BCP - Tópico Geral
Re: sera que ja esta pago?
caracinha Escreveu:...tem perto de mil milhões de euros no Banco Comercial Português (BCP).
Mil milhões de euros que neste momento devem valer 1/6 disso, mais coisa menos coisa... digo eu!

Sugestões de trading, análises técnicas, estratégias e ideias http://sobe-e-desce.blogspot.com/
http://www.gamesandfun.pt/afiliado&id=28
http://www.gamesandfun.pt/afiliado&id=28
sera que ja esta pago?
Berardo diz que deve à CGD cerca de 200 milhões de euros - SIC Notíciaspublicado
07:56
08 janeiro '08 Texto
O accionista do BCP Joe Berardo admitiu hoje que deve cerca de 200 milhões de euros à Caixa Geral de Depósitos (CGD) e que tem perto de mil milhões de euros no Banco Comercial Português (BCP).
Berardo diz que deve à CGD cerca de 200 milhões de euros - SIC Notícias
0 twitter
"Devo cerca de 200 milhões de euros à Caixa Geral de Depósitos", disse Joe Berardo, em entrevista à SIC Notícias.
Na sexta-feira, o jornal Público noticiou que, no primeiro semestre de 2007, a Caixa Geral de Depósitos financiou 22 accionistas do BCP em mais de 500 milhões de euros para comprarem acções do maior banco privado português.
Entre esses accionistas, segundo o matutino, está Joe Berardo, que apoia a lista de Carlos Santos Ferreira, que era presidente da estatal CGD quando os empréstimos foram concedidos, para o conselho de administração do BCP.
"Quem é que não tem créditos na Caixa Geral de Depósitos?", questionou hoje Berardo na SIC Notícias, salientando ter "cerca de mil milhões de euros no BCP".
Na sexta-feira, a CGD garantiu que os empréstimos concedidos a accionistas do Banco Comercial Português não têm a ver com a disputa de poder na instituição.
Nas declarações à SIC Notícias, Joe Berardo considerou que a lista adversária de Miguel Cadilhe "já nasceu mal, surgiu depois do prazo".
O prazo para entrega das candidaturas aos órgãos sociais do Banco Comercial Português foi prorrogado até 30 de Dezembro pelo presidente da Assembleia-Geral do banco, a pedido do ex-ministro das Finanças, que apresentou nesse dia a sua lista.
Considerado um dos maiores accionistas do BCP, o empresário Joe Berardo é candidato à presidência do Conselho de Remuneração e Previdência do banco para o triénio 2008-2010, nas eleições para os órgãos sociais marcadas para 15 de Janeiro
07:56
08 janeiro '08 Texto
O accionista do BCP Joe Berardo admitiu hoje que deve cerca de 200 milhões de euros à Caixa Geral de Depósitos (CGD) e que tem perto de mil milhões de euros no Banco Comercial Português (BCP).
Berardo diz que deve à CGD cerca de 200 milhões de euros - SIC Notícias
0 twitter
"Devo cerca de 200 milhões de euros à Caixa Geral de Depósitos", disse Joe Berardo, em entrevista à SIC Notícias.
Na sexta-feira, o jornal Público noticiou que, no primeiro semestre de 2007, a Caixa Geral de Depósitos financiou 22 accionistas do BCP em mais de 500 milhões de euros para comprarem acções do maior banco privado português.
Entre esses accionistas, segundo o matutino, está Joe Berardo, que apoia a lista de Carlos Santos Ferreira, que era presidente da estatal CGD quando os empréstimos foram concedidos, para o conselho de administração do BCP.
"Quem é que não tem créditos na Caixa Geral de Depósitos?", questionou hoje Berardo na SIC Notícias, salientando ter "cerca de mil milhões de euros no BCP".
Na sexta-feira, a CGD garantiu que os empréstimos concedidos a accionistas do Banco Comercial Português não têm a ver com a disputa de poder na instituição.
Nas declarações à SIC Notícias, Joe Berardo considerou que a lista adversária de Miguel Cadilhe "já nasceu mal, surgiu depois do prazo".
