Pedro Passos Coelho
Tem dados concretos que sustentem as suas afirmações e que contradizam as do PM?
Não sou eu que o digo, veja-se, aliás, aquilo que ainda ontem na edição do jornal Público dizia Pedro Telhado Pereira, especialista em economia do trabalho e professor na Universidade da Madeira, a este propósito: "o corte no vencimento dos funcionários públicos parece basear-se em estudos que mostram que se a educação for a mínima os salários são superiores aos do sector privado, mas outros estudos mostram que a rendibilidade da educação é superior no sector privado do que no sector público. É muito provável que, nesta altura, os salários no sector privado para os licenciados sejam superiores aos dos funcionários públicos e esta situação vai-se agravar com as novas medidas."
O PPC é que "lançou" aquele número sem nenhum estudo que o suportasse (note-se que ele não adianta qualquer base científica para aquilo), para justificar o injustificável e tentar aplacar as críticas que sobre esta medida se abateram.
Até compreendo a sua indingação mas pergunto-lhe, se quando foi aumentado em 2009 (em 2,9% e com deflação de 1,7% no ano anterior), também ficou indignado por os restantes trabalhadores do privado não terem sído aumentados?
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Não me senti indignado porque aquilo que os trabalhadores do sector privado tinham aumentado nos anos de 2007 e 2008 foi superior àquilo que me amentaram em 2009 e eu em 2007 e 2008 tive os aumentos congelados. Agora também lhe digo que tomara eu que os funcionários do sector privado aumentassem todos os anos 3% e 4%, era sinal de que as empresas estavam a fazer um bom trabalho e a economia estava a andar para a frente (quando ouço as notícias de que a auto europa aumentou os salários dos seus funcionários em 3% eu fico satisfeito, porque é sinal de que a empresa está a laborar bem e isso é bom para o país, para os trabalhadores, para toda a gente).
Agora, também lhe pergunto se não se sentiria indignado se nos últimos sete anos apenas por uma vez fosse aumentado; se não pudesse progredir na sua empresa apesar de ser o melhor funcionário; se este ano lhe diminuíssem o salárioo em 5%; se agora lhe dissessem que lhe teriam de tirar mais 15% e se ainda por cima tivesse de ouvir alguns dizer que é um privilegiado!!!!
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moppie85 Escreveu: Agora é que me fizeste rir, senão vejamos:
Podemos começar por este caso.
mares Escreveu:
- O Estado não têm de compettir com os privados. O médico poderá transitar entre o serviço público e o privado desde que cumpra determinadas regras.
moppie85 Escreveu:O estado está de momento a competir com o privado pelos médicos. Aliás, sabes quantos oftalmologistas estão no quadro do Hospital CENTRAL de Faro? Um! Sabes quantos dermatologistas? Um! Sabes quantos otorrinos? Um! Sabes onde é que os outrous estão? No privado.
mares Escreveu:
Repito, o Estado não tem de competir com o privado. O Estado tem competências e ferramentas suficientes para actuar na saúde em Portugal, não precisando utilizar os privados como referência para nada.
Os profissionais que refere (como tendo transitado para o privado), estarão nessa condição enquanto as condições do merdado o permitirem (essencialmente enquanto houver procura por esses serviços). Com a eliminação de parte dos beneficios fiscais na saúde e a diminuição do poder de compra das pessoas, dentro de pouco tempo poderá chegar aqui e apresentar um panorama completamente diferente.
Se cada um desses especialistas (que ficou no público) for competente e atendêr à demanda do público, o Estado (utentes e contribuintes em geral) só terão de estar satisfeitos pois não terão de pagar pelos salários desses profissionais.
Caso a demanda seja maior, o Estado sempre poderá recorrer ao recrutamento no exterior. Esses proffisionais desempenharão eficientemente as mesmas funções e a custos possivelmente mais baixos que os anteriores (visto que o Estado não têve gastos na formação desses profissionais e possivelmente não ficarão em Portugal quando se aposentarem).
Ao Estado cabe também a função de fiscalizar a qualidade do atendimento.
Por falar nisso, como está a situação do oftalmologista holandês, que tinha clínicas no Algarve e que é acusado de têr provocado cegueira nos seus doentes?
Aqui está um exemplo do quão trágico pode ser atribuír ao privado os cuidados de saúde.
mares Escreveu:- O privado não forma os médicos que utiliza nas suas clínicas.
moppie85 Escreveu:Sim, até porque os economistas que estão nos nossos bancos é a CGD, o BES e o BCP que os formam.
Aliás, os eng. petroquímicos que trabalham na GALP foram formados no famoso "Instituto GALP da Petroquímica" e não no IST ou na FEUP...
mares Escreveu:Respondo-lhe que, felizmente que o privado não forma os médicos que utiliza nas suas clínicas. Se eles incorrem em erros grosseiros (em questões de esterilização das ferramentas, por questões economicistas), então imagine como sería se a educação fosse feita nessas clínicas... Aí todo o país ficaría cego ...
Não sou contra a formação de profissionais pelo Estado e que estes venham a servír o privado (sejam médicos, engenheiros, economistas,....).
(Sabêmos que até a formação, de qualidade razoável, é o Estado que a fornece).
O Estado recolherá através dos impostos esse investimento feito, isso é certo. Mas também deverá utilizar todos os meios ao seu dispôr, para assim corresponder às espectatívas de quem paga os seus impostos. Por isso mesmo poderá utilizar a "força do Estado" para atendêr a situações de emergência ou recorrer ao recrutamento de profissionais ao exterior para o mesmo efeito.
mares Escreveu:- O privado também não pagará as reformas dos seus profissionais.
moppie85 Escreveu:Não entendi esta afirmação... então não paga? Tem de fazer os descontos (a famosa TSU) para o estado. Parte que o Estado nunca descontou para a CGA... vão lá metendo à medida que for preciso... e se não der... olha "muda-se as reformas".
mares Escreveu:Quem não descontou para a CGA foi o profissional, visto que quem paga as reformas é o próprio Estado.
Essa situação duvidosa irá terminar quando o regime de aposentação e regime geral se fundírem. Aí irá vêr quêm não está cumprindo com o seu papel. Poderá acreditar que salários altos e reformas "douradas" irão terminar.
Esperêmos apenas que essa transição ocorra de uma forma "suave" e não de uma forma abrupta (com a perda da capacidade do Estado em pagar salários e reformas). Sabemos que quando a corda estica muito, ela poderá rebentar por algum lado (normalmente é pelo lado mais fraco).
mares Escreveu:- O privado faz a gestão do seu pessoal, optimizando os serviços e visando o lucro da instituição. Ao profissional, que lá trabalha, apenas poderá ser-lhe repassado uma pequena parte desse lucro.
moppie85 Escreveu:Como é lógico. Qual é o lucro real dos serviços médicos? Quanto é que uma pessoa está disposta a pagar pela sua saúde?
