TDT em Portugal será como em Espanha?
Ti Salvador Mano Escreveu:Antena TDT - Como Fazer uma Antena tdt Caseira em 5 minutos
http://www.youtube.com/watch?feature=pl ... hLxxCOfjY#
Convém notar que para a generalidade dos casos (da população abrangida) a antena não serve para nada sem descodificador digital.
O essencial é mesmo o descodificador porque o cliente tipo atingido por esta alteração tem equipamentos antigos que não têm entradas digitais, só analógicas.
FLOP - Fundamental Laws Of Profit
1. Mais vale perder um ganho que ganhar uma perda, a menos que se cumpra a Segunda Lei.
2. A expectativa de ganho deve superar a expectativa de perda, onde a expectativa mede a
__.amplitude média do ganho/perda contra a respectiva probabilidade.
3. A Primeira Lei não é mesmo necessária mas com Três Leis isto fica definitivamente mais giro.
Antena TDT - Como Fazer uma Antena tdt Caseira em 5 minutos
http://www.youtube.com/watch?feature=pl ... hLxxCOfjY#
http://www.youtube.com/watch?feature=pl ... hLxxCOfjY#
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Elias Escreveu:EALM,
Há aqui um aspecto que me parece essencial: partindo do princípio (que me parece realista) que a maioria dos espectadores deste canal se situam em África e no Brasil, porque raio é que tem de ser Portugal a sustentar isso?. Se há interesse desses países em ver esse canal, então eles que o sustentem também.
Não estou contra a manutenção do Euronews se o serviço for sustentável. O que estou contra é sermos nós a pagar (via impostos) para outros países terem esse serviço de borla. É que se o financiamento fosse feito na proporção das respectivas audiências, se calhar não tínhamos de pagar 2 milhões mas apenas um décimo disso.
Tudo bem, também estou de acordo que, por exemplo a CPLP possa ser envolvida, mas há desenvolvimentos nesse sentido?
Para mim a questão é: deve ou não ser a Euronews encarada como uma ferramenta de serviço público (dentro da TDT nacional, em breve) e uma ferramenta de promoção da língua e do País no Exterior? Lembro-te que este canal veicula notícias sobre Portugal no Brasil, não notícias do Brasil no Brasil, pelo que estes países podem não encontrar razão para o financiar- ou seja, o canal promove a Europa e Portugal!
- Que canal Internacional me consegues encontrar com esta audiência e com esta cobertura que custe apenas 1,8 Milhões de Euros / ano? Este custo é baixíssimo. Deitar isto fora é uma tolice.
Dei-te o exemplo do gasto da Anacom (6 Milhões) em papeis de promoção da TDT... ISto é um absurdo.
Não se trata do custo do canal que é ridiculamente baixo, trata-se, a meu ver, de eliminar toda e qualquer opção gratuita a ver Televisão em Português que não passe pela subscrição da TV paga!
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EALM,
Há aqui um aspecto que me parece essencial: partindo do princípio (que me parece realista) que a maioria dos espectadores deste canal se situam em África e no Brasil, porque raio é que tem de ser Portugal a sustentar isso?. Se há interesse desses países em ver esse canal, então eles que o sustentem também.
Não estou contra a manutenção do Euronews se o serviço for sustentável. O que estou contra é sermos nós a pagar (via impostos) para outros países terem esse serviço de borla. É que se o financiamento fosse feito na proporção das respectivas audiências, se calhar não tínhamos de pagar 2 milhões mas apenas um décimo disso.
Há aqui um aspecto que me parece essencial: partindo do princípio (que me parece realista) que a maioria dos espectadores deste canal se situam em África e no Brasil, porque raio é que tem de ser Portugal a sustentar isso?. Se há interesse desses países em ver esse canal, então eles que o sustentem também.
Não estou contra a manutenção do Euronews se o serviço for sustentável. O que estou contra é sermos nós a pagar (via impostos) para outros países terem esse serviço de borla. É que se o financiamento fosse feito na proporção das respectivas audiências, se calhar não tínhamos de pagar 2 milhões mas apenas um décimo disso.
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Não estás a perceber.
O Euronews é um canal gratuito por satélite de alcance Mundial. Eu vejo-o por satélite e conheço, só eu, mais 5 pessoas a fazê-lo. Isto em Portugal! Nenhum de nós tem cabo ou tv paga por satélite. Talvez por isso se tenham virado contra este canal.
Mas sim, os 800 mil espectadores deverão ser em todo o mundo, (também não acredito que seja somente em Portugal, mas mantive a citação) sobretudo em África e Brasil onde o Euronews tem vindo a conquistar progressivamente mais público. Isto eu sei que é verdade.
EuroNews é um caso de sucesso é inegável, o´Elias. Vais contrariar isso? O serviço em Português vai à boleia deste sucesso, mas não só - também tem mercado próprio. Não foi por acaso que o responsável máximo da Euronews veio a Portugal para tentar encontrar uma solução. O Serviço em Português também é importante para eles - daí termos o preço mais baixo de todas as línguas!
Tu não conheces o panorama grátis por satélite, nem o advento do FTA. No Reino Unido o Euronews foi recentemente incluido em Português, e não faltam exemplos por essa Europa de conquistas do Euronews. Se cá o ignoramos, culpa nossa.
O mercado Africano e sul-Americano só agora começou e ser expplorado e já tem sucesso. Até no meu Android já tenho o Euronews em Portugues - curioso, a aplicação é brasileira...
O Euronews é um canal gratuito por satélite de alcance Mundial. Eu vejo-o por satélite e conheço, só eu, mais 5 pessoas a fazê-lo. Isto em Portugal! Nenhum de nós tem cabo ou tv paga por satélite. Talvez por isso se tenham virado contra este canal.
Mas sim, os 800 mil espectadores deverão ser em todo o mundo, (também não acredito que seja somente em Portugal, mas mantive a citação) sobretudo em África e Brasil onde o Euronews tem vindo a conquistar progressivamente mais público. Isto eu sei que é verdade.
EuroNews é um caso de sucesso é inegável, o´Elias. Vais contrariar isso? O serviço em Português vai à boleia deste sucesso, mas não só - também tem mercado próprio. Não foi por acaso que o responsável máximo da Euronews veio a Portugal para tentar encontrar uma solução. O Serviço em Português também é importante para eles - daí termos o preço mais baixo de todas as línguas!
Tu não conheces o panorama grátis por satélite, nem o advento do FTA. No Reino Unido o Euronews foi recentemente incluido em Português, e não faltam exemplos por essa Europa de conquistas do Euronews. Se cá o ignoramos, culpa nossa.
O mercado Africano e sul-Americano só agora começou e ser expplorado e já tem sucesso. Até no meu Android já tenho o Euronews em Portugues - curioso, a aplicação é brasileira...
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EALM Escreveu:"O "Euronews", canal europeu de notícias, foi criado em 1993. Hoje, é visto em mais de 150 países em todo o mundo, chegando a 350 milhões de lares por via hertziana, digital, cabo ou satélite."
Chega?
Estava a referir-me ao serviço em português...
EALM Escreveu:Em Portugal, o serviço em português é visto diariamente por 800 mil telespectadores, que aí têm uma oportunidade única de se familiarizarem, entre diversos temas, com o andamento da construção europeia.
Eu gostava muito de saber qual é a fonte destes números. E em que países se encontram esses 800 mil espectadores... Em Portugal não é certamente.
http://www.brandconnection.pt/Conhecime ... nce_TV.pdf
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Elias Escreveu:
Para mim a questão essencial é esta: qual é a audiência deste canal? Até que ponto se justifica a sua manutenção?
"O "Euronews", canal europeu de notícias, foi criado em 1993. Hoje, é visto em mais de 150 países em todo o mundo, chegando a 350 milhões de lares por via hertziana, digital, cabo ou satélite."
Chega?
