TGV
“À volta dos 200, 250 quilómetros por hora também é alta velocidade e, em termos europeus é totalmente satisfatório”, disse Kallas, numa conferência de imprensa em que apresentou a parte relativa aos transportes do plano Interligar a Europa.
“Temos que ser realistas, um comboio que circula a 200, 250 quilómetros por hora percorre 1000 quilómetros em cinco horas”, disse.
O comissário acrescentou que Portugal “está pronto para desenvolver estas ligações ferroviárias mais rápidas e confortáveis e estamos muito satisfeitos com este compromisso”.
O projecto Interligar a Europa irá investir um montante de 31,7 mil milhões de euros para melhorar as infra-estruturas de transportes da Europa, nomeadamente a rede Atlântica, que liga por comboio o porto de Sines a Espanha.
A rede incluirá 83 grandes portos europeus por caminho-de-ferro e estrada, 37 aeroportos essenciais a grandes cidades por caminho-de-ferro, 15 mil quilómetros de linhas ferroviárias adaptadas para a alta velocidade e 35 grandes projectos transfronteiras para reduzir os estrangulamentos.
O Governo português já tinha anunciado a autorização de Bruxelas para aplicar os fundos de 382 milhões de euros do TGV para a ligação ferroviária em bitola europeia dos portos portugueses para Espanha e o centro da Europa.
http://economia.publico.pt/Noticia/proj ... gle+Reader
Remember the Golden Rule: Those who have the gold make the rules.
***
"A soberania e o respeito de Portugal impõem que neste lugar se erga um Forte, e isso é obra e serviço dos homens de El-Rei nosso senhor e, como tal, por mais duro, por mais difícil e por mais trabalhoso que isso dê, (...) é serviço de Portugal. E tem que se cumprir."
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"A soberania e o respeito de Portugal impõem que neste lugar se erga um Forte, e isso é obra e serviço dos homens de El-Rei nosso senhor e, como tal, por mais duro, por mais difícil e por mais trabalhoso que isso dê, (...) é serviço de Portugal. E tem que se cumprir."
Obviamente que o que faz falta a Portugal são 2 linhas (a segunda é a de Vliar Formoso - França) em parâmetros UIC - vulgo bitola Europeia ou Internacional e não em Alta Velocidade (vulgo TGV).
Por cá confunde-se as coisas e chamam TGV a tudo, mas o que a Espanha tem vindo a construir na maioria da rede são linhas "normais" para a época de hoje, com a importantíssima diferença de usarem parâmetros internacionais.
ATENÇAO: não é só a bitola que é diferente!
O sistema Europeu UIC usa electrificação, sinalização (muito importante!) e bitolas diferentes.
Linhas de altas prestações é um eufemismo para dizer - linhas normais para os dias de hoje (séc. XXI) que permitem a rápida ligação (mas não em alta velocidade do estilo TGV) tanto de passageiros como de mercadorias da península para a Europa. E é isto que nós precisamos. Chamo apenas a atenção que a linha prioritária para nós não é Lisboa Madrid mas sim Aveiro-Salamanca-Irún-França que nos permite colocar virtualmente qualquer contentor tanto em Espanha como na Europa.
TEMOS que negociar com Espanha o Acesso a Sines pelo Sul que lhes interessa a eles com o nosso acesso a França por Vilar Formoso que nos interessa muito a nós!!
Por cá continua a usar-se erradamente a sigla TGV para designar toda esta problemática, o que obviamente mascara o problema e impede a discussão do essencial, que não é a velocidade mas sim a interoperabilidade, logística, etc. Tudo com velocidades bem abaixo de 250 km/h. Mas com linhas modernas - altas prestações (também chamadas velocidade elevada).
Por cá confunde-se as coisas e chamam TGV a tudo, mas o que a Espanha tem vindo a construir na maioria da rede são linhas "normais" para a época de hoje, com a importantíssima diferença de usarem parâmetros internacionais.
ATENÇAO: não é só a bitola que é diferente!
O sistema Europeu UIC usa electrificação, sinalização (muito importante!) e bitolas diferentes.
Linhas de altas prestações é um eufemismo para dizer - linhas normais para os dias de hoje (séc. XXI) que permitem a rápida ligação (mas não em alta velocidade do estilo TGV) tanto de passageiros como de mercadorias da península para a Europa. E é isto que nós precisamos. Chamo apenas a atenção que a linha prioritária para nós não é Lisboa Madrid mas sim Aveiro-Salamanca-Irún-França que nos permite colocar virtualmente qualquer contentor tanto em Espanha como na Europa.
TEMOS que negociar com Espanha o Acesso a Sines pelo Sul que lhes interessa a eles com o nosso acesso a França por Vilar Formoso que nos interessa muito a nós!!
Por cá continua a usar-se erradamente a sigla TGV para designar toda esta problemática, o que obviamente mascara o problema e impede a discussão do essencial, que não é a velocidade mas sim a interoperabilidade, logística, etc. Tudo com velocidades bem abaixo de 250 km/h. Mas com linhas modernas - altas prestações (também chamadas velocidade elevada).
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Elias Escreveu:karlitos Escreveu:eu não sou completamente contra o TGV, acho até que tem vantagens, se pensarmos por exemplo na frança. a ligação PARIS-MARSELHA (770km de estrada) faz-se em:
Mas a linha Paris-Marselha não serve apenas essas duas cidades. Há um tronco comum que serve:
Paris-Lyon
Paris-Genebra
Paris-Dijon-Lausanne / Berna
Paris-Nimes-Montpellier
Paris-Avignon-Marselha
Ou seja, o tronco comum do TGV serve múltiplos destinos, tornando o investimento muito mais rentavel, pois o tráfego para esses múltiplos destinos é muito elevado.
