Novo imposto sobre operações realizadas na Bolsa
CGTP quer taxa na bolsa a financiar subsídio de desemprego
CGTP quer taxa na bolsa a financiar subsídio de desemprego
A CGTP vai apresentar amanhã ao governo uma proposta que visa a atribuição do subsídio social de desemprego a todos os desempregados sem protecção social.
Em conferência de imprensa, o secretário-geral da CGTP, Arménio Carlos, afirmou que existem hoje cerca de 860 mil desempregados sem qualquer prestação social. Seriam estes os abrangidos pela iniciativa, que teria aplicação durante todo o período de crise.
Para financiar esta medida, a intersindical defende "a aplicação de uma taxa de 4% sobre as transacções em bolsa", explicou Arménio Carlos. De acordo com o responsável, esta taxa teria um impacto de cerca de 4,2 mil milhões de euros. Mais: a CGTP acredita que a extensão do subsídio social também teria impacto no consumo e geraria cerca de 837 milhões de euros por via do IVA.
Arménio Carlos fez um balanço negro do último ano, dominado por medidas de austeridade. Em causa estão políticas que "colocam a classe média na pobreza, os pobres na miséria e os miseráveis fora das estatísticas", referiu o dirigente.
A CGTP defendeu ainda o fim da condição de recursos na atribuição dos apoios sociais e apelou ao Presidente da República para não promulgar as alterações ao Código do Trabalho. Além disso, defendeu a criação de linhas de crédito para micro, pequenas e médias empresas por parte da Caixa Geral de Depósitos.
Na mesma intervenção, Arménio Carlos referiu que a dívida total à Segurança Social ultrapassa sete mil milhões de euros, mas diz que o Governo só pretende cobrar cerca de 2,5 mil milhões.
Tal como o Diário Económico noticiou hoje, a dívida considerada cobrável pela Segurança Social atingia os 2,6 mil milhões de euros em Janeiro deste ano. Deste montante, a Segurança Social pretende cobrar 600 milhões de euros este ano e até Abril já recuperou 200 milhões.
O valor restante da dívida considerada cobrável poderá ser recuperada nos anos seguintes, até porque grande parte da cobrança baseia-se em acordos de pagamento em prestações que, em média, duram 4 anos.
http://economico.sapo.pt/noticias/cgtp- ... 44983.html
“When it is obvious that the goals cannot be reached, don't adjust the goals, adjust the action steps.”
― Confucius
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Portugal junta-se a França e Alemanha para pedir Taxa Tobin
Portugal junta-se a França e Alemanha para pedir Taxa Tobin
São nove os Estados-membros da Zona Euro que querem ver criada, com rapidez, uma taxa sobre as transacções financeiras dentro da União Europeia.
Portugal é um dos nove países que escreveram à presidência dinamarquesa da União Europeia a pedir que acelere as diligências tendo em vista a criação de uma taxa sobre as transacções financeiras – a chamada Taxa Tobin.
A iniciativa foi espoletada pela França e pela Alemanha e a carta é assinada também pelos ministros das Finanças de Áustria, Bélgica, Espanha, Finlândia, Grécia e Itália.
O Reino Unido, por seu lado, opõe-se com veemência à criação da taxa, por entender que vai provocar uma fuga de capitais para fora da Europa. Londres é a maior praça financeira europeia.
Outros Estados-membros, como a própria Dinamarca, alinham com os britânicos na rejeição de uma proposta que dizem que apenas vai contribuir para afastar os investidores para outras partes do planeta, fazendo os países europeus perder dinheiro e milhares de postos de trabalho.
Os defensores do imposto argumentam com o facto de a ideia permitir introduzir alguma justiça, ao obrigar o sector financeiro, uma das indústrias menos taxadas e que esteve entre os principais responsáveis da crise de 2008, a participar no esforço de recuperação económica.
As diligências em defesa da Taxa Tobin ganharam novo alento nas últimas semanas, depois de o Presidente francês, Nicolas Sarkozy, ter escolhido o tema como uma das suas principais bandeiras de campanha, na perspectiva das eleições do próximo mês de Maio.
