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Caldeirão da Bolsa

Obrigações europeias (Eurobonds)

Espaço dedicado a todo o tipo de troca de impressões sobre os mercados financeiros e ao que possa condicionar o desempenho dos mesmos.

por Elias » 17/4/2012 14:06

FMI pede à Europa que crie urgentemente eurobonds
17 Abril 2012 | 14:00
Pedro Romano - promano@negocios.pt

O Fundo Monetário Internacional (FMI) juntou-se aos vários economistas que pedem à Europa que crie títulos de dívida partilhada, os chamados "eurobonds". O organismo diz que estes são alguns dos instrumentos "urgentemente necessários" para atacar a raíz crise da dívida.

"No que diz respeito a políticas que reduzam o risco, o foco é claramente a Europa. Devem ser tomadas medidas como a criação ao nível europeu de um seguro de depósitos e procedimentos para lidar com falências bancárias, bem como a introdução de formas limitadas de eurobonds", escreve o organismo no World Economic Outlook, divulgado hoje.

"Estas medidas", continua o FMI, "são urgentemente necessárias e podem fazer a diferença se uma nova crise estiver prestes a ter lugar". Neste momento, lembra o FMI, Itália e Espanha já estão sob intensa pressão dos mercados financeiros, com as taxas de juro cobradas nas emissões de dívida a chegarem a valores preocupantes.

Outra prioridade, "talvez a maior, mas também a mais difícil de atingir", é aumentar o crescimento económico, "especialmente na Europa". O baixo crescimento é uma das razões pelas quais o ajustamento orçamental está a ser tão difícil de levar a cabo na Zona Euro e dar um impulso ao PIB é essencial para facilitar este processo.

No curto prazo, os países devem por isso concentrar-se em medidas que aumentem a procura, mas mantendo na manga alguma cartas que estimulem a oferta agregada no longo prazo prazo. "O Santo Graal seriam medidas que fizessem as duas coisas ao mesmo tempo. Mas há provavelmente poucas deste tipo", adverte o FMI.

O problema é particularmente delicado dado que os mercados parecem estar "esquizofrénicos": "pedem consolidação orçamental mas reagem mal quando a consolidação conduz a um crescimento mais baixo". A solução, admite o FMI, é relaxar um pouco a consolidação no curto prazo e garantir que a dívida de longo prazo se reduz através de compromissos credíveis e regras orçamentais sólidas.
 
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por Elias » 19/2/2012 13:47

The European Parliament Wants Eurobonds As Soon As Possible
Published: February 16, 2012 14:23, Ralitsa Kovacheva, Sofia,
updated: February 17, 2012 12:16

The European Parliament has asked the European Commission to accelerate work on exploring the possibilities for Eurobonds. The Parliament has adopted a resolution demanding the European Commission to present a roadmap of necessary steps towards a common bond market. In November 2011 the European Commission presented a Green Paper with three main options for creation of the so-called stability bonds with various degrees of sharing of debt, risks and benefits. In its resolution Parliament points out that this commitment "is an integral part of the agreement between Parliament and the Council on the economic governance package." Last summer in an attempt to accelerate the negotiations on the so-called ‘Six Pack’ the Commission promised to present a report on the issue of Eurobonds.

As euinside wrote in November, the Commission’s proposal sounded very distant and reserved. Brussels said it would await the results from the consultation on the Green Paper before deciding how to proceed further on the matter. But neither the results of the consultation have been published nor has the Commission so far announced its future plans. This gave a reason for strong criticism by MEPs during the debates on the eve of the vote (14 February). The main political groups - the European People's Party (EPP), the Socialists and Democrats (S&D), the Alliance of Liberals and Democrats for Europe (ALDE) and the Greens supported the resolution, albeit with some reservations by the EPP.

The right wing repeatedly stressed, as stated in the resolution, that "as a necessary precondition for a common issuance of bonds, a sustainable fiscal framework needs to be in place, aimed at both enhanced economic governance and economic growth in the euro area." The Parliament believes that "stability bonds could be an additional means of incentivising compliance with the Stability and Growth Pact, provided that they address the moral hazard and joint liability issues." The resolution also notes that Eurobonds must be sufficiently attractive to investors, while containing or avoiding over collateralisation and redistribution of risks across countries.

