Outros sites Medialivre
Caldeirão da Bolsa

Stiglitz adverte que a Europa arrisca nova recessão devido a

Espaço dedicado a todo o tipo de troca de impressões sobre os mercados financeiros e ao que possa condicionar o desempenho dos mesmos.

por migluso » 4/1/2012 1:08

Muffin Escreveu:Um vício que vai na cabeça de muita gente, é o de que existe uma única forma correcta de actuar (deve ter algo de divino) e que não importa nem o contexto nem o momento, pois os resultados serão sempre os mesmos. Essa torpeza de raciocínio aliado a uma gritante insensibilidade económica e social tazem-nos ao momento em que vivemos.


Há duas formas de actuar:
- ou se reduz o desequilíbrio através do corte da despesa e/ou aumento de impostos;
- ou se aumenta o endividamento, investindo em projectos de retorno positivo.

Acreditar que incorrer em défices sucessivos, e consequente aumento de dívida, para pagar despesas correntes é a solução para o problema é o mesmo que acreditar no pai natal.

Acreditar que investir em infra-estruturas nos países ocidentais trará ganhos de produtividade à economia que compensem os custos do investimento (como no pós guerra), é o mesmo que acreditar que a 3.ª auto-estrada Porto-Lisboa foi um bom investimento.

Mas há quem pense que foi um bom investimento essa 3.ª auto-estrada. São os Krugman portugueses.

Só lamento não ser possível a existência do belíssimo mecanismo, de seu nome preços de mercado, para provar o quão desastrosos são esses investimentos.

Não há preço de mercado, há o contribuinte a inchar...

Voltando ao Krugman.
Leste bem o que ele escreveu, e bem, no link que eu postei?
Achas que, mesmo apesar dos EUA apresentarem uma taxa de crescimento bem acima de 1% e de não haver sinais de deflação, vale a pena correr os riscos que o Krugman, ele mesmo, enunciou em 2003 para uma economia que esteja na situação dos EUA, injectando mais liquidez na economia ou estimulando o investimento público em projectos de retorno potencial negativo?

Para quê? Para criar 100 postos de trabalho temporários à custa de 1000 postos futuros? É por ser ano de eleições?

A 3.ª auto-estrada também criou postos de trabalho, e este era um dos argumentos para o TGV e aeroporto de Lisboa, mas onde estão eles agora? Eram temporários. O custo está à vista. Taxa de desemprego em máximos.

Cumps[/quote]
"In a losing game such as trading, we shall start against the majority and assume we are wrong until proven correct!" - Phantom of the Pits
Avatar do Utilizador
 
Mensagens: 3146
Registado: 16/11/2009 18:45
Localização: Porto

por Pantone » 2/1/2012 13:46

Renegade Escreveu:
krugman Escreveu:We need more, not less, government spending to get us out of our unemployment trap. And the wrongheaded, ill-informed obsession with debt is standing in the way.


:shock:

Volta Sócas, estás perdoado.


Excelente exemplo de demagogia!
 
Mensagens: 848
Registado: 4/1/2004 22:32
Localização: lx

por Renegade » 2/1/2012 13:05

krugman Escreveu:We need more, not less, government spending to get us out of our unemployment trap. And the wrongheaded, ill-informed obsession with debt is standing in the way.


:shock:

Volta Sócas, estás perdoado.
Avatar do Utilizador
 
Mensagens: 685
Registado: 12/9/2011 14:15
Localização: Porto

por Pantone » 2/1/2012 12:44

migluso Escreveu:A/C Mr. Muffin 8-)

http://azizonomics.com/2011/12/22/the-old-paul-krugman/

Isto prova que Krugman é um político.
Aquilo que diz depende de quem está no poder.

Que incoerência... Com a agravante que hoje os problemas dos défices são ainda mais graves.


Não sei o que queres demonstrar com este artigo, mas se o "editor" não percebe que a realidade hoje é muito diferente da de 2003... só posso lamentar.

