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Caldeirão da Bolsa

Orçamento de Estado de 2012

Espaço dedicado a todo o tipo de troca de impressões sobre os mercados financeiros e ao que possa condicionar o desempenho dos mesmos.

por sargotrons » 13/10/2011 23:37

MarcoAntonio Escreveu:
Sargotronss Escreveu:Desses 4KM €, mais de 60% voltava para o estado em forma de impostos.


Bem, 60% não será não só porque a taxa de impostos não é tão alta como ainda porque primeiro as pessoas deixam de poupar e depois é que deixam de consumir (o consumo não vai cair na directa proporção do corte) por isso não se pode contar com a totalidade dos impostos indirectos.

Agora, se isto vai ter um impacto de mil milhões ou dois mil ou outro valor no final, contabilizados todos os efeitos (por exemplo, a quebra de consumo vai provavelmente fazer subir a taxa de desemprego) como disse não consigo estimar e nem vou tentar.

Sim, esses >60% é considerando chapa ganha, chapa gasta.
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por MarcoAntonio » 13/10/2011 23:35

MKlop Escreveu:Repito: não seria muito melhor reduzir todas as pensões pagas pelo Estado a um valor até 2000 euros líquidos, durante a vigência do programa?


E talvez reduzindo apenas em parte so subsídios de férias e Natal?


Bem, o corte a partir dos 1500 euros (identico ao que já tinha sido aplicado aos FPs) já estava previsto e já estava no memorandum da troika.

Portanto, para respeitar o plano da troika cortes só acima dos 2000 não entram sequer como hipótese (e eu acho que não chegaria de resto).

Seja como for, o OE está aprovado e não creio que agora vão mexer nisto...
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1. Mais vale perder um ganho que ganhar uma perda, a menos que se cumpra a Segunda Lei.
2. A expectativa de ganho deve superar a expectativa de perda, onde a expectativa mede a
__.amplitude média do ganho/perda contra a respectiva probabilidade.
3. A Primeira Lei não é mesmo necessária mas com Três Leis isto fica definitivamente mais giro.
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por MarcoAntonio » 13/10/2011 23:33

Sargotronss Escreveu:Desses 4KM €, mais de 60% voltava para o estado em forma de impostos.


Bem, 60% não será não só porque a taxa de impostos não é tão alta como ainda porque primeiro as pessoas deixam de poupar e depois é que deixam de consumir (o consumo não vai cair na directa proporção do corte) por isso não se pode contar com a totalidade dos impostos indirectos.

Agora, se isto vai ter um impacto de mil milhões ou dois mil ou outro valor no final, contabilizados todos os efeitos (por exemplo, a quebra de consumo vai provavelmente fazer subir a taxa de desemprego) como disse não consigo estimar e nem vou tentar.
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por MKlop » 13/10/2011 23:31

Repito: não seria muito melhor reduzir todas as pensões pagas pelo Estado a um valor até 2000 euros líquidos, durante a vigência do programa?


E talvez reduzindo apenas em parte so subsídios de férias e Natal?
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por sargotrons » 13/10/2011 23:25

MarcoAntonio Escreveu:
Mcmad Escreveu:Mas isto MA terá um impato muito muito forte no PIB. :?

O PIB = Gastos+Consumo+Investimento+X-M

Esta política contracionista levará a menos PIB e menos receita. Esse valor na realidade será muito inferior.


Alto, eu estou só a falar do valor da poupança na conta do Estado directamente nos vencimentos e pensões (e quanto é em termos do PIB). Ou seja, quanto a menos o Estado vai pagar às pessoas...

Não quero fazer previsões do impacto económico, não consiguiria e nem vou tentar. Ainda bem que colocas esta questão senão o meu post podia ser mal entendido.

Desses 4KM €, mais de 60% voltava para o estado em forma de impostos.
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por goldentrader » 13/10/2011 23:21

E já agora...na minha opinião penso que o corte será para todos os reformados, mas há dúvidas em relação a isso...não há ainda certezas e circulam as duas versões, daí a minha questão pertinente...
 