With Eurobonds we do not transfer the burden of guilt from some countries to others, Gianni Pittella, an Italian MEP from the socialist group said. According to him, all countries must participate in the Eurobonds and no one should seek to outwit others. However, the transfer of fiscal sovereignty must be done in a democratic and legitimate way, the Italian MEP warned.

We should not expect solidarity to expand to an extent that some countries pay the debts of others, Romanian EPP MEP Theodor Dumitru Stolojan stated. He believes that Member States must restore confidence in financial markets first, while respecting EU law and the new Treaty on Stability, Coordination and Governance in the eurozone.

The most extreme position was expressed by his party fellow Markus Ferber (Germany). The Eurobonds are the wrong path. They threaten Europe more than the current crisis does, he warned. Mr Ferber noted that before entering the euro area Italy's interest rate was about 10%, but then Rome was able to pay, and now after 10 years of low interests a way is being sought to maintain lower interest rates through the Eurobonds.

Unlike most MEPs, he opposed the proposal of the German Council of Economic Experts on the so called European Redemption Pact. The idea is the debt of countries exceeding the limit of 60% to be united in a common fund with joint guarantees that would issue virtually risk-free bonds. Any country, wishing to benefit from the fund, should sign a consolidation programme, committing to buy back its debt within 20-25 years. The resolution recommends the fund as a short term solution to the debt crisis, along with the European Stability Mechanism, the treaty on which was signed in early February.

MEPs urge the European Commission to propose a "a binding roadmap, similar to the Maastricht criteria" for the creation of Eurobonds. MEPs believe that this could accelerate the process amid scant political will of the member states. Moreover, as Werner Langen, MEP (EPP, Germany), warned the creation of Eurobonds would require Treaty changes, so it would take time. In its resolution, the Parliament calls on the Commission to examine the necessary changes as in the European treaties, so in the national constitutions.

Sylvie Goulard (ALDE, France), a rapporteur on the topic, said that the Parliament went beyond the Commission in terms of the Eurobonds` long-term goal - investors to invest in a deep and liquid market which goes hand in hand with a political union. The resolution states that, given the potential of the euro to become a global reserve currency, "a stability bond market would offer a viable alternative to the US dollar bond market and establish the euro as a global ‘safe haven’."

This text was written with the European Parliament's financial support. However, the institution is not responsible for the content of the article

http://www.euinside.eu/en/news/european ... s-possible
 
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Re: Bonds para todos

por pisão » 11/12/2011 23:57

lafs00 Escreveu:Ora aqui está uma noticia que poderá antecipar um futuro não tão distante como parece...

http://es.reuters.com/article/businessN ... 2R20111211



El líder italiano también lamentó que las autoridades europeas no acordaran incrementar el fondo de rescate FEEF en más de 500.000 millones de euros (668.250 millones de dólares) durante la cumbre de esta semana en Bruselas.

Un aporte más sustancial habría sido una mejor garantía frente a las tensiones de los mercados, indicó, agregando que su propuesta había sido bloqueada por varias naciones europeas que "tienen una visión muy limitada de lo que es el interés común".
:oops: :oops: :oops:
Uma das maiores dificuldades é saber esperar. A impaciência é inimiga do êxito.
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Bonds para todos

por lafs00 » 11/12/2011 23:47

Ora aqui está uma noticia que poderá antecipar um futuro não tão distante como parece...

http://es.reuters.com/article/businessN ... 2R20111211
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por Elias » 8/12/2011 0:40

Governo admite hipótese de 'eurobonds', mas só no longo prazo

7 de Dezembro, 2011

O Governo português admite a hipótese de a zona euro emitir obrigações conjuntas (as chamadas 'eurobonds'), mas só «num prazo alargado», disse hoje o ministro das Finanças, Vítor Gaspar.
Numa audiência perante as comissões parlamentares dos Assuntos Europeus, do Orçamento e da Economia dedicado ao conselho europeu que começa na quinta-feira, Gaspar disse que «não há posição do Governo português que exclua essa possibilidade», em resposta a uma pergunta do deputado socialista Vitalino Canas, que mencionou as 'eurobonds'.

