Outros sites Medialivre
Caldeirão da Bolsa

O Exemplo da Srª. Blumkin

Espaço dedicado a todo o tipo de troca de impressões sobre os mercados financeiros e ao que possa condicionar o desempenho dos mesmos.

por Comentador » 9/11/2003 19:50

djovarius,

Crescimento real insuficiente é realmente um dos grandes problemas de Portugal. Problema ainda maior é como aumentá-lo, o que é absolutamente imprescindível para evitar que nos continuemos a atrasar em relação a uma Europa evoluída. Ou seja, e por outras palavras, é necessário aumentar de forma contínua e pronunciada o rendimento per capita no nosso país.

Mais uma vez não é preciso reinventar a roda, nem reinventar qualquer outra coisa. A nossa única hipótese de crescer a sério, é atacando as indústrias tecnológicas, e de uma forma geral as que necessitem de trabalho especializado e inovação. Para o nosso nível de formação (que tem de melhorar muito), existem sectores que serão mais adaptados do que outros, mas o que é preciso mesmo é muito investimento estrangeiro (é que o nosso factor capital é muito limitado!).

Um abraço

Comentador
 
Mensagens: 378
Registado: 26/4/2003 23:30
Localização: 16

por djovarius » 9/11/2003 15:02

Bom dia (também sou louco ao ponto de andar aqui aos Domingos :twisted: )

Mas agora vou lançar aqui uma verdadeira heresia. A seguir podem bater-me à vontade:

O problema português não é diferente do problema Americano, ou Alemão, etc... a diferença está na dimensão.
Um país com fraco crescimento real. Um país que estava subdesenvolvido, mas que aproveitou (mais ou menos ou mal) uma grande alteração estrutural para corrigir os atrasos estruturais.
Mas com a integração plena num mundo aberto e cheio de possibilidades, veio ao de cima a máxima da canção de Sérgio Godinho: "só se pode querer tudo quando nunca se teve nada".
E assim foi. Ajudados por significativas verbas, os Governos começaram a investir. Isso deu uma sacudidela na malemolência económica, gerando novos empregos, oportunidades e renda.
Também despertou a cobiça dos "espertos" como já se sabe.
Muito do que aconteçeu, deveu-se aos níveis interessantes de poupança que haviam, sobretudo do sector privado.
Só que, a quimera do enriquecimento, do glamour, da facilidade, até da vaidade, originaram várias ondas consumistas pouco condicentes com a renda real das populações. Isto só foi possível com a baixa de juros até níveis desfasados da realidade financeira.
O país da relativa poupança passou a ser o país da dívida absoluta, o que significa que para manter esse "status quo" foi necessário recorrer à poupança dos estrangeiros (mentalidade americana reina no mundo ocidental, lembrem-se disto).
A partir daí entrámos num ciclo de crescimento com base em crédito, muito mais do que em rendimento real.
Quando se fala em habitação própria, o endividamento tem justificação plena. Quando se fala em segunda habitação, ou de férias, se for improdutiva (casa fechada quase todo o ano) fala-se de uma má alocação de recursos que terá de ser reajustada algures no futuro.
Mas esse é o mal menor, porque ainda se trata de um item com valor em permanência.
O pior é o crédito ao consumo.
Aqui lanço a questão. Onde é que mais crédito acrescenta ao rendimento dos cidadãos? Simplesmente, não acrescenta e o aumento dos encargos financeiros totais de uma família acabam por subtrair à renda futura e ao crescimento.

A outra heresia é a questão do défice orçamental de 3% e o tal défice zero.
Porque é que se utiliza contabilidade criativa e receitas ditas extraordinárias para manter o défice a esses níveis?
Qual a política para corte de despesas correntes em excesso, esse verdadeiro cancro das contas de qualquer Estado? Não interessa o tamanho do défice, mas sim como ele se originou?
Se um país não cresce, por isso, não tem receitas para financiar o défice, deve aceitar-se o défice, como a Alemanha já chegou à conclusão, junto com a França.
O pior é quando um país está em pleno vapor e não consegue, utilizando o aumento das receitas, diminuir o seu défice, significando que se mantém o exagero das despesas correntes.