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por goldentrader » 13/10/2011 23:19

Certo...mas é o que diz a notícia do Diário Económico e já ouvi o mesmo na Sic Notícias, por exemplo...mas penso que para já será pura especulação.
 
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por fooman » 13/10/2011 23:13

MarcoAntonio Escreveu:
goldentrader Escreveu:Entre eles o Diário Económico...

Função Pública sem subsídios de Férias e Natal até 2013
Denise Fernandes e Mariana Adam
13/10/11 20:14

Os funcionários públicos e os pensionistas do Estado vão ficar sem subsídio de férias e de Natal.

Pedro Passos Coelho acabou de anunciar que o pagamento do 13º e do 14º mês vai ficar suspenso durante a vigência do programa de ajustamento, ou seja, até 2013. A medida visa tanto os trabalhadores no activo como os reformados que recebem pensão pela Caixa Geral de Aposentações (CGA) e atinge todos os salários superiores a 1.000 euros mensais.

Quem tiver rendimentos entre o salário mínimo - 485 euros - e os 1.000 euros será alvo de uma taxa progressiva que, na prática, vai corresponder à perda de um subsídio.

No discurso ao País, Pedro Passos Coelho argumentou que a derrapagem orçamental da primeira metade do ano vai obrigar a um "esforço redobrado" para cumprir as metas do défice. Nesse sentido, o Governo decidiu avançar com medidas fortes e estruturais a partir do próximo ano, tais como a de cortar o 13º e 14º meses à Função Pública.


Bom, eles também não dizem que é apenas aos da CGA (o que eles estão a dizer é que não é apenas aos funcionários públicos no activo).

Sem ter sido especificado e falando o primeiro-ministro apenas em pensões (nunca tendo referido sequer a Caixa Geral de Aposentações) eu sou levado a crer que são todos.

O Memorandum da Troika também falava das pensões em geral e não nas pensões da Caixa Geral de Aposentações.


Penso que a lógica obriga a que sejam todas as pensões que dependam do orçamento de estado. Logo, as da CGA e da Segurança Social. Não vejo a coisa de outra forma!
 
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por MarcoAntonio » 13/10/2011 23:13

goldentrader Escreveu:Mas se o objectivo é castigar a função pública, como no caso dos corte salariais dos trabalhadores, faz sentido que nas reformas aconteça o mesmo, mas tenho ouvido e lido as duas versões...na realidade penso que ainda ninguém saberá ao certo.


Quem é que falou que o objectivo é "castigar" a função pública?

E depois era um disparate cortar as pensões só na CGA: as pessoas descontam para um organismo do Estado (seja os que já trabalham para o estado seja os que trabalham no privado) e o dinheiro no final não chega para todos por causa de ambos, sendo que quem vai pagar o buraco é o contribuinte e/ou o pensionista que venha a seguir.

Para disparates já há muitos, só faltava agora mais esta depois de tanta empresa privada (por exemplo a PT, entre outras) ter andado por aí a conceder reformas aos 50 e tal anos, essas pessoas estarem agora a receber uma pensão para a qual nunca descontaram na totalidade (que chegasse) e agora malhava-se apenas nos (ex) funcionários públicos.

Eu já estou por tudo, mas há limites para as aberrações...
Editado pela última vez por MarcoAntonio em 13/10/2011 23:14, num total de 1 vez.
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por MarcoAntonio » 13/10/2011 23:10

goldentrader Escreveu:Entre eles o Diário Económico...

Função Pública sem subsídios de Férias e Natal até 2013
Denise Fernandes e Mariana Adam
13/10/11 20:14

Os funcionários públicos e os pensionistas do Estado vão ficar sem subsídio de férias e de Natal.

