Subsidiação de energia eléctrica
BMCarmona Escreveu:Definitivamente a semana não começa bem para as renováveis
Produção renovável arrisca-se a pagar mais impostos
08 Agosto 2011 | 00:01
Pedro Santos Guerreiro - psg@negocios.pt
Miguel Prado - miguelprado@negocios.pt
Ministério da Economia já iniciou contactos para "uma solução negociada" com os produtores em regime especial.
O Governo já começou a contactar os produtores de fontes de energia renovável e de cogeração para chegar a "uma solução negociada" que permita cumprir as imposições da troika, que quer que Portugal reduza os subsídios existentes na produção de electricidade. Em cima da mesa estará, segundo apurou o Negócios, uma subida da carga fiscal para as empresas que beneficiam das tarifas da produção em regime especial, caso estas não acedam a baixar as remunerações que recebem actualmente.
http://www.jornaldenegocios.pt/home.php?template=SHOWNEWS_V2&id=500275
Pelo sim, pelo não, já baixei a potência do meu contador... tinha uma potência de 6.9 Kva e baixei para 4.6 Kva. Para já ainda não tive problemas com a luz... vamos ver se ao chegar ao inverno continuo sem problemas

Concordo com o que disseram antes... se querem aumentar a electricidade para um valor real, então retirem as taxas que não temos obrigação de pagar... taxas de audiovisual, taxas de renováveis, etc
Para além disso, em vez de terem a EDP a endividar-se para fazer grandes investimentos noutros países e depois distribuir dividendos pelos seus accionistas, então obriguem-na a investir em Portugal...
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Definitivamente a semana não começa bem para as renováveis
Produção renovável arrisca-se a pagar mais impostos
08 Agosto 2011 | 00:01
Pedro Santos Guerreiro - psg@negocios.pt
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Ministério da Economia já iniciou contactos para "uma solução negociada" com os produtores em regime especial.
O Governo já começou a contactar os produtores de fontes de energia renovável e de cogeração para chegar a "uma solução negociada" que permita cumprir as imposições da troika, que quer que Portugal reduza os subsídios existentes na produção de electricidade. Em cima da mesa estará, segundo apurou o Negócios, uma subida da carga fiscal para as empresas que beneficiam das tarifas da produção em regime especial, caso estas não acedam a baixar as remunerações que recebem actualmente.
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Produção renovável arrisca-se a pagar mais impostos
08 Agosto 2011 | 00:01
Pedro Santos Guerreiro - psg@negocios.pt
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Ministério da Economia já iniciou contactos para "uma solução negociada" com os produtores em regime especial.
O Governo já começou a contactar os produtores de fontes de energia renovável e de cogeração para chegar a "uma solução negociada" que permita cumprir as imposições da troika, que quer que Portugal reduza os subsídios existentes na produção de electricidade. Em cima da mesa estará, segundo apurou o Negócios, uma subida da carga fiscal para as empresas que beneficiam das tarifas da produção em regime especial, caso estas não acedam a baixar as remunerações que recebem actualmente.
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Electricidade acumula défice tarifário de quase 600 milhões
08 Agosto 2011 | 00:01
Miguel Prado - miguelprado@negocios.pt
Montante a receber pela EDP não era tão alto desde 2008, quando o Governo decidiu pagar em 15 anos o défice da luz
A primeira má notícia: a subida do IVA da electricidade. A segunda: a extinção das tarifas reguladas ameaça aumentar a conta da luz. E não há duas sem três. O mercado eléctrico português acumula agora um défice tarifário próximo dos 600 milhões de euros, que poderá colocar ainda mais pressão na fixação de preços para o próximo ano.
08 Agosto 2011 | 00:01
Miguel Prado - miguelprado@negocios.pt
Montante a receber pela EDP não era tão alto desde 2008, quando o Governo decidiu pagar em 15 anos o défice da luz
A primeira má notícia: a subida do IVA da electricidade. A segunda: a extinção das tarifas reguladas ameaça aumentar a conta da luz. E não há duas sem três. O mercado eléctrico português acumula agora um défice tarifário próximo dos 600 milhões de euros, que poderá colocar ainda mais pressão na fixação de preços para o próximo ano.
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Governo alerta que défice tarifário pode subir 1,5 mil milhões em 3 anos
Henrique Gomes alerta para a necessidade de serem tomadas medidas para travar a subida do défice tarifário.
O secretário de Estado da Energia disse hoje no Parlamento que, se não forem tomadas medidas, o défice tarifário na energia vai subir 1,5 mil milhões nos próximos três anos.
Henrique Gomes, presente na Comissão de Economia e Obras Públicas, afirmou que o Governo vai definir um plano a 10 anos para o sector energético.
A existência de subsídios a várias fontes de produção de electricidade já foi questionada pela troika no acordo para a obtenção de ajuda externa. E será uma das matérias a rever pelo Governo, no sentido de pôr todas as fontes de electricidade a preços de mercado.