Pegando nas tuas palavras, isto apenas sugere que o autor advoga hoje algo diferente que sugeria em 2003 (o que não será de estranhar, a menos para aqueles iluminados que pensam que as medidas de 2003 teriam os mesmo efeitos na realidade económica actual, e que curiosamente têm estado errados desde o início desta crise).

Um vício que vai na cabeça de muita gente, é o de que existe uma única forma correcta de actuar (deve ter algo de divino) e que não importa nem o contexto nem o momento, pois os resultados serão sempre os mesmos. Essa torpeza de raciocínio aliado a uma gritante insensibilidade económica e social tazem-nos ao momento em que vivemos.

Dois pontos adicionais, i) O Krugman escreve fundamentalmente para uma realidade Americana, muitas vezes não transportável para a Europeia (e muito menos para a portuguesa) e ii) O homem escreve sobre economia, e infelizmente nos EUA (como na maioria dos países) isso é inseparável da política.

Quanto a hoje os déficits serem mais graves, ele escreve hoje:

krugman Escreveu: in http://www.nytimes.com/2012/01/02/opini ... .html?_r=1

Nobody Understands Debt

In 2011, as in 2010, America was in a technical recovery but continued to suffer from disastrously high unemployment. And through most of 2011, as in 2010, almost all the conversation in Washington was about something else: the allegedly urgent issue of reducing the budget deficit.

This misplaced focus said a lot about our political culture, in particular about how disconnected Congress is from the suffering of ordinary Americans. But it also revealed something else: when people in D.C. talk about deficits and debt, by and large they have no idea what they’re talking about — and the people who talk the most understand the least.

Perhaps most obviously, the economic “experts” on whom much of Congress relies have been repeatedly, utterly wrong about the short-run effects of budget deficits. People who get their economic analysis from the likes of the Heritage Foundation have been waiting ever since President Obama took office for budget deficits to send interest rates soaring. Any day now!

And while they’ve been waiting, those rates have dropped to historical lows. You might think that this would make politicians question their choice of experts — that is, you might think that if you didn’t know anything about our postmodern, fact-free politics.

But Washington isn’t just confused about the short run; it’s also confused about the long run. For while debt can be a problem, the way our politicians and pundits think about debt is all wrong, and exaggerates the problem’s size.

Deficit-worriers portray a future in which we’re impoverished by the need to pay back money we’ve been borrowing. They see America as being like a family that took out too large a mortgage, and will have a hard time making the monthly payments.

This is, however, a really bad analogy in at least two ways.

First, families have to pay back their debt. Governments don’t — all they need to do is ensure that debt grows more slowly than their tax base. The debt from World War II was never repaid; it just became increasingly irrelevant as the U.S. economy grew, and with it the income subject to taxation.

Second — and this is the point almost nobody seems to get — an over-borrowed family owes money to someone else; U.S. debt is, to a large extent, money we owe to ourselves.

This was clearly true of the debt incurred to win World War II. Taxpayers were on the hook for a debt that was significantly bigger, as a percentage of G.D.P., than debt today; but that debt was also owned by taxpayers, such as all the people who bought savings bonds. So the debt didn’t make postwar America poorer. In particular, the debt didn’t prevent the postwar generation from experiencing the biggest rise in incomes and living standards in our nation’s history.

But isn’t this time different? Not as much as you think.

It’s true that foreigners now hold large claims on the United States, including a fair amount of government debt. But every dollar’s worth of foreign claims on America is matched by 89 cents’ worth of U.S. claims on foreigners. And because foreigners tend to put their U.S. investments into safe, low-yield assets, America actually earns more from its assets abroad than it pays to foreign investors. If your image is of a nation that’s already deep in hock to the Chinese, you’ve been misinformed. Nor are we heading rapidly in that direction.

