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Caldeirão da Bolsa

Situação na Grécia - Tópico Geral

Espaço dedicado a todo o tipo de troca de impressões sobre os mercados financeiros e ao que possa condicionar o desempenho dos mesmos.

por Marco Martins » 1/2/2012 11:51

A soberania de um país é o que identifica essa zona como um país!

Desde o momento que essa soberania seja posta em causa, é como um sinal de guerra ou conquista.

Portugal passou pela mesma situação quando pediu dinheiro aos Ingleses (onde a proposta deles seria terem um comissário cá a tempo inteiro) e optou pela miséria e tratar das suas contas sozinho.
 
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por Automech » 1/2/2012 11:23

AVMac Escreveu:Portugal recebe a ajuda em tranches, penso que a Grécia também. O que se deve fazer é retirar consequências das avaliações negativas. Tem avaliação negativa, não cumpre o acordo estabelecido, logo não recebe a próxima tranche. Esta é outra das minhas propostas.


Claro que a avaliação tem sido negativa, senão não havia esta conversa do comissario. Nesse caso já percebi que o que defendes é a bancarrota da Grécia, uma vez que será isso que irá acontecer se não receberem nova tranche. Assim já se percebe a tua posição. :wink:

AVMac Escreveu:Os países são livres de cumprirem ou não os acordos, mas depois têm de assumir as consequências. O que parece é que, com o comissário a Alemanha quer que a Grécia cumpra o acordo. Mas e se a Grécia não quer cumprir, que direito temos nós de obriga-los?

Não, a Alemanha não quer que a Grécia cumpra o acordo. A Alemanha quer é um comissário a controlar, caso os Gregos queiram o dinheiro. Se não quiserem o comissario, não levam o dinheiro. É simples.
Ninguém obriga os Gregos a abdicar da soberania. Basta recusarem o dinheiro, entrarem em banca rota e serem soberanos falidos. Aí não há nenhum comissário a 'chatear'.


AVMac Escreveu:A boa vontade da Grécia em cumprir os acordos não se consegue avaliar de forma fidedigna em 6 semanas, logo, a questão aqui é se queremos confiar ou não.

Boa vontade ? Mas alguém empresta dinheiro baseado na boa vontade ? Ainda por cima a um país que não cumpriu um chavo do acordado e em que o povo não da mostras de querer cumprir o que quer que seja ?

O que os Gregos têm de decidir é se querem o dinheiro para as obrigações de dia 20 ou não. Se querem levam com o comissário. Se não querem, entram em bancarrota. A escolha é deles. Ninguém obriga ninguém a nada.

O que eles querem é sol na eira e água no nabal. :wink:
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por AVMac » 1/2/2012 11:05

AutoMech Escreveu:Sabendo que a Grécia precisa do dinheiro qual é então a tua proposta ?

Que a Europa mande mais dinheiro, mesmo sabendo que os Gregos não cumpriram um chavo do acordo anterior ? E que se mande esse dinheiro sem a tal atitude 'paternalista' de controle ? Então fazemos o quê ? Dizemos "Epá, vejam lá se desta vez cumprem ?"

É natural que quem dê o dinheiro exija condições. O O que os Gregos querem sabemos nós. É ter o dinheiro e não ter qualquer controle.


A minha proposta é muito simples: não alocar um comissário para controlar as contas gregas, para isso temos as avaliações trimestrais.

Faltam cerca de 6 semanas para o dia 20 de Março. Até lá o comissário europeu, que ainda nem nomeado está e cuja nomeação parece ainda uma nebulosa, consegue fazer alguma coisa? Eu considero que não.
Independentemente do que seja decidido e daquilo que seja o plano alemão, em 6 semanas um governo não consegue fazer muito, logo a questão é: será que a Alemanha quer confiar nos gregos ou não?

Portugal recebe a ajuda em tranches, penso que a Grécia também. O que se deve fazer é retirar consequências das avaliações negativas. Tem avaliação negativa, não cumpre o acordo estabelecido, logo não recebe a próxima tranche. Esta é outra das minhas propostas.

