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Caldeirão da Bolsa

Orçamento de Estado de 2012

Espaço dedicado a todo o tipo de troca de impressões sobre os mercados financeiros e ao que possa condicionar o desempenho dos mesmos.

...BOICOTE…. à EDP

por poseidon635 » 14/11/2011 12:45

Peço desculpa de este tópico não é o adequado, mas recebi o seguinte email, relativo a boicote à EDP.

Penso que será uma daquelas campanhas que não irá surtir muito efeito...

"EU ALINHO! GENIAL BOICOTE…. à EDP.
Eu alinho é só desligar o quadro geral.
Genial boicote á EDP
Proposta:
- no dia 20 (Domingo) de Novembro de 2011, às 15:00, a nível nacional, vamos, todos nós consumidores domésticos, desligar tudo durante uma hora (os nossos congeladores aguentam mais do que isso quando há uma “anomalia” na rede que nos deixa sem energia e as baterias dos nossos portáteis também);
A EDP já teme os prejuízos desta medida na escala dos vários milhões de portugueses, que estão conscientes do abuso a que estão sujeitos.
CONTINUEM A PARTILHAR!!!
A EDP mantém um nível de lucros totalmente incompatível com o estado do país e com os sacrifícios exigidos a todos nós.
A EDP tem mais poder que o Governo de Portugal e conseguiu (vá-se lá saber por que vias…) impedir uma medida que visava minorar os brutais aumentos da energia que se estão a verificar – e que vão, certamente, aumentar ainda mais os ditos lucros.
A EDP mantém um monopólio (não de jure, mas de facto) uma vez que a concorrência não oferece aos consumidores domésticos (por exemplo) taxas bi-horárias.
Proposta:
- no dia 20 de Novembro de 2011, às 15:00, a nível nacional, vamos, todos nós consumidores domésticos, desligar TUDO durante uma hora (os nossos congeladores aguentam mais do que isso quando há uma “anomalia” na rede que nos deixa sem energia e as baterias dos nossos portáteis também);
- vamos repetir a acção até a EDP ter de nos PEDIR para parar com a coisa. Na qualidade de bons cidadão, que todos somos, pararemos mas só se os preços forem ajustados de forma a que os lucros da EDP se acertem pelo razoável, pelo socialmente justo e pelo moralmente correcto."
 
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por habanero04 » 14/11/2011 12:39

Deputados com subsidio de Natal e de férias em 2012

Pelos vistos há quem esteja acima do sector privado! E parece que são sempre os mesmos!

Alguém falou em vergonha nacional? E anda tudo, jornalistas incluídos, caladinho que nem ratos…(ou distráidos…)

Vejam em concreto o orçamento da AR que é apresentado em bloco no OE e onde cabem deputados, funcionários e serviços e comissões dela dependentes.
Agora somem presidência, empresas públicas, serviços autónomos, etc etc, e verificará que os subsídios seráo pagos a muitos em total desigualdade com os abrangidos trabalhadores e funcionários da administração central, local, aposentados e pensionistas.
Isto é manifestamente inconstituconal.
Uma norma geral abrangendo todos os cargos e pensões pagos pelo OE seria simples e justa e poderia impor menos sacrifícios só para alguns...
Claro, o orçamento da AR votado pela totalidade dos deputados, ressalva a coerência dos partidos de esquerda que votaram contra o OE.

Atão tomem lá a verdadeira “Demokrácia!” deste burgo...

Ora toma lá que é democrático!!
Até quando vai este povo amouchar como um burro que, como dizia Guerra Junqueiro, "já nem com as orelhas consegue enxotar as moscas"!

Saiu o Orçamento para a Assembleia da República e eles lá estão: o Subsídio de Férias e de Natal. Claro que já sabemos que estes políticos são super-portugueses, aos quais não se aplicam as leis aplicáveis à populaça... mas não haverá um mínimo de decoro?!

Para quem pense que se trata de uma fotomontagem, tomem lá um segundo link, para o próprio Diário da República, para que não hajam dúvidas.

Indignem-se!!!