Mais extractos da petição, mas são dados públicos que podem ser corroborados por outras fontes:
"O "Euronews" é a montra informativa da Europa e da União Europeia, 24 horas por dia, 7 dias por semana, 365 dias por ano. É uma história de sucesso. Os seus custos são baixos, com um orçamento modesto face à dimensão do trabalho realizado e à projecção já alcançada – um relatório da Comissão Europeia reconheceu expressamente que a sua relação custo/eficácia é ímpar na Europa. Só na Europa, é seguido por 7 milhões de telespectadores por dia, quatro vezes mais que a CNN e oito vezes mais que a BBC World. Em Portugal, o serviço em português é visto diariamente por 800 mil telespectadores, que aí têm uma oportunidade única de se familiarizarem, entre diversos temas, com o andamento da construção europeia.
O serviço em língua portuguesa projecta permanentemente em todo o mundo a nossa língua, em coerência com o estatuto do Português como terceira língua europeia global – aquela das línguas europeias que é a terceira mais falada em todo o mundo como língua oficial. Não é preciso dizê-lo; basta vê-lo e ouvi-lo.
O "Euronews" em língua portuguesa é a imagem e o corpo, em directo e em contínuo, na televisão para todo o mundo, do Português-língua-da-Europa. Além disso, a existência do departamento português do canal assegura a produção regular também de conteúdos portugueses, que são depois difundidos igualmente para todo o mundo, em todas as diferentes versões linguísticas do canal.
Actualmente, o custo para Portugal da produção do "Euronews" em Português não chega a 2 milhões de euros por ano, que são assegurados através da RTP, televisão pública de serviço público e accionista do "Euronews". É a continuidade desta verba que foi posta em causa.
Face aos benefícios alcançados e à projecção assegurada, o custo anual de 2 milhões de euros não pode ser considerado elevado: corresponde ao investimento de 2 cêntimos/ano por cada lar atingido. O valor pago ao "Euronews" para os novos participantes com versões linguísticas próprias é de 6 milhões de euros anuais, o triplo do custo actual para Portugal."
- Se há caso de dinheiro bem gasto (pouquíssimo) é este.
A ANACOM gastou recentemente 6 milhões de euros em folhetos para nos impingir a TDT.
- Dava para 3 anos de emissões do EuroNews em Português, quer em Portugal, quer no resto do Mundo.
A maioria das pessoas em Portugal não tem noção do que é o EuroNews nem do quanto ele e´visto.
Eu, como não tenho TV paga, é o 3º canal que mais vejo a seguir aos 2 da RTP. Assim como existem muitas pessoas não só na Europa mas também África, América e Ásia.
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EALM Escreveu:Mais um episódio desastroso...
Por favor ajudem para impedir que este canal em língua Portuguesa desapareça, assinando esta petição:
http://www.peticaopublica.com/?pi=eunewspt
EALM,
Para mim a questão essencial é esta: qual é a audiência deste canal? Até que ponto se justifica a sua manutenção?
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EALM Escreveu:Mais um episódio desastroso...
Por favor ajudem para impedir que este canal em língua Portuguesa desapareça, assinando esta petição:
http://www.peticaopublica.com/?pi=eunewspt
Por mim, e tendo em conta que custa cerca de 2M€/ano, pode acabar JÁ

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Mais um episódio desastroso...
Por favor ajudem para impedir que este canal em língua Portuguesa desapareça, assinando esta petição:
http://www.peticaopublica.com/?pi=eunewspt
Por favor ajudem para impedir que este canal em língua Portuguesa desapareça, assinando esta petição:
http://www.peticaopublica.com/?pi=eunewspt
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TDT: Quatro canais gratuitos em vez de 50
14 de Janeiro, 2012
Na quinta-feira as populações de 25 concelhos dos distritos de Lisboa, Setúbal e Beja deixaram de ter televisão analógica. Foi a primeira fase do início da Televisão Digital Terrestre (TDT), que se vai estender a todo o território nacional até 26 de Abril.
«Acabámos de dar um passo muito importante em termos tecnológicos», disse o ministro Miguel Relvas, que assistiu no Castelo de Palmela ao ‘apagão’, para o qual muitos portugueses só agora se começaram a preparar. Segundo a ANACOM (Autoridade Nacional de Comunicações), «só nas últimas semanas centenas de milhares de famílias terão feito a migração».
Inicialmente, estava previsto que deixasse de haver televisão analógica em todo o litoral esta semana, mas o atraso na compra dos equipamentos necessários para receber o sinal digital levou a ANACOM a desdobrar a primeira fase de ‘apagamento’, «para garantir uma melhor operacionalização e monitorização» do processo.
1. Quais as oportunidades perdidas da TDT?
A TDT abre espaço para quase 50 novos canais. Mas os portugueses não vão beneficiar disso quando acabar a TV analógica. Tudo porque o Governo ainda não decidiu o que fazer com as frequências criadas pela nova tecnologia.
Só no Multiplexer A – no qual estão as frequências da RTP, SIC e TVI – vai haver espaço para quatro ou cinco novos canais.
A essas frequências juntam-se mais cinco multiplexers (cada um dos quais com oito ou nove canais) que foram atribuídos por concurso público à PT, mas que acabaram por ser ‘devolvidos’ ao Estado, uma vez que a operadora desistiu de ficar com eles. Neste momento, o espaço que está livre está nas mãos das operadoras de telemóvel, para a tecnologia 4G – tendo o Estado ganho 270 milhões de euros com a operação.
Ao SOL, o gabinete do ministro Miguel Relvas recusou adiantar que planos tem o Governo para estas frequências.
2. O que ganha Portugal com a TDT?
Segundo a ANACOM, as vantagens são a melhoria da qualidade de som e imagem e as novas funcionalidades que até aqui apenas estavam disponíveis para quem tinha televisão paga: guia electrónico de programação, gravação de programas e pausa de imagem, consoante as características do descodificador que se compre.
Quem estava em zonas do interior onde não recebia bem o sinal dos quatro canais generalistas, vai poder passar a vê-los em óptimas condições. O problema é que, nestas regiões, muitos são os que estão a orientar as antenas para Espanha, optando por deixar de ver a televisão portuguesa.
3. Qual a situação no resto da Europa?
A recomendação de passar para a TDT partiu da União Europeia, mas Portugal é dos últimos Estados-membros – ao lado do Reino Unido, da Itália e da Grécia – a desligar a televisão analógica. Os primeiros a avançar foram o Luxemburgo e a Holanda, em 2006.
Apesar da recomendação para que os países façam o switch-off este ano, o que regula as frequências de televisão é o Acordo de Genebra de 2006, que dá protecção às emissões analógicas até 17 de Junho de 2015. Daí que na Bulgária, por exemplo, o concurso para a TDT deva arrancar apenas em 2014.
A grande diferença é que em quase todos os países ter TDT significa ter mais canais gratuitos. «Os canais públicos têm sido uma solução recorrente na Europa para estimular as pessoas a migrarem para a TDT. Seria possível, por exemplo, colocar o canal Parlamento na ‘televisão aberta’», afirma ao SOL Sérgio Denicoli, professor da Universidade do Minho, que se questiona no seu blogue TV Digital em Portugal sobre «qual será o motivo que impede a disponibilização de todos os canais da RTP na TDT».
4. O que é preciso para continuar a ver TV?
Todos os que não têm televisão paga nem os novos televisores com a tecnologia MPEG 4 vão ter de investir na compra de um descodificador.
Para saber se precisa de um descodificador – semelhante às boxes da TV paga – ou de uma antena (prato) para receber a TDT por satélite, pode ir ao site tdt.telecom.pt ou ligar para o tel. 800 200 838.
5. Em que zonas não basta ter um descodificador?
De acordo com a ANACOM, «100% da população tem cobertura digital: 90% por via terrestre e os restantes 10% através de satélite, devido a questões que têm a ver com a geografia ou com a dispersão demográfica».
Uma vez que cerca de 70% da população já tem televisão paga, apenas cerca de 120 mil famílias vão receber a TDT por satélite. Com esta mudança, todos os portugueses vão passar a poder ver os quatro canais de acesso gratuito – que até agora chegavam apenas a 90% da população.
