-lo. Até aí nada a apontar.
O outro , pelo andar da carruagem vai continuar a precisar sempre de ajuda. Espero é que não percam a paciência connosco e nos mandem para a União Africana.
Acha curioso? Eu acho triste.
A330
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Não sendo um especialista na matéria também acho que não são só os portugueses que são culpados.
Da mesma forma que a banca também tem bastantes resposabilidades no sobre-endividamento as famílias (pelo menos de um bom número delas) a europa como um todo também tem responsabilidade no fato de terem deixado alguns países endividarem-se em excesso.
A começar desde logo pelo fato nunca se ter controlado os níveis de dívida desde a constituição do euro. Controlavam-se os défices mas permitiam-se algumas exceções... deu no que deu, não se estava mesmo a ver?! Para o projeto europeu vingar todos terão de assumir erros e responsabilidades!
Obviamente que isto não quer de forma alguma dizer que não tenhamos de corrigir muita coisa, apenas estou a defender que há uma parte das resposabilidades que deve ser imputada a todos, às políticas seguidas. Nós tivémos o azar de ter o alucinado do Sócrates à frente disto, caso contrário talvez não estivéssemos tão mal... as alternativas não parecem grande coisa, mas melhor do que aquilo não deveria ser difícil fazer!
Da mesma forma que a banca também tem bastantes resposabilidades no sobre-endividamento as famílias (pelo menos de um bom número delas) a europa como um todo também tem responsabilidade no fato de terem deixado alguns países endividarem-se em excesso.
A começar desde logo pelo fato nunca se ter controlado os níveis de dívida desde a constituição do euro. Controlavam-se os défices mas permitiam-se algumas exceções... deu no que deu, não se estava mesmo a ver?! Para o projeto europeu vingar todos terão de assumir erros e responsabilidades!
Obviamente que isto não quer de forma alguma dizer que não tenhamos de corrigir muita coisa, apenas estou a defender que há uma parte das resposabilidades que deve ser imputada a todos, às políticas seguidas. Nós tivémos o azar de ter o alucinado do Sócrates à frente disto, caso contrário talvez não estivéssemos tão mal... as alternativas não parecem grande coisa, mas melhor do que aquilo não deveria ser difícil fazer!

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http://www.gamesandfun.pt/afiliado&id=28
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A-330 Escreveu:MiamiBlueHeart Escreveu:
As políticas da Sr.ª Merkel são fantásticas!!!
Realmente as políticas da Merkel são mesmo fantásticas.A Alemanha vai de vento em popa , desemprego a cair, exportações a aumentar e índice de aprovação interna de 69%.
Se nós , os gregos e outros tivéssemos tão bons políticos como tem a Alemanha , hoje não estaríamos como estamos.
Sabe aquelas pessoas de boas famílias , que tem pais com posses e querem dar do bom e do melhor e que não trabalham nem querem ,não estudam , passam o dia na rua com amigos sem fazer nada ,misturam drogas e atividades ilícitas à mistura e depois quando questionadas dizem que a culpa é dos outros?
Pois é , esse é o nosso país. Eles tiveram o país destruído há 50 anos, trabalharam e são o que são. Nós somos o vagabundo , ladrão , que ainda acha que a culpa é de quem trabalhou e fez pela vida.
Fomos ajudados pelo fundo europeu , para nos pormos à altura deles , roubamos tudo , agora que estamos aflitos continuamos a ser ajudados,e a culpa ainda é deles.
Sim porque além de sermos tudo o que escrevi acima , ainda somos mal agradecidos.
Na verdade nem sei se é ser mal agradecido ou se como os vagabundos temos aquele espiritozinho de xulo.Não admitimos , mas o que queríamos é continuar a receber dinheiro caído do céu para continuar a roubar e não fazer nenhum.
As pessoas convenientemente confundem ser ajudado com ser sustentado.
A330
A330,
Quando se utiliza os termos..
Xulo??
Vagabundos??
Drogas??
Ladrão??
Bem, já não há muito a dizer.. Sabes que te estás a referir aos teus pais, avós, bisavós, irmãos, amigos..
Quem tem tanto ódio e demonstra tamanho rancor aos seus, já não ajuda, só destrói.