«O Governo português sempre disse que as euro-obrigações podem ser equacionadas no quadro do aprofundamento da integração europeia», acrescentou Gaspar, notando, contudo, que as 'eurobonds' «dificilmente poderão contribuir com grande relevância para a resolução da crise sistémica que vivemos hoje», vincando: «Num prazo alargado, poderão ter um significado muito maior».

Vitalino Canas falou a Gaspar sobre a «união orçamental» de que tem falado a chanceler alemã, Ângela Merkel, notando que «ainda não sabemos em que é que isso consistirá».

«Acha que com esta união poderá estar subjacente a possibilidade de se criar condições para uma Europa a duas ou três velocidades, ou até a hipótese de exclusão de alguns países, convidados a sair do euro'», perguntou o deputado do PS.

«Tendo a defender a posição oposta», respondeu Gaspar, argumentando que a união orçamental «contribui para a estabilidade financeira e portanto exclui a possibilidade de fragmentação da área do euro».

Lusa/SOL
 
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por Pata-Hari » 27/11/2011 22:54

Não era esse mas esse é semelhante :)
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por tonirai » 27/11/2011 17:21

Pata-Hari Escreveu:Há um artigo interessante no herald tribune de sexta feira que recorda e chama à atenção para o facto da crise, para os Alemães, finlandeses e holandeses lhes ter passado ao lado e até ter sido benéfica. Afinal de contas, com a fuga de capitais para a segurança e para as obrigações alemãs, a Alemanha tem beneficiado de um custo de financiamento extraordináriamente e anormalmente baixo. Este enorme beneficio faz com que não queiram aceitar as euro bonds porque lhe tira essa vantagem competitiva, preferem penalizar os paises não cumpridores.

O artigo chama-se windfall from germany amid flight from risk. Não o consigo linkar nem copiar, pelos vistos arranjaram modo de conseguir que o conteúdo não saísse das páginas deles.

Será isto?

In Debt Crisis, a Silver Lining for Germany
By STEPHEN CASTLE
Published: November 24, 2011

BRUSSELS — Someone, somewhere, usually makes money from bad news. With Europe’s debt crisis, that — at least until this week — was Germany.

The failed German bond auction on Wednesday might have brought to an end one turbulent chapter in the history of the Continent’s debt crisis, during which Berlin remained insulated from much of the fallout.

Since 2009, Germany and a handful of other countries, like the Netherlands, have benefited significantly from cheaper borrowing costs as investors diverted cash from riskier assets and the bonds of southern European countries to debt issued by the Continent’s fiscal hawks.

According to an estimate by Re-Define, an economic research institute in Brussels, Germany saved around 20 billion euros ($26.7 billion) in borrowing costs from 2009 to 2011, with an additional 20 billion euros in estimated savings locked in for the future. A separate analysis, by the De Volksrant newspaper in the Netherlands, put Dutch savings at around 7.5 billion euros for 2009-11.

The drop in German borrowing costs, which according to Re-Define have fallen by more than half since the crisis hit, is more than a statistical quirk because it has helped shape the way the crisis has been handled within a two-tier euro zone.

It helps explain why Germany has taken a tough line against “budget sinners” in the south like Greece, which have been virtually locked out of bond markets by high borrowing costs, and why Germany has been reluctant to create a “big bazooka” or huge bailout fund to stem the crisis. The bond markets delivered cheap money to Germany, and resulted in something Berlin badly wanted: economic overhauls in Southern Europe. “So in fact, in the German system, they think, ‘It’s not bad that those guys understand that they are really close to the abyss,’ ” said one European official, who did not want to be identified because of the sensitivity of the issue.

The idea that those countries are learning something from the crisis, the official said, is “deep in the mentality” of Germany.