Pedro Passos Coelho acabou de anunciar que o pagamento do 13º e do 14º mês vai ficar suspenso durante a vigência do programa de ajustamento, ou seja, até 2013. A medida visa tanto os trabalhadores no activo como os reformados que recebem pensão pela Caixa Geral de Aposentações (CGA) e atinge todos os salários superiores a 1.000 euros mensais.

Quem tiver rendimentos entre o salário mínimo - 485 euros - e os 1.000 euros será alvo de uma taxa progressiva que, na prática, vai corresponder à perda de um subsídio.

No discurso ao País, Pedro Passos Coelho argumentou que a derrapagem orçamental da primeira metade do ano vai obrigar a um "esforço redobrado" para cumprir as metas do défice. Nesse sentido, o Governo decidiu avançar com medidas fortes e estruturais a partir do próximo ano, tais como a de cortar o 13º e 14º meses à Função Pública.


Bom, eles também não dizem que é apenas aos da CGA (o que eles estão a dizer é que não é apenas aos funcionários públicos no activo).

Sem ter sido especificado e falando o primeiro-ministro apenas em pensões (nunca tendo referido sequer a Caixa Geral de Aposentações) eu sou levado a crer que são todos.

O Memorandum da Troika também falava das pensões em geral e não nas pensões da Caixa Geral de Aposentações.
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2. A expectativa de ganho deve superar a expectativa de perda, onde a expectativa mede a
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por goldentrader » 13/10/2011 23:08

Mas se o objectivo é castigar a função pública, como no caso dos corte salariais dos trabalhadores, faz sentido que nas reformas aconteça o mesmo, mas tenho ouvido e lido as duas versões...na realidade penso que ainda ninguém saberá ao certo.
 
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por Mcmad » 13/10/2011 23:06

MarcoAntonio Escreveu:
Mcmad Escreveu:Mas isto MA terá um impato muito muito forte no PIB. :?

O PIB = Gastos+Consumo+Investimento+X-M

Esta política contracionista levará a menos PIB e menos receita. Esse valor na realidade será muito inferior.


Alto, eu estou só a falar do valor da poupança na conta do Estado directamente nos vencimentos e pensões (e quanto é em termos do PIB). Ou seja, quanto a menos o Estado vai pagar às pessoas...

Não quero fazer previsões do impacto económico, não consiguiria e nem vou tentar. Ainda bem que colocas esta questão senão o meu post podia ser mal entendido.


Ok. :wink:

Eu quero chamar atenção para o seguinte:

Este corte nos gastos do Estado vai impatar fortemente no PIB, o que por si só e sem qualquer gasto adicional aumentará o défice
Confira as minhas opiniões

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por goldentrader » 13/10/2011 23:06

Pois...a minha questão é precisamente essa, uma vez que esta noite tenho ouvido as duas versões em vários orgãos de comiunicação social distintos.
 
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por artista_ » 13/10/2011 23:03

MarcoAntonio Escreveu:
goldentrader Escreveu:Mas há vários orgãos de comunicação social a dizerem e escreverem que não serão todos os reformados, mas apenas os pensionistas da função pública (que recebem pela Caixa Geral de Aposentações)...daí a minha dúvida, que face às notícias considero pertinente.


Bem, isso eu não consigo precisar: o Primeiro-Ministro não especificou e não diz que são os pensionistas da Caixa Geral de Aposentações (eu sou levado a concluir que são as pensões todas, as da CGA e as do regime geral). E, acrescento, espero bem que sejam!


Bom, se não fossem todas ainda pior...
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por goldentrader » 13/10/2011 23:03

Entre eles o Diário Económico...

Função Pública sem subsídios de Férias e Natal até 2013
Denise Fernandes e Mariana Adam
13/10/11 20:14

Os funcionários públicos e os pensionistas do Estado vão ficar sem subsídio de férias e de Natal.