Se quiseres ver pela "produção" podes ver que fui a França e a ocupação do bloco mais um dia de internamento para não nacionais franceses custava, no público, a módica quantia de 117 mil euro.
mares Escreveu:O lucro real dos serviços privados é conhecido.
O que não é divulgado é quanto reverte para o contribuinte em cuidados de saúde, pelos impostos que paga ao Estado.
Por isso mesmo a tua pergunta "Quanto é que uma pessoa está disposta a pagar pela sua saúde?", não faz sentido.
O cliente é o utente e o médico é o prestador de serviço. Não se esqueça disso.
O contribuinte português não é "estrangeiro" nos hospitais e também paga para os médicos, com seus impostos.
O "cliente" é o utente e o médico é o prestador de serviço. Não se esqueça disso.
mares Escreveu:- Tem sído o próprio Estado a desvirtuar os serviços de saúde, concedendo benefícios fiscais na saúde. Não é da competência do Estado dar benefícios a quem não recorre aos SNS.
moppie85 Escreveu:Concordo, a partir do momento em que o Estado é capaz de cumprir as tarefas que tem em mãos e não, como aconteceu no IPO de Lisboa, uma pessoa que tenha de fazer uma Ressonância Muito Urgente em Agosto, lhe digam que a vaga que existe é para inicio de Janeiro.
Se o estado financia os hospitais em X para as ressonancias, porque não deverá fazer o mesmo no privado? O utente pagaria o resto. Quanto aos descontos do IRS, claro que, novamente, se o Estado fizesse o seu papel, seriam completamente desnecessários.
mares Escreveu:Se a "Ressonância Muito Urgente" não foi feita em Agosto e que só será em janeiro será preciso investigar os motivos (se dos meios materiais ou se dos meios humanos).
Voltando a Faro, a declaração de rendimentos do director de oftalmologia de um hospital do Algarve (se não estou em erro, por uma noticia de hoje), apresenta um rendimento de 800 mil euros em 2009. Apareçe na notícia que também serve o privado.
Aí está a promiscuídade entre o público e o privado!
Então o que diz de "Se o estado financia os hospitais em X para as ressonancias, porque não deverá fazer o mesmo no privado? O utente pagaria o resto." dá a entender que apoia essa promiscuidade e que o contribuinte pague por isso (além daquilo que já paga nos seus impostos e que não lhe é retribuido pelos serviços de saúde).
Então precisará revêr qual é o papel do Estado, do profissional e do utente.
É preciso voltar a moralizar quem serve o Estado!
mares Escreveu:- O privado atende uma faixa muito estreita da população, i.e. aqueles com possibilidades de pagar esses serviços. Não é um serviço universal e por isso mesmo não serve de referência à saúde nacional.
moppie85 Escreveu:Isso é falso. O privado atende coisas que o público poderia bem atender. Ex: a ressonancia magnética do hospital de Faro é privada - ou seja, cada ressonancia que o HCF manda fazer, o estado paga a privados.
Mais exemplos? A RMN do IPO de Lisboa, está a ser feita actualmente por privados. Têm as máquinas, mas não estão dispostos a pagar ao pessoal para fazer turnos ao fim de semana e depois das 20h. Ou melhor, pelo dinheiro que ofereceram, os médicos não estavam dispostos. Assim é melhor: são os mesmos médicos que fazem o exame, no privado, e o hospital por estupidez tem as máquinas paradas e paga aos médicos mais para fazer o trabalho. Poderiam ter poupado dinheiro ao oferecer mais remuneração ao pessoal médico.
mares Escreveu:
Os seus exemplos estão respondídos acima e que provêm apenas da promiscuidade entre o público-privado, da inefeciência e falta de profissionalismo daqueles que atendem no Estado.
Isso terá de terminar e certamente que acontecerá muito em breve.
Aí verêmos o desaparecimento do serviço privado. Eles não se diferenciam nos serviços,e só estão na sombra da inefeciência e da corrupção no público.
mares Escreveu:Resumíndo:
Qualquer médico poderá transitar público-privado desde que:
- O Estado seja ressarcído do investimento feito na formação desse profissional (o custo de cada médico corresponde a várias dezenas de milhares de euros).
moppie85 Escreveu:Claro! LOL Fico também à espera do dinheiro de volta da formação de professores que vão para o privado, de economistas que vão para o privado, de eng mecanicos que vão para o privado e também daqueles que tiraram o curso e não trabalham para o Estado... é preciso recuperar o dinheiro.
mares Escreveu:
O Estado já tentou introduzir essa medida que foi anulada pelo sindicato dos médicos e por interesses corporativistas. Isso não quer dizer que a proposta não volta a ser colocada em cima da mesa e desta vez seja efectivada.
Para os outros profissionais, a mesma regra poderá ser válida desde que o Estado veja interesse em aplicá-la. Não duvidamos disso pois não?
mares Escreveu:- Os ganhos de salário desse profissional (imediatos), não servirão de "fardo" ao Estado aquando da sua aposentação.
moppie85 Escreveu:Até parece que os ganhos imediatos destes profissionais não se refletem em aumento dos seus descontos quer em sede de IRS quer para a Segurança Social...
mares Escreveu:
Existe um conceito muito errado (principalmente da parte dos profissionais do Estado) de que são eles que trazem ganhos ao Estado, através dos seus impostos. Isso é uma falácia, visto que o que pagam de impostos, parte provém do que recebem do seu salário (que também provêm do Estado).![]()
Se o país não gerar riqueza por outros meios (exportações, serviços ao estrangeiro, transferência de capitais por emigrantes,....etc), poderá vêr que muito em breve o Estado estará falído com os impostos que recebe dos seus funcionários....![]()
mares Escreveu:- Os benefícios fiscais não deverão servir para fazer floresçer um serviço que não é referência à saúde em Portugal.
moppie85 Escreveu:Concordo, desde que o estado desempenhe o seu papel, coisa que nao faz.
mares Escreveu:O Estado cumpre o seu papel!
O que vejo é o contribuinte implorar pelos serviços do Estado (devendo ser estes prestados pelos servídores do Estado), quando são esses mesmos servidores que dizem que "o Estado não cumpre com as suas obrigações"... Mas estamos brincando ou quê??!!