E depois, porquê um défice zero?
Que cabeça iluminada inventou esse conceito, ignorando a necessidade de reformar no espaço de uma geração os verdadeiros problemas que originam os défices!?
Querem governar as Finanças por decreto !!
Um défice (pequeno) é sempre, mas sempre melhor do que um superavit, porque obriga a uma constante disciplina das contas públicas. Em caso de superavit, vem logo a tentação e o eleitoralismo próprios da classe política.
E mais !!! Qual é a despesa do serviço da dívida em % do PIB ?? Isso é o que conta !! Se for de 2,5% do PIB, por exemplo, basta que o défice total atinja mais ou menos o mesmo valor para que não haja necessidade de dívida nova, rolando-se apenas a existente. O que interessa hoje, com os actuais níveis de juros é um défice primário de zero, podendo o défice total ser de 1 a 2% não sendo necessários mais condicionantes. Com o passar dos anos, a dívida em % do PIB diminui, não sendo necessário sacrifícios adicionais como nos querem fazer crer, apenas disciplina do lado da despesa será o suficiente. Nem sequer quero comentar a falácia das receitas extra, pois isso só serve para adiar o inadiável - o corte em certas despesas.

Mas não adianta o Estado ser disciplinado, quando os cidadãos estão à deriva. Acostumados a um nível de vida acima das possibilidades, endividaram-se em demasia.

Hoje, temos a mania de falar dos Americanos, mas exceptuando uma minoria falida, a maioria deles só gasta 20% dos seus rendimentos nas mensalidades dos seus encargos financeiros totais.
Muito pior está o português que chega a gastar 30, 50 ou até 60% da sua renda mensal em encargos financeiros (casa, carro, cartões,etc).
Por isso, a recuperação económica portuguesa, a sério, jamais se dará sem um retorno à racionalidade económico e financeira, tendo de passar por vários períodos recessivos ao longo da década...

The party is over... there is no free lunch...


Um abraço a todos

djovarius
Cuidado com o que desejas pois todo o Universo pode se conjugar para a sua realização.
Avatar do Utilizador
 
Mensagens: 9138
Registado: 10/11/2002 19:32
Localização: Planeta Algarve

Bolas, bora fazer com´ós bons??

por Comentador » 9/11/2003 13:25

Foram interessantes as respostas que acabei de ler.

Agora não vou falar de Buffett (quem não conhece o porquê do seu sucesso terá de consultar os livros e artigos adequados). Ele, na minha crónica, fazia parte de uma hipérbole que, como qualquer hipérbole, depois de descontado o que é romanceado, é para levar a sério…

O nosso problema, como país, é que continuamos a gostar da vida fácil. Em vez de nos desenvolvermos a sério e de criarmos condições para a captação de investimento estrangeiro com interesse, agora estamos sempre à espera de conseguirmos uma Expo 98 de vez em quando: para o ano é o Euro 2004, depois somos os favoritos para a America´s Cup 2007, e assim por diante (sem prejuízo da importância real de cada um destes eventos).

É um panorama interessante, não é? Mas assim, não vamos lá, supondo claro que queremos ir a algum lado!!

Aguardando novas contribuições sobre este tema,

Um abraço

Comentador
 
Mensagens: 378
Registado: 26/4/2003 23:30
Localização: 16

por R_Martins » 8/11/2003 23:33

Caros amigos

Se esta for verdade, o Warren ficaria mal visto, ou seja, seria afinal Sally/Warren e não Buffet/Warren.
Desculpas a quem não percer o Italiano.
R. Martins


La Biografia di Sally

Nessuno conosce la reale età di Sally, è un segreto che lei custodisce gelosamente.
Nessuno conosce neppure il reale numero dei sui amanti, veri o presunti, anche questo è un mistero sul quale a Wall Street tutti si interrogano.
Di certo tutti sanno che è una donna molto bella, sicuramente intelligente e decisamente affascinante; una donna per cui si perderebbe volentieri la testa.
A questo va aggiunto che Sally, da che frequenta gli ambienti dell'alta finanza, non ha mai sbagliato una previsione, tanto da meritarsi il soprannome di Lady Outlook.
In poche parole : a Wall Street sono tutti pazzi per lei.