Deputados e funcionários da Assembleia da República contemplados com subsídios de férias e de natal em 2012 no orçamento aprovado pelos partidos. À semelhança do que foi justificado para a TAP, também agora devem vir informar que havia perigo de fuga destes "cérebros" todos para o estrangeiro...

http://educar.wordpress.com/2011/10/18/ ... subsidios/

http://dre.pt/pdf1sdip/2011/10/20000/0465804667.pdf
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por keijas » 13/11/2011 23:15

afinal os fulanos que compõem o governo são tratados de forma diferente do restante setor publico.


ainda pensei que tivessem uma postura de exemplo (os sacrifícios são para todos) mas não.


nesta transferência do Centro de Estudos Fiscais para a Secretária de Estado dos Assuntos Fiscais alem de ter um aumento de 2 000€

diz também no despacho de nomeação.... com direito à percepção dos subsídios de férias e de Natal


assim se garante a um boy um prémio mensal de 2 000 € e a salvaguarda dos dois subsídios

o palavrão utilizam para nos deixar :roll: :?: :roll:



http://maquiavelencias.blogspot.com/2011/11/despacho-n.html


haja vergonha


.
malukices nos mercados ........ aqui »»»
http://www.malukosnabolsa.blogspot.com.
 
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por LFA1 » 13/11/2011 0:32

Crime e castigo (excerto da genial obra de Fiódor Dostoiévski):