Portugal e os portugueses têm efectivamente imensos defeitos e cometeram gravíssimos erros, alguns deles ilegais, verdadíssima.
Portugal perdeu imensas oportunidades, muito dinheiro que lhe foi oferecido, verdade..
Mas Portugal é vitima dos seus erros mas também dos erros dos outros. Esquecer as contingências externas recentes é no mínimo curioso.
Portugal já foi ajudado 2/3 vezes, mas a Alemanha também.. Curioso, não??
Quanto ao tema inicial, as politicas Alemãs, vamos ver onde a Europa vai parar... aguardemos..
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Portugal é um dos países da OCDE com maiores desigualdades na distribuição dos rendimentos
Portugal está no grupo de países com maiores desigualdades em termos de rendimento disponível das famílias, sendo o terceiro com maior desigualdade em rendimento de trabalhadores a tempo inteiro.
Portugal está no grupo de países com maiores desigualdades em termos de rendimento disponível das famílias, sendo o terceiro com maior desigualdade em rendimento de trabalhadores a tempo inteiro, diz a Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Económico.
No relatório 'Going for Growth' hoje publicado, a OCDE junta Portugal ao Chile, Israel, México, Turquia e Estados Unidos no grupo dos países com maiores desigualdades em termos de rendimento disponível das famílias, indicando que nestes países existe uma elevada concentração de rendimentos de trabalho, capital e trabalho independente, e que nestes países a taxa de pobreza é elevada.
(...)
Mas "dizem" que não...
(...)
Os países nórdicos surgem mais uma vez no grupo dos países onde existe maior igualdade na distribuição dos rendimentos. Dinamarca, Islândia, Noruega, Suécia e Suíça constituem o grupo de países com menores desigualdades no rendimento disponível das famílias.
A OCDE considera que nestes países existe uma elevada taxa de emprego e uma menor dispersão em termos de salários, que as transferências em espécie tendem a ser universais e que os impostos são altamente progressivos.
Para aqueles que alegam fortuitamente que se trata de uma "redistribuição da pobreza" é uma questão de verificar como se situam estes países nórdicos em termos de qualidade média de vida e mais uma série de items como desenvolvimento humano (que abrange, entre outros items, a educação e etc).
O mais crítico ainda é recordar que estes dados são de 2008 e os relatórios recentes da União Europeia (que também foram notícias há semanas atrás) apontam para o facto de Portugal ser o país entre aqueles que teve de recorrer a medidas extraordinárias de austeridade, aquele que medidas mais desproporcionadas tomou, penalizando mais os que menos têm.
Se já estavamos assim em 2008 imagine-se portanto onde estamos em 2012...
FLOP - Fundamental Laws Of Profit
1. Mais vale perder um ganho que ganhar uma perda, a menos que se cumpra a Segunda Lei.
2. A expectativa de ganho deve superar a expectativa de perda, onde a expectativa mede a
__.amplitude média do ganho/perda contra a respectiva probabilidade.
3. A Primeira Lei não é mesmo necessária mas com Três Leis isto fica definitivamente mais giro.
Portugal é um dos países da OCDE com maiores desigualdades na distribuição dos rendimentos
Portugal está no grupo de países com maiores desigualdades em termos de rendimento disponível das famílias, sendo o terceiro com maior desigualdade em rendimento de trabalhadores a tempo inteiro.
Portugal está no grupo de países com maiores desigualdades em termos de rendimento disponível das famílias, sendo o terceiro com maior desigualdade em rendimento de trabalhadores a tempo inteiro, diz a Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Económico.
No relatório 'Going for Growth' hoje publicado, a OCDE junta Portugal ao Chile, Israel, México, Turquia e Estados Unidos no grupo dos países com maiores desigualdades em termos de rendimento disponível das famílias, indicando que nestes países existe uma elevada concentração de rendimentos de trabalho, capital e trabalho independente, e que nestes países a taxa de pobreza é elevada.
A OCDE explica que foram testados vários cenários alternativos mas que os países incluídos nos grupos onde se detectam maiores desigualdades manteve-se estável, indicando um fosso maior para os restantes.
Portugal é incluído ainda no grupo dos três países com maiores desigualdades em termos de dispersão de rendimentos, juntamente com o Chile e os Estados Unidos.