O prazo para entrega das candidaturas aos órgãos sociais do Banco Comercial Português foi prorrogado até 30 de Dezembro pelo presidente da Assembleia-Geral do banco, a pedido do ex-ministro das Finanças, que apresentou nesse dia a sua lista.
Considerado um dos maiores accionistas do BCP, o empresário Joe Berardo é candidato à presidência do Conselho de Remuneração e Previdência do banco para o triénio 2008-2010, nas eleições para os órgãos sociais marcadas para 15 de Janeiro
- Mensagens: 531
- Registado: 23/6/2009 21:43
- Localização: 16
Re: Dúvidas
MercúrioH Escreveu:Já faz algum tempo que aqui não venho mas como apareceu agora esta surpresa do BCP... será que o Ulisses me pode tirar uma dúvida?
Tenho na minha conta direitos de subscrição do BCP que pelo que percebo posso negociar (vender ou comprar mais, suponho eu) ou não fazer nada, ficar com eles e se ficar com eles o BCP entrega-me as acções correspondentes ao número de direitos, correcto?
Ou tenho de dar alguma ordem ao meu banco?
E já agora, quando termina o prazo para negociação dos direitos e a entrega das acções?
Agradeço antecipadamente qualquer esclarecimento por parte do nobre druida cá do sítio.
Olá, tens um tópico sobre o assunto :
http://caldeiraodebolsa.jornaldenegocio ... hp?t=76628
"Sofremos muito com o pouco que nos falta e gozamos pouco o muito que temos." Shakespeare
Dúvidas
Já faz algum tempo que aqui não venho mas como apareceu agora esta surpresa do BCP... será que o Ulisses me pode tirar uma dúvida?
Tenho na minha conta direitos de subscrição do BCP que pelo que percebo posso negociar (vender ou comprar mais, suponho eu) ou não fazer nada, ficar com eles e se ficar com eles o BCP entrega-me as acções correspondentes ao número de direitos, correcto?
Ou tenho de dar alguma ordem ao meu banco?
E já agora, quando termina o prazo para negociação dos direitos e a entrega das acções?
Agradeço antecipadamente qualquer esclarecimento por parte do nobre druida cá do sítio.
Tenho na minha conta direitos de subscrição do BCP que pelo que percebo posso negociar (vender ou comprar mais, suponho eu) ou não fazer nada, ficar com eles e se ficar com eles o BCP entrega-me as acções correspondentes ao número de direitos, correcto?
Ou tenho de dar alguma ordem ao meu banco?
E já agora, quando termina o prazo para negociação dos direitos e a entrega das acções?
Agradeço antecipadamente qualquer esclarecimento por parte do nobre druida cá do sítio.
Se o seu problema tem solução então não há com que se preocupar.
Se o seu problema não tem solução toda preocupação será em vão.
Se o seu problema não tem solução toda preocupação será em vão.
rujolba1 Escreveu:Ulisses Pereira Escreveu:rujolba. E se, entretanto descer mais 80% antes de subir? Isso deixa-te descansado?
Nós só nos centramos, muitas vezes, na parte que nos interessa.
Um abraço,
Ulisses
Apenas sofro um bocadito mas como ela um dia subirá, fico descansado.E se subir depois de descer 80% Tb pode subir 150% ou não?
O problema é que se ela cair 80% só para recuperar desta queda terá de subir 300% !

Sugestões de trading, análises técnicas, estratégias e ideias http://sobe-e-desce.blogspot.com/
http://www.gamesandfun.pt/afiliado&id=28
http://www.gamesandfun.pt/afiliado&id=28
Ulisses Pereira Escreveu:rujolba. E se, entretanto descer mais 80% antes de subir? Isso deixa-te descansado?
Nós só nos centramos, muitas vezes, na parte que nos interessa.
Um abraço,
Ulisses
Apenas sofro um bocadito mas como ela um dia subirá, fico descansado.E se subir depois de descer 80% Tb pode subir 150% ou não?