Por outro lado, as exigências de maior concorrência no sector eléctrico levarão à extinção de tarifas reguladas, as quais têm protegido nos últimos anos os consumidores de aumentos substanciais nos preços da electricidade.
Em 2008 foi decidida a amortização em dez anos do défice tarifário que vinha sendo gerado no sector eléctrico pelo facto de as tarifas reguladas não reflectirem a totalidade dos custos de produção da electricidade. Um défice que atingiu os 2 mil milhões de euros e que será pago faseadamente nos próximos anos através das tarifas.
Embora haja já um calendário para a extinção das tarifas reguladas de venda a clientes finais domésticos, permanecerão, após 2013, tarifas aplicáveis ao acesso à rede, sendo nessas que o défice tarifário do passado será amortizado.
Quanto ao futuro, o consumidor pode contar com uma subida da sua factura eléctrica. Quer pelo aumento do IVA já imposto pela troika (que o Governo ainda não esclareceu se será para 13% ou 23%, face aos actuais 6%), quer pela necessidade de os preços finais passarem a reflectir totalmente as condições de mercado.
http://www.jornaldenegocios.pt/home.php?template=SHOWNEWS_V2&id=499411
Aproveitando esta notícia escrevi o seguinte comentário
http://luzligada.blogspot.com/2011/08/luxuosa-electricidade-portuguesa.html
Henrique Gomes alerta para a necessidade de serem tomadas medidas para travar a subida do défice tarifário.
O secretário de Estado da Energia disse hoje no Parlamento que, se não forem tomadas medidas, o défice tarifário na energia vai subir 1,5 mil milhões nos próximos três anos.
Henrique Gomes, presente na Comissão de Economia e Obras Públicas, afirmou que o Governo vai definir um plano a 10 anos para o sector energético.
A existência de subsídios a várias fontes de produção de electricidade já foi questionada pela troika no acordo para a obtenção de ajuda externa. E será uma das matérias a rever pelo Governo, no sentido de pôr todas as fontes de electricidade a preços de mercado.
Por outro lado, as exigências de maior concorrência no sector eléctrico levarão à extinção de tarifas reguladas, as quais têm protegido nos últimos anos os consumidores de aumentos substanciais nos preços da electricidade.
Em 2008 foi decidida a amortização em dez anos do défice tarifário que vinha sendo gerado no sector eléctrico pelo facto de as tarifas reguladas não reflectirem a totalidade dos custos de produção da electricidade. Um défice que atingiu os 2 mil milhões de euros e que será pago faseadamente nos próximos anos através das tarifas.
Embora haja já um calendário para a extinção das tarifas reguladas de venda a clientes finais domésticos, permanecerão, após 2013, tarifas aplicáveis ao acesso à rede, sendo nessas que o défice tarifário do passado será amortizado.
Quanto ao futuro, o consumidor pode contar com uma subida da sua factura eléctrica. Quer pelo aumento do IVA já imposto pela troika (que o Governo ainda não esclareceu se será para 13% ou 23%, face aos actuais 6%), quer pela necessidade de os preços finais passarem a reflectir totalmente as condições de mercado.
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Re: Subsidiação de energia eléctrica
Elias Escreveu:Este assunto já foi aflorado em diversos outros tópicos (EDP, etc) mas como não tem a ver com uma empresa em particular, abro este tópico para falar especificamente sobre este assunto.
O que vos parece: a energia eléctrica deve ser subsidiada (a expensas do orçamento de Estado) ou os consumidores devem pagar o custo real da energia que consomem?
Eu sou contra a subsidiação, salvaguardada a aplicação da "tarifa social" a quem realmente necessite.
Sou contra as taxas que apareçem na conta e que não tem nada a vêr com o consumo de energia.
- A ganância dos outros poderá gerar-lhe lucros.
- A sua ganância poderá levá-lo à ruína.
- A sua ganância poderá levá-lo à ruína.
Ok, nesse caso deixa-me (para terminar) colocar-te apenas uma questão.
Tendo em conta todos os argumentos que já apresentaste, e o paralelismo com a Dinamarca, em que o estado Dinamarquês até financia a electricidade noutros países, e que depois até vai recomprar mais barato suponho que isso, embora mau para a Dinamarca seja bom para os outros senhores.
Da mesma forma, o que nós fazemos mal, e enviamos electricidade para espanha (só porque temos eólicas), a preços muito baratos, suponho que espanha ganhe alguma coisa com isso.
Finalmente, concluis que quem tem eólicas, vai ter excessos de produção que terá de vender ao desbarato.
Pergunto-te então, como explicas o caso espanhol, com muito mais capacidade instalada de eólica que nós? A % dentro do mix é muito semelhante à nossa, por isso não é por aí... Como é possível que, eles, com a mesma % de produção via ventoinhas, ainda vão buscar ao exterior, e mais barato do que vendem os seus excessos?
Pela tua explicação, eles deveriam não o conseguir fazer, e como tal, nós e os franceses deveríamos estar a conseguir comprar electricidade baratíssima (ou a zero) resultante dos excessos dos espanhóis... No entanto, demonstras precisamente o contrário... nós estamos mal e os espanhóis bem...