Os dados relativos a 2008 foram compilados no índice Gini da OCDE e indicam de zero a um (sendo zero o mais equilibrado e um o mais desigual) as posições dos países em termos de desigualdade.
Neste contexto, a posição de Portugal varia consoante o grupo da população considerado. Em termos de desigualdades nos rendimentos dos trabalhadores a tempo inteiro, Portugal surge como o terceiro país com maiores desigualdades, com os Estados Unidos a liderarem o fundo da tabela, seguido do Chile. Considerando o grupo de trabalhadores a tempo inteiro e a tempo parcial, Portugal apresenta-se com o quarto pior resultado e quando é considerada a totalidade da população em idade de trabalho surge na quinta pior posição.
Os países nórdicos surgem mais uma vez no grupo dos países onde existe maior igualdade na distribuição dos rendimentos. Dinamarca, Islândia, Noruega, Suécia e Suíça constituem o grupo de países com menores desigualdades no rendimento disponível das famílias.
A OCDE considera que nestes países existe uma elevada taxa de emprego e uma menor dispersão em termos de salários, que as transferências em espécie tendem a ser universais e que os impostos são altamente progressivos.
Este exercício considera a população trabalhadora entre os 15 e os 64 anos, com excepção dos estudantes e as pessoas acima da idade legal de reforma em cada país.
Segundo a OCDE, para calcular estas desigualdades são considerados quatro factores: a dispersão dos rendimentos por hora entre aqueles que trabalham a tempo inteiro; os que trabalham a tempo parcial; a taxa de não empregados; a formação do agregado familiar.
Pois mais uma vez está explicito um dos grandes problemas do país.
Má distribuição de rendimentos e de impostos. Para mim nunca vai existir austeridade enquanto não meterem a mão no bolso dos que têm mais.
Continua-mos a sorver manobras de diversão e os verdadeiros culpados da crise mantêm-se à margem da mesma.
Não percebo tantos gurus da economia e nenhum percebe o que é aplicar um sistema por analogia. Porque raios a Troika que já nos tirou parte da soberania não nos obriga a aplicar os modelos fiscais nórdicos? Será assim tão difícil ver que aumentar IVAs não resolve nada. Que o crescimento de um país é sustentado pela classe média e que não se pode fustigar mais caso contrário é uma pescadinha de rabo na boca.
Não sei onde estudou essa gente, ou então são os nórdicos que têm máquinas de fazer dinheiro que nós não temos de uma forma ou de outra anda tudo enganado.
paulop2009 Escreveu:A-330 Escreveu:MiamiBlueHeart Escreveu:
As políticas da Sr.ª Merkel são fantásticas!!!
Realmente as políticas da Merkel são mesmo fantásticas.A Alemanha vai de vento em popa , desemprego a cair, exportações a aumentar e índice de aprovação interna de 69%.
Se nós , os gregos e outros tivéssemos tão bons políticos como tem a Alemanha , hoje não estaríamos como estamos.
Sabe aquelas pessoas de boas famílias , que tem pais com posses e querem dar do bom e do melhor e que não trabalham nem querem ,não estudam , passam o dia na rua com amigos sem fazer nada ,misturam drogas e atividades ilícitas à mistura e depois quando questionadas dizem que a culpa é dos outros?
Pois é , esse é o nosso país. Eles tiveram o país destruído há 50 anos, trabalharam e são o que são. Nós somos o vagabundo , ladrão , que ainda acha que a culpa é de quem trabalhou e fez pela vida.
Fomos ajudados pelo fundo europeu , para nos pormos à altura deles , roubamos tudo , agora que estamos aflitos continuamos a ser ajudados,e a culpa ainda é deles.
Sim porque além de sermos tudo o que escrevi acima , ainda somos mal agradecidos.
Na verdade nem sei se é ser mal agradecido ou se como os vagabundos temos aquele espiritozinho de xulo.Não admitimos , mas o que queríamos é continuar a receber dinheiro caído do céu para continuar a roubar e não fazer nenhum.
As pessoas convenientemente confundem ser ajudado com ser sustentado.