“De repente, levanta-se grande alarido: da taberna saem os mujiques aos gritos, com cantigas e balalaicas, bêbados como cachos, grandes, de blusas vermelhas e azuis e cafetãs grossos lançados pelos ombros.”sentai-vos, sentai-vos todos! – grita um ainda jovem, de pescoço gordo e cara carnuda, rosada como uma cenoura – levo-vos a todos, sentai-vos!”. E logo se ouvem risos e exclamações:
- Uma pileca dessas, leva-nos a todos?
- Estás maluco ou quê, Mikolka? Então atrelas uma eguazinha dessas a um carroção desse tamanho!
- A baia já tem vinte anos, podeis crer, rapazes!
- Sentai-vos lá, que vos levo a todos! – continuava a gritar Mikolka, sendo o primeiro a subir para a carroça, pegando nas rédeas e pondo-se de pé no jogo dianteiro. - O alazão levou-mo o Matvei – grita da carroça – e esta égua, rapazes, anda-me a dar cabo dos cornos, só me apetece matá-la, não merece o que come. Sentai-vos, andai lá! Mando-a a galope! Vai galopar, rapazes! – E pega no chicote, preparando-se com deleite para chicotear a égua.
- Ide para a carroça, vá! – riem-se na multidão. – Não ouvistes? Diz que vai galopar!
- Essa não galopa há dez anos, podes crer!
- Há-de galopar!
- Ninguém tenha pena dela, rapazes, pegai todos nos chicotes!
- Assim está bem! Dai-lhe com força!
Todos trepam para a carroça do Mikolka, às chufas e gargalhadas. Já lá estão seis homens apinhados e ainda cabem mais. Sobe também uma mulher, gorda e vermelhusca. Veste de encarnado, tem uma kitcha de missangas posta na cabeça, koti nos pés, trinca avelãs e solta risinhos. Toda a gente ri e, na verdade, é caso para rir: uma besta tão reles é que vai levar a galope um peso daqueles! Dentro da carroça, dois rapazes começam logo a brandir os chicotes para ajudar o Mikolka. Ouve-se um “arre!”, a pileca puxa com todas as forças, mas qual galope, nem uma passada consegue dar, só marca passo, a saltitar, gemendo e dobrando as patas por causa das chicotadas que lhe desabam em cima como granizo. Aumenta a chacota, dentro e fora da carroça, Mikolka irrita-se e desata às chicotadas ferozes, em catadupa, como se acreditasse realmente que faria galopar a besta.
- Deixai-me ir também rapazes! – grita do meio da multidão um rapazola a aguçar o apetite.
- Vinde, todos! Sentai-vos! – berra Mikolka – Vai-nos levar a todos! Estoiro-te! – E fustiga a égua, já não sabe como bater com mais força, de tão assanhado.
- Paizinho, paizinho – grita o miúdo ao pai. – Olha paizinho, o que estão a fazer! Estão a bater tanto no cavalo, coitadinho!
- Vamos embora daqui! – diz o pai. – São uns selvagens bêbados. Vamos, não olhes! – e quer levá-lo dali, mas o miúdo escapa-se-lhe das mãos e corre, fora de si, na direcção da carroça. A égua está mal. Resfolega, pára, volta a puxar, por pouco não cai.
- Chicoteada até à morte. – grita o Mikolka. – Agora tem de ser! Rebento contigo!
- Eh, seu diabo, não és cristão ou que? – grita um velho do meio da multidão.
- Alguma vez uma pileca destas aguenta com tanta carga? – acrescenta outro.
- Estás a matá-la – grita um terceiro.
- Arreda! É minha! Faço o que quero! Venha mais gente! Todos! Quero-a a galopar!...
Rebenta então uma explosão de gargalhadas que supera todos os outros barulhos: o animal, não aguentando as pancadas, pôs-se, em desespero, a escoucear. Nem o velho se susteve e acompanhou as risadas gerais. Realmente: uma pileca tão insignificante e ainda dá coices!
Dois rapazes arranjam chicotes e saem da multidão para zurzir a égua nos flancos, um de cada lado.
- Acertai-lhe nos olhos, nos olhos! – grita Mikolka.
- Toca a cantar, rapazes! – grita alguém da carroça, e todos se põem a cantar. A cantiga é de farra, tange o pandeiro, assobia-se no refrão. A mulherzinha trinca avelãs e ri-se.
Corre para o cavalinho, põe-se à frente dele, vê como lhe açoitam os olhos, os olhos! Chora. O coração sobe-lhe à garganta, correm-lhe as lágrimas. O chicote de um dos homens escapa-se e bate-lhe na cara; não sente nada, torce os braços, grita, atira-se ao velho de cabelo branco que abana a cabeça e não está de acordo com aquilo tudo. Uma campónia pega-lhe na mão e quer levá-lo dali; mas ele escapa-se-lhe e volta a correr para a eguazinha, que está nas últimas, perde as forças, mas começa outra vez aos coices.
- Ah, c´os diabos! – enfurece-se ainda mais o Mikolka. Larga o chicote, inclina-se e tira do fundo da carroça um timão grosso e comprido, pega-lhe por uma das pontas com as duas mãos e ergue-a com esforço por cima da égua.
- Agora vai dar cabo dela! Gritam de todos os lados.
- Vai matá-la!
- É minha! – grita Milkolka, e descarrega o timão com toda a força. Ouve-se a pancada pesada.
- Esses chicotes a andar! Parados porquê? – gritam da multidão.
Mikolka levanta o timão outra vez e outro golpe pesado desaba nas costas da desgraçada pileca. Esta rebaixa a garoupa, mas pula e puxa, puxa com as últimas forças para fazer mexer a carroça. Seis chicotes fazem chover golpes de todos os lados, o timão cai em cima dela pela terceira vez, pela quarta, cadenciadamente, com toda a força. Mikolka está fulo porque não consegue abatê-la.
- É rija – gritam em volta.
- Aposto que agora vai cair, rapazes, vai ser o fim dela! – grita da multidão um mirone.
- À machadada! Acaba-se já com ela! – grita um terceiro.
- Ah, percevejo de um raio! Afastai-vos! – berra frenético Mikolka, e atira o timão para o chão, volta a inclinar-se na carroça e extrai um pé-de-cabra. – Cuidado comigo! – grita, e assesta um golpe terrível, bem de cima, na pobre égua. Um só golpe: a égua vacila, arreia, ainda quer puxar, mas o pé-de-cabra cai-lhe outra vez no lombo e ela cai por terra como se lhe tivessem cortado as quatro patas.
- Acabai com ela! – grita Mikolka, fora de si, da carroça. Outros rapazes, também vermelhos e bêbados, agarram no que calha – chicotes, paus, o timão – e correm para a eguazinha agonizante. Mikolka põe-se de lado e começa a bater-lhe à toa com o pé-de-cabra no lombo.
O animal estende o focinho, suspira pesadamente e morre.
- Acabou com ela! – gritam da multidão.
- Pois se não galopou!...
- É minha! – grita Mikolka, empunhando o pé-de-cabra e com os olhos raiados de sangue, como se estivesse com pena de já não ter em quem bater.”



