Pedro Passos Coelho
Berluscony Escreveu:As PPP são a ante-câmara das privatizações na área da saúde e segurança social... Parece claro...
És contra ter serviços de saúde privados Berluscony ?
Berluscony Escreveu:Já agora Elias, quais vão ser os benefícios para os portugueses da privatização dos CTT?
Por exemplo ter estações abertas à hora de almoço, em vez de um serviço publico, como hoje, que obriga os portugueses a faltarem ao seu próprio serviço quando precisam de ir aos Correios ?
Berluscony Escreveu:Não consigo compreender essa mentalidade de que estas empresas são boas para os privados, mas terríveisl para o estado (leia-se contribuintes)...
Se calhar eras novo (ou então já te esqueceste) de quando pagava-se uns 17 euros de mensalidade à PT, mesmo que não se fizesse uma única chamada. É um exemplo de como a concorrência veio beneficiar (e muito) o consumidor. A não ser que sejas ingénuo ao ponto de pensar que as empresas em monopólio vão voluntariedade, baixar os preços.
Berluscony Escreveu:Com tudo o que está a acontecer, como é que existem pessoas que acreditam e defendem o livre funcionamento do mercado e da concorrência!?!?
Eu o que me surpreende é que haja quem, vendo empresas públicas constantemente deficitárias e a serem usadas para dar empregos aos amigos, não se importe de continuar a pagar impostos para sustentar esses jobs. Cada um é livre de ter a sua preferência para a utilização dos seus impostos. Se essa é a tua, estás no teu direito

No man is rich enough to buy back his past - Oscar Wilde
O PPC ja anda a patinar, começou bem mas agora que chega a vez de apresentar cortes na gordura do Estado e nos boys ja patina por todo o lado.
Começa a adiar as medidas o que nao é nada bom e pode ser um dos motivos do corte da Moodys.
Começa a adiar as medidas o que nao é nada bom e pode ser um dos motivos do corte da Moodys.
" Richard's prowess and courage in battle earned him the nickname Coeur De Lion ("heart of the lion")"
Lion_Heart
Lion_Heart
Berluscony Escreveu:
Com tudo o que está a acontecer, como é que existem pessoas que acreditam e defendem o livre funcionamento do mercado e da concorrência!?!?
Existem porque exactamente o mercado tem sido tudo menos livre e a concorrência tem sido pouco mais que inexistente.
Mas a pergunta pode e deve ser feita ao contrário - Com tudo o que está a acontecer, como é que existem pessoas que ainda acreditam e defendem que o Estado tem de estar em tudo o que mexe?!?!
Elias Escreveu:Berluscony,
Eu estava mais a pedir a tua opinião... Porque é que achas que vai ser desastroso...
Citas umas frases do Paulo Portas que (corrige-me se estou errado) nada têm a ver com a questão que coloquei.
As PPP são a ante-câmara das privatizações na área da saúde e segurança social... Parece claro... Primeiro destroi-se a pouca sustentabilidade, e depois surgem os privados que vão salvar os coitadinhos dos portugueses....
Já agora Elias, quais vão ser os benefícios para os portugueses da privatização dos CTT?
E porquê privatizar monopolios naturais??
O que é que os privados vão acrescentar aos serviços prestados pela REN, EDP, Aguas de Portugal, etc? Gestão rigorosa, dirás tu... Lucros, direi eu...
Não consigo compreender essa mentalidade de que estas empresas são boas para os privados, mas terríveisl para o estado (leia-se contribuintes)...
A tempestade perfeita está aí.... A seguir à baixa do rating da republica, seguem-se os bancos, as empresas e as famílias... Vão privatizar a preço de saldo!!
Com tudo o que está a acontecer, como é que existem pessoas que acreditam e defendem o livre funcionamento do mercado e da concorrência!?!?
- Mensagens: 153
- Registado: 15/11/2009 0:19
- Localização: 16
Notícia do Expresso:
Como as guerras com Moniz e Moura Guedes tramaram Bairrão
Polémica: Bernardo Bairrão foi convidado no dia 20 com conhecimento de Passos Coelho. Uma semana depois, o Governo entrou em pânico com pressões e cedeu.
Ricardo Costa e Rosa Pedroso Lima (www.expresso.pt)
11:47 Segunda feira, 4 de julho de 2011
A saída de Bernardo Bairrão da lista de secretários de Estado foi o ponto final num processo de bastidores que se desenrolou em pouco mais de 24 horas. Um processo que começou com um SMS de Manuela Moura Guedes para o telemóvel do primeiro-ministro, na noite de domingo, e que acabou por envolver vários ministros numa tentativa de perceber se havia ou não algum 'caso' que pudesse impedir Bernardo Bairrão de transitar de administrador da TVI (Media Capital) para a equipa do Ministério da Administração Interna.
O núcleo político do Governo não chegou a nenhuma conclusão sobre as suspeitas mas ficou assustado com as pressões e deixou cair Bernardo Bairrão sem apelo, apesar de este ter sido formalmente convidado para o cargo uma semana antes, com o conhecimento de Passos Coelho.