Quem deverá cumprír com as obrigações do Estado são os seus servidores. O utilizador desses serviços, não deverá implorar por eles, mas exigir profissionalismo e honestidade àqueles que prestam esses serviços!
É para isso que as pessoas pagam os seus impostos!
(Não quería dizer isso, mas até me fizeste rir com algumas das tuas afirmações).
- A ganância dos outros poderá gerar-lhe lucros.
- A sua ganância poderá levá-lo à ruína.
- A sua ganância poderá levá-lo à ruína.
Mares Escreveu:LFA1 Escreveu:
http://www.publico.pt/Política/passos-diz-que-funcionarios-publicos-ganham-mais-10-a-15-que-trabalhadores-do-privado-1516651
Isto é falso. É hoje em dia consabido que na função pública apenas se ganha mais, em média, do que no privado em funções para as quais se exija uma baixa qualificação profissional. Já quanto àquelas profissões em que se exigem qualificações mais elevadas os salários no privado são, em média, mais elevados.
E o corte nos salários dos funcionários públicos não é, com estas medidas de 10 ou 15%, mas sim de 40% ou mais. Se atentarmos no facto de entre 2007 e 2014 aqueles só terem visto um aumento salárial, o que implicará uma redução salarial de cerca de 15%; se atentarmos que neste ano já houve uma redução de 5%; se atentarmos no facto das progressões nas carreiras estarem congeladas praticamente desde 2006, o que em mutios casos implica mais um corte de 10% ou mais; se atentarmos que este ano são mais 14,3% de redução nos salários, é so fazerem as contas!
Na verdade, se houvesse alguma réstea de justiça na repartição dos sacrifícios, a solução teria sido, como é evidente, igual à que foi utilizada este ano para o subsídio de natal. O problema é que a terminologia aí seria outra, já não estaríamos perante um "corte" na despesa, mas sim perante um aumento da receita (imposto). Assim, o PPC para evitar ouvir que estava a criar mais um imposto decidiu utilizar os funcionários públicos para aquilo que eles servem, ou seja, "carne para canhão".
Palhaçada!
Tem dados concretos que sustentem as suas afirmações e que contradizam as do PM?
Pelo conteúdo da notícia pareçe-me que, o que o PM quis dizer é de que, após os cortes já conhecídos, os salários da FP estão mesmo assim 10% a 15% acima dos trabalhadores do privado.
Para eliminar essa diferença, ele espera contar com o efeito da inflação nos salários durante os próximos anos.
Relativamente ao 13º e 14º salários, não é certo que eles possam retornar pois depende da conjuntura interna e externas da economia.
Até compreendo a sua indingação mas pergunto-lhe, se quando foi aumentado em 2009 (em 2,9% e com deflação de 1,7% no ano anterior), também ficou indignado por os restantes trabalhadores do privado não terem sído aumentados?
Qual a formação média da função pública e a dos privados?
Ele compara rendimentos que não são comparáveis.
Para teres uma comparação minimamente real terias de arranjar um modo de colocar percentagens (i.e. por formção superior ou tarefa desempenhada) semelhantes ou comparar profissão por profissão.
Eu posso ter uma empresa com 5 gestores e 100 operarios a receber o SMN e dizer que a média é €500 e ter outra empresa com 5 gestores e 100 licenciados e dizer que a média é 1000€. Será que a comparação que fizer entre as 2 empresas é licita?! Não... e é esta a comparação que o PPC faz...
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Re: Pergunta
A-330 Escreveu:Quantos dos revoltados deste tópico foram a manifestação ?
A330
Eu não fui porque não me identifico com muita coisa que é lá defendida.
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LFA1 Escreveu:
http://www.publico.pt/Política/passos-diz-que-funcionarios-publicos-ganham-mais-10-a-15-que-trabalhadores-do-privado-1516651
Isto é falso. É hoje em dia consabido que na função pública apenas se ganha mais, em média, do que no privado em funções para as quais se exija uma baixa qualificação profissional. Já quanto àquelas profissões em que se exigem qualificações mais elevadas os salários no privado são, em média, mais elevados.
E o corte nos salários dos funcionários públicos não é, com estas medidas de 10 ou 15%, mas sim de 40% ou mais. Se atentarmos no facto de entre 2007 e 2014 aqueles só terem visto um aumento salárial, o que implicará uma redução salarial de cerca de 15%; se atentarmos que neste ano já houve uma redução de 5%; se atentarmos no facto das progressões nas carreiras estarem congeladas praticamente desde 2006, o que em mutios casos implica mais um corte de 10% ou mais; se atentarmos que este ano são mais 14,3% de redução nos salários, é so fazerem as contas!
Na verdade, se houvesse alguma réstea de justiça na repartição dos sacrifícios, a solução teria sido, como é evidente, igual à que foi utilizada este ano para o subsídio de natal. O problema é que a terminologia aí seria outra, já não estaríamos perante um "corte" na despesa, mas sim perante um aumento da receita (imposto). Assim, o PPC para evitar ouvir que estava a criar mais um imposto decidiu utilizar os funcionários públicos para aquilo que eles servem, ou seja, "carne para canhão".
Palhaçada!
Tem dados concretos que sustentem as suas afirmações e que contradizam as do PM?
Pelo conteúdo da notícia pareçe-me que, o que o PM quis dizer é de que, após os cortes já conhecídos, os salários da FP estão mesmo assim 10% a 15% acima dos trabalhadores do privado.
Para eliminar essa diferença, ele espera contar com o efeito da inflação nos salários durante os próximos anos.
Relativamente ao 13º e 14º salários, não é certo que eles possam retornar pois depende da conjuntura interna e externas da economia.
Até compreendo a sua indingação mas pergunto-lhe, se quando foi aumentado em 2009 (em 2,9% e com deflação de 1,7% no ano anterior), também ficou indignado por os restantes trabalhadores do privado não terem sído aumentados?
- A ganância dos outros poderá gerar-lhe lucros.
- A sua ganância poderá levá-lo à ruína.
- A sua ganância poderá levá-lo à ruína.
Agora é que me fizeste rir, senão vejamos:
O estado está de momento a competir com o privado pelos médicos. Aliás, sabes quantos oftalmologistas estão no quadro do Hospital CENTRAL de Faro? Um! Sabes quantos dermatologistas? Um! Sabes quantos otorrinos? Um! Sabes onde é que os outrous estão? No privado.
Sim, até porque os economistas que estão nos nossos bancos é a CGD, o BES e o BCP que os formam.
Aliás, os eng. petroquímicos que trabalham na GALP foram formados no famoso "Instituto GALP da Petroquímica" e não no IST ou na FEUP...