Uma ligação Lisboa-Madrid destina-se a ligar apenas DUAS cidades, sendo o tráfego mais reduzido a rentabilidade é mais baixa.karlitos Escreveu:agora uma ligação LISBOA-> ESPANHA, ou PORTO->VIGO ou FARO->SEVILHA(nunca sugerida) permitiria a ligação de Portugal à linha Europeia de alta velocidade e tenho a certeza que traria vantagens tanto no transporte de mercadorias como no de visitante.
No caso dos passageiros, acho que isso é uma ilusão. Serve apenas para dizer que é giro, que estamos ligados à Europa. Mas a maioria das pessoas quer cá o TGV para o ver passar, pois quando precisarem de viajar irão escolher alternativas que as sirvam melhor. Ir de Lisboa a Paris em TGV demorará 12 horas, ao passo que de avião demorará 2 horas e provavelmente fica mais barato. Quem é que quer ir de comboio quando há opções mais rápidas e baratas?
Quanto ao transporte de mercadorias, nem sequer entendo a necessidade de TGV. Basta uma linha em bitola europeia, mas não precisa de ser de alta velocidade, parece-me...
peço desculpa e não disse o que pensei, o que queria dizer era uma ligaçao em bitola europeia. é a favor dessa ligação que eu sou, e não da linha de alta velocidade.
Em relação ao que disseste com as ramificações estou completamente de acordo, e essas ramificações existem e são rentáveis pois servem grandes aglomerados populacionais.
Por exemplo na Suiça os TGV's circulam em linhas que não são de alta velocidade (linha TGV), mas o simples facto de esses comboios poderem circular no pais permite o acesso à população a esses serviços, o mesmo deveria acontecer em Portugal.
Em relação aos custos, normalmente quanta mais oferta, maior concorrência (normalmente)...
karlitos Escreveu:eu não sou completamente contra o TGV, acho até que tem vantagens, se pensarmos por exemplo na frança. a ligação PARIS-MARSELHA (770km de estrada) faz-se em:
Mas a linha Paris-Marselha não serve apenas essas duas cidades. Há um tronco comum que serve:
Paris-Lyon
Paris-Genebra
Paris-Dijon-Lausanne / Berna
Paris-Nimes-Montpellier
Paris-Avignon-Marselha
Ou seja, o tronco comum do TGV serve múltiplos destinos, tornando o investimento muito mais rentavel, pois o tráfego para esses múltiplos destinos é muito elevado.
Uma ligação Lisboa-Madrid destina-se a ligar apenas DUAS cidades, sendo o tráfego mais reduzido a rentabilidade é mais baixa.
karlitos Escreveu:agora uma ligação LISBOA-> ESPANHA, ou PORTO->VIGO ou FARO->SEVILHA(nunca sugerida) permitiria a ligação de Portugal à linha Europeia de alta velocidade e tenho a certeza que traria vantagens tanto no transporte de mercadorias como no de visitante.
No caso dos passageiros, acho que isso é uma ilusão. Serve apenas para dizer que é giro, que estamos ligados à Europa. Mas a maioria das pessoas quer cá o TGV para o ver passar, pois quando precisarem de viajar irão escolher alternativas que as sirvam melhor. Ir de Lisboa a Paris em TGV demorará 12 horas, ao passo que de avião demorará 2 horas e provavelmente fica mais barato. Quem é que quer ir de comboio quando há opções mais rápidas e baratas?
Quanto ao transporte de mercadorias, nem sequer entendo a necessidade de TGV. Basta uma linha em bitola europeia, mas não precisa de ser de alta velocidade, parece-me...
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sem2006 Escreveu:karlitos Escreveu:A questão é, vamos fazer uma linha em bitola europeia até espanha, e depois em espanha os comboios circulam em bitola ibérica até à fronteira francesa, ou seja voltamos ou mesmo que antes... deveria haver um compromisso da Espanha em assegurar a ligaçao de Portugal até à fronteira Francesa em bitola europeia... mas ai a pergunta seria, qual o beneficio que eles teriam em fazer essa ligação?
a linha TGV Espanhola é em bitola Europeia![]()
Mas não é por isso que eu defendo mais uma elefante branco
OK nesse caso faz sentido.
eu não sou completamente contra o TGV, acho até que tem vantagens, se pensarmos por exemplo na frança. a ligação PARIS-MARSELHA (770km de estrada) faz-se em:
1h15 Avião
3horas TGV
7h30 Carro
Se compararmos o tempo/custo de cada trajeto o comboio é claramente vencedor.
