Acordo ortográfico
elreidom Escreveu:Attentive Escreveu:Bom dia elreidom.
Muito bom o teu texto no qual me revejo. Custa-me a aceitar este estúpido acordo.
Já equacionas-te a possibilidade de o enviar a uma editora, tipo Publico, ou um outro jornal de referência ?
Abraço
Obrigado Attentive.
No entanto, sabes que os textos de ilustres desconhecidos que chegam a ser publicados aparecem naquela obscura secção das "cartas ao director", e são frequentemente truncados. Acho escusado, vamos intervindo nos nossos meios e logo se vê se algo muda.
Excelente texto.. sempre podemos partilhar com os nossos Contactos eletrônicos e por a boa informação a circular!
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O jogo da especulação é o mais fascinante do mundo. Mas não é um jogo para os estúpidos, para os mentalmente preguiçosos, para aqueles com fraco balanço emocional e nem para os que querem ficar ricos rapidamente. Esses vão morrer pobres. Jesse Livermore
O jogo da especulação é o mais fascinante do mundo. Mas não é um jogo para os estúpidos, para os mentalmente preguiçosos, para aqueles com fraco balanço emocional e nem para os que querem ficar ricos rapidamente. Esses vão morrer pobres. Jesse Livermore
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Attentive Escreveu:Bom dia elreidom.
Muito bom o teu texto no qual me revejo. Custa-me a aceitar este estúpido acordo.
Já equacionas-te a possibilidade de o enviar a uma editora, tipo Publico, ou um outro jornal de referência ?
Abraço
Obrigado Attentive.
No entanto, sabes que os textos de ilustres desconhecidos que chegam a ser publicados aparecem naquela obscura secção das "cartas ao director", e são frequentemente truncados. Acho escusado, vamos intervindo nos nossos meios e logo se vê se algo muda.
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carf2007 Escreveu:O primeiro texto inteiramente redigido em português data do século XII. Pensou-se durante muito tempo tratar-se da Cantiga da Guarvaya, também chamada "Cantiga da Ribeirinha", porque dedicada a D. Maria Paes Ribeiro, a «Ribeirinha», amante de D. Sancho I:
"No mundo non me sei parelha,
mentre me for' como me uay
ca ia moiro por uos e ay!
mha senhor branca e uermelha,
queredes que uos retraya
quando uos eu ui en saya!
Mao dia me leuantei,
que uos enton non ui fea!
E, mha senhor, des aquel di' ay!
me foi a mi muyn mal,
e uos, filha de don Paay
Moniz, e ben uus semelha
d' auer eu por uos guaruaya
pois eu, mha senhor, d' alfaya
nunca de uos ouue nem ei
ualia d' üa correa."
Os motivos para a não aceitação deste Acordo nada têm que ver com uma vontade de nada mudar, a todo o custo, como se quer dar a entender. Antes pelo contrário. Há várias mudanças que nada me incomodam, há outras que não foram feitas e que eu apoiaria. Não é essa a questão. A questão é que as reformas ortográficas são tradicionalmente feitas com o objectivo de simplificar a língua escrita, de a democratizar, no bom sentido - ou seja, de não a manter num reduto de iluminados. Mas, como acima demonstrei, este Acordo não o faz, longe disso. Faz o contrário, afasta a língua escrita da falada e dificulta a correcta pronúncia, em especial por parte daqueles que menos conhecimento têm da língua. Esse é o grande problema: o Acordo faz o contrário daquilo que afirma serem os seus objectivos.
Tipicamente, os defensores do Acordo gostam de associar os seus oponentes a um grupo "retrógrado" que nem sequer a reforma ortográfica de 1911 (a mais radical de sempre) souberam aceitar. Não é verdade.
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Re: Resposta
elreidom Escreveu:A posição do Vasco Graça Moura é tudo menos inesperada. Foi não só um dos mais notáveis opositores ao Acordo, mas simplesmente o mais activo, visível e eloquente ...
Excelente texto elreidom, obrigado. É sempre bom ler quem tem ideias claras sobre as coisas concorde-se ou não com os argumentos
Um abraço
oscar
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O primeiro texto inteiramente redigido em português data do século XII. Pensou-se durante muito tempo tratar-se da Cantiga da Guarvaya, também chamada "Cantiga da Ribeirinha", porque dedicada a D. Maria Paes Ribeiro, a «Ribeirinha», amante de D. Sancho I:
"No mundo non me sei parelha,
mentre me for' como me uay
ca ia moiro por uos e ay!
mha senhor branca e uermelha,
queredes que uos retraya
quando uos eu ui en saya!
Mao dia me leuantei,
que uos enton non ui fea!