Germany has steadily objected to the creation of the one thing many observers say could temper the crisis: euro bonds backed by all 17 members of the monetary union. Issuing those bonds could drive up Germany’s own borrowing costs as it takes on the risk of less stable countries. Germany’s reluctance to issue the euro bonds has diminished somewhat, though, as the crisis has intensified.

While ministers in Berlin or the Hague may worry at one level about the fate of the euro, they have so far not faced direct pressure over their country’s own borrowing.

“The crisis, to most Germans (and to a lesser extent Dutch and Finns) remains an abstract thing,” wrote Sony Kapoor, managing director at Re-Define. Re-Define’s study notes that the yield on 10-year German government bonds, known as bunds, stood at around 4.7 percent in mid-2008. It now hovers around 2 percent, close to a record low in the 200 years for which records exist. Yields on five-year bonds are 1 percent, with two-year bonds at 0.38 percent.

“The increased demand for German bonds has been driven by both the financial and the euro crisis, with investors fleeing equities, high-yield bonds and, especially in the past two years, also other euro area sovereign bonds for the relative safety of German government bonds,” Re-Define’s report said.

In a letter this month to the Dutch Parliament, the country’s finance minister, Jan Kees de Jager, described De Volksrant’s estimate of a 7.5 billion euros of savings in borrowing costs as “plausible,” adding that there was “no telling how economic variables — including interest rates — would have developed without the crisis.”

Mr. de Jager said the crisis had added other costs to the government, which had increased the national debt.

Meanwhile, the bond markets have, in some senses, proved an ally to Berlin, most recently by pushing out Silvio Berlusconi, the former Italian prime minister, who presided for years over an economy with a debt level equivalent to 120 percent of gross domestic product.

Though they may not be immune to the wider European downturn, Germany and the Netherlands know that the steep rise in borrowing costs for countries like Italy and Spain is requiring those countries to get their public finances under control and enact painful economic reforms.

“Everybody is feeling the heat, apart from a small number of triple-A-rated countries,” said the European official, speaking anonymously.

While Germany saved 6 billion to 7 billion euros, the sum is small compared with annual German government spending of more than 300 billion euros, said a German government official, who did not want to be identified. Invoking government policy as the reason for not being named, the official added that it was still in Berlin’s interest to resolve the crisis, particularly since Germany was providing the largest guarantee to the euro zone’s bailout fund.

“We may be insulated in terms of interest rates,” the official said, but added “our liabilities are very high.”
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por Pata-Hari » 27/11/2011 12:08

Há um artigo interessante no herald tribune de sexta feira que recorda e chama à atenção para o facto da crise, para os Alemães, finlandeses e holandeses lhes ter passado ao lado e até ter sido benéfica. Afinal de contas, com a fuga de capitais para a segurança e para as obrigações alemãs, a Alemanha tem beneficiado de um custo de financiamento extraordináriamente e anormalmente baixo. Este enorme beneficio faz com que não queiram aceitar as euro bonds porque lhe tira essa vantagem competitiva, preferem penalizar os paises não cumpridores.

O artigo chama-se windfall from germany amid flight from risk. Não o consigo linkar nem copiar, pelos vistos arranjaram modo de conseguir que o conteúdo não saísse das páginas deles.
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por Pata-Hari » 26/11/2011 10:53

Manu,

Porque é difícil impor aos países do euro as medidas e as imposições que são necessárias para ser uma medida justa. E porque é difícil explicar ao eleitorado que as coisas não são preto ou branco, que o impacto indirecto de destruir a europa é maior do que pagar para a manter unida. .