- Mensagens: 48
- Registado: 1/12/2010 18:52
- Localização: 13
Tridion Escreveu:BCP a caminho de se tornar uma penny stock? Ou já é uma penny stock
Não deve é tardar muito a anunciar um reverse split!

Sugestões de trading, análises técnicas, estratégias e ideias http://sobe-e-desce.blogspot.com/
http://www.gamesandfun.pt/afiliado&id=28
http://www.gamesandfun.pt/afiliado&id=28
rsacramento Escreveu:dia 27: Santos Ferreira garante que não tenciona recorrer a fundos públicos
hoje: O BCP admite que existe o risco de vir a ser obrigado a recorrer a fundos públicos para se capitalizar
![]()
Já há muito tempo que os banqueiros se trocam todos...
- Mensagens: 1477
- Registado: 29/11/2007 10:26
- Localização: Maia
dia 27: Santos Ferreira garante que não tenciona recorrer a fundos públicos
hoje: O BCP admite que existe o risco de vir a ser obrigado a recorrer a fundos públicos para se capitalizar

hoje: O BCP admite que existe o risco de vir a ser obrigado a recorrer a fundos públicos para se capitalizar


‘Troika’ estuda exigir reforço do capital dos bancos
Se a medida constar do acordo final, os bancos terão de vender mais activos, realizar novos aumentos de capital ou pedir apoio ao Estado.
A missão internacional que negoceia com o Governo o pacote de ajuda externa a Portugal está a estudar o aumento do rácio ‘core capital' dos bancos, para um valor mínimo de 10%, apurou o Económico junto de fontes ligadas às negociações. Se a medida constar do acordo final, que deverá ser anunciado na próxima semana, a maior parte dos bancos portugueses deverá necessitar de novos reforços de capital, o que poderá ser feito através da venda de activos, da realização de aumentos de capital ou do recurso à intervenção estatal.
A ‘troika' formada pelo Fundo Monetário Internacional (FMI), Banco Central Europeu (BCE) e Comissão Europeia (CE) poderá propor que, até ao final de 2011, os bancos portugueses tenham um nível mínimo de capital em função dos requisitos de fundos próprios decorrentes dos riscos associados à sua actividade (rácio ‘Core Capital Tier One') de 10%. Porém, as negociações prosseguem e a decisão final não está ainda tomada, até porque o Governo e o Banco de Portugal querem impedir esse cenário, frisaram os mesmos responsáveis. O acordo final entre o Governo e a missão internacional deverá ser formalizado e anunciado dentro de dias.
Banqueiros contra subida do rácio
O Banco de Portugal anunciou a 7 de Abril que os bancos nacionais teriam de aumentar os seus rácios ‘core tier one' para um valor mínimo de 8%, bastante acima da média europeia. Mas esta proposta da ‘troika' internacional, que vai no sentido de uma medida idêntica formulada aquando do resgate da Irlanda (neste caso, para 12%), obrigará a maioria dos bancos portugueses a reforçarem ainda mais os seus capitais.
Por este facto, os banqueiros portugueses têm se mostrado contra novas exigências de capital. "Os bancos portugueses não arruinaram o País, ao contrário do que os irlandeses fizeram à Irlanda", disse na quarta-feira Carlos Santos Ferreira, presidente do BCP.
Tal como o líder do maior banco privado português, vários outros responsáveis do sector ouvidos pelo Económico salientaram que o caso português não é comparável ao da Irlanda. Alguns mostraram mesmo descrença de que tal exigência seja colocada pela ‘troika' internacional, uma vez que o problema da banca portuguesa é de liquidez e não de solvabilidade.
Os bancos portugueses têm, de resto, vindo a realizar com sucesso várias operações destinadas a cumprir a exigência de 8%: o BCP está a levar a cabo um aumento de capital e o BES vendeu a participação no Bradesco, entre outras medidas postas em prática pelo sector para reforçar os rácios e garantir liquidez.
Estado disponível para entrar no capital dos bancos
Se a medida for aplicada, as alternativas de que os bancos dispõem passam pela venda de mais activos (posições accionistas, operações internacionais e carteiras de crédito), realização de aumentos de capital ou recurso à ajuda do Estado.