Sin da giovanissima, Sally evidenziò il suo inconfodibile talento, alla tenera età di 3 anni le piaceva tantissimo giocare "ai dottori" con i suoi piccoli amici, adorava il ruolo della paziente ed amava farsi visitare ripetutamente ....

Crescendo, consolidò l'attrazione per gli esponenti dell'altro sesso, e lei confessa che si innamorò per la prima volta all'età di 5 anni, visse la magia del primo bacio a 7 anni, ed a 10 anni arrivò la l'esperienza della "prima volta".


Negli anni successivi, oltre ad essere molto bella e attraente sviluppò ulteriormente la sua innata attitudine all'esibizione; divenne la ragazza più desiderata della sua scuola.

All'età di 16 anni la svolta della sua vita.
Un 82enne miliardario petroliere texano si innamorò perdutamente di lei.
Lei lo trovò un uomo decisamente interessante e lo sposò.
Lasciò la famiglia e gli studi per abbandonarsi a quello che più tardi lei definirà "l'amore della sua vita".
Purtroppo il destino si accanì contro di lei e dopo due anni di vivace ed intensa passione si ritrovò ad essere la vedova più giovane e più ricca d'America.
Sally non si perse d'animo, aggrappandosi al suo carattere fermo e tenace iniziò a gestire personalmente l'immenso patrimonio ereditato.
I risultati furono decisamente brillanti, si iniziò a parlare di lei per l'infallibile fiuto negli affari e per l'elevato acume nella scelta degli investimenti.
Il suo patrimonio cresceva velocemente e con esso anche la celebrità, era diventata una donna famosa ed inizirono i primi pettegolezzi, che lei peraltro si guardava bene dallo smentire, sulla sua vita sentimentale.

Nonostante fosse ormai una donna arrivata, non perse la profonda solidarietà nei confronti delle altre donne; si sentì sempre costantemente sensibilizzata su quella che lei chiamava la "questione femminile".
Per concretizzare questo nobile sentimento, instituì un Fondo, che gestiva personalmente, pensato esclusivamente per aiutare tutte le donne sfortunate che si erano ritrovate vedove troppo giovani.
Il Fondo riuscì sempre a garantire rendimenti eccezionali, soprattutto nel breve periodo, battendo costantemente tutti i benchmarks di riferimento; il motto di Sally era "un investimento a lungo termine è quello che nel breve non è andato molto bene".

Fu un successo senza precedenti; molti giovani donne arrivarono ad assasinare il marito per poter soddisfare tutti i requisiti necessari a sottoscrivere quote del Fondo.
Sembra che, in quel periodo, Warren Buffet in persona chiamava quotidianamente Sally per capire come indirizzare i propri investimenti.

Iniziò così a frequentare Wall Street ed i salotti "importanti" dell'alta finanza.
I giornali e le riviste iniziarono ad occuparsi sempre più spesso di lei, delle sue idee, dei suoi amori ed anche dei suoi ... peccatucci e delle sue avventure.

Adesso Sally è una donna che fa tendenza, le sue acconciature sono sicuramente le più imitate a Manhattan, è ospite fisso dei più popolari programmi televisivi e non perde occasione per attirare l'attenzione con i suoi vestitini provocanti e per dispensare preziosissimi consigli su come orientare gli investimenti.

La lunghezza delle sue gonne rappresenta per molti operatori finanziari la più attendibile fonte di previsione sull'andamento degli Indici Azionari; se porta minigonne tutti vendono (vanno Short) e si godono lo spettacolo (le bellissime gambe di Sally) se lei porta gonne lunghe tutti comprano (diventano rialzisti).
Nei periodi in cui l'Orso imperversa per Wall Street, Sally, costretta a portare gonne cortissime, viene invitata a decine di trasmissioni televisive ed ogni volta che accavalla le gambe .... tutti gli americani, per un istante, rimangono senza fiato.