A330
Isto tinha muito que se lhe dissesse. Não querendo menosprezar o esforço de reconstrução dos alemães, tenhamos em mente algo muito importante:
Os alemães são o que são hoje também devido ao perdão generalizado da dívida que lhes foi concedido, pese embora todas as atrocidades que, enquanto nação, fizeram ao mundo.
A Merkel esquece-se disso.
Deixo aqui um texto interessante que é um bom exercício de memória.Esclarecedor artigo publicado no Guardian em Junho passado, escrito pelo historiador Albrecht Ritschl (link deixado pelo Luís Rainha na caixa de comentários de um post mais abaixo) que eu decidi traduzir:
"Os alemães não andam muito divertidos. Basta olhar para os tablóides ou para os blogues para se perceber que a opinião pública está em ponto de ebulição. Obrigados a financiar mais um aumento da dívida pública e mais um resgate das contas, os alemães começaram a questionar tudo, desde a sensatez de apoiar a Grécia ao próprio Euro, e chegam a pôr em causa as vantagens da integração europeia. Isto pode parecer estranho num país que está perto de não ter desemprego e de recuperar o primeiro lugar aos chineses nas exportações. Mas os alemães dizem que estão fartos: chega de subscrever a integração europeia, chega de pagar tudo e mais alguma coisa, e seguramente chega de resgates à Grécia.
Contudo, o que é verdadeiramente bizarro é a curta duração da memória colectiva da Alemanha. Durante grande parte do século XX, a situação era radicalmente diferente: depois da Primeira Guerra Mundial e novamente após a Segunda Grande Guerra, a Alemanha tornou-se o país do mundo com maior dívida externa, e em ambos os casos a sua recuperação económica apenas foi possível com o perdão generalizado da dívida.
A crise da dívida alemã entre guerras começou há exactamente 80 anos, nos últimos dias de Junho de 1931. O que a espoletou foram os empréstimos excessivos contraídos nos últimos anos da década de 20 para pagar indemnizações. Uma bolha no crédito foi o resultado, e quando rebentou, em 1931, acabou com as indemnizações, o preço do ouro e, mais importante, a democracia de Weimar.
Os americanos adiaram o pagamento da dívida para depois da Segunda Grande Guerra, até terem imposto em 1953 aos seus aliados o acordo para a dívida de Londres, um exercício de perdão da dívida da Alemanha em termos bastante generosos. O milagre económico da RFA, a estabilidade do marco alemão e a saúde das suas finanças públicas foram o resultado deste generoso perdão. Mas colocou os credores da Alemanha em desvantagem, ao verem-se confrontados, eles próprios, com as consequências financeiras da ocupação alemã.
Na verdade, o acordo de dívida de Londres adiou a questão das indemnizações - incluindo o pagamento de dívidas de guerra e o dinheiro dos impostos nos países ocupados pela Alemanha durante a guerra - para uma conferência a ter lugar depois da reunificação. Esta conferência não chegou a acontecer: desde 1990, os alemães teimosamente têm-se recusado a abrir esta caixa de Pandora. As poucas indemnizações pagas, a maior parte a trabalhadores escravizados, foram canalizadas através de ONG's, sobretudo para não ser aberto um precedente. Apenas um país se tem oposto abertamente a este procedimento, tendo tentado ser compensado através dos tribunais: a Grécia.
Terá sido ou não sensato ter deixado de parte a questão das compensações e indemnizações da Alemanha depois de 1990. Nessa altura, os alemães argumentavam que qualquer pagamento plausível excederia os recursos do país, e que uma contínua cooperação financeira na Europa seria infinitamente mais desejada. Poderiam ter alguma razão. Mas agora é tempo da Alemanha cumprir a promessa, agir sabiamente e afastar o elefante da loja de porcelanas."
in http://arrastao.org/2393906.html
Ah, e mais uma coisa. Entre perdoar a dívida a um xulo boémio (metáfora para definir os gregos) ou a um nazi assassino (metáfora para os alemães)... venham de lá os xulos que, by the way, inventaram a democracia, a filosofia, e a civilização modernas.
digo eu...
Até inventaram a palavra que define "a arte de conduzir o povo": δημαγωγία
Não faz mal!...
A-330 Escreveu:MiamiBlueHeart Escreveu:
As políticas da Sr.ª Merkel são fantásticas!!!