E, mha senhor, des aquel di' ay!
me foi a mi muyn mal,
e uos, filha de don Paay
Moniz, e ben uus semelha
d' auer eu por uos guaruaya
pois eu, mha senhor, d' alfaya
nunca de uos ouue nem ei
ualia d' üa correa."
"No mundo non me sei parelha,
mentre me for' como me uay
ca ia moiro por uos e ay!
mha senhor branca e uermelha,
queredes que uos retraya
quando uos eu ui en saya!
Mao dia me leuantei,
que uos enton non ui fea!
E, mha senhor, des aquel di' ay!
me foi a mi muyn mal,
e uos, filha de don Paay
Moniz, e ben uus semelha
d' auer eu por uos guaruaya
pois eu, mha senhor, d' alfaya
nunca de uos ouue nem ei
ualia d' üa correa."
"Sofremos muito com o pouco que nos falta e gozamos pouco o muito que temos." Shakespeare
escada1 Escreveu:O acordo, faz parte do beija mão humilhante que Portugal fez ao Brasil.
Brasil foi uma colonia portuguesa, e o que tem de bom ou de mau a nós se deve.
Os Brasileiros, são antigos portugueses que para lá foram.
Brasileiro não existe, alias, os que existem (os indigenas), esses sim os verdadeiros Brasileiros, eram os únicos que lá viviam.Mas esses não contam na sociedade brasileira.
Posto isto, este acordo nem sequer tenta incluir regras angolana, ou moçanbicanas.
Só Brasileiro.
A origem do Brasileiro é o português.Existem muitas palavras que não faz sentido alterar.
Os brasileiros têm dialectos próprios.Basta colocarem um paulista e um caroca a falarem, e verão que existe grandes diferenças.
Portugal tem além disso um nóbel da literatura.É criminoso esta subordinação, a um país sem reconhecimento literario.
Nós nunca haveremos de falar brasileiro.
O acordo ortográfico foi um gesto politico de submissão.
Além disso, o que fazer aos milhoes de livros que existem ?, queimam-se ?
As crianças ficam proibidas de ler livros comprados e oferecidos há 2 anos, por exemplo ?
Os meus filhos tem mais de 100 livros, muitos herdados de mim.O que fazer ?
Nem Salazar andou com estas submissões.
que pensamento mais arcaico...tipico de portugues imperialista que se pensa superior! ..quando se muda alguma coisa é o "ai meu Deus"..! porque nao lês entao livros como se escreviam ha 100 anos!? nos temos é de ajustar a lingua portuguesa a ser mais facil de compreender e aprender...! só nos traria vantagens!
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escada1 Escreveu:O acordo, faz parte do beija mão humilhante que Portugal fez ao Brasil.
Brasil foi uma colonia portuguesa, e o que tem de bom ou de mau a nós se deve.
Os Brasileiros, são antigos portugueses que para lá foram.
Brasileiro não existe, alias, os que existem (os indigenas), esses sim os verdadeiros Brasileiros, eram os únicos que lá viviam.Mas esses não contam na sociedade brasileira.
Posto isto, este acordo nem sequer tenta incluir regras angolana, ou moçanbicanas.
Só Brasileiro.
A origem do Brasileiro é o português.Existem muitas palavras que não faz sentido alterar.
Os brasileiros têm dialectos próprios.Basta colocarem um paulista e um caroca a falarem, e verão que existe grandes diferenças.
Portugal tem além disso um nóbel da literatura.É criminoso esta subordinação, a um país sem reconhecimento literario.
Nós nunca haveremos de falar brasileiro.
O acordo ortográfico foi um gesto politico de submissão.
Além disso, o que fazer aos milhoes de livros que existem ?, queimam-se ?
As crianças ficam proibidas de ler livros comprados e oferecidos há 2 anos, por exemplo ?
Os meus filhos tem mais de 100 livros, muitos herdados de mim.O que fazer ?
Nem Salazar andou com estas submissões.
os acordos ortograficos so tem importancia para quem acredita na fantasia de que ha uma forma certa de escrever
vai ler os teus livros e nao penses mais nisto, nao tem a minima relevancia excepto a que a nossa imaginacao lhe da
Resposta
A posição do Vasco Graça Moura é tudo menos inesperada. Foi não só um dos mais notáveis opositores ao Acordo, mas simplesmente o mais activo, visível e eloquente - talvez igualado apenas pelo linguista António Emiliano, mas este menos mediático -, argumentando perante o parlamento e com pertinente obra publicada sobre o assunto ("Acordo Ortográfico - A Perspectiva do Desastre").
Todos os que estiveram atentos a este processo o sabiam. Quem lê notícias sabia. Não conheço o Vasco Graça Moura de nenhum lado, apenas como leitor e espectador, e sabia perfeitamente que este escritor Prémio Pessoa não se iria permitir dirigir uma instituição que adoptasse o Acordo Ortográfico. Seria uma capitulação humilhante.