Num Pais com a dimensão de Portugal, não é rentável investir numa ligação de TGV, pois o tempo e distancia entre estações para que a ligação seja rápida não vai tornar este meio numa alternativa de transporte.
agora uma ligação LISBOA-> ESPANHA, ou PORTO->VIGO ou FARO->SEVILHA(nunca sugerida) permitiria a ligação de Portugal à linha Europeia de alta velocidade e tenho a certeza que traria vantagens tanto no transporte de mercadorias como no de visitante.
karlitos Escreveu:A questão é, vamos fazer uma linha em bitola europeia até espanha, e depois em espanha os comboios circulam em bitola ibérica até à fronteira francesa, ou seja voltamos ou mesmo que antes... deveria haver um compromisso da Espanha em assegurar a ligaçao de Portugal até à fronteira Francesa em bitola europeia... mas ai a pergunta seria, qual o beneficio que eles teriam em fazer essa ligação?
a linha TGV Espanhola é em bitola Europeia

Mas não é por isso que eu defendo mais uma elefante branco

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A questão é, vamos fazer uma linha em bitola europeia até espanha, e depois em espanha os comboios circulam em bitola ibérica até à fronteira francesa, ou seja voltamos ou mesmo que antes... deveria haver um compromisso da Espanha em assegurar a ligaçao de Portugal até à fronteira Francesa em bitola europeia... mas ai a pergunta seria, qual o beneficio que eles teriam em fazer essa ligação?
Essa de passar 2 linhas para 1 linha é uma enorme confusão de algum jornalista ignorante. Para variar.
Provavelmente confundiu o abandonar da linha em bitola Ibérica ao lado da nova linha em bitola Europeia (4 linhas= estupidez do anterior Governo!) com o passar "supostamente" para 1 única linha... enfim. Nunca esteve em cima fazer uma linha internacional que não fosse em via dupla.
Quanto à pergunta acima que ninguém respondeu, as novas linhas França-Espanha mistas para passageiros e mercadorias passarão a ser em Bitola Europeia.
<iframe width="560" height="315" src="http://www.youtube.com/embed/JxwEhemHnpU" frameborder="0" allowfullscreen></iframe>
Já está em operação. Já perdemos muito tempo com conversas, muitas vezes de ignorantes. Entretanto Espanha vai fazendo as obras necessárias para acabar com o entupimento das mercadorias (devido à bitola ibérica) para a Europa. E nós? Continua a conversa?
Provavelmente confundiu o abandonar da linha em bitola Ibérica ao lado da nova linha em bitola Europeia (4 linhas= estupidez do anterior Governo!) com o passar "supostamente" para 1 única linha... enfim. Nunca esteve em cima fazer uma linha internacional que não fosse em via dupla.
Quanto à pergunta acima que ninguém respondeu, as novas linhas França-Espanha mistas para passageiros e mercadorias passarão a ser em Bitola Europeia.
<iframe width="560" height="315" src="http://www.youtube.com/embed/JxwEhemHnpU" frameborder="0" allowfullscreen></iframe>
Já está em operação. Já perdemos muito tempo com conversas, muitas vezes de ignorantes. Entretanto Espanha vai fazendo as obras necessárias para acabar com o entupimento das mercadorias (devido à bitola ibérica) para a Europa. E nós? Continua a conversa?
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Elias Escreveu:Em Portugal, o projecto de alta velocidade, principalmente com a designação de TGV, foi muito criticado pelo actual Executivo durante a campanha eleitoral e continuou a ser atacado já com o actual Governo em funções. Mas o projecto parece agora voltar a mexer. Haverá uma ligação do Poceirão ao porto de Sines, elimina-se a duplicação de linha entre o Poceirão e a fronteira espanhola, poupa-se nas estações e nas expropriações e garante-se a construção de raiz em bitola europeia.
A Ligação ao Porto de Sines faz parta da 1ª PPP / Poceirão/ Caia.
Quanto é que se poupa passando de duas linhas para uma?
As expropriações têm que ser feitas na mesma. Salvo erro são 200 m para cada lado. Poupam 20 m?
As obras de arte são as mesmas, quer seja um via, ou duas vias. O que se poupa na sua largura é insignificante, face ao custo da sua construção.
O que vão fazer com o contrato assinado com o consórcio Elos? Pois, se o projecto é diferente têm que lançar novo concurso.
O "TGV" é um projecto que não interessava ao PSD na oposição, mas que interessa muito quando governo.
Infelizmente a nossa classe politica é muito fraca e não tem um projecto para o país, gere-o em cima do joelho.
Pedro
Obrigado Elias
Obrigado pela informação, não sabia.
Ora ai está, eu não disse que o homem não é burro?
Ora ai está, eu não disse que o homem não é burro?
Bruxelas acerta com o Governo novo projecto para o TGV
Luís Rego com Nuno Miguel Silva
19/10/11 00:05
economico
Bruxelas quer que a ligação Lisboa-Madrid não ultrapasse as três horas, o limite temporal em que as linhas férreas são competitivas face à aviação.
No projecto de “alta prestação”, a linha de passageiros é essencial para a Comissão Europeia. Executivo tem de entregar novo projecto a Bruxelas até Novembro.
O Governo português vai apresentar em Bruxelas nas próximas duas ou três semanas uma revisão do projecto do TGV Lisboa-Madrid, de forma a não perder os mais de 1.300 milhões de fundos comunitários previstos para esta linha.
Segundo apurou o Diário Económico, de acordo com os contactos em curso entre a Comissão Europeia e o Executivo, o novo projecto deverá ser enviado no final deste mês ou princípio de Novembro. A linha será de alta prestação, de 250 kms/hora, menos que a alta velocidade, e integra duas linhas, uma de passageiros e outra de mercadorias. De acordo com uma fonte comunitária, "a inclusão de uma linha de passageiros é indiscutível, pois a travessia não seria rentável só para o transporte de mercadorias". O objectivo é fazer a travessia numa duração indicativa de duas horas e meia, ou seguramente menos das três horas que, segundo estudos invocados em Bruxelas, é o limite temporal em que as linhas férreas são competitivas face ao transporte aéreo.
