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Caldeirão da Bolsa

EURCHF mínimos históricos

Espaço dedicado a todo o tipo de troca de impressões sobre os mercados financeiros e ao que possa condicionar o desempenho dos mesmos.

por fcaseiro » 9/8/2011 17:16

Elias Escreveu:Já não está muito longe da paridade...


novos mínimos 1.03544; entrar a 1.05; stop 1.09; target paridade :mrgreen:
 
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por Elias » 8/8/2011 17:53

Já não está muito longe da paridade...
 
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por fcaseiro » 8/8/2011 17:50

Novos mínimos 1,06190, fechado, brutal queda do euro; o dólar caiu mas recuperaface chf, cheira queda índices europeus para amanha.
 
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por Pantone » 5/8/2011 1:00

Elias Escreveu:
rubini Escreveu:7 - Defendo uma moeda fraca para fomento das exportações.


Tenho a sensação (não sei se estou correcto) de que essa história da desvalorização da moeda é um paliativo para compensar a nossa (crónica) falta de produtividade. Isto faz sentido?


Elias, sim, e não...

A taxa de câmbio deve ajustar as diferenças de "competitividade", mais ou mens como um regulador de pressão.

Se estiverms numa situação de equilibrio, a taxa de câambio deverá ajustar conforme a evolução das economias.

Por exemplo, se apesar de menos eficazes que os alemães, a nossa produtividade crescer mais que a deles (em %), o "escudo" deveria valorizar-se em relação ao "Marco".

Mas no Euro, não há a possibilidade de fazermos este ajustamento, pelo que só resta a via dos salários, ou dos outros custos de produção.
 
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por migluso » 4/8/2011 23:46

Rubini,

Como explicas o sucesso da República Checa, na última década, comparativamente a Portugal?
Anexos
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por migluso » 4/8/2011 23:32

Elias Escreveu:
rubini Escreveu:7 - Defendo uma moeda fraca para fomento das exportações.


Tenho a sensação (não sei se estou correcto) de que essa história da desvalorização da moeda é um paliativo para compensar a nossa (crónica) falta de produtividade. Isto faz sentido?


Defender uma moeda fraca para fomento de exportações é defender uma estrutura produtiva baseada em salários baixos e de baixo valor acrescentado, o que me parece ser o oposto do que tu pretendes.

Em resposta ao Elias, considero que aumentar a nossa base de capital produtivo é o principal factor para melhor a nossa produtividade, quer do capital, quer do trabalho. Um trabalhador que conduza um tractor produz mais do que um trabalhador com uma carroça de bois. Para isso, é fundamental atrair capital estrangeiro para produzir cá. Mas não daquele capital que se move à procura de baixos salários, que por sua vez existem em países com moedas fracas.
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por Elias » 4/8/2011 23:16

rubini Escreveu:7 - Defendo uma moeda fraca para fomento das exportações.


Tenho a sensação (não sei se estou correcto) de que essa história da desvalorização da moeda é um paliativo para compensar a nossa (crónica) falta de produtividade. Isto faz sentido?
 
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por rubini » 4/8/2011 23:10

Por pontos, como o campeonato de futebol:

1 - A convergência foi meramente nominal. Nunca cumprimos o PEC ... porque é impossível cumpri-lo. Aliás, a Alemanha e a França foram os 2 primeiros a falhá-lo, recordas-te? Sem política comercial externa desde os anos 80, sem política monetária e cambial desde os fins de 90 e agora sem o recurso à política orçamental (que mesmo que fosse austera, acabava em défice por causa da recessão e dos estabilizadores automáticos), explica-me como é que se consegue estabilizar um país com câmbios fixos, sem liberdade monetária e com movimentos livres mundiais de capitais (trilema económico). Nunca se conseguiu, vai contra (pelo menos) 4 ou 5 princípios fundamentais da Ciência Económica.

3 - Comparado com a arquitectura monetária da UE, e do enquadramento político europeu e mundial, acredita no que digo - os incentivos que o Estado deu a comportamentos negativos de alavancagem pouco significam. (aliás, os Estados soberanos cada vez têm menos poder para agir e legislar e no entanto os comportamentos mantêm-se)

4 - A TSU não é um factor de competitividade porque o seu abaixamento serve "apenas" para reduzir custos das empresas. E ainda que isso seja algo de positivo, o máximo que vai fazer é a recapitalização das empresas. Não cria emprego porque não se reflecte no mercado de trabalho. Respeito, embora discorde, quem elogie a medida do ponto de vista da redução do custo, não levo a sério quem a elege como panaceia do desemprego.