Ao contrário do que fontes do Governo deram a entender, o recuo não teve nada a ver com a fuga de informação de Marcelo Rebelo de Sousa. Esteve, tão-só, ligado a guerras antigas da TVI, que foram ajustadas na semana passada. E a um clima epidérmico que a possível privatização da RTP provocou em grupos interessados. O calendário dos acontecimentos ajuda a esclarecer o caso mais estranho do Governo.
Segunda-feira, 20 de junho. Miguel Macedo convida Bernardo Bairrão para secretário de Estado da Administração Interna. O convite foi feito depois de Passos Coelho considerar uma ótima escolha e não achar impeditivo o facto do administrador da Media Capital ser contra a privatização da RTP. Bernardo Bairrão pediu dois dias para pensar.
Quarta-feira, 22 de junho. Bernardo Bairrão vai a Madrid falar com os espanhóis da Prisa, acionistas maioritários da Media Capital. Diz-lhes que vai aceitar o convite e telefona a Miguel Macedo.
Quinta-feira, 23 de junho. Já em Lisboa, Bernardo Bairrão informa os colegas de administração da Media Capital de que vai ocupar um cargo público.
Sexta-feira, 24 de junho. Bernardo Bairrão comunica a José Alberto Carvalho, diretor de informação da TVI, que vai ocupar um cargo público.
Sábado, 25 de junho. A administração da TVI decide que tem de informar a Comissão do Mercado de Valores Mobiliários (CMVM) na segunda-feira sobre a saída de bernardo Bairrão, porque se trata de um "facto relevante" de uma empresa cotada em Bolsa.
Nesse mesmo dia, Marcelo Rebelo de Sousa é informado por um membro do Governo do PSD de que Bernardo Bairrão vai para a equipa de Miguel Macedo. Nesta altura, a informação é do conhecimento de todo o núcleo político do Executivo, que a considera uma "grande contratação".
Moura Guedes enviou SMS a Passos Coelho e a partir daí o medo de um 'caso' disparou
Domingo, 26 de junho, 18h30. Bernardo Bairrão sabe que Marcelo Rebelo de Sousa vai divulgar a sua saída e vai à TVI falar com o comentador. Por precaução, avisa Júlio Magalhães, pivô do "Jornal da TVI", para este não ser apanhado de surpresa no ar.
Domingo, 26 de junho, 20h. Marcelo Rebelo de Sousa divulga a ida de Bernardo Bairrão para o Governo. É aqui que tudo se precipita.
O momento pode ser assinalado com precisão porque decorre de um SMS enviado por Manuela Moura Guedes para o telemóvel de Passos Coelho e que levou o primeiro-ministro a levantar a questão a outros membros do Governo, para saber se existia algum 'caso' com Bernardo Bairrão.
O SMS levantava suspeitas antigas sobre alegados negócios de Bernardo Bairrão. Um tema que era falado nos meios jornalísticos, sobretudo depois da rápida saída do ex-diretor de programas da TVI, André Cerqueira, para o Brasil. Nessa altura circularam informações sobre alegados negócios de quadros da TVI com a TV Zimbo em Angola e o "Correio da Manhã" chegou a publicar uma notícia sobre isso. Mas nunca se soube nada de concreto.
Os factos públicos remontam ao tempo em que Bernardo Bairrão e José Eduardo Moniz eram muito próximos. A ponto de terem constituído uma sociedade em 2008 para prestarem serviços de consultoria no lançamento da TV Zimbo, de Angola. A sociedade teve vida curta, porque um ano depois a TVI estabeleceu um protocolo com os parceiros angolanos.
Mais tarde, a Plural (produtora da ficção da TVI) entrou como sócia minoritária na Plural Angola. Estas parcerias sucitaram comentários na estação de Queluz, sobretudo depois de Bernardo Bairrão ter ficado na administração que negociou a saída de José Eduardo Moniz da TVI e que afastou Manuela Moura Guedes dos ecrãs nas vésperas das legislativas de 2009.
José Eduardo Moniz é hoje vice-presidente da Ongoing, grupo interessado na privatização da RTP.
Foi este o tema que renasceu na noite de domingo, a ponto de assustar o primeiro-ministro, que tinha imposto regras claras de que ninguém com eventuais 'casos' jornalísticos ou judiciais devia entrar para o Governo.
Segunda, 27 de junho, início da manhã. Paulo Portas telefona a Miguel Pais do Amaral, homem-forte da Media Capital (e ex-patrão de Portas n'"O Independente") para saber se há algum problema na vida empresarial de Bernardo Bairrão. A resposta tranquiliza Paulo Portas, que informa o primeiro-ministro. À mesma hora, Miguel Relvas, ministro dos Assuntos Parlamentares, fala com Manuela Moura Guedes. Feito o balanço dos telefonemas, é decidido manter Bernardo Bairrão na lista.
Bairrão foi chamado ao MAI a meio de um almoço de despedida com Miguel Pais do Amaral
Segunda, 27 de junho, 11h. Passos Coelho leva a lista, com o nome de Bernardo Bairrão, ao Presidente da República.
Segunda, 27 de junho, 13h. Miguel Pais do Amaral almoça com Bernardo Bairrão no seu restaurante preferido de Lisboa, o Mezzaluna.
Segunda, 27 de junho, 14h30. No restaurante, Bernardo Bairrão recebe um telefonema de Miguel Macedo preocupado com pressões e insinuações que circulam. Bernardo Bairrão avança para o ministério. É aí que é confrontado com as informações sobre Angola e alegadas queixas da Ongoing, que tem ligações muito diretas à equipa de Passos Coelho.