A ZON, por exemplo, aproveitou para lançar uma campanha que dá acesso aos quatro canais nacionais e a chamadas ilimitadas por 9,99 euros, com oferta do telefone e da instalação. Segundo a empresa, «está a correr muito bem a venda desse pacote».
6. Qual o valor mais alto que se pode pagar para ter TDT?
O preço dos descodificadores varia em função do modelo e das funcionalidades. Há descodificadores a partir de 25 euros. Mas há dezenas de ofertas no mercado, com os valores mais altos a rondar os cem euros.
A instalação do prato satélite, quando necessária, não pode, segundo a ANACOM, «ultrapassar os 61 euros». Em algumas zonas, poderá ser necessário fazer alguma intervenção nas antenas.
As famílias carenciadas têm direito a um subsídio correspondente a 50% do preço, com o limite de 22 euros, na compra dos kits satélite ou dos descodificadores de TDT. Primeiro terão de comprar e pagar os equipamentos e só depois se podem candidatar ao reembolso. Para isso, existe um formulário em tdt.telecom.pt e nas lojas PT.
7. Quais as soluções para as aldeias históricas?
Em regiões como as Aldeias de Xisto – paisagens de onde há muito desapareceram as antenas dos telhados –, a TDT foi vista como um problema. Por ficarem em zonas sombra, terão de ser servidas por sinal de satélite, o que implica colocar antenas nas casas.
Mas a ANACOM assegura ter solução: «Ficou decidido que as aldeias farão um levantamento da sua situação em termos de infra-estruturas, após o que a PT poderá equacionar soluções».
Sem explicar que tecnologia poderá ser usada, a ANACOM afirma que «a TDT ao invés de constituir um problema pode sim vir a ser a solução para a retirada das antenas, protegendo assim o património das aldeias».
margarida.davim@sol.pt e francisca.seabra@sol.pt
14 de Janeiro, 2012
Na quinta-feira as populações de 25 concelhos dos distritos de Lisboa, Setúbal e Beja deixaram de ter televisão analógica. Foi a primeira fase do início da Televisão Digital Terrestre (TDT), que se vai estender a todo o território nacional até 26 de Abril.
«Acabámos de dar um passo muito importante em termos tecnológicos», disse o ministro Miguel Relvas, que assistiu no Castelo de Palmela ao ‘apagão’, para o qual muitos portugueses só agora se começaram a preparar. Segundo a ANACOM (Autoridade Nacional de Comunicações), «só nas últimas semanas centenas de milhares de famílias terão feito a migração».
Inicialmente, estava previsto que deixasse de haver televisão analógica em todo o litoral esta semana, mas o atraso na compra dos equipamentos necessários para receber o sinal digital levou a ANACOM a desdobrar a primeira fase de ‘apagamento’, «para garantir uma melhor operacionalização e monitorização» do processo.
1. Quais as oportunidades perdidas da TDT?
A TDT abre espaço para quase 50 novos canais. Mas os portugueses não vão beneficiar disso quando acabar a TV analógica. Tudo porque o Governo ainda não decidiu o que fazer com as frequências criadas pela nova tecnologia.
Só no Multiplexer A – no qual estão as frequências da RTP, SIC e TVI – vai haver espaço para quatro ou cinco novos canais.
A essas frequências juntam-se mais cinco multiplexers (cada um dos quais com oito ou nove canais) que foram atribuídos por concurso público à PT, mas que acabaram por ser ‘devolvidos’ ao Estado, uma vez que a operadora desistiu de ficar com eles. Neste momento, o espaço que está livre está nas mãos das operadoras de telemóvel, para a tecnologia 4G – tendo o Estado ganho 270 milhões de euros com a operação.
Ao SOL, o gabinete do ministro Miguel Relvas recusou adiantar que planos tem o Governo para estas frequências.
2. O que ganha Portugal com a TDT?
Segundo a ANACOM, as vantagens são a melhoria da qualidade de som e imagem e as novas funcionalidades que até aqui apenas estavam disponíveis para quem tinha televisão paga: guia electrónico de programação, gravação de programas e pausa de imagem, consoante as características do descodificador que se compre.
Quem estava em zonas do interior onde não recebia bem o sinal dos quatro canais generalistas, vai poder passar a vê-los em óptimas condições. O problema é que, nestas regiões, muitos são os que estão a orientar as antenas para Espanha, optando por deixar de ver a televisão portuguesa.
3. Qual a situação no resto da Europa?
A recomendação de passar para a TDT partiu da União Europeia, mas Portugal é dos últimos Estados-membros – ao lado do Reino Unido, da Itália e da Grécia – a desligar a televisão analógica. Os primeiros a avançar foram o Luxemburgo e a Holanda, em 2006.
Apesar da recomendação para que os países façam o switch-off este ano, o que regula as frequências de televisão é o Acordo de Genebra de 2006, que dá protecção às emissões analógicas até 17 de Junho de 2015. Daí que na Bulgária, por exemplo, o concurso para a TDT deva arrancar apenas em 2014.
A grande diferença é que em quase todos os países ter TDT significa ter mais canais gratuitos. «Os canais públicos têm sido uma solução recorrente na Europa para estimular as pessoas a migrarem para a TDT. Seria possível, por exemplo, colocar o canal Parlamento na ‘televisão aberta’», afirma ao SOL Sérgio Denicoli, professor da Universidade do Minho, que se questiona no seu blogue TV Digital em Portugal sobre «qual será o motivo que impede a disponibilização de todos os canais da RTP na TDT».
4. O que é preciso para continuar a ver TV?
Todos os que não têm televisão paga nem os novos televisores com a tecnologia MPEG 4 vão ter de investir na compra de um descodificador.
Para saber se precisa de um descodificador – semelhante às boxes da TV paga – ou de uma antena (prato) para receber a TDT por satélite, pode ir ao site tdt.telecom.pt ou ligar para o tel. 800 200 838.
5. Em que zonas não basta ter um descodificador?
De acordo com a ANACOM, «100% da população tem cobertura digital: 90% por via terrestre e os restantes 10% através de satélite, devido a questões que têm a ver com a geografia ou com a dispersão demográfica».
Uma vez que cerca de 70% da população já tem televisão paga, apenas cerca de 120 mil famílias vão receber a TDT por satélite. Com esta mudança, todos os portugueses vão passar a poder ver os quatro canais de acesso gratuito – que até agora chegavam apenas a 90% da população.
A ZON, por exemplo, aproveitou para lançar uma campanha que dá acesso aos quatro canais nacionais e a chamadas ilimitadas por 9,99 euros, com oferta do telefone e da instalação. Segundo a empresa, «está a correr muito bem a venda desse pacote».
6. Qual o valor mais alto que se pode pagar para ter TDT?
O preço dos descodificadores varia em função do modelo e das funcionalidades. Há descodificadores a partir de 25 euros. Mas há dezenas de ofertas no mercado, com os valores mais altos a rondar os cem euros.
A instalação do prato satélite, quando necessária, não pode, segundo a ANACOM, «ultrapassar os 61 euros». Em algumas zonas, poderá ser necessário fazer alguma intervenção nas antenas.
As famílias carenciadas têm direito a um subsídio correspondente a 50% do preço, com o limite de 22 euros, na compra dos kits satélite ou dos descodificadores de TDT. Primeiro terão de comprar e pagar os equipamentos e só depois se podem candidatar ao reembolso. Para isso, existe um formulário em tdt.telecom.pt e nas lojas PT.
7. Quais as soluções para as aldeias históricas?
Em regiões como as Aldeias de Xisto – paisagens de onde há muito desapareceram as antenas dos telhados –, a TDT foi vista como um problema. Por ficarem em zonas sombra, terão de ser servidas por sinal de satélite, o que implica colocar antenas nas casas.
Mas a ANACOM assegura ter solução: «Ficou decidido que as aldeias farão um levantamento da sua situação em termos de infra-estruturas, após o que a PT poderá equacionar soluções».