6 - Eu não chamei parolos aos empresários, disse que alguns o são. Mas reconheço um erro meu - é que um empresário inventa, inova e investe. Os parolos que são donos de empresas não são empresários, são patos bravos. Empresários olham para o futuro, não se refugiam no presente com soluções do passado. Qual a percentagem de verdadeiros empresários que temos dentro dos que dirigem empresas - 5%? 10%? 15%, se tanto?

7 - Defendo uma moeda fraca para fomento das exportações. Já tivemos mais do que tempo a aprender com importações. Esse comboio já zarpou, há-que lutar contra quem nos quer manter nos anos 80. Há-que forçar a reconversão industrial, valorizar salários, abrir a mente ao exterior e estimular a criação de valor com base na qualidade e na sofisticação para esquecer e pôr de lado as bugigangas que produzimos desde 1960. Há muitos países africanos e asiáticos que farão isso por nós. A História do Desenvolvimento Económico mostra que os países passam por fases, e sofrem mutações à medida que evoluem, só nós é que continuamos na mesma pasmaceira há mais de 40 anos, talvez porque foram os únicos primeiros anos em que tivemos sucesso económico nalguma coisa e deixamo-nos estar sempre com o mesmo na esperança de que resultasse sempre.

O Escudo? Não me importava de o ter de novo. O problema de passarmos para o Escudo não era o Escudo em si (que julgo que era uma boa solução), mas sim a transição para ele. A fuga de capitais e o aumento exponencial da dívida que está denominada em euros seriam problemas graves ... que de resto, no meu entender, foram causados precisamente pela Zona Euro.
 
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por migluso » 4/8/2011 22:24

1) Eu disse que o sul da Europa ficou mais rico no período que teve de convergir para entrar no euro, precisamente porque adoptou políticas que visavam o equilíbrio macroeconómico. Relembra os critérios de convergência. Depois de entrarmos, nunca cumprimos o PEC, que foi desenhado para evitar chegarmos a esta situação. Apesar do período do euro não ter sido famoso até à data, tenho poucas dúvidas que estaríamos muito pior caso não fizéssemos parte da moeda única.

2) Estou farto de falar em produção. Mas ainda bem que também realçaste esse ponto. É a chave.

3) Eu já mencionei o que considerava estar na origem do falhanço do modelo de crescimento económico português. Penso que estaria subentendido que a alocação do capital em bens de consumo e em bens de produção não transaccionáveis estava na origem do nosso problema. Não tenho a mais pequena dúvida que, mais do que a exuberância irracional provocada pelas reduzidas taxas de juro, os incentivos dados pelo Estado para esse modelo de desenvolvimento foram o principal factor de distorção. A UE também terá responsabilidades, com certeza.

4) Afirmar que melhorar um factor de competitividade não contribuiu para a criação de emprego é tão ridículo como alegar expectativas deflacionistas para justificar o abrandamento do consumo.

5) Vê quantas horas se trabalha na Rep. Checa ou na Coreia do Sul. Não defendi nada que o Daniel Bessa também não defenda.

6) Se não és empresário é porque és mais parolo do que eles. Se és, parabéns e sinceros votos de muito sucesso.

7) A destruição criativa não se faz do dia para a noite. E a melhor forma de a acelerar seria atrair investimento estrangeiro possuidor de know-how. Agora diz-me como se faz isso. Mas não repitas o que eu disse noutro post. Ou será que defendes uma moeda fraca como forma de atrair capital?
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por rubini » 4/8/2011 21:50

migluso Escreveu:
rubini Escreveu:Mas migluso, eu já vi países a ficarem mais pobres por causa de moedas fortes. O caso do Sul da Europa é paradigmático quanto à necessidade de revisão em baixa da estrutura de preços para readquirir competitividade.


O sul da Europa ficou mais rica quando teve que cumprir os critérios de convergência para entrar no euro, o que pressupunha controlo cambial e o abandono das políticas cambiais baseadas em moedas fracas de forma a sustentar défices públicos.