Segunda, 27 de junho, 15h. Miguel Macedo chega à reunião do Conselho de Ministros ainda com Bernardo Bairrão na equipa. Mas as pressões continuam. Além de Manuela Moura Guedes e José Eduardo Moniz (que estava no Brasil, em representação da Ongoing) - e de cuja influência Miguel Macedo se queixou a várias pessoas esta semana -, a privatização da RTP fez o resto. Vários ministros receberam informações antes e durante o Conselho de Ministros sobre o 'caso' que podia atrapalhar o Governo nos seus primeiros dias de vida. Durante as duas horas de reunião há SMS a circular sobre o assunto, e as pressões alargam-se ao mundo empresarial, alegadamente a quem representa interesses diretos na privatização da RTP. Miguel Macedo percebe que está a perder o jogo.
Segunda, 27 de junho, 17h. O Conselho de Ministros acaba e Passos decide retirar Bernardo Bairrão da lista. Paulo Portas não terá sido informado logo da decisão. Miguel Macedo fica lívido mas obedece para não criar problemas ao Governo.
Segunda, 27 de junho, 18h. Bernardo Bairrão avança de novo para o Ministério da Administração Interna para reunir-se com Miguel Macedo. No caminho, percebe que as edições online dos jornais já dizem que o seu nome saiu da lista. Bairrão e Macedo combinam a frase das "razões políticas e pessoais", que vão repetir no dia seguinte como motivo da desistência.
Segunda, 27 de junho, 20h. No Governo, criam-se as habituais cortinas de fumo: a fuga de informação de Marcelo Rebelo de Sousa, o alegado desconhecimento do convite e o facto de Bernardo Bairrão ser contra a privatização da RTP. Mas o caso não passou por aí.
Terça, 28 de junho, 20h17. Um longo email de Bernardo Bairrão chega a todos os trabalhadores da TVI. Nele, o administrador reafirma que "mesmo perante os últimos desenvolvimentos" mantém a intenção de sair do grupo. Assume que parte "com a consciência tranquila de tudo ter feito para defender os interesses das empresas - TVI e Plural" a que esteve ligado. Diz ainda que viveu aqui "momentos bons, maus, péssimos e fantásticos" e que tomou "boas e más decisões, das que gostaríamos de poder voltar atrás para corrigir. Mas o tempo não volta atrás".
Contactada pelo Expresso, Manuela Moura Guedes "desmente totalmente" as informações recolhidas e garante não ter "qualquer relação pessoal com o primeiro-ministro", com quem contactou "apenas para o entrevistar para o 'Correio da Manhã'". Já José Eduardo Moniz considerou o assunto "uma imbecilidade" que, acrescenta, "não tem fundamento nem faz sentido". Acabado de chegar do Brasil, recusou acrescentar qualquer outro comentário.
Atualização de texto publicado na edição do Expresso de 2 de julho de 2011
Ler mais: http://aeiou.expresso.pt/como-as-guerra ... z1R90HebuT[url]
Agora também se compreende melhor por que é que o Pinto Balsemão vetou a entrada da Manuela Moura Guedes na SIC.[/url][quote][/quote]
Como as guerras com Moniz e Moura Guedes tramaram Bairrão
Polémica: Bernardo Bairrão foi convidado no dia 20 com conhecimento de Passos Coelho. Uma semana depois, o Governo entrou em pânico com pressões e cedeu.
Ricardo Costa e Rosa Pedroso Lima (www.expresso.pt)
11:47 Segunda feira, 4 de julho de 2011
A saída de Bernardo Bairrão da lista de secretários de Estado foi o ponto final num processo de bastidores que se desenrolou em pouco mais de 24 horas. Um processo que começou com um SMS de Manuela Moura Guedes para o telemóvel do primeiro-ministro, na noite de domingo, e que acabou por envolver vários ministros numa tentativa de perceber se havia ou não algum 'caso' que pudesse impedir Bernardo Bairrão de transitar de administrador da TVI (Media Capital) para a equipa do Ministério da Administração Interna.
O núcleo político do Governo não chegou a nenhuma conclusão sobre as suspeitas mas ficou assustado com as pressões e deixou cair Bernardo Bairrão sem apelo, apesar de este ter sido formalmente convidado para o cargo uma semana antes, com o conhecimento de Passos Coelho.
Ao contrário do que fontes do Governo deram a entender, o recuo não teve nada a ver com a fuga de informação de Marcelo Rebelo de Sousa. Esteve, tão-só, ligado a guerras antigas da TVI, que foram ajustadas na semana passada. E a um clima epidérmico que a possível privatização da RTP provocou em grupos interessados. O calendário dos acontecimentos ajuda a esclarecer o caso mais estranho do Governo.
Segunda-feira, 20 de junho. Miguel Macedo convida Bernardo Bairrão para secretário de Estado da Administração Interna. O convite foi feito depois de Passos Coelho considerar uma ótima escolha e não achar impeditivo o facto do administrador da Media Capital ser contra a privatização da RTP. Bernardo Bairrão pediu dois dias para pensar.