Tendo em conta todos os argumentos que já apresentaste, e o paralelismo com a Dinamarca, em que o estado Dinamarquês até financia a electricidade noutros países, e que depois até vai recomprar mais barato suponho que isso, embora mau para a Dinamarca seja bom para os outros senhores.
Da mesma forma, o que nós fazemos mal, e enviamos electricidade para espanha (só porque temos eólicas), a preços muito baratos, suponho que espanha ganhe alguma coisa com isso.
Finalmente, concluis que quem tem eólicas, vai ter excessos de produção que terá de vender ao desbarato.
Pergunto-te então, como explicas o caso espanhol, com muito mais capacidade instalada de eólica que nós? A % dentro do mix é muito semelhante à nossa, por isso não é por aí... Como é possível que, eles, com a mesma % de produção via ventoinhas, ainda vão buscar ao exterior, e mais barato do que vendem os seus excessos?
Pela tua explicação, eles deveriam não o conseguir fazer, e como tal, nós e os franceses deveríamos estar a conseguir comprar electricidade baratíssima (ou a zero) resultante dos excessos dos espanhóis... No entanto, demonstras precisamente o contrário... nós estamos mal e os espanhóis bem...
"When you have eliminated the impossible, whatever remains, however improbable, must be the truth." [Sherlock Holmes]
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Acho que a minha explicação é suficietemente clara para ser entendida.
Mas vendo a questão de outro prisma, em países como a Austrália (tenho o resumo no meu blog) ou o Japão, que não têm vizinhos para exportar energia em excesso, a eólica representa migalhas ou nada do mix produtivo.
Estes países não se podem dar ao nosso luxo.
Conclusão: É possível um país gerir a produção eléctrica dentro de fronteiras, menos aqueles que têm excesso de eólica como Portugal ou Dinamarca.
Mas vendo a questão de outro prisma, em países como a Austrália (tenho o resumo no meu blog) ou o Japão, que não têm vizinhos para exportar energia em excesso, a eólica representa migalhas ou nada do mix produtivo.
Estes países não se podem dar ao nosso luxo.
Conclusão: É possível um país gerir a produção eléctrica dentro de fronteiras, menos aqueles que têm excesso de eólica como Portugal ou Dinamarca.
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Não são comparáveis na sua intermitência, claro que não.
São comparáveis em situações onde são "obrigadas" a dar um determinado output que não te interessa.
Eu sei que começo a parecer repetitivo, mas mesmo essa intermitência (que como já referi logo no meu segundo post, para mim é o maior defeito das eólicas), não é o que te vai gerar excessos de oferta. É um conjunto de factores. Não é pelo facto de teres um monte de ventoinhas que vais necessariamente ter excessos de oferta (que é o que origina os preços baixos ou negativos).
Podes dizer que é mau por existir financiamento errado aos produtores, ou que é mau porque ambientalmente não tem qualquer vantagem sobre outras formas, ou que é mau porque é caro, feio visualmente, com muito desperdício, intermitente, sem garantias de geração, entre tantas outras coisas (ou que são boas porque o combustível é gratuito, são limpas e com emissões de 0%, silenciosas, rápidas de instalar, risco muito baixo de acidente, entre tb tantas outras). E isso são características da eólica em si, e faz todo o sentido que sejam questionadas/debatidas .
Para mim não faz sentido é "criticares" a sua utilização em termos genéricos por motivos que em nada estão relacionados com as eólicas em si, mas com outras condicionantes, algumas específicas de alguns países.
São comparáveis em situações onde são "obrigadas" a dar um determinado output que não te interessa.
Eu sei que começo a parecer repetitivo, mas mesmo essa intermitência (que como já referi logo no meu segundo post, para mim é o maior defeito das eólicas), não é o que te vai gerar excessos de oferta. É um conjunto de factores. Não é pelo facto de teres um monte de ventoinhas que vais necessariamente ter excessos de oferta (que é o que origina os preços baixos ou negativos).
Podes dizer que é mau por existir financiamento errado aos produtores, ou que é mau porque ambientalmente não tem qualquer vantagem sobre outras formas, ou que é mau porque é caro, feio visualmente, com muito desperdício, intermitente, sem garantias de geração, entre tantas outras coisas (ou que são boas porque o combustível é gratuito, são limpas e com emissões de 0%, silenciosas, rápidas de instalar, risco muito baixo de acidente, entre tb tantas outras). E isso são características da eólica em si, e faz todo o sentido que sejam questionadas/debatidas .
Para mim não faz sentido é "criticares" a sua utilização em termos genéricos por motivos que em nada estão relacionados com as eólicas em si, mas com outras condicionantes, algumas específicas de alguns países.
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Uma central termoeléctrica ou nuclear pode produzir 90% do tempo. Alimenta a rede de forma constante e ininterrupta.
Um parque eólico alimenta a rede 25% do tempo. E nem sabes como é que esse quarto do tempo se vai distribuir. Ou seja, precisas de 4GW de potência eólica instalada para produzir 1GW. Mas podes ter o azar de eles te darem 4GW quando não queres nada. E de te darem 0GW quando precisas de 1GW.