Os países são livres de cumprirem ou não os acordos, mas depois têm de assumir as consequências. O que parece é que, com o comissário a Alemanha quer que a Grécia cumpra o acordo. Mas e se a Grécia não quer cumprir, que direito temos nós de obriga-los?

Resumindo, o efeito do comissário é a longo prazo e para isso temos as avaliações trimestrais. A boa vontade da Grécia em cumprir os acordos não se consegue avaliar de forma fidedigna em 6 semanas, logo, a questão aqui é se queremos confiar ou não. O que se sabe de certeza, até agora, é que dia 20 de Março há obrigações para reembolsar e não há dinheiro para as pagar.
 
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por nook » 1/2/2012 9:11

Atenas "a um passo" de acordo com sector privado
01 Fevereiro 2012 | 00:01
Eva Gaspar - egaspar@negocios.pt


O ministro das Finanças da Grécia, Evangelos Venizelos (na foto), garantiu ontem que um acordo com o sector privado para reduzir significativamente o valor da dívida pública de Atenas está praticamente fechado. "Eu diria que é uma mera formalidade", avançou ontem o responsável pelas contas públicas gregas.

http://www.jornaldenegocios.pt/home.php ... &id=535187
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por PMACS » 31/1/2012 13:21

Marco Martins Escreveu:As pessoas vão aguentando até certo limite... mas certamente surgirá um líder que dê esperança de um país e mundo melhores do que aquele para onde caminhamos...

Será um novo Hitler ou um novo Salazar ou Franco, que seguirá inicialmente o mesmo ideal de cada um deles, que era dar ao seu povo um novo rumo e um melhor país...

Parece-me que cada vez mais as pessoas se estão a preparar para que isso aconteça e não faltará muito...

As mudanças drásticas não são uma opção, mas sim um conjunto de factores que potenciam um conjunto acções baseadas numa esperança que se torna colectiva...


Não sei o que será pior!

Esquerda vai voltar ao poder em 10 anos

Dentro de uma década, "quando os maiores problemas económicos estiverem resolvidos e a sociedade mais desigual", a esquerda vai voltar ao poder, embora se debata com grandes desafios, afirmaram dois politólogos, um alemão e outro britânico.

Em dez anos, "quando os maiores problemas económicos estiverem resolvidos e a sociedade ainda mais desigual, as possibilidades para a esquerda [voltar ao poder] não são assim tão más", acredita Wolfgang Merkel, investigador do Social Science Research Center (Alemanha).

Fazendo uma prospetiva da cena política a cinco ou dez anos, Merkel acredita que a Europa tem "uma boa oportunidade de sair da crise", embora reconheça que "os custos sociais vão ser altos e [que] o seu peso vai cair sobretudo nas classes mais baixas".

Luke March, professor da Universidade de Edimburgo (Reino Unido) concorda. Daqui a cinco a dez anos, "a esquerda vai estar ainda mais dentro do jogo do que agora" mas debate-se com uma série de desafios, alerta.

Em declarações à Agência Lusa, o investigador reconhece que "o argumento de como lidar com a crise tem sido ganho pela direita" até porque "as pessoas percebem que há grandes dívidas" que têm de ser pagas. Neste aspecto, prossegue, o problema dos partidos de esquerda é que "a maioria dos seus programas são para gastar mais através do Estado". Ora, "numa altura em que os Estados devem um elevado montante, como é que isso se justifica?", interroga.

O alemão Wolfgang Merkel estima que, em resultado da crise financeira internacional, as classes média e baixa vão afastar-se da política e perder rendimentos, ao mesmo tempo que o Estado social vai encolher.

Serão tempos ainda mais difíceis para as classes na base da pirâmide social: "Aqueles que já não estão a votar são da classe baixa, não são os que têm educação e rendimentos elevados. Por isso, a democracia direta está a tornar-se cada vez mais uma democracia a 50%, [que] exclui as classes baixas", alerta.

Face a este cenário, cabe aos partidos de esquerda pugnar por "um Estado que ajude a desenvolver as capacidades dos indivíduos", defende o politólogo, que sublinha que não tem "qualquer relação familiar, ou tão pouco política", com a chanceler alemã, sendo o apelido "a única coisa em comum" com a outra Merkel.