Quarta-feira, 22 de junho. Bernardo Bairrão vai a Madrid falar com os espanhóis da Prisa, acionistas maioritários da Media Capital. Diz-lhes que vai aceitar o convite e telefona a Miguel Macedo.
Quinta-feira, 23 de junho. Já em Lisboa, Bernardo Bairrão informa os colegas de administração da Media Capital de que vai ocupar um cargo público.
Sexta-feira, 24 de junho. Bernardo Bairrão comunica a José Alberto Carvalho, diretor de informação da TVI, que vai ocupar um cargo público.
Sábado, 25 de junho. A administração da TVI decide que tem de informar a Comissão do Mercado de Valores Mobiliários (CMVM) na segunda-feira sobre a saída de bernardo Bairrão, porque se trata de um "facto relevante" de uma empresa cotada em Bolsa.
Nesse mesmo dia, Marcelo Rebelo de Sousa é informado por um membro do Governo do PSD de que Bernardo Bairrão vai para a equipa de Miguel Macedo. Nesta altura, a informação é do conhecimento de todo o núcleo político do Executivo, que a considera uma "grande contratação".
Moura Guedes enviou SMS a Passos Coelho e a partir daí o medo de um 'caso' disparou
Domingo, 26 de junho, 18h30. Bernardo Bairrão sabe que Marcelo Rebelo de Sousa vai divulgar a sua saída e vai à TVI falar com o comentador. Por precaução, avisa Júlio Magalhães, pivô do "Jornal da TVI", para este não ser apanhado de surpresa no ar.
Domingo, 26 de junho, 20h. Marcelo Rebelo de Sousa divulga a ida de Bernardo Bairrão para o Governo. É aqui que tudo se precipita.
O momento pode ser assinalado com precisão porque decorre de um SMS enviado por Manuela Moura Guedes para o telemóvel de Passos Coelho e que levou o primeiro-ministro a levantar a questão a outros membros do Governo, para saber se existia algum 'caso' com Bernardo Bairrão.
O SMS levantava suspeitas antigas sobre alegados negócios de Bernardo Bairrão. Um tema que era falado nos meios jornalísticos, sobretudo depois da rápida saída do ex-diretor de programas da TVI, André Cerqueira, para o Brasil. Nessa altura circularam informações sobre alegados negócios de quadros da TVI com a TV Zimbo em Angola e o "Correio da Manhã" chegou a publicar uma notícia sobre isso. Mas nunca se soube nada de concreto.
Os factos públicos remontam ao tempo em que Bernardo Bairrão e José Eduardo Moniz eram muito próximos. A ponto de terem constituído uma sociedade em 2008 para prestarem serviços de consultoria no lançamento da TV Zimbo, de Angola. A sociedade teve vida curta, porque um ano depois a TVI estabeleceu um protocolo com os parceiros angolanos.
Mais tarde, a Plural (produtora da ficção da TVI) entrou como sócia minoritária na Plural Angola. Estas parcerias sucitaram comentários na estação de Queluz, sobretudo depois de Bernardo Bairrão ter ficado na administração que negociou a saída de José Eduardo Moniz da TVI e que afastou Manuela Moura Guedes dos ecrãs nas vésperas das legislativas de 2009.
José Eduardo Moniz é hoje vice-presidente da Ongoing, grupo interessado na privatização da RTP.
Foi este o tema que renasceu na noite de domingo, a ponto de assustar o primeiro-ministro, que tinha imposto regras claras de que ninguém com eventuais 'casos' jornalísticos ou judiciais devia entrar para o Governo.
Segunda, 27 de junho, início da manhã. Paulo Portas telefona a Miguel Pais do Amaral, homem-forte da Media Capital (e ex-patrão de Portas n'"O Independente") para saber se há algum problema na vida empresarial de Bernardo Bairrão. A resposta tranquiliza Paulo Portas, que informa o primeiro-ministro. À mesma hora, Miguel Relvas, ministro dos Assuntos Parlamentares, fala com Manuela Moura Guedes. Feito o balanço dos telefonemas, é decidido manter Bernardo Bairrão na lista.
Bairrão foi chamado ao MAI a meio de um almoço de despedida com Miguel Pais do Amaral
Segunda, 27 de junho, 11h. Passos Coelho leva a lista, com o nome de Bernardo Bairrão, ao Presidente da República.
Segunda, 27 de junho, 13h. Miguel Pais do Amaral almoça com Bernardo Bairrão no seu restaurante preferido de Lisboa, o Mezzaluna.
Segunda, 27 de junho, 14h30. No restaurante, Bernardo Bairrão recebe um telefonema de Miguel Macedo preocupado com pressões e insinuações que circulam. Bernardo Bairrão avança para o ministério. É aí que é confrontado com as informações sobre Angola e alegadas queixas da Ongoing, que tem ligações muito diretas à equipa de Passos Coelho.
Segunda, 27 de junho, 15h. Miguel Macedo chega à reunião do Conselho de Ministros ainda com Bernardo Bairrão na equipa. Mas as pressões continuam. Além de Manuela Moura Guedes e José Eduardo Moniz (que estava no Brasil, em representação da Ongoing) - e de cuja influência Miguel Macedo se queixou a várias pessoas esta semana -, a privatização da RTP fez o resto. Vários ministros receberam informações antes e durante o Conselho de Ministros sobre o 'caso' que podia atrapalhar o Governo nos seus primeiros dias de vida. Durante as duas horas de reunião há SMS a circular sobre o assunto, e as pressões alargam-se ao mundo empresarial, alegadamente a quem representa interesses diretos na privatização da RTP. Miguel Macedo percebe que está a perder o jogo.