Achas as situações comparáveis?
Um parque eólico alimenta a rede 25% do tempo. E nem sabes como é que esse quarto do tempo se vai distribuir. Ou seja, precisas de 4GW de potência eólica instalada para produzir 1GW. Mas podes ter o azar de eles te darem 4GW quando não queres nada. E de te darem 0GW quando precisas de 1GW.
Achas as situações comparáveis?
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Bom dia,
Obviamente que não faria sentido, mas aí estamos a falar de uma questão de lógica na capacidade instalada. E se instalas o dobro do que precisas, vais sempre ter problemas, seja qual for a tecnologia. Não faz sentido em nuclear ou noutra tecnologia.
Ou seja, o que te quero mostrar é precisamente isso: alguns dos problemas que referes *não* são específicos das eólicas. As eólicas apresentam muitas desvantagens (sem dúvida). E faz sentido que essas desvantagens sejam apontadas e discutidas de forma a serem comparadas com outras formas de produção. O que não se pode é utiliza-las quase como bode expiatório para tudo o que seja mau em termos de electricidade.
Que é um pouco o que tens feito. Apontas os problemas que têm surgido em termos de produção de electricidade, e tudo é motivado pelas ventoinhas. Quando não é bem assim.
Se a Dinamarca tem 3.5GW instalados e a produzir mas só precisa de 2GW, vai ter sempre excesso de produção. E já te mostrei várias situações, para as várias tecnologias onde tens de produzir, mesmo que não te interesse. E esse excesso, vendido em mercado irá sempre atirar o preço para baixo.
BMCarmona Escreveu:Apesar de se conseguir fazer variar a potência de uma central nuclear obviamente não faria sentido instalar uma potência em Portugal que passasse largamente as necessidades em vazio.
Obviamente que não faria sentido, mas aí estamos a falar de uma questão de lógica na capacidade instalada. E se instalas o dobro do que precisas, vais sempre ter problemas, seja qual for a tecnologia. Não faz sentido em nuclear ou noutra tecnologia.
Ou seja, o que te quero mostrar é precisamente isso: alguns dos problemas que referes *não* são específicos das eólicas. As eólicas apresentam muitas desvantagens (sem dúvida). E faz sentido que essas desvantagens sejam apontadas e discutidas de forma a serem comparadas com outras formas de produção. O que não se pode é utiliza-las quase como bode expiatório para tudo o que seja mau em termos de electricidade.
Que é um pouco o que tens feito. Apontas os problemas que têm surgido em termos de produção de electricidade, e tudo é motivado pelas ventoinhas. Quando não é bem assim.
Se a Dinamarca tem 3.5GW instalados e a produzir mas só precisa de 2GW, vai ter sempre excesso de produção. E já te mostrei várias situações, para as várias tecnologias onde tens de produzir, mesmo que não te interesse. E esse excesso, vendido em mercado irá sempre atirar o preço para baixo.
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Ficam dois exemplos da exportação de electricidade para Espanha a preço reduzido ou mesmo zero
http://luzligada.blogspot.com/2011/07/p ... co-de.html
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Apesar de se conseguir fazer variar a potência de uma central nuclear obviamente não faria sentido instalar uma potência em Portugal que passasse largamente as necessidades em vazio. A energia de base podia ser nuclear e o complemento de dia vir das barragens e das centrais a gás.
O mais justo seria comparar a electricidade portuguesa com IVA de 23% e não os 6% actuais. Não sei se os outros países têm défice tarifário mas acredito que no norte da Europa não se recorra tanto a esses "expedientes"
O mais justo seria comparar a electricidade portuguesa com IVA de 23% e não os 6% actuais. Não sei se os outros países têm défice tarifário mas acredito que no norte da Europa não se recorra tanto a esses "expedientes"

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BMCarmona Escreveu:É possível controlar a produção de energia de qualquer fonte termoeléctrica, nuclear ou hidroeléctrica. Eólica ou solar não. Parece-me evidente que fonte desequilibra a produção na Dinamarca mas adiante.
Epá

Tecnicamente é sempre possível controlar a produção em qualquer fonte. No limite, "tapas" o painel solar ou desligas a ventoinha. Na Dinamarca, tb podes não gerar vapor.... Podes descarregar uma barragem sem produzir, e tb podes desligar uma nuclear... não faz é sentido nenhum qualquer uma dessas opções.
Imagina o seguinte cenário. Em vez dos 3500 em eólica tens isso em 3 centrais nucleares. Como não podes andar a desligar e ligar, no vazio de verão tens os mesmos 3500MW de produção para 1700 de consumo. Suponho que aqui já não exista excesso de produção e como tal já não seja preciso exportar a preços baixos ou negativos....
BMCarmona Escreveu:Preços ao consumidor em €/100kWh (fonte eurostat):
Portugal 16,66
França 12,89
Dinamarca 27,08
Alemanha 24,38
Portugal tem um IVA reduzido sobre a electricidade. Também tem défice tarifário. E uma percentagem interessante de hídrica que gera energia barata.