Agora a pergunta que eu coloco é: acham que o escritor e ex-divulgador literário Francisco José Viegas não sabia que isto ia acontecer? Para mim é claro que sabia. Não lhe reconheço grandes defeitos ou qualidades, mas pelo menos aqui soube arquitectar um golpe de génio. Foi buscar alguém que gerava unanimidade no Partido e, com um ou outro desconforto, também no país - afinal o Prémio Pessoa é a maior distinção cultural da Lusofonia, trata-se de alguém com uma obra de inegável importância e com reconhecida capacidade para a acção. Sabia perfeitamente que ele ia afastar o Acordo de uma das principais instituições culturais do país, somando-se a outras que já não o seguem. Queria relançar o debate, depois de várias vezes já ter dado a entender que o Acordo não é irreversível e que pode ser revisto, em especial nesta fase de transição.
Esta foi a medida necessária, num momento em que as universidades escolheram o caminho fácil de se vergarem à imposição política sem levar em conta a validade científica do Acordo. Preferiram não gerar ondas, quando muito facilmente se contesta a falta de rigor científico de um Acordo que:
- não cumpre sequer aquilo a que se propõe: unificar a ortografia portuguesa (se de um lado unifica, de outro cria duplas grafias mesmo em palavras que não as tinham);
- recorre à etimologia para justificar certas decisões, deixa-a de lado para justificar outras;
- defende simplificar aquilo que não simplifica, antes complica.
Este terceiro ponto carece de explicação, porque parece não ser entendido por muita gente. A minha visão é a de alguém que trabalha diariamente e profissionalmente com a língua, enquanto editor. O Acordo complica, porquê?
Quando lemos um texto, deparamo-nos ocasionalmente com palavras que não conhecemos, ou que conhecemos na forma escrita mas nunca ouvimos pronunciadas. A ortografia, na maior parte das vezes, ajuda-nos a saber pronunciar essas palavras. Há excepções, palavras que saem mal se não conhecemos, mas eram relativamente marginais. Com o Acordo passam a ser em elevado número.
E qual o problema disto acontecer?
1º - Dificuldade na aprendizagem. Para saber pronunciar um enorme número de palavras, é necessário já as conhecer auditivamente. Esperem uns anos para verem como as crianças vão ler um texto com várias palavras que não conhecem. Ou pelo desastre que vai ser o português lido por estrangeiros que pretendam estudá-lo.
2º - Acentuação das diferenças de "classe" ou sociais. As pessoas menos letradas, alfabetizadas mas com vocabulário limitado, serão ainda mais afastadas da língua, ao não serem capazes de pronunciar correctamente uma série de palavras.
3º - Tendência para a alteração da pronúncia. Talvez a consequência mais grave de todas. Pode parecer exagerado, mas não é, porque já aconteceu o mesmo como consequência da supressão do trema em 1945 em Portugal (só agora o foi no Brasil).
Dou exemplos. já acima escrevi "eloquente" e "linguista", como há também "pinguim", "linguiça", "frequente", etc. Sabemos que se pronuncia o "u", contrariando a regra dos "u" mudos após "q" e "g" e antes de "e" ou "i". Como defendi no ponto 1º, peçam a crianças que leiam um texto recheado de palavras deste género e verão o que acontece. O pior é que há algumas, como "sequestro", em que hoje em dia não se pronuncia com frequência o "u", erradamente, quando sempre se pronunciou. Por isso os brasileiros escrevem e lêem "seqüestro", como nós escrevíamos até 1945. Outro exemplo: "paisagem". Hoje em dia é comum ouvir um ditongo com o "a" aberto - "pái-zagem", mas quando se escrevia "païsagem" percebia-se que a palavra tem a mesma raiz de "país" (do francês arcaico "païs"), e que não existe ditongo em "ai". Ainda há quem pronuncie "pâ-i-zagem".
Podíamos ir buscar inúmeras palavras que perderam o trema e fazer aqui um teste a todos os foristas. Verificaríamos que muitos erros de pronúncia surgiriam, eu próprio confesso que os daria em muitas palavras que não conheço. Como não dar? Só seria possível não os dar se conhecesse todas as palavras que perderam o trema.
Agora se fizermos o mesmo teste com as palavras alteradas com este Acordo... é assustador.
Termino este longo texto com uma pergunta. Porque não retirar o "u" das inúmeras palavras em que não é pronunciado? Haja coerência. Porque não retirá-lo de "foguete", "guiar", "guerra" ou "guilhotina"?
Resposta possível: "porque determina a forma como se pronuncia o "g".
O "g", a letra que está ao lado? Então as tais consoantes "mudas" não influenciam também a forma como se lê a letra que está ao lado?