Tal como o Económico noticiou, a banca tentará evitar este último cenário por recear a intervenção do Governo em questões chave como salários, dividendos e fusões e aquisições, entre outras. Numa entrevista à agência Reuters, a 12 de Abril, o ministro de Estado e das Finanças, Teixeira dos Santos, admitiu novas exigências de rácios na sequência das negociações com a ‘troika' internacional e garantiu a disponibilidade do Estado para ajudar os bancos a reforçarem capitais.
"Eu acredito - aliás, isso já aconteceu no passado - que os accionistas dessas instituições estarão à altura de proceder a esse reforço. Mas, em todo o caso, teremos que prevenir a eventualidade de poder haver dificuldades por parte dos accionistas privados e então aí o Estado será um accionista que poderá proceder a esse aumento de capital, mas em condições que foram já estabelecidas aquando da crise de 2008/2009", disse Teixeira dos Santos na referida entrevista.
O ministro das Finanças explicou que esta intervenção será sempre por um "período curto" de tempo e será um "investimento financeiro do Estado numa instituição financeira, que entra no capital e ao fim de um número de anos sai dessa posição de accionista financeiro e há condições de remuneração de capital que também já estão afixadas", acrescentou.
Contactadas pelo Económico, fontes oficiais do Governo e do Banco de Portugal não fizeram comentários até ao momento.
A missão internacional que negoceia com o Governo o pacote de ajuda externa a Portugal está a estudar o aumento do rácio ‘core capital' dos bancos, para um valor mínimo de 10%, apurou o Económico junto de fontes ligadas às negociações. Se a medida constar do acordo final, que deverá ser anunciado na próxima semana, a maior parte dos bancos portugueses deverá necessitar de novos reforços de capital, o que poderá ser feito através da venda de activos, da realização de aumentos de capital ou do recurso à intervenção estatal.
A ‘troika' formada pelo Fundo Monetário Internacional (FMI), Banco Central Europeu (BCE) e Comissão Europeia (CE) poderá propor que, até ao final de 2011, os bancos portugueses tenham um nível mínimo de capital em função dos requisitos de fundos próprios decorrentes dos riscos associados à sua actividade (rácio ‘Core Capital Tier One') de 10%. Porém, as negociações prosseguem e a decisão final não está ainda tomada, até porque o Governo e o Banco de Portugal querem impedir esse cenário, frisaram os mesmos responsáveis. O acordo final entre o Governo e a missão internacional deverá ser formalizado e anunciado dentro de dias.
Banqueiros contra subida do rácio
O Banco de Portugal anunciou a 7 de Abril que os bancos nacionais teriam de aumentar os seus rácios ‘core tier one' para um valor mínimo de 8%, bastante acima da média europeia. Mas esta proposta da ‘troika' internacional, que vai no sentido de uma medida idêntica formulada aquando do resgate da Irlanda (neste caso, para 12%), obrigará a maioria dos bancos portugueses a reforçarem ainda mais os seus capitais.
Por este facto, os banqueiros portugueses têm se mostrado contra novas exigências de capital. "Os bancos portugueses não arruinaram o País, ao contrário do que os irlandeses fizeram à Irlanda", disse na quarta-feira Carlos Santos Ferreira, presidente do BCP.
Tal como o líder do maior banco privado português, vários outros responsáveis do sector ouvidos pelo Económico salientaram que o caso português não é comparável ao da Irlanda. Alguns mostraram mesmo descrença de que tal exigência seja colocada pela ‘troika' internacional, uma vez que o problema da banca portuguesa é de liquidez e não de solvabilidade.
Os bancos portugueses têm, de resto, vindo a realizar com sucesso várias operações destinadas a cumprir a exigência de 8%: o BCP está a levar a cabo um aumento de capital e o BES vendeu a participação no Bradesco, entre outras medidas postas em prática pelo sector para reforçar os rácios e garantir liquidez.