Não entendi esta afirmação... então não paga? Tem de fazer os descontos (a famosa TSU) para o estado. Parte que o Estado nunca descontou para a CGA... vão lá metendo à medida que for preciso... e se não der... olha "muda-se as reformas".
Como é lógico. Qual é o lucro real dos serviços médicos? Quanto é que uma pessoa está disposta a pagar pela sua saúde?
Se quiseres ver pela "produção" podes ver que fui a França e a ocupação do bloco mais um dia de internamento para não nacionais franceses custava, no público, a módica quantia de 117 mil euro.
Concordo, a partir do momento em que o Estado é capaz de cumprir as tarefas que tem em mãos e não, como aconteceu no IPO de Lisboa, uma pessoa que tenha de fazer uma Ressonância Muito Urgente em Agosto, lhe digam que a vaga que existe é para inicio de Janeiro.
Se o estado financia os hospitais em X para as ressonancias, porque não deverá fazer o mesmo no privado? O utente pagaria o resto. Quanto aos descontos do IRS, claro que, novamente, se o Estado fizesse o seu papel, seriam completamente desnecessários.
Isso é falso. O privado atende coisas que o público poderia bem atender. Ex: a ressonancia magnética do hospital de Faro é privada - ou seja, cada ressonancia que o HCF manda fazer, o estado paga a privados.
Mais exemplos? A RMN do IPO de Lisboa, está a ser feita actualmente por privados. Têm as máquinas, mas não estão dispostos a pagar ao pessoal para fazer turnos ao fim de semana e depois das 20h. Ou melhor, pelo dinheiro que ofereceram, os médicos não estavam dispostos. Assim é melhor: são os mesmos médicos que fazem o exame, no privado, e o hospital por estupidez tem as máquinas paradas e paga aos médicos mais para fazer o trabalho. Poderiam ter poupado dinheiro ao oferecer mais remuneração ao pessoal médico.
Resumíndo:
Claro! LOL Fico também à espera do dinheiro de volta da formação de professores que vão para o privado, de economistas que vão para o privado, de eng mecanicos que vão para o privado e também daqueles que tiraram o curso e não trabalham para o Estado... é preciso recuperar o dinheiro.
Até parece que os ganhos imediatos destes profissionais não se refletem em aumento dos seus descontos quer em sede de IRS quer para a Segurança Social...
Concordo, desde que o estado desempenhe o seu papel, coisa que nao faz.
Podemos começar por este caso.
- O Estado não têm de compettir com os privados. O médico poderá transitar entre o serviço público e o privado desde que cumpra determinadas regras.
O estado está de momento a competir com o privado pelos médicos. Aliás, sabes quantos oftalmologistas estão no quadro do Hospital CENTRAL de Faro? Um! Sabes quantos dermatologistas? Um! Sabes quantos otorrinos? Um! Sabes onde é que os outrous estão? No privado.
- O privado não forma os médicos que utiliza nas suas clínicas.
Sim, até porque os economistas que estão nos nossos bancos é a CGD, o BES e o BCP que os formam.
Aliás, os eng. petroquímicos que trabalham na GALP foram formados no famoso "Instituto GALP da Petroquímica" e não no IST ou na FEUP...
- O privado também não pagará as reformas dos seus profissionais.
Não entendi esta afirmação... então não paga? Tem de fazer os descontos (a famosa TSU) para o estado. Parte que o Estado nunca descontou para a CGA... vão lá metendo à medida que for preciso... e se não der... olha "muda-se as reformas".
- O privado faz a gestão do seu pessoal, optimizando os serviços e visando o lucro da instituição. Ao profissional, que lá trabalha, apenas poderá ser-lhe repassado uma pequena parte desse lucro.
Como é lógico. Qual é o lucro real dos serviços médicos? Quanto é que uma pessoa está disposta a pagar pela sua saúde?
Se quiseres ver pela "produção" podes ver que fui a França e a ocupação do bloco mais um dia de internamento para não nacionais franceses custava, no público, a módica quantia de 117 mil euro.
- Tem sído o próprio Estado a desvirtuar os serviços de saúde, concedendo benefícios fiscais na saúde. Não é da competência do Estado dar benefícios a quem não recorre aos SNS.
Concordo, a partir do momento em que o Estado é capaz de cumprir as tarefas que tem em mãos e não, como aconteceu no IPO de Lisboa, uma pessoa que tenha de fazer uma Ressonância Muito Urgente em Agosto, lhe digam que a vaga que existe é para inicio de Janeiro.
Se o estado financia os hospitais em X para as ressonancias, porque não deverá fazer o mesmo no privado? O utente pagaria o resto. Quanto aos descontos do IRS, claro que, novamente, se o Estado fizesse o seu papel, seriam completamente desnecessários.
- O privado atende uma faixa muito estreita da população, i.e. aqueles com possibilidades de pagar esses serviços. Não é um serviço universal e por isso mesmo não serve de referência à saúde nacional.
Isso é falso. O privado atende coisas que o público poderia bem atender. Ex: a ressonancia magnética do hospital de Faro é privada - ou seja, cada ressonancia que o HCF manda fazer, o estado paga a privados.
Mais exemplos? A RMN do IPO de Lisboa, está a ser feita actualmente por privados. Têm as máquinas, mas não estão dispostos a pagar ao pessoal para fazer turnos ao fim de semana e depois das 20h. Ou melhor, pelo dinheiro que ofereceram, os médicos não estavam dispostos. Assim é melhor: são os mesmos médicos que fazem o exame, no privado, e o hospital por estupidez tem as máquinas paradas e paga aos médicos mais para fazer o trabalho. Poderiam ter poupado dinheiro ao oferecer mais remuneração ao pessoal médico.
Resumíndo:
Qualquer médico poderá transitar público-privado desde que:
- O Estado seja ressarcído do investimento feito na formação desse profissional (o custo de cada médico corresponde a várias dezenas de milhares de euros).
Claro! LOL Fico também à espera do dinheiro de volta da formação de professores que vão para o privado, de economistas que vão para o privado, de eng mecanicos que vão para o privado e também daqueles que tiraram o curso e não trabalham para o Estado... é preciso recuperar o dinheiro.
- Os ganhos de salário desse profissional (imediatos), não servirão de "fardo" ao Estado aquando da sua aposentação.
Até parece que os ganhos imediatos destes profissionais não se refletem em aumento dos seus descontos quer em sede de IRS quer para a Segurança Social...
- Os benefícios fiscais não deverão servir para fazer floresçer um serviço que não é referência à saúde em Portugal.