Os portugueses não vão gostar de trabalhar à alemã e pagar à alemã mas querem ter os benefícios que a alemanha tem.
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por Elias » 26/11/2011 0:31

Merkel reiterou oposição às eurobonds
9:14 Sexta feira, 25 de novembro de 2011

Os índices europeus terminaram o dia em terreno negativo, depois de terem negociado grande parte da sessão em alta. As declarações de Angela Merkel inverteram o sentido do mercado. A chanceler alemã reiterou, mais uma vez, a sua oposição às eurobonds (emissão conjunta de dívida pelos países da Zona Euro). Já o vice-chanceler alemão, Philipp Roesler, foi mais longe e afirmou que "uma união de transferências seria errada porque isso significaria que os contribuintes alemães iriam pagar os custos de financiamento dos restantes países". A Fitch cortou o rating de Portugal em um nível para um nível já considerado lixo e a Moody´s baixou o rating da dívida pública da Hungria em um nível (de Baa3 para Ba1).
O índice nacional recuou 0,89%, o espanhol IBEX cedeu 0,23%, o alemão DAX perdeu 0,37% e o francês CAC ganhou 0,11%. Apesar de todas as preocupações o setor financeiro europeu conseguiu terminar o dia com ganhos. O Commerzbank avançou 4,53%, o Deutsche Bank mais 0,43%, o Société Générale mais 3,02% e o BNP Paribas subiu 3,31%.
Ao nível macro, o índice que mede a confiança empresarial (Ifo) na Alemanha subiu para os 106,6 pontos no mês de novembro, após as quedas dos meses anteriores e da crise que persiste na zona euro. A economia alemã cresceu 0,5% no terceiro trimestre deste ano face ao primeiro trimestre e 2,5% face ao mesmo período do ano passado.
Hoje, os índices europeus abriram a última sessão da semana sem direção. Destaque positivo para o setor de telecomunicações, com a Deutsche Telecom a valorizar 1,29% e a France Telecom mais 0,40%. Menos bem está o setor automóvel, com a Volkswagen a recuar 1,24%, a BMW menos 0,72% e a Renault a perder 0,23%. A moeda única europeia transaciona nos 1,3292 dólares (-0,44%), oscilando entre os 1,3355 dólares e os 1,3282 dólares.


Ler mais: http://aeiou.expresso.pt/merkel-reitero ... z1elMfVBZV
 
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por Manu » 6/9/2011 15:26

Se a decisão se põe nesses termos, então porque razão os alemães tomam uma decisão contrária aos seus interesses?
 
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por VirtuaGod » 6/9/2011 15:17

A alemenha tem muito mais a ganhar com a continuação do euro do que a perder com as eurobonds!!
Artigos e estudos: Página repositório dos meus estudos e análises que vou fazendo. Regularmente actualizada. É costume pelo menos mais um estudo por semana. Inclui a análise e acompanhamento das carteiras 4 e 8Fundos.
Portfolio Analyser: Ferramenta para backtests de Fundos e ETFs Europeus

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por Manu » 6/9/2011 15:09

Quem consegue emitir dívida a taxas de juros inferiores, às que eventualmente as eurobonds viriam a ter, não terá muito interesse nisso.

Coloquemo-nos do outro lado.
Imaginem que acordam todos os dias cedo, vão para o trabalho e dão no duro, ficam até mais tarde, produzem muito e só gastam o que têm.
E em vossa casa têm um familiar que, acorda quando já lhe doem as costas de tanto dormir, vai ao trabalho um bocadinho e só se estiver para ali virado, vai fazendo que trabalha. Mete uma baixa de vez em quando, para ter mais tempo de desfrutar da vida. Compra os últimos gadgets, vai de férias para os destinos que estão na berra, tem um carro bom e uma casa melhor.
O ordenado não chega, mas com uns empréstimos daqui, uma gigajoga com os cartões de crédito dali e uns créditos ao consumo a coisa vai andando.

Quando a coisa dá para o torto dizem-vos que, para emprestar ao vosso familiar só com taxas de juro elevadas, mas se for um empréstimo aos 2 é possível arranjar uma taxa de juro agradável.

Sujeitam-se ao empréstimo, para pagar os vícios do outro?
Ou tentam dar-lhe uma lição, para que ele aprenda?
 