Pedro Passos Coelho acabou de anunciar que o pagamento do 13º e do 14º mês vai ficar suspenso durante a vigência do programa de ajustamento, ou seja, até 2013. A medida visa tanto os trabalhadores no activo como os reformados que recebem pensão pela Caixa Geral de Aposentações (CGA) e atinge todos os salários superiores a 1.000 euros mensais.

Quem tiver rendimentos entre o salário mínimo - 485 euros - e os 1.000 euros será alvo de uma taxa progressiva que, na prática, vai corresponder à perda de um subsídio.

No discurso ao País, Pedro Passos Coelho argumentou que a derrapagem orçamental da primeira metade do ano vai obrigar a um "esforço redobrado" para cumprir as metas do défice. Nesse sentido, o Governo decidiu avançar com medidas fortes e estruturais a partir do próximo ano, tais como a de cortar o 13º e 14º meses à Função Pública.
 
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por MarcoAntonio » 13/10/2011 23:02

goldentrader Escreveu:Mas há vários orgãos de comunicação social a dizerem e escreverem que não serão todos os reformados, mas apenas os pensionistas da função pública (que recebem pela Caixa Geral de Aposentações)...daí a minha dúvida, que face às notícias considero pertinente.


Bem, isso eu não consigo precisar: o Primeiro-Ministro não especificou e não diz que são os pensionistas da Caixa Geral de Aposentações (eu sou levado a concluir que são as pensões todas, as da CGA e as do regime geral). E, acrescento, espero bem que sejam!
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1. Mais vale perder um ganho que ganhar uma perda, a menos que se cumpra a Segunda Lei.
2. A expectativa de ganho deve superar a expectativa de perda, onde a expectativa mede a
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por goldentrader » 13/10/2011 22:58

Mas há vários orgãos de comunicação social a dizerem e escreverem que não serão todos os reformados, mas apenas os pensionistas da função pública (que recebem pela Caixa Geral de Aposentações)...daí a minha dúvida, que face às notícias considero pertinente.
 
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por Mares » 13/10/2011 22:57

LFA1 Escreveu:Mas o que é isto?!

Então agora os funcionários públicos é que são o bombo da festa?!

Mas porque carga de água é que apenas os funcionários públicos vêm os subsídios de natal e de férias cortados, enquanto todos os autros continuam a ter direito a essas prestações?!

Já não bastava terem cortado este ano os salários dos funcionários públicos, em média, 5% (bem, no meu caso até foi mais, mas isso não importa); já não bastava terem aumentado a percentagem de descontos para a ADSE; já não bastava terem aumentado a percentagem de retenção na fonte dos salários; já não bastava terem congelado os aumentos de salários e as progressões nas carreiras desde 2007 (soube-se hoje que os funcionários públicos, no período compreendido entre 2007 e 2014, apenas viram e verão um aumento anual nos salários (em 2009) e não conseguem subir nas carreiras mesmo que sejam excelentes funcionários - só isto meus caros amigos é um roubo de mais de 20% no salário no final deste período, a acrescer a tudo o resto atrás dito); já não bastava terem de arrostar também com todas as outras medidas de austeridade que são para todos; Já não bastava tudo isto, agora só faltava mais esta de também só os funcionários públicos não terem direito a subsídio de férias e de natal (e isto durante pelo menos dois anos, se a coisa não descambar)!? Mas o que é isto?!

Eu trabalho mais de dez horas todos os dias e não ganho mais por isso e agora ainda tenho de aturar isto?! Mais vale não fazer nada e receber o RSI e passar a vida a falar mal dos funcionários públicos (polícias, médicos e enfermeiros nos hospitais, funcionários e magistrados nos tribunais, professores e aauxiliares de educação nas escolas, funcionários nas finanças, etc, etc).
Meus caros amigos eu sou a favor de uma contribuição para recuperar o país, concordo em fazer sacrifícios se tal for necessário para tal. Agora o que eu não tolero, o que eu não compreendo nem aceito é que os sacrifícios não sejam equitativos para todos, que não haja justiça na distribuição dos mesmos e que sejam os funcionários públicos o bombo da festa!
Bandalhos!