Depois de entrar no euro, e embriagados pelas taxas de juro reduzidas que só o euro tornou possível, os países deixaram o rigor de lado. O resultado está à vista de todos.

rubini Escreveu:E no caso específico de Portugal em que os salários já são tão baixos, a desvalorização interna é inconcebível (diria mesmo impraticável e com tendência de resultados desastrosos), pelo que o ideal seria a desvalorização externa via câmbio.


O ideal, na minha opinião, é implementar reformas estruturais profundas.
Ao nível dos custos laborais deveria-se apostar na redução dos custos do trabalho quer pela via da redução de impostos associados ao factor trabalho (como a TSU) quer pelo aumento do horário de trabalho, de forma a readquirirmos competitividade sem afectar o rendimento disponível das famílias.

rubini Escreveu:A nossa situação não se resolve com moeda forte, muito pelo contrário. Basta pensar que as taxas de juro directoras ainda estão baixas (apesar das subidas recentes do BCE) e a Euribor vai acompanhando. O cenário actual é de elevada liquidez mas pouca aplicabilidade para a mesma:
- mercado accionista pouco promissor,
- mercado obrigaccionista arrasado e de rastos,
- economia mundial em desaceleração incluindo emergentes,
- consumo privado em queda devido à expectativa de deflação real, resultado das baixas taxas de juro e da inflacção rastejante
- investimento parado/adiado/cancelado em face das baixas expectativas de escoamento de stocks


Concordo com muito do que dizes, mas em nada se relaciona com a discussão em causa.

Aproveito no entanto para dizer que dada a taxa de inflação que se verifica no país, diria que a taxa directora está ajustada a Portugal.

Em relação à redução do consumo privado, este deve-se a uma decisão racional dos agentes que, sabendo melhor que ninguém o excesso de alavancagem com que têm vivido, decidiram desalavancar. Não tem a ver com expectativas deflacionistas.

rubini Escreveu:Este é o diagnóstico, e sem tomar partido pelas teses de Keynes e Hicks em detrimento do monetarismo do Hayek e do Friedman, a verdade é que as primeiras assentam que nem uma luva. O inconveniente é que o Euro é um compósito de realidades assimétricas no qual uns têm mais força política do que outros senão já teríamos optado por alguma desvalorização.

Por isso, no nosso caso, para que queremos uma moeda forte? Para travar a inflacção que não existe? (inflacção excluindo produtos petrolíferos e minerais, naturalmente) Ou para desindustrializar mais a nossa débil economia?



P.S.: Há mais casos de economias com moeda forte que foram prejudicadas por isso mesmo e a Argentina dos anos 90 é um dos melhores exemplos. Moeda valorizada pode ser moeda forte mas não é necessariamente moeda sustentável.


Nãã, não tomas partido nenhum... :wink:

Mas onde é que leste que Hayek é monetarista?
Nos EUA há assimetrias idênticas às verificadas na Europa.
A desindustrialização da nossa economia deveu-se a uma política errada de incentivos estruturais, a um modelo de crescimento baseado na procura interna e não na produção e, especialmente, a deficiências de ordem estrutural como sejam o mercado laboral e os regimes fiscal e judicial.

Se não fosse o euro estaríamos muito pior, estou em crer.

A Argentina tinha a sua moeda artificialmente sobrevalorizada. Não era o fluxo natural de capitais que definia o valor do peso. Eram as intervenções do banco central. Resultado: falência.

O RU quase faliu em 1992, vendo-se obrigado a abandonar o SME. Mas há quem defenda que foi porque entrou com uma taxa demasiado elevada em relação ao marco alemão.



Eu sou da opinião que o Sul da Europa não ficou mais rico com o Euro. Ficou com uma riqueza artifical conduzida pelos tais incentivos distorcidos que falas aí em cima. Se formos a ver bem, a paridade forte do Euro em conjunção com abaixamento dos spreads do financiamento inter-bancário levou à disseminação de uma política do crédito expansiva propulsionada pelo acesso fácil, rápido e barato a fundos de capitais elevadíssimos e a re-vendê-los no mercado sob a forma de crédito a uma taxa "aceitável". Tanto a moeda fraca como a moeda excessivamente forte tendem a criar os incentivos para a "credit-based economy" que geramos.

Falas da alavancagem e falas muito bem. Há uma excessiva alavancagem, especialmente por parte do sector privado, quer das empresas não-financeiras quer das próprias famílias.