Caso não se trate de uma mera manobra eleitoral, o facto de a iniciativa juntar nove países abre a porta a que estes mesmos Estados-membros possam avançar unilateralmente com a criação da taxa ao abrigo do mecanismo europeu das cooperações reforçadas, uma vez que fica assim reunido o número mínimo de países necessários para esse efeito.
http://rr.sapo.pt/informacao_detalhe.as ... &did=49837
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Cameron "abre a porta aos bancos franceses" que queiram escapar ao imposto de Sarkozy
A cimeira não desanuviou a tensão entre o Reino Unido e os países da Zona Euro. As relações permanecem azedas, em particular com a França.
Depois de ter apelado aos Governos da união monetária que “resolvam a confusão que é o euro”, o primeiro-ministro britânico usou ontem da ironia para falar sobre a proposta de Nicolas Sarkozy de avançar, mesmo que sozinho, com a velha proposta de taxar as transacções financeiras.
“Numa altura em que nos batemos pelo crescimento e pelo emprego, fazer qualquer coisa que custará um número tão elevado de postos de trabalho parece-me extraordinário”.
Em declarações à margem da cimeira europeia que decorreu em Bruxelas, Cameron prosseguiu num tom irónico, levando hoje alguma imprensa francesa a reportar que o primeiro-ministro britânico terá “gozado” com o presidente francês.
“No quadro de um espírito saudável de competição com a França, se a França instaurar uma taxa sobre as transacções financeiras, a nossa porta estará aberta e poderemos acolher no Reino Unido muitos mais bancos e empresas francesas, e a nossa economia vai desenvolver-se”, assegurou.
Não obstante as tensões, que vêm desde o Outono quando Sarkozy pediu a Cameron para que deixasse de dar lições à Zona Euro, o primeiro-ministro britânico disse ontem que Sarkozy é um “homem notável” e desejou “a melhor sorte ao meu amigo” que, em Maio, tentará ser reconduzido na presidência do país.
http://www.jornaldenegocios.pt/home.php ... &id=534991
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Elias Escreveu:Esta informação é de Maio de 2010 mas já dá para ficar com uma ideia...
http://www.millenniumbcp.pt/site/conteu ... eID=621761
Elias, não esqueceer que Alemanha, França entre outros disponibilizam contas livres de taxação de impostos para fomentar a poupança.
Era o que devia ser implementado igualmente cá.
Portanto essas soluções deviam constar como um grande factor diferenciador.
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2 - As mais-valias acima de EUR6.440 (considerando câmbio da DKK = EUR0.134) são tributadas a uma taxa de 42%. A partir Janeiro de 2012 a taxa de 28% desce para 27%.
Ainda há paises piores que Portugal como a Dinamarca e já estou a ver em 2012 o Passos Coelho vir com uma ideia parecida a esta para nos tramar ainda mais...
Ainda há paises piores que Portugal como a Dinamarca e já estou a ver em 2012 o Passos Coelho vir com uma ideia parecida a esta para nos tramar ainda mais...
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Elias Escreveu:Esta informação é de Maio de 2010 mas já dá para ficar com uma ideia...
http://www.millenniumbcp.pt/site/conteu ... eID=621761
Muito obrigado pois ontem andei um "tempão" à procura desta informação e não encontrei nada.
Não há aqui um engano nos países como a Holanda que não são aplicadas taxas a quem detenha acções há mais de 6 meses e efectue vendas????
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Esta informação é de Maio de 2010 mas já dá para ficar com uma ideia...
http://www.millenniumbcp.pt/site/conteu ... eID=621761
http://www.millenniumbcp.pt/site/conteu ... eID=621761
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Era o que faltava cobrarem mais taxas em Portugal pois depois de pagarmos 25% de imposto em mais valias quando há 2 anos esse imposto era de 10% e no caso de se vender acções detidas há mais de um ano não ser cobrado qualquer imposto.
Só por curiosidade, alguem sabe de algum link onde se possa comparar os impostos sobre mais valias de diferentes países na Europa e dos EUA?
Duvido que haja algum país que roube mais que o nosso...
Só por curiosidade, alguem sabe de algum link onde se possa comparar os impostos sobre mais valias de diferentes países na Europa e dos EUA?