Now, the fact that federal debt isn’t at all like a mortgage on America’s future doesn’t mean that the debt is harmless. Taxes must be levied to pay the interest, and you don’t have to be a right-wing ideologue to concede that taxes impose some cost on the economy, if nothing else by causing a diversion of resources away from productive activities into tax avoidance and evasion. But these costs are a lot less dramatic than the analogy with an overindebted family might suggest.

And that’s why nations with stable, responsible governments — that is, governments that are willing to impose modestly higher taxes when the situation warrants it — have historically been able to live with much higher levels of debt than today’s conventional wisdom would lead you to believe. Britain, in particular, has had debt exceeding 100 percent of G.D.P. for 81 of the last 170 years. When Keynes was writing about the need to spend your way out of a depression, Britain was deeper in debt than any advanced nation today, with the exception of Japan.

Of course, America, with its rabidly antitax conservative movement, may not have a government that is responsible in this sense. But in that case the fault lies not in our debt, but in ourselves.

So yes, debt matters. But right now, other things matter more. We need more, not less, government spending to get us out of our unemployment trap. And the wrongheaded, ill-informed obsession with debt is standing in the way.


Assim como escreveu em 2005 sobre o imobiliário:
krugman Escreveu: in http://www.nytimes.com/2005/08/08/opini ... ugman.html

That Hissing Sound
Published: August 8, 2005

This is the way the bubble ends: not with a pop, but with a hiss.

Housing prices move much more slowly than stock prices. There are no Black Mondays, when prices fall 23 percent in a day. In fact, prices often keep rising for a while even after a housing boom goes bust.

So the news that the U.S. housing bubble is over won't come in the form of plunging prices; it will come in the form of falling sales and rising inventory, as sellers try to get prices that buyers are no longer willing to pay. And the process may already have started.

Of course, some people still deny that there's a housing bubble. Let me explain how we know that they're wrong.

One piece of evidence is the sense of frenzy about real estate, which irresistibly brings to mind the stock frenzy of 1999. Even some of the players are the same. The authors of the 1999 best seller "Dow 36,000" are now among the most vocal proponents of the view that there is no housing bubble.

Then there are the numbers. Many bubble deniers point to average prices for the country as a whole, which look worrisome but not totally crazy. When it comes to housing, however, the United States is really two countries, Flatland and the Zoned Zone.

In Flatland, which occupies the middle of the country, it's easy to build houses. When the demand for houses rises, Flatland metropolitan areas, which don't really have traditional downtowns, just sprawl some more. As a result, housing prices are basically determined by the cost of construction. In Flatland, a housing bubble can't even get started.

But in the Zoned Zone, which lies along the coasts, a combination of high population density and land-use restrictions - hence "zoned" - makes it hard to build new houses. So when people become willing to spend more on houses, say because of a fall in mortgage rates, some houses get built, but the prices of existing houses also go up. And if people think that prices will continue to rise, they become willing to spend even more, driving prices still higher, and so on. In other words, the Zoned Zone is prone to housing bubbles.

And Zoned Zone housing prices, which have risen much faster than the national average, clearly point to a bubble.

In the nation as a whole, housing prices rose about 50 percent between the first quarter of 2000 and the first quarter of 2005. But that average blends results from Flatland metropolitan areas like Houston and Atlanta, where prices rose 26 and 29 percent respectively, with results from Zoned Zone areas like New York, Miami and San Diego, where prices rose 77, 96 and 118 percent.

Nobody would pay San Diego prices without believing that prices will continue to rise. Rents rose much more slowly than prices: the Bureau of Labor Statistics index of "owners' equivalent rent" rose only 27 percent from late 1999 to late 2004. Business Week reports that by 2004 the cost of renting a house in San Diego was only 40 percent of the cost of owning a similar house - even taking into account low interest rates on mortgages. So it makes sense to buy in San Diego only if you believe that prices will keep rising rapidly, generating big capital gains. That's pretty much the definition of a bubble.