Vivemos num tempo de embriaguez e de fúria em que por vezes dou por mim a pensar se Portugal não será nesta altura esta pileca, velha e esquálida, a ser fustigada pelo louco Mikolka e seus comparsas (mercados, troika e governo).
No livro, tudo isto não passou de um sonho do Raskólnikov. Talvez mais tarde não passe disso, um sonho, um pesadelo.
 
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por paulop2009 » 12/11/2011 20:15

Trisquel Escreveu:Ontem vi esta entrevista na Sic, agora dísponivel no JN.

Como acompanho á algum tempo o "jornalismo/pensamento/visão" destes jornalistas fiquei com a sensação que os mesmos começam a ficar desgastados/resignados e sem esperança no futuro. Espero que seja só o meu ponto de vista e que estejamos todos enganados já que concordo com alguma linha de pensamento dos mesmos, tenho de ser eu a concordar porque eles são figuras públicas e eu não! 8-)

"Almofadas? É mais o que pode correr mal do que o que pode correr bem"
11 Novembro 2011 | 11:59
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Pedro Santos Guerreiro, director do Jornal de Negócios, e José Gomes Ferreira foram os convidados da Edição da Noite, da SIC Notícias. Veja aqui o vídeo.
http://www.jornaldenegocios.pt/home.php ... &id=518731


Excelente video. Obrigado por partilhares. Isto é que é serviço público.

É bom constatar que o governo afinal não está a fazer o "flik flak à retaguarda" com as almofadas do PS. É triste ver a forma leviana como o Seguro faz contas... MAS também é muito triste tudo o que fica por fazer: PPP, consumos intermédios, fomento da economia, etc..
 
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por Lion_Heart » 11/11/2011 21:06

Declaração de voto: E uma palhaçada , devia ser proibida.
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por Trisquel » 11/11/2011 15:57

Ontem vi esta entrevista na Sic, agora dísponivel no JN.

Como acompanho á algum tempo o "jornalismo/pensamento/visão" destes jornalistas fiquei com a sensação que os mesmos começam a ficar desgastados/resignados e sem esperança no futuro. Espero que seja só o meu ponto de vista e que estejamos todos enganados já que concordo com alguma linha de pensamento dos mesmos, tenho de ser eu a concordar porque eles são figuras públicas e eu não! 8-)

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por alvim » 11/11/2011 15:37

Ta bem tá.
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Subsidios

por vitcosta » 11/11/2011 15:21

"O Estado não tem o direito de pagar a uns e não a outros"

29-Out-2011

Antes de embarcar num avião para os Açores, onde vai estar este fim de semana no congresso dos juízes portugueses, o magistrado António Martins teve tempo de explicar ao Expresso porque é que o corte dos subsídios de férias e Natal é ilegal não devendo ser cumprido mesmo que aprovado pelo Parlamento - e como é inadmissível que o Estado trate os seus credores de forma diferente. Porque os funcionários públicos são tão credores como os donos da dívida pública.



- Porque é que o corte dos subsídios de férias e de Natal é ilegal?

- O património das pessoas só pode ser objecto de incorporação no património do Estado por vias legais. E elas são o imposto, a nacionalização ou a expropriação. Não é possível ao Estado dizer: vou deixar de pagar a este meu servidor ou funcionário. O que o Estado está a fazer desta forma é a confiscar o crédito daquela pessoa. Por força de uma relação de emprego público, aquela pessoa tem um crédito em relação ao Estado, que é resultado do seu trabalho. Há aqui uma apropriação desse dinheiro, que configura um confisco: isso é ilegal e inconstitucional.