Realmente as políticas da Merkel são mesmo fantásticas.A Alemanha vai de vento em popa , desemprego a cair, exportações a aumentar e índice de aprovação interna de 69%.
Se nós , os gregos e outros tivéssemos tão bons políticos como tem a Alemanha , hoje não estaríamos como estamos.
Sabe aquelas pessoas de boas famílias , que tem pais com posses e querem dar do bom e do melhor e que não trabalham nem querem ,não estudam , passam o dia na rua com amigos sem fazer nada ,misturam drogas e atividades ilícitas à mistura e depois quando questionadas dizem que a culpa é dos outros?
Pois é , esse é o nosso país. Eles tiveram o país destruído há 50 anos, trabalharam e são o que são. Nós somos o vagabundo , ladrão , que ainda acha que a culpa é de quem trabalhou e fez pela vida.
Fomos ajudados pelo fundo europeu , para nos pormos à altura deles , roubamos tudo , agora que estamos aflitos continuamos a ser ajudados,e a culpa ainda é deles.
Sim porque além de sermos tudo o que escrevi acima , ainda somos mal agradecidos.
Na verdade nem sei se é ser mal agradecido ou se como os vagabundos temos aquele espiritozinho de xulo.Não admitimos , mas o que queríamos é continuar a receber dinheiro caído do céu para continuar a roubar e não fazer nenhum.
As pessoas convenientemente confundem ser ajudado com ser sustentado.
A330
Isto tinha muito que se lhe dissesse. Não querendo menosprezar o esforço de reconstrução dos alemães, tenhamos em mente algo muito importante:
Os alemães são o que são hoje também devido ao perdão generalizado da dívida que lhes foi concedido, pese embora todas as atrocidades que, enquanto nação, fizeram ao mundo.
A Merkel esquece-se disso.
Deixo aqui um texto interessante que é um bom exercício de memória.
Esclarecedor artigo publicado no Guardian em Junho passado, escrito pelo historiador Albrecht Ritschl (link deixado pelo Luís Rainha na caixa de comentários de um post mais abaixo) que eu decidi traduzir:
"Os alemães não andam muito divertidos. Basta olhar para os tablóides ou para os blogues para se perceber que a opinião pública está em ponto de ebulição. Obrigados a financiar mais um aumento da dívida pública e mais um resgate das contas, os alemães começaram a questionar tudo, desde a sensatez de apoiar a Grécia ao próprio Euro, e chegam a pôr em causa as vantagens da integração europeia. Isto pode parecer estranho num país que está perto de não ter desemprego e de recuperar o primeiro lugar aos chineses nas exportações. Mas os alemães dizem que estão fartos: chega de subscrever a integração europeia, chega de pagar tudo e mais alguma coisa, e seguramente chega de resgates à Grécia.
Contudo, o que é verdadeiramente bizarro é a curta duração da memória colectiva da Alemanha. Durante grande parte do século XX, a situação era radicalmente diferente: depois da Primeira Guerra Mundial e novamente após a Segunda Grande Guerra, a Alemanha tornou-se o país do mundo com maior dívida externa, e em ambos os casos a sua recuperação económica apenas foi possível com o perdão generalizado da dívida.
A crise da dívida alemã entre guerras começou há exactamente 80 anos, nos últimos dias de Junho de 1931. O que a espoletou foram os empréstimos excessivos contraídos nos últimos anos da década de 20 para pagar indemnizações. Uma bolha no crédito foi o resultado, e quando rebentou, em 1931, acabou com as indemnizações, o preço do ouro e, mais importante, a democracia de Weimar.
Os americanos adiaram o pagamento da dívida para depois da Segunda Grande Guerra, até terem imposto em 1953 aos seus aliados o acordo para a dívida de Londres, um exercício de perdão da dívida da Alemanha em termos bastante generosos. O milagre económico da RFA, a estabilidade do marco alemão e a saúde das suas finanças públicas foram o resultado deste generoso perdão. Mas colocou os credores da Alemanha em desvantagem, ao verem-se confrontados, eles próprios, com as consequências financeiras da ocupação alemã.