A chi le chiede quale sia il segreto del suo successo lei risponde sempre "le relazioni"........ ma non chiarisce mai di che natura siano queste preziosissime relazioni.
Quem não conhece o «CALDEIRÃO» não conhece este mundo
 
Mensagens: 1611
Registado: 5/11/2002 9:23

por djovarius » 8/11/2003 23:22

Meus senhores boa noite !!

Independentemente do resto, vou deixar-vos a seguir a notícia da Bloomberg, nem de propósito, sobre os resultados do trimestre da BH, a empresa de W. Buffet, cujos resultados voltaram a explodir em alta, sobretudo graças aos investimentos no ramo dos Seguros. Recordo que parte desta fortuna é recente.
Só nos últimos 10 anos, os activos da BH cresceram 9 vezes em valor. Recordo também que uma acção da companhia de Buffet continua a valor mais de 80 mil dólares porque nunca foram feitos stock splits.
Interessante que Buffet começou no ano passado a investir em divisas face ao dólar e vendeu este ano quase todos os títulos de dívida pública dos EUA. Porque será!?

Um abraço a todos
dj

Divirtam-se com a notícia:

Nov. 8 (Bloomberg) -- Warren Buffett's turnaround of reinsurer General Re Corp. sent earnings at his Berkshire Hathaway Inc. climbing 58 percent in the third quarter.

General Re had a $32 million pretax underwriting profit in the quarter, compared with a $434 million loss last year, after Buffett raised prices and shed unprofitable clients.

Overall, net income at Omaha, Nebraska-based Berkshire rose to $1.8 billion, or $1,176 per A share, from $1.14 billion, or $744 a share, last year, a company statement said. Profit excluding $453 million of realized investment gains climbed 38 percent to $1.35 billion, a record, or $881 per share.

Berkshire's insurance businesses, which contributed more than half of operating earnings, generated so much more cash than they paid in claims that the effective cost of their $43.8 billion of investment funds was ``far less than zero,'' said the statement.

``Cash is rolling in fast and furious,'' said Keith Trauner, who helps oversee $800 million at Fairholme Capital Management, which has more than a quarter of its assets in Berkshire stock. ``It now becomes a function of investing well.''

Investment Gains

Berkshire's statement didn't say what securities produced the quarter's investment gains, which almost tripled from a year earlier. Realized gains in the first nine months came mainly from selling U.S. Treasury and corporate bonds, Berkshire said. Berkshire sold most of its long-term Treasury bonds in the second quarter, the company said at the time.

Investors anticipating the profit growth pushed Berkshire's stock up 5 percent during the last two weeks to near the record of $80,900, set in June 1998. The shares were unchanged at $80,000 in New York Stock Exchange composite trading Friday, up 10 percent this year. Berkshire announced earnings after the close of trading.

Profit excluding investment gains exceeded estimates of $750 per share by Fox-Pitt, Kelton Inc. analyst Gary Ransom and $824 by Credit Suisse First Boston's Charles Gates.

Cash holdings jumped to a record $30.7 billion in the quarter, or 18 of assets. Revenue climbed 72 percent to $18.2 billion, in part from Berkshire's purchase earlier this year of McLane Co. Inc., a food distributor that added $6.1 billion to the figure.

Berkshire's assets grew 1.6 percent to $172.2 billion. Assets fell from the second quarter, when they were $172.9 billion.

Profit from insurance underwriting and investment income climbed 65 percent to $1.1 billion, due to General Re and other reinsurance units such as National Indemnity Co., which take on risks from other insurers. Earnings declined at Geico Corp., the auto insurer, on higher advertising expenses. Premium income increased 18 percent to $2 billion at Geico, while the number of policies in force rose 11 percent.

General Re

General Re had $7.5 billion in underwriting losses in the four years after Buffett bought it in 1998. Berkshire's cost of float -- the investment funds generated by insurance -- soared to 13 percent in 2001 after General Re recorded charges for policies sold too cheaply and the Sept. 11 attacks.