Os investigadores estiveram quinta-feira em Lisboa para participar na conferência "A esquerda europeia: conquistas, falhanços e desafios", que decorreu no Instituto Superior das Ciências do Trabalho e da Empresa (ISCTE), em Lisboa. O evento foi organizado pelo Departamento de Ciência Política e Políticas Públicas do ISCTE,
pela Fundação Friedrich Ebert e pela Cavalo de Ferro Editores.
http://economico.sapo.pt/noticias/esque ... 36852.html
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por Marco Martins » 31/1/2012 13:08

As pessoas vão aguentando até certo limite... mas certamente surgirá um líder que dê esperança de um país e mundo melhores do que aquele para onde caminhamos...

Será um novo Hitler ou um novo Salazar ou Franco, que seguirá inicialmente o mesmo ideal de cada um deles, que era dar ao seu povo um novo rumo e um melhor país...

Parece-me que cada vez mais as pessoas se estão a preparar para que isso aconteça e não faltará muito...

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Re: Portugrécia desemprego jovens

por MiamiBlue » 31/1/2012 12:52

bonsinvestimentos Escreveu:Imagem


Talking about a revolution..


Palavras de Paul Krugman

[quote]O economista, que trabalho em Portugal durante os anos 1970, diz- ainda que “o que é enfurecedor nesta tragédia é que era completamente desnecessária”. Segundo explica, há cerca de meio século, qualquer economista ou qualquer estudante que tivesse lido Economics, de Paul Samuelson, poderia dizer que austeridade em cima de uma depressão era “uma muito má ideia”.

Mas agora “decisores políticos, analistas e muitos economistas decidiram, em grande medida por razões políticas, esquecer-se do que antes sabiam”, e “milhões de trabalhadores estão a pagar o preço por esta amnésia intencional”.[quote]

Se fosse um português a dizer estas palavras era logo apelidado de comunista, irrealista, louco, etc..

Volto a bater na tecla, Portugal e Grécia têm problemas mas a estratégia da Alemanha é um erro craso que está a levar-nos a todos para o buraco.

Por isso, volto a bater na tecla, até quando vamos continuar a bajular a Sr.ª Merckl
Editado pela última vez por MiamiBlue em 31/1/2012 13:15, num total de 3 vezes.
 
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Portugrécia desemprego jovens

por bonsinvestimentos » 31/1/2012 12:39

Imagem


Talking about a revolution..
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por Sinner » 31/1/2012 2:03

artista1939 Escreveu:http://aeiou.expresso.pt/jardim-pede-independencia-da-madeira=f676063

Anseio e desejo, claramente.

-----Quanto à notícia, O AJJ diz:
“Alberto João Jardim disse que se o Estado português vê a Madeira e o Continente como "dois países", então que dê a "independência" ao arquipélago.
Concordo com ele.
-----Quanto à ditadura:
"A democracia é a pior forma de governo, salvo todas as demais formas que têm sido experimentadas de tempos em tempos". Winston Churchill
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por artista1939 » 31/1/2012 1:49

disclaimer: isto é a minha opinião, se não gosta ponha na beira do prato. Se gosta e agir baseado nela, quero deixar claro que o está a fazer por sua única e exclusiva conta e risco.

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por Sinner » 31/1/2012 1:47

artista1939 Escreveu:Depois, eu defendo que a independência deve ser dada à Madeira, caso o AJJ a volte a pedir. A Grécia já é independente.

-----Nunca vi o AJJ a dizer que queria a independência (corrijam-me se estiver errado), até pelo contrário.
-----Se no Continente quisermos abandonar a Madeira como fizemos em alguns locais nos anos 70, então agradeço que me deixem optar e virar Madeirense.


artista1939 Escreveu:Se tudo falhar? A Grécia que saia do Euro. Se tudo falhar com Portugal, pois que saia também.
Já há muito tempo se diz que o que nasce torto jamais se endireita. Tanto serve para o projecto Europeu como para o Portugal democrático.

-----Parece-me um saudosismo da ditadura?!?! Ou um desejo?
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por artista1939 » 31/1/2012 1:35

Mas a Madeira ainda é Portugal. A Grécia já não é a Alemanha. Já foi.