Na verdade, o acordo de dívida de Londres adiou a questão das indemnizações - incluindo o pagamento de dívidas de guerra e o dinheiro dos impostos nos países ocupados pela Alemanha durante a guerra - para uma conferência a ter lugar depois da reunificação. Esta conferência não chegou a acontecer: desde 1990, os alemães teimosamente têm-se recusado a abrir esta caixa de Pandora. As poucas indemnizações pagas, a maior parte a trabalhadores escravizados, foram canalizadas através de ONG's, sobretudo para não ser aberto um precedente. Apenas um país se tem oposto abertamente a este procedimento, tendo tentado ser compensado através dos tribunais: a Grécia.
Terá sido ou não sensato ter deixado de parte a questão das compensações e indemnizações da Alemanha depois de 1990. Nessa altura, os alemães argumentavam que qualquer pagamento plausível excederia os recursos do país, e que uma contínua cooperação financeira na Europa seria infinitamente mais desejada. Poderiam ter alguma razão. Mas agora é tempo da Alemanha cumprir a promessa, agir sabiamente e afastar o elefante da loja de porcelanas."
in http://arrastao.org/2393906.html
Ah, e mais uma coisa. Entre perdoar a dívida a um xulo boémio (metáfora para definir os gregos) ou a um nazi assassino (metáfora para os alemães)... venham de lá os xulos que, by the way, inventaram a democracia, a filosofia, e a civilização modernas.
digo eu...
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E por falar em Merkel....
Alemanha: Défice público cai para 1% em 2011
O défice público alemão caiu para 1% em 2011, uma queda de 3,3 % em relação ao ano anterior, ficando claramente abaixo do limite máximo de três por cento definido no Pacto de Estabilidade da União Europeia, foi hoje anunciado.
Em números absolutos, o público germânico atingiu 25,8 mil milhões de euros no ano passado, precisou hoje o Instituto Federal de Estatística (Destatis), corrigindo assim a verba de 26,7 mil milhões que tinha sido avançada numa primeira avaliação, em princípios de Janeiro.
Em 2010, o défice público alemão tinha sido de 4,3%, violando os chamados Critérios de Maastricht, e em 2009 atingiu 3,2%, violando também as regas do Pacto de Estabilidade, ainda que por escassa margem.
A maior parte das dívidas respeitantes ao défice de 2011 couberam à federação alemã, com 26,3 mil milhões de euros, enquanto as novas dívidas dos 16 Estados federados se elevaram a 14,9 mil milhões de euros.
Já as autarquias conseguiram um saldo positivo de 0,8 mil milhões de euros em 2011.
Segundo prognósticos do banco central, o Bundesbank, o défice público alemão deverá manter-se em um por cento em 2012, embora se preveja um recuo de 0,4% da receita fiscal, pela primeira vez desde o verão de 2010.
"A tendência para uma subida constante das receitas fiscais mensais quebrou, por agora", afirma-se num relatório do Ministério das Finanças local.
Hoje foi também confirmado pelo Destatis o recuo de 0,2% do Produto Interno Bruto (PIB) no último trimestre de 2011, em relação ao trimestre anterior.
Em relação a igual período do ano anterior (comparação homóloga) o PIB germânico aumentou 1,5% nos últimos três meses do ano passado.
No conjunto do ano de 2011, a economia alemã registou um crescimento de três por cento face a 2010, confirmou também o Destatis.
http://www.jornaldenegocios.pt/home.php ... &id=540251
Alemanha: Défice público cai para 1% em 2011
O défice público alemão caiu para 1% em 2011, uma queda de 3,3 % em relação ao ano anterior, ficando claramente abaixo do limite máximo de três por cento definido no Pacto de Estabilidade da União Europeia, foi hoje anunciado.
Em números absolutos, o público germânico atingiu 25,8 mil milhões de euros no ano passado, precisou hoje o Instituto Federal de Estatística (Destatis), corrigindo assim a verba de 26,7 mil milhões que tinha sido avançada numa primeira avaliação, em princípios de Janeiro.
Em 2010, o défice público alemão tinha sido de 4,3%, violando os chamados Critérios de Maastricht, e em 2009 atingiu 3,2%, violando também as regas do Pacto de Estabilidade, ainda que por escassa margem.