- Mas não há excepções que tornem o corte legítimo?

- Há o estado de emergência e o estado de sítio, em que os direitos das pessoas podem ser comprimidos ou suspensos durante algum tempo. Mas não foi decretado o estado de sítio ou o estado de emergência. E não o tendo sido decretado, o Estado continua sujeito ao respeito dos direitos dos cidadãos. Pode-se dizer, e nós já o afirmámos, que vivemos um momento difícil, em que é necessário salvar o país. E todos devemos ser mobilizados para essa salvação. Mas de forma adequada, precisamente pela via do imposto.



- Quer dizer que a redução para metade do subsídio de Natal deste ano já não é ilegal?

- Não é um corte. É um imposto. O imposto é lançado sobre todos, ou seja, tem carácter universal, abrangendo todos aqueles que têm capacidade contributiva, que advém dos rendimentos do trabalho mas também dos rendimentos do capital. E tem ainda carácter progressivo, em que quem mais ganha mais paga. Essa é a via justa e equitativa que respeita o direito. É a via adequada para salvar o país. Há um erro profundo na forma como se está a enquadrar esta questão. Porque há uma pergunta que subsiste: onde pára o limite disto? Qualquer dia o Governo lembra-se de decidir que as famílias com dois carros vão ter de entregar um. A situação é a mesma. Ficar com um carro de um cidadão ou ficar com o seu dinheiro é igual.



- E o que vai fazer para combater essa decisão?

- Da parte dos juízes, achamos que temos uma responsabilidade de cidadania e um imperativo de transmitir aos cidadãos portugueses que esta medida, ainda que venha a ser aprovada pelo Parlamento e ainda que venha a ser lei, não é uma lei conforme ao direito e à justiça.



- Será, portanto, uma lei ilegal?

- É uma lei ilegal e que não deve ser cumprida. Os cidadãos podem recorrer aos tribunais para salvaguardarem os seus direitos. E no espaço dos tribunais, por enquanto, num Estado de direito, que se deve equacionar a legalidade das leis e o seu cumprimento ou não. Cabe aos tribunais dizer se elas são conformes ao direito, à justiça e à constituição. Essa é a nossa grande preocupação neste momento.



- Está a apelar para que se recorra em massa aos tribunais?

- Não se trata de um apelo. Caberá a cada cidadão fazer a sua opção. Não estamos a apelar a uma intervenção maciça das pessoas juntos dos tribunais. Temos é um dever de fazer ouvir a voz dos juízes para que os cidadãos não se sintam completamente desprotegidos e abandonados perante este poder fáctico do Estado e que tem apoio em comentadores e opinion makers que aparentemente caucionam toda esta actuação.

- Mas, se a decisão é aprovada pela maioria do Parlamento, ir contra ela não é, de certa forma, um ato de

desobediência civil?

- Não se trata de desobediência civil. É um exercício de um direito. Mas queremos, antes que venha a ser lei, que os parlamentares não sejam apenas deputados eleitos na lista de um partido. Queremos que debatam, como representantes das pessoas que os elegeram, se esta é a forma de um Estado ser um Estado de bem. Porque é que o Estado opta por dizer que não paga a estas pessoas e, em vez disso, não opta por dizer que não paga às entidades com as quais fez negócios ruinosos nos últimos anos, celebrando parcerias público-privadas com contratos leoninos?



- Há cláusulas nesses contratos que obrigam, certamente, a pagamentos de multas pesadas...

- E para os trabalhadores públicos não há cláusulas? É obrigação do Estado pagar-lhes os vencimentos, incluindo o 13.º e o 14.º meses. Está na lei.



- Acharia mais legítimo não pagar parte das parcerias público-privadas?

- Um Estado de bem tem a obrigação de pagar a todos os seus credores. Se não tiver possibilidade de pagar a todos, também não tem o direito de dizer que paga a uns e não paga a outros. Esta é a questão. O Estado não tem direito de dizer que paga aos seus credores internacionais, aos seus credores das parcerias público-privadas, aos credores que defraudaram os depositantes no BPN e no BPP, mas não paga às pessoas que trabalham no sector público.