Sem explicar que tecnologia poderá ser usada, a ANACOM afirma que «a TDT ao invés de constituir um problema pode sim vir a ser a solução para a retirada das antenas, protegendo assim o património das aldeias».
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O serviço TDT tal como se inicia hoje, não traz nada de novo para quem já tem tv por cabo (não necessita) e esta vazio de conteúdo para os restantes (continuam limitados a 4 canais). É preciso entender que o serviço TDT é um concorrente da transmissão de tv por cabo, que há muito já devia existir em Portugal. Depois da abertura aos privados devia-se ter aberto o sinal aos canais temáticos. Em Portugal deixamos sempre as coisas a meio e vamos todos atrás da próxima ideia “milionária”.
O interesse do estado em promover o serviço TDT é em conseguir uma nova fonte de receitas, com o leilão de banda de transmissões. Dada a actual cobertura do Pais por parte dos operadores por cabo, o numero de residências sem tv por cabo e que vão passar a ter acesso ao serviço TDT é significativo em termos quantitativos, mas insignificante em termos financeiros. Quanto muito os operadores de cabo vão perder parte das residências de férias, pelo que não tem havido interesse neste serviço.
O consumidor final irá beneficiar da melhoria da qualidade de imagem (desde que a recepção seja boa, em caso contrario não irá ver nada), mas não irá ter qualquer beneficio em termos de conteúdos. O estado não tem de momento qualquer vantagem pois não consegue leiloar as licenças para TDT. Os operadores de cabo são de momento os únicos beneficiários pois continuam a controlar o negocio da distribuição de conteúdos, em canal aberto não existem conteúdos a serem distribuídos, tendo o consumidor de continuar a utilizar os serviços dos operadores de cabo.
O serviço TDT tem as suas vantagens, é um serviço HD em que não é necessário ser assinante para aceder aos conteúdos distribuídos (presentemente RTP, RTP2, SIC e TVI), mas que para o lançamento do serviço falta obviamente mais conteúdos no serviço TDT (ex: SIC Noticias, SIC Radical, SIC Mulher, TVI24, RTP Informação, RTP Memoria e canais regionais) e depois passar a ter também canais pagos (ex; AXN, FOX, Hollywood, …).
O interesse do estado em promover o serviço TDT é em conseguir uma nova fonte de receitas, com o leilão de banda de transmissões. Dada a actual cobertura do Pais por parte dos operadores por cabo, o numero de residências sem tv por cabo e que vão passar a ter acesso ao serviço TDT é significativo em termos quantitativos, mas insignificante em termos financeiros. Quanto muito os operadores de cabo vão perder parte das residências de férias, pelo que não tem havido interesse neste serviço.
O consumidor final irá beneficiar da melhoria da qualidade de imagem (desde que a recepção seja boa, em caso contrario não irá ver nada), mas não irá ter qualquer beneficio em termos de conteúdos. O estado não tem de momento qualquer vantagem pois não consegue leiloar as licenças para TDT. Os operadores de cabo são de momento os únicos beneficiários pois continuam a controlar o negocio da distribuição de conteúdos, em canal aberto não existem conteúdos a serem distribuídos, tendo o consumidor de continuar a utilizar os serviços dos operadores de cabo.
O serviço TDT tem as suas vantagens, é um serviço HD em que não é necessário ser assinante para aceder aos conteúdos distribuídos (presentemente RTP, RTP2, SIC e TVI), mas que para o lançamento do serviço falta obviamente mais conteúdos no serviço TDT (ex: SIC Noticias, SIC Radical, SIC Mulher, TVI24, RTP Informação, RTP Memoria e canais regionais) e depois passar a ter também canais pagos (ex; AXN, FOX, Hollywood, …).
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rpmt Escreveu:Se vai igual a Espanha parece-me que não no fim os grandes vencedores da TDT são a PT,o MEO,e a ZON.
Vejam isto.
http://www.youtube.com/watch?v=BoLtx8oi ... r_embedded
Como em Tudo o Português Paga e vai enganado.
O forista EALM será o Eliseu Macedo?

Don't run a race that doesn't have a finish line.
Turney Duff
Turney Duff
Se vai igual a Espanha parece-me que não no fim os grandes vencedores da TDT são a PT,o MEO,e a ZON.
Vejam isto.
http://www.youtube.com/watch?v=BoLtx8oi ... r_embedded
Como em Tudo o Português Paga e vai enganado.
Vejam isto.
http://www.youtube.com/watch?v=BoLtx8oi ... r_embedded
Como em Tudo o Português Paga e vai enganado.
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“Apagão” televisivo começa às 12h00 de quinta-feira
10-01-2012 17:16:00
A ANACOM vai realizar o desligamento do emissor analógico de televisão de Palmela, que cobre a faixa Litoral de Portugal Continental às 11 horas de quinta-feira, dia 12 de janeiro.
O desligamento vai ser realizado no âmbito da migração para TDT (Televisão Digital Terrestre) que tem sido alvo de forte contestação, designadamente por parte da Associação de Defesa dos Consumidores DECO mas também por parte dos Municípios, designadamente, no Algarve das autarquias de Monchique, Castro Marim e Alcoutim.
Os autarcas clamam, em nome dos seus munícipes, que estes não estão preparados para a migração, por falta de informação e ainda as condições técnicas existentes, que os obrigarão a gastos excessivos por os territórios estarem no cone de sombra pelo que terão de recorrer a emissões de satélite.
Para o desligamento, a ANACOM vai realizar uma cerimónia no Castelo de Palmela.
http://www.observatoriodoalgarve.com/cn ... icia=48453
10-01-2012 17:16:00
A ANACOM vai realizar o desligamento do emissor analógico de televisão de Palmela, que cobre a faixa Litoral de Portugal Continental às 11 horas de quinta-feira, dia 12 de janeiro.
O desligamento vai ser realizado no âmbito da migração para TDT (Televisão Digital Terrestre) que tem sido alvo de forte contestação, designadamente por parte da Associação de Defesa dos Consumidores DECO mas também por parte dos Municípios, designadamente, no Algarve das autarquias de Monchique, Castro Marim e Alcoutim.
Os autarcas clamam, em nome dos seus munícipes, que estes não estão preparados para a migração, por falta de informação e ainda as condições técnicas existentes, que os obrigarão a gastos excessivos por os territórios estarem no cone de sombra pelo que terão de recorrer a emissões de satélite.
Para o desligamento, a ANACOM vai realizar uma cerimónia no Castelo de Palmela.
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Este processo da TDT está a ser uma das coisas mais escandalosas que tenho memória acontecer em Portugal.
Vou enumerar algumas verdades:
1. É falso que a UE obrigue a fazer esta migração. Existe apenas a Recomendação CE/848/2009 e cujo prazo até já passou. É completamente falso que sejamos obrigados.
2. O Maior interesse da migração é do Estado e Operadores:
a) Estado vendeu o espaço ocupado por alguns canais analógicos por 270 Milhões de Euros num leilão total de 370 Milhões
b) Está em curso uma redução de preço na tarifa de emissão de sinal pago por RTP SIC e TVI à PT no valor de 38%, depois de já ter havido uma redução de 23% em 2008. O preço que as TVS pagavam à PT era em 1992 de 3,5 Milhões de Euros/ ano.
c) ZON e MEO viram o número de clientes disparar como nunca visto, por vezes com táticas vergonhosas de coacção e mentira.
3. A TDT Portuguesa foi sucessivamente sabotada, pois o que está a emitir não é o que foi aprovado!
O que foi aprovado foi o seguinte:
a) Um MUX de 6 canais gratuitos, com os 4 actuais, um 5º a licenciar e um HD com conteudos dos anteriores
b) 5 MUXes adicionais, com cerca de 30 canais no total, sendo uma plataforma por assinatura de baixo custo concorrencial com as ofertas já existentes de cabo satélite, ADSL.