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por Elias » 6/9/2011 14:35

Bruxelas apresenta proposta sobre eurobonds no Outono
06 Setembro 2011 | 13:59
Eva Gaspar - egaspar@negocios.pt

A Comissão Europeia precisou esta manhã que vai avançar no Outono com várias opções para facilitar o financiamento dos países da Zona Euro, incluindo a emissão conjunta de obrigações.

http://www.jornaldenegocios.pt/home.php ... &id=504697
 
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por JCS » 5/9/2011 14:44

Currency wars :?
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por vgasmo » 5/9/2011 13:55

Elias Escreveu:Standard and Poor's ameaça dar 'rating' especulativo a eventuais "eurobonds"
05 Setembro 2011 | 13:30
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"Se tivéssemos uma obrigação europeia garantida a 27 por cento pela Alemanha, a 20 por cento por França e a dois por cento pela Grécia, a notação de risco [rating] seria, nesse caso de CC, ou seja, a notação da Grécia", afirmou Moritz Krämer, chefe da divisão europeia da S&P, citado pelo jornal alemão Frankfurter Allgemeine Zeitung.


Porquê? Onde estava a actividade de rating aqui? Qual o modelo quantitativo? Qual a justificação para isto?
 
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por Elias » 5/9/2011 13:42

Standard and Poor's ameaça dar 'rating' especulativo a eventuais "eurobonds"
05 Setembro 2011 | 13:30
Jornal de Negócios Online - negocios@negocios.pt

A agência de notação financeira Standard and Poor's (S&P) ameaçou colocar em categoria especulativa eventuais obrigações de dívida pública que os Estados da zona euro venham a emitir em conjunto, as chamadas eurobonds , diz hoje a imprensa alemã.

"Se tivéssemos uma obrigação europeia garantida a 27 por cento pela Alemanha, a 20 por cento por França e a dois por cento pela Grécia, a notação de risco [rating] seria, nesse caso de CC, ou seja, a notação da Grécia", afirmou Moritz Krämer, chefe da divisão europeia da S&P, citado pelo jornal alemão Frankfurter Allgemeine Zeitung.


Segundo Moritz Krämer, qua falava numa conferência na Áustria no passado fim-de-semana, este raciocínio aplica-se no caso das “eurobonds” serem garantidas em comum pelos estados da moeda única.
"O que pode acontecer é que as ['eurobonds'] sejam estruturadas de forma diferente", disse ainda Moritz Krämer que insistiu que, de qualquer das formas, não cabe às agências de 'rating' ajudar a estruturar os produtos, segundo o Frankfurter Allgemeine Zeitung.
A emissão de 'eurobonds' como resposta à crise de dívida soberana tem vindo a ser cada vez mais discutida no seio da moeda única, mas as resistências à ideia ainda são grandes, em especial por parte da Alemanha.
 
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por _urbanista_ » 22/8/2011 11:49

Ministro de Merkel admite ‘eurobonds’ em “estados chave do euro”

Económico
22/08/11 10:40

Norbert Roettgen não descarta as ‘eurobonds' e diz que maior integração económica no euro pode arrancar num "núcleo de Estados chave".

O ministro do Ambiente alemão, que é também vice-presidente do partido no poder, não fecha a porta a emissão conjunta de dívida europeia, mas considera que essa questão é "secundária".

"O que precisamos, e precisamos depressa, é de uma política económica supranacional estabelecida e legitimada democraticamente", afirmou Norbert Roettgen, citado pela agência Bloomberg. "A decisão quanto aos instrumentos que decidirmos adoptar depois disso é secundária", defendeu o governante germânico quando questionado sobre as 'eurobonds'.

Roettgen considerou ainda que, numa primeira fase, não são precisos os 27 Estados-Membros para que essa "política económica supranacional" seja uma realidade. "Podemos construir um núcleo com alguns Estados chave na zona euro - Alemanha, França e outros Estados, grandes e pequenos", concluiu.
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por Elias » 21/8/2011 22:19

Eurobonds, a vitória dos cábulas
18/08/2011 | 14:55 | Dinheiro Vivo

É provável que neste momento só se consiga evitar a saída de países do euro com o recurso às euro-obrigações ou a outro instrumento que signifique a co-responsabilização dos países da moeda única por todas as dívidas nacionais.