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Governo francês insiste numa taxa Tobin e a praça financeira virou-se contra ele
08.01.2012 - 16:14 Por Pedro Crisóstomo
A insistência com que o Governo francês quer aplicar um imposto sobre as transacções financeiras está a deixar bancos, gestoras, empresas e seguradoras agitados em França. A praça financeira insurgiu-se frontalmente contra o projecto do Presidente Nicolas Sarkozy. Mas o Governo já veio hoje avisar que a taxa Tobin, como é conhecido o imposto, é para avançar – dentro de semanas, mesmo correndo o risco de ficar isolada na zona euro, Paris seguirá nesta ambição. “Não é porque os [meios] financeiros dizem ‘não queremos ser taxados’ que vamos ouvi-los”, assegurou um membro do Governo.
Unanimidade é palavra que Sarkozy não pode, pelo menos para já, aplicar ao projecto de aplicar um imposto sobre as transacções financeiras, uma bandeira política sua que quer ver posta em marcha antes das Presidenciais francesas. Sobretudo quando o Presidente francês vai amanhã, segunda-feira, a Berlim reunir-se com a chanceler alemã, Angela Merkel, num encontro que terá na agenda inevitavelmente a questão da crise do euro. Neste cenário, Sarkozy apresentar-se-á na Alemanha sob fortes críticas internas face à determinação de avançar unilateralmente com uma taxa Tobin – uma medida que, segundo os seus defensores, se destina a travar a especulação financeira.
As reacções hostis multiplicaram-se nos últimos dias, entre economistas, oposição e mesmo membros do seu partido, o União por um Movimento Popular (UMP). Agora, os meios financeiros insurgiram-se contra um projecto que, dizem, deixará enfraquecida a segunda maior economia da zona euro se não for aplicada a nível europeu.
Para Sarkozy, a medida é incontornável, mesmo que para isso tenha de arrepiar caminho e avançar com a medida unilateralmente. Isso mesmo foi sublinhado por Benoist Apparu, secretário de Estado-adjunto com a pasta da Habitação, ao declarar neste domingo que o projecto poderá dar entrada no Parlamento francês já em Fevereiro.
A proposta de criar uma taxa Tobin é cara a Sarkozy. Primeiro, recebeu o apoio da Alemanha para a União Europeia avançar com este imposto entre os seus membros. Mas, depois da oposição declarada das maiores potências mundiais e da última cimeira europeia, França ficou praticamente isolada a defender a medida como forma de combater a especulação financeira e a instabilidade dos mercados. Ao ponto de Henri Guaino, conselheiro especial de Sarkozy, já ter vindo dizer que França deveria dar o exemplo, mesmo se a Alemanha não der luz verde para a medida avançar no curto prazo (ainda em Janeiro).
Sarkozy vai amanhã a Berlim para um almoço de trabalho para preparar a cimeira de 30 de Janeiro. A questão da taxa Tobin dificilmente passará em branco, depois de o debate ter estalado nos últimos dias em França – e quando, há uns meses, o Governo alemão até admitia uma taxa Tobin a nível europeu, mas circunscrita à zona euro.
Para a finança francesa, o risco que o Governo corre é, precisamente, o de ficar isolado se seguir em frente sozinho com a medida. O argumento: a medida perderia eficácia e, contra o seu propósito, em vez de reforçar a economia francesa, traria o enfraquecimento. O imposto, que deve o seu nome ao Nobel James Tobin, que tornou célebre este tipo de taxas, consiste em aplicar uma taxa ligeira sobre as transacções internacionais de capitais – nos mercados bolsistas, de dívida ou nos chamados mercados de futuros (em que se negoceia, por exemplo, petróleo).
A associação Paris Europlace alertou na sexta-feira que, se a taxa for aplicada apenas em França, há dois grandes perigos para o futuro da economia francesa: primeiro, a “deslocalização das actividades relevantes de bancos, companhias de seguros e de gestão, para o benefício das grandes praças financeiras mundiais”; segundo, a consequente perda de “controlo do financiamento” da economia e do papel da praça de Paris na economia europeia e mundial.
Isto quando França está sob a ameaça de perder o rating AAA das três grandes agências de notação norte-americanas, com as implicações que – reconhece o próprio Governo – a perda da nota máxima de avaliação da dívida teria na zona euro.
O primeiro-ministro britânico, David Cameron, referiu-se neste domingo ao projecto francês. A França está no seu direito de avançar, referiu, mas se a intenção for instaurá-la a nível europeu – e não a nível mundial – terá a oposição do Reino Unido.