Em Portugal, o projecto de alta velocidade, principalmente com a designação de TGV, foi muito criticado pelo actual Executivo durante a campanha eleitoral e continuou a ser atacado já com o actual Governo em funções. Mas o projecto parece agora voltar a mexer. Haverá uma ligação do Poceirão ao porto de Sines, elimina-se a duplicação de linha entre o Poceirão e a fronteira espanhola, poupa-se nas estações e nas expropriações e garante-se a construção de raiz em bitola europeia.
Luís Rego com Nuno Miguel Silva
19/10/11 00:05
economico
Bruxelas quer que a ligação Lisboa-Madrid não ultrapasse as três horas, o limite temporal em que as linhas férreas são competitivas face à aviação.
No projecto de “alta prestação”, a linha de passageiros é essencial para a Comissão Europeia. Executivo tem de entregar novo projecto a Bruxelas até Novembro.
O Governo português vai apresentar em Bruxelas nas próximas duas ou três semanas uma revisão do projecto do TGV Lisboa-Madrid, de forma a não perder os mais de 1.300 milhões de fundos comunitários previstos para esta linha.
Segundo apurou o Diário Económico, de acordo com os contactos em curso entre a Comissão Europeia e o Executivo, o novo projecto deverá ser enviado no final deste mês ou princípio de Novembro. A linha será de alta prestação, de 250 kms/hora, menos que a alta velocidade, e integra duas linhas, uma de passageiros e outra de mercadorias. De acordo com uma fonte comunitária, "a inclusão de uma linha de passageiros é indiscutível, pois a travessia não seria rentável só para o transporte de mercadorias". O objectivo é fazer a travessia numa duração indicativa de duas horas e meia, ou seguramente menos das três horas que, segundo estudos invocados em Bruxelas, é o limite temporal em que as linhas férreas são competitivas face ao transporte aéreo.
Em Portugal, o projecto de alta velocidade, principalmente com a designação de TGV, foi muito criticado pelo actual Executivo durante a campanha eleitoral e continuou a ser atacado já com o actual Governo em funções. Mas o projecto parece agora voltar a mexer. Haverá uma ligação do Poceirão ao porto de Sines, elimina-se a duplicação de linha entre o Poceirão e a fronteira espanhola, poupa-se nas estações e nas expropriações e garante-se a construção de raiz em bitola europeia.
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Em qualquer operação de transporte devem ser levados em conta os seguintes fatores: carga transportada (quantidade, peso e valor), distância a ser percorrida e tempo de percurso. As unidades físicas utilizadas são passageiro-quilômetro e tonelada-quilômetro.
Em função do volume e tipo de carga podemos destacar que:
• para cargas de grande volume, mas de baixo valor unitário (minérios), dá-se preferência aos transportes ferroviário e aquático;
• para cargas de pequeno volume, mas de alto valor unitário (ouro, jóias), a preferência recai nos transportes de maior rapidez e segurança (o aéreo, por exemplo);
• para cargas de produtos perecíveis, a preferência é também pelos transportes de maior rapidez.
O transporte marítimo depende principalmente de fatores como disponibilidade, qualidade e das embarcações, bem como de instalações e eficiência portuárias. Poucos são os portos marítimos em condições de receber navios de 300 mil toneladas ou mais.
Nos países desenvolvidos, seja de grande seja de pequena extensão territorial, o transporte de mercadorias é feito de maneira predominante por meio de ferrovias.
Carga deslocada de acordo com o tipo de transporte (percentual)
Transporte URSS RFA* Japão EUA França
Rodoviário 4 18 20 25 28
Ferroviário 83 53 38 50 55
Hidroviário 13 29 42 25 17
* Dados anteriores à reunificação das duas Alemanhas
Eis algumas características e vantagens do transporte ferroviário:
• grande capacidade no transporte de cargas e passageiros;
• é mais económico que o rodoviário;
• possui diversas opções energéticas (diesel, electricidade);
• material rolante é de longa duração;
• os comboios modernos podem atingir grandes velocidades;
• estimula o desenvolvimento das indústrias de base;
• è mais rápido que o transporte marítimo.
Os EUA dispõem da maior rede ferroviária do mundo.
Em função do volume e tipo de carga podemos destacar que:
• para cargas de grande volume, mas de baixo valor unitário (minérios), dá-se preferência aos transportes ferroviário e aquático;
• para cargas de pequeno volume, mas de alto valor unitário (ouro, jóias), a preferência recai nos transportes de maior rapidez e segurança (o aéreo, por exemplo);
• para cargas de produtos perecíveis, a preferência é também pelos transportes de maior rapidez.
O transporte marítimo depende principalmente de fatores como disponibilidade, qualidade e das embarcações, bem como de instalações e eficiência portuárias. Poucos são os portos marítimos em condições de receber navios de 300 mil toneladas ou mais.
Nos países desenvolvidos, seja de grande seja de pequena extensão territorial, o transporte de mercadorias é feito de maneira predominante por meio de ferrovias.