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por Josytoc » 11/11/2011 14:18

Duvido que com o Vitor Gaspar haja almoços grátis.
Se fosse aos banqueiros comecaria a propor algo mais razoável.
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por Lion_Heart » 11/11/2011 13:04

A festa continua, hoje e sexta , fim de semana e o parlamento fecha mais cedo. LOL
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por Lion_Heart » 11/11/2011 13:00

Trisquel Escreveu:Quem paga a diferença????????


Bancos querem que o Estado entre no capital ao valor contabilístico
11 Novembro 2011 | 11:34
Pedro Santos Guerreiro - psg@negocios.pt

Paulo Moutinho - paulomoutinho@negocios.pt

Maria João Babo - mbabo@negocios.pt


Se o Estado entrar no capital dos bancos às cotações actuais na bolsa, ficará com mais de 70% do BCP e do BPI.
Os banqueiros portugueses pretendem que a avaliação da posição que o Estado venha a ter nos bancos intervencionados seja feita com base no valor contabilístico das acções, e não nas cotações actuais.


Ora ai esta a aldrabice!
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por Trisquel » 11/11/2011 12:57

Quem paga a diferença????????


Bancos querem que o Estado entre no capital ao valor contabilístico
11 Novembro 2011 | 11:34
Pedro Santos Guerreiro - psg@negocios.pt

Paulo Moutinho - paulomoutinho@negocios.pt

Maria João Babo - mbabo@negocios.pt


Se o Estado entrar no capital dos bancos às cotações actuais na bolsa, ficará com mais de 70% do BCP e do BPI.
Os banqueiros portugueses pretendem que a avaliação da posição que o Estado venha a ter nos bancos intervencionados seja feita com base no valor contabilístico das acções, e não nas cotações actuais.
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por Lion_Heart » 11/11/2011 12:19

Eu ja estive na Polonia e eles so ainda nao nos ultrapassaram pq nao sao idiotas, vao devagar e calmamanete sem endividar a louca e sem dar grandes regalias (salario minimo baixo, 12 salarios).

Mas com um País daquele tamanho e perto dos "bigodes" é so uma questao de tempo.
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por MiamiBlue » 11/11/2011 12:17

altrio Escreveu:PIB 'per capita' português será o 20.º da UE

http://sol.sapo.pt/inicio/Economia/Inte ... t_id=33408

Quando éramos só 12 estivemos sempre nos primeiros lugares da tabela (virada ao contrário), lugar que nos foi tirado quando a EU se alargou aos países de leste.

Mas pouco a pouco lá vamos nós recuperando a nossa liderança! Já só falta a Bulgária, Estónia, Hungria, Letónia, Lituânia, Polónia e Roménia.


Para o ano conseguimos subir mais alguns lugares!!!!
 
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por altrio » 11/11/2011 11:23

PIB 'per capita' português será o 20.º da UE

http://sol.sapo.pt/inicio/Economia/Inte ... t_id=33408

Quando éramos só 12 estivemos sempre nos primeiros lugares da tabela (virada ao contrário), lugar que nos foi tirado quando a EU se alargou aos países de leste.

Mas pouco a pouco lá vamos nós recuperando a nossa liderança! Já só falta a Bulgária, Estónia, Hungria, Letónia, Lituânia, Polónia e Roménia.
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Como ee que eu nao relembrei ????

por bboniek33 » 10/11/2011 21:56

Claro ! Ouvi essa com o JGF ! Assombroso, e atee hoje em declarac,oes na TV... mas nao me lembrava.