Segunda, 27 de junho, 17h. O Conselho de Ministros acaba e Passos decide retirar Bernardo Bairrão da lista. Paulo Portas não terá sido informado logo da decisão. Miguel Macedo fica lívido mas obedece para não criar problemas ao Governo.
Segunda, 27 de junho, 18h. Bernardo Bairrão avança de novo para o Ministério da Administração Interna para reunir-se com Miguel Macedo. No caminho, percebe que as edições online dos jornais já dizem que o seu nome saiu da lista. Bairrão e Macedo combinam a frase das "razões políticas e pessoais", que vão repetir no dia seguinte como motivo da desistência.
Segunda, 27 de junho, 20h. No Governo, criam-se as habituais cortinas de fumo: a fuga de informação de Marcelo Rebelo de Sousa, o alegado desconhecimento do convite e o facto de Bernardo Bairrão ser contra a privatização da RTP. Mas o caso não passou por aí.
Terça, 28 de junho, 20h17. Um longo email de Bernardo Bairrão chega a todos os trabalhadores da TVI. Nele, o administrador reafirma que "mesmo perante os últimos desenvolvimentos" mantém a intenção de sair do grupo. Assume que parte "com a consciência tranquila de tudo ter feito para defender os interesses das empresas - TVI e Plural" a que esteve ligado. Diz ainda que viveu aqui "momentos bons, maus, péssimos e fantásticos" e que tomou "boas e más decisões, das que gostaríamos de poder voltar atrás para corrigir. Mas o tempo não volta atrás".
Contactada pelo Expresso, Manuela Moura Guedes "desmente totalmente" as informações recolhidas e garante não ter "qualquer relação pessoal com o primeiro-ministro", com quem contactou "apenas para o entrevistar para o 'Correio da Manhã'". Já José Eduardo Moniz considerou o assunto "uma imbecilidade" que, acrescenta, "não tem fundamento nem faz sentido". Acabado de chegar do Brasil, recusou acrescentar qualquer outro comentário.
Atualização de texto publicado na edição do Expresso de 2 de julho de 2011
Ler mais: http://aeiou.expresso.pt/como-as-guerra ... z1R90HebuT[url]
Agora também se compreende melhor por que é que o Pinto Balsemão vetou a entrada da Manuela Moura Guedes na SIC.[/url][quote][/quote]
- Mensagens: 247
- Registado: 10/2/2009 20:03
- Localização: Vila Nova de Gaia
Berluscony Escreveu:Elias Escreveu:Berluscony Escreveu:privatização monopólios naturais, REN, aguas de Portugal, CTT, etc, só se pode esperar o pior
Vai ser desastroso!!!
podes explicar porque achas que essas privatizações são más? O que é que vai ser desastroso?
A resposta pode ser dada por Paulo Portas referindo-se aos "perigos públicos privados", passo a citar:
"Estado quer fazer obra, não tem dinheiro para fazer a obra, vai pedir aos privados para porem dinheiro, e estes respondem, naturalmente, que só põem dinheiro se for rentável"
«Como não é rentável, o Estado garante o risco, garante o financiamento e uma rentabilidade que não existe»
«esta política tem de parar, porque arruína a economia e as próximas gerações»
Acho que não estava a falar de privatizações...
"O líder do CDS-PP, Paulo Portas, considerou hoje, em Estremoz, que «uma política de omissão e de dissimulação das contas públicas» vai ter um preço que «é terrivelmente injusto».
Paulo Portas reagia aos dados do Instituto Nacional de Estatística (INE) que reviu hoje em alta o défice de 2010 para 9,1 por cento do Produto Interno Bruto (PIB), resultado do impacto de três contratos de Parcerias Públicas Privadas (PPP).
«É que os sacrifícios que foram pedidos aos cidadãos e às empresas no PEC 1, no PEC 2 e no PEC 3, afinal foram quase todos inúteis», salientou Portas, acrescentando que «esses sacrifícios serviam para pôr o défice na casa dos 7 por cento, e afinal vai ficar acima dos 9 por cento, mesmo com uma receita extraordinária».
Paulo Portas falava aos jornalistas durante uma visita à Feira Internacional de Agropecuária de Estremoz (FIAPE), certame que decorre até segunda-feira.
O presidente do CDS-PP referiu que na origem de mais esta revisão do défice estão «as chamadas PPP», a que Paulo Portas chamou «perigos públicos privados».
O líder democrata-cristão considerou que estas parcerias significam que «o Estado quer fazer obra, não tem dinheiro para fazer a obra, vai pedir aos privados para porem dinheiro, e estes respondem, naturalmente, que só põem dinheiro se for rentável».
«Como não é rentável, o Estado garante o risco, garante o financiamento e uma rentabilidade que não existe», adiantou.
Para Paulo Portas, «esta política tem de parar, porque arruína a economia e as próximas gerações», visto que «só no TGV são seis PPP a mais».