Estado disponível para entrar no capital dos bancos
Se a medida for aplicada, as alternativas de que os bancos dispõem passam pela venda de mais activos (posições accionistas, operações internacionais e carteiras de crédito), realização de aumentos de capital ou recurso à ajuda do Estado.
Tal como o Económico noticiou, a banca tentará evitar este último cenário por recear a intervenção do Governo em questões chave como salários, dividendos e fusões e aquisições, entre outras. Numa entrevista à agência Reuters, a 12 de Abril, o ministro de Estado e das Finanças, Teixeira dos Santos, admitiu novas exigências de rácios na sequência das negociações com a ‘troika' internacional e garantiu a disponibilidade do Estado para ajudar os bancos a reforçarem capitais.
"Eu acredito - aliás, isso já aconteceu no passado - que os accionistas dessas instituições estarão à altura de proceder a esse reforço. Mas, em todo o caso, teremos que prevenir a eventualidade de poder haver dificuldades por parte dos accionistas privados e então aí o Estado será um accionista que poderá proceder a esse aumento de capital, mas em condições que foram já estabelecidas aquando da crise de 2008/2009", disse Teixeira dos Santos na referida entrevista.
O ministro das Finanças explicou que esta intervenção será sempre por um "período curto" de tempo e será um "investimento financeiro do Estado numa instituição financeira, que entra no capital e ao fim de um número de anos sai dessa posição de accionista financeiro e há condições de remuneração de capital que também já estão afixadas", acrescentou.
Contactadas pelo Económico, fontes oficiais do Governo e do Banco de Portugal não fizeram comentários até ao momento.
- Mensagens: 60
- Registado: 31/12/2007 13:34
- Localização: 12
pvg80713 Escreveu:o BES acaba de vender a participação no Bradesco.
se o BCP está, como dizem... vai vender o MillenniumBank na Polónia......... para profunda tristeza minha. Ajudei a criá-lo.
Duvido que venda, mas se vender será um sinal de que estão mesmo com a corda na garganta...
Sugestões de trading, análises técnicas, estratégias e ideias http://sobe-e-desce.blogspot.com/
http://www.gamesandfun.pt/afiliado&id=28
http://www.gamesandfun.pt/afiliado&id=28
pvg80713 Escreveu:obrigado pelo artigo jcs.
o João Rendeiro... é para mim uma pessoa muito suspeita.
mas que ele deve ter razão, parece inegável.
o BCP anda sempre com más notícias...
Concordo.
---Tudo o que for por mim escrito expressa apenas a minha opinião pessoal e não é uma recomendação de investimento de qualquer tipo---
https://twitter.com/JCSTrendTrading
"We can confidently predict yesterdays price. Everything else is unknown."
"Every trade is a test"
"Price is the aggregation of everyone's expectations"
"I don't define a good trade as a trade that makes money. I define a good trade as a trade where I did the right thing". (Trend Follower Kevin Bruce, $5000 to $100.000.000 in 25 years).
https://twitter.com/JCSTrendTrading
"We can confidently predict yesterdays price. Everything else is unknown."
"Every trade is a test"
"Price is the aggregation of everyone's expectations"
"I don't define a good trade as a trade that makes money. I define a good trade as a trade where I did the right thing". (Trend Follower Kevin Bruce, $5000 to $100.000.000 in 25 years).
João Rendeiro Escreveu:A NACIONALIZAÇÃO DO MILLENIUMBCP
Publicado em 27/04/2011 por João Rendeiro
O Estado Angolano, através do seu fundo soberano, a Sonangol, assumiu com notável maestria o controlo do BCP. O próximo aumento de capital de Junho consolidará essa posição. Serão, no entanto, necessários mais cerca de € 3.5 mil milhões de capital o que tornará indispensável uma parceria do Estado Português com o Estado Angolano
Controlo da Sonangol
A assembleia Geral do BCP que se realizou esta semana consagrou o efectivo controlo do MilleniumBCP pela Sonangol. Chegou assim ao fim a desastrosa luta de poder que se desenrolou na sucessão do Fundador Jorge Jardim Gonçalves. Numa sucessão de golpes e contragolpes foi-se destruindo valor de forma massiva até à exaustão, de tal forma que a Sonangol assume agora o poder sem nenhuma oposição. Pelo contrário, devemos todos dar graças a que haja uma entidade com capacidade financeira para investir no BCP os capitais necessários.