Carga deslocada de acordo com o tipo de transporte (percentual)
Transporte URSS RFA* Japão EUA França
Rodoviário 4 18 20 25 28
Ferroviário 83 53 38 50 55
Hidroviário 13 29 42 25 17
* Dados anteriores à reunificação das duas Alemanhas
Eis algumas características e vantagens do transporte ferroviário:
• grande capacidade no transporte de cargas e passageiros;
• é mais económico que o rodoviário;
• possui diversas opções energéticas (diesel, electricidade);
• material rolante é de longa duração;
• os comboios modernos podem atingir grandes velocidades;
• estimula o desenvolvimento das indústrias de base;
• è mais rápido que o transporte marítimo.
Os EUA dispõem da maior rede ferroviária do mundo.
Pois....
Bem na realidade admito ser um cozinhado difícil por haver muitas variáveis na equação das quais só as pessoas envolvidas nos dossiers podem ter conhecimento mensurável. Entre elas:
O consórcio Soares da Costa teria que ser indemnizado; e a possibilidade de com este projecto se atribuir ao mesmo consórcio evitando essa indemnização;
O aproveitamento do fundo da UE que está reservado e a sua recente flexibilização;
O custo efectivo da solução agora em análise com o chamado comboio de velocidade elevada, que dizem ser quase metade da anterior solução;
A incorporação nacional desta solução, qual o efeito multiplicador e o impacto do investimento no PIB;
O aproveitamento da oportunidade histórica da hipótese dos espanhóis se mostrarem disponíveis para prolongar a linha na mesma bitola até França, quando e em que termos;
Os previsíveis ganhos para o País com a exploração da linha ou das linhas de mercadorias e passageiros pondo de parte aqueles cálculos lunáticos de números de passageiros que foram utilizados no metro do Porto e no metro do sul, aferindo realista e prudentemente.
Finalmente outro busílis da questão o co-financiamento nacional, a sua viabilidade e o seu custo.
O Ministro da Economia está a tentar fazer esta difícil caldeirada potencializando o desenvolvimento do que na teoria portuária se designa por um porto de 3ª geração, capaz de sustentar um elevadíssimo movimento de carga dos maiores navios a operar (granéis, contentores) e havendo na zona ainda muito espaço disponível, ser também um pólo aglutinador dos mais diversos tipos de industrias.
São precisos números para tudo isto, saber só uma parte não serve.
O consórcio Soares da Costa teria que ser indemnizado; e a possibilidade de com este projecto se atribuir ao mesmo consórcio evitando essa indemnização;
O aproveitamento do fundo da UE que está reservado e a sua recente flexibilização;
O custo efectivo da solução agora em análise com o chamado comboio de velocidade elevada, que dizem ser quase metade da anterior solução;
A incorporação nacional desta solução, qual o efeito multiplicador e o impacto do investimento no PIB;
O aproveitamento da oportunidade histórica da hipótese dos espanhóis se mostrarem disponíveis para prolongar a linha na mesma bitola até França, quando e em que termos;
Os previsíveis ganhos para o País com a exploração da linha ou das linhas de mercadorias e passageiros pondo de parte aqueles cálculos lunáticos de números de passageiros que foram utilizados no metro do Porto e no metro do sul, aferindo realista e prudentemente.
Finalmente outro busílis da questão o co-financiamento nacional, a sua viabilidade e o seu custo.
O Ministro da Economia está a tentar fazer esta difícil caldeirada potencializando o desenvolvimento do que na teoria portuária se designa por um porto de 3ª geração, capaz de sustentar um elevadíssimo movimento de carga dos maiores navios a operar (granéis, contentores) e havendo na zona ainda muito espaço disponível, ser também um pólo aglutinador dos mais diversos tipos de industrias.
São precisos números para tudo isto, saber só uma parte não serve.
Re: Para tudo
Josytoc Escreveu:Por mim não tenho dúvidas então se compararmos com os seus antecessores acho que temos homem, a visão estratégica agrada-me muitíssimo, vamos ver se consegue concretizar e como.
O troço de mercadorias entre Caia/Évora/Sines já fazia parte da 1.ª PPP (Poceirão/Caia).
Estas notícias que têm saído apenas servem para esconder o que deviam explicar, como por exemplo, quanto se poupa em passar de 2 para 1 linha, como vão, ou se vão "entregar" o troço Poceirão/Caia ao consórcio ELOS, se parte substancial do projecto vai ser alterado.....
Projectos destes interessam a qualquer partido.
Pedro
Josytoc Escreveu:Bem, quanto a mim, não sou nem um pouco adepto de TGV.
Mas sou muito adepto da Linha de mercadorias em bitola europeia que nunca se concretizou porque nuestros hermanos ainda que com sorrisos nunca estiveram para ai virados porque sabem que dimuiria a importância e o trafego dos seus portos.
Os centros de produção estão por toda a europa, os contentores descarregados em Amesterdão ou Antuerpia não ficam por lá, muitos têm como destino o centro da Alemanha, França etc.
Em Agosto Sines fechou um mês com um novo recorde no movimento de contentores que tem vindo a crescer de uma forma sustentada. Só os portos de águas profundas possuem as condições coerentes com a optimização do tamanho dos navios actualmente considerada. Lembro que a MARS encomendou 10 super porta contentores recentemente a estaleiros sul coreanos.
Citação: Fonte site do Porto de Sines
"O “MOL CELEBRATION”, inserido na rota Japão-Norte da Europa, foi o primeiro navio do armador Japonês a escalar o Terminal de Contentores de Sines"
Outra do mesmo site;
"Delegação da Extremadura Espanhola visita o Porto de Sines
Os participantes pretenderam aprofundar o conhecimento sobre esta infra-estrutura portuária com condições privilegiadas para a de entrada e saída de mercadorias desta região do país vizinho."