Ou seja, o valor realmente comparável para Portugal, seria acima dos 16,66, estou a fazer a leitura correcta?
Sabes se os outros países tb têm défice tarifário?
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É possível controlar a produção de energia de qualquer fonte termoeléctrica, nuclear ou hidroeléctrica. Eólica ou solar não. Parece-me evidente que fonte desequilibra a produção na Dinamarca mas adiante.
Preços ao consumidor em €/100kWh (fonte eurostat):
Portugal 16,66
França 12,89
Dinamarca 27,08
Alemanha 24,38
Portugal tem um IVA reduzido sobre a electricidade. Também tem défice tarifário. E uma percentagem interessante de hídrica que gera energia barata.
Preços ao consumidor em €/100kWh (fonte eurostat):
Portugal 16,66
França 12,89
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Portugal tem um IVA reduzido sobre a electricidade. Também tem défice tarifário. E uma percentagem interessante de hídrica que gera energia barata.
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Não estou a dizer que não funcionam. Como comecei por dizer não quero entrar na discussão sobre qual a melhor forma de produzir energia, nem sequer dizer que uma é melhor que outra. Deixo isso para outras pessoas com muitos mais conhecimentos na área do que eu
Estou é a dizer que podem existir vários factores para teres excesso de produção. E que não é pelo facto de teres umas ventoinhas a trabalhar que esse excesso vai existir. Ajuda, claro que ajuda. Mas também ajudam outras situações como as que referi no post anterior (indicando hídricas, nucleares, térmicas e eólicas). Claro que cada um é livre de "atribuir as culpas" à tecnologia que quiser
Por outro lado, também não se pode simplesmente replicar o caso Dinamarquês para a situação Portuguesa, pois existem condicionantes diferentes, como te referi. A realidade de ter térmicas necessariamente a produzir é diferente, o que te permite gerir as várias tecnologias de forma diferente. O facto de termos várias barragens com bombagem, também muda muito.
Quanto ao preço, parece-me que há aí alguma confusão. Não me parece que seja o Estado a fazer essa operação completa. Que há dinheiros dos contribuintes, não duvido, mas volto a colocar a questão: em termos de consumidor, o que representa o total da "factura"? (entenda-se factura como todas as taxas, tarifas e sobrecustos.. enfim tudo).
Cumprimentos,
Elgenedy

Estou é a dizer que podem existir vários factores para teres excesso de produção. E que não é pelo facto de teres umas ventoinhas a trabalhar que esse excesso vai existir. Ajuda, claro que ajuda. Mas também ajudam outras situações como as que referi no post anterior (indicando hídricas, nucleares, térmicas e eólicas). Claro que cada um é livre de "atribuir as culpas" à tecnologia que quiser

Por outro lado, também não se pode simplesmente replicar o caso Dinamarquês para a situação Portuguesa, pois existem condicionantes diferentes, como te referi. A realidade de ter térmicas necessariamente a produzir é diferente, o que te permite gerir as várias tecnologias de forma diferente. O facto de termos várias barragens com bombagem, também muda muito.
Quanto ao preço, parece-me que há aí alguma confusão. Não me parece que seja o Estado a fazer essa operação completa. Que há dinheiros dos contribuintes, não duvido, mas volto a colocar a questão: em termos de consumidor, o que representa o total da "factura"? (entenda-se factura como todas as taxas, tarifas e sobrecustos.. enfim tudo).
Cumprimentos,
Elgenedy
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Se as centrais nucleares fornecem energia a custo zero durante a noite e mesmo assim são economicamente viáveis parece-me que funcionam. Não creio que a França tenha a energia eléctrica mais barata da Europa à custa de prejuízos da EDF.
Se o estado dinamarquês:
1, compra a energia eólica entre os €70 e os €90/MWh,
2. vende, à Noruega e Suécia a cerca de €30 MWh e,
3. nas alturas de pico em que não há vento suficiente, recompra a €50 ou €60
parece-me evidente que no fluxo migratório da electricidade também vai muito dinheiro dos contribuintes dinamarqueses.
Se o estado dinamarquês:
1, compra a energia eólica entre os €70 e os €90/MWh,
2. vende, à Noruega e Suécia a cerca de €30 MWh e,
3. nas alturas de pico em que não há vento suficiente, recompra a €50 ou €60
parece-me evidente que no fluxo migratório da electricidade também vai muito dinheiro dos contribuintes dinamarqueses.
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Boas,
Exactamente. E daí referir que provavelmente para os Dinamarqueses a solução pode não ser a melhor. Mas é uma especificidade desses países (que a meu ver até é bastante interessante). Não um "defeito" da eólica.
Sem dúvida, e na minha opinião este é o maior defeito da eólica.
Como dizes e muito bem, existe essa "impossibilidade" (ou a possibilidade existe, mas não é economicamente rentável), por isso não é bem uma opção
A questão é precisamente a do excesso de oferta: a oferta é tão grande que faz os preços descerem para valores negativos. Seja produção eólica, nuclear hídrica ou térmica.