Claro que sim. Basta isto para provar que o Acordo não foi escrito com rigor científico (dualidade de critérios), muito menos com a intenção anunciada de simplificar a escrita. Foi escrito com a única intenção de aproximar a ortografia de Portugal (e por arrasto de todos os PALOP) à do Brasil.
Mas lembremos o seguinte: ao longo da primeira metade do século XX, o grande desígnio dos linguistas e intelectuais brasileiros foi o de afirmar a nacionalidade através da língua, aproximando-a do modo de falar brasileiro em oposição ao português. A supressão das consoantes deriva desse desígnio, como também outras alterações. Todos os acordos tentados, e foram muitos, fracassaram porque nunca foi possível "convencer" o Brasil a ceder neste aspecto, porque mexia com um nacionalismo cultural em plena efervescência, ligado ao movimento modernista dos anos 20.
Também por isso, pouco sentido faz aplicar em Portugal uma ortografia que foi criada por manifesta oposição à ortografia portuguesa.
Peço desculpa pela extensão do texto.
Todos os que estiveram atentos a este processo o sabiam. Quem lê notícias sabia. Não conheço o Vasco Graça Moura de nenhum lado, apenas como leitor e espectador, e sabia perfeitamente que este escritor Prémio Pessoa não se iria permitir dirigir uma instituição que adoptasse o Acordo Ortográfico. Seria uma capitulação humilhante.
Agora a pergunta que eu coloco é: acham que o escritor e ex-divulgador literário Francisco José Viegas não sabia que isto ia acontecer? Para mim é claro que sabia. Não lhe reconheço grandes defeitos ou qualidades, mas pelo menos aqui soube arquitectar um golpe de génio. Foi buscar alguém que gerava unanimidade no Partido e, com um ou outro desconforto, também no país - afinal o Prémio Pessoa é a maior distinção cultural da Lusofonia, trata-se de alguém com uma obra de inegável importância e com reconhecida capacidade para a acção. Sabia perfeitamente que ele ia afastar o Acordo de uma das principais instituições culturais do país, somando-se a outras que já não o seguem. Queria relançar o debate, depois de várias vezes já ter dado a entender que o Acordo não é irreversível e que pode ser revisto, em especial nesta fase de transição.
Esta foi a medida necessária, num momento em que as universidades escolheram o caminho fácil de se vergarem à imposição política sem levar em conta a validade científica do Acordo. Preferiram não gerar ondas, quando muito facilmente se contesta a falta de rigor científico de um Acordo que:
- não cumpre sequer aquilo a que se propõe: unificar a ortografia portuguesa (se de um lado unifica, de outro cria duplas grafias mesmo em palavras que não as tinham);
- recorre à etimologia para justificar certas decisões, deixa-a de lado para justificar outras;
- defende simplificar aquilo que não simplifica, antes complica.
Este terceiro ponto carece de explicação, porque parece não ser entendido por muita gente. A minha visão é a de alguém que trabalha diariamente e profissionalmente com a língua, enquanto editor. O Acordo complica, porquê?
Quando lemos um texto, deparamo-nos ocasionalmente com palavras que não conhecemos, ou que conhecemos na forma escrita mas nunca ouvimos pronunciadas. A ortografia, na maior parte das vezes, ajuda-nos a saber pronunciar essas palavras. Há excepções, palavras que saem mal se não conhecemos, mas eram relativamente marginais. Com o Acordo passam a ser em elevado número.
E qual o problema disto acontecer?
1º - Dificuldade na aprendizagem. Para saber pronunciar um enorme número de palavras, é necessário já as conhecer auditivamente. Esperem uns anos para verem como as crianças vão ler um texto com várias palavras que não conhecem. Ou pelo desastre que vai ser o português lido por estrangeiros que pretendam estudá-lo.
2º - Acentuação das diferenças de "classe" ou sociais. As pessoas menos letradas, alfabetizadas mas com vocabulário limitado, serão ainda mais afastadas da língua, ao não serem capazes de pronunciar correctamente uma série de palavras.
3º - Tendência para a alteração da pronúncia. Talvez a consequência mais grave de todas. Pode parecer exagerado, mas não é, porque já aconteceu o mesmo como consequência da supressão do trema em 1945 em Portugal (só agora o foi no Brasil).
Dou exemplos. já acima escrevi "eloquente" e "linguista", como há também "pinguim", "linguiça", "frequente", etc. Sabemos que se pronuncia o "u", contrariando a regra dos "u" mudos após "q" e "g" e antes de "e" ou "i". Como defendi no ponto 1º, peçam a crianças que leiam um texto recheado de palavras deste género e verão o que acontece. O pior é que há algumas, como "sequestro", em que hoje em dia não se pronuncia com frequência o "u", erradamente, quando sempre se pronunciou. Por isso os brasileiros escrevem e lêem "seqüestro", como nós escrevíamos até 1945. Outro exemplo: "paisagem". Hoje em dia é comum ouvir um ditongo com o "a" aberto - "pái-zagem", mas quando se escrevia "païsagem" percebia-se que a palavra tem a mesma raiz de "país" (do francês arcaico "païs"), e que não existe ditongo em "ai". Ainda há quem pronuncie "pâ-i-zagem".
