O corte das pensões e REformas acima de 1500 Euros
Visto que não há dinheiro, eu acho que as reformas deviam limitar-se a um tecto de 2.500 Euros.
Embora eu reconheça que estes reformados não têem a culpa que o ministro da Segurança Social tenha resolvido gastar o dinheiro em Rendimentos Mínimos e a fazer negócios nebulosos com a ESTAMO e a CGD e nunca tenha tido tempo(ou conhecimentos)para fazer contas.
A verdade é que o dinheiro sumiu e agora se estes reformados estão descontentes têem solução que é agir júridicamente sobre o ex-ministro Vieira da Silva. Ele que se explique!
Estar a pedir dinheiro a 7, 8 ou 9% para pagar pensões milionárias é que não pode ser nada!
Eu lembro de ter existido uma empresa aqui na capital que tinha um negócio espectacular, era mesmo um "negócio da china". Todos os dias entrava dinheiro a rodos em cheques de baixo valor e um dia a empresa faliu, porque os administradores gastavam o dinheiro como se fosse todo deles! O problema da Segurança Social é semelhante pois tudo o que entra para eles é dinheiro ganho!
Abraço mfsr1980
Embora eu reconheça que estes reformados não têem a culpa que o ministro da Segurança Social tenha resolvido gastar o dinheiro em Rendimentos Mínimos e a fazer negócios nebulosos com a ESTAMO e a CGD e nunca tenha tido tempo(ou conhecimentos)para fazer contas.
A verdade é que o dinheiro sumiu e agora se estes reformados estão descontentes têem solução que é agir júridicamente sobre o ex-ministro Vieira da Silva. Ele que se explique!
Estar a pedir dinheiro a 7, 8 ou 9% para pagar pensões milionárias é que não pode ser nada!
Eu lembro de ter existido uma empresa aqui na capital que tinha um negócio espectacular, era mesmo um "negócio da china". Todos os dias entrava dinheiro a rodos em cheques de baixo valor e um dia a empresa faliu, porque os administradores gastavam o dinheiro como se fosse todo deles! O problema da Segurança Social é semelhante pois tudo o que entra para eles é dinheiro ganho!
Abraço mfsr1980
Editado pela última vez por mfsr1980 em 2/7/2011 20:30, num total de 1 vez.
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Eu acho que a idade da reforma devia manter-se, e as reformas mais elevadas baixarem de valor.
Que me interesa a mim pensar que vou ter uma grande reforma se depois não tenho grande tempo para a gozar!?
Que me interesa a mim pensar que vou ter uma grande reforma se depois não tenho grande tempo para a gozar!?
"A incerteza dos acontecimentos,é sempre mais difícil de suportar do que o próprio acontecimento" Jean-Baptista Massilion.
"Só sabemos com exactidão quando sabemos pouco; à medida que vamos adquirindo conhecimentos, instala-se a dúvida"Johann Goethe
"Só sabemos com exactidão quando sabemos pouco; à medida que vamos adquirindo conhecimentos, instala-se a dúvida"Johann Goethe
Vamos lá ser demagógicos Zeb_PT
O salário mínimo em Portugal é 475€
O salário médio em portugal é 894€
Tendo em conta estes números, faz sentido que uma pessoa receba mais de 5000€ de salário, o equivalente a mais de 10 salários mínimos?
oscar
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Ai, um reformado!
www.selfcontrolfreak.com/slaan.html
O salário médio em portugal é 894€
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Eu respondo!
"-Tendo em conta os números apresentados em todas estas notícias, alguém acha que não é essencial:
- um tecto de reformas?
- um aumento da idade da reforma?
- uma muito maior transparência da segurança social?"
a resposta às 3 questões é não, para quem está a beneficiar do sistema atirando tudo para cima das actuais gerações no activo e para os jovens que vão entar no mercado de trabalho!
Obviamente que uma análise séria e descomprometida do problema, dá como resposta sim, às 3 questões.
- um tecto de reformas?
- um aumento da idade da reforma?
- uma muito maior transparência da segurança social?"
a resposta às 3 questões é não, para quem está a beneficiar do sistema atirando tudo para cima das actuais gerações no activo e para os jovens que vão entar no mercado de trabalho!
Obviamente que uma análise séria e descomprometida do problema, dá como resposta sim, às 3 questões.
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Fala-se muito nas reformas de quem trabalhou... e esqurcrm as reformas de quem não trabalhou!!!!