- Concorreram a este projecto PT e Airplus. PT ganhou, Airplus foi embora. Depois de Airplus ficar sem hipótese de por no ar este pacote por assinatura (por 10€/mês), a PT desistiu de executar o concurso que tinha acabado de ganhar deixando-nos com uma TDT de 4 canais.
- O Estado através da ANACOM, não obstante este claro incumprimento de obrigações assumidas, devolveu 2,5 Milhões de Euros da caução à PT.
4. A Cobertura hertziana terrestre foi reduzida no caderno de encargos dos actuais 95% do analógico para cerca de 85%!!!! A PT, generosamente, ofereceu 87%.
A cobertura digital em Espanha é 98%, UK 98%, França 97%, etc. A média comunitária é de 95%, valor apontado como mínimo para MUXes nacionais. Os países que têm menos cobertura estão ainda a implementar rede, como Itália.
5. No caderno de encargos inicial, a PT ficava obrigada a subsidiar o equipamento de recepção satélite nas zonas sombra e adicionalmente ficar com os encargos da antena alternativa (não terrestre!) e cabos! Em Abril, a ANACOM deu o dito por não dito e fixou o preço de 61€ para estas despesas extra nas zonas de sombra - nada tem a ver com o subsídio do aparelho.
E podia aqui continuar com mais, muito mais deste processo escandaloso.
Vou enumerar algumas verdades:
1. É falso que a UE obrigue a fazer esta migração. Existe apenas a Recomendação CE/848/2009 e cujo prazo até já passou. É completamente falso que sejamos obrigados.
2. O Maior interesse da migração é do Estado e Operadores:
a) Estado vendeu o espaço ocupado por alguns canais analógicos por 270 Milhões de Euros num leilão total de 370 Milhões
b) Está em curso uma redução de preço na tarifa de emissão de sinal pago por RTP SIC e TVI à PT no valor de 38%, depois de já ter havido uma redução de 23% em 2008. O preço que as TVS pagavam à PT era em 1992 de 3,5 Milhões de Euros/ ano.
c) ZON e MEO viram o número de clientes disparar como nunca visto, por vezes com táticas vergonhosas de coacção e mentira.
3. A TDT Portuguesa foi sucessivamente sabotada, pois o que está a emitir não é o que foi aprovado!
O que foi aprovado foi o seguinte:
a) Um MUX de 6 canais gratuitos, com os 4 actuais, um 5º a licenciar e um HD com conteudos dos anteriores
b) 5 MUXes adicionais, com cerca de 30 canais no total, sendo uma plataforma por assinatura de baixo custo concorrencial com as ofertas já existentes de cabo satélite, ADSL.
- Concorreram a este projecto PT e Airplus. PT ganhou, Airplus foi embora. Depois de Airplus ficar sem hipótese de por no ar este pacote por assinatura (por 10€/mês), a PT desistiu de executar o concurso que tinha acabado de ganhar deixando-nos com uma TDT de 4 canais.
- O Estado através da ANACOM, não obstante este claro incumprimento de obrigações assumidas, devolveu 2,5 Milhões de Euros da caução à PT.
4. A Cobertura hertziana terrestre foi reduzida no caderno de encargos dos actuais 95% do analógico para cerca de 85%!!!! A PT, generosamente, ofereceu 87%.
A cobertura digital em Espanha é 98%, UK 98%, França 97%, etc. A média comunitária é de 95%, valor apontado como mínimo para MUXes nacionais. Os países que têm menos cobertura estão ainda a implementar rede, como Itália.
5. No caderno de encargos inicial, a PT ficava obrigada a subsidiar o equipamento de recepção satélite nas zonas sombra e adicionalmente ficar com os encargos da antena alternativa (não terrestre!) e cabos! Em Abril, a ANACOM deu o dito por não dito e fixou o preço de 61€ para estas despesas extra nas zonas de sombra - nada tem a ver com o subsídio do aparelho.
E podia aqui continuar com mais, muito mais deste processo escandaloso.
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Não se deixe enganar com a TDT
11 Janeiro 2012 | 10:44
Alexandra Machado - amachado@negocios.pt
As queixas vão chegando. Para não se deixar enganar, há informações essenciais que tem de saber quando for adaptar-se à televisão digital.
Há várias dúvidas e queixas que o Negócios tem recebido sobre a migração para a televisão digital terrestre. Desde dúvidas sobre descodificadores, até ao comportamento de alguns agentes do mercado. Mas há queixas que advêem da falta de informação por parte dos consumidores. Veja as mais comuns.
1 - Que descodificador comprar?
Os leitores do Negócios têm questionado sobre qual o melhor descodificador. O Negócios não faz testes aos equipamentos, por isso não aconselha aparelhos. Ainda assim, a Deco tem no seu "site" uma análise aos descodificadores que pode verificar.
No entanto, há um engano em que muitos consumidores já caíram que tem a ver com a norma da televisão digital que vai ser introduzida em Portugal.
Muitos portugueses estão a comprar, ou compraram, descodificadores para a televisão digital com a norma Mpeg 2. Esta não serve em Portugal. Os descodificadores, tal como os televisores, têm de servir para a norma Mpeg 4 H.264. Há lojas em Portugal que não sabem informar sobre esta questão e há "sites" de venda online a vender descodificadores Mpeg 2 que não servem para Portugal.
As pessoas da zona fronteiriça de Portugal se quiserem aceder à televisão digital em Espanha têm de ter o descodificador Mpeg2, mas para Portugal tem de ser o Mpeg4.
2 - Saber a cobertura.
No processo de migração é essencial, e este deve ser o primeiro passo, saber que tipo de cobertura tem a sua casa: TDT ou satélite. 10% da população só terá televisão digital via satélite. Vá ao "site" tdt.telecom.pt ou ligue para o 800 200 838 para saber se está com sinal digital ou satélite. Os descodificadores são diferentes.
3 - Não é preciso subscrever contratos com operadores de tv paga
A televisão digital não requer qualquer contrato com operadores: nem com PT, nem com Zon, nem com Optimus, Vodafone ou Cabovisão. A visualização dos canais generalistas (RTP, RT!, SIC e TVI) é gratuita na TDT. Só precisa de se adaptar.
4 - Qual o papel da PT na TDT?
A Portugal Telecom é o operador da rede de televisão digital. Mas não é obrigado a comprar o descodificador à PT (que lançou um programa especial para os seus clientes, mas que estipula preços diferenciados consoante a região do País - esta é uma oferta comercial), excepto se for um descodificador satélite. Aqui só a PT pode vender o descodificador. Mas não a antena parabólica. Esta pode ser comprada no mercado.
Apesar de não ser obrigado a aderir a um contrato de televisão paga, há ofertas disponíveis por parte dos operadores que podem compensar em termos financeiros.
Não se percebe como é possível que a Comissão Europeia deixe implementar normas diferentes em diferentes países.

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Apagão da TV analógica não vai ser faseado no resto do território
09.01.2012 - 13:44 Por Raquel Almeida Correia
Apesar de se ter repartido por cinco fases a migração para a Televisão Digital Terrestre (TDT) no litoral, que começa na quinta-feira, ilhas e interior não vão beneficiar do mesmo sistema.
A Anacom informou hoje que a segunda e terceira vagas do apagão do sinal analógico, que vão afectar a população das ilhas e do interior do país, não vai ser faseadas, como acontecerá para o litoral, a partir de quinta-feira.
A decisão de repartir a chegada da TDT no litoral foi conhecida na passada sexta-feira e ficou-se a saber, por exemplo, que no dia 12 apenas um emissor (Palmela) e três retransmissores (Alcácer do Sal, Melides e Sesimbra) vão ser efectivamente desligados nesse dia.
Haverá, depois, uma nova subfase, a 23 de Janeiro, seguindo-se outras três, a 1, 13 e 23 de Fevereiro. Esta decisão foi tomada face à pressão que surgiu de várias entidades e partidos políticos para que houvesse um adiamento do apagão e também face à lenta adesão dos portugueses à televisão digital.
No entanto, o mesmo não acontecerá nas ilhas e no interior, onde o desligamento do analógico vai ter lugar a 22 de Março e 26 de Abril – a data limite para implementar a TDT em Portugal.