Sinal dos tempos e de que, afinal, se terá aprendido alguma coisa com a desastrosa luta de poder em “reality show” levada a cabo por aprendizes de feiticeiro, aconteceu, desta vez, uma duríssima batalha de poder fora dos media.
O vencedor claro foi António Monteiro (representando a Sonangol) fazendo jus às suas extraordinárias qualidades de diplomata. O evidente derrotado foi Carlos Santos Ferreira mas deve salientar-se que soube defender a instituição desenvolvendo a batalha no recato dos gabinetes.
Veja-se a dimensão da derrota. O centro de gravidade nos Órgãos Sociais do BCP passa claramente do Conselho Executivo (Presidido por Santos Ferreira) para o Conselho Geral e de Supervisão (Presidido por António Monteiro). A composição do CGP alterou-se drasticamente a começar na saída de Luís Champalimaud – aliado histórico de Santos Ferreira – mas também nas mudanças de representação, como no caso de Stanley Ho. No seu conjunto, Carlos Santos Ferreira perdeu larga influência no Órgão que tem agora poderes para exonerar membros do Conselho Executivo.
É certo que a nomeação de uma pessoa mais ligada à Sonangol não altera o controlo de Santos Ferreira sobre o Conselho Executivo, mas este Conselho assume agora mais as funções de uma Comissão Executiva que reporta ao Conselho de Administração. A meu ver, isto representa uma descida de patamar do Presidente do Conselho Executivo e foi aliás por isto que Paulo Teixeira Pinto desenvolveu toda a luta de poder com Jardim Gonçalves.
Seja como seja, está finalmente clarificado quem manda e isto deve, sem dúvida, ser saudado. A Sonangol é a larga distância o maior accionista do BCP e será ainda maior relativamente aos restantes que irão sendo diluídos com o aumento de capital em curso e os que virão. Controlando o Conselho Geral e de Supervisão, este com poderes reforçados, está estruturada a cadeia de comando.
O aumento de capital
O aumento de capital milagreiro que será concretizado até Maio foi, obviamente, o pano de fundo essencial para a assumpção de controlo da Sonangol. Tenho como certo que a Sonangol prestou contra garantia aos bancos internacionais que tomaram firme a operação de aumento de capital e, assim, o fizeram sem risco. Foi esta a “arma” decisiva, em minha opinião, na dura luta de poder com Santos Ferreira.
Como é conhecido o aumento de capital faz apelo em primeira instância à conversão de dívida subordinada. Como se verá é um caminho com riscos sérios pois o perfil de investidor que tomou esta dívida é de rendimento fixo e que tenderá a vender as acções na conversão. Este “ flow-back” vai criar uma fortíssima pressão vendedora nas acções e, na minha avaliação, o preço cairá significativamente. Todo este processo terá um enorme potencial para gerar litigância. Desejaria que o que começou por ser apelidado de milagre não acabe em sonho mau.
Os desafios antigos
Na “Mou language” vamos apelidar os problemas graves de desafios e dizer, então, que o MilleniumBCP enfrenta desafios antigos importantes. Estes desafios antigos foram, em larga medida, herdados por Carlos Santos Ferreira mas não tiveram também grande “apport” nos últimos três anos. Refiro-me à forte insuficiência do Fundo de Pensões, à debilidade dos fundos próprios, às imparidades de crédito não reconhecidas e à baixa rentabilidade da banca doméstica.
Este conjunto de itens poderia ser larguissimamente explanado, mas sumariam-se numa breve conclusão. O BCP não tem gerado e tudo indica que não vá continuar a gerar resultados suficientes para cobrir os “gap” de fundos próprios. Isto significa que o aumento de capital em curso (colocando ceteris-paribus o tier I em cerca de 8.5%) vai ser claramente insuficiente para fazer face a este conjunto de desafios. É certo que já se foi deixando cair nos media que há mais cerca de mil milhões de euros de subordinadas para converter em capital. As consequências na diluição e na queda de preço pelo mecanismo de “flow-back” serão então ainda mais significativas.