A maior parte das dívidas respeitantes ao défice de 2011 couberam à federação alemã, com 26,3 mil milhões de euros, enquanto as novas dívidas dos 16 Estados federados se elevaram a 14,9 mil milhões de euros.
Já as autarquias conseguiram um saldo positivo de 0,8 mil milhões de euros em 2011.
Segundo prognósticos do banco central, o Bundesbank, o défice público alemão deverá manter-se em um por cento em 2012, embora se preveja um recuo de 0,4% da receita fiscal, pela primeira vez desde o verão de 2010.
"A tendência para uma subida constante das receitas fiscais mensais quebrou, por agora", afirma-se num relatório do Ministério das Finanças local.
Hoje foi também confirmado pelo Destatis o recuo de 0,2% do Produto Interno Bruto (PIB) no último trimestre de 2011, em relação ao trimestre anterior.
Em relação a igual período do ano anterior (comparação homóloga) o PIB germânico aumentou 1,5% nos últimos três meses do ano passado.
No conjunto do ano de 2011, a economia alemã registou um crescimento de três por cento face a 2010, confirmou também o Destatis.
http://www.jornaldenegocios.pt/home.php ... &id=540251
MiamiBlueHeart Escreveu:
As políticas da Sr.ª Merkel são fantásticas!!!
Realmente as políticas da Merkel são mesmo fantásticas.A Alemanha vai de vento em popa , desemprego a cair, exportações a aumentar e índice de aprovação interna de 69%.
Se nós , os gregos e outros tivéssemos tão bons políticos como tem a Alemanha , hoje não estaríamos como estamos.
Sabe aquelas pessoas de boas famílias , que tem pais com posses e querem dar do bom e do melhor e que não trabalham nem querem ,não estudam , passam o dia na rua com amigos sem fazer nada ,misturam drogas e atividades ilícitas à mistura e depois quando questionadas dizem que a culpa é dos outros?
Pois é , esse é o nosso país. Eles tiveram o país destruído há 50 anos, trabalharam e são o que são. Nós somos o vagabundo , ladrão , que ainda acha que a culpa é de quem trabalhou e fez pela vida.
Fomos ajudados pelo fundo europeu , para nos pormos à altura deles , roubamos tudo , agora que estamos aflitos continuamos a ser ajudados,e a culpa ainda é deles.
Sim porque além de sermos tudo o que escrevi acima , ainda somos mal agradecidos.
Na verdade nem sei se é ser mal agradecido ou se como os vagabundos temos aquele espiritozinho de xulo.Não admitimos , mas o que queríamos é continuar a receber dinheiro caído do céu para continuar a roubar e não fazer nenhum.
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A330
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[/b]Zona Euro recua 0,3% neste ano[/b]
A economia da Zona Euro vai contrair-se em 2012, com quebras no PIB de Itália e Espanha a penalizarem o andamento da economia da união monetária. Comissão fala em "recessão moderada" na Zona Euro. Ainda em Novembro, previa um crescimento "moderado" de 0,5%.
http://www.jornaldenegocios.pt/home.php?template=SHOWNEWS_V2&id=539977
Resultado das políticas, temos a recessão na Zona Euro..
As políticas da Sr.ª Merkel são fantásticas!!!
A economia da Zona Euro vai contrair-se em 2012, com quebras no PIB de Itália e Espanha a penalizarem o andamento da economia da união monetária. Comissão fala em "recessão moderada" na Zona Euro. Ainda em Novembro, previa um crescimento "moderado" de 0,5%.
http://www.jornaldenegocios.pt/home.php?template=SHOWNEWS_V2&id=539977
Resultado das políticas, temos a recessão na Zona Euro..
As políticas da Sr.ª Merkel são fantásticas!!!
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Espanha vai pedir a Bruxelas para terminar 2012 com défice acima de 5%
Governo considera que passar de um défice de 8% em 2011 para 4,4% este ano seria uma "suicídio" por isso vai pedir mais flexibilidade a Bruxelas.
http://www.jornaldenegocios.pt/home.php?template=SHOWNEWS_V2&id=539671
Estes números parecem os da realidade portuguesa!!!