Não há nada de mau na alavancagem se ela se basear em algo produtivo: a reprodução de capital e de riqueza permite pagar o juro ao aforrador/credor e gerar o incentivo financeiro ao investidor. Mas como bem saberás, as famílias dirigiram imenso as suas preferências para crédito ao consumo (automóvel, mobiliário e outros bens duradouros) e para crédito a investimento mau - imobiliário e micro-empresas de baixa rentabilidade (o que eu costumo chamar não-investimentos).

Pergunto-te: que rentabilidade é que a economia retira destes créditos? Para o crédito ao investimento, 80% é dirigido ao imobiliário (que não irá valorizar por muitos e muitos anos devido ao excesso de oferta) e a empresas fracas, que não criam riqueza quase nenhuma. Só cerca de 20% é dirigido a indústria e sectores exportadores. E no caso do crédito ao consumo, a história é pior porque o activo adquirido com o crédito desvaloriza com o tempo, o que é ridículo do ponto de vista de um crédito.

Eu não gosto de engenharia e planeamento social, mas um conjunto de 10 milhões de pessoas que se designam chamar por portugueses está a pagar colectivamente pelos erros de alguns cuja única similitude é a nacionalidade. Isto é ridículo e não vale a pena escondermo-nos atrás de teorias da "incapacidade genética para o nosso povo em gerir a sua riqueza e ser responsável para com as responsabilidades do seu Estado".


P.S.: "quer pela via da redução de impostos associados ao factor trabalho (como a TSU) quer pelo aumento do horário de trabalho"
Resposta rápida:
1 - os empresários não vão criar emprego só porque a TSU diminui; só os anjinhos pensam que sim
2 - aumento do horário de trabalho? mas tens noção do número de horas que se trabalha no nosso país? somos dos que trabalham mais horas

Queres a minha solução? Acabar com os empresários parolos que temos e começar a produzir coisas de qualidade e com maior valor acrescentado. De um momento para o outro, passa-se a produzir trapos e batatas de VAB de 100€ por hora/trabalhador para material tecnológico que vale 200€ ou 300€ por hora/trabalhador. Isto é que é aumento da produtividade. Mais pelo mesmo.


P.S.2: Não quero tornar esta discussão infindável, nem quero alterar o tema do tópico. Mas se chegamos aqui, é porque algumas coisas se relacionam.




Em relação ao franco suíço propriamente dito, eles vão ter mesmo de começar a imprimir mais moeda. A moeda não pode valorizar muito mais, a Suíça não aguenta.
 
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por fcaseiro » 4/8/2011 16:22

Pickbull Escreveu:SWISS STOCKS DROP 20% FROM FEBRUARY HIGH, ENTER BEAR MARKET

Não tem a ver com o par mas como acho que não há tópico para a bolsa suíça cá fica a info.


D qualquer maneira continuo curto até 1,08. stop a 1,14.
 
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por Pickbull » 4/8/2011 15:18

SWISS STOCKS DROP 20% FROM FEBRUARY HIGH, ENTER BEAR MARKET

Não tem a ver com o par mas como acho que não há tópico para a bolsa suíça cá fica a info.
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por nfmarque » 4/8/2011 14:56

bce monetiza

http://www.jornaldenegocios.pt/home.php ... &id=499919

e o qeIII são boas noticias para gold e chf
Editado pela última vez por nfmarque em 4/8/2011 15:32, num total de 1 vez.
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por Elias » 4/8/2011 12:45

migluso e VirtuaGod,

É capaz de ser isso (como nos EUA, está nesse intervalo).

O que nunca percebi é porque é que só quando a taxa se cola a zero é que aparece essa cena do intervalo...
 
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por migluso » 4/8/2011 12:36

Elias Escreveu:Afinal a taxa está a zero ou a 0.25?


Flutua entre esses valores, creio eu.
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por VirtuaGod » 4/8/2011 12:34

Deve estar como a Americana. No intervalo!! Não percebo muito a onda do "intervalo" mas...

Edit: Na Notícia da Pata-Hari: " For its target size, the three-month interbank money market, it strives thus becoming a target band of 0 to 0.25 per cent "

Talvez dependa do período??
Editado pela última vez por VirtuaGod em 4/8/2011 12:37, num total de 1 vez.
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por Elias » 4/8/2011 12:31

Só há uma coisa que não percebo a partir da notícia do WSJ:

In a surprise move, the central bank cut its target range for three-month Libor to 0.00%-0.25% from 0.00%-0.75%


Afinal a taxa está a zero ou a 0.25?
 