08.01.2012 - 16:14 Por Pedro Crisóstomo
A insistência com que o Governo francês quer aplicar um imposto sobre as transacções financeiras está a deixar bancos, gestoras, empresas e seguradoras agitados em França. A praça financeira insurgiu-se frontalmente contra o projecto do Presidente Nicolas Sarkozy. Mas o Governo já veio hoje avisar que a taxa Tobin, como é conhecido o imposto, é para avançar – dentro de semanas, mesmo correndo o risco de ficar isolada na zona euro, Paris seguirá nesta ambição. “Não é porque os [meios] financeiros dizem ‘não queremos ser taxados’ que vamos ouvi-los”, assegurou um membro do Governo.
Unanimidade é palavra que Sarkozy não pode, pelo menos para já, aplicar ao projecto de aplicar um imposto sobre as transacções financeiras, uma bandeira política sua que quer ver posta em marcha antes das Presidenciais francesas. Sobretudo quando o Presidente francês vai amanhã, segunda-feira, a Berlim reunir-se com a chanceler alemã, Angela Merkel, num encontro que terá na agenda inevitavelmente a questão da crise do euro. Neste cenário, Sarkozy apresentar-se-á na Alemanha sob fortes críticas internas face à determinação de avançar unilateralmente com uma taxa Tobin – uma medida que, segundo os seus defensores, se destina a travar a especulação financeira.
As reacções hostis multiplicaram-se nos últimos dias, entre economistas, oposição e mesmo membros do seu partido, o União por um Movimento Popular (UMP). Agora, os meios financeiros insurgiram-se contra um projecto que, dizem, deixará enfraquecida a segunda maior economia da zona euro se não for aplicada a nível europeu.
Para Sarkozy, a medida é incontornável, mesmo que para isso tenha de arrepiar caminho e avançar com a medida unilateralmente. Isso mesmo foi sublinhado por Benoist Apparu, secretário de Estado-adjunto com a pasta da Habitação, ao declarar neste domingo que o projecto poderá dar entrada no Parlamento francês já em Fevereiro.
A proposta de criar uma taxa Tobin é cara a Sarkozy. Primeiro, recebeu o apoio da Alemanha para a União Europeia avançar com este imposto entre os seus membros. Mas, depois da oposição declarada das maiores potências mundiais e da última cimeira europeia, França ficou praticamente isolada a defender a medida como forma de combater a especulação financeira e a instabilidade dos mercados. Ao ponto de Henri Guaino, conselheiro especial de Sarkozy, já ter vindo dizer que França deveria dar o exemplo, mesmo se a Alemanha não der luz verde para a medida avançar no curto prazo (ainda em Janeiro).
Sarkozy vai amanhã a Berlim para um almoço de trabalho para preparar a cimeira de 30 de Janeiro. A questão da taxa Tobin dificilmente passará em branco, depois de o debate ter estalado nos últimos dias em França – e quando, há uns meses, o Governo alemão até admitia uma taxa Tobin a nível europeu, mas circunscrita à zona euro.
Para a finança francesa, o risco que o Governo corre é, precisamente, o de ficar isolado se seguir em frente sozinho com a medida. O argumento: a medida perderia eficácia e, contra o seu propósito, em vez de reforçar a economia francesa, traria o enfraquecimento. O imposto, que deve o seu nome ao Nobel James Tobin, que tornou célebre este tipo de taxas, consiste em aplicar uma taxa ligeira sobre as transacções internacionais de capitais – nos mercados bolsistas, de dívida ou nos chamados mercados de futuros (em que se negoceia, por exemplo, petróleo).
A associação Paris Europlace alertou na sexta-feira que, se a taxa for aplicada apenas em França, há dois grandes perigos para o futuro da economia francesa: primeiro, a “deslocalização das actividades relevantes de bancos, companhias de seguros e de gestão, para o benefício das grandes praças financeiras mundiais”; segundo, a consequente perda de “controlo do financiamento” da economia e do papel da praça de Paris na economia europeia e mundial.
Isto quando França está sob a ameaça de perder o rating AAA das três grandes agências de notação norte-americanas, com as implicações que – reconhece o próprio Governo – a perda da nota máxima de avaliação da dívida teria na zona euro.