Bubbles end when people stop believing that big capital gains are a sure thing. That's what happened in San Diego at the end of its last housing bubble: after a rapid rise, house prices peaked in 1990. Soon there was a glut of houses on the market, and prices began falling. By 1996, they had declined about 25 percent after adjusting for inflation.

And that's what's happening in San Diego right now, after a rise in house prices that dwarfs the boom of the 1980's. The number of single-family houses and condos on the market has doubled over the past year. "Homes that a year or two ago sold virtually overnight - in many cases triggering bidding wars - are on the market for weeks," reports The Los Angeles Times. The same thing is happening in other formerly hot markets.

Meanwhile, the U.S. economy has become deeply dependent on the housing bubble. The economic recovery since 2001 has been disappointing in many ways, but it wouldn't have happened at all without soaring spending on residential construction, plus a surge in consumer spending largely based on mortgage refinancing. Did I mention that the personal savings rate has fallen to zero?

Now we're starting to hear a hissing sound, as the air begins to leak out of the bubble. And everyone - not just those who own Zoned Zone real estate - should be worried.


Acrescento que ele foi atacado em 2005 por este artigo.

sim, ele realmente escreve muito, e muitas vezes acerta! Noutras errará... Mas enquanto se discutir a pessoa e não os argumentos, mal estamos.
 
Mensagens: 848
Registado: 4/1/2004 22:32
Localização: lx

por Pata-Hari » 25/12/2011 10:26

Tosh, nota que o mercado accionista tem parado de cair. Está como nós todos, expectante e lateralizando....
Avatar do Utilizador
Administrador Fórum
 
Mensagens: 20972
Registado: 25/10/2002 17:02
Localização: Lisboa

por ToshB » 25/12/2011 0:06

Recessão na Europa é inevitável, é o que o bear market nos stocks nos diz.
First rule of central banking: When the ship starts to sink, central bankers must bail like hell.
Avatar do Utilizador
 
Mensagens: 382
Registado: 1/8/2009 18:09
Localização: Setúbal

por migluso » 22/12/2011 19:09

A/C Mr. Muffin 8-)

http://azizonomics.com/2011/12/22/the-old-paul-krugman/

Isto prova que Krugman é um político.
Aquilo que diz depende de quem está no poder.

Que incoerência... Com a agravante que hoje os problemas dos défices são ainda mais graves.
"In a losing game such as trading, we shall start against the majority and assume we are wrong until proven correct!" - Phantom of the Pits
Avatar do Utilizador
 
Mensagens: 3146
Registado: 16/11/2009 18:45
Localização: Porto

por Pantone » 17/11/2011 22:21

Demand, Demand, Demand

Calculated Risk (http://www.calculatedriskblog.com/2011/ ... butes.html) sends us to two papers by Amir Sufi and Atif Mian using county-level data to investigate the causes of the recession. Their work strongly supports the balance-sheet view: a fall in demand from highly indebted households is the big story, and you can confirm that by showing that the big declines in nontradable employment — that is, employment in industries that sell locally — is in those countries where debt levels were high.

I like their work a lot, for three reasons: it’s very good work, it confirms the type of model I’ve been working on with Gauti Eggertsson, and it uses economic geography!

This paper (pdf - http://faculty.chicagobooth.edu/amir.su ... ov2011.pdf) does an especially good job of showing how their data contradict other stories, especially structural unemployment; the data just don’t fit any kind of “recalculation” story in which workers are unemployed because they have to be reallocated to new sectors, and fit very well with a story in which spending is just too low.

In general, cross-sectional comparisons are proving to be a very good way to test some propositions in macroeconomics. I’d cite, for example, the Nakamura-Steinsson paper (pdf - http://www.columbia.edu/~en2198/papers/fiscal.pdf) that uses fluctuation defense spending — which has very unequal impacts across states — to estimate the multiplier on fiscal policy (it’s about 1.5).