Estou a referir-me ao regime não contributivo, mas, sobretudo à pensão de sobrevivência quando o "sobrevivente" ainda é activo.
Confuso? dou um exemplo real:
Um casal, com idade entre os 55 e os 60 anos, têm a mesma profissão e um ordenado de cerca de 3.000€.
O marido morreu de doença e a esposa ficou a ganhar o seu ordenado mais a reforma do marido (não tem filhos menores).
Será esta situação mais justa do que a do trabalhador que se reformou com a idade legal e ganha 3.000€? A mim parece-me tão aberrante como aquelas situações em que um individuo ganha mais do que uma reforma.
PS: sou trabalhador da FP, e concordo com um tecto de valor (bastante) inferior ao que aqui foi referido, desde que o estado assegurasse (efectivamente) as despesas com a saude. Também sei que esse tecto só terá significado para as actuais reformas, pois, com as novas regras, as futuras reformas nem se vão aproximar desse valor.
Um abraço
Estou a referir-me ao regime não contributivo, mas, sobretudo à pensão de sobrevivência quando o "sobrevivente" ainda é activo.
Confuso? dou um exemplo real:
Um casal, com idade entre os 55 e os 60 anos, têm a mesma profissão e um ordenado de cerca de 3.000€.
O marido morreu de doença e a esposa ficou a ganhar o seu ordenado mais a reforma do marido (não tem filhos menores).
Será esta situação mais justa do que a do trabalhador que se reformou com a idade legal e ganha 3.000€? A mim parece-me tão aberrante como aquelas situações em que um individuo ganha mais do que uma reforma.
PS: sou trabalhador da FP, e concordo com um tecto de valor (bastante) inferior ao que aqui foi referido, desde que o estado assegurasse (efectivamente) as despesas com a saude. Também sei que esse tecto só terá significado para as actuais reformas, pois, com as novas regras, as futuras reformas nem se vão aproximar desse valor.
Um abraço
A bolsa é um mundo cheio de oportunidades...
... de perder dinheiro
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Re: 24 a pagar 2
Algumas perguntas:
<b>24 pessoas a ganhar 2000€ brutos para pagar a reforma de 2 pessoaa? É sustentavel?</b>
<b>Tendo em conta estes números, faz sentido que uma pessoa receba mais de 5000€ de reforma, o equivalente a mais de 12 reformas médias?
Como é que alguem pode dizer que uma familia com mais de 2200€+5000€=7700€ tem custos de saude elevados quando as <u>familas medias portuguesas de reformados</u> vivem com 800€?
Será que vale a pena falar de 1/3 dos reformados com mais do que uma pensão?</b>
E para acabar uma notícia do expresso com dados:
http://aeiou.expresso.pt/subida-da-idad ... el=f649519
<b>-Tendo em conta os números apresentados em todas estas notícias, alguém acha que não é essencial:
- um tecto de reformas?
- um aumento da idade da reforma?
- uma muito maior transparência da segurança social?</b>
Axman Escreveu:Os meus Pais estão os dois nessa situação. O meu pai, do sector privado, tem uma reforma bem acima dos 5.000€. A minha mãe, FP, fica ligeiramente acima dos 2.700€. Estou a falar de valores brutos, claro.
A nível de compromissos financeiros assumidos, 70 a 80% do rendimento esfuma-se. Se lhe retirassem os valores de que aqui falam, quem assumiria esses encargos?
C.N. Escreveu:Ola,
Os 7.700 euros sao pagos por quem trabalha a altura de mais ou menos 16%* do salario bruto. Podemos entao dizer que os salarios dos teus Pais (2) sao pagos por 24 pessoas a ganhar 2.000 euros brutos.
<b>24 pessoas a ganhar 2000€ brutos para pagar a reforma de 2 pessoaa? É sustentavel?</b>
Axman Escreveu:Acho que já percebeste que o problema: o Estado não pode fugir das responsabilidades assumidas.
1,5 milhões de reformas abaixo do salário mínimo
26 Abril 2011
Reformas de 4000 euros aumentaram 400% em 10 anos
21 Maio 2011
A pensão média em Portugal é actualmente apenas de 404,61€
2008
Um em três reformados tem mais que uma pensão
Agosto de 2007
<b>Tendo em conta estes números, faz sentido que uma pessoa receba mais de 5000€ de reforma, o equivalente a mais de 12 reformas médias?
Como é que alguem pode dizer que uma familia com mais de 2200€+5000€=7700€ tem custos de saude elevados quando as <u>familas medias portuguesas de reformados</u> vivem com 800€?