Eduardo Cardadeiro, administrador da Anacom, explicou que o facto de não haver faseamento nos arquipélagos se fica a dever à actual penetração da televisão paga nos Açores e Madeira.
“Nas ilhas, a rede analógica apenas transmite RTP e RTP Açores e Madeira. Isto significa que [com a TDT] vão passar a ter cinco canais gratuitos. Além disso, e por causa desta situação, há uns anos implementou-se um programa para que a população tivesse televisão paga sem pagar e a maioria passou a receber os cinco canais”, explicou.
Ou seja, de acordo com o regulador, a grande fatia das pessoas que vivem nos arquipélagos já terão televisão por subscrição, o que as retira do universo de portugueses que terão de se adaptar para fazer a migração do analógico para o digital.
Quanto ao interior, o faseamento do apagão também não está em cima da mesa, garantiu Eduardo Cardadeiro. “As famílias que têm de migrar ainda têm quatro meses para o fazer” e “há compromissos assumidos” que não permitem adiar o processo, referiu.
O administrador da Anacom refer-se ao facto de o Governo já ter vendido parte das frequências que vão ficar livres com o desligamento do analógico e de se ter comprometido com os compradores (Sonaecom, PT e Vodafone) que poderiam utilizar o que compraram a partir de 26 de Abril.
http://economia.publico.pt/Noticia/apag ... io-1528241
09.01.2012 - 13:44 Por Raquel Almeida Correia
Apesar de se ter repartido por cinco fases a migração para a Televisão Digital Terrestre (TDT) no litoral, que começa na quinta-feira, ilhas e interior não vão beneficiar do mesmo sistema.
A Anacom informou hoje que a segunda e terceira vagas do apagão do sinal analógico, que vão afectar a população das ilhas e do interior do país, não vai ser faseadas, como acontecerá para o litoral, a partir de quinta-feira.
A decisão de repartir a chegada da TDT no litoral foi conhecida na passada sexta-feira e ficou-se a saber, por exemplo, que no dia 12 apenas um emissor (Palmela) e três retransmissores (Alcácer do Sal, Melides e Sesimbra) vão ser efectivamente desligados nesse dia.
Haverá, depois, uma nova subfase, a 23 de Janeiro, seguindo-se outras três, a 1, 13 e 23 de Fevereiro. Esta decisão foi tomada face à pressão que surgiu de várias entidades e partidos políticos para que houvesse um adiamento do apagão e também face à lenta adesão dos portugueses à televisão digital.
No entanto, o mesmo não acontecerá nas ilhas e no interior, onde o desligamento do analógico vai ter lugar a 22 de Março e 26 de Abril – a data limite para implementar a TDT em Portugal.
Eduardo Cardadeiro, administrador da Anacom, explicou que o facto de não haver faseamento nos arquipélagos se fica a dever à actual penetração da televisão paga nos Açores e Madeira.
“Nas ilhas, a rede analógica apenas transmite RTP e RTP Açores e Madeira. Isto significa que [com a TDT] vão passar a ter cinco canais gratuitos. Além disso, e por causa desta situação, há uns anos implementou-se um programa para que a população tivesse televisão paga sem pagar e a maioria passou a receber os cinco canais”, explicou.
Ou seja, de acordo com o regulador, a grande fatia das pessoas que vivem nos arquipélagos já terão televisão por subscrição, o que as retira do universo de portugueses que terão de se adaptar para fazer a migração do analógico para o digital.
Quanto ao interior, o faseamento do apagão também não está em cima da mesa, garantiu Eduardo Cardadeiro. “As famílias que têm de migrar ainda têm quatro meses para o fazer” e “há compromissos assumidos” que não permitem adiar o processo, referiu.
O administrador da Anacom refer-se ao facto de o Governo já ter vendido parte das frequências que vão ficar livres com o desligamento do analógico e de se ter comprometido com os compradores (Sonaecom, PT e Vodafone) que poderiam utilizar o que compraram a partir de 26 de Abril.
http://economia.publico.pt/Noticia/apag ... io-1528241
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Se o objectivo da TDT for apenas proporcionar canais digitais então será um verdadeiro flop para os contribuintes!!!
O objectivo deveria ser inovar e dinamizar a televisão facilitando a criação de canais regionais que promovam o comercio, industria, agricultura e as regiões!!!
Neste momento somos todos apenas pagantes de um entretenimento marginal!!!
O objectivo deveria ser inovar e dinamizar a televisão facilitando a criação de canais regionais que promovam o comercio, industria, agricultura e as regiões!!!
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Não era suposto a este ponto todos os transmissores estarem operacionais? Em todos os sites que vejo informações sobre a TDT diz que há um transmissor em Torres Vedras (com potência superior ao do Montejunto), mas a informação que me deu um instalador por aqui é que esse ainda não está operacional, e tive que comprar uma antena das novas para apontar ao Montejunto. Alguém da zona sabe alguma coisa sobre isto?
Á força de nos levantarmos cedo tornamo-nos completamente estúpidos. O ser humano necessita de dormir... - Franz Kafka em "A metamorfose"
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Calendário actualizado da migração para a TDT:
A ANACOM aprovou, a 5 de Janeiro de 2012, um ajustamento da calendarização dos desligamentos a ocorrer na 1.ª fase do plano para a cessação das emissões analógicas terrestres de televisão (plano para o switch-off - PSO). Deste modo, esta Autoridade estima aumentar a possibilidade de correção de eventuais deficiências e reduzir o impacto associado à operação em curso.
Mantendo a data prevista de 12 de janeiro para o início da 1.ª fase do PSO, a ANACOM fixa o seguinte calendário:
Serão desligadas a 12.01.2012 as seguintes estações:
Emissor: Palmela;
Retransmissores: Alcácer do Sal, Melides e Sesimbra.
Serão desligadas a 23.01.2012 as seguintes estações:
Emissor: Fóia - Monchique;
Retransmissores: Santiago do Cacém, Cercal do Alentejo, Odemira, Odeceixe, Monchique, Aljezur e Silves.
Serão desligadas a 01.02.2012 as seguintes estações:
Emissor: Lisboa-Monsanto;
Retransmissores: Areeiro, Barcarena, Caparica, Carvalhal, Cheleiros, Estoril, Graça, Montemor-o-Novo, Odivelas, Sintra, Malveira, Sobral de Monte Agraço, Coruche e Cabeção.
Serão desligadas a 13.02.2012 as seguintes estações:
Emissor: Reguengo do Fetal;
Retransmissores: Vale de Santarém, Sobral da Lagoa, Mira de Aire, Candeeiros, Alcaria, Tomar, Ourém, Caranguejeira, Leiria, Alvaiázere, Avelar, Pombal, Castanheira de Pera, Espinhal, Senhora do Circo, Padrão, Ceira dos Vales, Vale de Açôr, Vila Nova de Ceira, Ceira, Coimbra, Caneiro, Cidreira, Lorvão, Penacova, Mortágua, Avô e Benfeita.
Serão desligadas a 23.02.2012 as seguintes estações:
Emissor: São Macário;
Retransmissores: Préstimo, Viseu, Cedrim, Vouzela, Vale de Cambra, Covas do Monte, Santa Maria da Feira, Arouca, Rio Arda, Lalim, Vila Nova de Gaia, Foz, Valongo, Santo Tirso, Caldas de Vizela, Caldas de Vizela II, Amarante, Gondar, São Domingos, Ancede, Caldas de Aregos, Resende, Lamego e Santa Marta de Penaguião.
Refira-se ainda que o retransmissor de Malhada, cujo desligamento estava previsto para a 1.ª fase do PSO, será desligado na 3.ª fase, momento em que será também desligado o retransmissor que alimenta (Malhada II).