Since then, Buffett raised prices and changed management, installing Joseph Brandon as chief executive officer in September 2001. Brandon led an overhaul that sought to ensure each policy produced an underwriting profit, rather than a previous strategy of maintaining a group of preferred clients. General Re is now the world's only AAA-rated reinsurer, giving it leverage to raise prices.

Buffett has said he personally reviews many of Berkshire's largest reinsurance policies. In Berkshire's 2001 shareholders letter, six of the 19 pages were dedicated to insurance, particularly to explain General Re's problems and corrective actions he'd taken. The cost of float fell to 1 percent in 2002. A cost of float below zero is similar to a bank paying you to borrow.

Morgan Stanley analyst Vinay Saqi calculated last month that Berkshire should be worth about $91,000 per A share within a year and a half. A one-percentage-point change in the cost of funds would swing the figure by about $8,000, according to Saqi, who has a ``buy'' rating on the stock.

Beyond the $466 million improvement in pretax profit due to General Re, the biggest lift in the quarter resulted from McLane, which earned $75 million pretax.

Housing Impact

Acme Brick Co., Benjamin Moore & Co. and Berkshire's other building products companies had a 34 percent profit increase to $190 million. They benefited from ``continuing strong housing markets,'' the company said.

Flight-services business increased profit 31 percent to $39 million. FlightSafety International Inc., which trains pilots, increased training revenue and reduced personnel costs.

Earnings Breakdown

Insurance companies produced 55 percent of pretax profit; building products accounted for 9 percent; Shaw Industries Inc., the world's biggest carpet market, contributed 6 percent; and a financial products division that invests in bonds earned 8 percent.

Buffett, the world's second richest man, has spent more than $3 billion this year to buy Clayton Homes Inc., a mobile-home manufacturer, and McLane. The purchases add to Berkshire's dozens of operating units that include Fruit of the Loom, an underwear maker, and International Dairy Queen Inc.

Berkshire needs bigger acquisitions, or what Buffett has called ``elephants,'' to maintain the pace of growth after the company's assets swelled nine-fold in ten years.

The company has made ``significant'' investments in foreign currency on expectations that the U.S. trade deficit will weaken the dollar, Buffett said in a letter to Fortune.com last week.
Cuidado com o que desejas pois todo o Universo pode se conjugar para a sua realização.
Avatar do Utilizador
 
Mensagens: 9138
Registado: 10/11/2002 19:32
Localização: Planeta Algarve

por R_Martins » 8/11/2003 22:47

Encontrei na Net estes escritos sobre o famoso Warren. Se são verdadeiros ou não eu não sei...
Mas como todas as historias de «famosos» não deixará de estar «empolada»
Recordo-me todavia, de ter lido algures num jornal que no inicio da «bolha» tinha uma fortuna aproximada de 47 000 mil milhões de dolares e no «fim» desta algo como aproximadamente a 36 000 mil milhões de dolares.
R. Martins


Cortesia de: Alberto La Vergara
Wallstreet Inversiones
Impressum - Contacto - Aviso legal - Logos
Copyright © 2003 Alberto La Vergata - Todos los derechos reservados