Depois, eu defendo que a independência deve ser dada à Madeira, caso o AJJ a volte a pedir. A Grécia já é independente.

O que digo da Madeira não tem paralelismo com o que os alemães possam pensar da Grécia.

Se tudo falhar? A Grécia que saia do Euro. Se tudo falhar com Portugal, pois que saia também.
Já há muito tempo se diz que o que nasce torto jamais se endireita. Tanto serve para o projecto Europeu como para o Portugal democrático.
disclaimer: isto é a minha opinião, se não gosta ponha na beira do prato. Se gosta e agir baseado nela, quero deixar claro que o está a fazer por sua única e exclusiva conta e risco.

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por Automech » 31/1/2012 1:22

artista1939 Escreveu:
AutoMech Escreveu:
artista1939 Escreveu:O AJJ, bom, esse é o meu assunto de estimação. Acho que o AJJ deveria ter tudo o que pede, a começar pela independência.

Esse será o pensamento de muitos alemães em relação á Grécia e a Portugal.



A interpretação que fiz não faz sentido. Podes explicar o que quiseste dizer?


Basicamente o que um alemão contribuinte pensará neste momento é que os seus impostos estão a ser enviados para uns Gregos que querem a soberania, não querem controle, que não cumprem e, sendo assim, mais vale ficarem com essa soberania e desenrascarem-se sozinhos.

Este pensamento dos alemães é idêntico ao teu pensamento sobre o AJJ.

É por isso que eu acho que há opiniões diferentes consoante o assunto seja Alemanha ou Madeira.

Se for Alemanha vs Grécia são os alemães que se estão a meter na soberania Grega, o que é ilegítimo.

Se formos nós a tentar controlar o AJJ já se acha bem porque o bandido é só gastar.

Embora num caso seja autonomia e noutro soberania, a lógica é a mesma. Há alguém que paga e alguém que recebe. Mas as opiniões são diferentes, curiosamente.
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por Automech » 31/1/2012 1:15

AVMac Escreveu:Os Gregos têm de saber que da forma que criaram esta confusão, são ele que a têm de resolver.
O apoio foi oferecido, os compromissos foram estabelecidos. A Grécia conhece os riscos de entrar em incumprimento e sair da união monetária. Logo, a decisão seria muito simples: ou fica e cumpre os acordos estabelecidos ou continua como até aqui e sai da união monetária.


Mas AVMac, essa é precisamente a questão. O apoio está a ser (novamente) oferecido, mas mediante condições diferentes e mais apertadas, atendendo ao falhanço anterior. Condições essas que tu antes comentaste como:
AVMac Escreveu:Não era a Europa adotar uma postura paternalista e colocar em Atenas, um comissário a controlar as contas, qual pai a controlar o filho rebelde.


Sabendo que a Grécia precisa do dinheiro qual é então a tua proposta ?

Que a Europa mande mais dinheiro, mesmo sabendo que os Gregos não cumpriram um chavo do acordo anterior ? E que se mande esse dinheiro sem a tal atitude 'paternalista' de controle ? Então fazemos o quê ? Dizemos "Epá, vejam lá se desta vez cumprem ?"

É natural que quem dê o dinheiro exija condições. O O que os Gregos querem sabemos nós. É ter o dinheiro e não ter qualquer controle.
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por artista1939 » 31/1/2012 1:12

AutoMech Escreveu:
artista1939 Escreveu:O AJJ, bom, esse é o meu assunto de estimação. Acho que o AJJ deveria ter tudo o que pede, a começar pela independência.

Esse será o pensamento de muitos alemães em relação á Grécia e a Portugal.



A interpretação que fiz não faz sentido. Podes explicar o que quiseste dizer?
disclaimer: isto é a minha opinião, se não gosta ponha na beira do prato. Se gosta e agir baseado nela, quero deixar claro que o está a fazer por sua única e exclusiva conta e risco.

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por Automech » 31/1/2012 1:08

artista1939 Escreveu:Emprego-Alemanha parte1: http://www.youtube.com/watch?v=5u6DN85xaPk

penso que existem mais 2. Vi apenas metade da primeira.