Será que vale a pena falar de 1/3 dos reformados com mais do que uma pensão?</b>
E para acabar uma notícia do expresso com dados:
http://aeiou.expresso.pt/subida-da-idad ... el=f649519
Subida da idade da reforma será inevitável
Fernando Ribeiro Mendes, professor do ISEG e ex-secretário de Estado da Segurança Social, acredita que não há alternativa a subir a idade da reforma para os 67 anos.
Em 1960 havia 120 mil pensionistas em Portugal. Hoje, são 3,42 milhões, ou seja, 50 vezes mais. Contudo, o número de contribuintes ativos aumentou apenas quatro vezes, para 5,8 milhões.
Este foi o ponto de partida de Fernando Ribeiro Mendes, professor do ISEG e ex-secretário de Estado da Segurança Social, para escrever "Segurança Social, o futuro hipotecado", um ensaio publicado pela Fundação Francisco Manuel dos Santos. "Temo que as gerações que receberão o legado do sistema social e político que criámos não o aceitem".
O equilíbrio entre gerações é uma das principais preocupações de Fernando Ribeiro Mendes.
A outra é a sustentabilidade de longo prazo do sistema. Até porque as reformas já efetuadas "travaram significativamente a derrapagem que era visível, mas não foram suficientes, porque o pressuposto das projeções em termos de emprego é muito favorável face à realidade", alerta.
A previsão para a taxa de desemprego de longo prazo em Portugal, inscrita nos relatórios de sustentabilidade da Segurança Social, é de 5,5%. Hoje, está nos 11,2%. Mais: está acima dos 10% há ano emeio. "Se tivermos durante cinco ou seis anos crescimento económico muito reduzido, pontuado por recessões, e com desemprego elevado, o impacto na sustentabilidade de longo prazo do sistema será considerável.
Não creio que possamos antecipar boas notícias", salienta Ribeiro Mendes, para quem a conclusão é inevitável: "É necessário mexer nos benefícios".
A começar pela idade da reforma. "Não vejo alternativa a subi-la para os 67 anos". A introdução do fator de sustentabilidade, associado ao aumento da longevidade, "não é suficiente".
"A produtividade não está a compensar a demografia, criando uma situação de insustentabilidade a longo prazo"
Em menos de três décadas o número de pensionistas em Portugal por cada dez pessoas ativas passou de quatro para seis. Hoje, por cada pensionista contam-se apenas 1,7 ativos. O número de idosos está a aumentar, na sequência do aumento da esperança média de vida, e a proporção de jovens na população é cada vez menor, fruto da forte redução da descendência média por mulher em idade fértil (15 aos 49 anos).
Entre 1970 e 2007 passou de 3,01 para 1,33, um dos valores mais baixos da Europa.(proporção de jovens na população)[/b) O envelhecimento populacional é uma realidade em Portugal, "o que pesa muito sobre a sustentabilidade do sistema de Segurança Social", aponta Fernando Ribeiro Mendes. "É uma variável muito importante, mas se menos pessoas tiverem uma produtividade elevada e em crescendo, isso compensa a questão demográfica."
O problema é que "estamos a patinar há muitos anos em termos de crescimento da produtividade". [b]Entre 2000 e 2010 a produtividade do trabalho na economia portuguesa cresceu a uma taxa média anual de 0,91% e o reverso desse incremento foi a forte subida do desemprego, que passou de 4%, em 2000, para 10,8%, em 2010. A economia portuguesa está profundamente terciarizada e, apesar de haver áreas dos serviços com elevado valor acrescentado, onde a produtividade é mais alta, ela tende a ser, em média, inferior ao que se verifica na indústria.
Além disso, "uma população ativa a envelhecer não favorece o aumento da produtividade, porque as pessoas mais velhas tendem a ser mais resistentes à mudança tecnológica". Por isso, "não me parece que haja razões para grande otimismo para o futuro nesta matéria", considera Fernando Ribeiro Mendes.
O PROBLEMA
- 3,42 milhões é o número atual de pensionistas em Portugal, considerando a Segurança Social e a Caixa Geral de Aposentações, 50 vezes mais do que em 1960
- 1,7 é o número de trabalhadores por cada reformado hoje em Portugal
- 14% era a parcela do PIB que Portugal estava a consagrar anualmente antes da crise financeira, às pensões, cuidados de saúde e cuidados continuados para reformados.