«Razão tem o CDS-PP quando diz que os critérios do Eurostat e do INE para avaliação das contas públicas têm de ser públicos», disse.
O líder do CDS-PP salientou que «o que não pode acontecer é de seis em seis meses mudarem os critérios e o país andar de surpresa em surpresa, fazendo sacrifícios que depois a mentira ou a omissão tornam inúteis».
Fonte: http://sol.sapo.pt/inicio/Politica/Interior.aspx?content_id=17512
- Mensagens: 391
- Registado: 29/11/2007 11:30
- Localização: 16
Elias Escreveu:Berluscony Escreveu:privatização monopólios naturais, REN, aguas de Portugal, CTT, etc, só se pode esperar o pior
Vai ser desastroso!!!
podes explicar porque achas que essas privatizações são más? O que é que vai ser desastroso?
A resposta pode ser dada por Paulo Portas referindo-se aos "perigos públicos privados", passo a citar:
"Estado quer fazer obra, não tem dinheiro para fazer a obra, vai pedir aos privados para porem dinheiro, e estes respondem, naturalmente, que só põem dinheiro se for rentável"
«Como não é rentável, o Estado garante o risco, garante o financiamento e uma rentabilidade que não existe»
«esta política tem de parar, porque arruína a economia e as próximas gerações»
- Mensagens: 153
- Registado: 15/11/2009 0:19
- Localização: 16
Berluscony Escreveu:O JS arruinou um pouquinho:))
PPC vai rebentar com tudo...
Vai ser desastroso!!!




- Anexos
-
- hhhh.PNG (837.24 KiB) Visualizado 2577 vezes
Volta teu rosto sempre na direção do sol e então as sombras
ficarão para trás.
Lembra-te : se não tivesses lido e ouvido falar em aumento de capital tinhas entrado no bes... portanto...
ficarão para trás.
Lembra-te : se não tivesses lido e ouvido falar em aumento de capital tinhas entrado no bes... portanto...
Berluscony Escreveu:No dia 1 de Abril PPC afirmou perante as câmaras, quando interrogado por uma criança, que mexer no 13º mês era um disparate!!
Começa a provar-se que quando o pais esta mal (governo JS), pode ficar ainda pior!!
E ainda não chegamos às privatizações...
Fazendo justiça ao Mares, que muito contribuiu e bem para o debate neste espaço, e como já havia afirmado o título deste tópico para:
Pedro Passos Coelho esta na altura de ser responsabilizado!
1 de Abril é normal!? É normal! Estava a brincar, só a criança é que não entendeu.

A volatilidade dos mercados é a maior aliada do “verdadeiro investidor”.
Warren Buffett
Warren Buffett
O JS arruinou um pouquinho:))
PPC vai rebentar com tudo... Vai destruir todos os instrumentos do estado!
Como disse ainda agora um comentador na SIC notícias, a austeridade não é para todos!
Quando se propõe baixar TSU aumentando IVA, aplicar um imposto brutal sobre o rendimento, privatização monopólios naturais, REN, aguas de Portugal, CTT, etc, só se pode esperar o pior, para não falar das PPP na saúde e futuramente na educação!
Vai ser desastroso!!!
PPC vai rebentar com tudo... Vai destruir todos os instrumentos do estado!
Como disse ainda agora um comentador na SIC notícias, a austeridade não é para todos!
Quando se propõe baixar TSU aumentando IVA, aplicar um imposto brutal sobre o rendimento, privatização monopólios naturais, REN, aguas de Portugal, CTT, etc, só se pode esperar o pior, para não falar das PPP na saúde e futuramente na educação!
Vai ser desastroso!!!
- Mensagens: 153
- Registado: 15/11/2009 0:19
- Localização: 16
Berluscony Escreveu:No dia 1 de Abril PPC afirmou perante as câmaras, quando interrogado por uma criança, que mexer no 13º mês era um disparate!!
Começa a provar-se que quando o pais esta mal (governo JS), pode ficar ainda pior!!
E ainda não chegamos às privatizações...
Fazendo justiça ao Mares, que muito contribuiu e bem para o debate neste espaço, e como já havia afirmado o título deste tópico para:
Pedro Passos Coelho esta na altura de ser responsabilizado!
ROTFL
Nesse dia ele ainda só sabia que estávamos piores do que o sokras dizia.
Ontem soube que o sokras nos deixou muito pior do que ele imaginava.
Pior do que cometer um erro é não o reconhecer e emendar. Foi graças a isso que o nosso futuro filósofo nos deixou na ruína, pois ele sempre afirmou que estava tudo bem!!!
7.7%??? WTF?
Mais vale perder um lucro do que ganhar um prejuízo.
É melhor um burro vivo do que um cavalo morto.
Mais vale uma alegria na vida do que um tostão no bolso.
É melhor um burro vivo do que um cavalo morto.
Mais vale uma alegria na vida do que um tostão no bolso.
No dia 1 de Abril PPC afirmou perante as câmaras, quando interrogado por uma criança, que mexer no 13º mês era um disparate!!
Começa a provar-se que quando o pais esta mal (governo JS), pode ficar ainda pior!!
E ainda não chegamos às privatizações...
Fazendo justiça ao Mares, que muito contribuiu e bem para o debate neste espaço, e como já havia afirmado o título deste tópico para:
Pedro Passos Coelho esta na altura de ser responsabilizado!