Ainda mais outra que considero esclarecedor com a mesma fonte;
"O Terminal XXI de Sines recebeu outro dos maiores porta-contentores do mundo, o MSC Ravenna, que saiu dos estaleiros da Daewoo (Coreia do Sul) a apenas quatro semanas.
Com um comprimento fora-a-fora de 365.79 metros e uma boca de 51.2 metros, o navio tem uma Arqueação Bruta de 153.115 Toneladas, um calado máximo de 16m e uma capacidade de 14.000 TEU’s.
Integrado no Lion Service, o MSC Ravenna fez a sua última paragem em Singapura, sendo Sines o seguinte porto de escala, onde efectua uma movimentação total de 3.156 TEU, dirigindo-se depois para o Le Havre.
Para além da movimentação de carga de e para o Hinterland Ibérico, são também movimentados contentores para as linhas dos Estados Unidos e Canadá, bem como para o Brasil.
De forma a celebrar a ocasião, foi entregue pela Administração do Porto de Sines uma placa Comemorativa ao comandante do navio, referente à sua escala no Terminal XXI, em viagem inaugural."
Podes encontrar muito mais sobre o assunto, mas tentei responder ao que apresentas como evidência e que depois dizes que tens dúvidas até porque geralmente aprecio bastante os teus posts.
Obrigado pelo comentário positivo ("geralmente aprecio bastante os teus posts").
Sobre as evidências da importância do porto de Sines no contexto europeu (que possa justificar a ligação férrea entre Sines e o resto da europa), não me pareçem esclareçedoras.
Os portos no norte da Europa estão preparados para reçeber esses navios de grande porte e estão próximos dos grandes mercados (repetindo o que já foi díto).
Um outro exemplo: Se o transporte ferroviário fosse extremamente competitívo, em relação ao transporte marítimo, não teríamos o canal do Suez ou o do Panamá. Nesse caso, o transporte intra-continental sería feito por linha férrea e nunca por via marítima; também, esses canais não faríam sentido, já que aplicaría-se o transporte mais rentável (que sería o férreo para fazer a ligação entre mares, mas não é isso que se verifica).
Perante isto, tenho muitas dúvidas sobre a importância desse projecto.
Mas claro que falta no post dados sobre a origem/destino das mercadorias movimentadas no porto de Sines.
Caso possas disponibilizar esses dados, certamente que irá enriqueçer a discussão.
- A ganância dos outros poderá gerar-lhe lucros.
- A sua ganância poderá levá-lo à ruína.
- A sua ganância poderá levá-lo à ruína.
Bem, quanto a mim, não sou nem um pouco adepto de TGV.
Mas sou muito adepto da Linha de mercadorias em bitola europeia que nunca se concretizou porque nuestros hermanos ainda que com sorrisos nunca estiveram para ai virados porque sabem que dimuiria a importância e o trafego dos seus portos.
Os centros de produção estão por toda a europa, os contentores descarregados em Amesterdão ou Antuerpia não ficam por lá, muitos têm como destino o centro da Alemanha, França etc.
Em Agosto Sines fechou um mês com um novo recorde no movimento de contentores que tem vindo a crescer de uma forma sustentada. Só os portos de águas profundas possuem as condições coerentes com a optimização do tamanho dos navios actualmente considerada. Lembro que a MARS encomendou 10 super porta contentores recentemente a estaleiros sul coreanos.
Citação: Fonte site do Porto de Sines
"O “MOL CELEBRATION”, inserido na rota Japão-Norte da Europa, foi o primeiro navio do armador Japonês a escalar o Terminal de Contentores de Sines"
Outra do mesmo site;
"Delegação da Extremadura Espanhola visita o Porto de Sines
Os participantes pretenderam aprofundar o conhecimento sobre esta infra-estrutura portuária com condições privilegiadas para a de entrada e saída de mercadorias desta região do país vizinho."
Ainda mais outra que considero esclarecedor com a mesma fonte;
"O Terminal XXI de Sines recebeu outro dos maiores porta-contentores do mundo, o MSC Ravenna, que saiu dos estaleiros da Daewoo (Coreia do Sul) a apenas quatro semanas.
Com um comprimento fora-a-fora de 365.79 metros e uma boca de 51.2 metros, o navio tem uma Arqueação Bruta de 153.115 Toneladas, um calado máximo de 16m e uma capacidade de 14.000 TEU’s.
Integrado no Lion Service, o MSC Ravenna fez a sua última paragem em Singapura, sendo Sines o seguinte porto de escala, onde efectua uma movimentação total de 3.156 TEU, dirigindo-se depois para o Le Havre.
Para além da movimentação de carga de e para o Hinterland Ibérico, são também movimentados contentores para as linhas dos Estados Unidos e Canadá, bem como para o Brasil.
De forma a celebrar a ocasião, foi entregue pela Administração do Porto de Sines uma placa Comemorativa ao comandante do navio, referente à sua escala no Terminal XXI, em viagem inaugural."
Podes encontrar muito mais sobre o assunto, mas tentei responder ao que apresentas como evidência e que depois dizes que tens dúvidas até porque geralmente aprecio bastante os teus posts.
Mas sou muito adepto da Linha de mercadorias em bitola europeia que nunca se concretizou porque nuestros hermanos ainda que com sorrisos nunca estiveram para ai virados porque sabem que dimuiria a importância e o trafego dos seus portos.