Concordo, desde que o estado desempenhe o seu papel, coisa que nao faz.
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Passos diz que funcionários públicos ganham mais 10 a 15% que trabalhadores do privado
Passos afirmou que cortar nos salários dos privados não resolveria o problema orçamental do país ()
Pedro Passos Coelho justificou hoje o corte de subsídios na função pública alegando que estes trabalhadores ganham, em média, mais 10 a 15 por cento que os do privado.
No encerramento da reunião dos autarcas social-democratas, que decorreu em Leiria, o primeiro-ministro afirmou ainda que cortar nos salários do privado não resolveria o problema orçamental do país, já que não é o Estado que paga estes salários.
Passos Coelho voltou a traçar um cenário negro da situação portuguesa, afirmando mesmo que “não é possível pagar salários hoje” se o país não tratar “de reduzir a despesa”.
O líder do Executivo afirmou ainda que nunca viu “nenhuma sociedade crescer endividando-se a níveis insustentáveis” e acrescentou que “quando pedimos dinheiro ao exterior não é para negociar aquilo que foi emprestado”, mas sim “para cumprir as condições”. “Quando pedimos dinheiro ao exterior temos de mostrar que sabemos cumprir.”
“Fazer de Portugal um caso de sucesso. Fazer de Portugal um caso de fracasso depende do Governo e dos portugueses. Isso não acontecerá”, acrescentou.
Passos acrescentou ainda que o esforço cabe a todos os portugueses, que tem de ser feito no dia-a-dia e o que o pior que pode acontecer é as pessoas apontarem o dedo umas às outras. “É um caminho difícil, mas vamos ter de o fazer juntos”, salientou.
Passos elogiou as autarquias por terem sido as primeiras a fazer cortes, mas lembrou que o esforço deve também ser feito pelas regiões autónomas e empresas públicas.
Também hoje, em declarações ao semanário “Expresso” afirmou não sentir que tenha de “pedir desculpas aos portugueses” pelas medidas de austeridade que anunciou e que passam por diversos aumentos de impostos e cortes nos salários e pensões da função pública.
http://www.publico.pt/Política/passos-diz-que-funcionarios-publicos-ganham-mais-10-a-15-que-trabalhadores-do-privado-1516651
Passos afirmou que cortar nos salários dos privados não resolveria o problema orçamental do país ()
Pedro Passos Coelho justificou hoje o corte de subsídios na função pública alegando que estes trabalhadores ganham, em média, mais 10 a 15 por cento que os do privado.
No encerramento da reunião dos autarcas social-democratas, que decorreu em Leiria, o primeiro-ministro afirmou ainda que cortar nos salários do privado não resolveria o problema orçamental do país, já que não é o Estado que paga estes salários.
Passos Coelho voltou a traçar um cenário negro da situação portuguesa, afirmando mesmo que “não é possível pagar salários hoje” se o país não tratar “de reduzir a despesa”.
O líder do Executivo afirmou ainda que nunca viu “nenhuma sociedade crescer endividando-se a níveis insustentáveis” e acrescentou que “quando pedimos dinheiro ao exterior não é para negociar aquilo que foi emprestado”, mas sim “para cumprir as condições”. “Quando pedimos dinheiro ao exterior temos de mostrar que sabemos cumprir.”
“Fazer de Portugal um caso de sucesso. Fazer de Portugal um caso de fracasso depende do Governo e dos portugueses. Isso não acontecerá”, acrescentou.
Passos acrescentou ainda que o esforço cabe a todos os portugueses, que tem de ser feito no dia-a-dia e o que o pior que pode acontecer é as pessoas apontarem o dedo umas às outras. “É um caminho difícil, mas vamos ter de o fazer juntos”, salientou.
Passos elogiou as autarquias por terem sido as primeiras a fazer cortes, mas lembrou que o esforço deve também ser feito pelas regiões autónomas e empresas públicas.
Também hoje, em declarações ao semanário “Expresso” afirmou não sentir que tenha de “pedir desculpas aos portugueses” pelas medidas de austeridade que anunciou e que passam por diversos aumentos de impostos e cortes nos salários e pensões da função pública.
http://www.publico.pt/Política/passos-diz-que-funcionarios-publicos-ganham-mais-10-a-15-que-trabalhadores-do-privado-1516651
Isto é falso. É hoje em dia consabido que na função pública apenas se ganha mais, em média, do que no privado em funções para as quais se exija uma baixa qualificação profissional. Já quanto àquelas profissões em que se exigem qualificações mais elevadas os salários no privado são, em média, mais elevados.
E o corte nos salários dos funcionários públicos não é, com estas medidas de 10 ou 15%, mas sim de 40% ou mais. Se atentarmos no facto de entre 2007 e 2014 aqueles só terem visto um aumento salárial, o que implicará uma redução salarial de cerca de 15%; se atentarmos que neste ano já houve uma redução de 5%; se atentarmos no facto das progressões nas carreiras estarem congeladas praticamente desde 2006, o que em mutios casos implica mais um corte de 10% ou mais; se atentarmos que este ano são mais 14,3% de redução nos salários, é so fazerem as contas!
Na verdade, se houvesse alguma réstea de justiça na repartição dos sacrifícios, a solução teria sido, como é evidente, igual à que foi utilizada este ano para o subsídio de natal. O problema é que a terminologia aí seria outra, já não estaríamos perante um "corte" na despesa, mas sim perante um aumento da receita (imposto). Assim, o PPC para evitar ouvir que estava a criar mais um imposto decidiu utilizar os funcionários públicos para aquilo que eles servem, ou seja, "carne para canhão".
Palhaçada!
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Afonso80 Escreveu:Mares Escreveu:Afonso80 Escreveu:Presidente da República, Presidente da Assembleia da República, Primeiro-Ministro, Ministro, Secretário de Estado, Deputado, Diplomata, General, Major, Sargento, Cabo, Furriel, Presidente do Supremo Tribunal de Justiça, Juiz Conselheiro, Juiz Desembargador, Juiz de Direito, Procurador Geral da República, Procurador Geral Adjunto, Procurador da República, Procurador-Adjunto, Membros de Entidades Reguladoras, CMVM, Banco de Portugal.
Todos vivem em Portugal e todos recebem a partir dos impostos dos contribuintes.
Perante isso, todos deverão recebêr em função das capacidades que o país tenha para lhes pagar e do desempenho das suas funções.
(comparar com o privado não faz sentido e muito menos comparar com o que ganha o mesmo profissional em um outro país).