- Com a subida da taxa de desemprego de longo prazo sustentar este valor torna-se mais complicado
"As pensões deixarão de ser um direito adquirido"
Há ajustamentos possíveis para procurar garantir a sustentabilidade do sistema de Segurança Social, mantendo o atual modelo de pensões, mas Fernando Ribeiro Mendes defende que se vá mais longe. "Considero preferível encarar uma partilha diferente dos problemas da economia entre ativos e idosos reformados. A minha convicção é de que as pensões deixarão de ser um direito adquirido. Aliás, hoje já não o são totalmente."
Dois exemplos disso são a alteração da forma de cálculo da pensão, aplicada a pessoas já próximas da idade da reforma; e a fórmula de indexação para a atualização anual das pensões, que considera o comportamento do PIB e não apenas a inflação.
Agora, Fernando Ribeiro Mendes coloca a hipótese de "introduzir um fator de ajustamento do próprio valor nominal da pensão, baseado na avaliação permanente da sustentabilidade de longo prazo do sistema". A partir de projeções anuais dos encargos futuros da Segurança Social e da capacidade desta gerar receitas, dentro dos parâmetros em vigor, "o valor nominal das pensões seria ajustado, para estabilizar o desequilíbrio de longo prazo".
Na prática, "isto significa a introdução de um fator de reequilíbrio entre contribuições e despesas, gerando uma redução do valor nominal das pensões que estão a ser recebidas", sintetiza Fernando Ribeiro Mendes.
"Isto terá de ser feito com uma grande preocupação de justiça social, ou seja, terá de incidir de forma diferente conforme o nível da pensão." E remata: "O direito à pensão e a uma vida digna na terceira idade será com certeza mantido. Mas, a concretização desse direito genérico, que hoje vemos como uma pensão garantida com base na carreira contributiva, é cada vez menos intocável. Isso já é claro hoje. E a tendência não será favorável aos direitos adquiridos."
"O modelo sueco combina vantagens de um sistema de capitalização com as do sistema de repartição"
Portugal não deve mudar de sistema de um dia para o outro, considera Fernando Ribeiro Mendes, mas "vale a pena estudar e adaptar o que outros fizeram e está a correr bem". É o caso da Suécia, que "tem a virtude de combinar as vantagens de um sistema de capitalização com as vantagens do sistema de repartição". O pilar deste modelo é a capitalização virtual: cada pessoa tem uma conta individual e forma direitos próprios, com base no esforço contributivo, que vão sendo valorizados a uma taxa anual teórica que traduz a evolução demográfica e a marcha da economia. "É o aspeto positivo de um sistema de capitalização: ajusta automaticamente o que a pessoa recebe no futuro.
Mais se a economia funcionar melhor e menos se funcionar pior." O modelo sueco "combina o ajustamento automático da pensão ao comportamento da economia, sem o risco financeiro extremo associado aos mercados financeiros". Quando se atinge a idade da reforma, que na Suécia é variável e se situa entre os 65 e os 67 anos, cada pessoa tem um capital acumulado que, convertido numa renda vitalícia, dá um determinado rendimento mensal. "Este ajustamento automático da expectativa de pensão futura também permite que, na fase ativa, cada pessoa tome as suas opções de poupança, se o puder fazer", acrescenta Ribeiro Mendes.
E aponta mais uma vantagem do modelo: "Em Portugal há um clima muito resignado porque a maioria dos cidadãos compreendeu que não pode esperar muito do sistema de pensões.
O sistema sueco é pró-ativo. As pessoas sabem que um melhor comportamento da economia, resultante do seu esforço produtivo, vai alimentar mais as suas reformas no futuro."
<b>-Tendo em conta os números apresentados em todas estas notícias, alguém acha que não é essencial:
- um tecto de reformas?
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Para muito errar e muito mais aprender!
"who loses best will win in the end!" - Phantom of the Pits
Nota: As análises apresentadas constituem artigos de opinião do autor, não devendo ser entendidos como recomendações de compra e venda ou aconselhamento financeiro.
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Re: "Reforma" deveria chamar-se Salario na reforma
C.N. Escreveu:"não se mudam as regras a meio do jogo"
A minha geracao esta finalmente a interessar-se. E nao creio que em defender um tecto maximo seja imoral ou injusto. O que e imoral e injusto e estar sem trabalhar a receber um salario de mais de 2.500 euros 14 meses por ano pago por quem trabalha.