Realmente tem razão para estar indignado. São muitos cortes para quem ainda trabalha.

Os que já passaram para a reforma é que estão bem. Vão poder digerír os cortes com mais tempo.

A CGA, à qual pertençe, absorve dos restantes contribuintes 4 mil milhões de euros/ano.

Pode vêr, na tabela em anexo, que o Estado gasta 8,4 mil milhões de euros/ano para pagar reformas do Estado, mas apenas arrecada em quotas 1,4 mil milhões de euros/ano.

O Estado já não tem mais VIVOs para vênder e assim cobrír os "desvios colossais" da CGA.

Acha isso justo? Onde acha que dêva ser cortado?

Até quando poderão continuar a pedir sacrifícios à restante população?
Anexos
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por zuza » 13/10/2011 22:56

Boa noite,

O OE é um dos mais importantes documentos das contas nacionais.
É um documento que prevê receitas e despesas e serve de "farol" à evolução das contas, podendo acompanhar-se a sua execução e ver os seus desvios, positivos e/ou negativos, e tomar medidas de correcçao caso seja necessário.
Qualquer gestão tem que ter o seu orçamento delineado.
Agora a questão é se o orçamento é feito com base em informação fidedigna e real do passado que permita a elaboração de um orçamento realista e executável.
Se quem elabora um orçamento não tiver em sua posse a informação indispensável e necessária para a sua elaboração, então o mais certo é logo à partida o orçamento estar errado e por essa via levar a tomada de decisões que vão ter consequências nefastas.
Pela experiência constatada do passado o que vemos é que os orçamentos de estado não são planeados de uma forma séria o que leva aos constantes desvios negativos e orçamentos rectificativos que demonstram a má preparação numa área que devia ser o mais rigorosa possivel.
Espero, sinceramente, que este governo, na posse de "toda" a informação fidedigna, objectiva, real, etc..., tenha elaborado um orçamento que não esteja "ferido de morte" logo à nascença.
Não sei se será o melhor orçamento possivel mas espero que seja o ponto de partida para uma melhoria nas execuções orçamentais do estado.
Poderá ser um ponto de viragem na nossa historia "orçamental".

Abraço ao forum e bons negocios.
 
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por migluso » 13/10/2011 22:51

MarcoAntonio Escreveu:E também da falta de meritocracia, que não promove a eficiência e acabam depois por levar todos pela tabela grande.

Por isso, no meio das dificuldades e das más notícias, que tenham a inteligência de tirar algo de "positivo" e passem a prestar mais atenção à realidade que os rodeia.


100% de acordo.
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por artista_ » 13/10/2011 22:50

MarcoAntonio Escreveu:Eu sei que estas situações existem (todos sabemos) e mais ainda, eu sei que muitas vezes nestes locais de trabalho esses são os "heróis", os "bacanos". Os que resmungam e protestam pela falta de profissionalismo e pela falta de serviço dos outros ainda chegam a ser as ovelhas negras e os prescritos...


Claro que existem, mas também existem no privado... e, de certa forma, não foi isso que nos trouxe aqui, ou houve outros aspectos que contribuiram tanto ou mais para que as contas do estado estejam no estado que estão...

É curioso que ele começou por pedir desculpas aos portugueses quando aprovou o PEC III, parece que hoje não encontrou razões para o fazer?! :roll: :shock:
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por Ulrich » 13/10/2011 22:49

MarcoAntonio Escreveu:
migluso Escreveu:Infelizmente, parece-me que os funcionários públicos estão hoje a pagar o "preço" da impossibilidade de despedimento e da rigidez laboral que rege a função pública há 35 anos.


E também da falta de meritocracia, que não promove a eficiência e acabam depois por levar todos pela tabela grande.