O primeiro-ministro britânico, David Cameron, referiu-se neste domingo ao projecto francês. A França está no seu direito de avançar, referiu, mas se a intenção for instaurá-la a nível europeu – e não a nível mundial – terá a oposição do Reino Unido.
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Passos Coelho espera que G20 considere criação de taxa sobre transacções financeiras
29 Outubro 2011 | 23:51
Lusa
O primeiro-ministro português afirmou hoje esperar que a cimeira do G20 considere a criação de uma taxa sobre as transacções financeiras à escala global que contribuísse para ajudar os países mais afectados pela instabilidade financeira.
Durante uma conferência de imprensa no final da XXI cimeira Ibero-Americana, em Assunção, no Paraguai, Pedro Passos Coelho manifestou a esperança de que as 20 maiores economias mundiais avancem no sentido de uma "reforma do sistema monetário internacional, que passa evidentemente pela reforma do próprio Fundo Monetário Internacional e pelo reforço da capacidade para a regulação" ao nível internacional.
Passos Coelho referiu que a União Europeia debateu esta semana "a ideia de criar uma taxa sobre as transacções financeiras, que pudesse, nomeadamente à escala global, considerar um contributo adicional de toda a área financeira para a retoma do crescimento, para que aqueles que foram afectados inclusivamente pela instabilidade financeira pudessem beneficiar em termos de recursos".
Segundo o primeiro-ministro, esta foi "uma proposta muito discutida" nas últimas cimeiras da UE e da zona euro e "o G20 é um espaço suficientemente alargado para que esta proposta possa ser debatida e considerada".
"Julgo que o G20 tem força suficiente para procurar encontrar formas de o capital financeiro, nesta fase, dar um contributo maior para a retoma do crescimento em todo o mundo, uma vez que foi o capital financeiro que, em grande medida, esteve na origem desta crise financeira que fez espoletar a crise económica que estamos todos agora a sentir", acrescentou.
Criado em 1999, o G20 integra os sete países mais industrializados do mundo (Estados Unidos, Reino Unido, Canadá, França, Itália, Japão, Alemanha), as economias emergentes (Argentina, Austrália, Brasil, China, Índia, Indonésia, México, Rússia, Arábia Saudita, África do Sul, Coreia do Sul, Turquia) e a União Europeia.
29 Outubro 2011 | 23:51
Lusa
O primeiro-ministro português afirmou hoje esperar que a cimeira do G20 considere a criação de uma taxa sobre as transacções financeiras à escala global que contribuísse para ajudar os países mais afectados pela instabilidade financeira.
Durante uma conferência de imprensa no final da XXI cimeira Ibero-Americana, em Assunção, no Paraguai, Pedro Passos Coelho manifestou a esperança de que as 20 maiores economias mundiais avancem no sentido de uma "reforma do sistema monetário internacional, que passa evidentemente pela reforma do próprio Fundo Monetário Internacional e pelo reforço da capacidade para a regulação" ao nível internacional.
Passos Coelho referiu que a União Europeia debateu esta semana "a ideia de criar uma taxa sobre as transacções financeiras, que pudesse, nomeadamente à escala global, considerar um contributo adicional de toda a área financeira para a retoma do crescimento, para que aqueles que foram afectados inclusivamente pela instabilidade financeira pudessem beneficiar em termos de recursos".
Segundo o primeiro-ministro, esta foi "uma proposta muito discutida" nas últimas cimeiras da UE e da zona euro e "o G20 é um espaço suficientemente alargado para que esta proposta possa ser debatida e considerada".
"Julgo que o G20 tem força suficiente para procurar encontrar formas de o capital financeiro, nesta fase, dar um contributo maior para a retoma do crescimento em todo o mundo, uma vez que foi o capital financeiro que, em grande medida, esteve na origem desta crise financeira que fez espoletar a crise económica que estamos todos agora a sentir", acrescentou.
Criado em 1999, o G20 integra os sete países mais industrializados do mundo (Estados Unidos, Reino Unido, Canadá, França, Itália, Japão, Alemanha), as economias emergentes (Argentina, Austrália, Brasil, China, Índia, Indonésia, México, Rússia, Arábia Saudita, África do Sul, Coreia do Sul, Turquia) e a União Europeia.