Os centros de produção estão por toda a europa, os contentores descarregados em Amesterdão ou Antuerpia não ficam por lá, muitos têm como destino o centro da Alemanha, França etc.
Em Agosto Sines fechou um mês com um novo recorde no movimento de contentores que tem vindo a crescer de uma forma sustentada. Só os portos de águas profundas possuem as condições coerentes com a optimização do tamanho dos navios actualmente considerada. Lembro que a MARS encomendou 10 super porta contentores recentemente a estaleiros sul coreanos.
Citação: Fonte site do Porto de Sines
"O “MOL CELEBRATION”, inserido na rota Japão-Norte da Europa, foi o primeiro navio do armador Japonês a escalar o Terminal de Contentores de Sines"
Outra do mesmo site;
"Delegação da Extremadura Espanhola visita o Porto de Sines
Os participantes pretenderam aprofundar o conhecimento sobre esta infra-estrutura portuária com condições privilegiadas para a de entrada e saída de mercadorias desta região do país vizinho."
Ainda mais outra que considero esclarecedor com a mesma fonte;
"O Terminal XXI de Sines recebeu outro dos maiores porta-contentores do mundo, o MSC Ravenna, que saiu dos estaleiros da Daewoo (Coreia do Sul) a apenas quatro semanas.
Com um comprimento fora-a-fora de 365.79 metros e uma boca de 51.2 metros, o navio tem uma Arqueação Bruta de 153.115 Toneladas, um calado máximo de 16m e uma capacidade de 14.000 TEU’s.
Integrado no Lion Service, o MSC Ravenna fez a sua última paragem em Singapura, sendo Sines o seguinte porto de escala, onde efectua uma movimentação total de 3.156 TEU, dirigindo-se depois para o Le Havre.
Para além da movimentação de carga de e para o Hinterland Ibérico, são também movimentados contentores para as linhas dos Estados Unidos e Canadá, bem como para o Brasil.
De forma a celebrar a ocasião, foi entregue pela Administração do Porto de Sines uma placa Comemorativa ao comandante do navio, referente à sua escala no Terminal XXI, em viagem inaugural."
Podes encontrar muito mais sobre o assunto, mas tentei responder ao que apresentas como evidência e que depois dizes que tens dúvidas até porque geralmente aprecio bastante os teus posts.

Re: Para tudo
Josytoc Escreveu:Contribui para tudo, para se instalarem mais empresas em Sines, mais investimento estrangeiro, ganhos com o movimento portuário de acostagem de manuseamento de carga e depois de transporte. As questões logísticas na análise de localização do investimento estrangeiro são um dos factores determinantes. Sines é o porto europeu de águas profundas mais perto de mercados economicamente muito relevantes e com os quais a comunidade europeia transacciona anualmente biliões. O transporte por ferrovia é mais barato do que por barco as ilações a partir daqui são evidentes.
Não é por acaso que o administrador da auto-europa já manifestou o desejo de ter um ramal perto da fábrica de Palmela com ligação a essa linha.
Devia ter sido uma prioridade no tempo de Cavaco (cognominado o professor de economia sem plano estratégico de desenvolvimento) quando recebemos uma boa fatia dos fundos europeus, e que hoje se considera penso que por opinião quase unânime terem sido mal geridos e mal alocados. Basta ver o estado a que chegaram a nossa industria a agricultura e as pescas.
Já agora….. os serviços de descarga, manuseamento e transporte prestados a terceiros não nacionais não são exportações? Então são o quê?
Mesmo se forem prestados a nacionais ou a não nacionais residentes, que exportem, os custos são depois incorporados no preço final dos produtos exportados. A linha tem dois sentidos pelo que também importaçoes podem chegar mais baratas, quer de bens de consumo quer de matérias primas. È sempre um factor de acréscimo da nossa competitividade.
Por mim não tenho dúvidas então se compararmos com os seus antecessores acho que temos homem, a visão estratégica agrada-me muitíssimo, vamos ver se consegue concretizar e como.
A inesperiência:
Antes não queríam TGV... agora já querem.
Não querem uma linha de "alta velocidade" ... mas uma linha de "alta prestação"...
O facilitismo:
Este governo finalmente entendeu que este projecto, financiado pela CE, é um "dinheiro fácil" que entra na economia e que poderá mitigar a falta de planos (e de recursos) do governo para o país.
Evidência:
Tenho muitas dúvidas que os portos nacionais consigam competir com os portos do norte da europa, visto que os centros de produção/consumo estão próximos desses países.
Turismo:
Caso a IAG (BA-Iberia) ganhe o concurso de privatização da TAP, aquela colocará o "hubb" de conexão com a América Latina em Madrid. Aí o turismo será afectado e as perdas para a economia portuguêsa serão muito maiores do que os ganhos numa linha de mercadorias (que serve preferêncialmente a Volkswagen).
Então é dinheiro alemão para atendêr interesses alemães em outros países (neste caso em Portugal).
Conclusões:
A política deste governo português é de: servír interesses estrangeiros; sucatear os direitos dos trabalhadores do privado (estes serão os "chineses da europa") e vendêr algumas empresas estratégicas (TAP, EDP) para cobrir os rombos colossais da CGA (e assim mantêr privilégios e direitos adquiridos).
- A ganância dos outros poderá gerar-lhe lucros.
- A sua ganância poderá levá-lo à ruína.