Se assim for, estaremos perante uma inversão da ordem natural da responsabilização e moralidade financeira. Ao significarem uma partilha do risco entre os 17 do euro - metendo no mesmo saco gregos e alemães, portugueses e holandeses -, as euro-obrigações farão com que os países disciplinados, que fazem por ter economias produtivas, que têm uma cultura de prudência financeira e que tomam medidas sérias para terem contas em ordem vão ser penalizados e pagar juros mais elevados. E os outros, que não querem ou não sabem ter uma conduta semelhante, que insistiram durante anos em gastar muito mais do que produziram, que se endividaram muito para além do que podiam pagar e que sempre resistiram a fazer reformas para se tornarem mais competitivos, serão beneficiados com juros muito abaixo do seu nível de risco. É como se numa turma se desse a mesma nota positiva a todos os alunos, baixando as mais altas só para que os cábulas não chumbassem o ano. Trata-se, como é bom de ver, da subversão dos mecanismos de incentivo e penalização que regem as nossas vidas.

É natural e até saudável que a Alemanha, a França, a Finlândia, a Áustria ou a Holanda resistam à solução das eurobonds como solução imediata para as crises das dívidas e que queiram, antes de lá chegar, obrigar os outros países a submeterem-se a regras de controlo mais rígidas que dêem, pelo menos, algumas garantias de que não vão prosseguir com as más políticas que praticaram nas últimas décadas.

As propostas conjuntas feitas esta semana por Angela Merkel e Nicolas Sarkozy - que remeteram a Comissão Europeia a um papel de secretariado de luxo para agora fazer andar o processo - vão nesse sentido, de não querer passar um cheque em branco aos países indisciplinados. Mas são medidas tímidas e, até certo ponto, ingénuas.

Pretender que duas reuniões anuais de chefes de Estado e de Governo, presididas por Herman Van Rompuy, constituirão um Governo Económico Europeu é, no mínimo, optimista. E pensar que é a inscrição de um limite para a dívida pública nas respectivas Constituições que vai impedir os governos de violar essa norma é não conhecer a massa de que somos feitos. Alguma vez, em Portugal (só para citar o nosso caso), alguma lei conseguiu travar o desvario financeiro e as despesas desgovernadas?

É provável que Merkel e Sarkozy sejam os primeiros a não acreditar na eficácia das medidas que propõem. Mas eles têm explicações a dar aos seus contribuintes - como, aliás, o presidente francês bem explicou na conferência de imprensa de terça-feira - e isso implica fazer exigências antes de assinarem o cheque. Fazem bem. Que alguém, na Europa, mostre algum respeito pelos contribuintes porque o dinheiro de que se fala é deles. Em Portugal, onde os contribuintes nem têm sido respeitados pelos governantes nem se têm respeitado a si próprios, não sabemos muito bem o que isso é. Também por isso chegámos onde chegámos.

Paulo Ferreira
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por JCS » 21/8/2011 15:00

Penso que os pigs podem tirar o cavalinho da chuva. Uma decisão destas custaria o poleiro a quem quer que fosse. E quando toca a poleiro, não há volta a dar. Não é não.

JCS
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por Elias » 21/8/2011 14:54

Merkel diz que 'eurobonds' trazem "união na dívida" e não estabilidade
Eudora Ribeiro
21/08/11 14:00

A chanceler alemã considera que a introdução de 'eurobonds' agora não vai trazer a tão almejada estabilidade económica.

Na sua primeira entrevista desde que regressou das férias de Verão, Merkel disse que décadas de agravamento dos défices nos países da zona euro transformaram a união monetária numa "união de dívida" que exige que cada país reduza os seus níveis de endividamento.

Apesar de admitir que não exclui a emissão conjunta de títulos de dívida dos países da zona euro algures num "futuro distante", Merkel defende que as 'eurobonds' "não são a resposta neste momento".