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Eu tenho na ideia que a city de Londres é uma especie de zona franca. E assim?
Quanto a taxa só a pagam os do costume. Pois se negociar atraves da Suiça , Londres , e etc nao pago nada, ou nao ser assim?
Quanto a taxa só a pagam os do costume. Pois se negociar atraves da Suiça , Londres , e etc nao pago nada, ou nao ser assim?
" Richard's prowess and courage in battle earned him the nickname Coeur De Lion ("heart of the lion")"
Lion_Heart
Lion_Heart
paulop2009 Escreveu:Que conforto é que "isto" dá às pessoas, mercados, etc?
Nenhum.
Mas este género de "medidas" é para lançar mais areia para os olhos. Aquilo na UE é o salve-se quem puder. O nosso cherne está a fazer pela vida dele. Já sabe que aquilo não dá em nada, mas sempre aparece nos noticiários e dá a impressão que ainda manda alguma coisa naquilo.
Ouvi esta notícia na TSF quando estava a conduzir e não consegui evitar de me rir sozinho quando referiram esta parte
Esta Europa tem que mudar muito... de que nos serve algo que demora 2 anos a aplicar uma medida a partir do dia em que decidiu? Que conforto é que "isto" dá às pessoas, mercados, etc?
Neste sentido, a taxa poderá ser aplicada apenas na zona euro, sendo certo que o tempo que levará o debate, alterações e adopção das propostas aponta para a aplicação nunca antes de 2014.
Esta Europa tem que mudar muito... de que nos serve algo que demora 2 anos a aplicar uma medida a partir do dia em que decidiu? Que conforto é que "isto" dá às pessoas, mercados, etc?
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Bruxelas propõe 0,1% de taxa sobre obrigações e 0,01 sobre outros produtos financeiros
28/09/2011 | 10:03 | Dinheiro Vivo
Os câmbios não serão abrangidos pela taxa, mas os produtos deles derivados sim.
Em termos práticos, as instituições financeiras, banca, bolsas e prestadores de serviços financeiros, serão responsáveis pela cobrança da taxa junto dos seus clientes e pelo seu pagamento.
O imposto deverá ser aplicado às instituições que têm autorização para operar nos mercados europeus, para além das que estão estabelecidas na UE.
O comissário para a Fiscalidade e união aduaneira, auditoria e luta contra a fraude, Algidras Semeta, salientou -- num comunicado -- que, com esta proposta, a UE torna-se "precursora na aplicação global de um imposto sobre operações financeiras".
"Não tenho dúvidas que este imposto corresponde aos desejos dos cidadãos de um contributo justo, por parte do sector financeiro", salientou Semeta, acrescentando esperar que os países do G20 sigam este exemplo.
Caso a UE não chegue a um consenso sobre a aplicação da taxa sobre transacções financeiras, a solução poderá passar por um procedimento de cooperação reforçada entre Estados.
Neste sentido, a taxa poderá ser aplicada apenas na zona euro, sendo certo que o tempo que levará o debate, alterações e adopção das propostas aponta para a aplicação nunca antes de 2014.
O presidente da Comissão Europeia, Durão Barroso, anunciou hoje no Parlamento Europeu, em Estrasburgo, que o executivo comunitário adoptou hoje mesmo uma proposta para uma taxa sobre as transacções financeiras que poderá render anualmente 55 mil milhões de euros.
Os câmbios não serão abrangidos pela taxa, mas os produtos deles derivados sim.
Em termos práticos, as instituições financeiras, banca, bolsas e prestadores de serviços financeiros, serão responsáveis pela cobrança da taxa junto dos seus clientes e pelo seu pagamento.
O imposto deverá ser aplicado às instituições que têm autorização para operar nos mercados europeus, para além das que estão estabelecidas na UE.
O comissário para a Fiscalidade e união aduaneira, auditoria e luta contra a fraude, Algidras Semeta, salientou -- num comunicado -- que, com esta proposta, a UE torna-se "precursora na aplicação global de um imposto sobre operações financeiras".
"Não tenho dúvidas que este imposto corresponde aos desejos dos cidadãos de um contributo justo, por parte do sector financeiro", salientou Semeta, acrescentando esperar que os países do G20 sigam este exemplo.