CN
Não vejo que as novas e menos novas gerações estejam a interessar-se e muito menos preocupar-se com isto e receio pelos graves problemas sociais que teremos daqui a uns anos quando a bomba lhes rebentar nas mãos. Não esqueças que aquilo a que chamo novas ou menos novas gerações não são as que frequentam o Caldeirão ou sabem quem foi Ponzi.
Além disso estou com problemas em situar no tempo e nas circunstâncias a afirmação "é imoral e injusto estar sem trabalhar a receber um salario". Sem mais nada, se eu disser que é imoral alguém receber sem trabalhar todos concordam (e há tantos assim mas com emprego). Mas se acrescentar que tem 80 anos, se calhar já nem todos ou se disser que tem 70 e uma doença degenerativa tipica da idade, muitos menos. Como o diabo está nos detalhes, o problema começa a ser portanto a definição das circunstâncias em que sim e em que não e quais os valores.
Agora se me disseres que não há dinheiro e portanto não há vícios... então vamos a isso mas de maneira a tocar a todos. Por isso é que concordo com a medida do IRS extraordinário sobre todos os rendimentos englobados e eu acrescentava também os não englobados para que a medida fosse ainda mais justa.
É muito redutora a dicotomia entre os Bons, os que estão na vida activa na privada e os MAUS, esse parasitas dos funcionários públicos e dos reformados (e acho que aqueles que acham que a pensão de reforma é um subsídio já o deviam ter dito aqui hoje) que devem sofrer todos os cortes, como se para o bem ou para o mal essas pessoas não tivessem contribuído como todos os outros para aquilo que somos hoje.
oscar
disclaimer: sou reformado da privada com mais de 1.500€
Editado pela última vez por oscar.coelho em 2/7/2011 15:56, num total de 1 vez.
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Pior cego e o que nao quer ver
axman Escreveu:Estás preparado para enganar os teus pais? Têm, nomeadamente, despesas de saúde elevadas.
Ola Axman,
Julgo que nao sabes como o sistema de reformas que temos funciona. Um exemplo de um pais muito pequenino:




Uma tragedia acontece e metade dos trabalhadores morre num acidente. Agora so ha 35 trabalhadores a pagar 20. Os 20 dizem que nao ha nada a mudar, que a tragedia nao e prolema deles, os 35 que paguem as reformas. Quem e que esta a enganar quem?
A situacao actual dos paises que usam o sistema de Earnings-related nao foi causada por uma tragedia rapida e fulminante como no exemplo acima. Aconteceu nas ultimas quatro decadas com o aumento da esperanca de vida e a reducao da natalidade. Aconteceu DURANTE a vida de trabalho dos teus pais e dos meus. Mas eles nao quiseram saber se o sistema era sustentavel ou nao... o que queriam era chegar ao fim da carreira a ganhar o mais possivel para terem a reforma mais alta possivel. Que se lixe quem tem de a pagar. Quem e que esta a enganar quem?
Em relacao as despesas de saude elevadas dos teus Pais, era bom saber se isso corresponde aos tais 70 ou 80% que mencionaste, e se vao ser afectados se virem a reforma/salario ser reduzido para 5.000 euros.
CN
PS - E bom lembrar que o que defendo e um tecto salarial nas reformas de 2.500 euros mes brutos 14 meses por ano, e uma reforma so.
Earnings-related pensions
oscar.coelho Escreveu:...eu disse "não se mudam as regras no fim do jogo"
Ola Oscar,
Eu sei que foi isso que disseste. Mas o "jogo", como lhe chamas, nao tem fim e por isso escrevi a meio. Quanto a ser assim ou nao julgo que te referes ao facto de que antes eram muitos a pagar a reforma/salario de poucos mas agora ja nao. E um facto, nao uma suposicao. De Portugal nao tenho numeros mas em Franca e assim para todas as ajudas sociais (desemprego, reforma, etc.):


Ou seja, nao estamos a falar do futuro mas do presente. E um problema real. Os salarios dos reformados custam mais dinheiro aos trabalhadores do presente (le o meu post anterior) do que aos trabalhadores do passado. Podes fazer uma pesquisa por "dependency ratio" e por "earnings-related pension systems".
Abraco
CN
24 a pagar 2
Ola,
Os 7.700 euros sao pagos por quem trabalha a altura de mais ou menos 16%* do salario bruto. Podemos entao dizer que os salarios dos teus Pais (2) sao pagos por 24 pessoas a ganhar 2.000 euros brutos.
Que "compromissos financeiros" sao esses que custam 70% ou 80% de 7.700 euros? Perguntam os 24 que tambem tem compromissos financeiros.