Se andamos sempre a comparar os salários mínimos dentro da União Europeia porque razão não havemos de comparar os outros vencimentos? Com tanto engenheiro e matemático que anda por aí não é possível definir um indexante ou coisa que o valha para fazer uma comparação?
Os que passam a vida a comparar salários mínimos dentro da UE, são os que ganham várias vezes o salário minimo. Aqueles que realmente ganham o salário mínimo, apenas trabalham por esse salário e ninguém no governo (ou nas élites) está realmente preocupado com eles.
Além das comparações de salários (mínimos ou por profissão), raramente o fazem para a produtividade/desempenho/competitividade (com os restantes membros da UE).
Finalmente, todas as reivindicações assentam normalmente em aumentos de salários (ou de regalías). Raramente vêem-se reivindicações por melhoria das condições de trabalho ou pelo aumento de produtividade. Quando o fazem, tem apenas encapotadas insatisfações com o nível do salário.
Infleizmente é essa a mentalidade portuguêsa.
Relativamente a esse indexante, que voçê fala, ele existe realmente.
Aquilo que o Estado pode pagar, resulta de todos os impostos que são arrecadados (directos ou indirectos, ...). Quando isso não aconteçe, o Estado terá de endividar-se no exterior. E aí começa o problema.
E foram os nossos governantes (sejam eles economistas, matemáticos, engenheiros, professores,...) que servíram de mau exemplo. Eles gastaram mais do que arrecadavam, deram aumentos maiores do que as capacidades do país, não incentivaram a produção ou a eficiência,... além de que viverem acima das possibilidades do país.
Por isso mesmo, eles (e muitos portuguêses) não viveram acima das suas possibilidades....Eles criaram possibilidades (fantasiosas) para viverem acima das possibilidades do país.
- A ganância dos outros poderá gerar-lhe lucros.
- A sua ganância poderá levá-lo à ruína.
- A sua ganância poderá levá-lo à ruína.
Mares Escreveu:Afonso80 Escreveu:Presidente da República, Presidente da Assembleia da República, Primeiro-Ministro, Ministro, Secretário de Estado, Deputado, Diplomata, General, Major, Sargento, Cabo, Furriel, Presidente do Supremo Tribunal de Justiça, Juiz Conselheiro, Juiz Desembargador, Juiz de Direito, Procurador Geral da República, Procurador Geral Adjunto, Procurador da República, Procurador-Adjunto, Membros de Entidades Reguladoras, CMVM, Banco de Portugal.
Todos vivem em Portugal e todos recebem a partir dos impostos dos contribuintes.
Perante isso, todos deverão recebêr em função das capacidades que o país tenha para lhes pagar e do desempenho das suas funções.
(comparar com o privado não faz sentido e muito menos comparar com o que ganha o mesmo profissional em um outro país).
Se andamos sempre a comparar os salários mínimos dentro da União Europeia porque razão não havemos de comparar os outros vencimentos? Com tanto engenheiro e matemático que anda por aí não é possível definir um indexante ou coisa que o valha para fazer uma comparação?
"Too much of a good thing is wonderful" Mae West
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mapaman Escreveu:Mares Escreveu:Afonso80 Escreveu:E como se faz a comparação de salários quando a profissão simplesmente não existe no privado?
Pode ser mais específico, com exemplos práticos?
Agente do SIS
a mesma resposta, dada ao Afonso80, vale para este ou qualquer outro caso.
Se fôr austraunata, o Estado não terá de pagar pois não têmos programa espacial.
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- A sua ganância poderá levá-lo à ruína.
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Afonso80 Escreveu:Presidente da República, Presidente da Assembleia da República, Primeiro-Ministro, Ministro, Secretário de Estado, Deputado, Diplomata, General, Major, Sargento, Cabo, Furriel, Presidente do Supremo Tribunal de Justiça, Juiz Conselheiro, Juiz Desembargador, Juiz de Direito, Procurador Geral da República, Procurador Geral Adjunto, Procurador da República, Procurador-Adjunto, Membros de Entidades Reguladoras, CMVM, Banco de Portugal.
Todos vivem em Portugal e todos recebem a partir dos impostos dos contribuintes.
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Presidente da República, Presidente da Assembleia da República, Primeiro-Ministro, Ministro, Secretário de Estado, Deputado, Diplomata, General, Major, Sargento, Cabo, Furriel, Presidente do Supremo Tribunal de Justiça, Juiz Conselheiro, Juiz Desembargador, Juiz de Direito, Procurador Geral da República, Procurador Geral Adjunto, Procurador da República, Procurador-Adjunto, Membros de Entidades Reguladoras, CMVM, Banco de Portugal.
"Too much of a good thing is wonderful" Mae West
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moppie85 Escreveu:Afonso80 Escreveu:E como se faz a comparação de salários quando a profissão simplesmente não existe no privado?
Ou quando são melhor pagos no privado que no público? (como por exemplo os médicos)
Podemos começar por este caso.
- O Estado não têm de compettir com os privados. O médico poderá transitar entre o serviço público e o privado desde que cumpra determinadas regras.
- O privado não forma os médicos que utiliza nas suas clínicas.
- O privado também não pagará as reformas dos seus profissionais.
- O privado faz a gestão do seu pessoal, optimizando os serviços e visando o lucro da instituição. Ao profissional, que lá trabalha, apenas poderá ser-lhe repassado uma pequena parte desse lucro.
- Tem sído o próprio Estado a desvirtuar os serviços de saúde, concedendo benefícios fiscais na saúde. Não é da competência do Estado dar benefícios a quem não recorre aos SNS.
- O privado atende uma faixa muito estreita da população, i.e. aqueles com possibilidades de pagar esses serviços. Não é um serviço universal e por isso mesmo não serve de referência à saúde nacional.
Resumíndo:
Qualquer médico poderá transitar público-privado desde que:
- O Estado seja ressarcído do investimento feito na formação desse profissional (o custo de cada médico corresponde a várias dezenas de milhares de euros).
- Os ganhos de salário desse profissional (imediatos), não servirão de "fardo" ao Estado aquando da sua aposentação.
- Os benefícios fiscais não deverão servir para fazer floresçer um serviço que não é referência à saúde em Portugal.
- A ganância dos outros poderá gerar-lhe lucros.
- A sua ganância poderá levá-lo à ruína.
- A sua ganância poderá levá-lo à ruína.
Quando alguns mêses atrás fiz estimativas sobre o desnível salarial na FP com a realidade portuguêsa, muitas pessoas contestaram (e algumas até deixaram de falar).