Podíamos ir buscar inúmeras palavras que perderam o trema e fazer aqui um teste a todos os foristas. Verificaríamos que muitos erros de pronúncia surgiriam, eu próprio confesso que os daria em muitas palavras que não conheço. Como não dar? Só seria possível não os dar se conhecesse todas as palavras que perderam o trema.
Agora se fizermos o mesmo teste com as palavras alteradas com este Acordo... é assustador.
Termino este longo texto com uma pergunta. Porque não retirar o "u" das inúmeras palavras em que não é pronunciado? Haja coerência. Porque não retirá-lo de "foguete", "guiar", "guerra" ou "guilhotina"?
Resposta possível: "porque determina a forma como se pronuncia o "g".
O "g", a letra que está ao lado? Então as tais consoantes "mudas" não influenciam também a forma como se lê a letra que está ao lado?
Claro que sim. Basta isto para provar que o Acordo não foi escrito com rigor científico (dualidade de critérios), muito menos com a intenção anunciada de simplificar a escrita. Foi escrito com a única intenção de aproximar a ortografia de Portugal (e por arrasto de todos os PALOP) à do Brasil.
Mas lembremos o seguinte: ao longo da primeira metade do século XX, o grande desígnio dos linguistas e intelectuais brasileiros foi o de afirmar a nacionalidade através da língua, aproximando-a do modo de falar brasileiro em oposição ao português. A supressão das consoantes deriva desse desígnio, como também outras alterações. Todos os acordos tentados, e foram muitos, fracassaram porque nunca foi possível "convencer" o Brasil a ceder neste aspecto, porque mexia com um nacionalismo cultural em plena efervescência, ligado ao movimento modernista dos anos 20.
Também por isso, pouco sentido faz aplicar em Portugal uma ortografia que foi criada por manifesta oposição à ortografia portuguesa.
Peço desculpa pela extensão do texto.
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escada1 Escreveu:Brasil foi uma colonia portuguesa, e o que tem de bom ou de mau a nós se deve.
Os Brasileiros, são antigos portugueses que para lá foram.
Não é exatamente (exactamente!) assim. Basta ver que a atual presidente é filha de um búlgaro, o ministro das Finanças é italiano de nascimento, etc. O Brasil é uma sociedade multicultural de matriz portuguesa, africana e indígena que recebeu influências e imigrantes de dezenas de países. Basta dizer por exemplo que a maior colónia de japoneses no mundo está no Brasil.
escada1 Escreveu:Os brasileiros têm dialectos próprios.Basta colocarem um paulista e um caroca a falarem, e verão que existe grandes diferenças
Não é verdade. Há inúmeros sotaques no Brasil, mas dialectos que eu saiba nenhum. A diferença no falar entre um paulista e um carioca é bem menor que a diferença no falar entre um minhoto e um alentejano.
escada1 Escreveu:Portugal tem além disso um nóbel da literatura.É criminoso esta subordinação, a um país sem reconhecimento literario.
Presumo que nunca ouviste falar de Jorge Amado, Carlos Drummond de Andrade, Machado de Assis, Gonçalves Dias, etc. Recomendo, é literatura da melhor qualidade.
escada1 Escreveu:Nós nunca haveremos de falar brasileiro.
Espero bem que não, em nome da diversidade. Aos brasileiros, creio sinceramente, é-lhes absolutamente indiferente.
Acho que haver um Acordo Ortográfico é bom, principalmente para Portugal, pois em princípio contribui para a unicidade de um idioma originado em Portugal. Creio por isso que um Acordo Ortográfico alarga em muito o mercado para os escritores, desenvolvedores de software, editores, etc portugueses.
Acho também que esse Acordo Ortográfico, independentemente de privilegiar a norma brasileira ou portuguesa, foi acima de tudo mal feito e portanto acabará por não ser adotado (adoptado!) em lugar nenhum. Um Acordo Ortográfico precisa-se, mas com bom senso.
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Elias Escreveu:Uma coisa que eu nunca percebi neste acordo ortográfico é a dualidade de critérios: se as consoantes mudas são para abolir, porque é que se mantém o H inicial? Afinal de contas, até no Brasil já se escreve "úmido".
Base II
Do h inicial e final
1.º O h inicial emprega-se:
a) Por força da etimologia: haver, hélice, hera, hoje, hora, homem, humor;
b) Em virtude de adoção convencional: hã?, hem?, hum!