CN
* ISSA, Setembro 2008.
Os 7.700 euros sao pagos por quem trabalha a altura de mais ou menos 16%* do salario bruto. Podemos entao dizer que os salarios dos teus Pais (2) sao pagos por 24 pessoas a ganhar 2.000 euros brutos.
Que "compromissos financeiros" sao esses que custam 70% ou 80% de 7.700 euros? Perguntam os 24 que tambem tem compromissos financeiros.
CN
* ISSA, Setembro 2008.
Re: "Reforma" deveria chamar-se Salario na reforma
C.N. Escreveu:"não se mudam as regras a meio do jogo"
Tu pagaste com mais 3 ou 4 o salario de um reformado.
CN
Engano!
Primeiro eu disse "não se mudam as regras no fim do jogo"
Depois, pode ser assim ou não. Ao nível a que estiveram as reformas há umas décadas atrás, paguei 1, 2 ou 3. Ninguém sabe o que se vai passar daqui a 30 ou 40 anos, portanto qualquer comparação é abusiva, além de que não vou usar o termo salário porque salário é a remuneração por trabalho prestado.
Um abraço
oscar
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Re: "Reforma" deveria chamar-se Salario na reforma
C.N. Escreveu:"não se mudam as regras a meio do jogo"
Ola Oscar,
A regra de base nao muda: quem trabalha paga um salario aos que estao na reforma. Como disse acima, a minha irma, irmao e eu (somos 3) pagamos a reforma dos meus pais (2). Estou de acordo com a regra e penso que a maioria de nos tambem esta.
Tu pagaste com mais 3 ou 4 o salario de um reformado. Hoje quem paga o teu salario na reforma sou eu e mais 1 ou 2. Como tal o salario na reforma tera de ser adaptado a situacao actual. As pessoas que te pagam estao propor que o mesmo deveria ter um tecto maximo. Parece-me justo, razoavel, e muito generoso se for feito a 2.500 euros 14 meses.
A tua geracao nunca se interessou em perceber como e que o sistema funcionava - as tais "regras do jogo" - nem se era justo que nao houvesse limite maximo ou que fosse possivel acumular varios salarios/reformas. O comentario "deviam ter-me avisado a tempo para actuar em conformidade" revela isso mesmo. A espera de Godot.
A minha geracao esta finalmente a interessar-se. E nao creio que em defender um tecto maximo seja imoral ou injusto. O que e imoral e injusto e estar sem trabalhar a receber um salario de mais de 2.500 euros 14 meses por ano pago por quem trabalha.
CN
Os meus Pais estão os dois nessa situação. O meu pai, do sector privado, tem uma reforma bem acima dos 5.000€. A minha mãe, FP, fica ligeiramente acima dos 2.700€. Estou a falar de valores brutos, claro.
A nível de compromissos financeiros assumidos, 70 a 80% do rendimento esfuma-se. Se lhe retirassem os valores de que aqui falam, quem assumiria esses encargos?
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"Reforma" deveria chamar-se Salario na reforma
"não se mudam as regras a meio do jogo"
Ola Oscar,
A regra de base nao muda: quem trabalha paga um salario aos que estao na reforma. Como disse acima, a minha irma, irmao e eu (somos 3) pagamos a reforma dos meus pais (2). Estou de acordo com a regra e penso que a maioria de nos tambem esta.
Tu pagaste com mais 3 ou 4 o salario de um reformado. Hoje quem paga o teu salario na reforma sou eu e mais 1 ou 2. Como tal o salario na reforma tera de ser adaptado a situacao actual. As pessoas que te pagam estao propor que o mesmo deveria ter um tecto maximo. Parece-me justo, razoavel, e muito generoso se for feito a 2.500 euros 14 meses.
A tua geracao nunca se interessou em perceber como e que o sistema funcionava - as tais "regras do jogo" - nem se era justo que nao houvesse limite maximo ou que fosse possivel acumular varios salarios/reformas. O comentario "deviam ter-me avisado a tempo para actuar em conformidade" revela isso mesmo. A espera de Godot.
A minha geracao esta finalmente a interessar-se. E nao creio que em defender um tecto maximo seja imoral ou injusto. O que e imoral e injusto e estar sem trabalhar a receber um salario de mais de 2.500 euros 14 meses por ano pago por quem trabalha.