Mas agora é o próprio PM a referír isso. Possivelmente não está a dizê-lo de ânimo leve, mas se a verdade fôr escondida, mais tempo vamos levar para encontrar uma solução viável para o país.
Um novo corte nos salários dos FPs poderá não ser mais compreendído. Sou da opinião que deva sêr apenas aplicado somente aos que ganham mais e onde vê-se que o seu salário está muito acima da realidade do país (gestores, FPs que estão nos escalões máximos da tabela salarial, etc).
Para os restantes FPs, o salário deverá ser congelado pelos próximos 3-5 anos. Após isso, nunca mais entrarem no caminho que nos trouxe até aqui (aumentos salarias muito acima da inflação ou da produtividade e completamente desfasadas da realidade).
Por final, falta o verdadeiro corte nas reformas da CGA. Ser estabelecido um tecto máximo é o mais correcto. Existírem 5 escalões de reformas, onde entre o escalão mais baixo e o mais alto não deveríam diferenciar em mais de 3 vezes em valor.
Mas agora é o próprio PM a referír isso. Possivelmente não está a dizê-lo de ânimo leve, mas se a verdade fôr escondida, mais tempo vamos levar para encontrar uma solução viável para o país.
Um novo corte nos salários dos FPs poderá não ser mais compreendído. Sou da opinião que deva sêr apenas aplicado somente aos que ganham mais e onde vê-se que o seu salário está muito acima da realidade do país (gestores, FPs que estão nos escalões máximos da tabela salarial, etc).
Para os restantes FPs, o salário deverá ser congelado pelos próximos 3-5 anos. Após isso, nunca mais entrarem no caminho que nos trouxe até aqui (aumentos salarias muito acima da inflação ou da produtividade e completamente desfasadas da realidade).
Por final, falta o verdadeiro corte nas reformas da CGA. Ser estabelecido um tecto máximo é o mais correcto. Existírem 5 escalões de reformas, onde entre o escalão mais baixo e o mais alto não deveríam diferenciar em mais de 3 vezes em valor.
Passos diz que funcionários públicos ganham mais 10 a 15% que trabalhadores do privado
Passos afirmou que cortar nos salários dos privados não resolveria o problema orçamental do país ()
Pedro Passos Coelho justificou hoje o corte de subsídios na função pública alegando que estes trabalhadores ganham, em média, mais 10 a 15 por cento que os do privado.
No encerramento da reunião dos autarcas social-democratas, que decorreu em Leiria, o primeiro-ministro afirmou ainda que cortar nos salários do privado não resolveria o problema orçamental do país, já que não é o Estado que paga estes salários.
Passos Coelho voltou a traçar um cenário negro da situação portuguesa, afirmando mesmo que “não é possível pagar salários hoje” se o país não tratar “de reduzir a despesa”.
O líder do Executivo afirmou ainda que nunca viu “nenhuma sociedade crescer endividando-se a níveis insustentáveis” e acrescentou que “quando pedimos dinheiro ao exterior não é para negociar aquilo que foi emprestado”, mas sim “para cumprir as condições”. “Quando pedimos dinheiro ao exterior temos de mostrar que sabemos cumprir.”
“Fazer de Portugal um caso de sucesso. Fazer de Portugal um caso de fracasso depende do Governo e dos portugueses. Isso não acontecerá”, acrescentou.
Passos acrescentou ainda que o esforço cabe a todos os portugueses, que tem de ser feito no dia-a-dia e o que o pior que pode acontecer é as pessoas apontarem o dedo umas às outras. “É um caminho difícil, mas vamos ter de o fazer juntos”, salientou.
Passos elogiou as autarquias por terem sido as primeiras a fazer cortes, mas lembrou que o esforço deve também ser feito pelas regiões autónomas e empresas públicas.
Também hoje, em declarações ao semanário “Expresso” afirmou não sentir que tenha de “pedir desculpas aos portugueses” pelas medidas de austeridade que anunciou e que passam por diversos aumentos de impostos e cortes nos salários e pensões da função pública.
http://www.publico.pt/Política/passos-diz-que-funcionarios-publicos-ganham-mais-10-a-15-que-trabalhadores-do-privado-1516651
- A ganância dos outros poderá gerar-lhe lucros.
- A sua ganância poderá levá-lo à ruína.
- A sua ganância poderá levá-lo à ruína.
Pousada Escreveu:Pelos comentários que eu leio aqui com jeitinho a culpa é do Salazar.
As pessoas esquecem-se que o PS governou os últimos 10 anos e foi nestes últimos 10 anos que o país chegou a este estado.
Será que já se esqueceram das palavras ditas pelo Durão Barroso quando chegou ao governo “ O País está de tanga ” e o que é que aconteceu, todos os portugueses se riram. Logo de seguida entra o Sócrates e foi o que se viu, dinheiro á farta até havia para TGV e Aeroportos, mas afinal quem tinha razão o Durão ou Sócrates, nós portugueses somos muito lentos só agora é que estamos a chegar á conclusão que estamos falidos, mas muitos ainda não acreditam e os que não acreditam pensam que quem vai pagar as dividas são os outros, que eu ainda estou para descobrir quem são os outros. A culpa não foi só do Sócrates mas de todos os que o elegeram.
Bons Negócios
Pousada
Últimos 10 anos? Vamos fazer as contas então desde 2001:
2001-2002 António Guterres (inicado em 1999);
2002-2004 Durão Barroso;
2004-2005 Santana Lopes;
2005-2009 José Sócrates;
2009-2011 José Sócrates.
Portanto nestes últimos 10 anos entre 2002-2005 fomos governados pelo PSD/CDS. Também estes governos não foram todos de maioria absoluta pelo que os partidos de oposição tiveram a sua grande quota parte da responsabilidade no que permitiram que fosse feito ou desfeito.
A culpa é de TODOS e não só de quem votou nos governantes actuais e anteriores. Os partidos politicos em Portugal olham apenas para o seu umbigo e para a sua subsistência. Os interesses nacionais ficam sempre em 2º plano.
Com os partidos actuais não vamos a lado nenhum. PS, PSD ou CDS é farinha do mesmo saco. Apenas mudam as moscas.... Quanto ao BE e ao PCP são partidos apenas do contra não sendo alternativa de poder.
É necessário uma lufada de ar fresco na politica portuguesa, infelizmente o que tem aparecido são os partidos dos animais e da terra....
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Pelos comentários que eu leio aqui com jeitinho a culpa é do Salazar.
As pessoas esquecem-se que o PS governou os últimos 10 anos e foi nestes últimos 10 anos que o país chegou a este estado.