A warning, however: the empirical evidence, more and more, exhibits a clear Keynesian bias.

Paul Krugman in http://krugman.blogs.nytimes.com/2011/1 ... nd-demand/
 
Mensagens: 848
Registado: 4/1/2004 22:32
Localização: lx

por Pantone » 26/8/2011 11:13

AutoMech Escreveu:
Muffin Escreveu:Descer de zero vejo difícil. Mas quem não perceber isso também não pode perceber as consequências desse facto, e continuará a raciocinar seguindo os modelos convencionais (ou em alternativa não usando nenhum modelo, e formatando as noticias e os acontecimentos de acordo com as suas convicções e/ou preconceitos) que dizem que expansão monetária leva invariavelmente a inflação e depreciação da moeda.


Muffin, o meu comentário para o Migluso foi quase uma private joke (e pelo facto peço desculpa uma vez que estamos num espaço aberto), precisamente pelo facto dos juros estarem baixíssimos e ter havido uma outra discussão, naquela altura, num outro tópico exactamente sobre isso.

De qualquer das formas a economia não é uma ciência exacta e nem ninguém pode dizer que a "expansão monetária leva invariavelmente a inflação e depreciação da moeda", nem tão pouco pode negar que isso alguma vez aconteça. Depende das circunstâncias em que tal ocorra.


Automech, peço desculpa então por não ter percebido. É o que dá ler as respostas descontextualizadas.

:( :(
 
Mensagens: 848
Registado: 4/1/2004 22:32
Localização: lx

por Automech » 26/8/2011 0:05

Muffin Escreveu:Descer de zero vejo difícil. Mas quem não perceber isso também não pode perceber as consequências desse facto, e continuará a raciocinar seguindo os modelos convencionais (ou em alternativa não usando nenhum modelo, e formatando as noticias e os acontecimentos de acordo com as suas convicções e/ou preconceitos) que dizem que expansão monetária leva invariavelmente a inflação e depreciação da moeda.


Muffin, o meu comentário para o Migluso foi quase uma private joke (e pelo facto peço desculpa uma vez que estamos num espaço aberto), precisamente pelo facto dos juros estarem baixíssimos e ter havido uma outra discussão, naquela altura, num outro tópico exactamente sobre isso.

De qualquer das formas a economia não é uma ciência exacta e nem ninguém pode dizer que a "expansão monetária leva invariavelmente a inflação e depreciação da moeda", nem tão pouco pode negar que isso alguma vez aconteça. Depende das circunstâncias em que tal ocorra.
No man is rich enough to buy back his past - Oscar Wilde
Avatar do Utilizador
 
Mensagens: 9360
Registado: 4/6/2010 12:12
Localização: 16

por Pantone » 25/8/2011 22:33

Camisa Roxa Escreveu:
“People on twitter might be joking, but in all seriousness, we would see a bigger boost in spending and hence economic growth if the earthquake had done more damage.“
Paul Krugman
a semana passada era o Estado gastar dinheiro para se preparar para uma invasão extra terrestre, agora isto...
internem-no!!!!!!!!!!!!!!


Caro camisa-Roxa,
Escrever um post para, sem apresentar um único argumento, insultar alguém, descontextualizando uma ideia inserida em algum artigo (não dizendo sequer porque não concorda) e citar/propagar uma mentira já desmentida, é obra, até para ti!
:roll: :roll: :roll:
De qualquer forma, aproveito para esclarecer um ponto que o Automech escreveu atrás e que não tinha lido, sirva para algo este post

Automech Escreveu:Consequências ? Descida dos juros por exemplo. :twisted:

Descer de zero vejo difícil. Mas quem não perceber isso também não pode perceber as consequências desse facto, e continuará a raciocinar seguindo os modelos convencionais (ou em alternativa não usando nenhum modelo, e formatando as noticias e os acontecimentos de acordo com as suas convicções e/ou preconceitos) que dizem que expansão monetária leva invariavelmente a inflação e depreciação da moeda.
 