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por VirtuaGod » 4/8/2011 12:25

Pata-Hari Escreveu:do que a Alemanha beneficia dessa fraqueza da moeda.


Sou da opinião que a Alemanhã é dos países que mais beneficia com o Euro. Já imaginaram o valor a que estaria o Marco se ainda existisse?? Acho que fazia companhia ao Franco Suíço... e os BMW estavam agora pelo menos 50% mais caros do que o que estava ali no Stand!!
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por Pata-Hari » 4/8/2011 7:50

A nossa situação resolve-se com poupança forçada e com aumento da produtividade e produto. O resto vem por acréscimo. E sim, vamos ter que ser mais pobres porque não produzimos para consumir e viver como vivemos.
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por migluso » 4/8/2011 0:37

rubini Escreveu:Mas migluso, eu já vi países a ficarem mais pobres por causa de moedas fortes. O caso do Sul da Europa é paradigmático quanto à necessidade de revisão em baixa da estrutura de preços para readquirir competitividade.


O sul da Europa ficou mais rica quando teve que cumprir os critérios de convergência para entrar no euro, o que pressupunha controlo cambial e o abandono das políticas cambiais baseadas em moedas fracas de forma a sustentar défices públicos.

Depois de entrar no euro, e embriagados pelas taxas de juro reduzidas que só o euro tornou possível, os países deixaram o rigor de lado. O resultado está à vista de todos.

rubini Escreveu:E no caso específico de Portugal em que os salários já são tão baixos, a desvalorização interna é inconcebível (diria mesmo impraticável e com tendência de resultados desastrosos), pelo que o ideal seria a desvalorização externa via câmbio.


O ideal, na minha opinião, é implementar reformas estruturais profundas.
Ao nível dos custos laborais deveria-se apostar na redução dos custos do trabalho quer pela via da redução de impostos associados ao factor trabalho (como a TSU) quer pelo aumento do horário de trabalho, de forma a readquirirmos competitividade sem afectar o rendimento disponível das famílias.

rubini Escreveu:A nossa situação não se resolve com moeda forte, muito pelo contrário. Basta pensar que as taxas de juro directoras ainda estão baixas (apesar das subidas recentes do BCE) e a Euribor vai acompanhando. O cenário actual é de elevada liquidez mas pouca aplicabilidade para a mesma:
- mercado accionista pouco promissor,
- mercado obrigaccionista arrasado e de rastos,
- economia mundial em desaceleração incluindo emergentes,
- consumo privado em queda devido à expectativa de deflação real, resultado das baixas taxas de juro e da inflacção rastejante
- investimento parado/adiado/cancelado em face das baixas expectativas de escoamento de stocks


Concordo com muito do que dizes, mas em nada se relaciona com a discussão em causa.

Aproveito no entanto para dizer que dada a taxa de inflação que se verifica no país, diria que a taxa directora está ajustada a Portugal.

Em relação à redução do consumo privado, este deve-se a uma decisão racional dos agentes que, sabendo melhor que ninguém o excesso de alavancagem com que têm vivido, decidiram desalavancar. Não tem a ver com expectativas deflacionistas.

rubini Escreveu:Este é o diagnóstico, e sem tomar partido pelas teses de Keynes e Hicks em detrimento do monetarismo do Hayek e do Friedman, a verdade é que as primeiras assentam que nem uma luva. O inconveniente é que o Euro é um compósito de realidades assimétricas no qual uns têm mais força política do que outros senão já teríamos optado por alguma desvalorização.

Por isso, no nosso caso, para que queremos uma moeda forte? Para travar a inflacção que não existe? (inflacção excluindo produtos petrolíferos e minerais, naturalmente) Ou para desindustrializar mais a nossa débil economia?



P.S.: Há mais casos de economias com moeda forte que foram prejudicadas por isso mesmo e a Argentina dos anos 90 é um dos melhores exemplos. Moeda valorizada pode ser moeda forte mas não é necessariamente moeda sustentável.