É um documentário altamente tendencioso, como se toda a gente na Alemanha tivesse empregos a fechar caixas de cartão. Claro que esse é um tipo de emprego facilmente substituível e que se presta a esquemas. Não serve de amostra.

artista1939 Escreveu:Nos inícios desta crise falou-se que a Grécia tinha cerca de 60 mil milhões em activos passíveis de serem privatizados. Nunca mais ouvi falar disso e se calhar é por aí que eles têm de começar o trabalho.

É de outra forma mas acabam por estar a forçar também a perda de soberania nacional sobre essas empresas. Dificilmente os grupos económicos gregos estarão em condições (ou quererão) ir às privatizações.


artista1939 Escreveu:O AJJ, bom, esse é o meu assunto de estimação. Acho que o AJJ deveria ter tudo o que pede, a começar pela independência.

Esse será o pensamento de muitos alemães em relação á Grécia e a Portugal.

artista1939 Escreveu:No entanto, também é facto que a negociação do resgate à Madeira decorreu de forma pacifica. Vi um AJJ cansado, resignado e pronto para iniciar o trabalho no feudo, respeitando os resultados da negociação.

Por agora sim, mas eu quero ver é as reacções ao AJJ se daqui a 1 ano nada do que ele tiver acordado se verificar (tal como na Grécia) e ele vier pedir mais dinheiro.

Sabendo que as contas da Madeira estão descontroladas, ninguém imaginaria nós a mandarmos dinheiro para lá, sem impor condições, certo ? Mas já nos insurgimos quando os Alemães querem mandar bitaites. É isso que observo na maioria das pessoas que acham que ninguém manda aqui, como se fossemos auto suficientes.
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por AVMac » 31/1/2012 0:56

Um país tem de assumir a consequência dos seus actos. Nós e os Gregos estamos na situação que estamos por culpa nossa, afinal compramos os BMW porque quisemos, assim como compramos os submarinos porque o nosso governo na altura quis.

Os Gregos têm de saber que da forma que criaram esta confusão, são ele que a têm de resolver.
O apoio foi oferecido, os compromissos foram estabelecidos. A Grécia conhece os riscos de entrar em incumprimento e sair da união monetária. Logo, a decisão seria muito simples: ou fica e cumpre os acordos estabelecidos ou continua como até aqui e sai da união monetária.

É muito mais simples quando as coisas são colocadas assim com hipóteses claras do que quando se mete perdas de soberania que podem levar ao desenvolvimento de uma nova vaga de nacionalismo.
Também sei que o incumprimento da Grécia teria efeitos sistémicos, mas talvez o seu efeito não fosse tão grave como os efeitos futuros destes precedentes que se estão a criar. Acredito que estamos a resolver o imediato e a criar algo pior para o futuro.

Relativamente à Madeira, temos de ver que é uma região autónoma e que, como tal, estabelecer um maior controlo orçamental é algo que está no pleno direito do governo da república. Se a Madeira, mais concretamente o seu governo, quer ser a única autoridade no arquipélago, então o caminho é a independência, não é a manutenção da autonomia.
 
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por artista1939 » 31/1/2012 0:48

Emprego-Alemanha parte1: http://www.youtube.com/watch?v=5u6DN85xaPk

penso que existem mais 2. Vi apenas metade da primeira.

Nos inícios desta crise falou-se que a Grécia tinha cerca de 60 mil milhões em activos passíveis de serem privatizados. Nunca mais ouvi falar disso e se calhar é por aí que eles têm de começar o trabalho.

O AJJ, bom, esse é o meu assunto de estimação. Acho que o AJJ deveria ter tudo o que pede, a começar pela independência. Não admito que um tipo venha, num dia, pôr em causa a composição do país, para no dia seguinte desdizer. No entanto umas semanas depois volta a usar do discurso da independência só porque lhe dá jeito. No entanto, também é facto que a negociação do resgate à Madeira decorreu de forma pacifica. Vi um AJJ cansado, resignado e pronto para iniciar o trabalho no feudo, respeitando os resultados da negociação.

Só como nota gostaria de referir que não revejo os madeirenses no AJJ, pelo que quando refiro AJJ estou a falar apenas do individuo.
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por Automech » 31/1/2012 0:29

Os Gregos não são demiolados nenhuns. Tiveram inteligência (e muita) para aldrabarem as contas e todos os parceiros durante muito tempo. Honra lhes seja feita.