É um bocado irrelevante o motivo do excesso: seja a necessidade de ter térmicas a gerarem vapor, nucleares que não podem parar, umas ventoinhas que também não param se existir vento ou barragens cheias que têm de produzir senão descarregam. Ele existe (nos casos que temos falado) por um conjunto de factores e com várias causas possíveis e não exclusivamente pelas eólicas.
Em termos de resultado final para o consumidor, isso representa o quê no caso da Dinamarca? (Eu acredito que seja de facto mais caro, mas quero é "ver" o porque - ou seja, quero perceber porque razão, a electricidade na Dinamarca é a mais cara devido às ventoinhas)
Cumprimentos,
Elgenedy
BMCarmona Escreveu:1. A cogeração calor-electricidade das centrais termoeléctricas dinamarquesas (na finlândia também são assim) é uma forma eficiente de gerar aquecimento em países frios. A produção eléctrica dinamarquesa em centrais termoeléctricas é comercialmente interessante por isso. Mas é verdade que isso choca com a flexibilidade destas variarem a produção para compensar variações de eólica.
Exactamente. E daí referir que provavelmente para os Dinamarqueses a solução pode não ser a melhor. Mas é uma especificidade desses países (que a meu ver até é bastante interessante). Não um "defeito" da eólica.
BMCarmona Escreveu: mas a questão fundamental é que a energia eólica é imprevisível e por isso não existe possibilidade de gerir a produção antecipadamente.
Sem dúvida, e na minha opinião este é o maior defeito da eólica.
BMCarmona Escreveu:2. É verdade que se OPTA por vender energia nuclear barata na Alemanha ou França devido à impossibilidade de desligar as centrais. Mas as centrais nucleares vendem a energia ao preço spot, é um problema delas. Ao passo que a energia eólica é exportada POR EXCESSO DE OFERTA.
Como dizes e muito bem, existe essa "impossibilidade" (ou a possibilidade existe, mas não é economicamente rentável), por isso não é bem uma opção

A questão é precisamente a do excesso de oferta: a oferta é tão grande que faz os preços descerem para valores negativos. Seja produção eólica, nuclear hídrica ou térmica.
É um bocado irrelevante o motivo do excesso: seja a necessidade de ter térmicas a gerarem vapor, nucleares que não podem parar, umas ventoinhas que também não param se existir vento ou barragens cheias que têm de produzir senão descarregam. Ele existe (nos casos que temos falado) por um conjunto de factores e com várias causas possíveis e não exclusivamente pelas eólicas.
BMCarmona Escreveu:3. O sobrecusto da eólica é escamoteado em parcelas do preço que em Portugal têm as siglas CIEG e CMEC. Na Dinamarca terá outros nomes. Embora o preço spot médio em Portugal ande pelos €46/MWh as eólicas recebem entre 75 e 95. Mas o preço médio de venda da energia eólica acaba por ficar abaixo da média porque a eólica produz mais de noite do que de dia.
Em termos de resultado final para o consumidor, isso representa o quê no caso da Dinamarca? (Eu acredito que seja de facto mais caro, mas quero é "ver" o porque - ou seja, quero perceber porque razão, a electricidade na Dinamarca é a mais cara devido às ventoinhas)
Cumprimentos,
Elgenedy
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Elgenedy,
Tenciono desenvolver mais alguns temas que colocas mas para já:
1. A cogeração calor-electricidade das centrais termoeléctricas dinamarquesas (na finlândia também são assim) é uma forma eficiente de gerar aquecimento em países frios. A produção eléctrica dinamarquesa em centrais termoeléctricas é comercialmente interessante por isso. Mas é verdade que isso choca com a flexibilidade destas variarem a produção para compensar variações de eólica. Existe a possibilidade de passar a gerar de vapor com bombas de calor eléctricas para consumir eólica mas coloca-se sempre as questões de a que preço e de que é preciso armazenar esse vapor pois as bombas só funcionam quando há vento. mas a questão fundamental é que a energia eólica é imprevisível e por isso não existe possibilidade de gerir a produção antecipadamente.
2. É verdade que se OPTA por vender energia nuclear barata na Alemanha ou França devido à impossibilidade de desligar as centrais. Mas as centrais nucleares vendem a energia ao preço spot, é um problema delas. Ao passo que a energia eólica é exportada POR EXCESSO DE OFERTA. E para as eólicas dinamarquesas e portuguesas (e em todo o mundo) não importa o preço spot, os produtores recebem em Portugal entre €75 e €95 por MWh produzido. E como, tanto lá como cá, a energia eólica está à frente na prioridade de fornecimento é fácil de ver que é um negócio garantido para os donos de parques.
3. O sobrecusto da eólica é escamoteado em parcelas do preço que em Portugal têm as siglas CIEG e CMEC. Na Dinamarca terá outros nomes. Embora o preço spot médio em Portugal ande pelos €46/MWh as eólicas recebem entre 75 e 95. Mas o preço médio de venda da energia eólica acaba por ficar abaixo da média porque a eólica produz mais de noite do que de dia.