Caso a UE não chegue a um consenso sobre a aplicação da taxa sobre transacções financeiras, a solução poderá passar por um procedimento de cooperação reforçada entre Estados.
Neste sentido, a taxa poderá ser aplicada apenas na zona euro, sendo certo que o tempo que levará o debate, alterações e adopção das propostas aponta para a aplicação nunca antes de 2014.
O presidente da Comissão Europeia, Durão Barroso, anunciou hoje no Parlamento Europeu, em Estrasburgo, que o executivo comunitário adoptou hoje mesmo uma proposta para uma taxa sobre as transacções financeiras que poderá render anualmente 55 mil milhões de euros.
No man is rich enough to buy back his past - Oscar Wilde
Reino Unido só aceita taxa sobre transacções financeiras se for mundial
28/09/2011 | 14:51 | Dinheiro Vivo
"Não sou favorável a um imposto sobre as transacções financeiras a não ser que seja um imposto global, o que colocaria todos [os países] ao mesmo nível", afirmou hoje Andrea Leadsom à agência Lusa.
O presidente da Comissão Europeia, Durão Barroso, anunciou hoje no Parlamento Europeu, em Estrasburgo, que o executivo comunitário adoptou uma proposta para uma taxa sobre as transacções financeiras que poderá render anualmente 55 mil milhões de euros.
Enquanto membro da comissão parlamentar para a área das Finanças e antiga profissional na banca e indústria financeira, a deputada conservadora afirmou estar "muito preocupada".
"A indústria dos serviços financeiros é extremamente importante para o Reino Unido", sustentou.
Além de representar cerca de 10% do Produto Interno Bruto (PIB) britânico, "representa 36% de todo o mercado europeu", enfatizou.
Leadsom receia que, se o imposto não for global, os bancos e instituições financeiras optem por deslocalizar a sede para um país com melhores condições em termos de impostos.
"Tudo o que torne o sector menos competitivo em termos mundiais é uma má ideia", vincou.
A posição oficial desde o anterior governo Trabalhista tem sido de que a chamada "taxa Tobin" sobre as transacções financeiras só deve ser considerada se for aplicada a nível global.
Um porta-voz do ministério das Finanças afirmou hoje que Londres "não se opõe em princípio" e que continuará a discutir a ideia com os parceiros internacionais.
"Há uma série de questões práticas em que precisamos de trabalhar", disse à agência Efe.
O governo de coligação entre conservadores e liberais democratas impuseram desde a eleição no ano passado um novo imposto sobre os rendimentos dos bancos, actualmente em 0,075%.
http://www.dinheirovivo.pt/Estado/Artig ... tml?page=2
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superimpecavel Escreveu:Mas este imposto aplica-se apenas aos mercados Europeus?
No meu caso que apenas utilizo o mercado Americano também vão cobrar este imposto?
Penso tratar-se de uma taxa liberatória, logo és taxado se tiveres conta numa corretora da zona euro!
E quanto ao forex, li por aí que ficava isento, alguém pode confirmar?
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A propósito desta suposta taxa sobre as transacções, gostaria de lembrar que essa taxa já se paga há muitos anos - em Portugal, pelo menos. Chama-se IMPOSTO DE SELO.
Actualmente esse imposto é de 4% sobre a comissão.
Quantificando:
Se eu comprar 1000 euros em acções portuguesas, por exemplo, e com uma comissão de 10 euros, então o imposto de selo é de 0,40 euros o que representa 0,04% do total investido - bastante superior aos 0,01% referidos.
Se eu comprar 2500 dólares em acções americanas, por exemplo, e com uma comissão de 25 dólares (18,5 euros), então o imposto de selo é de 0,73 euros o que representa 0,35% do total - mais uma vez bastante superior aos 0,01% referidos.
Actualmente esse imposto é de 4% sobre a comissão.
Quantificando:
Se eu comprar 1000 euros em acções portuguesas, por exemplo, e com uma comissão de 10 euros, então o imposto de selo é de 0,40 euros o que representa 0,04% do total investido - bastante superior aos 0,01% referidos.
Se eu comprar 2500 dólares em acções americanas, por exemplo, e com uma comissão de 25 dólares (18,5 euros), então o imposto de selo é de 0,73 euros o que representa 0,35% do total - mais uma vez bastante superior aos 0,01% referidos.
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