Desafios novos
Por desafios novos designo questões inteiramente originadas nos últimos três anos e, a meu ver, são essencialmente duas. A questão Grécia e os problemas agudos de liquidez.
Evidentemente que quando Carlos Santos Ferreira assumiu a Presidência do Conselho Executivo do BCP já existia um banco na Grécia. O problema é que nessa altura vários accionistas, entre os quais eu próprio várias vezes, aconselharam Santos Ferreira a vender o banco na Grécia, mas sem êxito. O banco Grego, na altura, poderia ter sido vendido com mais-valia mas, certamente por boas razões nunca explicadas, a opção foi por manter este activo.
Uma decisão, infelizmente, desastrosa. O BCP tem uma exposição global na Grécia de cerca de € 7 mil milhões (dos quais cerca de € 4 mil milhões em dívida soberana) e sobre a qual, desgraçadamente, vai ter que fazer um pesado “write-off”. Os operadores internacionais, neste momento, estimam que o “hair-cut” na Grécia será de 50 a 70 % do valor dos activos. Isto significa que não se possa excluir para uma instituição financeira com operação local uma perca completa do activo. Será difícil, no entanto, que o BCP não tenha que provisionar eventualmente € 3 a 4 mil milhões, como mínimo.
O outro desafio novo tem a ver com agudos problemas de liquidez.
É bem verdade que quando Carlos Santos Ferreira assumiu a liderança já havia dificuldades com a liquidez do BCP. Quero mesmo crer que este facto não foi alheio à “surpreendente” decisão de Constâncio de inibir no vazio a equipa de Filipe Pinhal. Mas o problema complicou-se, e de que maneira, nos últimos três anos.
A alavancagem de balanço continuou a nível extremamente elevado, a dependência dos mercados internacionais no funding enorme e como resultado o BCP tem de ser financiado em € 15 mil milhões pelo Banco Central Europeu. Evidentemente uma boa parte deste apoio do BCE está ligado à operação na Grécia.
Além deste importante financiamento do BCE, o BCP está a ter acesso `a “ELA- Emergency Liquidity Assistance” do Banco de Portugal, com colateral de baixa qualidade, de montante nunca confirmado mas que se estima seja superior a € 5 mil milhões.
O próximo aumento de capital
Os desafios atrás enunciados, traduzidos num “stress test” sério, desembocam necessariamente na necessidade de um massivo aumento de capital adicional. Para além dos cerca de € 1,2 mil milhões que serão captados até Junho estimo que seja necessário captar, no mínimo, cerca de €3.5 mil milhões.
Quem tem €3.5 mil milhões adicionais para investir no BCP?
A nacionalização plena
Admitindo o recurso aos mil milhões de subordinadas ainda possíveis após a presente conversão, será ainda necessário captar € 2.5 mil milhões de capitais.
A venda de activos com mais-valia para gerar capital seria uma via sendo que a venda da operação polaca pode ajudar. No entanto será uma via claramente insuficiente.
A meu ver, o indispensável aumento de capital adicional será aportado pela Sonangol e o Estado português e eventualmente um ou outro dos actuais accionistas com nova configuração, nomeadamente na ligação à China.
Os accionistas do BCP que no consulado Teixeira Pinto eram detentores de um património de € 15 mil milhões, estão hoje reduzidos a € 2.5 mil milhões e, se analiso correctamente, caminham aceleradamente para a extinção.
A destruição massiva de valor no BCP porventura sem paralelo na nossa historia económica mais não é do que um “case study”da ascensão e queda do sonho de um Portugal rico, representando bem a infeliz Historia de todos nós.
---Tudo o que for por mim escrito expressa apenas a minha opinião pessoal e não é uma recomendação de investimento de qualquer tipo---
https://twitter.com/JCSTrendTrading
"We can confidently predict yesterdays price. Everything else is unknown."