Começa a provar-se que quando o pais esta mal (governo JS), pode ficar ainda pior!!
E ainda não chegamos às privatizações...
Fazendo justiça ao Mares, que muito contribuiu e bem para o debate neste espaço, e como já havia afirmado o título deste tópico para:
Pedro Passos Coelho esta na altura de ser responsabilizado!
- Mensagens: 153
- Registado: 15/11/2009 0:19
- Localização: 16
Uma pequena opinião sobre toda esta situação de viajar em económica.
Como já foi aqui dito, obviamente que é uma medida de marketing e de exemplo, mas não vi muita gente a salientar que o alvo deste marketing não é o povo português, a meu ver o alvo mais importante é mesmo o povo Alemão!
Interessa que eles vejam e sintam que nos estamos a esforçar pois por mais triste que pareça é essa a opinião pública que nos interessa. Basta nos lembrar da opinião publica alemã quanto aos gregos... E estas pequenas noticias são importantes para fazer com que o governo alemão tenha menos dificuldades a implementar medidas que ajudem a Europa...
Como já foi aqui dito, obviamente que é uma medida de marketing e de exemplo, mas não vi muita gente a salientar que o alvo deste marketing não é o povo português, a meu ver o alvo mais importante é mesmo o povo Alemão!
Interessa que eles vejam e sintam que nos estamos a esforçar pois por mais triste que pareça é essa a opinião pública que nos interessa. Basta nos lembrar da opinião publica alemã quanto aos gregos... E estas pequenas noticias são importantes para fazer com que o governo alemão tenha menos dificuldades a implementar medidas que ajudem a Europa...
http://marketapprentice.wordpress.com
Para muito errar e muito mais aprender!
"who loses best will win in the end!" - Phantom of the Pits
Nota: As análises apresentadas constituem artigos de opinião do autor, não devendo ser entendidos como recomendações de compra e venda ou aconselhamento financeiro.
Para muito errar e muito mais aprender!
"who loses best will win in the end!" - Phantom of the Pits
Nota: As análises apresentadas constituem artigos de opinião do autor, não devendo ser entendidos como recomendações de compra e venda ou aconselhamento financeiro.
migluso Escreveu:E quando a TAP for dos privados? Continuarão os membros do governo a viajar à "borla" em deslocações oficiais?
Como terá ficado Macário Correia quando, sentado em executiva, viu Passos Coelho atravessar a cortina do cilindro?
Será que da próxima vez vai de executiva? E não servirá este acto de exemplo para toda a administração pública? Ou será que viajam todos "à borla"?
As viagens em classe executiva deviam estar proibidas a toda a administração pública.
Mesmo sendo de borla, o País ganha com esta medida. A tap é 100% publica, com esta medida vai poder ganhar mais dinheiro no voo do que ganhava, é que outros vão pagar o bilhete mais caro (executiva).
Muito bem PPC.
E quando a TAP for dos privados? Continuarão os membros do governo a viajar à "borla" em deslocações oficiais?
Como terá ficado Macário Correia quando, sentado em executiva, viu Passos Coelho atravessar a cortina do cilindro?
Será que da próxima vez vai de executiva? E não servirá este acto de exemplo para toda a administração pública? Ou será que viajam todos "à borla"?
As viagens em classe executiva deviam estar proibidas a toda a administração pública.
Como terá ficado Macário Correia quando, sentado em executiva, viu Passos Coelho atravessar a cortina do cilindro?
Será que da próxima vez vai de executiva? E não servirá este acto de exemplo para toda a administração pública? Ou será que viajam todos "à borla"?
As viagens em classe executiva deviam estar proibidas a toda a administração pública.
"In a losing game such as trading, we shall start against the majority and assume we are wrong until proven correct!" - Phantom of the Pits
Elias Escreveu:De qualquer forma acho incorrecto que a viagem não seja paga à TAP pelo governo. Se é suposto os membros do governo não pagarem, então que isso conste da lei.
Tal como foi apresentada, toda esta história está mal explicada (e a TAP não faz comentários). Cheira a troca de favores ou algo do género.
Sistema, nada mais.
Aqui está um belo exemplo de onde o "polvo" (Estado) deveria retirar um dos seus tentáculos.
Já agora, como se explica que a viagem seja marcada através de uma agência BES, desculpem "TOP Atlântico" se é grátis.

Não dá para um dos secretários ligar directamente para a TAP.

A volatilidade dos mercados é a maior aliada do “verdadeiro investidor”.
Warren Buffett
Warren Buffett
AutoMech Escreveu:Elias Escreveu:De qualquer forma acho incorrecto que a viagem não seja paga à TAP pelo governo. Se é suposto os membros do governo não pagarem, então que isso conste da lei.
Tal como foi apresentada, toda esta história está mal explicada (e a TAP não faz comentários). Cheira a troca de favores ou algo do género.