- A sua ganância poderá levá-lo à ruína.
Para tudo
Contribui para tudo, para se instalarem mais empresas em Sines, mais investimento estrangeiro, ganhos com o movimento portuário de acostagem de manuseamento de carga e depois de transporte. As questões logísticas na análise de localização do investimento estrangeiro são um dos factores determinantes. Sines é o porto europeu de águas profundas mais perto de mercados economicamente muito relevantes e com os quais a comunidade europeia transacciona anualmente biliões. O transporte por ferrovia é mais barato do que por barco as ilações a partir daqui são evidentes.
Não é por acaso que o administrador da auto-europa já manifestou o desejo de ter um ramal perto da fábrica de Palmela com ligação a essa linha.
Devia ter sido uma prioridade no tempo de Cavaco (cognominado o professor de economia sem plano estratégico de desenvolvimento) quando recebemos uma boa fatia dos fundos europeus, e que hoje se considera penso que por opinião quase unânime terem sido mal geridos e mal alocados. Basta ver o estado a que chegaram a nossa industria a agricultura e as pescas.
Já agora….. os serviços de descarga, manuseamento e transporte prestados a terceiros não nacionais não são exportações? Então são o quê?
Mesmo se forem prestados a nacionais ou a não nacionais residentes, que exportem, os custos são depois incorporados no preço final dos produtos exportados. A linha tem dois sentidos pelo que também importaçoes podem chegar mais baratas, quer de bens de consumo quer de matérias primas. È sempre um factor de acréscimo da nossa competitividade.
Por mim não tenho dúvidas então se compararmos com os seus antecessores acho que temos homem, a visão estratégica agrada-me muitíssimo, vamos ver se consegue concretizar e como.
Não é por acaso que o administrador da auto-europa já manifestou o desejo de ter um ramal perto da fábrica de Palmela com ligação a essa linha.
Devia ter sido uma prioridade no tempo de Cavaco (cognominado o professor de economia sem plano estratégico de desenvolvimento) quando recebemos uma boa fatia dos fundos europeus, e que hoje se considera penso que por opinião quase unânime terem sido mal geridos e mal alocados. Basta ver o estado a que chegaram a nossa industria a agricultura e as pescas.
Já agora….. os serviços de descarga, manuseamento e transporte prestados a terceiros não nacionais não são exportações? Então são o quê?
Mesmo se forem prestados a nacionais ou a não nacionais residentes, que exportem, os custos são depois incorporados no preço final dos produtos exportados. A linha tem dois sentidos pelo que também importaçoes podem chegar mais baratas, quer de bens de consumo quer de matérias primas. È sempre um factor de acréscimo da nossa competitividade.
Por mim não tenho dúvidas então se compararmos com os seus antecessores acho que temos homem, a visão estratégica agrada-me muitíssimo, vamos ver se consegue concretizar e como.
"Alta velocidade para a VW"
Governo mantém no essencial projecto de TGV herdado do executivo de Sócrates
A linha de alta velocidade entre Poceirão e o Caia vai mesmo avançar. E preparada para velocidades de 350 km/hora, tal como estava previsto pelo Governo anterior. Mas o ministro da Economia e do Emprego vai apresentá-la hoje no Parlamento como uma ligação ferroviária de mercadorias "de alta prestação", dando ênfase ao transporte de carga proveniente dos portos de Sines e Setúbal.
O Governo avança, assim, com um projecto que mantém, no essencial, o que já estava assinado por Sócrates com o consórcio Elos, que ganhou a concessão do troço de alta velocidade Poceirão-Caia.
A linha será construída para suportar comboios que viajam a 350 km/hora, mas nela só circularão composições bi-bitola (aptas a circular na bitola ibérica e europeia) que, devido a essa especificidade, não passam dos 250 km/hora.
http://economia.publico.pt/noticia/gove ... es-1515388
- A ganância dos outros poderá gerar-lhe lucros.
- A sua ganância poderá levá-lo à ruína.
- A sua ganância poderá levá-lo à ruína.
Para quem esta a favor ou contra , a partir de ontem passou a estar disponível um trabalho de investigação na pátria do TGV.
Com titulo " FGV falência a grande velocidade"
http://bernardthomasson.files.wordpress ... ressoz.jpg
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Elias Escreveu:Ainda não percebi muito bem o que ganha Portugal com a linha Sines-Badajoz: se o objectivo é transportar por ferrovia as mercadorias que chegam por via marítima, não se trata propriamente de exportações... isto contribui para o quê, exactamente?
Um porto pode ser um bom negócio, principalmente se já existir e se for concorrencial. Ora Sines já existe e apenas tem o problema de não ter as ligações ao resto da europa.
O alargamento do canal do panamá pode vir a potenciar os portos de aguas profundas como o de Sines se existir boas ligações so resto da Europa a custos baixos. Isto pode também ajudar a fixar ai algumas indústrias. Actualmente sai mais barato mandar vir um contentor via Amterdam do que directamente para Lisboa por navio.
Podes ver mais algumas informações sobre a problemática da linha aqui:
http://o-antonio-maria.blogspot.com/2011/01/farsa-do-tgv.html
http://www.skyscrapercity.com/showthread.php?t=352034&page=31
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Ainda não percebi muito bem o que ganha Portugal com a linha Sines-Badajoz: se o objectivo é transportar por ferrovia as mercadorias que chegam por via marítima, não se trata propriamente de exportações... isto contribui para o quê, exactamente?
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