2.º O h inicial suprime-se:
a) Quando, apesar da etimologia, a sua supressão está inteiramente consagrada pelo uso: erva,
em vez de herva; e, portanto, ervaçal, ervanário, ervoso (em contraste com herbáceo, herbanário,
herboso, formas de origem erudita);
b) Quando, por via de composição, passa a interior e o elemento em que figura se aglutina ao
precedente: biebdomadário, desarmonia, desumano, exaurir, inábil, lobisomem, reabilitar, reaver.
3.º O h inicial mantém-se, no entanto, quando numa palavra composta pertence a um elemento
que está ligado ao anterior por meio de hífen: anti-higiénico/anti-higiênico, contra-haste,
pré-história, sobre-humano.
4.º O h final emprega-se em interjeições: ah! oh!
"Sofremos muito com o pouco que nos falta e gozamos pouco o muito que temos." Shakespeare
Elias Escreveu:carf2007 Escreveu:A palavra espectadores não sofreu nenhuma alteração, nem no Brasil,nem em Portugal. O "c" não é mudo, portanto não foi abolido.
carf, vai lá dizer isso aos senhores do Diário Digital:
http://diariodigital.sapo.pt/news.asp?id_news=554219
e d'A Bola:
http://www.abola.pt/nnh/ver.aspx?id=310271
e da SIC:
http://sicnoticias.sapo.pt/Lusa/2012/01 ... 2011---ica
e do Expresso:
http://aeiou.expresso.pt/cinema-propost ... ec=f702481
Se calhar não leram o acordo, ou estão a utilizar um software com erros.
http://www.portoeditora.pt/acordo-ortog ... sor-texto/
Base IV
Das sequências consonânticas
1.º O c, com valor de oclusiva velar, das sequências interiores cc (segundo c com valor de
sibilante), cç e ct, e o p das sequências interiores pc (c com valor de sibilante), pç e pt, ora se
conservam, ora se eliminam.
Assim:
a) Conservam-se nos casos em que são invariavelmente proferidos nas pronúncias cultas da
língua: compacto, convicção, convicto, ficção, friccionar, pacto, pictural; adepto, apto, díptico,
erupção, eucalipto, inepto, núpcias, rapto;
b) Eliminam-se nos casos em que são invariavelmente mudos nas pronúncias cultas da língua:
ação, acionar, afetivo, aflição, aflito, ato, coleção, coletivo, direção, diretor, exato, objeção;
adoção, adotar, batizar, Egito, ótimo;
c) Conservam-se ou eliminam-se facultativamente, quando se proferem numa pronúncia culta,
quer geral quer restritamente, ou então quando oscilam entre a prolação e o emudecimento:
aspecto e aspeto, cacto e cato, caracteres e carateres, dicção e dição; facto e fato, sector e setor;
ceptro e cetro, concepção e conceção, corrupto e corruto, recepção e receção;
d) Quando, nas sequências interiores mpc, mpç e mpt se eliminar o p de acordo com o
determinado nos parágrafos precedentes, o m passa a n, escrevendo-se, respetivamente, nc, nç e
nt: assumpcionista e assuncionista; assumpção e assunção; assumptível e assuntível;
peremptório e perentório, sumptuoso e suntuoso, sumptuosidade e suntuosidade.
2.º Conservam-se ou eliminam-se, facultativamente, quando se proferem numa pronúncia culta,
quer geral, quer restritamente, ou então quando oscilam entre a prolação e o emudecimento: o b
da sequência bd, em súbdito; o b da sequência bt, em subtil e seus derivados; o g da sequência
gd, em amígdala, amigdalácea, amigdalar, amigdalato, amigdalite, amigdaloide
4
, amigdalopatia,
amigdalotomia; o m da sequência mn, em amnistia, amnistiar, indemne, indemnidade, indemnizar,
omnímodo, omnipotente, omnisciente, etc.; o t da sequência tm, em aritmética e aritmético.
"Sofremos muito com o pouco que nos falta e gozamos pouco o muito que temos." Shakespeare
Só são abolidos as letras que não são lidas.
O problema é que existem ambiguidades.
Exemplo:
facto e fato; penso ser um exemplo emblemático.O c não é mudo, mas parece-me que é para desaparecer.
para e pára: são palavras completamente diferentes.Nem são homofonas, nem homonimas, nem homografas.São água e vinho.
Se eu queiser dizer:
Eu vou para casa só se eu gritar pára
Com o novo acordo esta ideia é impossível de transmitir, tanto fonetica, como por escrito
O problema é que existem ambiguidades.
Exemplo:
facto e fato; penso ser um exemplo emblemático.O c não é mudo, mas parece-me que é para desaparecer.
para e pára: são palavras completamente diferentes.Nem são homofonas, nem homonimas, nem homografas.São água e vinho.