CN
Ola Oscar,
A regra de base nao muda: quem trabalha paga um salario aos que estao na reforma. Como disse acima, a minha irma, irmao e eu (somos 3) pagamos a reforma dos meus pais (2). Estou de acordo com a regra e penso que a maioria de nos tambem esta.
Tu pagaste com mais 3 ou 4 o salario de um reformado. Hoje quem paga o teu salario na reforma sou eu e mais 1 ou 2. Como tal o salario na reforma tera de ser adaptado a situacao actual. As pessoas que te pagam estao propor que o mesmo deveria ter um tecto maximo. Parece-me justo, razoavel, e muito generoso se for feito a 2.500 euros 14 meses.
A tua geracao nunca se interessou em perceber como e que o sistema funcionava - as tais "regras do jogo" - nem se era justo que nao houvesse limite maximo ou que fosse possivel acumular varios salarios/reformas. O comentario "deviam ter-me avisado a tempo para actuar em conformidade" revela isso mesmo. A espera de Godot.
A minha geracao esta finalmente a interessar-se. E nao creio que em defender um tecto maximo seja imoral ou injusto. O que e imoral e injusto e estar sem trabalhar a receber um salario de mais de 2.500 euros 14 meses por ano pago por quem trabalha.
CN
Re: Cortar nas reformas??
carrancho Escreveu:oscar.coelho Escreveu:Ao longo da minha vida activa (para não usar os termos carreira contributiva que parece não ser bem aceite por alguns) paguei a reforma de algun(s) portuguese(s) que entretanto podem até já ter falecido (ou não). Estou muito satisfeito por isso.
Agora é a vez de haver alguém a pagar a minha reforma.
Se não era para ser assim então deviam ter-me avisado a tempo.
oscar
Está com sorte quem durante a sua vida só lhe cortam na reforma. A mim cortam no rendimento para pagar os reformados de agora, o que ficou por pagar dos anteriores sabendo que os futuros (eu) a ela não vão ter direito.
Está redondamente enganado.
Para estar reformado é porque já tenho idade para isso (não sou daqueles casos de reformas estranhas com poucos anos de funções como há por aí muitas e bem conhecidas). Portanto tenho idade suficiente para já ter passado por dois resgates antes deste. Também já tive a minha dose de "cortes". Não afirme sem saber.
De qualquer forma costuma-se dizer que não se mudam as regras a meio do jogo. Pois no caso dos reformados pretende-se mudar as regras no fim do jogo. Por isso reafirmo que se era para ser assim deviam ter-me avisado a tempo para actuar em conformidade.
oscar
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Re: Semantica
e-finance Escreveu:O mesmo se devia aplicar ao termo "Estado", esse termo devia ser substituído por "Contribuintes portugueses".
Dizer que o estado garante o estado paga ou o estado faz, implica dizer que os contribuintes pagam os contribuintes garantem...
Exacto e-finance. O Estado somos todos nós.
Estado é uma coisa, funcionários públicos é outra e o governo é outra.
O mesmo se devia aplicar ao termo "Estado", esse termo devia ser substituído por "Contribuintes portugueses".
Dizer que o estado garante o estado paga ou o estado faz, implica dizer que os contribuintes pagam os contribuintes garantem...
Editado pela última vez por Elias em 1/7/2011 20:36, num total de 1 vez.
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Re: Semantica
AutoMech Escreveu:C.N. Escreveu:Em Portugal ainda se usa a expressao "descontar para a reforma". Ou seja, descontar do meu salario para o meu futuro; eu-eu. Na verdade eu (trabalhador) pago com parte do meu salario a reforma de alguem (reformado); eu-outro. Nao e "descontar" mas pagar.
Isto devia ser martelado todos os dias na cabeça das pessoas, até perceberem que não existe o "descontei para a reforma". É o maior embuste p+ublico, aos olhos de toda a gente e ainda por cima legal e avalizado pelo estado. Um autêntico esquema Ponzi.
O mesmo se devia aplicar ao termo "Estado", esse termo devia ser substituído por "Contribuintes portugueses".
Dizer que o estado garante o estado paga ou o estado faz, implica dizer que os contribuintes pagam os contribuintes garantem...
Don't run a race that doesn't have a finish line.
Turney Duff
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Se não sabemos sequer fazer contas ....
O sistema de cálculo e gestões de pensões da Segurança Social apresenta várias lacunas
O sistema de cálculo e gestões de pensões da Segurança Social apresenta várias lacunas. Uma auditoria dos serviços do Ministério do Trabalho detectou que foram considerados períodos contributivos "com base na documentação fornecida pelos requerentes", sem que esta seja registada nas aplicações informáticas.