"Every trade is a test"
"Price is the aggregation of everyone's expectations"
"I don't define a good trade as a trade that makes money. I define a good trade as a trade where I did the right thing". (Trend Follower Kevin Bruce, $5000 to $100.000.000 in 25 years).
https://twitter.com/JCSTrendTrading
"We can confidently predict yesterdays price. Everything else is unknown."
"Every trade is a test"
"Price is the aggregation of everyone's expectations"
"I don't define a good trade as a trade that makes money. I define a good trade as a trade where I did the right thing". (Trend Follower Kevin Bruce, $5000 to $100.000.000 in 25 years).
Resultados do BCP - 1º trimestre 2011
27 de Abril de 2011 Resultados consolidados do Millennium bcp
em 31 de Março de 2011
DESTAQUES
§ Resultado líquido consolidado de 77,7 milhões de euros no
primeiro trimestre de 2011;
§ Rácio Tier I situou-se em 9,2% e o rácio total em 10,3%;
§ Margem financeira subiu 17,9% face ao primeiro trimestre
de 2010, com a actividade em Portugal a crescer 23,6% e a
actividade internacional a aumentar 8,7%;
§ Custos operacionais reduziram 6,8% em base consolidada e
10,4% na actividade em Portugal, face ao primeiro
trimestre de 2010;
§ Rácio de eficiência, em base comparável, situou-se em
56,4% em Portugal e em 58,9% em termos consolidados;
§ Recursos de balanço de clientes subiram 1,1% para 51.195
milhões de euros em 31 de Março de 2011; recursos totais
de clientes reduziram 1,2% para 66.605 milhões de euros;
§ Carteira de crédito situou-se em 75.315 milhões de euros;
crédito a clientes em Portugal reduziu para 58.231 milhões
de euros em 31 de Março de 2011 (60.334 milhões de euros
em 31 de Março de 2010);
§ Rácio de crédito vencido há mais de 90 dias situou-se em
3,4% e o rácio de cobertura situou-se em 103,8%;
§ Aprovação pela Assembleia Geral de Accionistas, realizada
em 18 de Abril, de uma operação de aumento de capital
social do Banco Comercial Português, S.A., num montante
que se situará entre 1,12 e 1,37 mil milhões de euros.
em 31 de Março de 2011
DESTAQUES
§ Resultado líquido consolidado de 77,7 milhões de euros no
primeiro trimestre de 2011;
§ Rácio Tier I situou-se em 9,2% e o rácio total em 10,3%;
§ Margem financeira subiu 17,9% face ao primeiro trimestre
de 2010, com a actividade em Portugal a crescer 23,6% e a
actividade internacional a aumentar 8,7%;
§ Custos operacionais reduziram 6,8% em base consolidada e
10,4% na actividade em Portugal, face ao primeiro
trimestre de 2010;
§ Rácio de eficiência, em base comparável, situou-se em
56,4% em Portugal e em 58,9% em termos consolidados;
§ Recursos de balanço de clientes subiram 1,1% para 51.195
milhões de euros em 31 de Março de 2011; recursos totais
de clientes reduziram 1,2% para 66.605 milhões de euros;
§ Carteira de crédito situou-se em 75.315 milhões de euros;
crédito a clientes em Portugal reduziu para 58.231 milhões
de euros em 31 de Março de 2011 (60.334 milhões de euros
em 31 de Março de 2010);
§ Rácio de crédito vencido há mais de 90 dias situou-se em
3,4% e o rácio de cobertura situou-se em 103,8%;
§ Aprovação pela Assembleia Geral de Accionistas, realizada
em 18 de Abril, de uma operação de aumento de capital
social do Banco Comercial Português, S.A., num montante
que se situará entre 1,12 e 1,37 mil milhões de euros.
Quem está ligado:
Utilizadores a ver este Fórum: fosgass2020, Google [Bot], icemetal, PAULOJOAO, paulosantinhoamado e 172 visitantes