Warren Buffet
23.03.2002
Desde pequeño supo lo que quería. A los 5 años el pequeño Warren le aclaró solemnemente a sus padres que tenia una meta importante en la vida : hacerse rico. A los 6 años se puso manos a la obra. El pequeño Warren se dedicaba a comprar Coca Cola en paquetes de 6 botellas a 25 centavos el paquete. Despúes las revendia a 10 centavos la botella. Una ganancia más que jugosa para un enano en plena formación capitalista. Ello acontecia en Omaha, Nebraska, ya hace muchos años.Al pequeño Warren la gustaba esa manera de ganar dolares. Y sobre todo en forma tan rápida. Pero sin embargo, era poco. El quería más. Muy prontamente descubrió el lugar donde realmente podría hacerse rico. En la bolsa. A los ocho años el pequeño engendro se quemaba las pestañas leyendo y estudiando el mecanismo y los secretos de la bolsa. La puerta de entrada al paraiso capitalista por excelencia. Se gastó un dineral comprando libros y revistas, ensayos, estudios y todo lo relativo al fascinante mundo bursátil. Toneladas de libros y biografias especializadas en el tema.A los 11 años compró su primer título. A los 26 creó su propia compania de inversiones. America. El pais de las posibilidades ilimitadas. Nacía otra de tantas historia exitosas. Actualmente Warren Buffett tiene 71 años y es una leyenda. Sus inversores lo adoran como a un dios y sus admiradores son legiones. Su fortuna asciende a más de 33.000 millones de dolares. Es el hombre más rico del mundo despúes de Bill Gates. Lo llaman "El oraculo de Omaha", ya que parece conocer hoy las cotizaciones de mañana.Sin embargo, para warren Buffett el asunto no tiene ninguna relación con bolas de cristales, aromas de incienso, polvos mágicos y hechizerias similares. Los resultados tienen poco que ver con fuerzas sobrenaturales. Su exito se debe más a una estrategia de inversion bien definida. Warren no es tonto y sabe muy bien como se gana el dinero en los Estados Unidos. Y es comprando "pichinchas". Asi de simple. Salir con la billetera llena de dolares en las liquidaciones de temporada. A usted no le sucede lo mismo? Saltar de alegria cuando sale de un comercio, porque termina de comprar un perfume de Cartier, o de Versace a 20 dolares, cuando en realidad cuestan mucho más?Warren Buffett hace lo mismo. Compra títulos de empresas a precios bajos, precios de liquidación. La estrategia se basa en la compra de acciones de aquellas empresas que estén bajo-valoradas. Ésto es, papeles de firmas cuyo valor real ( o sea edificios, productos, cuota de mercado, muebles, maquinas, etc, ) sea mayor a su cotización en la bolsa. Éste es el trabajo de Warren Buffett. Cuando el oraculo de Omaha encuentra la candidata,, analiza el negocio, el mercado y los productos. Y sobre todo debe convencerse del negocio, lo debe entender.Entónces Buffett pega el manotazo, compra. Y espera. Espera. La paciencia es sagrada en la bolsa si se quiere tener exito. Esperar lo que sea necesario. Hasta que el mercado y los inversores, reconozcan el verdadero valor de la firma. Tarde o temprano sucede. Wall Street no come vidrio. Alli donde hay buenos negocios y se gana plata, aparecen los inversores. Compran. Entónces sube la cotización. A veces no hace falta esperar mucho. A veces si. Entóncespaciencia. Ella juega un rol fundamental en la estrategia de Buffett.Una de sus citas preferidas es: Aquel que no esté dispuesto a tener un título en su cartera por lo menos durante 10 años, no lo puede tener ni durante 10 minutos en su portfolio. Si bien Bill Gates es un buen amigo, Warren no se deja encandilar por la Nueva Economia. Ni siquiera posee títulos de Microsoft. Buffett confiesa : Microsoft es una firma excelente, pero como inversor no puede estimar donde la empresa estará en 5, 10 o 20 años. Sin embargo con Coca Cola o con Gillette tiene la más absoluta seguridad de ello.Las favoritas de Buffett las conocen hasta los niños del jardin de infante en los Estados Unidos. Posee el 11 % de American Express, el 8 % de Coca Cola, el 9 % de Gillette, el 18 % del Washington Post, el 3 % de Wells Fargo, el 7 % del M & T Bank, entre otras empresas de reconocida fama en el mundo, como Disney o McDonald´s. El boon tecnológico y la subida de las cotizaciones originó algunas dudas entre los muchachos de Buffett y muchos inversores se preguntaban sl la estrella del oraculo se estaba apagando. Su compania de inversiones Berkshire Hataway perdía valor. Los valores tecnológicos y de internet volaban como cohetes supersónicos y Buffett se negaba a comprarlos. La magia de Warren desaparecia. Sus sguidores comenzaban a tener dudas. El anciano sabía que su hora llegaría.El resto de la historia la conocen todos. Las bolsas se derrumbaron. La burbuja explotó y arruinó a muchos. Desde hace casi 2 años todos pierden plata en la bolsa. Buffett no. El gana plata en Wall Street. Y mucha. La figura de Buffett brilla nuevamente. Sus inversoresagradecidos. Buffett deja la timba y la especulación para otros. El invierte, no juega. Maestro! Durante el 2.000 a Buffett se le caian las babas cuando en contra de la tendencia general, y mientras la tempestad azotaba el firmamento accionario de todo el planeta, su firma de inversiones lograba una perfomance del 114 por ciento. Una vez más, el "Oraculo de Omaha" no se equivocaba.
Quem não conhece o «CALDEIRÃO» não conhece este mundo
 