Nãã, não tomas partido nenhum... :wink:

Mas onde é que leste que Hayek é monetarista?
Nos EUA há assimetrias idênticas às verificadas na Europa.
A desindustrialização da nossa economia deveu-se a uma política errada de incentivos estruturais, a um modelo de crescimento baseado na procura interna e não na produção e, especialmente, a deficiências de ordem estrutural como sejam o mercado laboral e os regimes fiscal e judicial.

Se não fosse o euro estaríamos muito pior, estou em crer.

A Argentina tinha a sua moeda artificialmente sobrevalorizada. Não era o fluxo natural de capitais que definia o valor do peso. Eram as intervenções do banco central. Resultado: falência.

O RU quase faliu em 1992, vendo-se obrigado a abandonar o SME. Mas há quem defenda que foi porque entrou com uma taxa demasiado elevada em relação ao marco alemão.
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por rubini » 3/8/2011 23:55

É verdade que o Remnibi está artificialmente subvalorizado e há muito tempo que tem sido assim. Aliás, os próprios EUA andam a jogar com desvalorizações precisamente (mas não só) para não perder com isso.


Mas migluso, eu já vi países a ficarem mais pobres por causa de moedas fortes. O caso do Sul da Europa é paradigmático quanto à necessidade de revisão em baixa da estrutura de preços para readquirir competitividade. E no caso específico de Portugal em que os salários já são tão baixos, a desvalorização interna é inconcebível (diria mesmo impraticável e com tendência de resultados desastrosos), pelo que o ideal seria a desvalorização externa via câmbio.

A nossa situação não se resolve com moeda forte, muito pelo contrário. Basta pensar que as taxas de juro directoras ainda estão baixas (apesar das subidas recentes do BCE) e a Euribor vai acompanhando. O cenário actual é de elevada liquidez mas pouca aplicabilidade para a mesma:
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- economia mundial em desaceleração incluindo emergentes,
- consumo privado em queda devido à expectativa de deflação real, resultado das baixas taxas de juro e da inflacção rastejante
- investimento parado/adiado/cancelado em face das baixas expectativas de escoamento de stocks

Este é o diagnóstico, e sem tomar partido pelas teses de Keynes e Hicks em detrimento do monetarismo do Hayek e do Friedman, a verdade é que as primeiras assentam que nem uma luva. O inconveniente é que o Euro é um compósito de realidades assimétricas no qual uns têm mais força política do que outros senão já teríamos optado por alguma desvalorização.

Por isso, no nosso caso, para que queremos uma moeda forte? Para travar a inflacção que não existe? (inflacção excluindo produtos petrolíferos e minerais, naturalmente) Ou para desindustrializar mais a nossa débil economia?



P.S.: Há mais casos de economias com moeda forte que foram prejudicadas por isso mesmo e a Argentina dos anos 90 é um dos melhores exemplos. Moeda valorizada pode ser moeda forte mas não é necessariamente moeda sustentável.
 
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por migluso » 3/8/2011 22:57

Pata-Hari Escreveu:Elias, os chineses têm aproveitado para comprar tudo o que podem fora da china.... e nesse sentido, a moeda forte tem-lhes servido bem.


O Renminbi está artificialmente subvalorizado e o povo chinês vive pior por causa disso.

Aliás, o novo modelo chinês de que se fala para a próxima década prevê uma maior margem de valorização da sua moeda para estimular o crescimento do consumo privado.
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por Pata-Hari » 3/8/2011 22:44

Elias, os chineses têm aproveitado para comprar tudo o que podem fora da china.... e nesse sentido, a moeda forte tem-lhes servido bem.
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por migluso » 3/8/2011 22:41

Pata,

O SNB andou a intervir no mercado ainda o eurchf cotava acima de 1,50. Invocava na altura precisamente o mesmo.

Entretanto, a Suiça continua a apresentar uma economia potente, com crescimento real acima de 2,5%.
Ainda ontem saíram dados das vendas a retalho. Cresceram 7,4%. O mercado esperava 1,6%.

Ainda não vi nenhum país empobrecer por causa de ter uma moeda demasiado forte. Mas o inverso já não posso dizer.
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por thedaytrader » 3/8/2011 22:40

no gráfico de 5 minutos deu sinal se entrada muito bom nos 1.0800!

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Dizem que há dois lados em tudo. Mas há somente um lado no mercado: e não é o lado do bear ou o lado do bull, mas o lado certo.Jesse Livermore...
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