Eu também não concordo de todo, tal como não concordo com a ausência de rendas, quando o edifício é do estado. Ontem li um artigo de opinião sobre isso.Contabilização de transacções internas pelo Estado
Um das grandes causas da ineficiência dos sistemas públicos é a inexistência de mecanismos de contabilização de transacções internas. Dois exemplos:
1. A TAP não cobra as viagens que os ministros fazem. É uma transacção interna. A TAP é do Estado, as despesas de deslocação dos ministros são pagas pelo Estado. À primeira vista é tudo grátis. O problema desta prática é que há recursos reais que não são optimizados. No caso, a TAP não optimiza a utilização dos lugares disponíveis para maximizar o lucro e o Estado não racionaliza as deslocações porque elas lhe parecem grátis. Resultado: mais lugares ocupados por ministros que podiam ser vendidos ao público.
2. A maior parte das instituições públicas não contabiliza o uso das suas instalações como custo. A instituição é do Estado, o edificio é do Estado. É uma transacção interna. À partida não faria sentido o Estado alugar um edifício ao Estado. O resultado disto é uma utilização irracional do espaço. Do ponto de vista do serviço, tanto faz ocupar uma sala como duas, dado que o espaço é grátis. Do ponto de vista do investimento em novas instalações, esse investimento nunca tem retorno e não passa de uma despesa. É por esta razão que existem situações muito díspares no sistema público: ao lado de edifícios faustosos com espaço de sobra existem serviços em edifícios velhos a rebentar pelas costuras. A não contabilização do custo do edifício leva a que nuns casos não se racionalize a utilização do espaço e noutros não se invista na renovação e ampliação de instalações.
http://blasfemias.net/2011/06/25/contab ... lo-estado/
Exatamente, numa empresa digna desse nome, tudo é contabilizado, quer do lado dos proveitos quer do lado dos custos, mesmo que seja entre departamentos, só assim se apuram corretamente os resultados, se o estado não funciona assim, esperemos que este governo faça funcionar estas empresas como verdadeiras empresas e não como uma fantochada, funcionamento esse convenientemente à balda para que haja precisamente umas baldas, em que os contribuintes pagam este regabofe e são quem sofre conforme se está/vai ver agora com a austeridade

Muito eu gostava de saber "coisas" sobre a RTP


Cumpt
só existe um lado do mercado, nem é o da subida nem o da descida, é o lado certo
só existe um lado do mercado, nem é o da subida nem o da descida, é o lado certo
Elias Escreveu:De qualquer forma acho incorrecto que a viagem não seja paga à TAP pelo governo. Se é suposto os membros do governo não pagarem, então que isso conste da lei.
Tal como foi apresentada, toda esta história está mal explicada (e a TAP não faz comentários). Cheira a troca de favores ou algo do género.
Eu também não concordo de todo, tal como não concordo com a ausência de rendas, quando o edifício é do estado. Ontem li um artigo de opinião sobre isso.
Contabilização de transacções internas pelo Estado
Um das grandes causas da ineficiência dos sistemas públicos é a inexistência de mecanismos de contabilização de transacções internas. Dois exemplos:
1. A TAP não cobra as viagens que os ministros fazem. É uma transacção interna. A TAP é do Estado, as despesas de deslocação dos ministros são pagas pelo Estado. À primeira vista é tudo grátis. O problema desta prática é que há recursos reais que não são optimizados. No caso, a TAP não optimiza a utilização dos lugares disponíveis para maximizar o lucro e o Estado não racionaliza as deslocações porque elas lhe parecem grátis. Resultado: mais lugares ocupados por ministros que podiam ser vendidos ao público.
2. A maior parte das instituições públicas não contabiliza o uso das suas instalações como custo. A instituição é do Estado, o edificio é do Estado. É uma transacção interna. À partida não faria sentido o Estado alugar um edifício ao Estado. O resultado disto é uma utilização irracional do espaço. Do ponto de vista do serviço, tanto faz ocupar uma sala como duas, dado que o espaço é grátis. Do ponto de vista do investimento em novas instalações, esse investimento nunca tem retorno e não passa de uma despesa. É por esta razão que existem situações muito díspares no sistema público: ao lado de edifícios faustosos com espaço de sobra existem serviços em edifícios velhos a rebentar pelas costuras. A não contabilização do custo do edifício leva a que nuns casos não se racionalize a utilização do espaço e noutros não se invista na renovação e ampliação de instalações.
http://blasfemias.net/2011/06/25/contab ... lo-estado/
No man is rich enough to buy back his past - Oscar Wilde
AutoMech Escreveu:Elias Escreveu:AutoMech Escreveu:Se sabia, continua a ser correcto porque permitiu à TAP, empresa pública, facturar mais naquela viagem vendendo um bilhete de executiva e não de económica
Não necessariamene. isso só é verdade se o avião fosse cheio.
Sim, mas fez aquilo que lhe cabia. Em cada 100 viagens alguns hão-de ser vendidos.
De qualquer forma acho incorrecto que a viagem não seja paga à TAP pelo governo. Se é suposto os membros do governo não pagarem, então que isso conste da lei.
Tal como foi apresentada, toda esta história está mal explicada (e a TAP não faz comentários). Cheira a troca de favores ou algo do género.
- Mensagens: 35428
- Registado: 5/11/2002 12:21
- Localização: Barlavento
Quem está ligado:
Utilizadores a ver este Fórum: CORTIÇA, Google [Bot], Google Adsense [Bot], Heldroo, m-m, malakas, OCTAMA, Olhar Leonino, PAULOJOAO, Phil2014, Shimazaki_2 e 161 visitantes