Mensagens: 1611
Registado: 5/11/2002 9:23

Caro Comentador

por Bigodes de Aço » 8/11/2003 18:04

Quando nas bolsas se fala de exemplos a seguir,o nome de warren Buffett vem logo á tona. Não quero tirar o mérito ao dito Sr, mas sem conhecer a fundo a sua ascenção, limitando-me a ler o que se escreve sobre ele, quero apenas emitir a minha opinião na base desses escritos. Pelo que leio, o Sr não é um criador de empresas(tipo sra Blumkim), parece que terá nascido na época exacta(já a sra Blumkim estava velha) e ter sido bafejado por alguma "hora" de sorte que lhe permitiu adquirir a fama e o proveito.Eu só gostava de saber como ele começou:com que disponibilidades; com que informações priviligiadas lhe permitiram fazer o pecúlio inicial.Hoje para ele tudo é fácil. O que me admira é o homem dizer que tem tanto dinheiro e não sabe onde aplicá-lo. Bastava comprar e dizer que tinha comprado,que os investidores até acreditavam que a Silverado(por exemplo)tinha descoberto ouro na Lua e era muito rentável a sua exploração. Penso que se trata de um especulador e só sabe especular,de outro modo encontraria algures no mundo aplicação para o dinheiro.Não havendo nada bom para comprar(custa-me a acreditar), haverá certamente espaço para quem tem ideias para criar. Em resumo : esse personagem pode ser um génio mas também pode ser alguém que no dia certo, com a informação certa,com o financiamento certo, arrancou as amarras do patamar dos que andam na bolsa ás pinguinhas ,como é o meu caso e de muitos que aqui andam. Talvez isso já direito a ser génio........
Bigodes de Aço
 

O Exemplo da Srª. Blumkin

por Comentador » 8/11/2003 14:01

Dedicado ao Caldeirão, que nos preenche uma pequena parte muito importante da nossa vida, e a Todos os utilizadores desta Comunidade maravilhosa



O Exemplo da Srª. Blumkin


Não foi propriamente uma paixão louca, guiada pelo coração e alheia a tudo o resto. Muito menos se tratou de um amor à primeira vista. Mas poderá sem dúvida afirmar-se que, como muitas vezes acontece, foi o homem que tomou a iniciativa, que pacientemente a seguiu e, por fim, a convenceu. Esta é também uma ligação que triunfou, apesar de alguma oposição da família dela.

Aconteceu em 1983, no Nebraska, a Srª. Rose Blumkin tinha 90 anos e Warren Buffett estava a caminho de se tornar um dos homens mais ricos da América.

Quando, depois de longo estudo e acompanhamento, Buffett comprou a sua empresa de mobílias, a mais competitiva e rentável dos E.U.A. no seu ramo, a Srª. Blumkin, ainda detentora de 10% do capital, continuou muito naturalmente a trabalhar na empresa, no seu lugar de Presidente do Conselho de Administração, e disposta a imprimir-lhe a sua costumada e extraordinária dinâmica.