Recorde-se que o PSO – que foi aprovado por deliberação desta Autoridade de 24 de Junho de 2010 - integra mais duas fases: a 22 de março de 2012 (Açores e Madeira) e a 26 de abril de 2012 (restante território continental).
http://www.anacom.pt/render.jsp?contentId=1112707
A ANACOM aprovou, a 5 de Janeiro de 2012, um ajustamento da calendarização dos desligamentos a ocorrer na 1.ª fase do plano para a cessação das emissões analógicas terrestres de televisão (plano para o switch-off - PSO). Deste modo, esta Autoridade estima aumentar a possibilidade de correção de eventuais deficiências e reduzir o impacto associado à operação em curso.
Mantendo a data prevista de 12 de janeiro para o início da 1.ª fase do PSO, a ANACOM fixa o seguinte calendário:
Serão desligadas a 12.01.2012 as seguintes estações:
Emissor: Palmela;
Retransmissores: Alcácer do Sal, Melides e Sesimbra.
Serão desligadas a 23.01.2012 as seguintes estações:
Emissor: Fóia - Monchique;
Retransmissores: Santiago do Cacém, Cercal do Alentejo, Odemira, Odeceixe, Monchique, Aljezur e Silves.
Serão desligadas a 01.02.2012 as seguintes estações:
Emissor: Lisboa-Monsanto;
Retransmissores: Areeiro, Barcarena, Caparica, Carvalhal, Cheleiros, Estoril, Graça, Montemor-o-Novo, Odivelas, Sintra, Malveira, Sobral de Monte Agraço, Coruche e Cabeção.
Serão desligadas a 13.02.2012 as seguintes estações:
Emissor: Reguengo do Fetal;
Retransmissores: Vale de Santarém, Sobral da Lagoa, Mira de Aire, Candeeiros, Alcaria, Tomar, Ourém, Caranguejeira, Leiria, Alvaiázere, Avelar, Pombal, Castanheira de Pera, Espinhal, Senhora do Circo, Padrão, Ceira dos Vales, Vale de Açôr, Vila Nova de Ceira, Ceira, Coimbra, Caneiro, Cidreira, Lorvão, Penacova, Mortágua, Avô e Benfeita.
Serão desligadas a 23.02.2012 as seguintes estações:
Emissor: São Macário;
Retransmissores: Préstimo, Viseu, Cedrim, Vouzela, Vale de Cambra, Covas do Monte, Santa Maria da Feira, Arouca, Rio Arda, Lalim, Vila Nova de Gaia, Foz, Valongo, Santo Tirso, Caldas de Vizela, Caldas de Vizela II, Amarante, Gondar, São Domingos, Ancede, Caldas de Aregos, Resende, Lamego e Santa Marta de Penaguião.
Refira-se ainda que o retransmissor de Malhada, cujo desligamento estava previsto para a 1.ª fase do PSO, será desligado na 3.ª fase, momento em que será também desligado o retransmissor que alimenta (Malhada II).
Recorde-se que o PSO – que foi aprovado por deliberação desta Autoridade de 24 de Junho de 2010 - integra mais duas fases: a 22 de março de 2012 (Açores e Madeira) e a 26 de abril de 2012 (restante território continental).
http://www.anacom.pt/render.jsp?contentId=1112707
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mfsr1980 Escreveu:Vou deixar de ver televisão, para mim a internet é suficiente!
Em minha casa já há muito que a TV está na reforma, é ligada praticamente de mês a mês para ver o CNBC, um ou outro jogo de futebol, e nada mais.
A televisão é como os cheques, está ultrapassada.

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Eu nunca percebi o porquê dos 4 canais RTP1,RTP2,SIC e TVI não serem transmitidos por satelite em canal aberto.
Ah coisas que não dá para perceber nesta nação.
E depois andam sempre a dizer que a Lingua Portuguesa deve ser defendida, é so para a fotografia,na pratica nunca se vê nada.
Ah coisas que não dá para perceber nesta nação.
E depois andam sempre a dizer que a Lingua Portuguesa deve ser defendida, é so para a fotografia,na pratica nunca se vê nada.
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- Registado: 14/11/2006 17:47
TDT não obriga a contratos com operadores de televisão pagos
TDT não obriga a contratos com operadores de televisão pagos
Arranca a 10 de Março de 2011 a primeira campanha de informação do Estado Português sobre a transição para a Televisão Digital Terrestre (TDT). Nas novas emissões, os quatro canais generalistas portugueses vão continuar a ser canais de acesso livre. Não é necessário subscrever um serviço de televisão por cabo, fibra óptica, IPTV ou satélite para continuar a ver esses canais. Para fornecer a melhor informação aos instaladores e utilizadores a Autoridade Nacional de Comunicações, enquanto entidade que coordena o processo de transição das emissões analógicas para a televisão digital terrestre, e a DECO - Associação Portuguesa para a Defesa do Consumidor, assinaram um protocolo nos termos do qual a associação se compromete a realizar testes comparativos em contínuo de caixas descodificadoras para a TDT, que venham a surgir no mercado. Em conformidade com o estabelecido no plano para o switch-off das emissões analógicas e transição para a TDT, Alenquer, Cacém e Nazaré são as cidades piloto para a realização de cessação destas emissões, sendo as respectivas datas de encerramento, 12 de Maio, 16 de Junho e 13 de Outubro de 2011. Até lá, as instituições do poder local, bem como outras entidades locais relevantes, serão envolvidas no processo de preparação da operação e a população visada será objecto de campanhas de informação específicas para o efeito.
No entanto, conforme a associação DECO já veio alertar, o fim da televisão analógica está a ser usado como estratégia para aumentar clientes dos pacotes de Televisão pagos, situações que têm vindo a ser denunciadas junto desta associação de protecção do consumidor. Sobretudo do interior do País, várias pessoas têm denunciado contactos de empresas que propõem a adesão a um serviço de televisão pago, sob a ameaça de estas virem a perder o acesso à televisão.
Por isso, a ANACOM e a DECO vieram a público confirmar que a mudança para a televisão digital terrestre (TDT) não obriga a assinar um contrato. Os televisores que não têm o sintonizador DVB-T MPEG4, podem ser utilizados em conjunto com um descodificador, que em média pode custar cerca de 50 euros. Estes decodificadores são apenas necessários para quem ainda não possua um televisor recente, com sintonizador digital integrado. A grande maioria dos televisores vendidos no mercado nacional desde 2009 já permitem aceder directamente à televisão digital terrestre, bastando para tal reorientar as antenas existentes ou adquirir novas antenas que podem inclusivamente ser bastante mais pequenas e discretas do que as que vinham sendo usadas até aqui.
Os resultados dos testes comparativos dos descodificadores, comercializados em Portugal, realizados pela DECO em Janeiro já se encontram disponíveis, quer no site da referida associação, quer no site do regulador ANACOM.
Para os televisores adquiridos depois de 2009, é possível que já estejam preparados para a TDT. Não é preciso investir em mais equipamento ou serviços. Basta confirmar se os televisores têm o sintonizador necessário ou procurar a referência ao sistema DVB-T e à norma MPEG-4 no manual de instruções.
As pessoas que recebam uma proposta para aderir a um serviço de televisão por subscrição sob o pretexto de perderem o acesso aos canais devem denunciar esses casos de imediato às autoridades policiais assim como ao regulador ANACOM e à DECO.
(Des)informação
É preciso também ter em atenção que a campanha de informação relativa à TDT que irá começar entretanto a ser divulgada nos principais meios de comunicação social anuncia "melhor qualidade de imagem e som", assim como "acesso a alta definição". No entanto, pelo menos para já, os sinais presentes na rede TDT nacional são exactamente apenas os mesmos quatro canais nacionais existentes - RTP 1 e 2, SIC e TVI - em formato 4:3 de definição normal. Por isso, quem tiver comprado entretanto um televisor que já é de formato 16:9 terá que seleccionar a imagem de forma a que esta não fique "esmagada" quando preenche toda a largura do ecrã. O formato correcto para se visualizar estas emissões nas devidas condições será a imagem convencional ao centro, com barras laterais a negro.