Se eu queiser dizer:
Eu vou para casa só se eu gritar pára
Com o novo acordo esta ideia é impossível de transmitir, tanto fonetica, como por escrito
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carf2007 Escreveu:A palavra espectadores não sofreu nenhuma alteração, nem no Brasil,nem em Portugal. O "c" não é mudo, portanto não foi abolido.
carf, vai lá dizer isso aos senhores do Diário Digital:
http://diariodigital.sapo.pt/news.asp?id_news=554219
e d'A Bola:
http://www.abola.pt/nnh/ver.aspx?id=310271
e da SIC:
http://sicnoticias.sapo.pt/Lusa/2012/01 ... 2011---ica
e do Expresso:
http://aeiou.expresso.pt/cinema-propost ... ec=f702481
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Mas será que ainda ninguém percebeu que este acordo afinal até aumenta as diferenças de escrita entre Portugal e Brasil ?
Antes:
Recepção - Era igual nos 2 lados. Agora temos:
Brasil: Continua a escrever "Recepção", pois eles pronunciam sempre o "p".
Portugal: Agora é "Receção" e já vi até erros a confundir com "Recessão".
Quase todas as palavras com "p" mudo que antes eram escritas de forma igual, agora são escritas de modo diferente.
Este acordo é uma aberração total.
Espetadores lê-se como palavra da família do verbo "espetar" e "Espectadores" lê-se de maneira diferente pelo facto de lá estar o "c".
Estes "c"'s não são mudos! Abrem a vogal, são como acentos e fazem falta para a correcta (e não corrêta) pronúncia.
Antes:
Recepção - Era igual nos 2 lados. Agora temos:
Brasil: Continua a escrever "Recepção", pois eles pronunciam sempre o "p".
Portugal: Agora é "Receção" e já vi até erros a confundir com "Recessão".
Quase todas as palavras com "p" mudo que antes eram escritas de forma igual, agora são escritas de modo diferente.
Este acordo é uma aberração total.
Espetadores lê-se como palavra da família do verbo "espetar" e "Espectadores" lê-se de maneira diferente pelo facto de lá estar o "c".
Estes "c"'s não são mudos! Abrem a vogal, são como acentos e fazem falta para a correcta (e não corrêta) pronúncia.
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Não sabia, MAS....
mais ajudas-me:
Base XVIII: uso do acento agudo diferencial em "pára", "péla", "pélo" e "pólo";
E deixo mais isto:
No Brasil, o Acordo Ortográfico de 1945 foi aprovado pelo Decreto-Lei 8.286,[3][4] de 5 de dezembro de 1945. Entretanto, o texto nunca foi ratificado pelo Congresso Nacional, continuando os brasileiros a regular-se pela ortografia do Formulário Ortográfico de 1943. O texto foi posteriormente revogado pela Lei 2.623, de 21 de outubro de 1955.
mais ajudas-me:
Base XVIII: uso do acento agudo diferencial em "pára", "péla", "pélo" e "pólo";
E deixo mais isto:
No Brasil, o Acordo Ortográfico de 1945 foi aprovado pelo Decreto-Lei 8.286,[3][4] de 5 de dezembro de 1945. Entretanto, o texto nunca foi ratificado pelo Congresso Nacional, continuando os brasileiros a regular-se pela ortografia do Formulário Ortográfico de 1943. O texto foi posteriormente revogado pela Lei 2.623, de 21 de outubro de 1955.
Elias Escreveu:escada1 Escreveu:Nem Salazar andou com estas submissões.
escada,
Lá porque não gostas do acordo (eu também não gosto), não é razão para distorcermos a história.
O último acordo, o de 1945, foi elaborado em pleno Estado Novo:O Acordo Ortográfico de 1945 é uma convenção ortográfica assinada em Lisboa em 6 de Outubro de 1945 entre a Academia de Ciências de Lisboa e a Academia Brasileira de Letras. Este acordo, ligeiramente alterado pelo Decreto-Lei n.º 32/73, de 6 de Fevereiro, estabelece as bases da ortografia portuguesa para todos os territórios portugueses (que à data do acordo e até 1975 eram Portugal e as colónias portuguesas - na Ásia e África) e o Brasil, que seguia o Formulário Ortográfico de 1943 - em vigor naquele país até 2012.