Como grande investidor de longo prazo, Warren Buffett detém inúmeras empresas muito lucrativas e de elevado crescimento. Actualmente, com duas dezenas de biliões de dólares em dinheiro para aplicar, ele não consegue encontrar activos que o possam realmente entusiasmar. Isso não é mais do que o reflexo de uma economia mundial ainda com muitas interrogações. Por um lado a falta de motivação, por outro o facto de o seu império empresarial quase andar por si próprio, faz quase ter pena do nosso amigo, sem ocupações suficientes para passar o tempo…

É exactamente esta a altura que Portugal deveria escolher para preparar o envio de uma delegação, com todos os poderes, para cativar este multibilionário, momentaneamente desincentivado, levando-o a interessar-se pelo problema económico-financeiro português, de forma a poder orientar-nos e criar uma estratégia para a nossa recuperação, que de outro modo se afigura muito problemática.

Na prática, o objectivo seria convencê-lo a tornar-se o consultor financeiro da República Portuguesa. Se ele alguma vez aceitasse, o seu preço nunca seria demasiado caro, disso poderíamos ter a certeza. Por outro lado, não estaria em causa o nosso interesse no dinheiro dele para investir em Portugal. Não, o que nós precisamos é que ele, com a sua capacidade de intervenção a nível mundial, nos proporcione a entrada de novos investimentos estrangeiros a sério, quer em montante quer em importância de projectos, para o desenvolvimento acelerado do nosso País. A brincar, a brincar, depois de tudo o que Buffett já fez na vida, se calhar esta tarefa até seria interessante – endireitar um País que precisa de um milagre para crescer (estou de acordo com Silva Lopes, só que milagres não há!).

Era como se ficássemos com uma Agência Portuguesa para o Investimento nº.2, a juntar à que já existe no Porto, sendo esta outra informal, em Omaha, Nebraska, com um objectivo reforçado de captar negócios internacionais para o nosso país, pondo multinacionais a investir, grandes projectos a arrancar, massa cinzenta a ser aproveitada, o Governo a deixar de complicar, o Belmiro a aplaudir, … Uff!! A perspectiva não era má!

Então, um dia destes, poderíamos começar a esboçar um sorriso, ou mesmo, que diabo, um riso sereno para desenferrujar os músculos da cara, espantando esta tristeza e melancolia que quase nos abate.

Não me digam que não tinha piada, com mais ou menos hipérboles, arranjando a dose certa de realismo, não acham que isto tem mesmo de ser feito? É que, um ano destes, seremos muito provavelmente o 25º e último país da União Europeia e vamos continuar a ouvir uma história de um qualquer chefe político, de serviço na altura, a afiançar que lá para o ano 2043, estaremos de certeza perto da média da União (média essa que, entretanto, terá descido bastante com a entrada dos 10 novos países).

Não queremos isso, pois não? Eu, pelo contrário, já me vejo nesse outro futuro, onde ganharemos nova alma e uma personalidade revigorada, e onde, de tão lançados que estaremos, deixarão de ter importância muitas partes gagas da nossa classe política.

Num panorama desses, já ninguém se importaria que viesse para Presidente da nossa República, aquele senhor engenheiro que esteve a tentar ajudar o Lula a fazer política social no Brasil. E nós ralados!...


Um abraço e …

Espero as vossas empenhadas ideias para pôr de pé este sublime desígnio de convencer o Buffett (o engenheiro não é preciso convencer!). Tudo sob o lema que resumiria o nosso novo modo de ser: “Cuidado, vamos ser um País de sucesso!”

Comentador


Nota

Fica desde já prometido que um dia contarei, em traços gerais, a história da vida de Rose Blumkin. Posso adiantar que é uma vida extraordinária, vivida com determinação, verdade, profissionalismo e muito trabalho. Umas vezes comovente, outras vezes inacreditável, a sua vida pode considerar-se única e é com inveja que digo que ela esteve sempre, mas sempre, muito acima de pessoas normais como nós.
 
Mensagens: 378
Registado: 26/4/2003 23:30
Localização: 16


Quem está ligado:
Utilizadores a ver este Fórum: lfstorres, PAULOJOAO e 327 visitantes