Eu imagino que hoje os Funcionários Públicos estejam com uma dor de cabeça tremenda depois desta notícia. Mas espero que amanhã quando chegarem ao local de trabalho olhem de lado para o colega de trabalho que chega com meia hora de atraso de forma sistemática. Ou que chega e ainda vai tomar o pequeno-almoço durante as duas horas seguintes...


Eu sei que estas situações existem (todos sabemos) e mais ainda, eu sei que muitas vezes nestes locais de trabalho esses são os "heróis", os "bacanos". Os que resmungam e protestam pela falta de profissionalismo e pela falta de serviço dos outros ainda chegam a ser as ovelhas negras e os prescritos...



Por isso, no meio das dificuldades e das más notícias, que tenham a inteligência de tirar algo de "positivo" e passem a prestar mais atenção à realidade que os rodeia.


Todo este post merece ser lido e relido por muita gente.
De facto fico triste por muita gente trabalhadora, humilde e cumpridora que será muito afectada.
Tenho a certeza que uma das consequências será um aumento da eficiência.

Abraços
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por migluso » 13/10/2011 22:49

MarcoAntonio Escreveu:Exacto, o Estado centra-se primariamente nos serviços e a sua necessidade imediata não é ser "competitivo" mas ter uma despesa menor. Já no privado a premência é produzir mais, conseguir exportar mais, etc.


Do ponto de vista da gestão orçamental e do ponto de vista da economia faz todo o sentido (desde que reduzam as horas extras pagas na função pública). O aumento do horário deveria ter sido uma hora e não meia. Não deveria ter cortado um dos subsídios dos FP e fazê-lo antes depender do cumprimento rigoroso de um plano de cortes nos consumos intermédios do Estado e do valor arrecadado em privatizações, bem como da evolução do PIB que, com os privados a trabalharem mais uma hora, poderia evoluir a favor dos funcionários públicos e de todos nós obviamente.

Estamos todos no mesmo barco e devemos todos remar para o mesmo lado.

Uns ficam com menos rendimento disponível por causa de leis estúpidas. Outros ficam com menos tempo livre disponível.
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por MarcoAntonio » 13/10/2011 22:48

Aqui fica a parte da declaração sobre esse aspecto para quem não quiser ter o trabalho de ler tudo:





É a pensar na conjugação das necessidades financeiras com a prioridade do emprego que o orçamento para 2012 prevê a eliminação dos subsídios de férias e de Natal para todos os vencimentos dos funcionários da Administração Pública e das Empresas Públicas acima de 1000 euros por mês.

Os vencimentos situados entre o salário mínimo e os 1000 euros serão sujeitos a uma taxa de redução progressiva, que corresponderá em média a um só destes subsídios.
Como explicaremos em breve aos partidos políticos, aos sindicatos e aos parceiros sociais, esta medida é temporária e vigorará apenas durante a vigência do Programa de Assistência Económica e Financeira.

(...)

Como sabem, a redução das pensões de reforma era uma medida prevista no Memorando de Entendimento. Tal como para os salários da Administração Pública e das Empresas Públicas, teremos de eliminar os subsídios de férias e de Natal para quem tem pensões superiores a 1000 euros por mês. As pensões abaixo deste valor e acima do salário mínimo sofrerão em média a eliminação de um só destes subsídios.

Esta redução é também ela evidentemente temporária e vigorará durante a vigência do Programa de Assistência. Mas não prescindimos do nosso compromisso de descongelar as pensões mínimas e actualizá-las.

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por Trisquel » 13/10/2011 22:48

LFA1 Escreveu:Mas o que é isto?!

Então agora os funcionários públicos é que são o bombo da festa?!

Mas porque carga de água é que apenas os funcionários públicos vêm os subsídios de natal e de férias cortados, enquanto todos os autros continuam a ter direito a essas prestações?!



Por um lado poupam no pagamento dos subsidios mas por outro lado cobram impostos, visto pelo lado do MF é o mais lógico!

Achavas melhor obrigar os patrões a pagar os subsidos ao estado?

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