Sim, esse tambem jaa disse uma coisa e o seu contraario. E isso tudo sem se rir... :twisted:
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por tava3 » 10/11/2011 21:54

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?

por bboniek33 » 10/11/2011 21:50

tavaverquenao2 Escreveu:Quem está completamente gagá é o homem do pentelho, vem dizer que o ps devia pedir desculpa dos cortes nos subsídios. Ele não se lembra do que disse antes do psd ir para o governo, já está velhote coitado, dá-se desconto.

oh mas que pourra, estive aqui a pensar "do pentelho" :-k quem ee esse ?
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por tava3 » 10/11/2011 21:47

Quem está completamente gagá é o homem do pentelho, vem dizer que o ps devia pedir desculpa dos cortes nos subsídios. Ele não se lembra do que disse antes do psd ir para o governo, já está velhote coitado, dá-se desconto.
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Para mim...

por bboniek33 » 10/11/2011 21:41

ee pungente ver a discussao dos feriados religiosos vs. laicos.

Se nao fosse pateetico atee teria a sua grac,a.

Soo mesmo nesta chafurdice da Europa se discutiria esta coisa assim...

Atee mete pena. :lol:
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por tava3 » 10/11/2011 20:40

Josytoc Escreveu:Mário Soares disse recentemente que é preciso dar prioridade ás pessoas depois ao dinheiro.

O que ele é disse foi que primeiro devíamos fazer a omeleta e só depois comprar os ovos.

Bastante infeliz a frase que mostra uma total falta de compreensão da sociedade em que vivemos e do contexto em que a mesma se insere.


Haver ovos até os há, e chegariam para todos se não houvessem uns lateiros que os comem todos.

Quanto à falta de compreensão da sociedade, acho que se aplica mais ao actual presidente, esse sim um autentico lerdo.
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por Josytoc » 10/11/2011 20:01

Mário Soares disse recentemente que é preciso dar prioridade ás pessoas depois ao dinheiro.

O que ele é disse foi que primeiro devíamos fazer a omeleta e só depois comprar os ovos.

Bastante infeliz a frase que mostra uma total falta de compreensão da sociedade em que vivemos e do contexto em que a mesma se insere.

A dissociação entre essas duas vertentes é uma pura ficção. Quer gostemos quer não, a realidade em que vivemos, nunca como hoje, foi tão reveladora de que as duas coisas estão intimamente ligadas. È decepcionante que uma pessoa que foi governante, com todo o vasto curriculum associado, tenha esta falta de entendimento sobre o contexto da economia mundial e do seu funcionamento ao enquadrar a questão numa perspectiva nacional.

De facto concordo que é preciso pensar prioritariamente nas pessoas mas prevejo que ainda vão passar muitos anos até que, quem sabe um dia, a maioria de todos os eleitorados entenda que é necessário uma nova ordem económica mundial baseada em diferentes valores. Só a partir dai se abre a possibilidade de dar prioridade ás pessoas.
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OE 2012

por cjmbarbosa » 10/11/2011 19:49

Quanto mais vejo o debate do OE 2012 na AR...tenho cada vez mais a certeza que este País já não tem cura...Cambada de palhaços !!!
 
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por moppie85 » 10/11/2011 17:23

darkvader Escreveu:Há muitos hospitais públicos, especialmente no Norte, onde se pica o ponto com o dedo, e não é por isso que deixam de funcionar.

E nos Hospitais privados , também não funcionam?

Essa desculpa, não é desculpa, a realidade de ter que mudar e se adaptar a padrões de rigor é que parece que está a custar a muita gente.

Todos os serviços do Estado têm de ter rigor e instrumentos de aferição e gestão do desempenho. E o controlo de ponto electrónico é um desses meios entre muitos mais.
Até servirá em alguns casos para detectar ou verificar se alguém está a trabalhar horas a mais e com isso tirar as devidas ilações no sentido de corrigir ou melhorar procedimentos, por forma, a se trabalhar de forma mais eficiente.

A questão é só esta: quem não tem medo do trabalho, não tem que ter medo da mudança.


É inútil e a maior parte dos hospitais privados a que recorri não tem sensor biométrico que eu tenha dado conta... Isso só trás vantagem em algo do género "tens de ficar aqui 8h a fazer consulta - venha um doente ou venham cem doentes" - caso contrário é inútil.
 
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