Edit:
Na primeira página deste tópico coloquei um gráfico dos CIEG e outro do fluxo import-export entre Portugal e Espanha num dia comum.
Tenciono desenvolver mais alguns temas que colocas mas para já:
1. A cogeração calor-electricidade das centrais termoeléctricas dinamarquesas (na finlândia também são assim) é uma forma eficiente de gerar aquecimento em países frios. A produção eléctrica dinamarquesa em centrais termoeléctricas é comercialmente interessante por isso. Mas é verdade que isso choca com a flexibilidade destas variarem a produção para compensar variações de eólica. Existe a possibilidade de passar a gerar de vapor com bombas de calor eléctricas para consumir eólica mas coloca-se sempre as questões de a que preço e de que é preciso armazenar esse vapor pois as bombas só funcionam quando há vento. mas a questão fundamental é que a energia eólica é imprevisível e por isso não existe possibilidade de gerir a produção antecipadamente.
2. É verdade que se OPTA por vender energia nuclear barata na Alemanha ou França devido à impossibilidade de desligar as centrais. Mas as centrais nucleares vendem a energia ao preço spot, é um problema delas. Ao passo que a energia eólica é exportada POR EXCESSO DE OFERTA. E para as eólicas dinamarquesas e portuguesas (e em todo o mundo) não importa o preço spot, os produtores recebem em Portugal entre €75 e €95 por MWh produzido. E como, tanto lá como cá, a energia eólica está à frente na prioridade de fornecimento é fácil de ver que é um negócio garantido para os donos de parques.
3. O sobrecusto da eólica é escamoteado em parcelas do preço que em Portugal têm as siglas CIEG e CMEC. Na Dinamarca terá outros nomes. Embora o preço spot médio em Portugal ande pelos €46/MWh as eólicas recebem entre 75 e 95. Mas o preço médio de venda da energia eólica acaba por ficar abaixo da média porque a eólica produz mais de noite do que de dia.
Edit:
Na primeira página deste tópico coloquei um gráfico dos CIEG e outro do fluxo import-export entre Portugal e Espanha num dia comum.
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Ola BMCarmona
Antes de mais queria só deixar alguns avisos à priori:
Não quero com este post entrar numa discussão sobre se a energia eólica é boa ou má
Nem tão pouco defender ou atacar a nuclear
Nem sequer entrar na discussão de qual ou quais as melhores formas (e economicamente mais favoráveis) de produzir electricidade.
Dito isto, queria apenas deixar-te alguns reparos sobre o teu post:
Referes que na Dinamarca há um execesso de produção, com muita culpa das ventoinhas, sobretudo no Inverno. Mas referes também que as termoeléctricas têm de se manter em funcionamento para fornecimento de vapor.
Ou seja, tens aqui uma situação onde não podes comparar com a nossa realidade. Nem tão pouco podes dizer que a eólica é "má". Tens uma condicionante específica, que obriga as termoeléctricas a funcionarem. E esse funcionamento tem um "output" em termos de MW/h. Num país como o nosso, onde esse vapor não é necessário, se tiveres as ventoínhas todas, podes reduzir a produção térmica, não obrigando à existência desse excesso.
Se calhar *para os Dinamarqueses*, que precisam de ter as suas térmicas sempre ligadas e a produzirem, a escolha de eólica não é das mais favoráveis. Mas isso não te permite generalizar.
(não quero com isto dizer que para nós a eólica é uma boa ou má escolha)
Referes que por vezes, na Dinamarca existem preços de mercados inferiores a zero, devido ao excesso de produção das ventoinhas.
Mas atenção, isto não acontece *devido* à eólica. Tens o exemplo da Alemanha, com várias nucleares instaladas, que tem preços negativos há anos. Literalmente, és produtor e vais a mercado pagar para alguem ficar com a energia que tu produzes. E porque? Porque uma central nuclear, por exemplo, não tem a capacidade de oscilar a torto e a direito, e entrar ou sair da rede "on demmand". Como tal, tem de ficar "online" e a produzir, independentemente do preço de mercado. Isto faz com que tenhas períodos com grande excesso de produção e os preços venham negativos. Passando para a Dinamarca, não é pelo facto de eles terem eólicas que os preços aparecem negativos, mas sim por um conjunto de factores que lhes dá excesso de produção.
Aqui podes sempre imaginar que, sem a existência de ventoinhas, se por qualquer razão, as necessidades de vapor gerarem um excesso de produção idêntico, irias ter os mesmos preços negativos, mas com electricidade produzida a partir de um combustível.
Referes ainda que a Dinamarca tem a electricidade mais cara do mundo
Mas também referes que o preço médio spot é cerca de 40€ MW/h, que anda na mesma casa da peninsula ibérica. Aqui pedia-te mais dados sobre essa afirmação, porque posso eu ter percebido alguma coisa mal...