Na tentativa de pôr cobro às profundas diferenças ortográficas entre Portugal e o Brasil, como resultado da adopção em Portugal da Reforma Ortográfica de 1911, foram feitos diversos encontros entre as Academias dos dois países, dos quais resultou um acordo preliminar assinado em 1931. No entanto, como os vocabulários que se publicaram, em 1940 (pela Academia das Ciências de Lisboa) e em 1943 (pela Academia Brasileira de Letras), continham ainda algumas divergências, houve necessidade de novas reuniões, em Lisboa, que deram origem ao Acordo Ortográfico de 1945.
http://pt.wikipedia.org/wiki/Acordo_Ort ... co_de_1945
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Epá,
e eu que estou sempre a dizer ao meu filho que não se diz preguntar, mas sim perguntar, sem saber que isto era uma lei do Salazar!
e eu que estou sempre a dizer ao meu filho que não se diz preguntar, mas sim perguntar, sem saber que isto era uma lei do Salazar!
It’s a recession when your neighbor loses his job; it’s a depression when you lose your own. — Harry S. Truman
If you're going through hell, keep going. - Winston Churchill
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escada1 Escreveu:Nem Salazar andou com estas submissões.
escada,
Lá porque não gostas do acordo (eu também não gosto), não é razão para distorcermos a história.
O último acordo, o de 1945, foi elaborado em pleno Estado Novo:
O Acordo Ortográfico de 1945 é uma convenção ortográfica assinada em Lisboa em 6 de Outubro de 1945 entre a Academia de Ciências de Lisboa e a Academia Brasileira de Letras. Este acordo, ligeiramente alterado pelo Decreto-Lei n.º 32/73, de 6 de Fevereiro, estabelece as bases da ortografia portuguesa para todos os territórios portugueses (que à data do acordo e até 1975 eram Portugal e as colónias portuguesas - na Ásia e África) e o Brasil, que seguia o Formulário Ortográfico de 1943 - em vigor naquele país até 2012.
Na tentativa de pôr cobro às profundas diferenças ortográficas entre Portugal e o Brasil, como resultado da adopção em Portugal da Reforma Ortográfica de 1911, foram feitos diversos encontros entre as Academias dos dois países, dos quais resultou um acordo preliminar assinado em 1931. No entanto, como os vocabulários que se publicaram, em 1940 (pela Academia das Ciências de Lisboa) e em 1943 (pela Academia Brasileira de Letras), continham ainda algumas divergências, houve necessidade de novas reuniões, em Lisboa, que deram origem ao Acordo Ortográfico de 1945.
http://pt.wikipedia.org/wiki/Acordo_Ort ... co_de_1945
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O acordo, faz parte do beija mão humilhante que Portugal fez ao Brasil.
Brasil foi uma colonia portuguesa, e o que tem de bom ou de mau a nós se deve.
Os Brasileiros, são antigos portugueses que para lá foram.
Brasileiro não existe, alias, os que existem (os indigenas), esses sim os verdadeiros Brasileiros, eram os únicos que lá viviam.Mas esses não contam na sociedade brasileira.
Posto isto, este acordo nem sequer tenta incluir regras angolana, ou moçanbicanas.
Só Brasileiro.
A origem do Brasileiro é o português.Existem muitas palavras que não faz sentido alterar.
Os brasileiros têm dialectos próprios.Basta colocarem um paulista e um caroca a falarem, e verão que existe grandes diferenças.
Portugal tem além disso um nóbel da literatura.É criminoso esta subordinação, a um país sem reconhecimento literario.
Nós nunca haveremos de falar brasileiro.
O acordo ortográfico foi um gesto politico de submissão.
Além disso, o que fazer aos milhoes de livros que existem ?, queimam-se ?
As crianças ficam proibidas de ler livros comprados e oferecidos há 2 anos, por exemplo ?
Os meus filhos tem mais de 100 livros, muitos herdados de mim.O que fazer ?
Nem Salazar andou com estas submissões.
Brasil foi uma colonia portuguesa, e o que tem de bom ou de mau a nós se deve.
Os Brasileiros, são antigos portugueses que para lá foram.
Brasileiro não existe, alias, os que existem (os indigenas), esses sim os verdadeiros Brasileiros, eram os únicos que lá viviam.Mas esses não contam na sociedade brasileira.
Posto isto, este acordo nem sequer tenta incluir regras angolana, ou moçanbicanas.
Só Brasileiro.
A origem do Brasileiro é o português.Existem muitas palavras que não faz sentido alterar.
Os brasileiros têm dialectos próprios.Basta colocarem um paulista e um caroca a falarem, e verão que existe grandes diferenças.
Portugal tem além disso um nóbel da literatura.É criminoso esta subordinação, a um país sem reconhecimento literario.
Nós nunca haveremos de falar brasileiro.
O acordo ortográfico foi um gesto politico de submissão.
Além disso, o que fazer aos milhoes de livros que existem ?, queimam-se ?
As crianças ficam proibidas de ler livros comprados e oferecidos há 2 anos, por exemplo ?
Os meus filhos tem mais de 100 livros, muitos herdados de mim.O que fazer ?
Nem Salazar andou com estas submissões.
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