Convém também alertar as populações residentes na zona da fronteira e que entretanto já começaram a sintonizar as emissões TDT vindas de Espanha - onde, ao contrário de Portugal, existem entre 12 a mais de 20 canais disponíveis - que os equipamentos que podem ter sido adquiridos para esse efeito em Espanha poderão não ser compatíveis com as emissões TDT em Portugal. Os sintonizadores separados ou integrados em televisores recentes que foram vendidos em Espanha são MPEG-2, enquanto em Portugal são MPEG-4. Apenas alguns modelos de televisores mais caros apresentam receptores integrados para as duas tecnologias.
Dessa forma, os consumidores que desejarem continuar a ver as emissões de Portugal e também de Espanha terão que solicitar a intervenção de técnicos habilitados para reorientar as antenas e instalar um sistema que possa combinar as diferentes emissões.
Um último alerta diz respeito a regiões remotas do país onde a Portugal Telecom anunciou já que não irá garantir a cobertura TDT, oferecendo nesse caso o acesso ao serviço via satélite da MEO, em regime gratuito.
As autoridades locais, como as juntas de freguesia e mesmo as associações locais devem estar atentas a estas situações, exigindo da parte da PT o cumprimento integral destas condições sem que seja exigida a assinatura de qualquer serviço. No caso em que esse tipo de "promoção" venha a acontecer, as autoridades locais deverão intervir no sentido de solicitar a empresas concorrentes como a ZON - que também oferece um serviço via-satélite em todo o território nacional - a apresentação de propostas para soluções alternativas.
Sempre que possível, a cobertura de regiões remotas deverá ser garantida simplesmente através de retransmissores comunitários de baixa potência e não através de antenas de recepção de satélite individuais esteticamente bastante mais desagradáveis.
É crucial o papel das autoridades locais na prevenção de abusos por parte da Portugal Telecom e sobretudo de empresas sub-contratadas por esta, sendo que todas as dúvidas e ocorrências devem ser imediatamente comunicadas à Autoridade Nacional das Comunicações (ICP/ANACOM).
www.anacom.pt Cândida Luzia
In: http://www.pp.com.pt/article.php?a=1492
Arranca a 10 de Março de 2011 a primeira campanha de informação do Estado Português sobre a transição para a Televisão Digital Terrestre (TDT). Nas novas emissões, os quatro canais generalistas portugueses vão continuar a ser canais de acesso livre. Não é necessário subscrever um serviço de televisão por cabo, fibra óptica, IPTV ou satélite para continuar a ver esses canais. Para fornecer a melhor informação aos instaladores e utilizadores a Autoridade Nacional de Comunicações, enquanto entidade que coordena o processo de transição das emissões analógicas para a televisão digital terrestre, e a DECO - Associação Portuguesa para a Defesa do Consumidor, assinaram um protocolo nos termos do qual a associação se compromete a realizar testes comparativos em contínuo de caixas descodificadoras para a TDT, que venham a surgir no mercado. Em conformidade com o estabelecido no plano para o switch-off das emissões analógicas e transição para a TDT, Alenquer, Cacém e Nazaré são as cidades piloto para a realização de cessação destas emissões, sendo as respectivas datas de encerramento, 12 de Maio, 16 de Junho e 13 de Outubro de 2011. Até lá, as instituições do poder local, bem como outras entidades locais relevantes, serão envolvidas no processo de preparação da operação e a população visada será objecto de campanhas de informação específicas para o efeito.
No entanto, conforme a associação DECO já veio alertar, o fim da televisão analógica está a ser usado como estratégia para aumentar clientes dos pacotes de Televisão pagos, situações que têm vindo a ser denunciadas junto desta associação de protecção do consumidor. Sobretudo do interior do País, várias pessoas têm denunciado contactos de empresas que propõem a adesão a um serviço de televisão pago, sob a ameaça de estas virem a perder o acesso à televisão.
Por isso, a ANACOM e a DECO vieram a público confirmar que a mudança para a televisão digital terrestre (TDT) não obriga a assinar um contrato. Os televisores que não têm o sintonizador DVB-T MPEG4, podem ser utilizados em conjunto com um descodificador, que em média pode custar cerca de 50 euros. Estes decodificadores são apenas necessários para quem ainda não possua um televisor recente, com sintonizador digital integrado. A grande maioria dos televisores vendidos no mercado nacional desde 2009 já permitem aceder directamente à televisão digital terrestre, bastando para tal reorientar as antenas existentes ou adquirir novas antenas que podem inclusivamente ser bastante mais pequenas e discretas do que as que vinham sendo usadas até aqui.
Os resultados dos testes comparativos dos descodificadores, comercializados em Portugal, realizados pela DECO em Janeiro já se encontram disponíveis, quer no site da referida associação, quer no site do regulador ANACOM.
Para os televisores adquiridos depois de 2009, é possível que já estejam preparados para a TDT. Não é preciso investir em mais equipamento ou serviços. Basta confirmar se os televisores têm o sintonizador necessário ou procurar a referência ao sistema DVB-T e à norma MPEG-4 no manual de instruções.
As pessoas que recebam uma proposta para aderir a um serviço de televisão por subscrição sob o pretexto de perderem o acesso aos canais devem denunciar esses casos de imediato às autoridades policiais assim como ao regulador ANACOM e à DECO.
(Des)informação
É preciso também ter em atenção que a campanha de informação relativa à TDT que irá começar entretanto a ser divulgada nos principais meios de comunicação social anuncia "melhor qualidade de imagem e som", assim como "acesso a alta definição". No entanto, pelo menos para já, os sinais presentes na rede TDT nacional são exactamente apenas os mesmos quatro canais nacionais existentes - RTP 1 e 2, SIC e TVI - em formato 4:3 de definição normal. Por isso, quem tiver comprado entretanto um televisor que já é de formato 16:9 terá que seleccionar a imagem de forma a que esta não fique "esmagada" quando preenche toda a largura do ecrã. O formato correcto para se visualizar estas emissões nas devidas condições será a imagem convencional ao centro, com barras laterais a negro.
Convém também alertar as populações residentes na zona da fronteira e que entretanto já começaram a sintonizar as emissões TDT vindas de Espanha - onde, ao contrário de Portugal, existem entre 12 a mais de 20 canais disponíveis - que os equipamentos que podem ter sido adquiridos para esse efeito em Espanha poderão não ser compatíveis com as emissões TDT em Portugal. Os sintonizadores separados ou integrados em televisores recentes que foram vendidos em Espanha são MPEG-2, enquanto em Portugal são MPEG-4. Apenas alguns modelos de televisores mais caros apresentam receptores integrados para as duas tecnologias.
Dessa forma, os consumidores que desejarem continuar a ver as emissões de Portugal e também de Espanha terão que solicitar a intervenção de técnicos habilitados para reorientar as antenas e instalar um sistema que possa combinar as diferentes emissões.
Um último alerta diz respeito a regiões remotas do país onde a Portugal Telecom anunciou já que não irá garantir a cobertura TDT, oferecendo nesse caso o acesso ao serviço via satélite da MEO, em regime gratuito.
As autoridades locais, como as juntas de freguesia e mesmo as associações locais devem estar atentas a estas situações, exigindo da parte da PT o cumprimento integral destas condições sem que seja exigida a assinatura de qualquer serviço. No caso em que esse tipo de "promoção" venha a acontecer, as autoridades locais deverão intervir no sentido de solicitar a empresas concorrentes como a ZON - que também oferece um serviço via-satélite em todo o território nacional - a apresentação de propostas para soluções alternativas.
Sempre que possível, a cobertura de regiões remotas deverá ser garantida simplesmente através de retransmissores comunitários de baixa potência e não através de antenas de recepção de satélite individuais esteticamente bastante mais desagradáveis.
É crucial o papel das autoridades locais na prevenção de abusos por parte da Portugal Telecom e sobretudo de empresas sub-contratadas por esta, sendo que todas as dúvidas e ocorrências devem ser imediatamente comunicadas à Autoridade Nacional das Comunicações (ICP/ANACOM).
www.anacom.pt Cândida Luzia
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