Mensagens: 848
Registado: 4/1/2004 22:32
Localização: lx

por Camisa Roxa » 25/8/2011 15:32

“People on twitter might be joking, but in all seriousness, we would see a bigger boost in spending and hence economic growth if the earthquake had done more damage.“
Paul Krugman

a semana passada era o Estado gastar dinheiro para se preparar para uma invasão extra terrestre, agora isto...

internem-no!!!!!!!!!!!!!!
Imagem
Free Minds and Free Markets
... forecasting exchange rates has a success rate no better than that of forecasting the outcome of a coin toss - Alan Greenspan (2004)
Avatar do Utilizador
 
Mensagens: 2475
Registado: 5/11/2002 11:27
Localização: Leiria

por Automech » 10/12/2010 23:34

migluso Escreveu:
AM,

Podemos ver sempre o outro lado da moeda.
Não foi o preço das matérias-primas que subiu, foi o valor do dólar, do euro e doutras moedas que desceu. :)

Ehehehe, não me vais obrigar a ir procurar periodos de subida do dólar e das commodities simultaneamente, pois não ? :wink:

migluso Escreveu:Que consequências consideras que tem, então, a impressão de moeda?
SL :mrgreen:


Consequências ? Descida dos juros por exemplo. :twisted:

Eu já sei onde isto vai parar e nos próximos dias não tenho tempo para grandes discussões, por isso fico por aqui (mas lembro só a GM...). Estamos aqui, estamos a discutir o sistema fraccional outra vez. :wink:

SL
Avatar do Utilizador
 
Mensagens: 9360
Registado: 4/6/2010 12:12
Localização: 16

por Camisa Roxa » 10/12/2010 23:00

Xitonhane Escreveu:Nesta situação em que nos encontra-mos não há como fugir, com o acerto das contas, vamos ter que passar por mais um recessão é isso?haverá uma desmonetarização da economia??não haverá outra forma? é que os argumentos do senhor Krugman são bastante convincentes e claros.


são bastante convincentes e claros porque são mais uma ilusão de facilidades em escapar a tudo isto...

são apenas uma fuga para a frente de comprar mais algum tempo até ao mega estouro final
Imagem
Free Minds and Free Markets
... forecasting exchange rates has a success rate no better than that of forecasting the outcome of a coin toss - Alan Greenspan (2004)
Avatar do Utilizador
 
Mensagens: 2475
Registado: 5/11/2002 11:27
Localização: Leiria

por pdcarrico » 10/12/2010 22:28

migluso Escreveu:
Xitonhane Escreveu:Não sei, mas vou ter que reaprender economia...armadilha de liquidez não é o que se passa no Japão??ou estou a delirar?é que se for, talvez não seja um mito...estou errado???


O que é a armadilha de liquidez?


O problema do Japão foi entrar num período recessivo esgotando as ferramentas de estímulo monetário (juros quase a zero). Mesmo com excesso de liquidez não conseguiam obter crescimento económico nem estímulo ao consumo, porque se retraiu por conta da diminuição de confiança.

Armadilha de liquidez, porque nem com excesso de liquidez (estímulo monetário no máximo/ juros no mínimo) foi possível estimular o crescimento e combater a deflação.
Pedro Carriço
Avatar do Utilizador
 
Mensagens: 1156
Registado: 29/11/2007 11:42
Localização: Salvador, Bahia

por Xitonhane » 10/12/2010 22:13

Nesta situação em que nos encontra-mos não há como fugir, com o acerto das contas, vamos ter que passar por mais um recessão é isso?haverá uma desmonetarização da economia??não haverá outra forma? é que os argumentos do senhor Krugman são bastante convincentes e claros.
 