Passos Coelho excluído do manifesto europeu de Cameron
http://www.jornaldenegocios.pt/home.php?template=SHOWNEWS_V2&id=539667
O desemprego em Portugal só vai nos 14%!!!!!
E assim anda este pobre país..
Governo considera que passar de um défice de 8% em 2011 para 4,4% este ano seria uma "suicídio" por isso vai pedir mais flexibilidade a Bruxelas.
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Estes números parecem os da realidade portuguesa!!!
Passos Coelho excluído do manifesto europeu de Cameron
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O desemprego em Portugal só vai nos 14%!!!!!
E assim anda este pobre país..
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Desemprego saltou para 14%
http://www.jornaldenegocios.pt/home.php?template=SHOWNEWS_V2&id=538725
Infelizmente como era previsível o desempergo disparou..
Uma das permissas do OE 2012, já foi ultrapassada..
http://www.jornaldenegocios.pt/home.php?template=SHOWNEWS_V2&id=538725
Infelizmente como era previsível o desempergo disparou..
Uma das permissas do OE 2012, já foi ultrapassada..
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Entrevista a Simon Tilford, economista chefe do ‘think tank' britânico CER
Mais um a falar de recessão em excesso..
Aguardemos os primeiros dados económicos de 2012..
Os juros da dívida italiana e espanhola têm vindo a cair, mas em Portugal aumentam apesar de o país cumprir as exigências da ‘troika'. Porquê?
Crescimento económico. A razão pela qual os investidores perderam confiança em Portugal e porque as agências cortam o ‘rating' consecutivamente a Portugal é a perspectiva de crescimento. A maioria dos economistas esperam que o país vá contrair muito este ano e também no próximo. E uma contracção conduzirá a um aumento abrupto no fardo da dívida. A situação tornou-se tão séria na zona euro porque há uma combinação de depressões em alguns países com níveis muito altos de dívida. Em Portugal, as agências de ‘rating' e os investidores olham para o Estado da dívida pública e também privada, depois para o crescimento económico e não acreditam que vá dar certo.
A consolidação não pode ajudar a retomar a confiança, como se defende em Bruxelas?
O que as autoridades conseguiram fazer em termos de corte de despesa ou reformas tem mais a ver com a sustentabilidade da dívida do que com o crescimento. A austeridade orçamental é parte do problema. Resolver isto é uma maratona, não um ‘sprint'. Não é apenas em Portugal. Os países estão a tentar fazer demasiado em muito pouco tempo. E isso está a afectar a actividade económica de forma muito agressiva. É contra produtivo porque se a economia começa a contrair torna-se impossível reduzir défice ou inverter a dinâmica da dívida. É um clássico.
Mais um a falar de recessão em excesso..
Aguardemos os primeiros dados económicos de 2012..
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artista Escreveu:MiamiBlueHeart Escreveu:Ainda dizem que não há dinheiro??
Cortam-se salários, cortam-se pensões a quem ganha 400/500euros por mês, desiste-se de efectuar qualquer investimento, apela-se à imigração, à probreza e depois surgem notícias como esta:
Orçamento do Estado tem 600 milhões para aumento de capital do BPN
http://www.jornaldenegocios.pt/home.php?template=SHOWNEWS_V2&id=535181
Sem palavras..
Esta história do dinheiro que o estado já meteu no BPN, empresa privada, é tão vergonhosa que ninguém a quis nunca assumir ou explicar. Quanto a mim devia ser talvez a maior razão para todos os portugueses se revoltarem, como é que se gasta tanto dinheiro assim e depois se anda a cortar trocos em tudo e mais alguma coisa?!!!
Por isso que eu digo a crise é fácil de se resolver é preciso é vontade política. Só se gasta dinheiro em m#%das estúpidas...
Não sei quanto vai a fasquia do BPN mas acho que já passou os 5 mil milhões... Com esse dinheiro este ano tínhamos défice de +/-2%!
lfhm Escreveu:Por isso que eu digo a crise é fácil de se resolver é preciso é vontade política. Só se gasta dinheiro em m#%das estúpidas...
Não sei quanto vai a fasquia do BPN mas acho que já passou os 5 mil milhões... Com esse dinheiro este ano tínhamos défice de +/-2%!
Ora nem mais...e entretanto quem vai pagando a crise...quem é ???

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