Cumprimentos,
Elgenedy
Antes de mais queria só deixar alguns avisos à priori:
Não quero com este post entrar numa discussão sobre se a energia eólica é boa ou má
Nem tão pouco defender ou atacar a nuclear
Nem sequer entrar na discussão de qual ou quais as melhores formas (e economicamente mais favoráveis) de produzir electricidade.
Dito isto, queria apenas deixar-te alguns reparos sobre o teu post:

Ou seja, tens aqui uma situação onde não podes comparar com a nossa realidade. Nem tão pouco podes dizer que a eólica é "má". Tens uma condicionante específica, que obriga as termoeléctricas a funcionarem. E esse funcionamento tem um "output" em termos de MW/h. Num país como o nosso, onde esse vapor não é necessário, se tiveres as ventoínhas todas, podes reduzir a produção térmica, não obrigando à existência desse excesso.
Se calhar *para os Dinamarqueses*, que precisam de ter as suas térmicas sempre ligadas e a produzirem, a escolha de eólica não é das mais favoráveis. Mas isso não te permite generalizar.
(não quero com isto dizer que para nós a eólica é uma boa ou má escolha)

Mas atenção, isto não acontece *devido* à eólica. Tens o exemplo da Alemanha, com várias nucleares instaladas, que tem preços negativos há anos. Literalmente, és produtor e vais a mercado pagar para alguem ficar com a energia que tu produzes. E porque? Porque uma central nuclear, por exemplo, não tem a capacidade de oscilar a torto e a direito, e entrar ou sair da rede "on demmand". Como tal, tem de ficar "online" e a produzir, independentemente do preço de mercado. Isto faz com que tenhas períodos com grande excesso de produção e os preços venham negativos. Passando para a Dinamarca, não é pelo facto de eles terem eólicas que os preços aparecem negativos, mas sim por um conjunto de factores que lhes dá excesso de produção.
Aqui podes sempre imaginar que, sem a existência de ventoinhas, se por qualquer razão, as necessidades de vapor gerarem um excesso de produção idêntico, irias ter os mesmos preços negativos, mas com electricidade produzida a partir de um combustível.

Mas também referes que o preço médio spot é cerca de 40€ MW/h, que anda na mesma casa da peninsula ibérica. Aqui pedia-te mais dados sobre essa afirmação, porque posso eu ter percebido alguma coisa mal...
Cumprimentos,
Elgenedy
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Escrevi este post sobre as nefastas consequências económicas sofridas pela Dinamarca em ter tanta energia eólica sem que daí resultem vantagens ambientais.
Fiz o paralelismo com Portugal que caminha para uma situação igualmente insustentável.
http://luzligada.blogspot.com/2011/07/p ... rques.html
Fiz o paralelismo com Portugal que caminha para uma situação igualmente insustentável.
http://luzligada.blogspot.com/2011/07/p ... rques.html
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Já agora, acho que vale a pena olhar para este PDF:
http://www.eia.doe.gov/oiaf/servicerpt/ ... xecsum.pdf
A fonte é a EIA e estão sumarizados no primeiro quadro os Subsídios atribuidos em 2007 e em 1999 por fonte/combustível de Energia.
Surpreendentemente, até o Carvão recebe uma fatia enorme de subsídios!
Mais à frente, existe um outro quadro que apresenta o financiamento por unidade de energia produzida.
Nesse último quadro pode ver-se que a subsidiação da Nuclear se situa nos 1.59 dolares por MWh, ligeiramente abaixo da média de $1.65/MWh.
http://www.eia.doe.gov/oiaf/servicerpt/ ... xecsum.pdf
A fonte é a EIA e estão sumarizados no primeiro quadro os Subsídios atribuidos em 2007 e em 1999 por fonte/combustível de Energia.
Surpreendentemente, até o Carvão recebe uma fatia enorme de subsídios!
Mais à frente, existe um outro quadro que apresenta o financiamento por unidade de energia produzida.
Nesse último quadro pode ver-se que a subsidiação da Nuclear se situa nos 1.59 dolares por MWh, ligeiramente abaixo da média de $1.65/MWh.
FLOP - Fundamental Laws Of Profit
1. Mais vale perder um ganho que ganhar uma perda, a menos que se cumpra a Segunda Lei.
2. A expectativa de ganho deve superar a expectativa de perda, onde a expectativa mede a
__.amplitude média do ganho/perda contra a respectiva probabilidade.
3. A Primeira Lei não é mesmo necessária mas com Três Leis isto fica definitivamente mais giro.
Elias Escreveu:Marco,
Quando escreves que os subsídios não entram nos cálculos, isso quer dizer que os valores apresentados são os custos reais?
Sim, Elias.
FLOP - Fundamental Laws Of Profit
1. Mais vale perder um ganho que ganhar uma perda, a menos que se cumpra a Segunda Lei.
2. A expectativa de ganho deve superar a expectativa de perda, onde a expectativa mede a
__.amplitude média do ganho/perda contra a respectiva probabilidade.
3. A Primeira Lei não é mesmo necessária mas com Três Leis isto fica definitivamente mais giro.
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