Mensagens: 130
Registado: 14/7/2008 16:47
Localização: 13

por Camisa Roxa » 10/12/2010 17:16

Xitonhane Escreveu:Não sei, mas vou ter que reaprender economia...armadilha de liquidez não é o que se passa no Japão??ou estou a delirar?é que se for, talvez não seja um mito...estou errado???


Quando é que será que vão enterrar de vez essas ideias do keynes, deixem o homem em paz. A armadilha da liquidez é sempre usada como desculpa esfarrapada para imprimir dinheiro... Aliás, é lendária a paródia do atirar dinheiro de helicópteros para ultrapassar a armadilha da liquidez.

Ok, foi diagnosticada uma armadilha da liquidez ao Japão? Solução keynesiana: inundar o mercado de dinheiro. Mas olha, ficou tudo na mesma! Quer dizer, ficou tudo na mesma excepto uma dívida externa abissal, grande solução sem dúvida!

A armadilha da liquidez é consequência, não é causa de nada! É consequência de bolhas originadas por políticas monetárias expansionistas.

Já aqui disse e volto a dizer: ponham os olhos no preço das commodities e aí verão as respectivas consequências.

Porque as pessoas não são parvas e podem-lhes dar taxas de juro baixas e notas para a mão até que chega o ponto em que essas notas não servem para comprar nada que é o que vai acontecer.
Imagem
Free Minds and Free Markets
... forecasting exchange rates has a success rate no better than that of forecasting the outcome of a coin toss - Alan Greenspan (2004)
Avatar do Utilizador
 
Mensagens: 2475
Registado: 5/11/2002 11:27
Localização: Leiria

por migluso » 10/12/2010 17:07

Xitonhane Escreveu:Não sei, mas vou ter que reaprender economia...armadilha de liquidez não é o que se passa no Japão??ou estou a delirar?é que se for, talvez não seja um mito...estou errado???


O que é a armadilha de liquidez?
"In a losing game such as trading, we shall start against the majority and assume we are wrong until proven correct!" - Phantom of the Pits
Avatar do Utilizador
 
Mensagens: 3146
Registado: 16/11/2009 18:45
Localização: Porto

por Xitonhane » 10/12/2010 16:58

Não sei, mas vou ter que reaprender economia...armadilha de liquidez não é o que se passa no Japão??ou estou a delirar?é que se for, talvez não seja um mito...estou errado???
 
Mensagens: 130
Registado: 14/7/2008 16:47
Localização: 13

por Camisa Roxa » 10/12/2010 12:40

AutoMech Escreveu:Camisa, ligar a subida do petróleo e o hoarding de açucar (só para dar dois exemplos) à impressão de moeda é esticar um bocado a corda. :wink:


daqui a nada estás a dizer que a culpa da subida do preço das matérias primas é dos especuladores :P

Meus amigos, a impressão de moeda paga-se caro, caso contrário resolviam-se todos os problemas do mundo com o apertar de um botão
Imagem
Free Minds and Free Markets
... forecasting exchange rates has a success rate no better than that of forecasting the outcome of a coin toss - Alan Greenspan (2004)
Avatar do Utilizador
 
Mensagens: 2475
Registado: 5/11/2002 11:27
Localização: Leiria

por migluso » 10/12/2010 12:14

AutoMech Escreveu:
Camisa Roxa Escreveu:ora aí estão mais uma vez os gloriosos resultados das políticas de impressão de dinheiro... e viva o Krugman!


Camisa, ligar a subida do petróleo e o hoarding de açucar (só para dar dois exemplos) à impressão de moeda é esticar um bocado a corda. :wink:


AM,

Podemos ver sempre o outro lado da moeda.
Não foi o preço das matérias-primas que subiu, foi o valor do dólar, do euro e doutras moedas que desceu. :)

Que consequências consideras que tem, então, a impressão de moeda?