"As 'eurobonds são exactamente a resposta errada", disse hoje a chanceler alemã em entrevista à televisão ZDF, em Berlim. "Elas conduzem-nos a uma união da dívida e não a uma união de estabilidade", frisou, acrescentando que "cada país tem de tomar as suas próprias medidas para reduzir a dívida".

Citada pela Bloomberg, Merkel considerou que "é uma tarefa árdua que não pode ser resolvida de uma só vez, por exemplo, com a emissão de 'eurobonds'", argumentando que estes títulos de dívida "não são a resposta para a actual crise" e que a missão do seu actual governo é resolvê-la.

Merkel junta-se assim ao presidente do Conselho Europeu, Herman Van Rompuy, que também manifestou hoje a sua discordância quanto à emissão de 'eurobonds' como possível saída da crise económica, assegurndo que existem outras soluções.

"Não é o momento adequado", disse numa entrevista à rádio pública belga (RTBF), onde referiu que a Europa deveria esperar que as suas economias e objectivos alcançassem uma maior convergência antes de avançar com a emissão de obrigações do tesouro europeias.
 
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por VirtuaGod » 21/8/2011 11:47

Mcmad Escreveu:Obrigações Europeias é distorcer a economia.


E o Euro foi o quê? Obrigações europeias é tentar concertar aquilo que já foi distorcido!! Ou vamos para uns Estados Unidos da Europa ou não!! AGORA é o momento de decidir.
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por Mcmad » 21/8/2011 3:52

Obrigações Europeias é distorcer a economia.
Confira as minhas opiniões

http://markoeconomico.blogspot.com/
 
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por Marco Martins » 21/8/2011 1:46

Elias Escreveu:marco as zonas mais atrasadas andam a receber apoios há buéééééé :lol:


sim, é verdade.
mas então o que é que um ministério da economia vai fazer? (não quero com esta questão dizer que discordo de uma política comum para todos os membros...)

O problema que vamos ter aqui é um política comum para todos, mas com ferramentas de trabalho diferentes por cada país... e se num dos países as orientações económicas não funcionarem, quem se vai responsabilizar? Vai esse país poder não cumprir as metas de défice ou as metas de crescimento sem ser penalizado pelos objectivos comuns?

Parece-me que a Europa que tentar um comprometimento mais sério, mas ao de leve só para experimentar....

Parece-me um pouco a noiva que vai para casa do noivo à experiência só para ver se o noivo aprova.... depois se verá...
 
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por Elias » 20/8/2011 22:11

Van Rompuy discorda da emissão de "eurobonds"
20 Agosto 2011 | 20:31
Lusa

O presidente do Conselho Europeu, Herman Van Rompuy, manifestou hoje a sua discordância quanto à emissão de "eurobonds" como possível saída da crise económica, em linha com a Alemanha e a França, e assegurou que existem outras soluções.

Numa entrevista à rádio pública belga (RTBF), Van Rompuy (na foto) explicou que a Europa deveria esperar que as suas economias e objectivos alcançassem uma maior convergência antes de avançar com a emissão de Obrigações do Tesouro europeias.

"Não é o momento adequado", afirmou lembrando que a União Europeia (UE) já teve que resgatar três países gravemente afectados pela crise económica (Grécia, Portugal e Irlanda) e que os índices de dívida dos países membros variam entre os 6,6% do PIB, na Estónia, e os 142,8%, na Grécia.

As declarações de Van Rompuy foram feitas um dia após o ministro das Finanças belga, Didier Reynders, ter defendido a emissão de "eurobonds" e ter dito que na prática já se tomaram medidas similares.

Van Rompuy referiu-se também ao pânico injustificado nos mercados que levou o Banco Central Europeu (BCE) a comprar dívida pública, para apoiar Espanha e Itália, com uma quantidade semanal recorde de 22.000 milhões de euros.

"Os mercados nem sempre têm razão", afirmou acrescentando que a solução para a crise passa pelo reforço do fundo de resgate, actualmente dotado com 440.000 milhões de euros, e exortou os países comunitários a avançarem rapidamente neste sentido.
 
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