Segundo a auditoria, os sistemas informáticos não se encontram interligados, o controlo interno é insuficiente, e, além de pagar pensões indevidas, o Estado falha no cálculo do valor em falta.
A informação aparece na Conta Geral do Estado, publicada ontem pela Direcção-Geral do Orçamento.
O sistema de cálculo e gestões de pensões da Segurança Social apresenta várias lacunas. Uma auditoria dos serviços do Ministério do Trabalho detectou que foram considerados períodos contributivos "com base na documentação fornecida pelos requerentes", sem que esta seja registada nas aplicações informáticas.
Segundo a auditoria, os sistemas informáticos não se encontram interligados, o controlo interno é insuficiente, e, além de pagar pensões indevidas, o Estado falha no cálculo do valor em falta.
A informação aparece na Conta Geral do Estado, publicada ontem pela Direcção-Geral do Orçamento.
Mais vale perder um lucro do que ganhar um prejuízo.
É melhor um burro vivo do que um cavalo morto.
Mais vale uma alegria na vida do que um tostão no bolso.
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Eu sei que é uma palavra exagerada e tens razão Elias. Não é um esquema Ponzi puro, como é evidente, porque apenas se distribui aquilo que se tem.
A reforma não será nunca zero, porque no limite haverá sempre alguém a descontar para nós (nem que seja meio contribuinte), mas a verdade é que a reforma, em % da carreira contributiva, será sempre cada vez mais baixa. Essa é a única razão para não ser um Ponzi.
Mas, ainda assim, o sistema distributivo continua a ser uma autêntica vigarice porque induz as pessoas ao "estou a descontar para a reforma", o que é mentira. Está a descontar, sim, se fizer PPRs, investir o dinheiro por conta própria, etc. Agora os 11% que desconta de SS (e o que a entidade patronal também desconta), isso é para distribuir pelos que já saíram do sistema, à moda do Ponzi, ainda que não seja um Ponzi.
A reforma não será nunca zero, porque no limite haverá sempre alguém a descontar para nós (nem que seja meio contribuinte), mas a verdade é que a reforma, em % da carreira contributiva, será sempre cada vez mais baixa. Essa é a única razão para não ser um Ponzi.
Mas, ainda assim, o sistema distributivo continua a ser uma autêntica vigarice porque induz as pessoas ao "estou a descontar para a reforma", o que é mentira. Está a descontar, sim, se fizer PPRs, investir o dinheiro por conta própria, etc. Agora os 11% que desconta de SS (e o que a entidade patronal também desconta), isso é para distribuir pelos que já saíram do sistema, à moda do Ponzi, ainda que não seja um Ponzi.
No man is rich enough to buy back his past - Oscar Wilde
Re: Semantica
AutoMech Escreveu:Isto devia ser martelado todos os dias na cabeça das pessoas, até perceberem que não existe o "descontei para a reforma". É o maior embuste p+ublico, aos olhos de toda a gente e ainda por cima legal e avalizado pelo estado. Um autêntico esquema Ponzi.
AutoMech, dá uma pestanada neste tópico.
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Re: Semantica
C.N. Escreveu:Em Portugal ainda se usa a expressao "descontar para a reforma". Ou seja, descontar do meu salario para o meu futuro; eu-eu. Na verdade eu (trabalhador) pago com parte do meu salario a reforma de alguem (reformado); eu-outro. Nao e "descontar" mas pagar.
Isto devia ser martelado todos os dias na cabeça das pessoas, até perceberem que não existe o "descontei para a reforma". É o maior embuste p+ublico, aos olhos de toda a gente e ainda por cima legal e avalizado pelo estado. Um autêntico esquema Ponzi.
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Re: Cortar nas reformas??
oscar.coelho Escreveu:Ao longo da minha vida activa (para não usar os termos carreira contributiva que parece não ser bem aceite por alguns) paguei a reforma de algun(s) portuguese(s) que entretanto podem até já ter falecido (ou não). Estou muito satisfeito por isso.
Agora é a minha vez de haver alguém a pagar a minha reforma.
Se não era para ser assim então deviam ter-me avisado a tempo.
oscar
Está com sorte quem durante a sua vida só lhe cortam na reforma. A mim cortam no rendimento para pagar os reformados de agora, o que ficou por pagar dos anteriores sabendo que os futuros (eu) a ela não vão ter direito.
Abraço,
Carrancho
Carrancho
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