SL :mrgreen:
"In a losing game such as trading, we shall start against the majority and assume we are wrong until proven correct!" - Phantom of the Pits
Avatar do Utilizador
 
Mensagens: 3146
Registado: 16/11/2009 18:45
Localização: Porto

por Automech » 10/12/2010 11:20

Camisa Roxa Escreveu:ora aí estão mais uma vez os gloriosos resultados das políticas de impressão de dinheiro... e viva o Krugman!


Camisa, ligar a subida do petróleo e o hoarding de açucar (só para dar dois exemplos) à impressão de moeda é esticar um bocado a corda. :wink:
Avatar do Utilizador
 
Mensagens: 9360
Registado: 4/6/2010 12:12
Localização: 16

por Camisa Roxa » 10/12/2010 11:08

ora aí estão mais uma vez os gloriosos resultados das políticas de impressão de dinheiro... e viva o Krugman!

O mundo pode estar a caminhar para uma nova crise alimentar. Os preços dos cereais dispararam nos últimos meses a um ritmo "alarmante" e em 2011 podem continuar a subir, segundo a previsão da Organização para a Agricultura e Alimentação das Nações Unidas (FAO).

O índice da FAO para 55 matérias-primas alimentares atingiu no início do mês o nível mais elevado desde Julho de 2008, auge da última crise alimentar, dá conta o "Jornal de Negócios".

Carne, milho e arroz são os bens alimentares de maior pressão. O preço do petróleo é um dos factores de encarecimento das matérias-primas.

A escassez de açúcar no mercado nacional já obrigou à paragem de refinarias. As prateleiras nos hipermercados estão vazias e limitar a compra de 2 kg por pessoa tem sido a estratégia nos últimos dias em Lisboa e no Porto. Há quem fale em estratégia para fazer subir o preço, noticia o"Diário de Notícias".
Imagem
Free Minds and Free Markets
... forecasting exchange rates has a success rate no better than that of forecasting the outcome of a coin toss - Alan Greenspan (2004)
Avatar do Utilizador
 
Mensagens: 2475
Registado: 5/11/2002 11:27
Localização: Leiria

por Camisa Roxa » 17/10/2010 14:54

internem este gajo de vez!

PAUL KRUGMAN: WE NEED $8-$10 TRILLION IN QE

é que este tipo de argumento é tão falacioso quanto previsível:

Camisa Roxa Escreveu:o que o Krugman diz é: se o estímulo falhou é porque foi insuficiente! queremos mais estímulo! isto é um ciclo vicioso ad eternum que mostra a desonestidade intelectual do Krugman pois arranjou um argumento que nunca ninguém conseguirá provar que está errado!


resta saber quem é que ainda dá crédito a este tipo
Imagem
Free Minds and Free Markets
... forecasting exchange rates has a success rate no better than that of forecasting the outcome of a coin toss - Alan Greenspan (2004)
Avatar do Utilizador
 
Mensagens: 2475
Registado: 5/11/2002 11:27
Localização: Leiria

por Camisa Roxa » 18/9/2010 15:38

com o cancelamento do TGV e da TTT até os socialistas colocam em causa a política de investimento público para sair da crise! uma política que até há meses era a única solução possível para sair da crise!

ai que doce ironia! se ao menos ouvissem o krugman a guinchar que é preciso mais gastos do Estado ahah

YOU FOOLS!
Imagem
Free Minds and Free Markets
... forecasting exchange rates has a success rate no better than that of forecasting the outcome of a coin toss - Alan Greenspan (2004)
Avatar do Utilizador
 
Mensagens: 2475
Registado: 5/11/2002 11:27
Localização: Leiria

AnteriorPróximo

Quem está ligado:
Utilizadores a ver este Fórum: AlfaTrader, Bing [Bot], Google [Bot], Google Adsense [Bot], icemetal, iniciado1, jprgodinho, latbal, malakas, MPAM, niceboy, OCTAMA, Pmart 1, PMP69, Shimazaki_2, Tiago2006 e 283 visitantes