Eu só não percebo é que alternativa defendem os que se opõem à perda de soberania. Que os alemães continuem a mandar o dinheiro sem condições ? Quem os países abandonem o Euro ? Que abandonem a UE ?

Será que defendem o mesmo relativamente à Madeira ? Continuar a mandar dinheiro para o AJJ gastar à vontade sem ter de prestar contas nem de abdicar de nada ?
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por artista1939 » 31/1/2012 0:22

Um dos corolários desta crise, na minha opinião, foi o facto de pela primeira vez na história recente terem sido legitimados governos sem sufrágio em países tidos como democráticos. Sendo que um deles é o actual governo do berço da democracia. Confesso que quando assisti à posse do novo governo grego, fiquei apreensivo pelo precedente que se estava a dar. Depois veio a Itália.

Não me parece ser um corolário particularmente feliz ou que mereça qualquer tipo de honras.

Agora, parece que se está a preparar tudo para avançarmos para outro corolário nada recomendável.
Ainda que haja países que não cumpram (ou sejam forçados a não cumprir?) não me parece que pedir a soberania da pasta das finanças de um estado, em troca de dinheiro, seja democrático.
Compreendo, de alguma forma, a razão de muitos ao dizerem que a Alemanha fartou-se de dar dinheiro aos POORCOS e que estes não sabem controlar-se, no entanto tenho dúvidas que essa seja toda a verdade. Até porque a Alemanha, ao que se foi e vai lendo, também não jogou limpo.
No entanto isto não é forma de se fazerem as coisas. Os gregos podem ser muita coisa, mas não acredito que sejam os desmiolados que todos querem fazer crer. Vai longe o tempo que dei para esse peditório, e acho estranho que muitos ainda comprem desse peixe.
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por Automech » 31/1/2012 0:13

sub-x Escreveu:ganham o poder de decisão sobre esse país, tiram-lhe gentilmente a soberania.

Ahh, então foram os alemães que obrigaram os idiotas a comprar submarinos e BMWs, certo ? Bandidos. Coitados dos nossos governantes.
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por silviosilva2 » 31/1/2012 0:10

ganham o poder de decisão sobre esse país, tiram-lhe gentilmente a soberania.
 
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por Automech » 31/1/2012 0:05

sub-x Escreveu: ganharam o dinheiro de volta com valor acrescentado e uma divida.

Deve servir de muito terem ganho uma dívida se o pais não a puder pagar.
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por silviosilva2 » 30/1/2012 23:54

concordo com o AVmac, os alemães iriam pensar a curto prazo e nao de forma a relançar a economia em portugal. enviaram euros e escudos pra podermos comprar bmw's, submarinos, e outros produtos alemães que lhes encheram os bolsos, ganharam o dinheiro de volta com valor acrescentado e uma divida.

não só em portugal mas em toda a europa a população está a envelhecer e portanto produz menos, com menos jovens a unica solução é a educação, para fazer rentablizar ao maximo a mão de obra.
 
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por Automech » 30/1/2012 23:43

AVMac Escreveu:Um Alemão cá, na minha visão, era uma espécie de gestor de falência. Governava de forma a garantir o pagamento das dívidas, com um custo social elevado, e no final ia embora. É certo que estaríamos com menos dividas, mas também acredito que estaríamos numa condição mais miserável que aquela que temos hoje.

Há pessoas competentes neste país, pelo menos eu quero acreditar que sim. Em vez de exigirmos um comissário deveríamos sim apostar na educação das massas para que no momento do voto houvesse uma decisão mais fundamentada, para que as pessoas deixassem de se preocupar com as novelas e com o futebol e tomassem consciência da realidade do país.

Um sociedade mais esclarecida teria uma maior capacidade de mobilização e, por consequência, teria uma maior capacidade de exigir aos partidos que dentro das suas estruturas selecionassem para os cargos elegíveis pessoas realmente competentes, com pensamento político, com provas dadas e não políticos que vão para a assembleia ver o facebook.



É uma visão romântica, que naturalmente respeito, mas que não passa disso mesmo. Wishful Thinking.
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