Será que já se esqueceram das palavras ditas pelo Durão Barroso quando chegou ao governo “ O País está de tanga ” e o que é que aconteceu, todos os portugueses se riram. Logo de seguida entra o Sócrates e foi o que se viu, dinheiro á farta até havia para TGV e Aeroportos, mas afinal quem tinha razão o Durão ou Sócrates, nós portugueses somos muito lentos só agora é que estamos a chegar á conclusão que estamos falidos, mas muitos ainda não acreditam e os que não acreditam pensam que quem vai pagar as dividas são os outros, que eu ainda estou para descobrir quem são os outros. A culpa não foi só do Sócrates mas de todos os que o elegeram.
Bons Negócios
Pousada
As pessoas esquecem-se que o PS governou os últimos 10 anos e foi nestes últimos 10 anos que o país chegou a este estado.
Será que já se esqueceram das palavras ditas pelo Durão Barroso quando chegou ao governo “ O País está de tanga ” e o que é que aconteceu, todos os portugueses se riram. Logo de seguida entra o Sócrates e foi o que se viu, dinheiro á farta até havia para TGV e Aeroportos, mas afinal quem tinha razão o Durão ou Sócrates, nós portugueses somos muito lentos só agora é que estamos a chegar á conclusão que estamos falidos, mas muitos ainda não acreditam e os que não acreditam pensam que quem vai pagar as dividas são os outros, que eu ainda estou para descobrir quem são os outros. A culpa não foi só do Sócrates mas de todos os que o elegeram.
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Pousada
A prioridade de Portugal deve ser agora «tentar negociar com a União Europeia o aumento de fundos para financiar a sociedade portuguesa». A opinião é do economista Vítor Bento que, em entrevista ao Jornal das 8, da TVI, foi claro: «Estamos a falar de 20 a 30 mil milhões de euros que o BCE ou as autoridades europeias devem disponibilizar para que o Estado consiga pagar as suas dívidas às empresas públicas para que estas paguem à banca».
«Vai ser importante negociar nessa frente», uma vez que, «neste momento, estamos excluídos da união monetária», defende Vítor Bento, para quem, actualmente, «temos um regime mais limitado de acesso de crédito do que tínhamos nos anos 80».
Por isso, é importante que as empresas públicas paguem aos bancos. Caso contrário, «os bancos conseguem resolver a sua situação, mas sem dar dinheiro à economia».
Para já, o conselheiro de Estado e presidente da SIBS, considera que as medidas de austeridade anunciadas esta quinta-feira por Passos Coelho, numa declaração ao país, são «suficientes por agora».
Cortes nos subsídios de férias e de Natal para funcionários públicos e pensionistas, juntamente com o alargamento da carga horária de trabalho e o aumento do IVA para alguns produtos - medidas «inevitáveis» e insubstituíveis.
«Não tenho dúvidas [que foram decisões tomadas no limite]. Duvido que alguém tenha satisfação em anunciar cortes nos salários e subsídios. Só quem não tem mais nenhuma alternativa», disse Vítor Bento, para quem Portugal tem uma tarefa mais árdua já que não pode desvalorizar a moeda para aumentar as exportações.
Por isso, o economista defende o corte dos subsídios no sector privado, no sentido de «aumentar a competitividade das empresas reduzindo os custos de produção».
Uma austeridade que, para Vítor Bento, pode não ficar por aqui: «Tudo depende como toda a envolvente vai evoluir, em especial a Europa».
«Vai ser importante negociar nessa frente», uma vez que, «neste momento, estamos excluídos da união monetária», defende Vítor Bento, para quem, actualmente, «temos um regime mais limitado de acesso de crédito do que tínhamos nos anos 80».
Por isso, é importante que as empresas públicas paguem aos bancos. Caso contrário, «os bancos conseguem resolver a sua situação, mas sem dar dinheiro à economia».
Para já, o conselheiro de Estado e presidente da SIBS, considera que as medidas de austeridade anunciadas esta quinta-feira por Passos Coelho, numa declaração ao país, são «suficientes por agora».
Cortes nos subsídios de férias e de Natal para funcionários públicos e pensionistas, juntamente com o alargamento da carga horária de trabalho e o aumento do IVA para alguns produtos - medidas «inevitáveis» e insubstituíveis.
«Não tenho dúvidas [que foram decisões tomadas no limite]. Duvido que alguém tenha satisfação em anunciar cortes nos salários e subsídios. Só quem não tem mais nenhuma alternativa», disse Vítor Bento, para quem Portugal tem uma tarefa mais árdua já que não pode desvalorizar a moeda para aumentar as exportações.
Por isso, o economista defende o corte dos subsídios no sector privado, no sentido de «aumentar a competitividade das empresas reduzindo os custos de produção».
Uma austeridade que, para Vítor Bento, pode não ficar por aqui: «Tudo depende como toda a envolvente vai evoluir, em especial a Europa».
Quico Escreveu:Ó carrancho, desce à terra!
Mas alguém ganha eleições a dizer que vai cortar salários à FP ou a anunciar sacrifícios?! Atina!
A última pessoa que fez algo remotamente parecido com isso foi corrida pela "macacada" toda (e tu estavas lá no meio), com epítetos tão encorajadores como "velha", derrotista", "dama de ferro" (no mau sentido, claro)...
Um dos males da democracia é, infelizmente, este. Se a "média" é medíocre, e não tem visão...
A Ferreira Leite, para quem não se lembra, faz parte de uma quantidade de gente que governou este Portugal a que nós chegamos,ela,Medina Carreira,Bagão Félix,Pina Moura, Braga de Macedo,e outros que tal.Por acaso se ela tem razão, então,o actual governo deve ter cuidado com os avisos que ela já fez, pois segundo a senhora, este caminho vai levarnos a um sitio ainda pior.Estou de acordo com quem diz que estes senhores que nos governam há muitos anos são todos farinha do mesmo saco. Não tenho a certeza que o BE e o PCP governassem bem, desconfio que não, mas em tantos anos nunca tiveram um projeto lei,uma ideia, alguma coisa que valesse a pena ser aproveitado? O PCP já lá vão muitos anos que diz que que estas politicas nos iri fazer chegar aqui,pelo menos nisto tiveream razão,lamentavelmente.E digo aqui para que se saiba, voto em branco, se como diz o presidente da Républica,não tenho o direito de reclamar, eu acho precisamente o contrário, voto em branco porque não reconheço a nenhum politico, a nenhum, disse bem, qualidades para gerir o dinheiro que pago de impostos,e ainda digo mais, sou um contribuinte liquido.Não vivo de nada do estado.Por isso, raio que os parta,o Coelho também.
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